Relatório palestra de abertura o futuro das cidades

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

RELATÓRIO DE ATIVIDADE

PALESTRA DE ABERTURA: O FUTURO DAS CIDADES

CURITIBA SETEMBRO DE 2013


EQUIPE TÉCNICA: Prof. Dr. Christian Luiz da Silva (coordenador) – Tutor Bolsista PET/ MEC

BOLSISTAS PET/MEC: Heloísa SbrissiaSelzler Leila Aparecida Szychta Letícia Duwe Letícia SayuriKumegawa Lucas Eduardo Mathias Marta Chaves Vasconcelos

FINANCIAMENTO: Programa de Educação Tutorial (PET) – Ministério da Educação

APOIO: Programa de Pós-graduação em Planejamento e Governança Pública (PGP – UTFPR) Programa de Pós-graduação em Tecnologia (PPGTE – UTFPR) Departamento de Gestão e Economia (DAGEE – UTFPR)


SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO .............................................................................................01 SÍNTESE DA DISCUSSÃO ...............................................................................02


APRESENTAÇÃO No dia 09 de setembro de 2013, ocorreu a palestra de abertura da II Semana de Produção Acadêmica, II Semana do Curso de Administração e a VII Semana de Gestão Pública, com o tema: “Administração Pública e Democracia: um debate”. A palestra foi ministrada pela Prof. Dr. Liana Maria da Frota Carleial, no mini auditório da UTFPR campus Curitiba. Foi falado a respeito de como são necessárias novas compreensões na área da Administração Pública, um campo disciplinar que precisa de novas respostas. Nesse sentido, foi tratado a respeito do crescimento econômico no mundo, capitalismo, democracia, as fases da administração pública, e as manifestações no Brasil.


SÍNTESE DA DISCUSSÃO

A palestrante iniciou fazendo uma contextualização geral do tema, falando a respeito da globalização, dos blocos econômicos, e do “efeito China”. Nesse sentido, falou a respeito da crise financeira internacional, que ainda não possui um claro encaminhamento, do FMI e dos programas de austeridade, do crescimento econômico lento no mundo, e da desigualdade na economia global. Falou brevemente a respeito de alguns antecedentes do tema, como a sociedade escravocrata, o patrimonialismo, e a relação Público versus Privado. Foram abordadas questões relacionadas ao capitalismo e democracia, de como este debate domina o pensamento social desde o século XIX, e dos mecanismos de concentração do capitalismo, que atuam permanentemente, com natureza concentradora e tendo os interesses privados um maior domínio nas decisões. Após essa introdução, falou a respeito das diferentes fases da democracia, a qual encontra-se em constante progresso, e é uma prática que evoluiu ao longo do tempo. A primeira fase apresentada foi a Constitucional – Liberal, que apresenta uma visão de emancipação humana baseada na noção de autonomia: a democracia é o regime que garante essa autonomia. A segunda fase foi a da emancipação concebida como poder social. A terceira, de que a democracia não é só regime político, mas também uma forma de sociedade: a da igualdade de condições. Por último, a fase participativa e deliberativa (a realidade concreta insinua tal necessidade). Nesse sentido, foi falado a respeito da necessidade de maior participação nas decisões, e o conceito de democracia Participativa. Foi também falado um pouco sobre os Anos 70, como foi a autogestão, os movimentos sociais, sindicatos (visão de autonomia), sobre os Anos 90, e como as coisas se alteram em todo o mundo. A questão central abordada no tema foi a de que a Legitimidade das decisões precisa ser uma construção com a sociedade. Após isso, foi tratado a respeito da democracia no Brasil, e das fases democráticas do país ao longo do século XX. Foi, brevemente, falado a respeito das formas de participação anteriores à Constituição de 1988: movimentos sociais, conselhos, sindicatos, associações de bairro; e da constituição “Cidadã”: seguridade social, direitos sociais ampliados; a constituição de 88 é o marco do denominado Estado Democrático de Direito. Após falar das diferentes fases da administração pública, a palestrante comentou sobre a burocracia e os conflitos reais, sobre o conceito de “novo serviço público” (que deve servir aos cidadãos, e não aos consumidores), e de como é necessário pensar estrategicamente: agir democraticamente, dar valor às pessoas, não apenas à produtividade. O novo serviço público


busca “encontrar valores compartilhados e interesses comuns por meio de um dialogo generalizado e engajamento dos cidadãos”. DENHARDT (2004:182) Após isso, foi comentado a respeito da burocracia como ator político, e dos novos instrumentos de acesso à informação. Nesse sentido, foi abordada a questão da juventude e do ativismo nas redes sociais. Para finalizar, falou a respeito das manifestações no Brasil, desde a sua origem: problemas de mobilidade urbana, setor oligopolizado, preço do transporte urbano; posteriormente, multiplicidade de pauta, suposta ausência de liderança, negação da política: “o meu partido é o meu país”. Estas apresentaram-se com predominância de jovens e estudantes, pertencentes à classe média; com ampla utilização das manifestações pela mídia, no sentido de desacreditar a política. As redes sociais tiveram papel fundamental, e deram uma certa “ilusão de liberdade”. Foi feita uma comparação com movimentos no Norte, e falado a respeito das formas de participação, e do quanto são importantes e necessárias. Dessa forma, conclui-se que democratizar as políticas públicas é um processo árduo, e o nosso desafio é esse: pensar a administração pública, e exercermos o nosso papel de cidadãos, tanto em relação a nossos deveres e obrigações, quanto em relação ao nosso direito de participação nos assuntos públicos.


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