Primeira Impressão - Edição 178 - Especial TCC

Page 1

Gratuito Dezembro I 2020

TCC

VIRTUAL Em meio à pandemia do novo coronavírus, os estudantes de Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Multimídia da UNISANTA enfrentaram as barreiras do distanciamento social para concluir a faculdade. Descubra os temas abordados nos trabalhos de conclusão de curso e como os alunos deram a volta por cima.

PRODUZIDO PELOS ALUNOS DO 3º ANO DE JORNALISMO DA

Santos Ano XXV Edição 178


2

Diagramação

PRIMEIRA IMPRESSÃO

Stephanie Lia

Dezembro de 2020

EDITORIAL

TCCs completam vida acadêmica Stephanie Lia Os Trabalhos de Conclusão de Curso são um marco para todos os alunos. É o fim da vida estudantil e o início da profissional. Nos cursos da Faculdade de Artes e Comunicação, da Unisanta, os alunos de Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Produção Multimídia têm a oportunidade de soltar a imaginação e criar projetos com base em todo o aprendizado ao longo da vida acadêmica. Nesta edição do Primeira Impressão, os leitores podem conhecer os trabalhos elaborados e que apesar da pandemia saíram do papel e agora serão apresentados. Entre eles, o livro reportagem “Sereias da Vila”, contando a história da equipe feminina de futebol do Santos Futebol Clube, o podcast “Entre Música” e o blog “Tá de Palmas”, que aborda o surgimento e o crescimento da capital do Tocantins. Já na área de Publicidade e Propaganda, trabalhos como a campanha publicitária para o chocolate Stikadinho, a monografia que aborda a trilha musical da lanchonete Mc Donald’s e o plano de marketing para a marca Havaianas. Esses são alguns dos TCCs. Mas você pode acompanhar muitos outros nesta edição, assim como as entrevistas dos coordenadores dos cursos que falam da expectativa em torno desses trabalhos. Boa leitura a todos!

EXPEDIENTE Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Faculdade de Artes e Comunicação da UNISANTA Diretor da FaAC: Prof. Humberto Iafullo Challoub Coordenador de Jornalismo: Prof. Dr. Robson Bastos Coordenadora de Publicidade e Propaganda: Profª Mestre Giovanna Capomaccio Professores responsáveis: Texto: Prof. Francisco La Scala Júnior, Prof. Dr. Fernando De Maria. Design Gráfico e Diagramação: Prof. Fernando Cláudio Peel e Profª Nara Assunção Infografia/Fotografia: Profª Nara Assunção Redação, fotos, edição e diagramação: Alunos do 3º ano de Jornalismo

As matérias e artigos contidos nesse jornal são de responsabilidade de seus autores. Não representam, portanto, a opinião da instituição mantenedora, UNISANTA – UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA

Rua Oswaldo Cruz, nº 266, Boqueirão, Santos (SP) Telefone: (13) 32027100, Ramal 191 – CEP 11045-101

ENTREVISTA

Diretor destaca a importância dos trabalhos de conclusão de curso arquivo pessoal

Humberto Challoub observou as adaptações que precisaram ser feitas em meio a pandemia Yasmin Braga Por mais cansativos que sejam os anos de formação para os estudantes, sendo eles de Comunicação ou não, o quarto e último com toda certeza é o que mais assusta alunos de diversos cursos. Simplesmente pelo fato de vir acompanhado de algumas incertezas e receios comuns na linha de chegada da profissão, mas acima de tudo por um nome em especial: Trabalho de Conclusão de Curso, mais conhecido como o temido TCC. Em quase 25 anos dirigindo a Facul- foram realizados sem danos aos alunos. dade de Comunicação da Universidade “A parte de orientar os estudantes duSanta Cecília, integrada pelos cursos de rante a realização do TCC foi complexa. Jornalismo, Publicidade e Propagan- Para o aluno, não poder ir a alguns lugada e Produção Multimídia, Humberto res e realizar as entrevistas diretamente Challoub conta que o também foi difícil. Com TCC vai muito além de certeza não foi igual a Trabalho um simples trabalho. qualquer outro ano, mas “Primeiro, o Trabapor fim, nos adaptamos em grupo é lho de Conclusão de e não tivemos prejuízos”, responsabilidade. Curso permite que você revela. Todos precisam estar se identifique e se aproÉ tamanha a imfunde na área que deseportância deste último em sintonia e as ja. Em segundo lugar, o trabalho dentro da fapessoas envolvidas aluno cria autonomia culdade, que muitos igualmente para não alunos não sabem por para realizar qualquer tarefa. É aquele moonde começar ou até haver prejuízo para mento de preparação onde podem ir. A orienalguém” para o mercado, sem tação é parte essencial Humberto Challub do projeto, mas segundo o professor ao lado. O Diretor da FAAC Challoub, a organização TCC serve para isso, criar um objetivo para o de todos os envolvidos é estudante”, diz. primordial. Em tempos de pandemia não poderia “O conselho que eu dou é: trabalhe ser diferente. Professores e alunos tive- em uma realidade possível. Faça um bom ram de se adaptar ao novo momento e planejamento, organize um cronograexpandir o leque criativo para a criação ma e siga à risca. Busque a sua meta. É o e conclusão do trabalho tão aguardado momento de se aprimorar, jornalismo é desde o início da vida acadêmica. Para o profissão de fé. O aluno deve estudar basdiretor da FaAC, a parte mais difícil foi a tante e buscar o conhecimento, pois é isso transformação em meio a nova normali- que o mercado de trabalho quer”, finaliza dade, mas que por fim todos os trabalhos o diretor.

Há quase 25 anos, Humberto Challoub dirige a Faculdade de Comunicação da Unisanta

Número de trabalhos que serão apresentados

PRATA DA CASA

Paixão pelo esporte e política caracterizam o jornalista Felipe Rey

Carla nascimento

Lívia Abreu Felipe Rey, de 22 anos, trabalha na Enfoque Comunicação e chegou lá em 2019 como estagiário, época em que era estudante de Jornalismo na UNISANTA. Além de editar vídeos para Boqnews Tv ele também atua na mesa dos programas: Esporte em Destaque e Notícias do Dia, todos transmitidos pela Boqnews TV. Apesar de trabalhar na área política, o jornalista também se identifica com a área esportiva e foi de onde nasceu o sonho de ser jornalista, após assistir uma partida de futebol na TV: “Desde pequeno a profissão me cativa a exercê-la, mas a paixão surgiu em 2004, quando tinha apenas seis anos de idade. Na época, São Caetano e Paulista de Jundiaí se enfrentavam pela final do Paulistão, e a transmissão da final me deixou encantado em querer virar jornalista e cobrir a área esportiva”, revelou. Felipe concilia seu tempo em trabalhar no jornal durante o dia, e a no período noturno contribui na produção do programa Esporte por Esporte, da Santa Cecília TV, lugar que já havia trabalhado no final do ano passado. Como todo bom jornalista, ele também tem suas inspirações na área: “Eu me inspiro em alguns jornalistas, mas de diferentes áreas de atuação. Por exemplo, esportivamente, admiro e me

Felipe Rey edita vídeos e atua em programas da Boqnews Tv

Me inspiro em algunas jornalistas, mas de diferentes áreas de atuação.” Felipe Rey Jornalista

inspiro no jornalista Lucas Pedrosa, hoje na Band RJ. Além de Leonardo Miranda (GE); No âmbito político, Andréia Sadi, do Grupo Globo, Francisco La Scala Jr, Unisanta. Além, claro, de Pedro Bial”, contou. O comunicólogo contou ainda o que pretende conquistar durante sua carreira na profissão: “Almejo me aperfeiçoar na área esportiva, principalmente no quesito de análises táticas e no desenvolvimento de atletas de alto rendimento. Claro, não deixando de lado a minha paixão pelo jornalismo político”, finalizou o jornalista.


Diagramação

PRIMEIRA IMPRESSÃO

Bárbara Silva

Dezembro de 2020

3

JORNALISMO

Na pandemia, curso faz

adaptações para ajudar alunos Bárbara Silva A turma que começou a idealizar o projeto de TCC no ano passado para colocá-lo em prática em 2020 nem imaginava o que vinha pela frente. A pandemia do novo coronavírus obrigou muitos alunos do último ano de Jornalismo a mudar o tema de última hora ou adaptá-lo para a nova realidade. Há também quem mudou o formato, se uniu a algum grupo, e até aqueles que pararam e irão fazer o trabalho somente no próximo semestre. O distanciamento social também é um fator que dificulta dar sequência ao trabalho realizado no TCC, como explica o coordenador do curso de Jornalismo da Unisanta, Robson Bastos: “Praticamente, esse ano não teve nenhuma reunião – salvo fevereiro e março, e desde então, nenhuma presencial. Pode haver atualizações por WhatsApp, Zoom, Teams, mas o presencial é fundamental para dar apoio ao aluno.” O curso e os docentes tiveram que fazer adaptações para ajudar os estudantes nessa reta final. De acordo com Bastos, este ano, a entrega deve ser feita online. Assim, também, foram feitas as pré-bancas (onde são

dadas as perspectivas para o trabalho e dois professores avaliam sua viabilidade), que, segundo Bastos, foram um sucesso. “Os alunos adoraram. Essa foi a primeira vez, e talvez seja um modelo para a turma do ano que vem, uma pré-banca online. Tem aluno que mora na Praia Grande, vem para a pré-banca, que geralmente se faz nas sextas ou aos sábados, e ele passa mais tempo no ônibus que na pré-banca – que é rápida, tem cerca de trinta minutos”, comenta. Bastos conta que os TCCs foram se alterando de acordo com a necessidade dos estudantes. Alguns entrevistados não deram retorno, ou as fontes tiveram de mudar. Projetos práticos acabaram se tornando monografias, e até o contrário aconteceu, no caso de alguns alunos que queriam ter a oportunidade de sair de casa, ou os que entraram em grupos para ter com quem conversar. Nisso, Bastos lembra: “Muitos deles querem fazer o trabalho em grupo, e isso é bom, mas não é legal que sejam grupos muito grandes – o grupo inteiro precisa estar interessado no tema”.

Arquivo pessoal

“O presencial é fundamental para dar apoio ao aluno”, diz Bastos

trabalhos em formato digital e documentários, e diz que a maioria segue esse caminho. Outro formato popular é o podcast, uma espécie de filho da rádio que abrange vários formatos, como rodas de conversa ou a narrativa de histórias. Além desses, ele cita livros e grandes reportagens, e diz que uma minoria ainda faz o jornal impresso tradicional. No quarto ano, os alunos possuem a disciplina de Empreendedorismo, que está amarrada ao TCC. A ideia é dar viabilidade econômica ao trabalho para que ele ganhe a rua. AS MÍDIAS DA VEZ Bastos citou alguns trabalhos Há alguns anos, o coor- anteriores que tiveram essa denador percebe a força dos viabilidade, como um sobre a

Não é somente um trabalho, é um trabalho de conclusão de curso. É como se ele deixasse para a faculdade, e para ele mesmo um registro de tudo o que aprendeu na universidade Robson Bastos Coordenador

Portuguesa Santista, outro sobre esporte amador, e uma biografia sobre o jornalista Ricardo Kotscho. O Trabalho de Conclusão de Curso serve como uma espécie de portfólio para o mercado. “Hoje com a internet, não pode ser mais só no mercado local. Pode ter um produto que interessa para alguém em Manaus”, explica. O coordenador menciona o exemplo de um projeto deste ano de uma aluna do quarto ano voltado para a promoção da cultura em Palmas, no Tocantins. E completa: “Com as eleições, quem sabe o futuro prefeito ou prefeita se interesse pelo projeto.” Os alunos são incentivados a participar de congressos de comunicação, além de premiações como o Festival de Cinema de Santos. Produções audiovisuais ainda podem ser exibidas pela TV Cultura e, mais recentemente, a TV Santa Cecília também abriu espaço para esses trabalhos com o programa Mostra Unisanta. “Não é somente um trabalho, é um trabalho de conclusão de curso. É como se ele deixasse para a faculdade, e para ele mesmo um registro de tudo o que aprendeu na universidade”, diz o coordenador.

Monografia aborda violência como produto de entretenimento Divulgação/ O Globo

Peter Nardotto O jornalismo tem como um dos seus objetivos o compartilhamento de informações. E para isso, tende a produzir notícias claras e objetivas. Entretanto, os estudantes do último semestre de jornalismo, Gabriel Somensari e Luan Gabriel, analisaram, em sua monografia, que muitas das matérias que retratam a violência não adotam esse tipo de caráter – priorizando, dessa forma, uma condição sensacionalista em busca de maior audiência. A dupla, que soma cerca de dez anos de amizade, não procurava apenas por um assunto sensível, mas algo que também fosse promissor – com oportunidades para desenvolver futuros projetos. Assim, escolheram “Violência como produto de entretenimento: a banalização da barbárie” como tema de TCC. “A gente pensa que como jornalistas nós temos uma função, e a gente pode fazer do TCC algo grande.”, enfatizou Luan. Pensando nisso, os estudantes escolheram a monografia como ferramenta para o trabalho, mas já idealizam o lançamento de um livro sobre o tema – após a conclusão do curso. A monografia foi dividida em quatro capítulos: Conceitos de Violência, A Mídia Impressa, A Popularização da Violência

MO CIA CO N Ê L IO V TO: TÍTULO: TENIMEN E R T N E O DE BÁRIE PRODUT DA BAR O Ã Ç A LIZ A BANA AFIA ONOGR M : O T A NSARI E FORM L SOME IE R B A S: G AUTORE ABRIEL RI LUAN G A DENA L U A P : DORA ORIENTA

Uma das quatro matérias sobre a morte de Ariceli

como Produto para o Entretenimento e o Uso do Sensacionalismo, e Estudo de Caso: O sensacionalismo na cobertura dos casos Araceli Cabrera Sánchez Crespo e Isabella Nardoni. Segundo a dupla de estudantes, foram escolhidos os jornais Folha de S.Paulo e O Globo – que não têm um caráter sensacionalista em seu editorial - como base para realizar um estudo da linguagem desses casos, fazendo uma análise de seus respectivos discursos. A escolha dos casos se deu por conta da grande repercussão na sociedade quando o tema retratado na matéria é mortalidade infantil. Para isso, os futuros jornalistas analisaram o caso de Araceli Crespo: raptada, drogada, estuprada, morta e carbonizada, em 1973, durante a Dita-

dura Militar; e o caso de Isabella Nardoni: atirada do sexto andar de um edifício, em 2008. Devido ao poder da mídia, que evoluiu ao decorrer dos anos, foram constatadas algumas diferenças quanto às divulgações dos casos. Enquanto o de Araceli teve quatro matérias divulgadas após sua morte (apenas pelo Jornal O Globo), dentro de um período de 30 dias; o caso de Isabella Nardoni somou 265 matérias publicadas nos jornais em questão. Inclusive, de acordo com os estudantes, a dificuldade principal do trabalho foi - e ainda é - comparar os casos, de forma semelhante. Isso, porque o de Araceli envolveu dois indivíduos de famílias importantes no comércio nacional e internacional – o que cerceou a liberdade da imprensa em divulgar maiores informações sobre o caso. A monografia está prestes a ser finalizada – faltando apenas a conclusão do último capítulo. “A minha dica para quem faz monografia é pesquisar bastante. Pesquise antes de você escrever e enquanto você estiver escrevendo. Tenha total embasamento no assunto para que fique bem explicativo – e claro – escolha um assunto que você goste e que fará diferença na sua vida ou na vida de quem lê”, concluiu Luan.


4

Diagramação

PRIMEIRA IMPRESSÃO

Larissa Ribeiro

Dezembro de 2020

´Mulheres na Cena`, análise da participação feminina na música Divulgação

Alunas apaixonadas por música criaram um site para dar voz às artistas femininas Julia Moura Entre 2013 e 2018, apenas 9,3% dos indicados ao Grammy Awards, premiação do The Recording Academy dos Estados Unidos e considerado o “Oscar da Música”, eram mulheres. Das 600 músicas que fizeram parte da Billboard 100, tabela musical norte-americana que traz as músicas mais vendidas, entre 2012 e 2017, apenas 22,4% tinham mulheres como artistas creditados. Esses dados, obtidos a partir de um estudo conduzido pela USC Annenberg Inclusion Initiative, comprovam a falta de representatividade feminina no cenário musical. Por conta disso, as alunas Luiza Pires e Nara Vasconcelos desenvolveram o site Mulheres na Cena, que tem como objetivo apresentar mulheres da Baixada Santista que estão inseridas no meio, como produtoras, cantoras, percursionistas, e dar voz a elas. Com a orientação da professora Raquel Alves, as futuras jornalistas querem mostrar que vai muito além de alguém cantando, mas criar um espaço de celebração para essas mulheres.

Giulia Arduin

As amigas Luiza Pires e Nara Vasconcelos se juntaram para dar voz às mulheres da música

A ideia para o tema surgiu após muita discussão. Luiza e Nara, além de muito amigas, são muito diferentes e apesar de saberem que queriam falar sobre mulheres, não conseguiam chegar em um acordo.

Foi então que pensaram em focar no cenário musical. “A gente é apaixonada por música, de ir para shows, de consumir álbuns inteiros quando são lançados, de estar sempre compartilhando notícias das artistas que a gente gosta”, afirma Nara. Inicialmente, as alunas planejavam desenvolver uma revista, mas acabaram optando por um site, que além de mais facilmente adequado a suas rotinas, também seria melhor para o tema. Somente o logo do site e sua palheta de cores foram desenvolvidos por uma agência de publicidade, a Adora MKT, enquanto o resto do trabalho e do site tem sido desenvolvidos inteiramente por Nara e Luiza. “Criar espaço para falar da mulher tem sido a tônica na chamada quarta onda do feminismo. A internet abriu essa possibilidade, multiplicou os canais, facilitou a conexão. Fala-se, como nunca, do novo papel da mulher na sociedade. Curioso é que esA N E C M E ses espaços têm ULHERES TÍTULO: M servido também O: SITE T A M R A R O para fazer uma F A PIRES E N A IZ U L : S reparação hisAUTORA S O L E tórica. Quantas C VES VASCON QUEL AL A R : artistas foram A R DO ORIENTA silenciadas, ignoradas ou até tiveram a auto-

Uma nova geração de revistas femininas

Formar e informar garotas de atitude. Desde os primeiros passos do veículo, essa é a premissa que Julia Nascimento Arte Giulia Arduin e Lillian Cruz seguem com sua revista virtual Aten@, TCC de Jornalismo. Com o nome inspirado pela deusa grega da sabedoria, seu propósito surgiu de um incômodo que Lillian sentia quando era mais nova: não conseguir encontrar conteúdo relevante de verdade nas TÍTULO: REVISTA ATEN@ revistas ditas “femininas”. Este FORMATO: REVISTA nicho focava demais em moda TO AUTORES: JULIA NASCIMEN e beleza, sem ambição ou quaisquer utilidades práticas. E LILLÍAN CRUZ ALVES Foi quando ela concebeu ideia ORIENTADORA: RAQUEL de uma revista que pudesse realmente formar garotas de atitude, e soube que Julia seria a pessoa ideal para embarcar no projeto com ela. O retorno da revista Elle, no Fazer diversos trabalhos formato virtual, de maneira mijuntas e se darem bem não nimalista. As revistas The New seria uma garantia de que daYorker e Piauí também foram ria certo, é claro, mas ter uma referências visuais, além de do boa dinâmica é essencial para estilo de matérias e conteúdo que a sinergia aconteça, e é que elas desejavam abordar. justamente o que ocorre neste No entanto, a ideia da Aten@ TCC. Enquanto Lillian cuida para a capa se tornou diferendas entrevistas e faz as matéte: a imagem de uma mulher rias, Julia é a pessoa do design, sem muitos detalhes, para que trabalhando para garantir a qualquer uma possa se idenidentidade visual em todas as A representatividade feminina em tificar, olhando para um item plataformas. Elas concordadestaque no meio impresso que faz referência ao tema. ram com essa divisão de tarefas pois compreendia o melhor de O DIGITAL E A PANDEMIA ambas, e é como o projeto tem A decisão de uma revista sido tocado. fazer. No caso do TCC Aten@, excesso de manchetes e muielas sabiam o que não queriam tos elementos visuais coloridos apenas no meio digital não foi AS INSPIRAÇÕES fazer em termos gráficos. A re- dentro da revista. Em seguida, fruto da pandemia. Ela foi penNa maioria das vezes, as pes- vista Capricho foi um exemplo elas foram pensar o que que- sada diretamente para a publicação, sendo parte integrante soas decidem logo o que vão – poluição visual na capa com riam fazer.

Fala-se como nunca do novo papel da mulher na socidade Raquel Alves Professora

ria de obras artísticas negadas ao longo dos séculos. Mulheres na Cena chega para fazer um pouco de tudo isso, quer jogar luz nas mulheres que escolheram o ofício da música, falar dos novos talentos, propor debates sobre dilemas do nosso tempo. O grupo pesquisou e não encontrou canais que atuem nesse nicho específico e então concebeu um espaço bem abrangente, que congrega gêneros musicais, artistas e produtoras de forma plural”, explicou Raquel, professora escolhida como orientadora das meninas. Além de toda a importância feminista que esse trabalho traz, é também uma reafirmação da amizade de Luiza e Nara, como elas destacam. “Eu acredito que o site que a gente criou, é não só uma celebração da mulher, da representatividade da mulher na música, mas é o fruto da nossa amizade. Ela está estampada nesse trabalho e eu estou muito feliz pelo que a gente fez, porque não foi fácil.”

do nome. “O @ foi resultado do estado atual do mercado, que não sustenta mais vendas de revistas físicas porque ninguém compra, e a maioria das publicações migrou para o digital”, diz Julia. Pensando no público alvo jovem, que já não adquire material físico, se tornou clara a decisão, o que ajudou durante o momento atual. Mas não sem deixar percalços... muitas dificuldades ocorreram devido ao isolamento social, e que ainda prometem deixar sua marca nas publicações do periódico. “Eu não pude fazer nem um terço do que eu tinha planejado. Queríamos fazer vídeos pro site, pro canal no YouTube e eu queria ter tirado as fotos... mas não podia sair de casa e arriscar minha família. A Lillian já tinha muito trabalho e a demanda aumentou, eu mal conseguia falar com ela e certas coisas precisam de uma reunião ao vivo”, conta Julia. Foram mudanças bruscas que afetaram a confecção do trabalho, como entrevistas sendo feitas às 3 da manhã, a dificuldade inicial de acesso aos programas, fotos de arquivo e a impossibilidade de sair, que acabaram afetando a qualidade que elas queriam para a revista. Apesar de todas as dificuldades, as estudantes com muita garra e força vão entregar e apresentar, certamente, um bom trabalho de conclusão de curso.


Diagramação

PRIMEIRA IMPRESSÃO

Giulia Arduin

TCC de alunos de Jornalismo conta a história do assassinato da jovem Victória Natalini há cinco anos Larissa Barbosa Um homicídio sem respostas. A dor de um pai ao perder sua filha. Foi em uma tarde de setembro de 2015 que tudo mudou. Este é o caso da estudante Victoria Natalini, 17 anos, encontrada morta durante excursão a uma fazenda em Itatiba (SP), pela Escola Waldorf Rudolf Steiner. Cinco anos depois e o crime não foi solucionado. A fim de entender as consequências da tragédia, alunos do quarto ano de Jornalismo da Universidade Santa Cecília produzem um documentário para a conclusão do curso. A ideia partiu de Luciano Matioli, cinegrafista da emissora Rede Globo, com dez anos de carreira, que na época do ocorrido fez reportagem para o Fantástico e, desde então, estabeleceu contato com o pai da vítima, João Carlos Natalini. “Conforme os anos foram se passando, aquilo foi me deixando indignado, porque a história é muito intrigante. Tem um monte de falhas na investigação. O que me chamou a atenção é que com a repercussão nacional que teve, mesmo assim não houve uma conclusão no caso. Eu vendi essa pauta na Globoplay, porém, os documentários foram cancelados por conta da pandemia. Então decidi trazer esse projeto para o TCC”, diz Matioli. Foi aí que ele se uniu às co-

Dezembro de 2020

5

Documentário retrata

crime sem solução Acervo pessoal

Depois de cinco anos, João Natalini abre o coração e fala da morte da filha

Percebemos que tínhamos um personagem muito forte em mãos, que é o pai, e que tínhamos total acesso a essa pessoa e que poderia ser interessante ouvi-lo e sentir o que ele sentiu” Eduardo Rajabally Orientador

TÍTULO: Sem Victória FORMATO: Documentário Luciano AUTORES: Larissa Ribeiro, Matioli, Mariana Saitta e Eduardo Russo jabally ORIENTADOR: Eduardo Ra

legas Larissa Ribeiro e Mariana Saitta, que cuidam da parte da produção e do relatório, enquanto ele foca no audiovisual. Já a orientação é do professor Eduardo Rajabally, que auxiliou na hora de dar um direcionamento ao documentário. “Percebemos que tínhamos um personagem muito forte em mãos, que é o pai, e que

tínhamos total acesso a essa pessoa e que poderia ser interessante ouvi-lo e sentir o que ele sentiu, torná-lo personagem principal e enxergar tudo o que aconteceu através dos olhos dele. A história dentro da história. Porque existem muitas histórias dentro da história da Victória, inúmeras”, explica o professor.

O TCC será apresentado apenas em 2021

O trabalho está passando por retoques finais e será apresentado no próximo ano, em razão da Covid-19. Futuramente, os alunos pretendem levar o projeto adiante, lançando em plataformas de streaming e também concursos. O objetivo é sensibilizar o público e levar reflexão acerca da justiça no País. Segundo o Instituto Sou

da Paz, 70% dos assassinatos ficam sem solução no Brasil. “A relevância é o papel social do jornalista de mostrar para a população esses dados, que estão aí, e que a gente depende do poder público, da polícia e dos demais órgãos. Será que do jeito que está sendo feito está certo? Será que não tem outra maneira? As pessoas vão ficar sem justiça, sem informação desses casos?”, complementa Larissa Ribeiro. “Espero que o público se comova com a história e gere repercussão para que a família Natalini seja amparada dignamente em todos os aspectos. Fato que não ocorreu na época do crime”, conclui a aluna Mariana Saitta.

TCC aborda educação para autistas em ano de pandemia Fotos Divulgação

Amanda Bento No Brasil não existe um número exato de quantas pessoas se encaixam no diagnóstico TEA (Transtorno do Espectro Autista), pois não existem estudos. O autismo é um assunto que gradualmente vem ganhando visibilidade, mas ainda é muito pouco falado. Por conta disso é muito difícil encontrar informações exatas e oficiais. Uma outra pauta dentro desse tema tão amplo é a educação dessas crianças. Em virtude disso, as alunas do último ano de jornalismo da UNISANTA, Sabrina Louise e Thaís Nunes, produziram o documentário “Quarentena Azul - Mães Educadoras em Tempos de Pandemia”, com orientação da professora Jamile Guimarães, para ser o Trabalho de Conclusão de Curso. O documentário visa a rotina escolar de crianças autistas, de diferentes graus do TEA, durante a pandemia do Covid-19. A realidade do dia a dia dos alunos e dos responsáveis, com os surtos, dificuldades, felicidades e vitórias, gravado com a ajuda dos pais. O projeto também conta com depoimentos dos professores que estão lecionando para esses e outros alunos durante a quarentena. Médicos e psicopeda-

As estudan tes Thaís e Sabrina, ju com Ana nto Paula Cha c u r (ao centr mãe de d uas crianç o), as com au tismo

impulsionou ambas a fecharem essa ideia. Com uma temática tão importante e atual, o aprendizado que ficou foi a nova visão que as A universitária Sabrina em dia de gravação na casa de Davi, de 12 anos, que foi uma das estudantes criaram sobre essa crianças que participou do documentário realidade. A forma que os responsáveis criam e dão indepenUL AZ A TEN EN AR QU TÍTULO: dência aos filhos, o jeito como S PO TEM EM AS OR os autistas veem o mundo, com gogos também conceAD MÃES EDUC um olhar mais afetuoso e sem deram entrevistas. O trabalho DE PANDEMIA maldade. Além da amizade que A aluna Sabrina visa a RMATO: DOCUMENTÁRIO FO ficou com as famílias que particontou que a escolha BRINA rotina escolar de AUTORES: THAÍS NUNES E SA ciparam do projeto. do tema foi pela sensiPara os futuros alunos que LOUISE crianças autistas, de bilidade que tanto ela S ÃE AR IM GU LE MI vão ou já estão iniciando os quanto Thaís têm pelo JA ORIENTADORA: diferentes graus do TCCs, o conselho dado pela Saassunto, além do conTEA” brina é: “Não é tão difícil quantato de ambas com pessoas deficientes. Thaís estagiou mentário. Já Sabrina tem primos do a gente pensa. [...] Começa a Sabrina Louise no Colégio Santa Cecília e teve com deficiência e sempre se im- pesquisar cedo, leia alguns relaEstudante convivência direta com Arthur, portou com assuntos relaciona- tórios de TCC passados, assista aluno com grau bem elevado de dos. A falta de visibilidade para documentários produzidos, os autismo, que participa do docu- esse tópico foi outro fator que livros elaborados”, finaliza.


6

Diagramação

PRIMEIRA IMPRESSÃO

Jefferson Santos

Dezembro de 2020

Site oferece um novo olhar para produções nacionais

Alunos de Jornalismo desenvolvem TCC para trazer um novo espaço para as produções nacionais e aos novos artistas

TÍTULO: EPÍLOGO FORMATO: SITE MULTIMÍDIA NRIQUE AUTORES: DAVI COSTA, HE RAFAEL CUNHA, ISIS CANONICI E

Bárbara Pitta Uma discussão sobre as dificuldades das produções nacionais terem espaço na mídia tradicional acabou resultando no site multimídia Epílogo. Filmes nacionais lançados no mesmo ano que o Vingadores Ultimato, por exemplo, tiveram a escala de marketing baixa. Essa comparação é injusta, pois é evidente que o Vingadores Ultimato seria muito mais fácil de receber conteúdo. Isso não acontece apenas nos filmes, mas também nos games, livros, literatura e música. O Epílogo surgiu por iniciativa de Davi Costa e Isis Cononici em 2017, e neste ano (2020) mais dois integrantes entraram para compor o grupo, Henrique Cunha e Rafael Prado. Cada um tem uma parte para compor o site, Davi escreve sobre música nacional, Isis fala sobre filmes, livros e séries, Henrique é uma das vozes mais promissoras do e-sports e escreve sobre os games e Rafael tem uma noção sobre filmes e literatura, com uma ótima lin-

PRADO SUNÇÃO ORIENTADORA: NARA AS

guagem artística. Isis e Davi não eram muito fãs de críticas e acham errado acreditar que a opinião do crítico se sobressaia mais. O Epílogo foi pensado para falar da conclusão do que foi feito, debater sobre o que significa e não fazer uma critica sobre. Foi pensado como uma conclusão, não pelo sentido literal da palavra. Apesar de terem pensado em mudar de tema no início deste ano, Isis fazendo um livro reportagem e Davi um livro sobre Vicente de Carva-

lho, a pandemia do Covid-19 fez com que voltassem para o atual tema do TCC, pois não iriam conseguir dar a devida atenção, saindo, apurando os fatos, como deveria ser feito. Após tudo isso, convidaram os dois amigos, Henrique e Rafael, para dar uma repaginada no site multimídia. Esse portal é composto pelo site e por um podcast. O grande diferencial é que seu foco é voltado unicamente para o conteúdo e artistas nacionais e contam sobre a falta de es-

paço e incentivo aos novos artistas. Apesar de o objetivo ser divulgar o conteúdo cultural nacional, suas prioridades são os conteúdos independentes, ou seja, dar apoio a grupos que não tenham grande divulgação. PANDEMIA Esta pandemia não afetou o portal diretamente, e sim os eventos literários, de games, cinema e audiovisual, visto que todos os acontecimentos presenciais foram cancelados. O que acabou afetando o Epílogo

foi não ter mais as coberturas dos eventos. Para se manter em pé, precisaram fazer mais notícias e matérias frias. No entanto, a própria pandemia gerou matérias na questão dos cinemas por exemplo, geraram matérias sobre a reabertura, os lançamentos em decorrência do isolamento social. Assim, ao mesmo tempo que tirou algumas pautas, gerou outras. A orientadora é a professora Nara Assunção, que contou que apesar de precisar repensar muita coisa referente à orientação e da produção por conta da pandemia, a ideia do projeto já estava bem elaborada pelo grupo, o que tornou muito mais fácil o processo. Você pode encontrar mais informações sobre o Epílogo no site https://epilogo.art.br/ .

Monografia traz como tema o jornalismo cultural

Jefferson Santos Optando por uma monografia, os alunos do último ano de jornalismo na Universidade Santa Cecília (UNISANTA) Pedro Henrique Donabela Silva de 22 anos e Amanda Oliver Jordão de 21, irão falar sobre jornalismo cultural e a importância da valorização midiática em combate a síndrome do vira-lata em seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Monografia, um trabalho monográfico que envolve a exploração extensa de um determinado assunto. Obedecendo a rigorosos padrões metodológicos. Sua intenção é exclusivamente de cunho científico, sendo assim, o trabalho precisar ter um objeto de TÍTULO: estudo que esteja claraJORNA LISMO CULTUR mente definido. Ser apreAL sentado uma novidade FORMA TO: MO NOGRA ou uma nova perspectiAUTOR FIA E S : AMAN va sobre um contexto e D A PEDRO OLIVER DONAB E procurar comprovar as E L A O R I ENTAD hipóteses que lança e OR: RO BSON BASTOS ser, no geral, útil. E o que seria a síndrome do vira-lata? Por ser um país colonizado, temos traços de abusos que os nativos brasileiros e indígenas melhores, escravizaram, eram sofreram, e esses traços, conti- os mais ricos, com isso mesmo nuaram com passar do tempo. o Brasil tendo uma cultura com Com a chegada dos europeus raízes africana e indígena outros eles tinham sua aparência de ser os traços da cultura europeia

acabaram ficando, o que mostra sua elitização. Amanda, cita alguns exemplos sobre a cultura em nosso país “As pessoas acham que uma pessoa culta é aquela que escuta a música clássica, que lê uma literatura europeia, que entende de assuntos mais eruditos. Mas não é isso, uma pessoa que escuta funk, rap, está tão dentro da cultura quanto esse outro tipo de pessoa. Isso porque o funk, o rap e até a gastronomia, eles carregam uma história raiz cultural da população e não só

uma questão do momento”. A dupla irá mostrar como os jornais têm papel fundamental na divulgação da nossa cultura. Pedro explica como será a condução de foco da monografia “Analisaremos alguns dos grandes jornais e portais de notícias. Todos têm a ‘Cultura’ em sua editoria, alguns jornais analisados trabalham mais cultura internacional do que a própria brasileira. Então mostraremos a valorização baseado no jornalismo cultural e como esse tipo de de jornalismo poderia influência na valorização da nossa cultura”. O tema escolhido por Amanda, atraiu Pedro que chegou depois no trabalho, ele diz que se sentiu atraído na valorização cultural por meio da história, o sentimento de identidade cultural que vem desde o Brasil Império. Eles escolheram Robson Bastos, professor e coordenador do curso de jornalismo como orientador do trabalho. A escolha do professor veio por sua calma, e paciência em explicar, o que é fundamental como ressaltou Pedro. Além disso, o professor complementa suas explicações passando livros e obras para que os formandos possam ter uma ajuda maior no projeto. Robson diz que fica feliz com os jovens alunos se preocuparem com a cultura e o Jornalis-

As pessoas acham que culto é aquele que escuta a música clássica, que lê uma literatura europeia, que entende de assuntos mais eruditos. Mas não é isso, uma pessoa que escuta funk, rap, está tão dentro da cultura quanto o outro” Amanda Oliver estudante

mo. Conta que a dupla vem fazendo um levantamento sobre o Jornalismo Cultural no Brasil, usando de livros básicos e da editora Contexto, do jornalista Daniel Piza. “Precisamos estudar e analisar mais as várias vertentes desse jornalismo. Tem muitas especificidades, como: TV, Teatro, Cinema, Quadrinhos, Arte Plástica, Música, Séries etc. Estou esperando um bom trabalho. Reflexivo e interessante.” Finaliza o professor e orientador do trabalho.


Diagramação

Dezembro de 2020

Afroempreendedorismo,

uma luta de todas

A estudante Mariane da Luz criou um blog para discutir o espaço da mulher negra no empreendedorismo Luana Chves

A luta das mulheres para ganhar espaço na socie-

dade é um esforço constante. Após tantos anos e conquistas, o sexo feminino ainda encontra diversos obstáculos para se estabelecer no mercado de trabalho. Quando essas mulheres são negras, as dificuldades são ainda maiores. Além de lidar com um mercado majoritariamente liderado por homens, elas também precisam encarar uma série de barreiras impostas contra sua cor de pele. Foi pensando nisso que Mariane da Luz, aluna de Jornalismo, decidiu falar sobre o afroeempreendedorismo em seu Trabalho de Conclusão de Curso. De acordo com as pesquisas feitas para o projeto, os empreendedores negros são maioria na sociedade, no entanto, eles encontram maior dificuldade para obter apoio financeiro, já que os bancos liberam menos verba para pessoas que não são brancas. Conforme explica Mariane, geralmente, essas pessoas decidem investir no empreendedo-

rismo por necessidade, já que o mercado tradicional costuma não dar muitas oportunidades para negros, mesmo que estes possuam tantas formações quanto os concorrentes brancos. Sendo a cor da pele um quesito de desempate, o mérito diminui ainda mais para mulheres, que a partir disso, se lançam no empreendedorismo, a fim de superar seus próprios limites e conquistar sua liberdade e estabilidade por um caminho longo e desigual. Muitas mulheres trabalham em múltiplas jornadas, cuidando de seus negócios, interesses pessoais e de uma família. Pensando nisso e visando a falta de oportunidades e até de informação para essas chefes de família, Mariane decidiu criar o blog “Só podia ser preta”, que funciona como um guia de pesquisa para essas mulheres e um espaço onde os consumidores possam conhecer e valorizar os serviços oferecidos pelas afroempreendedoras de Santos. Para a orientadora Raquel Alves, “o tema escolhido por Mariane é muito oportuno”, tendo em vista que o país está passando por mudanças vigorosas, resultantes da luta das mulheres. Raquel complementa que a proposta da aluna é utilizar o jornalismo como uma ferramenta para ampliar a discussão sobre a participação das

7

PRIMEIRA IMPRESSÃO

Henrique Miguel e Luana Chaves

DADOS SOBRE O

AFROEMPREENDEDORISMO FEMININO NO BRASIL

1%

TÍTULO: SÓ PODIA SER PRETA FORMATO: BLOG Z AUTORES: MARIANE DA LU ALVES ORIENTADORA: RAQUEL

mulheres negras no empreendedorismo. Contudo, apesar de possuir um tema inteligente e necessário, a estudante do último semestre de Jornalismo, assim como vários outros alunos, teve o desenvolvimento do projeto prejudicado com a chegada da pandemia. A orientadora explicou que a comunicação e a troca de informações com os alunos ficaram complicadas nesse período de isolamento social e, desta forma, “o processo não flui como nos anos passados”. Entretanto, é tudo uma questão de adaptação, pela qual Mariane da Luz está se adequando e correndo contra o tempo para colocar em prática toda sua metodologia e assim, finalizar o projeto a tempo da apresentação.

PERCENTUAL DE EMPREENDEDORES POR RAÇA NO BRASIL

1% OUTROS 48%

48% BRANCOS

51% NEGROS

51%

GÊNERO DOS EMPREENDEDORES NEGROS 69%

31% 0%

25%

50%

75%

FATURAMENTO MÉDIO MENSAL NEGROS

BRANCOS

R$1370,00

R$2.745,00

DADOS: SEBRAE ANO:2014

Documentário revela prepraração de atores Lucas Ferreira

Evelyn Nayara O espetáculo proporcionado por um personagem é capaz de despertar sensações infinitas em quem o contempla, conforme a carga emocional emitida por aqueles que ali atuam. Sabendo das necessidades preparatórias de um ator, que fortalece, sobretudo, seu estado psicológico para encarnar a persona da história a ser contada, os alunos de jornalismo Lucas Ferreira e Vinícius Costa, produziram um documentário acerca da vivência dos artistas nos bastidores. A paixão pelo teatro impulsionou a dupla, que além do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), desempenhou atividades em conjunto durante os 8 semestres previstos pela universidade. Para a narrativa do projeto audiovisual, inspiraram-se na metodologia utilizada por Eduardo Coutinho, no documentário “Jogo de Cena”, em que 23 mulheres, independente de raça e status social, contaram suas histórias de vida de frente as câmeras em um estúdio, no ano de 2006. Definida a narrativa, os estudantes atrelaram a obra “Navalha na Carne”, de Plínio Marcos, como objeto de estudo central para o desenvolvimento do TCC, que nada mais é que um “filme”, com encenação e entrevistas protagonizadas por três mulheres: Linda Leão

TÍTULO: OUTRO EU IO FORMATO: DOCUMENTÁR E AUTORES: LUCAS FERREIRA VINÍCIUS COSTA ORIENTADOR: EDUARDO

Linda Leão, atriz e uma das personagens do documentário

RAJABALLY

(atriz), Maria Tornatore (diretora de teatro) e Nicole Mara (psicóloga), todas ligadas direta e indiretamente à arte. A escolha da peça teatral de Plínio Marcos se deu por sua representatividade na cultura brasileira, uma vez que além de ter sido estreada no ano de 1967 (período de censura e ditadura militar), expôs a realidade de três “moradores” de um bordel, a prostituta (Neusa Suely), o gigolô (Vado) e o homossexual (Veludo). A captação de imagens foi

realizada em um único dia, exclusivamente no auditório do Espaço Multicultural 22 de Janeiro, em São Vicente, local que comporta 80 pessoas e é palco para festivais de cinema e apresentações teatrais. Todo o conteúdo produzido em vídeo e escrita foi compilado e está sendo revisado junto ao seu orientador, Eduardo Rajabally. O mentor dos estudantes, que é jornalista e especialista em produção audiovisual, explicou que às vésperas do trabalho ser submetido à banca

examinadora, é essencial que a edição extraia e insira todos os detalhes pertinentes para a conclusão do projeto. Ao ser questionado sobre a assertividade da dupla em manter o formato de documentário mesmo em meio a pandemia, Rajabally pontuou “O problema de saúde pública em âmbito mundial não deve ser encarado como empecilho,

mas sim como uma oportunidade para mudar a forma como enxergamos as coisas e, dessa forma, reportarmos. A sensibilidade daquele que vê é determinante para prosseguir, ou não, com um modelo de trabalho como esse.” Os formandos estão ansiosos para a divulgação da produção e reiteram o desejo de tornar o produto conhecido “Nossa pretensão, posteriormente, é veicular o documentário em festivais de curta-metragem e canais virtuais do segmento. Mas acima de tudo, esperamos que as pessoas assistam e compreendam que a preparação de um ator não é tão simples quanto aparenta,” disse Lucas. Perguntado sobre a maior dificuldade enfrentada pelo grupo, Vinícius comentou “O que nos desestabilizou, além da pandemia, foi sem dúvidas a substituição de um dos personagens no enredo. Tava tudo combinado com um ator e de repente ele não pôde mais contribuir. E lá fomos nós, mais uma vez, reformular a ideia inicial. Mas no fim, deu tudo certo e o resultado foi tão positivo quanto o que nós imaginamos dadas as circunstâncias,” concluiu. Até o fechamento desta reportagem, Lucas e Vinícius não tinham data definida para a entrega do TCC.


8

Diagramação

PRIMEIRA IMPRESSÃO

Ágata Luz e Peter Nardotto

Dezembro de 2020

Projeto cria assessoria

para doceria gourmet Maria Anielle decidiu unir o profissional com sua família e provar que jornalismo vai muito além da televisão Ágata Luz Aliando sua família ao Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), Maria Anielle da Silva Rodrigues irá concluir seu curso de Jornalismo com um projeto para o empreendimento de sua tia: um “plano de comunicação e assessoria para Cleide, melhor confeiteira artesanal”, orientado pela professora Kátia Locatelli. Em ano de pandemia da doença Covid-19, Maria viu no TCC uma oportunidade de ajudar no engajamento da loja de doces gourmet da sua tia Cleide Melo. Porém, segundo a aluna, a maior dificuldade foi o próprio fato de a cliente ser da sua família: “o mais difícil foi fazer com que minha tia acreditasse no projeto e me desse total liberdade para mexer nas redes sociais”. Apesar dos receios iniciais, Maria Anielle afirma que trabalhar com um familiar é especial. “Foi muito importante para minha tia e para mim, pois ela não entende muito de redes sociais e poder ajudar alguém da minha família é muito gratificante porque posso mostrar para eles que o jornalismo não é só aparecer na TV, podemos trabalhar diversas

Maria Anielle

áreas da comunicação”, explica a graduanda. Ao observar o trabalho entre sobrinha e tia, não se imagina que este foi o plano B da estudante. Inicialmente, a ideia era elaborar uma monografia sobre a representação feminina nos estádios de futebol. Mas, segundo Maria, o tema foi trocado por conta da pandemia. “Me vi perdida quando percebi que meu primeiro tema não daria certo. Então conversei com o professor Robson Bastos, que até então era meu orientador, e falei sobre meu plano B”, declarou a estudante. O EMPREENDIMENTO Bolos de festa, bolos vulcões, brigadeiros, brownies, copos da felicidade e tortas são alguns dos doces da loja “Cleide Melo – Confeitaria Artesanal”, uma doceria gourmet virtual que leva o nome da proprietária. Em produção solo, Cleide tinha um espaço físico, porém, devido à crise da pandemia, optou por fechar. Então, ela adaptou o ateliê em um dos quartos de sua casa. Além disso, Cleide possui um carrinho personalizado com seu logo, onde a proprietária realiza as vendas no período da noite na praça em frente sua casa. No carrinho também são realizados pedidos via delivery, que funciona de terça-feira a domingo, das 14 às 22 horas.

Cleide Melo passou a atender via aplicativo

Foi importante para minha tia e para mim, pois ela não entende muito de redes sociais e ajudar alguém da minha família é muito gratificante

Maria Anielle Estudante

ANDAMENTO DO PROJETO Desde abril trabalhando em prol do projeto, Maria Anielle já proporcionou conquistas significativas para sua tia. Agora, a confeitaria artesanal atende pelo aplicativo Ifood e por um link criado pela estudante para facilitar a compra on-line. De acordo com a graduanda, um dos seus principais objeti-

Podcast quer focar no universo musical regional Vitor Leutz Bernardo Martini e Diogo Gamberini são músicos, se tornaram amigos no começo do curso de Jornalismo e sempre realizaram os trabalhos juntos, durante a faculdade. Martini, que já tinha a ideia de ter um podcast, juntou o útil ao agradável. Para Diogo, o formato do TCC é simples, mas, mesmo assim, demanda criatividade para tornar o material atraente. “Em dupla, a divisão de trabalhos é mais fácil e o processo criativo mais simples”. Assim o “Entre Música”, podcast em formato de talk-show, receberá um músico ou banda emergente no mercado, para uma conversa leve divertida e falará sobre música, letras, inspirações e estilos. A ideia é focar no

universo musical da Baixada Santista. Vale lembrar que em 2008, fora do Brasil, surge um mercado de áudio chamado “Podcast”. Em meados de 2009 e 2010, o produto chega ao Brasil, ainda bem desconhecido, mas já ganhando admiradores. Depois de quase 10 anos, o mercado brasileiro começa a se interessar e assim, rádios, tevês e pessoas da mídia lançam seus programas em formato de áudio. Um TCC para ser bem feito precisa de um ou uma orientadora que entenda do tema. Por isso, Valéria Vargas foi escolhida pelos conhecimentos dos formatos de internet. Os alunos explicaram que a professora se mostrou bem animada. Para ela, a parte mais difícil de orientar um projeto de conclusão

NICATÍTULO: PLANO DE COMU CLEIDE, ÇÃO E ASSESSORIA PARA TESANAL MELHOR CONFEITARIA AR FORMATO: ASSESSORIA AUTORES: MARIA ANIELLE CATELLI ORIENTADORA: KÁTIA LO

vos é melhorar o perfil da doceria no Instagram com posts programados, maior interação via story, entre outras ferramentas oferecidas pelo aplicativo de fotos e vídeos.

Arquivo Pessoal

de curso é não interferir diretamente no resultado do trabalho. “O orientador precisa adquirir uma certa distância do projeto que deve ser desenvolvido pelos alunos. Isso, às vezes, é complicado”. A professora ainda fez uma analogia usando o futebol “é como se um craque tivesse que ficar fora de um jogo decisivo”.

TÍTULO : ENTRE MÚSIC FORMA A TO: PO D C A AUTOR ST AS: BER N A R DO MA DIOGO RTINI E GAMB E R IN ORIEN I TADOR A: VAL ÉRIA V ARGAS

Ter um podcast já era um projeto antigo de Bernardo e Diogo


Diagramação

PRIMEIRA IMPRESSÃO

Giovanna Real

Dezembro 2020

9

Livro-reportagem conta a trajetória das “Sereias da Vila”

Estudantes de Jornalismo elaboram livroreportagem para contar a história do time feminino do Santos Futebol Clube Giovanna Real Paixão por futebol, curiosidade sobre a história do time feminino do Santos FC, e a vontade de dar maior repercussão ao tema que não é muito falado no Brasil foram alguns dos fatores que incentivaram Fernanda Paes e João Pedro Bezerra a escreverem o livro “Sereias da Vila: Uma trajetória de conquistas”. A ideia surgiu ainda no 3º ano da faculdade, em 2019. Falar sobre futebol não é uma novidade para os dois, já que ambos adoram acompanhar jogos, campeonatos e tudo que envolva o tema. Para eles, a modalidade não deve ficar restrita apenas aos tradicionais jogos masculinos. Sempre foram grandes fãs do futebol feminino, e foi aí que começaram a ter a ideia de contar um pouco mais sobre a história de um time, as Sereias da Vila, do Santos Futebol Clube. Tudo começou em 1997 e por lá passaram grandes nomes, jogadoras que realmente ficaram marcadas no mundo inteiro. Apesar de toda a trajetória, tantas vitórias e milhares de partidas, não há muitos relatos sobre a história do time e quem tem curiosidade de saber um pouco mais com certeza vai encontrar dificuldades.

Arquivo Pessoal

Fernanda e João Pedro sentiram essa dificuldade, pois queriam conhecer um pouco mais sobre o time, mas não encontravam quase nada. Por conta disso, escolheram escrever um livro, no qual poderiam abranger diversos assuntos como perfis de personagens, histórias de títulos, bastidores e tudo do universo das Sereias da Vila. Enquanto tentavam encontrar outros tipos de produtos e formatos para o Trabalho de Conclusão de Curso, nenhum era tão viável quanto um livro-reportagem. A PANDEMIA Formar-se neste ano não está sendo uma tarefa fácil, já que desde março ano vive-se uma pandemia devido ao Covid-19. Para dificultar o processo, tanto Fernanda quanto João contraíram a doença. Os dois se recuperaram rapidamente. “Conseguimos nos adaptar muito bem com a pandemia, fizemos entrevistas pelo zoom e pelo skype, e alguns entrevistados até respondiam por meio de áudios pelo WhatsApp”, conta João Pedro. DIFICULDADES Embora a pandemia não tenha sido um problema, algumas dificuldades foram encontradas pela dupla durante o trabalho. Um dos primeiros passos que foram dados foi o de levantar dados. “Em janeiro fomos no Santos pensando que eles teriam de tudo, desde jogos, números das jogadoras e partidas. Na verdade, eles não tinham

foram encontrando outras e assim o trabalho foi fluindo bem. O livro conta com 12 capítulos. E o mais difícil foi o da história do time, já que de 1997 a 2004 não thavia quase informações sobre o time.

O Covid é uma doença complicada, pois não mexe somente com o seu físico, mas com seu emocional Fernanda Paes

absolutamente nada. Apenas um release sobre o Santos com algumas informações que estavam erradas”. Para eles, esse foi um dos maiores problemas que tiveram que enfrentar.

ORIENTAÇÃO O orientador escolhido por eles foi o professor e diretor da Faculdade de Comunicação, Humberto Challoub. Eles procuravam alguém que realmente entendesse de futebol e conhecesse a história do Santos. “O Challoub tem um um amor igual ao nosso pelo esporte, tem uma TÍTULO carreira como : SEREIA S DA V TRAJET jornalista muito ILA: UM ÓRIA D A E C respeitada e tem O NQUIST FORMA AS TO: LIV muitos contatos RO REP AUTOR ORTAG ES: FER E que poderiam nos M NANDA JOÃO PAES E PEDRO ajudar. Essa foi nossa BEZERR ORIENT A escolha e nós não nos ADOR: HUMBE CHALL arrependemos.” RTO OUB “Acho que o trabalho está muito bem desenvolvido, foram muito dedicados até agora, colheram muitas inforAlém disso, em março deste ano, o notebook de ambos mações mesmo com toda a diqueimou e por conta disso, fi- ficuldade da pandemia. Acho caram cerca de um mês para- que vai ficar um trabalho bem dos pois não tinham um dos interessante”, diz o orientador. instrumentos principais para “Quando estourou a pandemia, já estávamos com o trabatrabalhar. Para contornar o problema lho em desenvolvimento, mida falta de dados, Fernanda e nha tarefa foi apenas conversar João Pedro utilizaram a tec- com eles, fazer a leitura dos nologia para encontrar suas capítulos e dar sugestões. Foi principais fontes. Por meio tranquilo pois são alunos muidas redes sociais conseguiram to dedicados e interessados encontrar algumas jogadoras, em fazer, tudo fica mais fácil.”, entrevistaram, e a partir disso conta o professor.

Revista quer desmitificar padrões da moda Divulgação

Ludmila Andrade Fotografia. Texto. Diagramação. Esses são elementos muito utilizados no cotidiano de um jornalista. Por isso, aplicar esses conhecimentos no Trabalho de Conclusão de Curso é essencial para a formação dos estudantes. Para os alunos Luiza de Oliveira, Natália Nini e Rafael Meireles, do 4° ano de Jornalismo, não foi diferente. Eles tiveram que reunir todos os conhecimentos adquiridos ao longo do curso para criação da revista online ‘Vênus’. Mas, como todo início de um trabalho, a revista nasceu do sentimento mais voraz e avassalador: a paixão. “Inicialmente, a ideia era ser um foto-livro, e começou já em 2019 com as aulas de introdução ao TCC. A faísca surgiu porque sempre fui muito apaixonada por moda, e enquanto assistia ao desfile anual da Victoria Secrets de 2018, comecei a conversar com a minha mãe comparando as modelos com os do desfile do Laboratório Fantasma no São Paulo Fashion Week, do mesmo ano”, contou a aluna Natália. O nome da revista se deve a deusa do amor e da beleza: Vênus. O objetivo é falar sobre a interferência dos padrões de be-

Revista online aborda padrão de beleza em reportagens TÍTULO

leza e da moda impostos pela sociedade. A revista busca desmistificar o conceito de beleza, tendo como slogan “Todos nós podemos ser Vênus.

: VÊNU S FORMA TO: REV ISTA AUTOR ES: LUIZ A DE O NATÁL LIVEIRA IA NINI , E R AFAEL MEIREL ES ORIENT A ASSUN DORA: NAR A ÇÃO

“No trabalho, conseguimos reunir pessoas diversas, felizes por participar de um projeto que enaltece elas mesmas. Isso me trouxe um sentimento de que ainda dá para reduzir os danos da sociedade causadas pela indústria”, afirmou Rafael. A revista Vênus está dividida em cinco editoriais: moda, sexualidade, beleza, sociedade e saúde. Segundo a equipe, um dos objetivos da revista é contar histórias que não possuem visibilidade na grande mídia. “Nos importamos em falar sobre diversas características e diferenças. Alguém sempre se reprime por algo, e por isso, a nossa intenção é que as pessoas se sintam abraçadas”, acrescentou. Para compor as histórias contadas na revista, a equipe criou uma identidade visual única, misturando ensaios fotográficos com colagens. “Eu trabalho com design e a colagem sempre foi uma identidade muito própria minha. Quando pensamos sobre o conceito da revista e do público que desejamos alcançar, vimos que este tipo de arte se encaixaria perfeitamente na maneira como visualizamos o nosso veículo”, explicou Luiza. A orientadora Nara Assunção falou sobre os motivos da escolha do TCC: “O que me

gerou interesse no trabalho foi o tema que reflete sobre os padrões de beleza impostos e a importância de quebrarmos estes estereótipos criados. As matérias nos trazem personagens que nos fazem pensar ainda mais sobre o tema”. GRITO INTERNO “Acredito que, tanto para mim, quanto para a Luiza e o Rafael, a Revista Vênus seja uma espécie de grito interno sobre coisas que vivemos durante a vida toda, e não soubemos traduzir, e agora buscamos dar a pessoas comuns a oportunidade de falar, serem ouvidas e se sentirem belas também”, acrescentou Natália. A revista Vênus é a prova que um TCC pode ir muito além da aplicação dos conhecimentos desenvolvidos durante o curso. Ele expõe paixões, muda perspectivas e transforma olhares sobre aquilo que está no cotidiano dos universitários. “Eu passei a ver o mundo de uma outra forma. Passei a perceber nos lugares aonde eu ia se aquilo era acessível ou não. Passei a enxergar com mais sensibilidade as questões como racismo, machismo, e gordofobia, no meu dia a dia. Enxergar os corpos humanos como uma forma de arte tem me transformado por inteira, concluiu.


10

Diagramação

PRIMEIRA IMPRESSÃO

Eduarda Gouveia e Maria Eduarda

Dezembro de 2020

Projeto do estudante de jornalismo Allan Moraes tem como objetivo unir informações sobre brechós, bazares e moda consciente Maria Eduarda

ReVista: sustentabilidade

é a nova moda Allan Moraes

Se antigamente os brechós e bazares não eram bem vistos por venderem roupas usadas, atualmente, esse modelo de negócio é considerado uma alternativa sustentável, econômica e estilosa. É a partir dessa realidade que o estudante de jornalismo Allan Moraes quer encorajar as pessoas a considerarem outras formas de consumo, disponibilizando uma extensa fonte de informações sobre esses estabelecimentos, produtores locais e moda consciente. Foi do gosto por frequentar brechós e bazares que o tema do TCC do estudante surgiu. Allan, que consome de maneira sustentável desde 2016, percebeu que na internet não existem informações suficientes sobre esses locais, o que dificulta não só o acesso, mas também a popularização. Por isso, a sua missão durante o trabalho foi organizar as informações sobre moda consciente em Santos, realizando o mapeamento desses estabelecimentos, incluindo os pequenos produtores locais e produzindo conteúdo informativo sobre ações e pessoas que atuam nessa frente. Um dos fatores que motivou Moraes a prosseguir no tema foi a sustentabilidade, uma questão que tem se tornado cada vez mais urgente para o planeta. “Estamos repensando tantos hábitos e eu me peguei nesse exercício de reflexão sobre o quanto duram as minhas peças de roupas que compro em lojas

Quero muito finalizar e colocar no ‘mundão’ essa pesquisa que pode interessar e ajudar tantas pessoas”

Allan Moraes estudante

Conscientizar sobre moda por meio do projeto ReVista é o objetivo do aluno Allan Moraes TÍTULO: REVISTA FORMATO: REPORTAGEM

de efeito estufa. Segundo a World Wide MULTIMÍDIA Fund For Nature (WWF), uma camiseta de algodão AUTORES: ALLAN MORAES ÃO NÇ SU AS chega a consumir cerca de RA NA ORIENTADORA: 2.700 litros de água. Já uma calça jeans, apenas no cultivo de algodão utilizado, consome 10.000 litros de água, quantidade semelhante à ingerida por uma pesde departamento, como elas soa em um período de dez anos gastam rápido (...) Comecei a de acordo com dados fornceidos perceber que as roupas boas pela ONU. que compro de segunda mão, aquelas peças de boa qualidade PANDEMIA mesmo, duram muito mais que Allan decidiu tocar o projeto as de departamento”, comenta. sozinho, mas não contava com o Não é de hoje que a indús- grande acontecimento de 2020, tria da moda causa impactos a pandemia. Logo no início da ambientais devido ao uso ex- quarentena, o estudante percessivo de recursos hídricos e cebeu o desafio que teria pela por meio da emissão de gases frente: dar continuidade a um

trabalho que exige contato e visitas presenciais, o que de fato não poderia acontecer devido aos riscos de contaminação pelo novo coronavírus. Depois de alguns meses, o trabalho começou a andar novamente, e mesmo com algumas urgências, ele tem se organizado para que o guia de brechó e bazares, juntamente com informações sobre moda consciente fique pronto o quanto antes. “Quero muito finalizar e colocar no mundão essa pesquisa que pode interessar e ajudar tantas pessoas”, afirma. E para vencer a corrida contra os prazos, o estudante tem como orientadora a professora Nara Assunção, uma escolha que, segundo ele, foi por pura afinidade: “Eu sei que ela adora brechós, e quando contei

a ideia, foi a pessoa que mais incentivou e pilhou de orientar”. DESCONSTRUÇÃO Embora a indústria têxtil seja extremamente danosa ao meio ambiente, Allan quer que o seu projeto seja um mecanismo de incentivo, e não de culpa. Ele acredita que romper a barreira que existe entre o reuso e as roupas de grandes lojas é um processo vagaroso, por isso, não cabe responsabilizar as pessoas pelo consumo, pois na verdade estamos inseridos em um sistema que nos condiciona contribuir para esse mercado. “Esse trabalho, de alguma forma, tem o intuito de organizar as informações sobre moda consciente aqui da cidade, plantando aquela sementinha de “Olha.. Tem esses outros lugares aqui onde você pode comprar roupas... Tem esse que é mais chique, esse que é mais simples, esse que ajuda instituição X…”, completa

Podcast vai tratar da síndrome do impostor Laís Regina O formato de podcast não foi a primeira proposta e ideia a ser desenvolvida como Trabalho de Conclusão de Curso pela estudante de Jornalismo, Beatriz Pereira. Na verdade, ela teve muita dificuldade em achar um tema desde o começo do ano e, como disse, pensou em um milhão de coisas, mas não se via executando nenhuma delas. Sempre pareciam difíceis demais ou muito clichês, em comparação aos outros trabalhos. Até que um dia, mexendo em seu celular, achou um “print” de uma publicação do Instagram de uma jornalista falando sobre a síndrome do impostor, que é caracterizada por pessoas que têm tendência à autossabotagem. Ou seja, o indivíduo constrói, dentro da cabeça, uma percepção de si mesmo de incompetência ou insuficiência. No mesmo instante Beatriz se identificou com todas aquelas características. Então guardou aquela postagem pra poder pesquisar um pouco mais, pra saber se seria uma boa ideia ou não, para o tão esperado TCC. A aluna decidiu conversar com alguns amigos para

contar a sua ideia, mas nenhum deles conhecia a síndrome. E foi nesse momento que acabou optando pelo tema. Como era um assunto relevante e até então desconhecido, ela juntou o tema com área que mais gosta dentro do jornalismo: o rádio. Escolheu o formato de podcast porque é uma área que tem muita facilidade; então, na sua visão, seria fácil e prazeroso de produzir. No começo houve dificuldades, pois teve de procurar material sobre a síndrome, pois aqui no Brasil existe pouca pesquisa sobre o tema. Por isso, no início ficou receosa se tinha escolhido o tema certo, mas depois de muito pesquisar achou tudo o que estava procurando. Mas, mesmo depois de ter tudo em mãos, Beatriz ficou “travada”. Não conseguia sair da pesquisa, não se sentia capaz de concluir o trabalho. Acabou criando um bicho de sete cabeças para o TCC, que no fim descobriu não ser nada disso. “Quando voltei a escrever, meus pais pegaram coronavírus e foi cerca de um mês e meio com isso na cabeça. Meu pai ficou muito mal e teve até que ser internado, então fi-

Beatriz Pereira encontrou dificuldades para encontrar material sobre a temática por falta de pesquisas no país

quei sem condições de pensar em TCC ou em qualquer outra coisa”. Depois desse susto a estudante voltou a produzir. A orientadora do TCC, professora Wanda Schumann, teve um papel muito importante nesse meio tempo. “Ela me acalmou e disse que ia dar tudo certo”, destacou a aluna.

TÍTULO: FOI SORTE FORMATO: PODCAST AUTOR: BEATRIZ PEREIRA ORIENTADORA: WANDA SCHUMANN


PRIMEIRA IMPRESSÃO Dezembro de 2020

11

Blog aborda a história de de Palmas, capital de Tocantins O TCC traz relatos de personalidades de Palmas, a capital do Tocantins

Matheus Vargas Estes são os apelidos dados ao município de Palmas —, capital e também a maior cidade do Estado do Tocantins, localizado a sudeste da região Norte. Após morar lá por sete anos, Izabely Carvalho, estudante de Jornalismo na Universidade Santa Cecília, vai lançar o blog ‘Tá de Palmas’. O espaço virtual tem como objetivo colocar a caçula das Capitais em evidência no mapa. Conforme ela mesma descreve, o blog em si “tem como propósito ser um agente social de mudança. Lutando pelo reconhecimento territorial da cidade, e buscando amenizar os estereótipos criados em cima de um lugar esquecido e perdido no tempo.” “A maioria das pessoas não tem muito conhecimento sobre a região Norte”, explicou Izabely. “Muitas pessoas pensam que Palmas faz parte da região Nordeste ou Centro-Oeste. E ainda há quem não saiba que a cidade é a Capital do Tocantins.” Apaixonada por viagens, a formanda e mochileira de 21 anos destaca que o que mais

Milena Estela “O meio ambiente na mídia da Baixada Santista” é o título do Trabalho de Conclusão de Curso da Beatriz Souza, estudante de Jornalismo da Universidade Santa Cecília. A aluna sempre foi interessada por meio ambiente. Desde pequena, ela gostava de estudar e compreender sobre as cadeias biológicas dos diversos seres vivos que compõem o planeta, de conhecer a forma como estes seres se comportam, interagem e enxergam o mundo que nos cercam e a importância que possuem em nossa contínua existência. “A especialização em meio ambiente foi o meu primeiro impulso para prosseguir nesta jornada que é curso de jornalismo, assim como é o cerne para produzir o meu Trabalho de Conclusão de Curso. Desde que iniciei o curso, ser uma jornalista ambiental sempre foi um sonho, sendo assim este trabalho o primeiro passo para concretizá-lo”, relatou Beatriz. A estudante de jornalismo conta que esta monografia nasceu a partir de uma indignação e de uma angústia que teve após ler uma matéria, publicada no mês de agosto de 2018, que abordava a aparição de 200 pinguins mortos em uma das praias da Baixada Santista. “A forma como aquela notícia foi redigida – tendo as características de registro diário perante a um número tão chocante –, que me fez refletir sobre a importância da incorporação da temática, as pautas jornalísticas, no qual estas, ao ganharem

Divulgação

lhe atraiu em Palmas, enquanto esteve por lá, até completar a maioridade, foram as pessoas. “As considero como se fossem da minha família”, disse ela. “Fui para lá quando tinha 11 anos, para ficar com a minha irmã. Que tinha passado na Universidade Federal do Tocantins. Mas depois precisei vir para a Baixada Santista, quando percebi que aqui na região teria melhores oportunidades de emprego na área do Jornalismo.” O PROJETO A despeito dos trâmites do blog, a estudante o classifica como uma grande reportagem multimídia, usando o sistema de sites Wix para hospedá-lo na nuvem. Fora isto, o espaço virtual será dividido entre fotos, textos, vídeos e até mesmo podcasts. Outro destaque, segundo ela, é que o trabalho também se enquadra como jornalismo colaborativo. Uma vez que as fotos que farão parte do blog acabaram sendo tiradas e enviadas por seus entrevistados. Conforme a estudante, outro ponto que será apresentado na íntegra é a questão cultural da cidade. “Palmas recebe uma grande influência de outros cantos do Brasil. Afinal, a Capital do Tocantins é uma região nova. Ela só tem 31 anos. E por ser muito nova, não possui características muito presentes

Palmas se destaca pela riqueza cultural

ou próprias”, afirmou Izabely. E ainda, para deixar as coisas mais claras em sua explicação, fez um paralelo com a cidade de Santos: “Os santistas possuem 474 anos de história. Possuem um time de futebol próprio e até um Porto que participa ativamente da economia nacional. Já lá é totalmente diferente. Palmas ainda não é assim. Mas será. Tem tudo pra ser.”

gir um número maior de pessoas. Ou seja, não vai ficar restrito a um pequeno grupo. Alcançando, desta forma, outras regiões.”

PANDEMIA “Devido à Covid-19, as entrevistas foram feitas todas à distância”, explicou a veterana. Que, orgulhosamente, trouxe a seu TCC a aplicação de todas as medidas de segurança cabíveis e necessárias. Para a realização das entrevistas, Izabely adotou o recurso das vídeos-chamadas. Não apenas pensando em si mesma, mas, também, em seus convidados. Resguardando, desta forma, a saúde de todas as fontes envolvidas no projeto. “Entrevistei um grupo musical da cidade, chamado Cerrado Novo. Também conversei com o TÍTULO: TÁ DE PALMAS presidente do Projeto VeFORMATO: BLOG reda, realizado na Escola HO AUTORES: IZABELY CARVAL Municipal Crispim Pereira ORIENTADORA: VALÉRIA de Alencar, onde as crianVARGAS ças usam instrumentos musicais confeccionados atráves de materiais nativos. Como, por exemplo, a viola de buriti”. “E, por último, tive um bateQuanto a opção escolhida para a construção e a elaboração -papo bacana com o presidente de seu TCC, ela ponderou: “O da “Cafundó do Brejo”, uma quaformato de blog para meu traba- drilha que participa do “Arraial lho foi o escolhido porquê, desta da Capital”. Uma festa típica que forma, o que eu quero divulgar e já acumula seus 20 anos de exisensinar sobre Palmas pode atin- tência”, concluiu.

Monografia aborda Jornalismo Ambiental na região

A aluna pesquisou sobre o papel da mídia em relação ao jornalismo ambiental

A especialização em meio ambiente foi o meu primeiro impulso para prosseguir nesta jornada que é o curso de Jornalismo Beatriz Souza estudante

destaque dentro dos veículos jornalísticos, acabam por conscientizar a população a respeito das questões ambientais”, explicou Beatriz.

tura do tema na região”, explicou Bezerra. O orientador explicou também, que não ocorreu nenhuma dificuldade. Sobre os desafios, o principal foi a pandemia, que afastou a possibilidade da conversa pessoal e mais frequente no ambiente da faculdade. Por outro lado, a via remota não atrapalhou, só exigiu de todos um novo formato de diálogo e interação. Bezerra concluiu que o TCC de Beatriz é complexo, por envolver a realização de um levantamento de notícias durante certo período, uma comparação com o que foi feito anteriormente, a inclusão O aprendizado e os desade depoimentos de esfios são dois lados da mesma pecialistas e a concluLO: O MEIO AMBIENTE NA TÍTU moeda. Esta monografia possão: se houve ou não ISTA MÍDIA DA BAIXADA SANT sibilitou Beatriz compreender, melhoria na cobertura IA AF GR NO MO O: AT ainda mais, a importância da FORM sobre meio ambiente A UZ SO Z TRI presença das notícias ambienBEA na região. : RES AUTO S tais dentro dos veículos de Trabalho de ConORIENTADOR: LUIZ CARLO comunicação. Em como a diclusão de Curso da BEZERRA vulgação de matérias voltadas Beatriz ainda não está para o meio ambiente impacfinalizado. “A cada dia tam no cotidiano e nas outras que passa, surge algo áreas, como, por exemplo, área novo a se ajustar e a se da saúde e da economia. Asincrementar. Porém, o sim, como tantos outros trabaO professor orientador do término deste trabalho está da lhos de TCC, o maior obstáculo TCC da aluna de Jornalismo, forma como eu havia idealizapara produção é o tempo. Para Luiz Carlos Bezerra, revelou do, mas creio que toda dedicaprodução de uma monografia, que gostou de todos os tra- ção executada para produção programar e organizar, o tem- balhos que já orientou. “Esse desta monografia me causará po é um requisito crucial para também é relevante devido à uma sensação exultante assim desempenhar e obter um exce- questão ambiental, com a veri- que o TCC estiver pronto”, delente resultado. ficação sobre o nível de cober- clarou a aluna.


12

PRIMEIRA IMPRESSÃO Dezembro de 2020

PUBLICIDADE E PROPAGANDA

A jornada para realizar um bom TCC Arquivo pessoal

A coordenadora de Publicidade e Propaganda, Giovanna Capomaccio, conta sobre a importância da realização do TCC na formação do profissional Beatriz Santinir

Toda boa história possui um final. Mesmo com seus impasses e embates que proporcionam decisões assertivas e emoções que podem ocasionar lágrimas ou sorrisos, é inevitável que um dia a jornada termine. E assim, como na ficção, a jornada para a formação dos futuros profissionais do curso de Publicidade e Propaganda (PP) também se encerra. Na vida acadêmica, o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) é a etapa mais aguardada para qualquer curso, pois é nesta etapa que o estudante pode desenvolver uma temática de seu interesse aplicando os conhecimentos adquiridos durante seus anos de curso. Para a coordenadora e professora do curso de PP da Universidade Santa Cecília, Giovanna Capomaccio, o TCC é fundamental para a formação do aluno, pois é nele que o estudante consegue imprimir a sua marca, sendo esta sua primeira obra autoral. Além de propor uma oportunidade, por meio da realização do trabalho, de o aluno amadurecer profissionalmente. O TCC pode contribuir para

Mesmo com as dificuldades deste ano, Giovanna se mantém otimista em relação aos trabalhos

entrada do estudante no mercado. “Esse trabalho serve como portfólio, como cartão de visita para quando o aluno for buscar uma vaga no mercado de trabalho, para quando ele for em numa entrevista de emprego conversar com um headhunter, que são aquelas pessoas que estão buscando novos talentos”, diz Giovanna. Por conta dessa dedicação para com a última etapa do curso, a coordenadora possui as melhores expectativas para a turma

Acredito que, dentro da realidade que nós estamos atravessando, os alunos procuraram dar o seu melhor

Giovanna Capomaccio Coordenadora de PP

Monografia aborda a música na publicidade Eduarda Gouveia Seja por meio de texto, imagem, música ou qualquer outra forma de expressão, a arte está presente em todos os lugares. Foi pensando nisso que Pedro Ernesto dos Santos, aluno do quarto ano do curso de Publicidade e Propaganda, decidiu utilizá-la em seu Trabalho de

O Mc é uma das empresas que mais usam a música para se propagar. É o principal meio de comunicação que eles usam” Pedro Ernesto dos Santos estudante

Conclusão de Curso (TCC), uma monografia orientada pela professora Ana Paula Menezes. No início, a ideia era falar sobre a influência das cores na decisão de compra dos consumidores, um tema que logo foi descartado quando Pedro entendeu que, na realidade, sua verdadeira paixão é a música. Com isso, ele decidiu trabalhar com duas áreas que casam perfeitamente: a propaganda e a música. Segundo ele, o maior desafio foi no começo do trabalho, para entender a métrica de uma monografia. “Mas depois que você acostuma é bem tranquilo, pra mim foi, pois escolhi um tema que amo”, afirmou o aluno. Para representar o seu tema, Pedro escolheu utilizar uma empresa que simboliza bem essa ideia, e optou pelo McDonald’s: “O Mc é uma das empresas que mais usam da música para se

de PP que realiza e finaliza o TCC, principalmente pelo empenho, por conta da pandemia e do isolamento social, tanto dos professores quanto dos alunos. “Acredito que, dentro da realidade que nós estamos atravessando, os alunos procuraram dar o seu melhor” - Giovanna Capomaccio DO PRINCÍPIO Começar a planejar um Trabalho de Conclusão de Curso é uma tarefa complexa, na qual é necessário pensar em variados aspectos como, por exemplo, a concepção da ideia que estabelecerá o seu projeto, como será desenvolvida cada parte proposta, entre outros aspectos. Para os alunos que irão iniciar essa etapa, a professora aconselha a escolher uma temática que não só desperte o desejo de pesquisá-la, mas que proponha desafios ao aluno. “Tem de ser algo que seja desafiador e que vá somar para este aluno sob o aspecto de ensino, de aperfeiçoamento”. Além desta dica, a coordenadora do curso de Publicidade e Propaganda também sugere, caso opte pela realização de um produto, por escolher uma equipe no qual tenha um bom convívio e, também, procurar escolher um orientador alinhado à temática que de seja trabalhar. RESILIÊNCIA Com as diversas situações inesperadas ocasionadas pela crise pandêmica causada pelo vírus Covid-19, os alunos enfrentaram diversos obstáculos

para realizar o trabalho. Segundo a professora, as dificuldades para lidar com as adversidades apresentadas neste ano não foi sofrida apenas pelos alunos, mas também pelos professores, que tiveram que encontrar formas para os alunos não desistirem”. Mesmo se deparando com os obstáculos, que ocorreram durante a crise pandêmica, neste ano, os trabalhos despertaram uma nova perspectiva tanto nas abordagens e estratégias no mercado publicitário, quanto na forma de enfrentar o inesperado, procurando alternativas para atender aos eventos, ações de merchandising, entre outras propostas dentro dos trabalhos, que envolvia a aglomeração de pessoas. “Foi um momento, assim, de muita criatividade. Não só sob o aspecto da criação das campanhas, mas também das estratégias e das saídas que eles encontraram diante do isolamento social e desta questão de evitar aglomerações”, destaca. SAUDADES Para os formando de 2020, a coordenadora parabeniza a todos os alunos que apresentam seus respectivos trabalhos neste mês. “Independente do que aconteceu, da pandemia, de todos os obstáculos que foram encontrados ao longo desse ano, quero dizer que todos estão de parabéns, por eles terem se superado em vários aspectos. Pela parceria junto ao seu orientador e por ter muita tranquilidade para atravessar tudo isso”. Pedro Ernesto dos Santos

TÍTULO: PUBLICIDADE E PROPAGANDA FORMATO: MONOGRAFIA AUTORES: PEDRO ERNESTO

ORIENTADORA: ANA PAULA MENEZES

propagar, é o principal meio de comunicação que eles usam”. Algumas das fontes entrevistadas para o trabalho foram o produtor musical Flávio Medeiros e a professora e psicóloga do consumidor Oleni Lobo, que contribuíram para o desenvolvimento do tema. Por conta da pandemia, os outros entrevistados conversaram com Pedro por mensagem.

Músico desde novo, Pedro Ernesto dos Santos decidiu fazer da música seu tema de TCC

Impactos do distanciamento Apesar de o distanciamento social normalmente ser uma barreira na hora de produzir os projetos de conclusão de curso, esse não foi o caso de Pedro. Para ele, foi algo positivo: “O distanciamento até que me ajudou a focar no trabalho. Quanto às entrevistas, não teve diferença, porque a ideia já era fazer entrevista por mensagem”. Mas no começo da pandemia não foi assim, porque a intenção era ser um trabalho em grupo. Entretanto, no começo do desenvolvimento do trabalho, após contrair o vírus da covid-19, Pedro encontrou conflitos em continuar o projeto com os outros integrantes e passou a seguir sozinho. Nessa caminhada, afirma que descobriu que trabalhar sozinho foi a melhor solução e, mesmo com todas as dificuldades, gostou muito do resultado da experiência e do seu projeto.


Diagramação

PRIMEIRA IMPRESSÃO

Evelyn Nayara e Gabriel Fomm Henrique Miguel Quem nunca colou um bloquinho para anotar algo importante no próprio caderno? Estes pequenos marcadores de notas são grudados diariamente em agendas, fichários, diários, etc… e são indispensáveis no cotidiano de várias pessoas. Pensando nisso, quatro alunos cursando o último ano de Publicidade e Propaganda na Unisanta, em Santos, decidiram criar uma campanha publicitária sobre o Post it para o TCC (Trabalho de Conclusão de Curso). O grupo formado por Adriely Rita, Camillla de Carvalho, Rebeca Teixeira e o aluno Gabriel Pereira têm o objetivo de mostrar que a marca é muito mais do que apenas papéis adesivos. A empresa 3M Company criou o famoso “Post it” em 1977, estes que são blocos adesivos mundialmente conhecidos, de diversas cores e tamanhos. Ao falar sobre a escolha do tema, Adriely, uma das integrantes, contou que apesar da ideia de como fazer ainda não estar bem definida, desde o início do ano, os alunos têm a vontade de fazer uma campanha voltada para a Post it. Com o tema em mãos, a decisão de realizar uma campanha publicitária foi fácil de escolher, já que através do formato, são englobadas todas as áreas da publicidade “Abrangemos a parte de atendimento, planejamento, criação, produção, mídia e nosso grupo quis realizar algo maior” declarou, Adriely. De acordo com os estudantes, por meio do Post It, as pessoas podem obter impactos positivos no dia a dia sem ao menos perceberem, tendo maior produtividade e auxílio na organização pessoal. “É um papel que você consegue colocar seus sonhos, que você vai crescendo junto com ele, criando sua rotina” afirmou, Camilla. Os universitários analisaram

Dezembro de 2020

13

Post it: mais que um bloco de adesivo T IT - POS M 3 : HA TÍTULO MPAN A C : ATO FORM ILLA , CAM ITÁRIA A IC IT L R B PU IELY IRO E : ADR S E R L RIBE O IE R B AUT , GA ALHO CARV A EIRA LUCEN A TEIX C A E IK B R E R RA: D TADO N E I R O

que a marca necessita de um engajamento maior nas redes sociais. Atualmente, a página do Facebook tem 4,3 milhões de curtidas, um número expressivo, entretanto, na página do Instagram internacional, a marca possui 141 mil seguidores, enquanto na plataforma de fotos brasileira, contém apenas 28 mil. Estes últimos são considerados números baixos se for analisado a grandeza e a história da marca. Os futuros publicitários chegaram a contatar Eric Deubert, gerente de marketing pela América Latina da Post It. Com isso, colheram informações vindas

direto da fonte e obtiveram dicas importantes do publicitário para entender a maior necessidade da marca. O foco da empresa 3M são estudantes de 17 a 25 anos e pessoas que trabalham em escritórios, principalmente na região Sudeste. Em relação às dificuldade para a concretização do TCC, Camilla diz que o maior problema da equipe se deve pelo motivo de todos os integrantes trabalharem, fora isso, não há maiores divergências com relacionamentos ou afins. “Cuido mais da parte de mídia, a Rebeca faz mais a parte de criação, o Gabriel faz toda parte de filme

e gravação, e a Adriely cuida do atendimento, planejamento e conteúdo. Então, é um grupo mais definido” contou. O principal receio é com a duração do seminário no futuro “O nervosismo da apresentação é passar tudo o que a gente tem, em um curto período de tempo” comentou, Adriely. Já sobre a entrega do trabalho, originalmente, os alunos de Publicidade da FaAC teriam que entregar a parte escrita do TCC até o dia 15 de novembro deste ano, porém, o prazo foi prorrogado para o dia 18. Logo após a entrega, as datas de apresentação serão passadas a todos os alunos.

A orientadora do projeto é a professora de Comunicação Narrativa, Drika Lucena, ela afirma que o tema e o formato escolhido tem grande potencial. A possibilidade de despertar a criatividade e estética, junto ao alcance do produto, além do problema comunicativo identificado da marca, podem contribuir para a entrega de um bom trabalho; “É um produto usado pela maioria da pessoas, mas é pouco explorado na questão de comunicação. Então eles acertaram na escolha!”, observou a professora. Lucena salientou que a banca avaliadora tem a missão de buscar os erros, porém, ela orienta que o grupo se atente a todos os processos do projeto do início ao fim, para chegarem ao êxito desejado. “Eles não podem esquecer nada. Um TCC chega na banca com 10, mas vai perdendo nota conforme as coisas que eles vão esquecendo ou vem faltando” finalizou.

Alunos desenvolvem campanha para sorvete artesanal Thiago Zap

Gabriel Fomm O que hoje é considerado uma das maiores franquias de sorvete do País, há 7 anos era apenas um sonho do professor e empresário Emmerson Serandin, que decidiu abrir o negócio após voltar da sua formação como mestre sorveteiro na Itália. Atualmente com 80 unidades em 16 estados do Brasil, a marca Ice Creamy ainda tem dificuldade em dar notoriedade ao seu nome. Notando as dificuldades de consolidar a marca no mercado, um grupo formado por quatro alunos de Publicidade e Propaganda começou seu projeto de conclusão de curso visando expandir o reconhecimento da franquia na região da Baixada Santista. Buscando uma marca com uma “pegada mais jovem” e com lojas na Baixada Santista, o grupo composto por Carolina Melro Neves, Natália Marcelino dos Santos, Rodrigo Damasceno dos Anjos e Yasmin da Silva Conceição, optou pela franquia por ela ter todos requisitos almejados pelos integrantes. A partir desse ponto, os problemas da empre-

Estudantes de Publicidade e Propaganda cujo projeto pretende dar reconhecimento à rede “Ice Creamy”

sa foram identificados, e assim o grupo decidiu focar em ampliar o nome do Ice Creamy na região. Após análise das opções e estratégias que poderiam ser utilizadas para trazer mais visibilidade a franquia, foi observado como a marca se comunica com seus clientes, traçava seu público alvo e os objetivos que gostaria de alcançar. “Apresentamos soluções em relação a comunicação da Ice Creamy, seja no meio

digital ou não, pensamos em algumas ações para tornar a marca um pouco mais relevante em relação a reconhecimento e uma apresentação diferente do que eles já fazem, mostrando seu potencial”, disse Natália Marcelino. Com o TCC iniciado em janeiro, a estudante revelou a dificuldade en-

contrada por conta da pandemia. “Como a Ice Creamy é uma sorveteria que tem em shoppings e nas ruas, as informações ficaram um pouco confusas. Duas das lojas da Baixada fecharam durante o trabalho, então tivemos que realinhar a parte escrita algumas vezes. Tivemos sorte de ter contato direto com a gerente de todas as franquias da Baixada.” Com 350 colaboradores em 50 cidades do Brasil, a rede de sorvete artesanal vem crescendo a cada dia com o objetivo de se tornar a maior no segmento. A campanha projetada pelos alunos para a franquia, com objetivo de potencializar o negócio sem retirar sua essência, está em fase de finalização com as orientações da professora de Publicidade e Propaganda, Drika Lucena TÍTULO: ICE CREAMY Natália conclui deixando BLICITÁRIA FORMATO: CAMPANHA PU uma recomendação àqueAUTORES: CAROLINA MELRO les que começarão oTCC: , OS NT SA S DO LIA “aproveite o tempo livre para NEVES, NATÁ IN SM YA E O EN desenvolver algo relacionaSC RODRIGO DAMA do ao projeto, mantendo DA SILVA sempre seu pensamento poCENA ORIENTADORA: DRIKA LU sitivo e esforços a todo momento, pois o seu esforço refletirá em seu resultado”.


14

Diagramação

PRIMEIRA IMPRESSÃO

Gabriel Bacci

Dezembro de 2020

Campanha busca democratizar

o acesso aos museus

Alunos de Publicidade e Propaganda elaboram campanha publicitária para o Museu de Arte de São Paulo. Gabriel Bacci

Inspirados pelo objetivo inicial do jornalista e escritor Assis Chateaubriand, fundador do Museu de Arte de São Paulo (MASP), quatro estudantes de publicidade montaram o Inspira MASP, cujo propósito é também a razão pela qual o museu foi criado: Tornar a arte disponível para todos. Fernanda Chagas de Sena, Juan de Barros Lima, João Victor Barbosa e Maria Eduarda Galvão Gama criaram o grupo Souvient. Seu trabalho de conclusão de curso foi feito, em sua maioria, em formato digital; com vídeos, imagens e texto. O conteúdo do projeto também é trabalhado no formato “out of home”, um tipo de propaganda exterior que atinge o público no ambiente urbano, como pontos de ônibus, restaurantes e Shopping Centers, por exemplo. A campanha do grupo também conta com a Ação do MASP Itinerante, que busca levar réplicas de obras de arte presentes no museu para centros de grandes cidades, a fim de despertar o interesse por estas no público geral. A ação foi projetada para atingir principalmente pessoas de baixa escolaridade e que não costumam frequentar museus.

Assim como no MASP, as réplicas são posicionadas em cavaletes e exibidas para os transeuntes, transformando ambientes do cotidiano em exposições de artes visuais. Para a criação do projeto, os membros do grupo entraram em contato com o MASP para ver qual era o perfil do público que consume as artes presentes no museu. A resposta já era o que esperavam; a maioria das pessoas que o frequentam pertencem às classes A e B, com ensino superior, pós graduação ou doutorado. Para João Victor, o resultado das pesquisas apeTÍTULO : INSPIR nas reforçou a importância da A MAS FORMA P TO: CA campanha. “A gente tem que M P ANHA PUBLIC ressignificar isso. A arte tem ITÁRIA AUTOR que ser pra todo mundo e ES: FER NANDA tem que ser acessível”. JUAN L SENA, IMA, J

Pude ver como a influência de um grupo elitizado afeta a visão da população que, por mais que tenha um acesso fácil ao MASP, acaba não se sentindo pertencente ao espaço. João Victor Barbosa

E MAR

OÃO B

ARBOS A ORIENT GAMA ADOR: EDISON DELMIR O IA EDU

Reprodução

ARDA

O mockup em “out of home” do Inspira MASP

Em tempos de Covid

Um trabalho que envolve gravações, pesquisas e fotos sofreu com a pandemia do novo coronavírus. Os integrantes do grupo, que moram em cidades diferentes, tiveram de desenvolver suas ideias e materiais pela internet. Trabalhando em agências e com horários distintos, o TCC acabou ficando em segundo plano por boa parte do ano.

Para a realização de parte campanha, era necessário o fluxo constante de pessoas pelas ruas, o que não era mais possível desde março. Em sua natureza, o projeto também envolvia o contato com as fontes das pesquisas que foram realizadas. Estas, por sua vez, também tiveram de ser feitas completamente online. “Esse distanciamento causou

um atraso enorme no nosso trabalho”, disse João Victor. Para Maria Eduarda, um dos principais desafios foi encontrar informações mercadológicas sobre os museus, visto que “a relação entre cada um não funciona da mesma forma que com um cliente comum, com concorrência e disputa entre consumidores”.

A aposta nos horizontes dos e-sports

Reprodução

Reinaldo de Lara Chega a época de apresentações dos TCCs na UNISANTA e, consequentemente, para os alunos de Publicidade e Propaganda também. Em meio a variados temas e propostas de projeto, a aposta do grupo composto por Bruno Ieva, Eduardo Santana, Gabriel Natham, William da Cunha e Leonardo Gonçalves foi a de cair de cabeça no mundo dos e-sports, mais precisamente com a empresa santista XP Arena, com um novo planejamento de campanha publicitária. O e-sports tem sua história iniciada nos anos 80, ainda na era dos Ataris, porém, aos olhos do público comum, começou a tomar espaço na metade dos

Julgamos o meio dos e-sports consolidados e dentro do Brasil existe um bom público, fora daqui - como na Europa e EUA - mais ainda, eles levam bem a sério.” Eduardo Miranda

anos 2010, com grandes campeonatos de jogos sendo transmitidos por streaming como League of Legends, Dota 2, Counter Strike: Global Offensive, entre outros. Mesmo num mercado “novo” e turbulento, em que não se sabe se a próxima novidade vai acontecer em breve, hoje ou agora mesmo, os meninos se encontram cativados. Logo de início, as ideias encaixadas com o tema vinham à mesa. O objetivo no primeiro momento era de suprir a vontade de trazer a modalidade dos e-sports para as universidades da região. Após pesquisas, o grupo ficou com duas opções: Uma direcionada a uma empresa paulistana e outra santista, ambas relacionadas com os e-sports. Mas ao ver o potencial da XP Arena, que apesar do baixo alcance, tinha um bom conteúdo, apostaram suas fichas. Com a problemática perfeita encontrada e com a empresa dando sinal verde, restava apenas colocar a mão na massa. Para isso, abriu-se uma pesquisa por parte do grupo. Santos não é reconhecida como um polo de e-sports, por mais que seja um grande centro urbano (ninho para a modalidade) e seja próximo de um grande centro como a capital do estado, São Paulo. Assim aponta a professora Ana Paula Menezes, orientadora do gru-

Capa do TCC, “O checkpoint é aqui!”

po. “São poucas empresas daqui que trabalham com isso, aqui é uma novidade”. Ela já é orientadora na Universidade há pelo menos 10 anos, mas é a segunda vez apenas lidando com este mercado, anteriormente tinha passado

TÍTULO

por um monografia. Para a professora, existe um prazer pelo legado que o trabalho está trazendo para sua experiência profissional.

: O CH ECKPO FORMA INT É A TO: CA QUI! M P ANHA AUTOR PUBLIC ES: BRU ITÁRIA NO PR EDUAR A XEDES, DO MIR ANDA, ARANT ALVAR ES, GA O B R IE L , DIEGU N A T HAM ES, WIL LIAM D LEONA E A RAUJO RDO P E IRES ORIENT ADORA : ANA PAULA MENEZ ES


Diagramação

PRIMEIRA IMPRESSÃO

Narriman Sorbille O grupo que desenvolveu TCC sobre o último cinema de rua em Santos apostou na contramão do crescimento dos grandes streamings da atualidade

Dezembro de 2020

Campanha convida

para ir ao cinema

Narriman Sorbille

Narriman Sorbille Os estudantes Karilainy Costa (24), Kleber Matos (25), Larissa Galhardo (24), Larissa Souza (22) e Marcio Cabral (34) criaram uma campanha publicitária como parte do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Com o forte crescimento das plataformas de streaming como, por exemplo, Netflix, Globoplay, HBGO, Amazon Prime e Disney +, o grupo decidiu criar um conjunto de ações com o objetivo de trazer um público jovem para o cinema, e mais especificamente, salas do Roxy Cinemas já que, hoje, eles preferem a facilidade das plataformas à experiência da exibição de uma sala de projeção, como mostra a pesquisa realizada pelo grupo. Santos já foi conhecida como “a cidade do cinema”, com o maior número de salas por pessoa no Brasil na década de 1930. O bairro do Gonzaga chegou a abrigar 12 salas de cinema, o que lhe rendeu o apelido de “Cinelândia”. E foi nesse cenário que o Roxy Cinemas foi inaugurado em 15 de março de 1934. PANDEMIA Durante este ano vive-se um isolamento social para conter a pandemia de Covid-19. Algumas das medidas adotadas foi o fechamento das salas de cinema pelo Brasil. Mas como fazer um TCC sobre o tema sem ter acesso a ele? A orientadora Audrey Duarte explica que a questão foi

Isabela Marangoni Realizar um Trabalho de Conclusão de Curso normalmente não é uma tarefa fácil, mas em meio a uma pandemia, tudo se torna muito mais complicado. Foi esse o caso do grupo da Ana Luiza Cajuhy, André Echebarne, Hariel Sartori e Pedro Vicentini, de Publicidade e Propaganda, que fizeram um projeto de marketing sobre a Cervejaria Burgman. Essa empresa foi criada em 2010, em Sorocaba, e apesar de ser uma das mais novas cervejarias, se comparadas com as outras, tem um grande potencial para crescer cada vez mais, e é isso que o grupo se propôs a fazer. Ana diz que depois de analisarem diversas marcas no começo do ano, e irem eliminando algumas por causa de baixo orçamento ou pelo grau de dificuldade de contatá-las, a Cervejaria Burgman foi a escolhida no final por ser uma marca com a qual o grupo se identificava e tinha interesse de trabalhar. Uma das propostas do trabalho foi readaptar a forma como a cervejaria se apresentava para o público. ‘’Tivemos que entender qual era o público da Burgman; quando fizemos a pesquisa de profundidade de área, percebemos que a ideia que tínhamos dos clientes da cervejaria era outra. O público que realmente consome as cer-

15

, VIVA

EMA O CIN

Grupo fez TCC sobre o cinema mais antigo de Santos

O

: VIIVA TÍTULO HA ROXY MPAN A C : ATO BER FORM IA A, KLE R T S Á IT O YC PUBLIC RILAIN A O, K : S RE LHARD A G AL AUTO A CABR ARISS L IO , C S R O MAT E MA RTE OUZA S Y DUA A E S R IS D R U LA RA: A TADO N E I R O

debatida com a coordenadora do curso de publicidade, Giovanna Capomaccio, e com o professor responsável pelos TCCs, Robson Bastos: após análise, consideraram que o TCC Roxy não deveria considerar a pandemia. Além disso, há 2 anos antes houve um TCC com o mesmo

Caixa de pipoca personalizada desenvolvida para a campanha

tema e isso tornou o trabalho mais desafiador. Sobre o grupo, a orientadora os define como ecléticos e cada um com os seus valores especiais: “São gigantes na sensibilidade. Este é o maior combustí-

bons alunos de 4º ano que são. Elevei o padrão. Eles corresponderam”, conta. Os alunos também explicaram como foi trabalho. Para Kleber e Larissa a experiência foi muito boa e desafiadora. Já para a Karilainy o tema foi uma “descoberta de um mundo incrível que eu não nunca fui muito ligada”. Enquanto isso, para Márcio o tema é algo que sempre fez parte do seu cotidiano, pois vel que possuem. Meu papel foi ele é formado em audiovisual de deixá-los fluir, com olhos bem pelo Senac desde 2009. abertos para que não pisassem Um conselho que o grupo em falso ou que perdessem tem- deixa é ter planejamento e papo com ilusões. Mantive a obje- ciência. “É uma fase que a fatividade, o respeito e os desafiei culdade exige muito de você”, para que emancipassem como concluem.

Grupo desenvolve projeto de marketing para cervejaria Arquivo pessoal

TÍTU LO: PRO CER JETO VEJ DE M ARIA FOR ARK BUR MA ETIN GM TO: PUB G A C N AM LICI PAN T Á RIA AUT HA ORE S : AN AND A LU RÉ E IZA C E PE HEB CAJ DRO ARN UHY E, H VIC , ORI ARIE ENT ENT INI L SA ADO RTO R: A RI LEX FER NAN DES

Grupo de Publicidade e Propaganda na Cervejaria Burgman

vejas artesanais é o mais maduro, não o jovem universitário que prefere pagar R$1,99 em uma latinha do que R$ 7,00 em uma boa cerveja’’, explica Ana. Ela diz ainda que o maior desafio foi entrar em contato direto com a empresa. “A gente pensava que a cervejaria era daqui de Santos, mas, na verdade ela é de Sorocaba, e mesmo não sendo uma grande marca, fa-

mosa, foi muito difícil de conseguir algum contato com alguém de confiança lá dentro’’. Por esse motivo, o grupo afirma que pensou em mudar de empresa no meio do caminho, até por conseguirem as informações que precisavam de forma mais fácil com o cervejeiro da outra companhia. ‘’Pensamos em trocar pela Cervejaria Bamberg, porém já

estávamos em setembro e com o projeto da Burgman muito avançado, não seria racional largarmos esse trabalho para começar outro’’. Além da pandemia, outra grande dificuldade para o grupo foi coletar informações, principalmente da parte financeira. ‘’Como as empresas são privadas, não é fácil de conse-

guir esse tipo de informação de uma forma aberta na internet, tanto que não caonseguimos dados da parte financeira, porque eles não passam’’. Em relação ao trabalho, Ana alega que apesar dos obstáculos vividos eles acabaram o projeto com uma sensação de superação. ‘’Fizemos o nosso melhor. Apesar das dificuldades, o grupo estava unido e engajado, o que facilitou todo o processo’’.


16

Diagramação

PRIMEIRA IMPRESSÃO

Allan Verissimo

Dezembro 2020

Stikadinho, da Neugebauer ganha destaque em trabalho Reprodução

O chocolate Stikadinho ganhou a preferência dos estudantes de Publicidade

O TCC costuma dar muita dor de cabeça. (...) Muitas pessoas deixam para a última hora, o que causa uma correria muito louca”

Allan Verissimo Para os alunos do 4º ano de Publicidade e Propaganda, está se aproximando a etapa final da faculdade: o Trabalho de Conclusão de Curso, por meio do qual os estudantes comprovam que assimilaram os ensinamentos que tiveram durante quatro anos. Um desses trabalhos é o do grupo composto pelas alunas Maria Cecilia Soares, Mayara Ferreira e Vitoria Pinheiro Grubba. O tema do trabalho é uma campanha publicitaria para o chocolate Stikadinho, da Neugebauer. Criada em 1891, o chocolate Neugebauer se originou das receitas dos primeiros imigrantes europeus. Normalmente, problemas e interrupções são inevitáveis nas produções de TCCs A turma de 2020 aprendeu isso de uma maneira inesperada, quando em meados de março, a pandemia do Covid-19 parou o mundo, forçando tanto alunos quanto professores a ficarem em suas residências. As integrantes do grupo concordam que a pandemia prejudicou principalmente na

Karina Ramos

Mayara Ferreira Estudante

Os chocolates Neugebauer foram criados no Brasil em 1891.

comunicação com os professores, dependenTÍTULO: NEUGEBAU ER (STIKADINHO) do quase que exclusiFORMATO: CAMPA NHA PUBLICITÁRIA vamente de recursos AU TO RE S: MARIA CECILIA online. Apesar disso, SOARES, MAYARA FERREIRA, não houve maiores diVITORIA PINHEIRO ficuldades, além dos GRUBBA típicos e prolongados ORIENTADORA: DR IKA LUCENA períodos de tempo nos quais tiveram que aguardar por respostas aos questionamentos apresentados. trabalhos que realiAs alunas elogiaram bastan- zamos eram muito diferentes, te a orientadora do seu traba- e sou grato a ela por isso. Essa lho, professora Drika Lucena: exigência faz com que a gente ‘Ela foi de extrema importân- entregue uma coisa muito boa”. cia”, disse Mayara. “Eu semAo final de todo o esforço pre a admirei, como pessoa e desenvolvido, os estudantes muita dor de cabeça. Se os alucomo profissional. Na hora de aconselham os alunos a não nos conseguirem começar com as deixam para a última hora, e escolher o orientador, ela sem- deixarem o TCC para a última a corda toda ,no início do ano, causa uma correria muito loupre foi nossa primeira opção. É hora. “Não deixe nada de últi- ótimo porque chega no final, ca”, completou Mayara. uma pessoa exigente, todos os ma hora. O TCC costuma dar você já está livre. Muitas pesso-

Estudo sobre a estética na publicidade audiovisual

Por desde criança gostar muito da área artística e por este mesmo motivo ter entrado para o curso de Publicidade e Propaganda, onde pode perceber a absorção feita por publicidades audiovisuais sobre estéticas de outras produções artísticas antigas, para Gabriel Lopes Pinheiro tudo isso serviu de inspiração para o seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) sobre Convergência Estética na Sociedade Contemporânea. A monografia escrita pelo aluno explora as estéticas presentes nas produções audiovisuais com base em documentos de outros autores sobre o mesmo assunto para, assim, comprovar as suas hipóteses sobre o tema. Seu trabalho se inicia com a explicação de como a estética é compreendida atualmente, fazendo uma trajetória sobre manifestações estéticas desde a antiguidade até os dias atuais para, então, explorar a manifestação estética presente nos vídeos. A argumentação do trabalho se fundamenta na mistura estética presente nas publicidades audioviTÍTULO: CONVERG ÊNCIA ESTÉTICA suais, que absorvem forNA SOCIEDADE C ONTEMPORÂNEA mas de se comunicar com FO RM AT O: MONOGRAFIA o público que vem desde o AL UN teatro até a TV e internet, O: GABRIEL LOPES PINHEIRO focando principalmente ORIENTADOR: EDSO N DELMIRO em vídeo clipes. Para comprovar suas observações sobre a convergência estética, Gabriel usou o comercial da Renault Brasil da Caverna do Dra-

Videoclipe 911, de Lady Gaga

Usando como exemplo as diferentes estéticas de obras surrealistas, cinema e internet presentes no videoclipe de Lady Gaga, Gabriel pôde comprovar sua pesquisa exploratória

gão (2019) e o clipe da música 911 da Lady Gaga (2020), enquanto no comercial existe a absorção de estéticas cinematográficas, televisivas e de jogos de tabuleiro; no clipe há misturas estéticas de cinema armênio, surrealismo armênio e obras de arte surrealistas, além de convergir com a estética da internet por se tratar de um vídeo cli-

pe lançado no YouTube. Como, naturalmente, um TCC já é difícil, com a pandemia sua dificuldade só se intensificou. De acordo com Gabriel, mesmo que a monografia seja um trabalho mais solitário, com o distanciamento dos professores e dos alunos ficou muito mais complicado de conseguir visões de outros professores para a produção do texto, o que fez com que

seu trabalho, que era para o dia 19 de novembro, fosse adiado para fevereiro de 2021. Porém, apesar dos imprevistos, o aluno incentiva bastante a quem tiver interesse fazer monografia, principalmente se gosta muito de um assunto e se acha capaz de produzir algo sozinho, pois é uma experiência que incentiva a pessoa a mudar de perspectiva e muito enriquecedora.


PRIMEIRA IMPRESSÃO Dezembro de 2020

Estudante cria plano de marketing para Havaianas Aluna tem como projeto o aprimoramento da assistente virtual da marca visando maior aproximação com o público

Divulgação

17

NG TÍTULO: PLANO DE MARKETI PARA TV TRIBUNA GIULIAAUTORES: ADEMAR NETO, IVEIRA, NO LOPES, GUILHERME OL N PEREIRA MATHEUS RAMOS E RENA ITO ORIENTADOR: ARISTIDES BR

Guilherme Coutinho “Time que está ganhando também se mexe”. Essa é a ideia de Beatriz Dantas para uma das marcas mais queridas do País a Havaianas. Visando uma maior aproximação do público com a marca, a estudante de Publicidade desenvolveu um plano objetivando a inteligência artificial para que se torne um gatilho de vendas ao consumidor. Na prática, isso funcionaria por meio da assistente virtual Iana que estaria nos principais pontos de circulação da população como metrôs, pontos de ônibus, entre outros, tudo com acesso simples por QR Code. Além de mostrar sempre um modelo novo de sandálias e chinelos Havaianas, Iana daria dicas de looks para o cliente combinar com os produtos da marca. Outro foco do trabalho é a criação de um NG aplicativo próprio, para TÍTULO: PLANO DE MARKETI facilitar o acesso e venda PARA HAVAIANAS dos produtos da marca. FORMATO: MARKETING Beatriz conta que AUTORES: BEATRIZ DANTAS durante o processo de A ORIENTADORA: ANA PAUL TCC sua ideia inicial era a publicidade na perMENEZES cepção da criança com TEA (Transtorno no Espectro Autista), só que houve uma reviravolta e surgiu o pensamento de fazer um pla- por gostar da marca, por ela ser no de marketing. uma referência no Brasil e no Logo pensou na Havaianas mundo e, principalmente, por

TCC desenvolve ações de marketing para TV Tribuna Marcela Rodrigues

Havaianas é conhecida como a queridinha do Brasil

ter uma ótima comunicação. A estudante conta que a Iana já existe, mas pensou no aprimoramento da mesma e em trazer a inteligência artificial por meio da tecnologia. Isso foi algo que a deixou encantada e esse mecanismo só tem a melhorar na questão marca e público.

Cinco alunos do quarto ano do curso de Publicidade e propaganda desenvolveram para seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) um planejamento de marketing para a TV Tribuna, afiliada da TV Globo, com o objetivo de ampliar a participação do veículo de comunicação junto ao setor publicitário, telespectadores e internautas para 2021. O trabalho foi orientado pelo professor e coordenador de marketing da Unisanta Aristides Brito, com a professora Rosangela Barreiro, do curso de Publicidade e Propaganda. Em decorrência da pandemia foram sugeridas várias ações de marketing e atividades para buscar essa ampliação, oferecendo serviços ao mercado anunciante.. “A TV Tribuna, por ser

afiliada da Globo na Baixada Santista, tem uma forte audiência com a programação obal. Mas tem dificuldades com a aproximação regional. É um trabalho que envolve vários setores”. Para a parte comercial, há um elevado potencial de vendas, principalmente pela audiência nos programas consagrados. O TCC se tornou um plano efetivo para o departamento de marketing da TV Tribuna, oferecendo soluções e oportunidades para o crescimento dos clientes. rketing, com inclusão de preços e tabelas. O trabalho foi feito com orientações virtuais em decorrência da pandemia, pelos alunos Ademar Salgosa Neto, Giuliano Lopes Pasquarelli, Guilherme Leandro P. de Oliveira, Matheus Ramos Machado e Rennan Araújo Pereira


18

Diagramação

PRIMEIRA IMPRESSÃO

Larissa Ribeiro

Dezembro de 2020

PRODUÇÃO MULTIMÍDIA

Apresentação dos TFCs são transferidas para fevereiro TFCs

Um TFC possui algumas especificidades que o diferenciam de um TCC comum Bianca Franzosi As apresentações dos Trabalhos de Final de Curso (TFCs) de Multimídia costumam ocorrer entre os meses de novembro e dezembro, mas, neste ano, praticamente todas foram adiadas para fevereiro de 2021. De acordo com a coordenadora do curso, professora Márcia Okida, a produção dos trabalhos exige saídas e interações, as quais no quadro da pandemia do novo coronavírus ficam muito complicadas. Por esse motivo, foram dados alguns meses a mais para os alunos trabalharem em seus projetos, de modo a entregar produtos de maior qualidade, com menos correria e estresse. Um TFC possui algumas especificidades que o diferenciam de um TCC comum. A primeira delas é a inexistência de um orientador para a produção do trabalho. Os alunos têm a possibilidade de buscar o auxílio de professores de diversas áreas para cada parte do projeto, por se tratarem, na maioria das vezes, de produtos multimídias. Outra diferença é que o objetivo é o de que os alunos saiam com um produto pronto para entrar no mercado, desde jogos, documentários, curta metragens, sites, a livros, cartazes, logotipos, tri-

Márcia Okida é professora e coordenadora do curso de Multimídia

nalísticos e nem publicitários. De resto, os alunos podem deiOs alunos xar a criatividade correr solta. são Por mais que este seja o trabalho mais importante na forguerreiros. Quem mação dos estudantes, Okida se manteve acredita que eles não devem na faculdade, ser pressionados. Com todos os produzindo, merece acontecimentos do ano, “os aluparabéns” nos são guerreiros”, afirmou. “Quem se manteve na faculMárcia Okida dade, produzindo, merece paCoordenadora rabéns”. A maior expectativa da coordenadora é que, apesar dos pesares, o ano tenha valido a lhas sonoras e fotografia. As pena, e os trabalhos possam ser únicas restrições são que não encaminhados para o mercado podem ser produtos nem jor- no fim do curso.

Alunos

Livro interativo

Beatriz Paixão

Livro tátil de design inclusivo

Larissa Lemos Lúcio

Cartazes de influência das mulheres

Lavínia Barreto de Oliveira

Documentário sobre entidades da Umbanda e Candomblé

Alessandra Silva Gama Leal

Podcast sobre RPG

Gustavo de Assis Perez e Vinicius Diaz Mateus

Curta metragem “Projeto 18 de Maio”

Lucas Saibro Alves e Pamela Ossami

Livro infantil ilustrado

Isabela Aparecida Pinho

E-book infantil

Andréia Gonçalves Esteves, Thayná Santos, Letícia Pascholini e Adilanne Martins

Animação “Maré de Caos”

Fernanda Fernandes, Matheus Camara e Nicole A. V. Mendes

Documentário “Caminhos da Notícia”

Caio Malta, Marcela Fernandes, Nathalia Scatena e Stephanie Gomes

Exposição virtual “Alanka”

Márcia Mendes Abbud, Rodrigo Romero e Lucas Andrade

Documentário “Faca de Cadeira”

Bruno de Paulo Coffani e David Lugli

Série documental sobre emoções humanas

Bruna pereira Nunes

Fotolivro virtual de espetáculo

Caio Rodrigues, Luiz Otávio Brito Freixo, Raoni Inácio, Isabela Rocha

Documentário “A sensação de voar de paramotor”

Waldir Silva Esteves e Giovanna Fernandes de Souza


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.