Esta água que corre aqui é a voz da voz da voz do meu bisavô.
Acessar o imaginário planetário por meio da perfuração do solo, buscar a memória das coisas do mundo no subsolo e, ao mesmo tempo, brindar, em um estado de comunhão, esse encontro, com a ingestão da água retirada do poço: esse é o processo ritualístico de criação de Aquarum. Ao desfrutar da água e de seus significados, o público experimenta um campo de vivências a partir dos lençóis que estão sob a Galeria de Arte e Pesquisa da Ufes (GAP). Trata-se de uma água/memória, água/arte, água/conceito, água/fenômeno, água/mundo para ser bebida dentro do espaço expositivo de modo a negociar com a institucionalização desse lugar por meio de sua poética. É a fonte de vida na fonte das artes.