

EDITORIAL
Caros leitores, estudantes, sócios e membros da Physis - Associação Portuguesa de Estudantes de Física,
É com grande entusiasmo que vos apresentamos a terceira edição da Neon –Revista da Physis! Esperemos que a apreciem e que vos desperte curiosidade sobre as atividades e temas abordados.
Nas páginas desta edição é possível encontrarem desde artigos de divulgação, a jogos e desafios matemáticos. Poderão ler cartas e testemunhos de alumni que nos relatam um pouco sobre o seu percurso académico e profissional e deixam algumas sugestões, rever as atividades que a Physis realizou ao longo do mandato 2023/2024, nomeadamente o Fim de Semana da Physis, o Encontro Physis + Núcleos, a 5ª Edição do Fórum Pedagógico e o Congresso “Partículas e Nanomateriais” e até ver algumas recomendações de filmes e livros Poderão ler também um pouco sobre a física austríaca Lise Meitner, num artigo de divulgação, bem como descobrir os mestrados que as várias universidade pelo país têm para oferecer nas áreas da Física, Engenharia Física e relacionados.
Gostaríamos de agradecer a todos os que contribuíram para esta edição e aceitaram o convite, desde alumni a membros dos departamentos de Recursos Humanos, Pedagogia e Saídas Profissionais.
A todos, boas leituras.
Departamento de Imagem e Comunicação
physis.physis@gmail.com
Rua Larga à Universidade, Departamento de Física
3004-516 Coimbra
Sala F47 (Piso F, 3º Andar)
ÍNDICE
Review Filme Solaris (1972)
Recomendações da Equipa
Filmes e Livros
Desafio Matemático
Entrevista a Ricardo Honório 4
Carta de Gilberto Loureiro
CEO & Co-Founder Smartex-AI
Testemunho de Ana Rita Silva
PhD em Astronomia na UP, Investigadora no IA
Jogos
Artigo sobre Lise Meitner
Física Austríaca
Mestrados em Portugal
nas áreas da Física, Engenharia Física e relacionados
FICHATÉCNICA
Direção: Equipa:
Beatriz Salvador Francisca Gonçalves, Rafael Lima, Rodrigo Ribeiro, Thiago Damasceno e Francisco Santana
Redação:
Física na Polícia Judiciária Problemas do Prémio Millenium
Encontro Physis+ Núcleos
Fim de Semana da Physis
5ª Edição Fórum Pedagógico
Congresso “Partículas e Nanomateriais” 2024
ARTE
CapaeContracapa:
Rafael Lima
ArteeMontagem: Beatriz Salvador
Beatriz Salvador, Francisca Gonçalves, Rafael Lima, Rodrigo
Ribeiro, Maria Pires, João Rodrigues, Paola Gomes, Rita Vieira, Ana Rita Silva, Gilberto Loureiro

por Francisca Gonçalves
SOLARIS (1972) Review
Colaboradora do Departamento de Imagem e Comunicação
Andrei Tarkovsky pertence ao núcleo dos realizadores que, com um reduzido e concentrado percurso cinematográfico, criou um universo próprio Tendo criado apenas sete obras, enquanto perseguido por opressores soviéticos e pelo cancro, cada uma contribuiu para encontrar um significado espiritual além da mente humana Com o objetivo de reparar a fragmentação da arte moderna através da idealização de uma dimensão metafísica, rejeitou a montagem «Eisensteinian» e desenvolveu longos frames estéticos, que demonstraram serem a chave para melhor revelar as profundas verdades que sublinham o momento criado Tarkovsky, um homem solitário e génio martirizado, contextualizado numa geração provocadora, traçou uma fase renascentista do cinema soviético Nos primórdios de 1970, sem ter a aprovação para um guião “demasiado pessoal e obscuro”, levou a cabo a sua visão para a adaptação cinematográfica da obra de Stanislaw LemSOLARIS - visto que o género ficção científica era colocado como algo mais "objetivo" e acessível para as massas Com o contexto da guerra-fria, a propaganda lançou-se à visão determinista do realizador para a criação de um quadro "Anti-2001: Odisseia no Espaço", com personagens mais marcantes e individuais e um drama humanamente romântico no seu âmago face à Odisseia de Kubrick, revelando um homem que mergulha cada vez mais fundo na sua essência O filme é uma exploração do desconhecido em cada um de nós e as assombrações do universo da nossa consciência, a distância à Natureza com que a sociedade vive ao mesmo passo que a tecnologia se ergue de forma exponencial
Solaris está saturada de perda e luto, os quais se cravam no filme mesmo antes de deixar a Terra e partir para o Espaço É com este pesado andar que nos vemos face ao protagonista, Kris Kelvin, psicólogo, homem insensível aos restantes pares, ao qual lhe é atribuída a tarefa de viajar até à estação espacial, para avaliar a segurança da exploração do planeta Solaris, antes um projeto inovador deixado à deriva no vazio A bordo da estação espacial, Kelvin assombrado por miragens da sua falecida mulher, Hari e memórias do seu lar, com o suicídio de um antigo cientista, o ambiente presente lança uma escuridão pelos longos corredores solitários.
Toda a vida neste filme sustém-se numa só respiração, a pouco e pouco aproximando-se a um horizonte de eventos de um cataclismo de identidade. Quer a sua mulher seja um sonho, uma manifestação de uma década repleta de momentos de luto, ou parte de uma alucinação celestial, Hari é suficientemente real para Kelvin Tarkovsky amplifica esta ideia para o universo das nossas relações, passadas e presentes, e questiona-nos sobre a sua real existência Amamos realmente as pessoas que nos rodeiam, ou simplesmente como elas nos contemplam? Será a ideia deles que os preserva, que lhes dá vida? O quão realmente sabemos sobre alguém, se colocarmos de parte a nossa pintura mental do seu carácter?
Somos guiados nesta viagem filosófica através de «mesas-redondas» de ideias provocadoras e adversárias, estimulando a perspetiva de que, no final de contas, podemos não ser o centro de tudo, podemos nem fazer parte das bordas mas de uma noção subatómica universal
Solaris é a essência que vai para além da beleza visual e do admirável set design, contempla-nos com filosofias escondidas em cada fotograma, não sendo somente a obra prima de um aclamado diretor, mas o pilar de todas as obras cinematográficas de ficção científica. Nenhum filme antes e seguinte susteve a arte de transmitir tais devastantes questões humanas num espaço tão desprovido de vida
É nesta assombrosa nota que o filme se despede, quando Kelvin volta para casa e avista o seu pai a conservar a pequena cabana que deixou para trás, Tarkovsky abre a câmara de ar da sua metafísica estação espacial e deixa o mundo entrar. Será que toda esta vida é uma alienação? Acordaremos e fixaremos a nossa atenção numa grande reconstrução da vida, pensaremos com uma consciência irradiada de todo o cosmos? O que é ficção e o que é real são, aos olhos de Tarkovsky, idênticos. Enquanto nós acreditarmos que algo existe, tudo o resto permanece perdido no oculto.
RECOMENDAÇÕES DAEQUIPA





Gilberto Loureiro
CEO & Co-Founder Smartex.AI, Carta de um Ex-Aluno
“Caros Colegas,
O meu nome é Gilberto e nasci e cresci em Galegos, Barcelos Hoje em dia, sou fundador da Smartex, uma startup tecnológica com a missão de revolucionar a indústria têxtil, tornando-a mais sustentável Mas tudo começou com um projeto de faculdade e com a vontade de me desafiar a mim próprio
Aos dezoito anos, entrei na FCUP (Faculdade de Ciências da Universidade do Porto) para estudar Engenharia Física, e a partir daí foi um processo de aprendizagem constante Foi na faculdade que percebi que a teoria e a matemática eram fundamentais, mas que não me diziam nada sem uma manifestação prática no mundo realprecisava de testar com as minhas próprias mãos


Podíamos não ter muitos meios, mas tínhamos um espírito de trabalho e resiliência, e confiança no nosso projeto; e isso serviria de base para tudo o resto Não foi um percurso linear nem confortável, mas tem sido altamente recompensador.

Os meus pais trabalhavam em fábricas têxteis, e eu quis aprender e ver com os meus próprios olhos aquela realidade. Passei horas da minha vida a procurar defeitos na malha e a perceber o quão exaustivo e ineficiente esse processo era. Quando surgiu a oportunidade de criar um projeto na faculdade, criei a versão embrionária do que hoje é a Smartex, e procurei uma alternativa ao controlo de qualidade na indústria têxtil. A partir daí, esse bichinho nunca mais parou. Procurei as pessoas certas para embarcarem neste desafio comigo, ultrapassámos os nossos limites, passámos noites sem dormir. Fomos para a China, para os Estados Unidos, em busca de oportunidades para dar forma ao nosso projeto. Dormimos em hotéis onde mal cabíamos (as poucas horas que dormimos) e ouvimos vários nãos.
Por isso, só posso encorajar todos os estudantes a desafiarem a sua zona de conforto, a puxarem os seus limites e a descobrirem o infinito de possibilidades que a sua carreira pode trazer Procurem oportunidades de estágio, tanto durante como após a universidade. Procurem, acima de tudo, absorver toda a informação que conseguirem dos locais por onde forem passando Rodeiem-se de pessoas que vos inspirem, procurem managers que sejam mentores para vocês. Ponham as mãos na massa, experimentem Não tenham medo de abraçar funções que fujam do horizonte que traçaram para vocês mesmos. Privilegiem a aprendizagem, em detrimento dos benefícios, o propósito, em detrimento dos títulos, a possibilidade de terem um impacto, em detrimento do conforto.
A todos os estudantes de Engenharia Física e de Física: procurem aproveitar o curso e procurar experiências para além dele. Mantenham-se curiosos e abracem desafios que vos ponham à prova - tudo começa aí
Go get them,
Gilberto Loureiro”
Ana Rita Silva
Aluna
de Doutoramento em Astronomia na UPorto e investigadora do IA
“Desde cedo soube que queria passar a minha vida a aprender.
Quando descobri que ao completar um doutoramento, podia ser paga para investigar os segredos do Universo, não tive dúvidas de que era esse o meu caminho.

O meu nome é Ana Rita e estou inscrita no Doutoramento de Astronomia da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, com uma Bolsa de Doutoramento da Fundação para a Ciência e Tecnologia. Estou no terceiro ano (de quatro) e trabalho com observações de planetas fora do Sistema Solar. Caracterizar as suas atmosferas é o objetivo da minha tese. Anteriormente, completei uma licenciatura em Astrofísica na Universidade de Hertfordshire e realizei dois estágios de investigação a longo prazo Dado já ter experiência em investigação, e por ter convivido com doutorandos durante esses períodos, tinha a perfeita noção de que um doutoramento em nada se compara a uma licenciatura. O nível de independência aumenta, e o nosso trabalho já não é avaliado em momentos formais de exames, mas sim por pares com quem debatemos constantemente os nossos métodos e resultados.
Diria também que o doutoramento exige muito mais resiliência. A ciência faz-se devagar, com muitos problemas inesperados, resultados confusos, interpretações díspares... mas é incrivelmente recompensador quando nos lembramos que estamos a aumentar o conhecimento que o ser humano tem acerca de um certo tópico.
A parte mais desafiante do meu doutoramento ocorreu logo no início, e foi o facto de estar a trabalhar remotamente.
Não tínhamos ultrapassado completamente a pandemia de Covid-19, por isso fiquei em Santarém no primeiro ano.
Apesar de gostar dos finais de dia com a minha família, o trabalho avançava lentamente (mais do que o suposto), as reuniões com os supervisores por Zoom eram confusas, e a desmotivação aumentava. No segundo ano, mudei-me para o Porto e comecei a frequentar diariamente o Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço. A interação com os meus supervisores e colegas tornou-se mais simples e frequente, e o meu trabalho progredia a um ritmo muito mais satisfatório. Esta mudança também me trouxe um melhor equílibro entre vida pessoal/trabalho porque podia associar cada faceta a um local físico diferente Desde Outubro de 2023, estou a cumprir um período de mobilidade de um ano no Observatório de Genebra, na Suíça O objetivo da mobilidade é trabalhar de maneira mais próxima com os meus cosupervisores e as suas equipas, para aprender novos métodos e expandir a minha rede de contactos.

A colaboração internacional é dos aspetos que mais me impressiona na vida de investigadora em Astronomia Atualmente trabalho com investigadores não só de Portugal e da Suíça, mas também, por exemplo, de Espanha, Itália, Canadá, ou Chile. Para além disto, participo em conferências em diferentes países e viajo até grandes observatórios para obter mais dados para analisar. No contexto do meu doutoramento, já visitei os observatórios de La Silla e do Paranal para observar com telescópios de 3,6 metros e 8 metros, respetivamente. Estes telescópios pertencem ao Observatório Europeu do Sul e estão localizados no Deserto do Atacama, no Chile, sendo acessíveis a qualquer investigador de um país membro desta organização.
No entanto, para conseguir uma carreira em investigação astronómica é preciso abraçar a mobilidade como uma coisa constante e inevitável - pelo menos no início da carreira. Infelizmente, as posições de investigador são escassas e encontram-se espalhadas pelo mundo, sendo necessário mudar frequentemente de cidade e de país, até alcançar uma posição permanente Em resumo, é preciso ter muito amor à camisola
Apesar de todos os desafios encontrados até agora, ingressar no Doutoramento foi a escolha mais acertada para mim O tópico de estudo entusiasma-me, os meus colegas são impecáveis, e a flexibilidade de horário e local de trabalho são impagáveis Quanto ao futuro, talvez seja ditado pelas estrelas (ou pelos planetas).

SudokudeConstantesFísicas


Schrödinger
Bohr
Newton
Planck
Curie
Faraday
Einstein
Heisenberg
Oppenheimer
Fermi

“Nos registos da história da física, há figuras cujas contribuições brilhantes são muitas vezes ocultadas pelo tempo, pelo preconceito ou pela injustiça. Uma dessas figuras notáveis é uma física cujo papel crucial no avanço da física nuclear foi, por muito tempo, subestimado.”
LiseMeitner(1878-1968)
Artigo “Mulheres na Física”
Dpor Francisca Gonçalves
Colaboradora do Departamento de Imagem e
Comunicação
eixem-me vos apresentar Lise Meitner, uma inspiração para pequenos e futuros físicos, a física nuclear apelidada por Albert Einstein de
“Marie Curie alemã”, tendo sucedido permanecendo sempre fiel a si mesma, aos seus valores e acreditando no seu trabalho independentemente dos inconcebíveis obstáculos que teve de enfrentar para alcançar os seus sonhos
Lise Meitner desenvolveu a sua primeira experiência com apenas oito anos de idade, em 1886, guardando as suas observações e conclusões debaixo da sua almofada. Fascinada pela matemática e pela ciência que a rodeava, foi primeiro atraída pelas cores, pelos comportamentos ondulatórios da luz nas manchas de óleo e em bolhas de sabão, o designado fenómeno de “Iridescência” Continuou as suas investigações em segredo numa altura em que não era permitido às mulheres o direito à educação superior, no entanto por volta de 1900, com o apoio familiar, ingressou em Física, na Universidade de Viena Neste tempo, as mulheres tinham de trabalhar de maneira mais árdua que os seus colegas de cadeira a fim de serem respeitadas, e a sua dedicação e perseverança projetaram-na para o futuro, tornando-se na segunda mulher a obter um doutoramento, em 1905, no qual estudou a condução térmica em corpos heterogéneos devido à paixão que floresceu ao analisar um feixe de partículas alfa Tais estudos inspiraram, mais tarde, Ernest Rutherford a estudar o núcleo atómico.
Na universidade Friedrich teve a oportunidade de conhecer Max Plank, tornando-se na sua assistente ao lado de Otto Hann, e em 1909 publicou vários papéis sobre a “Radiação Beta”. Com o início da Primeira Guerra Mundial, Lise Meitner foi colocada como enfermeira, mas apercebendo-se que o seu trabalho e a sua paixão tinham sido descartados voltou para o seu laboratório em 1916, continuando a alcançar importantes descobertas no ramo da física, sendo que em 1922 descobriu a transição não radioativa que passou a ser conhecida por “efeito Auger”
Desde a descoberta do Neutrão, a comunidade científica permanecia na esperança da criação de novos elementos mais pesados que o Urânio, logo um
grupo de físicos de vários os cantos do mundo juntou-se numa investigação/estudo digna de nobel da Física, estudo que anos mais tarde levou ao desenvolvimento de armas nucleares
Tudo mudou para Lisa Meitner quando Adolf Hitler chegou ao poder em 1933 Ainda líder do departamento de Física na Universidade de Berlin e protegida pela sua cidadania Austríaca, a sua família, assim como muitos cientistas, era judia, sendo coagidos a abandonar o país. Quando a Alemanha anexou a Áustria, Lise perdeu a sua proteção e fugiu a julho de 1938 para os Países Baixos, com somente em sua posse 10 marcos e um anel de diamante para subornar guardas de fronteira Em 1938, Lise, Otto Hahn, Bohr e o seu sobrinho Otto Frisch encontraram-se para discutir um grupo de Experiência que isolaria a prova da Fissão Nuclear, que levou à formulação de um método onde o núcleo de um átomo poderia ser separado em pequenas partes e à emissão de grandes quantidades de energia. Este acontecimento acionou uma série de eventos que, anos depois, culminaria no florescimento do «Projeto Manhattan» e no desenvolvimento da bomba nuclear Lise Meitner recusou um posto como física, afirmando que não queria estar relacionada com a Bomba Quando as bombas foram mais tarde largadas em Hiroshima e Nagasaki, mostrou-se surpreendida e lamentou que algo assim tivesse sido inventado Com o cessar da guerra, Lise enfrentou os fantasmas do seu passado, o peso da sua consciência por ter permanecido na Alemanha durante a ascensão do Partido Nazi e não ter feito nada com o fim de travar os crimes do regime, “Todos vocês trabalharam para a Alemanha Nazi Permitiu-se o assassínio de milhões de inocentes sem qualquer tipo de protesto proferido.” Lise Meitner ganhou o título de «Mulher do Ano» do National Press Club, nos EUA, e foram-lhe concedidos muitos outros louvores e prémios pela sua notável carreira Após complicações médicas despediu-se, conservando a sua figura, para novas gerações de físicos à volta do mundo. Uma mulher que desafiou um mundo, na qual a mulher não poderia ter um pensamento analítico e científico e efetuar descobertas
MESTRADOS

MestradoemFísica
Proporciona uma educação de nível avançado em Física clássica e moderna, focada nas competências em Matemática e Métodos Computacionais. Os alunos têm a opção de escolher entre dois perfis: experimental, que inclui formação em experimentação, análise de dados, instrumentação variada e técnicas de medição; ou teórico, que oferece formação complementar em Física teórica clássica e quântica.
MestradoemFísicaMédica
Oferece uma formação avançada no domínio da Física Médica, seguindo as diretrizes da European Federation of Organisations for Medical Physics

Mestrado em Ensino de Física e Químicano3ºCiclodoEnsinoBásicoe noEnsinoSecundário
O objetivo é formar profissionais capazes de dominar os conteúdos científicos, humanísticos, artísticos e culturais necessários ao ensino de Física e Química no 3º Ciclo do Ensino Básico e no Ensino Secundário
Tem como finalidade fornecer conhecimentos atuais sobre Física clássica e moderna, essenciais para desenvolver modelos explicativos e compreender uma variedade de fenómenos. Este programa combina habilidades em Matemática e Computação
MestradoemAstronomiaeAstrofísica
São abordadas técnicas e métodos avançados, muitos dos quais são relevantes não apenas para carreiras académicas, mas para outras áreas profissionais. Além disso, oferece oportunidades excecionais, aproveitando a presença de Portugal no Observatório Europeu do Sul (ESO) e na Agência Espacial Europeia (ESA) As saídas incluem pesquisa, comunicação e divulgação científica, ensino, bem como trabalho científico e técnico em institutos e empresas

Mestrado em Ensino de Física e Químicano3ºCiclodoEnsinoBásicoe noEnsinoSecundário
Confere a habilitação profissional para a docência da Física e da Química no 3º Ciclo do ensino básico e no ensino secundário. Visa o desenvolvimento das competências científicas e a aquisição das necessárias competências educativas e pedagógico-didáticas para o adequado exercício da docência

MestradoemFísica
Oferece conhecimentos avançados em física
teórica e experimental, com ênfase nas áreas nucleares da Física Moderna, como Física da Matéria Condensada, Física Nuclear e de Partículas, e Modelação e Simulação Computacional. Desenvolve competências em métodos experimentais e computacionais avançados, incluindo análise instrumentação, de dados e planeamento experimental.
MestradoemFísicaMédica
Pretende dotar os alunos de uma visão abrangente e integrada dos tópicos científicos, tecnológicos, técnicos, socioeconómicos, éticos, legais, jurídicos, de regulamentação e legislação associados à Física Médica, mas também à Proteção e Segurança Radiológicas, respondendo nesta área ao requisito legal.
Mestrado em Ensino de Física e Químicano3ºCiclodoEnsinoBásicoe noEnsinoSecundário
Visa preparar profissionais para lecionar física e química no 3º ciclo do Ensino Básico e no Ensino Secundário. Busca-se o desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e competências necessárias para o ensino, de acordo com a legislação educacional, políticas orientações curriculares educativas e considera-se também as mudanças na sociedade, na escola e no papel do professor, assim como os avanços científicos e tecnológicos, para garantir uma formação adequada e contínua dos professores
MestradoemEngenhariaFísica
Proporciona aos estudantes uma forte formação em áreas de especialidade da Engenharia Física, desenvolvendo a capacidade de aplicar princípios científicos e de engenharia na resolução de problemas multidisciplinares em áreas tradicionais da Engenharia Física (as tecnologias associadas à Física Moderna)
MestradoemAstrofísicae Instrumentaçãoparaoespaço
O objetivo é dar formação especializada nas áreas da Astrofísica e da Instrumentação para o Espaço com vista a formar profissionais que possam interagir ou integrar equipas científicas de grandes organizações e empresas tecnológicas com atividades na área do espaço Pode centrar-se mais na astrofísica, na cosmologia teórica, na modelação computacional e análise de dados, ou ser mais voltada para a instrumentação, navegação e geo-observação

Oferece formação em várias áreas, como física atómica e molecular, física nuclear e de plasmas, ótica, detetores, entre outras. Estas habilidades permitem conceber soluções técnicas, realizar e interpretar experiências científicas, aplicar conhecimentos na resolução de problemas de engenharia e avaliar o impacto social, ambiental e económico de projetos de engenharia.

MestradoemEngenhariaFísica
O foco é a integração dos alunos com o mercado de trabalho, expondo-os a problemas ligados a fenómenos físicos essenciais para a inovação tecnológica. Isso é alcançado através de um ensino robusto em física e uma compreensão das abordagens de engenharia
Mestrado em Ensino de Física e Química
Visa proporcionar formação geral e habilitação profissional para a docência do 3 º Ciclo do Ensino Básico e do Ensino Secundário nas áreas de Física e Química, através do desenvolvimento de competências científicas e didáticas específicas e da realização de prática pedagógica supervisionada.

MestradoemFísica
As áreas de estudo incluem Altas Energias e Gravitação, Materiais Quânticos e Materiais Funcionais, com a possibilidade de escolha personalizada de acordo com as preferências dos estudantes O programa é realizado em colaboração com as universidades do Porto e Aveiro, e a dissertação pode ser desenvolvida em três centros de investigação: CFUM, LIP e INL
As áreas de estudo incluem Dispositivos, Microssistemas e Nanotecnologias, ou Física da Informação. O objetivo é promover a capacidade de aprendizagem autónoma e desenvolvimento profissional contínuo, fomentar competências de colaboração interdisciplinar nos estudantes.
MestradoemFísicaeAstrofísica
Está dividido em três áreas de especialização: Astrofísica e Cosmologia, Física Nuclear e de Partículas, Física Estatística e Matéria Condensada. Inclui uma variedade de disciplinas opcionais, permitindo aos alunos construir perfis de formação adaptados aos seus interesses. O trabalho de investigação para a dissertação é uma parte essencial do curso, com orientação disponível de professores e investigadores em diversos temas.

MestradoemFísica
O objetivo é proporcionar formação de alta qualidade em Física, permitindo avançar os conhecimentos em áreas especializadas até à fronteira do conhecimento, oferecendo um ambiente científico estimulante que facilite a aprendizagem e a investigação, e preparar adequadamente os estudantes para uma carreira em Física, quer em ambiente universitário ou empresarial
MestradoemEnsinodeFísicae
Químicano3ºCiclodoEnsinoBásicoe noEnsinoSecundário
Proporciona o desenvolvimento de competências que permitam: conferir habilitação profissional para o ensino, desenvolver um perfil de formação adequado às orientações da política educativa nacional, estimular a adaptação às mudanças sociais, científicas e tecnológicas, promover qualificadas a situações respostas educativas específicas e fomentar práticas profissionais inovadoras e adequadas
MestradoemEngenhariaFísica
DESAFIOMATEMÁTICO
Dados 5 pontos aleatórios num
hypercubo, qual é a probabilidade do hypertetraedro formado conter o centro do hypercubo? s u g e s t ã o


Física na Polícia Judiciária
Entrevista a Ricardo Honório
Fala-nosumpoucosobreti.
Eu entrei no Mestrado Integrado em Engenharia Física, na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa em 2013 sendo que concluí em 2023 (sim durou mais de cinco anos) o mestrado com uma tese feita na Polícia Judiciária no âmbito de determinação de distâncias de disparo de armas de fogo. Tirando a parte académica, sempre colaborei muito(tenteisemprecolaborarcomo que podia) em investigação, ajudando nos laboratórios como pude. Fiz voluntariado em canis, fui bombeiro,escuteiro,toqueisaxofonee trompete.
Quando é que no teu percurso académico soubeste que o teu futuroserianaPolíciaJudiciária,
Eu entrei para a faculdade a dizer aos meuspais,“Quandoacabarocurso,a PolíciaJudiciáriaéquemevaibuscar, não sou eu que os vou procurar.”, no fim não foi bem assim, fui eu que os procurei,masconseguientrar.
Escolheste o ramo de Física porque sabias que te iria ajudar mais tarde natuacarreira?
Não, quando comecei o curso ainda nem existia o setor de físico-química naPolíciaJudiciária.Sempregosteide Física e, na minha opinião, a Física explica tudo, Biologia é Química aplicada à vida e Química é Física aplicada às interações intermoleculares, e… espero que nenhumquímicoleiaisto(risos). ousemprefoialgoquesoubeste?
Ter aquela necessidade de saber como as coisas funcionam porque “O melhor condutor não é aquele que não bate, é o que não bate e percebe quandoocarroprecisadeóleo.Nãoé o que sabe conduzir, é aquele que percebe a própria condução.” e a meu ver o melhor da ciência é compreenderofundamento,enão“Eu uso esta fórmula porque me disseram.”versus“Euusoestafórmula porque sei tudo o que está por detrás dela.”.
Quais são as tuas maiores referências em termos de inspiraçãoevalor?
Neste momento, o meu orientador da tese,JoãoFonseca,chefedesetorda físico-químicaequemmeacolheuna PolíciaJudiciária.
Podes explicar um pouco sobre o queviesteapresentaraoENEF’24?
Vimexporautilidadepráticadafísica no mundo atual, nomeadamente no âmbito da investigação forense e criminal apresentando casos concretosemqueafoicrucialparaa determinação e perícia a um certo vestígio, de forma a cativar novos alunos a seguirem na via da física paraainvestigaçãocriminalumavez que, neste momento, no laboratório da polícia científica da Polícia Judiciária,oúnicolaboratóriocriminal com as nossas capacidades no país, existem 2 físicos e um há de se reformar nos próximos 10 anos, portanto,euvouficarsozinhoequero companhia(risos).
Como é trabalhar na Polícia Judiciária?
Não é um trabalho, é uma missão, porque trabalho desde as 09h00 às 17h30. Quando as coisas não correm bem, são inúmeros os dias em que passo lá a meia-noite e no dia seguinte estou lá novamente, às 09h00. Na Polícia Judiciária das duas uma: ou trabalhas por gosto ou trabalhas por gosto. Ou gostas do que fazes ou gostas da razão pela qual o fazes ou então não te safas num ambiente daqueles. Não é que haja competição, é preciso empenho físico, mental, psicológico. É preciso investir tudo o que tens para “aturar” um emprego daqueles, quando não tens filhos e tens apenas um cão, nada mais. Mas quando quiseres constituirfamília,ascoisastornam-se umpoucomaisdifíceis.
Referiste que desde pequeno querias ir para a Polícia Judiciária, algumarazãoemespecífico?
Não gosto de injustiças. E a Polícia Judiciária é o único laboratório forense com certas competências reservadas específicas, nomeadamente armas, drogas, explosivos. Todas essas coisas. Há outros OPC’s, PSP e GNR que investigam, agora técnicas analíticas muitoespecíficas,queéoqueeufaço agora, microscopia eletrónica, só na Polícia Judiciária. E isso é a minha partefavorita.
Énecessárioser-secriativo?
Tens de perder muitas horas a procurar“papers”,aprocuraroutros
artigos e tudo mais, principalmente na nossa área da física, que todos os diaséumacoisadiferente.
Consideras que o estado atual da investigação na tua área em Portugal faz contribuições relevantesparaocampo?
Eu acho que é muito relevante. Acho que sim, tem implicações diretas na vida das pessoas e no desfecho de processosecrimes.
Sentes que és uma pessoa realizada? E o teu trabalho tem um grandeimpactonisso?
Se me tirassem 90% do ordenado, eu ia continuar a fazer o que faço com um sorriso na cara, porque até hoje eu trabalho sábados, domingos e feriadossemreceberumtostãoextra.
Gosto muito do que faço e gosto imenso das pessoas com quem trabalho. Durante a hora de trabalho são colegas, a partir daí são amigos. Eles “aturam-me” 8 horas durante o dia e depois mais 3 horas à noite. Quando vamos sair, passear e jogar etc.Nãosãocolegas,sãoamigos.
Investigam vários casos ao mesmo tempo? Como é o processo? Existe algumtipodepreferência?
Facilmente investigamos 5 casos diferentes por dia. Nós damos preferência a casos de “preso” no sentido em que se houver um preso preventivo para garantir que ele não está preso injustamente, tem sempre prioridadesobrequalqueroutrocaso. Imagina2indivíduos,umestáem
prisão preventiva por suspeitas de homicídio e o outro, por exemplo, mandou 2 tiros para o ar para celebrar o casamento da filha, não fez mal a ninguém, cometeu um crime, cometeu, não podia ter arma nem nada, mas o preso pode estar presoinjustamenteeissoémuitopior doquedeixarorestanteàsolta,mais 1ou2meses.
Comoéumdia“normal”?
O horário é 09h00-17h30, portanto, estouláàs08h00.Às08h00sentas-te nocomputador,vêsose-mails,vêsse tens algum pedido específico do tribunal. Depois vais tratar dos equipamentos porque muitos deles precisam de refrigerar e de estabilizar, como o microscópio eletrónico precisa ligar o filamento para ir aquecendo durante pelo menos 30-40 minutos para termos um fecho estável. De seguida vamos à nossa pasta individual onde são atribuídos os nossos processos e vendo o que é que temos decidimos de manhã “Vou fazer isto, a seguir façoeste,esteeeste.”.Isto,sãocoisas que não duram um dia porque não é tipo cadeia, não é como se fosse fábrica. No dia seguinte acabas se calhar 2 e os outros 2 ficam a “marinar” porque são precisos resultados, é preciso comparações e as comparações requerem pedir ao tribunal certos elementos. Posso dizer que eu por semana devo falar com o MinistérioPúblicoecomotribunalpor volta de 30 vezes a pedir mais material. O inspetor liga-me a perguntar se eu preciso de alguma coisaouligoeuaoinspetoradizer
uque o material não é suficiente. Posso dar um exemplo? Para um indivíduo que morreu aparentemente eletrocutado, mandaram-nos toda a linha elétrica em que ele estava a tocar, os equipamentos todos. Então eu liguei o Inspetor e disse que tudo o que nos enviaram está bom. Eu sei porque eu tirei as luvas e agarrei, tenho de pôr a vida em risco para justificar (recebo o subsídio de risco e tudo mais). Uma vez que tenho de justificar,agarreimesmonomateriale não aconteceu nada. Portanto, pedi que me enviassem extensões, fotografias do quadro elétrico, para poder fazer uma perícia relevante. Não é só dizer que isto está bom e segue, mas uma coisa que eu já vi é quedentrodaPolíciaJudiciáriatodaa gentetem“brio”notrabalho.Comisto tudo, é hora de almoço e à tarde é repetir.
PorquêirparaaPolíciaJudiciária?
Porque é desafiante, porque não é aqueletrabalhoemquetodososdias se faz sempre, sempre, sempre a mesma coisa. Na Polícia Judiciária, dão-te toda a liberdade de fazer as coisas à tua maneira, desde que seja fundamentado a nível científico e lógico, no sentido em que te dão certas máquinas e pedem para determinar algo. Agora “safa-te, vai estudar,vaiinvestigar,experimenta”.
Como é que tendo um trabalho que lida com crimes tão violentos, consegues conciliar o teu lado emocionalesepará-lodotrabalho?
Acho que isso recai muito no humor, na vertente em que quando nos chegam casos mais intensos, nós temos algum tipo de insensibilidade de grupo. Sei que a nível pessoal cada um sente algo diferente em relaçãoaoqueaconteceuesabendo a história e os detalhes mórbidos é difícil. No entanto em grupo, aí sim, sai uma risada que alivia sempre a situação, por isso também nunca trabalhassozinho.Poroutrolado,cria habituação negativa da forma em que ficas um bocado mais apático, porexemplovêsasnotíciaseestása passaremcanaisemqueanotíciaé “Morreram quatro em tiroteio” e ficas tipo “Oh, next.”. Porque eu estou na parte da pesquisa de resíduos de disparo. Todos os casos em Portugal que envolvem armas de fogo passam pela minha secretária ou pelo menos pelos microscópios que eu vejo. Não arde de raiva de quem fez aquilo àquela pessoa, a reação apenas é “Agora o meu trabalho tentar meter este homem atrás das gradesparanãovoltaraacontecer”.
EntrevistarealizadaporFrancisco SantanaetranscritaporRodrigo Ribeiro,membrosdoDepartamento deImagemeComunicação.



GrigoriPerelman,apresentouumademonstraçãoda conjecturadaGeometrizaçãodeThurston
Problemas do Prémio Millennium Oquesão?
Em 2002, para comemorar a matemática no início do novo milénio, o Clay Mathematics Institute de Cambridge, Massachusetts (CMI) propôs sete desafios premiados Estes desafios foram concebidos para destacar alguns dos problemas mais complexos que os matemáticos enfrentavam na passagem para o novo milénio Além disso, visavam consciencializar o público em geral de que na matemática ainda há muitos problemas importantes por resolver e que é fundamental trabalhar na busca por soluções para os desafios mais profundos.
Os prémios foram estabelecidos para reconhecer realizações históricas na área da matemática. O Conselho Científico Fundador do CMI escolheu os sete problemas do prémio do milénio após consultas com especialistas de destaque em todo o mundo O objetivo principal do conselho era identificar questões clássicas importantes que permaneceram sem solução ao longo de vários anos Após a decisão do Conselho Consultivo Científico, a Direção do CMI reservou um fundo de prémios de $7 milhões para as soluções destes problemas, distribuindo $1 milhão a cada um dos 7
AlgunsProblemas
ConjeturadeBircheSwinnerton-Dyer
A Conjetura de Birch e Swinnerton-Dyer lida com certos tipos de equações: aquelas que definem curvas elípticas sobre os números racionais. A conjetura é que existe uma forma simples de determinar se tais equações têm um número finito ou infinito de soluções racionais. O décimo problema de Hilbert tratava de um tipo mais geral de equação e, nesse caso, foi provado que não há forma de decidir se uma equação dada possui mesmo quaisquer soluções.
AequaçãodeNavier–Stokes

As equações de Navier-Stokes descrevem o movimento de fluidos e são fundamentais na mecânica dos fluidos. No entanto, ainda não foi provado pelos matemáticos que existem sempre soluções suaves para o sistema tridimensional dessas equações, mesmo com condições iniciais definidas. Este é conhecido como o problema da existência e suavidade de Navier-Stokes. O problema, quando restrito a fluidos incompressíveis, consiste em provar a existência de soluções suaves e globalmente definidas que atendam a determinadas condições, ou demonstrar que essas soluções nem sempre existem e as equações perdem a sua validade.
HipótesedeRiemann

A função zeta de Riemann ζ(s) é uma função cujos argumentos podem ser qualquer número complexo que não seja 1, e cujos valores também são complexos. A sua continuação analítica tem zeros nos inteiros negativos pares; ou seja, ζ(s) = 0 quando s é um dos valores -2, -4, -6, ....
Estes são chamados de zeros triviais. No entanto, os inteiros negativos pares não são os únicos valores para os quais a função zeta é zero. Os outros são chamados de zeros não triviais. A hipótese de Riemann diz respeito à localização destes zeros não triviais, e afirma que:
A parte real de cada zero não trivial da função zeta de Riemann é 1/2.
A hipótese de Riemann é que todos os zeros não triviais da continuação analítica da função zeta de Riemann têm uma parte real de 1⁄2. Uma prova ou refutação disso teria implicações de grande alcance na teoria dos números, especialmente para a distribuição de números primos.

por
MARIAPIRES
Encontro Physis + Núcleos
Secretária da Direção
“No passado mês de Setembro, nos dias 3, 4 e 5 , vários colaboradores dos nossos membros coletivos juntaram-se à equipa da Physis em Coimbra para 3 dias repletos de diversão e de brainstorming


Várias atividades como um piquenique no Parque Verde, uma tarde de jogos, um jantar de convívio e uma amostra de como uma noite de estudantes em Coimbra é, participantes
Com alguns momentos de discussão conseguimos perceber alguns problemas que os nossos membros coletivos passam e naquilo que podemos ajudar para os ultrapassarem. Por outro lado também conseguimos perceber aquilo que esperam de nós e várias atividades que podemos organizar juntos.
O evento também contou com um momento de divulgação de uma organização de voluntariado, a Nô Bai, que realiza voluntariado em Cabo Verde e pela qual nós pedimos aos participantes do evento para trazer alguns livros e material escolar. Posteriormente a este momento de divulgação foi sugerido que a angariação seja maior e que se faça em cada universidade O feedback recebido por parte dos participantes foi bastante positivo


Gostaríamos de fazer um agradecimento à Câmara Municipal de Coimbra e ao IPDJ pelo apoio financeiro, às Cantinas da Universidade de Coimbra, ao Departamento de Física da Universidade de Coimbra e ao Portagem Hostel pelo apoio logístico
Obrigado ao PhysikUP, ao NFEF-FCUL e ao NEDF-AAC pela participação.”





por JOÃORODRIGUES
Coordenador do Departamento de Recursos Humanos
Fim de Semana da Physis
No fim de semana que antecede a Páscoa, dias 22, 23 e 24 de março, realizou-se em Coimbra, tal como manda a tradição da associação, o Fim de Semana da Physis Este evento consiste em 3 dias bem preenchidos e intensos para os participantes e cujo objetivo é fortalecer os laços da equipa Este ano, face ao feedback recebido em anos anteriores, efetuaram-se pequenas alterações


No primeiro dia, optou-se por dinamizar poucas atividades face aos restantes dias, visto que havia participantes que ainda tinham aulas a decorrer
Ainda assim, realizámos um convívio inicial, que foi crescendo em dimensão à medida que os participantes iam chegando. Este convívio culminou no tradicional Churrasco “à la Physis”, que decorreu no Mercado do Calhabé, onde os participantes puderam aprofundar os seus laços e partilhar experiências da vida académica
Ao contrário dos anos anteriores, em vez de se realizar o passeio por Coimbra, durante a manhã do segundo dia, dinamizou-se um Peddy Paper pela cidade Os participantes puderam conhecer um pouco da história dos pontos mais emblemáticos da cidade, ao mesmo tempo que criaram algumas memórias bastante divertidas
Durante a parte da tarde, aproveitou-se o facto de termos vários membros da equipa reunidos presencialmente para ser dinamizada uma Reunião Geral da associação Tivemos as Alumni Talks, um momento lúdico e de descontração onde os membros atuais tiveram a possibilidade de conversar com ex-membros. Nessa noite, houve o habitual Jantar de Gala, que, foi um sucesso em termos de convívio entre participantes e um dos pontos altos do evento Ao longo do último dia, dinamizaram-se diversos jogos de teambuilding e de cultura geral, proporcionando momentos mais relaxados aos participantes Procedeu-se à recolha de alimentos para doar a uma instituição de solidariedade de Coimbra.
Enquanto um dos organizadores do evento, concluo que este foi um sucesso Apesar de não ter sido das edições mais numerosas, o feedback foi bastante positivo e cumpriu os seus objetivos.
Um agradecimento especial à equipa dos Recursos Humanos da Physis, porque sem o trabalho de todos não teria sido possível a dinamização de um evento deste calibre, à Câmara Municipal de Coimbra e ao IPDJ pelo apoio financeiro; ao Departamento de Física da Universidade de Coimbra e à União de Freguesias de Coimbra pela cedência de espaços; às Cantinas da Universidade de Coimbra e ao Coimbra Portagem Hostel pelo apoio logístico 24





FÓRUM
PEDAGÓGICO
5ª EDIÇÃO
“OqueéoFórumPedagógico?

PAOLAGOMES
por Coordenadora do Departamento de Pedagogia

O Fórum Pedagógico é um evento que foi criado em 2020 pelo Departamento de Pedagogia da Physis Associação Portuguesa de Estudantes de Física com o intuito de dar visibilidade a discussões sobre os mais diversos tópicos relacionados com a Pedagogia e Ensino nos cursos representados (Física, Engenharia Física e relacionadas). Apresentando, anualmente, temas como foco principal do evento, abordados através de palestras, debates e outras atividades em que participam professores e estudantes. Em 2024 realizou-se a 5 edição do evento que se estendeu por dois dias, 14 e 15 de setembro, na Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade da Universidade de Coimbra e teve, como temas centrais: “O Impacto da Inteligência Artificial no Ensino da Física” e “O Ensino da Física na Europa”.
Dia1
Palestra:“ComoaIAafetaoensinoeainvestigaçãodafísica?Uma breve discussão de potenciais limitações e desafios do uso da inteligênciaartificial”
A palestra do primeiro dia do Fórum Pedagógico foi conduzida pelo Doutor Luís Borges Gouveia e centrou-se em discutir como a inteligência artificial está remodelando tanto o ensino quanto a pesquisa na física, especialmente Foram abordados aspectos desde a automação de experimentos e análise de dados até a personalização do aprendizado Durante a apresentação, destacou-se o ritmo acelerado das transformações tecnológicas e o impacto exponencial dessas mudanças na sociedade, com ênfase na quase onipresença da IA em várias esferas da vida Além disso, ressaltou-se que o futuro próximo da educação e da pesquisa em física será marcado por inovações e desafios inéditos, diferentes de tudo o que já vivenciamos, gerando questionamentos sobre como preparar melhor o ensino e a investigação para esse cenário em rápida evolução. Em conclusão, o público foi convidado a refletir sobre como essas tecnologias podem transformar o papel dos professores e pesquisadores, além de preparar os estudantes para esse futuro em constante evolução.
Workshop:MachineLearning
Para este workshop, contamos com o professor e investigador Jarle Brinchmann como orador que iniciou a sessão introduzindo conceitos de machine learning aplicados à física e astronomia, com o objetivo de familiarizar os participantes com técnicas de deep learning em softwares utilizando Python. Os participantes puderam experimentar técnicas de desenvolvimento de modelos para classificar galáxias com base em grandes conjuntos de dados astronômicos, simulando a detecção automática de padrões em imagens espaciais. Esta abordagem prática permitiu aos participantes explorar diretamente como o machine learning pode ser aplicado na investigação científica, estimulando a reflexão sobre as inúmeras possibilidades e desafios deste campo emergente.

Dia2
Palestra: “História e Filosofia da FísicanoEnsinoSuperior”
A palestra do segundo e último dia do Fórum Pedagógico foi proferida pelo Professor Doutor Carlos Fiolhais, um dos cientistas e divulgadores mais conhecidos de Portugal. O tema central foi o ensino da história e filosofia da física no ensino superior, destacando a importância de compreender o desenvolvimento das ideias científicas e o contexto histórico em que surgiram. Fiolhais apresentou exemplos de como a abordagem histórica pode enriquecer o ensino da física, tornando-a mais envolvente e significativa para os estudantes.
Debate: “Experiências acadêmicas em instituições de ensinoEuropeias”
Encerrando o evento, realizou-se um debate enriquecedor moderado pela Sociedade de Debates da Universidade de Coimbra. A atividade contou com a participação de três estudantes de diferentes instituições de ensino europeias, que discutiram as diversas abordagens para o ensino da física na Europa
Durante o debate, foram exploradas diferentes perspectivas sobre métodos de avaliação, estratégias didáticas e os conteúdos ensinados em cada país, proporcionando um panorama comparativo Além disso, essa discussão foi crucial para a plateia, que pôde tirar dúvidas sobre como é estudar em outras universidades europeias, seja através do programa Erasmus, em mestrados, ou participando de programas de investigação científica, ampliando assim o entendimento sobre as oportunidades e desafios acadêmicos no contexto europeu.
Conclusão
Para concluir, o evento cumpriu sua missão de trazer ao público a discussão sobre Pedagogia em Portugal de diferentes perspectivas. Em números, a edição deste ano do Fórum
Pedagógico traduz-se em 24 participantes, contando com alguns membros da comissão organizadora Assim, a Physis agradece a todos os oradores e estudantes que aceitaram o convite para participar da 5a edição do Fórum
Pedagógico e, desde já, conta com a participação para a próxima edição do evento.”




CONGRESSO’24 CONGRESSO’24
Este ano realizámos a 5ª edição do Congresso da da Physis: “Partículas e Nanomateriais" nos dias
11, 12 e 13 de outubro, na Universidade de Aveiro (UA), com foco no tema das nanopartículas, materiais e nanotecnologia, com o apoio do Departamento de Física da Universidade de Aveiro e da Câmara Municipal de Coimbra

Dado o sucesso da edição anterior, "3 day Mission: SP4C3 Exploration", que se realizou na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, este ano decidimos voltar a realizar este evento tentando inovar um pouco algumas atividades Ao longo dos três dias tivemos várias palestras, uma mesa redonda, uma visita a um museu, visitas a centros de investigação e muitas outras atividades, visando disponibilizar aos participantes oportunidades de enriquecer o seu conhecimento na área das nanopartículas e nanotecnologia Dado esta área ser de interesse para muitos estudantes de Física e Engenharia Física, procurámos trazer palestras que exploram os vários aspetos do tema, tais como “Física de Partículas e Altas Energias”, “Descoberta de Dois Líquidos na Água”, “Tecnologias Fotovoltaicas Para o Espaço”, “Materiais Luminescentes”, "Impressão 3D para aplicações em sensores", “Aplicação da Nanotecnologia em Oncologia”.
O congresso contou com a presença de cerca de 30 participantes de diferentes faculdades
Contámos com estudantes da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Faculdade
de Ciências da Universidade do Porto, Instituto Superior Técnico, Universidade de Aveiro, Universidade da Beira Interior, Universidade de Coimbra e Universidade do Minho.
Dada a variedade dos temas, além de estudantes dos cursos de Física e Engenharia Física, participaram alunos de outros cursos, entre os quais Matemática, Biologia, e Engenharia Aeroespacial
Na sexta-feira depois de almoço demos início ao check-in onde os participantes puderam levantar os seus kits de boas-vindas, com brindes disponibilizados pelos nossos apoios, incluindo as bolachas da Saborosa, que foram uma constante durante todo o evento, uma vez que os participantes adoraram o snack

De seguida arrancámos com a sessão de abertura, e depois começámos o congresso com uma palestra sobre a SPF, Sociedade Portuguesa de Física, onde contámos com a presença de José António Paixão, que nos falou sobre o que é a SPF e quais os seus objetivos eguidamente, tivemos uma palestra sobre Física de Partículas e Altas Energias dada por Carlos Azevedo, Professor Auxiliar e investigador no Departamento de Física, na Universidade de Aveiro Após esta palestra, deu-se lugar a uma Mesa Redonda sobre a Descoberta de Dois Líquidos na Água, com os convidados: Ramon Filho, estudante de Doutoramento na Universidade de Aveiro e Fernando Maturi, cientista investigador em Aveiro também

No final, para descontrair, fizemos uma Quiz Night sobre Física, onde os vencedores do 1° lugar ganharam uma t-shirt grátis do Congresso. Por fim, sorteamos o vencedor do Giveaway da T-shirt Infelizmente, devido a condições atmosféricas adversas, não foi possível realizar a observação noturna, que estava inicialmente planeada.

Depois de um primeiro dia em grande, o segundo não podia ficar para trás e, portanto, começámos logo de manhã com uma palestra sobre Tecnologias Fotovoltaicas para o Espaço, dada por Joaquim Leitão, Professor Auxiliar com Agregação do Departamento de Física da Universidade de Aveiro. Após um pequeno coffee break, tivemos uma palestra sobre Materiais Luminescentes, dada por Carlos Brites, Professor assistente do Departamento de Física da Universidade de Aveiro, Investigador no CICECO e, ainda, Diretor da Licenciatura em Engenharia Computacional na UA
Depois do almoço, avançamos para as visitas aos laboratórios do i3N, dividindo os participantes em dois grupos A seguir, realizou-se a Feira de Networking, onde os participantes tiveram a oportunidade de conhecer melhor a Physis e o que cada departamento está responsável por fazer, uma vez que o recrutamento para a Physis se encontrava aberto na altura Os participantes tiveram também a chance de se conhecer melhor, convivendo e jogando jogos de tabuleiro, cartas, fazer cubos mágicos, quebra-cabeças, etc.

No final do dia, para descontrair, fizemos uma sessão de Dinner & Movie Night, onde vimos o filme "Ex Machina", enquanto jantávamos as deliciosas pizzas da Domino's

Iniciámos o último dia do Congresso, com uma palestra dada pelo José Pedro Mendes, que tirou o Mestrado em Engenharia Fisica na Universidade de Aveiro, onde também concluiu a licenciatura, que nos veio falar sobre o seu projeto de licenciatura "Impressão 3D para aplicações em sensores", onde fez uma plataforma ótica que serviu de sensor de índice de refração Após um pequeno coffee-break, seguimos com uma palestra sobre a aplicação da Nanotecnologia em Oncologia, dada por Gil Gonçalves.
De seguida, fomos almoçar e depois de almoço fizemos uma visita ao Museu da Cidade de Aveiro, com áudio-guia Para terminar, voltámos para a Universidade de Aveiro, onde a equipa organizadora do evento, os membros do Departamento de Saídas Profissionais da Physis, se despediram dos participantes e uns dos outros, antes de cada um voltar para o seu canto de Portugal
Pode dizer-se que o Congresso foi um enorme sucesso, e agradecemos a todos os que puderam participar e especialmente aos nossos apoios, sem os quais este congresso não seria possível: Dominos, I3N, Saborosa, Universidade de Aveiro, Departamento de Física da Universidade de Aveiro, Cantina da Universidade de Aveiro, FISUA, Câmara Municipal de Coimbra e IPDJ
Coordenadora do Departamento de Saídas Profissionais por





RITAVIEIRA




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