Bordando na Vila

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Programa Jovem Monitor Cultural 2020 Andamento do projeto de Formação Continuada (FC) Jovem Monitora: Julia Rocha Malaquias Projeto: Bordando na Vila Andamento: Parcialmente Concluído. Inicialmente, ao escrever o projeto para o Programa Jovem Monitor Cultural, escolhi uma abordagem mais subjetiva, pois, sem muitos detalhes de como seria esse novo formato, era mais seguro manter uma margem para experimentação. Ao chegar na Vila Itororó, houve um período de adaptação, afinal, foi a minha primeira experiência em um equipamento de ponta. Meu projeto foi muito bem recebido pelo Diogo, o gestor do centro cultural, que logo de início já me deu várias dicas de como alcançar o público para as minhas oficinas. Os três primeiros meses dessa edição do programa foram bem difíceis, no sentido de dar início ao projeto, considerando que haviam também as demandas do equipamento, que consumiam inteiramente o meu tempo de atuação (e essa foi uma questão levantada várias vezes na formação teórica, nas reuniões com o cieds, com o agente de campo) e acho que esse foi o principal problema desse novo formato: a responsabilidade do jovem monitor de executar dois trabalhos: o projeto e uma atuação prática no equipamento que não é especificada. Pensando no Centro Cultural como um organismo, o programa jovem monitor cultural, assim como a força de trabalho dos jovens monitores, é só mais um braço para o funcionamento e harmonia do equipamento, e por isso, essa dificuldade em separar as coisas. Apesar de buscar formas, junto com o articulador, de me apropriar de novos conhecimentos e aprimorar as minhas habilidades para então viabilizar essas oficinas, em alguns momentos eu simplesmente não podia abandonar as responsabilidades que assumi enquanto integrante de uma equipe, pois isso sobrecarregaria os meus colegas. Estive muito frustrada por esses empecilhos no início, a Vila Itororó é um centro cultural com muitas especificidades e muitos entraves pontuais, com muita falta de recurso, mas é também um espaço que te dá muito em troca, e, em muitos momentos eu tive vontade de desistir, pois no terceiro mês da edição eu não tinha feito nada em relação ao projeto e naquele momento, parecia impossível dar início, mas o que me segurou foi justamente essa experiência, com o público da vila, com a equipe. Para os primeiros três meses estavam previstos pesquisas para conceituação do projeto e captação de recursos, para então, no quarto mês, elaboração dos conteúdos das oficinas. Depois desses três meses, consegui uma parceria com o Fab Lab da vila itororó, justamente pela formação teórica nos fab lab (que eu não consegui acompanhar, mas estava sempre em diálogo com as técnicas do fab lab da vila), chegamos ao acordo de que o Fab Lab forneceria todos os insumos necessários para as oficinas, assim como administrariam a relação de inscritos, e juntas, elaborariamos o conteúdo das aulas. A parceria foi firmada em dezembro, quarto mês de atuação, houve o período de espera entre compra e recebimento dos produtos, e também o recesso do centro cultural, em janeiro retomamos com a estruturação desse plano de oficinas (em anexo). E as oficinas estavam previstas para o início em janeiro, em duas edições: primeiro a introdução à prática do bordado, em seis encontros, e posteriormente, uma edição chamada “bordando a vila” onde gostaríamos de bordar ilustrações das casas da vila itororó, que se iniciaria em março, passado o carnaval. Os planos foram interrompidos por uma situação adversa, o fab lab sofreu um assalto, e logo depois, as duas técnicas que estavam estruturando o projeto comigo, a Ana Zanchetta e Carolina Puppe, se


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