Revista PET Elétrica 2022

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Informações

Reitoria

Reitor: Valdiney Veloso Gouveia

Vice-Reitora: Liana Figueira Albuquerque

Pró-Reitoria de Graduação - PRG

Silvana Carneiro Maciel

Coordenação de Programas e de Projetos Acadêmicos - CPPA

Patrícia Nunes da Fonseca

Comitê Local de Acompanhamento e Avaliação - Interlocutor

Nady Rocha

Centro de Energias Alternativas e Renováveis - CEAR

Diretor: Euler Cássio Tavares de Macêdo

Vice-Diretor: Marçal Rosas F. Lima Filho

Departamento de Engenharia Elétrica - DEE

Chefe: Ademar Virgolino da Silva Netto

Vice-chefe: Antônio Augusto Lisboa de Souza

Coordenação de Engenharia Elétrica

Coordenadora: Camila Seibel Gehrke

Vice-coordenador: Alexandre Cézar de Castro

Tutor

José Maurício Ramos de Souza Neto

Integrantes do Programa de Educação Tutorial em Engenharia Elétrica (PET Elétrica)

Ana Clara Vilar Bandeira, Elton Davi Ramos da Silva, Gisela Carla Lopes de Lima, Hyago Fellipe de Oliveira Soares, Iaácob Tercio Landim Cruz, João Carlos Gomes Pinheiro Cavalcante, Laís Araújo Mangueira, Maria Thaís da Nóbrega Maurício, Mateus

Navarro Ribeiro de Lima, Pedro Augusto Chaves Pedroza, Pedro Germano Agripino Cruz, Rafael Oliveira dos Santos, Rayane Mirian da Silva e Thalita Ferreira Cavalcanti.

Equipe Editorial

Gisela Carla Lopes de Lima, Laís Araújo Mangueira, Maria Thaís da Nóbrega Maurício, Rafael Oliveira dos Santos, Thalita Ferreira Cavalcanti.

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Programa de Educação Tutorial

O que é?

O Programa de Educação Tutorial (PET) foi criado em 1979 pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) com o nome Programa Especial de Treinamento (PET), que atualmente está sob responsabilidade da Diretoria de Políticas e Programas de Graduação (DIPES/SESu), sendo acompanhado pela Coordenação Geral de Relações Estudantis (CGRE) e é identificado como Programa de Educação Tutorial.

O Programa é composto por grupos tutoriais de aprendizagem e busca propiciar aos alunos, sob a orientação de um professor tutor, condições para a realização de atividades extracurriculares que complementem a sua formação acadêmica, procurando atender mais plenamente às necessidades do próprio curso de graduação, ampliar e aprofundar os objetivos e os conteúdos programáticos que integram sua grade curricular. Espera-se, assim, proporcionar a melhoria da qualidade acadêmica dos cursos de graduação apoiados pelo PET.

As atividades extracurriculares que compõem o Programa têm como objetivo garantir aos alunos do curso de graduação oportunidades de vivenciar experiências não presentes em estruturas curriculares convencionais, visando a sua formação acadêmica, tanto para a integração no mercado profissional quanto para o desenvolvimento de estudos em programas de pós-graduação.

O Programa de Educação Tutorial constitui-se, portanto, em uma modalidade de investimento acadêmico em cursos de graduação que têm sérios compromissos epistemológicos, pedagógicos, éticos e sociais. Com uma concepção baseada em grupos tutoriais de aprendizagem e orientado pelo objetivo de formar globalmente o aluno, o PET não visa apenas proporcionar aos bolsistas e aos alunos do curso uma gama nova e diversificada de conhecimento acadêmico, mas assume a responsabilidade de contribuir para sua melhor qualificação como pessoa humana e como membro da sociedade.

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4 4 Sumário 05 Conheça o PET Elétrica EQUIPE DO PET ELÉTRICA - UFPB Equipe PET Elétrica 06 Mensagem dos Tutores 10 Linha do Tempo 12 Atividades de Ensino e Extensão 14 Eventos: Organização e Participação 34 Projetos de Pesquisa 48 Publicações de Pesquisas Individuais 57 59 67 Agradecimentos Entrevista com os Professores de Engenharia Elétrica

Conheça o PET Elétrica

O programa de Educação Tutorial em Engenharia Elétrica (PET Elétrica) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) foi criado em 2013, pelos professores Nady Rocha e Euler Cássio Tavares de Macêdo, e desde então vem alcançando inúmeros progressos e reconhecimento não só dentro como, também fora da instituição em que foi criado.

O PET Elétrica reúne alunos da graduação do curso de Engenharia Elétrica da Universidade Federal da Paraíba em atividades de Ensino, Pesquisa e Extensão,

proporcionando-lhes a realização de atividades que favoreçam suas formações acadêmicas. Atualmente é composto por 12 alunos bolsistas, 2 voluntários e pelos tutores José Maurício Ramos de Souza

Neto (tutor) e Ademar Virgolino da Silva Netto (Co-tutor).

O grupo já protagonizou inúmeros eventos de muita importância para a UFPB e toda a comunidade acadêmica. Além de ser contemplado por várias premiações em eventos dentro e fora da instituição.

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Equipe PET Elétrica

Estudante de Engenharia

Elétrica na UFPB desde fevereiro de 2022 e membro do PET Elétrica desde novembro de 2022.

Estudante de Engenharia

Elétrica na UFPB desde novembro de 2018 e membro do PET Elétrica desde novembro de 2020.

Estudante de Engenharia

Elétrica na UFPB desde março de 2021 e membro do PET Elétrica desde maio de 2022.

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Ana Clara Vilar Bandeira Gisela Carla Lopes de Lima Elton Davi Ramos da Silva

Estudante de Engenharia

Elétrica na UFPB desde setembro de 2020 e membro do PET Elétrica desde outubro de 2021.

Estudante de Engenharia

Elétrica na UFPB desde fevereiro de 2021 e membro do PET Elétrica desde maio de 2022.

Pinheiro Cavalcante

Estudante de Engenharia

Elétrica na UFPB desde fevereiro de 2021 e membro do PET Elétrica desde novembro de 2022.

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Iaácob Tercio Lopes Landim Cruz João Carlos Gomes Hyago Fellipe de Oliveira Soares

Maurício

Estudante de Engenharia

Elétrica na UFPB desde março de 2021. É membro do PET Elétrica desde outubro de 2021.

Pedro Augusto Chaves

Pedroza

Estudante de Engenharia

Elétrica na UFPB desde setembro de 2020. É membro do PET Elétrica desde maio de 2022.

Estudante de Engenharia

Elétrica na UFPB desde setembro de 2020 e membro do PET Elétrica desde novembro de 2022.

Estudante de Engenharia

Elétrica na UFPB desde junho de 2020. É membro do PET Elétrica desde novembro de 2022.

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Laís Araújo Mangueira Maria Thaís da Nóbrega Mateus Navarro Ribeiro de Lima

Estudante de Engenharia

Elétrica na UFPB desde outubro de 2019 e membro do PET Elétrica desde outubro de 2021.

Estudante de Engenharia

Elétrica na UFPB desde setembro de 2020 e membro do PET Elétrica desde outubro de 2021.

Estudante de Engenharia

Elétrica na UFPB desde fevereiro de 2022 e membro do PET Elétrica desde novembro de 2022.

Estudante de Engenharia

Elétrica na UFPB desde setembro de 2020 e membro do PET Elétrica desde novembro de 2022.

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Rafael Oliveira dos Santos Rayane Mirian da Silva Pedro Germano Agripino Cruz Thalita Ferreira Cavalcanti

Mensagem dos Tutores

"O ano de 2022 foi um ano de mudanças, e retornos. Mudanças em diferentes aspectos associados ao grupo. Tivemos mudança de gestão na tutoria, mudanças na composição do grupo, por meio de nova seleção. Independente destas, todas as mudanças trouxeram novas oportunidades de contribuir para a melhoria e crescimento do PET Elétrica, não deixando para trás o legado até hoje construído por todos os participantes e gestores que passaram por esse grupo. Quanto aos retornos, pode-se dizer que eram mais do que necessários. O contexto pandêmico trouxe uma terrível realidade no que diz respeito ao isolamento e ausência de atividades práticas entre os alunos. O atraso causado ainda será sentido por algum tempo, mas o PET Elétrica trabalhou e vem atuando bastante nesse cenário buscando atualizar a percepção

dos alunos em relação aos trabalhos práticos e atividades presenciais que reforçam e constroem os chamados soft skills tão necessários na formação profissional e pessoal. Nesse ano, foram desenvolvidas várias atividades que buscavam uma maior integração entre os alunos, bem como o desenvolvimento de experiências práticas para que os alunos pudessem voltar a conhecer e vivenciar na prática sua formação profissional. Doação de sangue, de alimentos, recepção dos calouros, entre outras, são atividades que permitiram ajudar a contribuir na formação social e cidadã dos alunos petianos e daqueles que por eles foram alcançados. 2023 é um novo ano, e com ele, esperamos que nossa gestão possa evoluir e contribuir para a formação e o engrandecimento dos alunos desse grupo tão especial.

Nasceu em Campina Grande - PB, Brasil, em 1984, se formou em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Campina Grande - UFCG, em 2008, possui mestrado em Engenharia Elétrica e concluiu o doutorado em 2014, realizando parte de suas pesquisas na Universidade de Strathclyde em Glasgow, EscóciaReino Unido.

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José Maurício Ramos de Souza Neto Tutor do PET Elétrica

"Inicialmente gostaria de agradecer ao professor José Maurício, pelo convite para ser Co-tutor do grupo PET Elétrica. É uma honra participar deste grupo que busca a formação com excelência dos alunos do curso da graduação de Engenharia Elétrica. Este primeiro ano foi de muito aprendizado, seja na dinâmica de funcionamento do grupo, no processo de seleção de novos alunos e na manutenção das atividades já exercidas em semestres anteriores. Espero contribuir na formação dos alunos nas atividades de Ensino, Pesquisa e Extensão, mesclando atividades já desenvolvidas com novas atividades propostas pelos tutores e pelos petianos, pois vale salientar que as atividades são colaborativas, podendo as ideias partirem dos tutores e petianos. É notório que o desafio inicial, até então superado, foi o retorno presencial e o grupo PET desenvolveu diferentes atividades para os alunos do cur-

so que serão apresentadas nesta revista. O foco foi na prática que os mesmos não tiveram oportunidade de vivenciar devido ao isolamento decorrente da pandemia. Para o ano de 2023, desejo muita saúde a todos e que neste ano os alunos tenham mais oportunidades de desenvolver atividades de extensão junto à comunidade, seja por ações ou por doações adquiridas a partir do cursos ministrados, que tenham oportunidade de vivenciar novas experiências acadêmicas em suas atividades de pesquisa individuais e que consigam fortalecer as pesquisas em grupo. Por fim, ter a oportunidade de ministrar novos cursos para alunos da instituição ou outros cursos, adquirindo experiência na área acadêmica e auxiliando na formação dos colegas, que seja um ano repleto de aprendizado, amizade, pensamento crítico, ética e fortalecimento do grupo."

Possui graduação em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Campina Grande, onde realizou mestrado e doutorado, com parte sendo realizado na Universidade de Strathclyde - Reino Unido. Atualmente, é Chefe de Departamento no Centro de Energias Alternativas e Renováveis (CEAR) e professor do curso de Engenharia Elétrica da Universidade Federal da Paraíba.

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Co-Tutor do PET Elétrica Ademar Virgolino da Silva Netto

Linha do Tempo "

Era agosto de 2012, eu juntamente com o Prof. Nady Rocha, submetemos a proposta de criação do Grupo PET Elé- trica da UFPB. Foi um trabalho extenso devido ao curso ser relativamente novo e não possuir muitos dados históricos consolidados. Fomos uma das 3 propos- tas do Campus I a serem submetidas ao MEC e felizmente fomos a única proposta da UFPB selecionada no Edital No 11/2012 MEC/SESu/SECADI.

Com a grata surpresa também veio o desafio de estruturar o grupo, pois o CEAR já possuía uma limitação de infraes- trutura, e graças a cessões de espaço que o Professor Simplício e Isaac Freitas fizeram foi possível iniciar a organizar a sede do grupo PET, o local que permanece até hoje.

Com a possibilidade de seleção dos primeiros alunos, fizemos a escolha de 4 excelentes alunos, o José Torres, o Antônio, a Larissa e a Andreia, todos muito novos no curso, mas que percebemos ter um grande potencial.

Começamos a desenvolver ações de capacitação com os alunos e os mesmos passaram a ser multiplicadores desse co- nhecimento, como cursos de Orcad, fabricação de placas de circuito impresso, eletrônica, robótica e tantos outros...

O processo de tutoria foi um grande aprendizado, principalmente porque era necessário fazer com que o aluno conti- nuasse com um bom rendimento acadêmico, e também fosse capaz de atuar nas três principais áreas do ensino, pesquisa e extensão, o que muitas vezes não era tão fácil.

No meu ponto de vista, o principal aprendizado eram nos momentos de mentoria que tivemos com nossos alunos petianos, momentos estes que aprendi bastante, pois cada um possuía caracte- rísticas que se bem exploradas poderiam ajuda-los a desenvolver de forma efetiva. Me davam o apelido de pai bravo, pois de vez em quando o sermão atuava, mas sempre buscando a melhoria e com o ob- jetivo de alcançar a excelência do grupo.

Este ano marcou a criação do grupo, sob a tutoria do professor Dr. Nady Rocha. Além disso, houve a criação de minicursos clássicos do grupo como Eletricidade Básica, assim como minicursos mais específicos: Eletrônica Básica e AutoCAD 2D.

Os anos de 2014 e 2015 trouxeram novidades. Dentre elas estão a criação da PEToteca para empréstimo de livros, a realização do primeiro torneio de robótica do CEAR e a criação da Garagem do PET, um minicurso que trata acerca das Placas de Circuito Impresso (PCI).

Em 2016, o professor Dr. Euler Macêdo assumiu a posição de Tutor do grupo, que teve sua primeira participação na comemoração do evento mundial Arduino Day, assim como a primeira edição da sua revista publicada. Por fim, o grupo realizou o EXPOPET.

2015 | 2016 2014 | 2015 2016 | 2017 2013

Tivemos nesses 10 anos mais de 100 petianos, que com certeza deixaram sua marca e fizeram com que o PET fosse reconhecido em todas as frentes que atuou. Dessa forma, gostaria de agradecer por todos os aprendizados, as reuniões no contraturno, os lanches após reuniôes, as comemorações de aniversários e todas as atividades desempenhadas nesse perío- do.

Durante minha permanência no PET, juntamente com o professor Nady, que foi um grande parceiro e amigo em todos os momentos deste ciclo realizamos diversos eventos, como as recepções aos ca- louros, trote solidários, mas tenho certeza que o mais impactante foram as Feiras de Engenharia Elétrica, uma na Estação Ciência Cabo Branco e outra edição no Mangabeira Shopping. Era um trabalho absurdo, com pouquíssimo recurso, mas com muita força de vontade, e que além de permitir que nossos alunos atuassem como tutores, pudemos direcionar diver- sos jovens do ensino médio a seguirem a carreira da engenharia elétrica.

Também não tem como esquecer as diversas viagens que fizemos para participar de eventos relacionados ao PET, principalmente os em âmbito estadual e

regional. As viagens além de permitir um aprendizado mútuo, faziam que a relação entre professor e aluno fosse minimizada para nos tornarmos amigos, na maioria das vezes.

Tivemos o apoio de várias pessoas na PRG, pró-reitoria de graduação, em especial a servidora Flávia e a professo- ra Ariane Sá, Pró-reitora que sempre nos apoiou em demandas do programa.

Sei que na época foi um passo im- portante termos tomado a decisão de submeter a proposta, mas não tinha no- ção de qual patamar o PET poderia che- gar e fico muito feliz de tê-la feito.

Fico muito feliz em ver ex-petianos como excelentes profissionais em diversos segmentos da engenharia elétrica, e dando sua contribuição para uma socie- dade melhor, e aplicando o que foi visto durante nossa estadia no grupo.

Desejo sucesso nas atividades do Grupo, e podem ter certeza que esse ex- -tutor terá sempre o PET gravado na me- mória e no coração! "

Os anos de 2018 e 2019 trouxeram grandes novidades no que se diz respeito às visitas técnicas: a visita técnica ao complexo de Paulo Afonso, a participação no evento "Energia da gente", promovido pela Energisa, além da colaboração do grupo no fórum "Solar Summit da Paraíba".

Este período trouxe a necessidade de uma adaptação ao ensino à distância trazida pela situação pandêmica. No entanto, o grupo não se deixou abalar e continuou a produção de atividades, criando aulas on-line para o canal do Youtube, cursos de Python e Kicad.

O ano de 2022 marcou a volta das atividades presenciais, na qual os professores Euler Macêdo e Nady Rocha passaram adiante o legado de tutores do grupo

PET Elétrica, ciclo que durou quase uma década e demonstrou o compromisso e o carinho com o projeto.

| 2016
| 2021 2022
2015
2020
2018 | 2019
Euler Macêdo

Atividades de Ensino e Extensão

As atividades de ensino e extensão desenvolvidas pelo grupo PET Elétrica buscam estimular e desenvolver no meio acadêmico e na comunidade um ambiente de aprendizagem, no qual o aluno seja incentivado a se qualificar para o mercado de trabalho, expandindo seus horizontes acerca de diversas temáticas das áreas da engenharia.

Com isso, buscando uma formação ampla e diversificada dos alunos, sejam eles vinculados ou não ao PET, em 2022 foram proporcionados à comunidade interna e externa à UFPB os minicursos de Arduino Básico, Python para Manipulação de Dados, Python para Visualização Inte-

rativa de Dados e Eletricidade Básica. Dessa forma, outras atividades sociais também foram desenvolvidas pelo projeto, como a arrecadação de alimentos não perecíveis para instituições de longa permanência para idosos e a doação de sangue ao hemocentro, por meio de inscrições em minicursos e atividades desenvolvidas pelo programa.

Além disso, atividades integrativas também são desenvolvidas pelo projeto, como o tour pela UFPB (Figura 1) e pelos laboratórios do CEAR, possibilitando a interação entre os alunos e um maior contato do PET Elétrica com a comunidade acadêmica.

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Escrito por Laís Mangueira Figura 1 - Tour pela UFPB

Minicurso de Arduino Básico

O desenvolvimento de atividades que auxiliam e complementam a formação dos alunos nos cursos de engenharia tem se mostrado cada vez mais essencial para sua formação acadêmica, tornando-a mais completa para o mercado de trabalho por meio da ampliação do conhecimento dos alunos da graduação.

Nessa perspectiva, com a intenção de contribuir de forma efetiva na formação da comunidade acadêmica, o grupo

PET Elétrica desenvolveu o "Minicurso de Arduino Básico", com objetivo de introduzir aos alunos — com enfoque nos

alunos ingressantes que durante a pandemia do covid-19 tiveram contato apenas com simuladores ou acesso virtual aos laboratórios do centro — os conceitos básicos do Arduino UNO (Figura 7), além de despertar o interesse à programação com o uso da linguagem de programação C/ C++ e à busca pelo desenvolvimento tecnológico que permeia o mercado. Durante o minicurso, foi abordada uma introdução à placa de prototipagem eletrônica open source de hardware e software livre, protoboard e IDE do Arduino, além de algumas funções básicas de programação, estruturas de repetição e condicionantes, com o intuito de capacitar os discentes para a realização de testes lógicos propostos durante as aulas. Com isso, foram feitos 4 experimentos práticos dos conteúdos abordados, utilizando LEDs e resistores. Sendo assim, durante o minicurso os alunos foram organizados em duplas por bancada e cada uma recebeu um kit com os componentes necessários para a realização das práticas.

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Figura 7 - Experimento I com LED e resistor

Ao final, o minicurso teve uma carga horária de 4 horas de aula e como avaliação, sendo pré-requisito para emissão do certificado, os alunos elaboraram um relatório no qual descreviam dois experimentos realizados, citando a lógica de programação, materiais utilizados e objetivo de cada experimento.

As inscrições do evento contaram com a doação de 1 kg de alimento não perecível, por pessoa, que foi destinado a um instituto de longa permanência para idosos, Vila Vicentina, sendo assim, foram

arrecadados 14,5 kg de alimento com 13 participantes e 18 inscrições homologadas, como pode ser visto na Figura 8.

Dessa forma, foi possível promover para a comunidade acadêmica, interna e externa à UFPB, um ambiente propício à aprendizagem e proporcionar aos alunos, principalmente aqueles que tiveram pela primeira vez contato com Arduino, a demonstração das diversas aplicações, sejam elas na robótica educacional, no meio acadêmico, na automação industrial ou em diversas áreas da Engenharia Elétrica.

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Escrito por Laís Mangueira e Thalita Cavalcanti Figura 8 - Participantes do minicurso

Minicurso de Arduino para Sensoriamento

Uma das missões do PET Elétrica - UFPB é oferecer conhecimento teórico e técnico para os estudantes, com a finalidade de estimulá-los a integrar esse aprendizado em uma aplicação que possa resolver problemas existentes na sociedade, de forma que consiga contribuir positivamente para o desenvolvimento social e tecnológico, tanto do setor educacional como do setor de inovações científicas.

Dado esse objetivo de extrema importância, uma das mais notáveis ferramentas capazes de fazer essa integração de forma acessível e didática é o Arduino, com aplicações em diversas áreas da engenharia. Então, visto isso, o PET Elétrica percebeu a oportunidade de realizar o "Minicurso de Arduino para Sensoriamento", que envolve ensinar ao aluno a utilização de sensores com o Arduino, onde exercem papel fundamental na análise de fenômenos físicos e químicos provenientes do ambiente ao seu redor, captando essas informações para serem analisadas e manipuladas.

Primeiramente, foram abordados componentes básicos essenciais para tais

práticas, como o buzzer, que se trata de um dispositivo de saída de som, o botão e o potenciômetro — equipamento de resistência elétrica variável. Ao decorrer da aula, os sensores abordados foram o ultrassônico, o qual trabalha com a utilização de ondas sonoras para detecção de objetos e torna possível a determinação da distância dos mesmos, o sensor de obstáculo que funciona com um emissor e receptor de luz infravermelha e também o sensor de luminosidade no qual capta a luz do ambiente. Durante a exposição de cada dispositibo, foram mostradas aplicações que tornou possível ao discente visualizar onde cada um é utilizado.

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Figura 2 - Experimento com o sensor ultrassônico

Ademais, foi explicado a lógica de componentes mais específicos, como o painel LCD (Liquid Crystal Display), usado para visualizar as informações provenientes da coleta de dados de cada sensor, sendo útil para ter acesso aos dados de forma simplificada. O minicurso teve a carga horária total de 6 horas e foi realizado de forma presencial nos dias 25 e 26 de novembro de 2022, em que teve no total 14 discentes e 5 petianos (Figura 3), sendo o requisito para aprovação da inscrição uma doação de 1 kg de alimento não perecível para uma instituição de caridade.

Por fim, cada tópico era acompanhado com uma atividade prática, utilizando o Arduino (Figura 2), relacionando com problemas do cotidiano e a que era executado em dupla.

Participei do minicurso de Arduino e foi incrível! Aprendi muito sobre sensores e como eles podem ser utilizados para solucionar problemas diversos. A equipe do PET Elétrica - UFPB foi ótima em explicar todos os conceitos de maneira acessível e acompanhar as aula com atividades práticas tornou tudo mais interessante. Além disso, o minicurso me deu a oportunidade de ver como posso aplicar o conhecimento adquirido no dia a dia. O painel LCD, por exemplo, me pareceu uma ferramenta incrível para visualizar os dados coletados pelos sensores. Tudo isso fez com que eu me sentisse animado para continuar explorando mais sobre o mundo da tecnologia e da Engenharia Elétrica. Eu só tenho a agradecer à equipe do PET Elétrica - UFPB por essa oportunidade única e enriquecedora.

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Escrito por Mateus Navarro e Pedro Chaves Figura 3 - Discentes e petianos Gabriel Veriato Estudante de Engenharia Elétrica na UFPB
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Minicurso de Eletricidade Básica

O fim da pandemia do covid-19 possibilitou a volta das atividades presenciais, permitindo assim a realização do clássico minicurso: “Eletricidade Básica”. Essa atividade de ensino tem por principal objetivo proporcionar aos discentes um primeiro contato com conceitos que fundamentam o campo da Engenharia Elétrica e da Engenharia de Energias Alternativas e Renováveis.

Os cursos de engenharia possuem uma grade curricular que inicialmente apresenta aos alunos disciplinas de formação geral, como Cálculo e Física Geral, com isso, os alunos só terão contato com matérias específicas à medida que avançarem na sua formação. É com isso em mente que o grupo PET Elétrica desenvolveu uma ementa que traz não só uma introdução teórica, mas também aplicações práticas, ensinando como utilizar instrumentos de suma importância para um engenheiro eletricista, dentre eles o multímetro e a protoboard (Figura 4) — equipamentos de medição e prototipagem, respectivamente. Ademais, há uma abordagem de conceitos mais fundamentais,

como campo elétrico, tensão e corrente, trazendo um detalhamento acerca do funcionamento de componentes — como o resistor (e suas associações) e diodos emissores de luz — assim como a análise e medição de grandezas importantes, como a potência elétrica.

Ao longo do ano de 2022 o minicurso foi realizado em duas ocasiões: nos meses de maio e agosto. Na primeira realização, o minicurso foi ofertado para duas turmas, sendo ministrado em dois dias, nos turnos matutino e vespertino e por conta da sua ausência nos períodos

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Figura 4 - Exemplo do uso da protoboard

anteriores, o grupo PET Elétrica buscou ofertá-lo a todos os discentes dos cursos de Engenharia Elétrica e de Engenharia de Energias Renováveis, de forma que abrangesse o maior número de participantes que não puderam participar desse evento durante o seu ingresso na UFPB de forma on-line . Já na segunda ocasião, o minicurso foi ofertado para uma turma durante o evento de recepção do CEAR e foi realizado em dois dias, reservado para os alunos ingressantes.

A forma de inscrição para a primeira edição foi feita através de uma parceria com o Hemocentro da Paraíba, na qual os discentes realizaram uma doação de sangue e, aos que estavam impossibilitados de doar sangue, fizeram uma doação em dinheiro para o Hospital Napoleão Laureano. Para a segunda edição, na taxa de inscrição foi pedido 1 kg de alimento não perecível, onde os mesmos foram doados para uma instituição de longa permanência para idosos.

Na primeira edição, a primeira turma contou com 18 participantes e a segunda com 6 participantes. Já na segunda edição a turma teve 17 participantes (Figura 5). Dessa forma, com a criação de eventos como esse, o PET Elétrica consoli-

da sua missão de melhorar o curso de Engenharia Elétrica, contribuindo para a formação dos estudantes e servindo como uma tentativa de motivá-los ao longo da graduação.

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Escrito por Rafael Santos e Thaís Nóbrega
16 Edições do Minicurso de Eletricidade Básica já realizadas
Figura 5 - Turma de agosto/2022

Minicurso Garagem do PET

O “Garagem do PET” é uma iniciativa do Grupo PET Elétrica - UFPB, que ocorre no início de cada semestre letivo, durante a recepção dos ingressantes do Centro de Energias Alternativas e Renováveis (CEAR), em que busca promover oficinas de ensino, abordando diversas ferramentas e técnicas que poderão ser usadas pelos discentes de Engenharia Elétrica ou áreas semelhantes dos cursos de graduação da UFPB. Nesse sentido, é ensinado de forma prática como criar uma placa de circuito impresso (PCI) de forma artesanal, assim como soldar os componentes eletrônicos na PCI.

Neste ano, o minicurso foi realizado apenas no semestre 2022.1, sendo dividido em um momento de explanação teórica e outro de prática nos quais, de início, foram apresentados aos estudantes a teoria acerca das PCIs desde a produção até programas de manipulação e confecção das mesmas. Em seguida, após as instruções, os estudantes confeccionaram as próprias PCIs, desde o processo de idealizar o circuito proposto pelos minis-

trantes até a soldagem dos componentes, utilizando placas de fenolite, caneta permanente para criar as trilhas, percloreto para corroer a placa mantendo apenas as trilhas condutoras, resistores e LEDs, tudo sob a orientação dos petianos. Após a soldagem, todos testaram e viram o funcionamento de suas placas. Desta maneira, o minicurso teve a carga horária total de 3 horas, e foi realizado de forma presencial no dia 26 de agosto de 2022, com o total de 21 discentes e 6 petianos (Figura 6).

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Escrito por Ana Clara Vilar e Elton Davi Ramos Figura 6 - Participantes do Minicurso

Minicurso Python para Manipulação de Dados

Para que haja uma formação global, que garanta aos estudantes a consolidação de competências e habilidades que vão além do conteúdo teórico que é estudado em sala de aula, é necessária a realização de atividades que possibilitem o contato desses alunos com diferentes áreas que serão relevantes para o seu campo de atuação. Sabendo dessa demanda, o PET Elétrica tem o compromisso de promover minicursos e eventos que auxiliem na jornada acadêmica dos discentes do curso de Engenharia Elétrica — assim como dos estudantes da Universidade Federal da Paraíba como um todo.

Nesse contexto, surge “Python para Manipulação de Dados”, um minicurso que aprofunda os conhecimentos da área de programação, apresentando a linguagem Python, relevante nas demandas do mercado e que nem sempre está presente na grade curricular dos cursos de engenharia. Mais especificamente, o minicurso trata da obtenção, análise e manipulação de dados utilizando uma linguagem relativamente simples e que vem ganhando cada vez mais destaque no mercado atual, possibilitando aos alunos não só a construção de uma nova habilidade, como também apresentando uma

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Figura 9 - Finalização do segundo dia

ferramenta que tem aplicações diretas em suas áreas, visto que a análise de dados é extremamente relevante nos dias atuais.

O minicurso foi realizado em três ocasiões. No primeiro dia foi feita uma revisão da sintaxe básica da linguagem, como uma forma de revisão, bem como a utilização de funções nativas de Python para a manipulação de arquivos; o segundo dia (Figura 9) aprofundou o que foi visto anteriormente utilizando a biblioteca Numpy , comumente aplicada em problemas de Cálculo Numérico; já o terceiro e último dia tratou-se da biblioteca Pandas , que traz funções muito importantes para o tratamento de dados.

Ao todo, o minicurso teve a duração de 12 horas, com aulas teóricas — elaboradas pelos próprios petianos, sob a supervisão do professor tutor — e atividades práticas, realizadas no Laboratório de Processamentos de Sinais (LPS). O método de inscrição foi feito por meio de uma doação realizada ao Hospital Laureano e a atividade contou com a participação de 14 alunos.

Com isso, foi possível proporcionar um ambiente de aprendizagem que contribui não só para o desenvolvimento dos discentes inscritos no minicurso, como

também dos membros do grupo responsáveis pela criação da atividade, visto que o contato direto com os alunos os ajudará a desenvolver capacidades ligadas à comunicação, docência e oratória, aliado a um melhor domínio do conteúdo ensinado durante o minicurso.

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Escrito por Pedro Germano e Rafael Santos Figura 10 - Vista panorâmica da sala.

Minicurso Python para Visualização Interativa de Dados

O Grupo PET Elétrica, a partir do curso de Manipulação de Dados, sentiu a necessidade de complementar o aprendizado com um curso de visualização de dados, já que essa é uma área importante na análise e interpretação de dados. Para atender a essa demanda, o minicurso Python para Visualização Interativa de Dados foi realizado com o objetivo de introduzir os conceitos de visualização interativa de dados para os estudantes da universidade. O minicurso abordou duas ferramentas importantes em Python: Plotly e Dash , e apresentou exemplos e aplicações com funções dessas bibliotecas utilizando dados reais. As aulas foram realizadas presencialmente no Laboratório de Processamento de Sinais (LPS) da UFPB (Figura 12) em três dias e foram desenvolvidas utilizando o ambiente de desenvolvimento

Visual Studio Code .

Ademais, o evento reuniu 9 participantes em 12 horas divididas em 3 dias de atividade. A taxa de inscrição foi 1 kg de alimento não perecível, na qual o quantitativo seria posteriormente doado. No

primeiro dia, o minicurso foi direcionado para a introdução sobre visualização de dados e a criação de gráficos de barras, linha e pizza utilizando a ferramenta Plotly . Os participantes tiveram a oportunidade de explorar a aplicação e a sintaxe de Plotly para criar esses gráficos de maneira interativa (Figura 11). No segundo e terceiro dia, o minicurso foi direcionado para o Framework Dash . Os participantes aprenderam sobre os componentes do Dash , como os Dash Core Components (dcc) e HTML Components, e como utili-

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Figura 11 - Petianos auxiliando os participantes do minicurso

zá-los para criar dashboards interativos. Além disso, foram apresentadas as etapas necessárias para o desenvolvimento de um dashboard , incluindo a escolha das métricas a serem exibidas, a preparação dos dados e a criação das visualizações.

Ao final do minicurso, os participantes estavam mais preparados para utilizar as ferramentas de visualização de dados em suas carreiras e projetos futuros, o que pode ser muito útil para o desenvolvimento de soluções inovadoras e para a análise de dados em projetos de Engenharia Elétrica e de Engenharia de Energias Renováveis.

Estudante de Engenharia Elétrica na UFPB

Participar do minicurso de Python para visualização interativa de dados foi uma experiência muito boa. O conteúdo é extremamente pertinente e atual para alunos envolvidos em diversos tipos de projetos de extensão e pesquisa, como o meu caso, por exemplo.

Pretendo utilizar o conhecimento adquirido tanto no projeto quanto na pesquisa que participo. Em questão da qualidade das aulas, só tenho elogios. Os ministrantes explicaram tudo de forma clara e foram muito atenciosos no acompanhamento das atividades.

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Escrito por Hyago Fellipe Figura 12 - Finalização do minicurso Nathalia Araújo
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Videoaulas de Circuitos Elétricos II

Dando continuidade às videoaulas durante os semestres remotos da UFPB, e visando auxiliar os graduandos em Engenharia Elétrica, o PET Elétrica - UFPB desenvolveu videoaulas relacionadas à disciplina de Circuitos Elétricos II, como continuação dos vídeos de Circuitos Elétricos I, também elaborado pelo grupo, uma vez que ambas detêm uma ementa de extrema importância para a base do curso.

Dessa maneira, foram planejadas 12 aulas de resolução de exercícios que englobam toda a grade da disciplina, baseadas na ementa do prof. Dr. Isaac Soa-

res de Freitas, desde uma introdução a sinais senoidais e fasoriais até associação de quadripólos, sendo disponibilizados no canal do Youtube "PET-Elétrica UFPB Minicursos" (Figura 13) 8 vídeos durante o período letivo 2021.2, semanalmente, ministrados pelos ex-petianos Mariana Marques e Rafael Benatti, enquanto que as 4 aulas subsequentes serão divulgadas durante o primeiro semestre de 2023, concluindo o curso, que contabiliza 180 visualizações atualmente.

Escrito por Elton Davi

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Figura 13 - Playlist videos de circuitos elétricos 2

Recepção dos Calouros 2021.2/2022.1

A recepção solidária dos calouros é um evento realizado pelo PET Elétrica em parceria com o CEAR, que busca proporcionar aos novos ingressantes do curso um acolhimento e apresentá-los ao ambiente acadêmico. Sendo assim, o evento conta com a participação de professores, profissionais da área e outros projetos de extensão do centro para realização de palestras, minicursos e a apresentação das principais instalações da universidade, como laboratórios, salas de aulas e centro acadêmico — vistos nas Figuras 14, 15 e 16.

A recepção dos feras é organizada

todos os semestres, com isso em 2022 foi realizada em fevereiro e agosto para o inicio dos períodos de 2021.2 e 2022.1, respectivamente. Nesse viés, ainda tomados pelo isolamento social imposto diante da pandemia do covid-19 e a incerteza do retorno presencial das atividades na universidade, tivemos a primeira edição da recepção realizada de maneira remota, na qual a realização de palestras e apresentações dos grupos estudantis, como PET Elétrica - UFPB, a Empresa Júnior SIE, os projetos de extensão TREE, PROBEM, Fórmula Combustão, Fórmula E-motion, AeroJampa e o Baja, se deram por meio de

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Figura 14 - Visita aos laboratórios da Universidade

reuniões no Google Meet.

Dentre as atividades propostas estavam a participação e apresentação da direção e coordenação do curso, a realização de palestras que abordaram temas referentes à graduação e ao mercado de trabalho em Engenharia de Energias e a participação de engenheiros convidados. Desse modo, o evento teve duração de quatro dias e contou com mais de 70 participantes durante todo evento, 11 palestras e 30 convidados.

Com a retomada das atividades presenciais em agosto de 2022, a recepção do segundo semestre foi realizada totalmente presencial, possibilitando a visitação dos alunos ingressantes — e até mesmo aqueles que ja ingressaram durante a pandemia — aos laboratórios e centros acadêmicos.

Diante desse cenário, o evento pôde proporcionar, além das atividades propostas da recepção remota, um coffee break com os alunos, a realização do minicurso do Garagem PET, tour pela UFPB e a realização de atividades integrativas. Com isso, a possibilidade de retornar as atividades e minicursos tradicionais do projeto — como o Garagem PET e o Minicurso de Eletricidade Básica — contaram

com a adesão de 21 participantes, sejam de Engenharia Elétrica ou Engenharia de Energias Renováveis.

Assim, as atividades realizadas durante essa semana também foram voltadas para os alunos veteranos a partir do contato com outros profissionais, tais como as mesas redondas com a participação de representantes das empresas CM Serviços e Engenharia, SmartSun e EPAS e a palestra da conselheira do CREA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia), Carmem Eleonora, que falou um pouco sobre ética profissional.

Assim, buscando promover na comunidade acadêmica um ambiente propício à aprendizagem, acolhimento e networking , o PET Elétrica em parceria com o CEAR e outras organizações estudantis realizam semestralmente a recepção, que também busca reaequar os trotes tradicionais a um momento de integração, conhecimento e solidariedade.

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Escrito por Laís Mangueira
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Figura 16 - Apresentação do centro acadêmico Figura 15 - Ciclo de palestras da recepção dos Feras

Visita à Barreira do Inferno - RN

A visita técnica ao Centro de Lançamento da Barreira do Inferno, em Parnamirim - RN, foi uma parceira da UFPB com a instituição com o fito de apresentar aos estudantes de Engenharia Elétrica algumas áreas de atuação do profissional de elétrica dentro da base. Sendo assim, com o enfoque na ênfase de Eletrônica e Telecomunicações, os alunos tiveram contato com engenheiros eletricistas e alguns projetos da área de eletrônica, que podem ser vistos nas Figuras 17 e 18. Voltado para os alunos com interesse nessa área, os petianos e alguns alunos do CEAR que já estão estudando as disciplinas das ênfases no curso puderam conhecer um pouco mais sobre como funciona os protocolos para lançamento de foguetes, radares e de comunicação utilizados para esses lançamentos, como o acompanhamento de lançamentos da Guiana Francesa. Desse modo, durante a visita foi possível conhecer sobre os primeiros foguetes enviados para o espaço, seus avanços tecnológicos e quais os im-

pactos dessa tecnologia na atualidade. Ademais, a importância da base e sua localização foram apresentados. Os discentes e docentes presentes tiveram a chance de ver de perto satélites e radares em funcionamento, como é feito o controle das máquinas para captar os sinais e ondas desejadas, além de aprender como funciona a comunicação entre a base aqui no Brasil e outras fora do território nacional. A Barreira do Inferno foi fundada em 1965, e se tornou a primeira base aérea de foguetes da América do Sul.

Com o intuito de disseminar as diversas áreas de atuação de um engenheiro eletricista e ampliar os horizontes dos estudantes do curso, o contato com profissionais da área na base de lançamentos foi de grande importância para a apresentação de meios de mercado de trabalho e troca de experiências para os futuros engenheiros, proporcionando experiências práticas e únicas, fez com que houvesse o contato com projetos normalmente não vistos, e de extremo impacto tecnológico.

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Figura 17 - Visita ao Centro de Lançamento Figura 18 - Estudantes e professores de Engenharia Eletrica da UFPB Escrito por Gisela Carla e Iaácob Landim

Doações e Arrecadações

As ações de caridade são de extrema importância para qualquer sociedade, pois elas demonstram o compromisso das pessoas e instituições com o bem-estar da comunidade e com a responsabilidade social. O PET Elétrica da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) tem se destacado recentemente por suas ações de caridade e doação. Durante os dois últimos semestres letivos, o grupo conseguiu doar R$

225,00 para o Hospital Napoleão Laureano, 37,5 kg de alimentos para instituições de caridade como o Instituto de longa permanência para idosos, Vila Vicentina (Figura 19), e instruiu 12 pessoas para

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Figura 19 - Doação de alimentos Figura 20 - Alunos sendo encaminhados ao hemocentro

doação de sangue no hemocentro da Paraíba (Figuras 20 e 21).

Além de fazer a diferença na comunidade, essas ações também contribuem para a fomentação do pilar da extensão na universidade, que é um dos objetivos dos grupos PET. A participação em projetos de extensão é uma forma valiosa de os estudantes aplicarem os conhecimentos adquiridos em sala de aula e contribuírem para a solução de problemas da comunidade.

O PET Elétrica - UFPB tem ambições de abranger novas instituições e obter no-

vas doações nos próximos períodos. Isso mostra o compromisso do grupo com a responsabilidade social e com o bem-estar da sociedade, e demonstra que esses atos de caridade são uma prioridade para o grupo. É importante destacar que essas ações não só são um diferencial no corpo social, mas também são uma oportunidade valiosa para os estudantes de graduação se envolverem em projetos de ações solidárias e fazerem a diferença na sociedade.

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Escrito por Hyago Fellipe e Pedro Germano

Encontro dos Grupos PET da UFPB 2022

O Encontro dos Grupos PET da UFPB é um evento que conta com a participação de todos os grupos PET da Universidade Federal da Paraíba, e acontece anualmente. O mesmo tem como objetivo aproximar os grupos e os petianos, oferecendo uma oportunidade para troca de experiências, além de difundir metodologias pertinentes aos grupos e consolidá-los. Neste evento, são discutidas diversas pendências e dificuldades em comum dos grupos PET, para que em comum acordo, alguns pontos importantes sejam decididos entre os grupos e levados de sugestões aos gestores da UFPB.

No encontro ocorrido no dia 10 de junho de 2022, o evento teve como tema principal os desafios e possibilidades para o retorno das atividades presenciais no ensino superior. O encontro contou com palestras abordando temas como saúde mental, e as apresentações dos grupos PET, por meio de vídeos (Figura 23 e Figura 24) e também apresentações orais, nas quais tanto os tutores quanto os alunos participaram e abordaram as realizações e projetos do seu respectivo grupo, e pla-

nejamentos futuros de cada um. Durante o evento também foram realizadas mesas redondas, em que os alunos tiveram a possibilidade de compartilhar experiências, seu desempenho no grupo e também compartilharam a respeito do que poderia ser melhorado, e além do que o projeto poderia oferecer de melhoria aos membros bolsistas e voluntários. Assuntos como problemas internos de cada grupo e a explanação de diversas metodologias proporcionaram uma troca de informações que serviu como um auxílio mútuo entre os mesmos. A existência de grupos PET de diversas áreas do conhecimento também fez do evento uma experiência enriquecedora.

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O evento contou com palestras, apresentações e também grupos de discussão.
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Figura 23 - Captura de tela do vídeo de apresentação (prof. Dr. Ademar Virgolino) Figura 24 - Captura de tela do vídeo de apresentação (prof. Dr. José Maurício) Escrito por Ana Clara e Gisela Carla

Eventos: Organização e Participação

No ano de 2022, não diferente dos demais, o PET Elétrica continuou desenvolvendo ações de integração coletiva, como a realização da semana de recepção dos Calouros do CEAR e a Arduino Week, mas não só isso, o grupo também

participou de eventos internos e externos à UFPB, mas todos no âmbito acadêmico direcionados à capacitação, integração dos membros e desenvolvimento lógico, como o Encontro Nordestino dos Grupos PET e o InovaHack.

Escrito por Gisela Carla

XXI Encontro Nordestino dos Grupos do Programa de Educação Tutorial

O Encontro Nordestino dos Grupos do Programa de Educação Tutorial (ENEPET) acontece anualmente e tem como intuito juntar todos os grupos PET pertencentes ao nordeste do país. O evento consiste em: discussões acerca da realidade vivenciada durante o ano, apresentações das atividades desenvolvidas durante o semestre letivo e de trabalhos científicos, atividades culturais, além de representar um agente importante na troca de experiências entre discentes e docentes.

Em 2022 aconteceu o XXI Encontro Nordestino dos grupos PET, em organiza-

ção conjunta entre a Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA) e a Univer-

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sidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN), nos dias 05 a 09 de julho. O evento teve como temática "PET no contexto atual: reinventando e enfrentando nossas ações", que se manteve no formato virtual. A edição buscou debater o papel do PET no atual contexto das universidades públicas brasileiras.

Com isso, o grupo PET ElétricaUFPB participou como ouvinte de oficinas e grupos de discussões de trabalho

(GDT’s) ofertados pelo evento, adquirindo um grande conhecimento e compartilhando sobre a vivência no PET com alunos de outras realidades pelo Nordeste. Além de estar presente na tomada de decisões acerca das propostas de melhorias para a comunidade petiana discutidas no evento, como do eixo temático “Desenvolvimento de ensino, pesquisa e extensão no cenário pós-pandêmico”.

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Escrito por Rayane Mirian e Elton Davi

XXVII Encontro Nacional do Programa de Educação Tutorial

O Encontro Nacional do Programa de Educação Tutorial (ENAPET) é um evento anual que possui como intuito a integração e troca de experiências dos grupos PET pelo Brasil. Nesse encontro debate-se acerca dos desafios, enfrentados por cada grupo durante o desenvolvimento das atividades anuais, temas e questões relevantes para o desenvolvimento do PET no âmbito nacional. Visto que, como existem diversos grupos PET que residem em diversas regiões do Brasil, existem realidades e desafios distintos para cada um. A partir disso, um encontro em que cada um possa abordar seus desafios e suas atividades realizadas anualmente promove uma troca de relatos que impactam de forma positiva no desenvolvimento dos grupos PET como um todo.

Nesse ano, a 27ª edição do ENAPET foi promovida pela Universidade Federal de Goiás (UFG) em parceria com a Universidade Federal de Jataí (UFJ) e a Universidade Estadual de Goiás (UEG). O evento ocorreu entre os dias 19 e 23 de setembro de 2022 de forma remota e teve como

tema principal a “Relevância Petiana: O impacto do PET para a educação, a ciência e a sociedade”. Além disso, foi disponibilizado durante esses dias, rodas de debates e oficinas com o intuito de agregar conhecimento e auxiliar no desenvolvimento acadêmico e profissional de todos os petianos.

Nessa edição o PET Elétrica participou como ouvinte nas oficinas e palestras e também no desenvolvimento de um resumo expandido, intitulado “O Impacto do PET Elétrica - UFPB no Desenvolvimento Acadêmico, Profissional e Social dos Petianos”, o qual foi aceito sem ressalvas e publicado nos anais do XXVII ENAPET

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2022. A Figura 22 mostra uma captura de tela do vídeo de apresentação do resumo. A participação do PET Elétrica no evento foi uma oportunidade enriquecedora para os petianos. Durante o evento, eles tiveram a chance de conhecer as realidades e desafios de outros grupos PET de todo o país, promovendo a troca de ideias e o aprimoramento de suas atividades. Além disso, o resumo expandido apresentado pelo PET Elétrica foi aceito sem ressalvas e publicado nos anais do XXVII ENAPET 2022. A participação no encontro reforçou a importância do programa para a formação de líderes e cidadãos críticos e demonstrou a dedicação dos petianos na melhoria do grupo.

O Impacto do PET Elétrica - UFPB no Desenvolvimento Acadêmico Profissional e Social dos Petianos Para acessar o resumo expandido basta escanear o código QR ou através do DOI: https://doi.org/10.55028/ repet-tl.v4i4.17557.

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Escrito por Mateus Navarro e Pedro Germano Figura 22 - Captura de tela do vídeo de apresentação do resumo expandido

XXIV Encontro de Iniciação à Docência

Promovido pela Pró-reitoria de graduação, é um evento anual em que os participantes de programas acadêmicos (Monitoria, Programa de Apoio às Licenciaturas, Programa de Tutoria de Apoio às Disciplinas Básicas, Programa de Educação Tutorial, Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência, Residência Pedagógica) apresentam as pesquisas, os estudos e atividades desenvolvidas ao decorrer do ano pela sua comunidade aca- As apresentações no evento foramra dos Santos e Maria Thais da Nóbrega-

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Figura 25 - Formação da Mesa Redonda

trica no contexto pós-pandêmico", estas contemplaram o minicurso de Eletricidade Básica e o minicurso Garagem do PET e "Python para manipulação de dados como ferramenta de ensino para estudantes de engenharia da UFPB e sua necessidade no ambiente acadêmico e profissional" no qual tem como base o minicurso de Python para Manipulação de Dados para sua escrita.

Além disso, houve uma mesa redonda (Figura 25) com tutores de diversos grupos PET, mediada pelo prof. Dr. Nady Rocha, na qual os professores falaram sobre os feitos realizados por cada grupo e alguns alunos petianos fizeram um relato abordando o impacto que o grupo trouxe em suas vidas. O PET Elétrica foi representado pelo tutor José Maurício e pelo petiano Elton Davi (Figura 26).

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Escrito por João Carlos Figura 26 - Momento de apresentação do grupo PET Elétrica

InovaHack CAGEPA

Dando continuidade ao Circuito InovaHack, que teve como propósito desenvolver projetos de inovação no estado da Paraíba, o InovaHack CAGEPA foi uma maratona competitiva que reuniu alunos da rede estadual de ensino e alunos da Universidade Federal da Paraíba. A competição teve como objetivo desenvolver soluções que possibilitassem a resolução de problemas envolvendo saneamento básico e distribuição de água no estado. O desafio ofereceu uma preparação on-line em MATLAB, promovida pela OPENCADD que começou no mês de maio e seguiu até que ocorresse a maratona presencial, nos dias 11 e 12 de junho.

O PET Elétrica inscreveu uma equipe com 4 membros: Elton Davi, Gabriel Veriato, Gisela Carla e Pedro Chaves, intitulada de Curto-Circuito (Figura 27). Durante a maratona, além dos momentos de interação

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Figura 26 - Membros do PET em 3º lugar Figura 27 - Membros do PET durante a etapa presencial

entre os participantes, aconteceram apresentações de membros do OPENCADD, SEBRAE, UFPB, CAGEPA, instruções sobre desenvolvimento de modelos de negócios, montagem de Pitch , DesignThinking e diversas ferramentas que ajudariam as equipes a desenvolverem seus projetos.

As propostas apresentadas pelas equipes presentes no desafio envolviam caminhos para alcançar um dos objetivos da ONU, que é levar água potável e saneamento básico para todos e a equipe do PET Elétrica desenvolveu uma ferramenta que teve como objetivo criar parâmetros para análise e avaliação de custo da água produzida e distribuída pela Companhia de Água e Esgotos da Paraíba. A equipe, com o projeto desenvolvido, conseguiu conquistar o 3º lugar da competição na categoria de Ensino Superior.

Foi minha primeira vez participando de um Hackathon , principalmente de um sobre inovação e tecnologia, o que torna a dificuldade muito maior. Participando da minha primeira competição desse nível, foi um desafio do começo ao fim, eram problemas reais que precisavam de soluções usando a criatividade e o conhecimento aprendido nas aulas de MATLAB. Apesar das dificuldades, conseguimos um bom resultado, o que me ensinou bastante sobre a aplicabilidade dessas ferramentas computacionais na vida real e sobre a importância do trabalho em equipe, e ainda mais sobre o quanto a criatividade é importante para um projeto de inovação.

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Figura 28 - Momento de apresentação da solução criada pelo grupo Escrito por Gisela Carla Pedro Chaves Bolsista do PET Elétrica - UFPB
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Arduino Week

Como comemoração ao aniversário do Arduino, o Arduino Week é um evento mundial que ocorre em março e tem como objetivo realizar diversas atividades que incentivem e promovam a divulgação e uso da plataforma de prototipagem. Tradicionalmente esse é um evento realizado em um único dia, porém, em 2022, a comemoração se estendeu do dia 21 de março ao dia 26 de março.

O PET Elétrica, juntamente com outros projetos parceiros da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) — como o Capítulo Estudantil de Robótica e Automa-

ção (RAS) e Projeto de Robótica Educativa na Formação Complementar dos Alunos de Ensino Médio (PROBEM), promoveu à comunidade acadêmica um ambiente de aprendizagem e compartilhamento de ideias por meio de palestras e minicursos. Nesse viés, as atividades tiveram início dia 22 de março com as palestras online , via Google Meet, "Arduino e a Popularização da Tecnologia" ministrada pelo professor Dr. Renato Suekichi (Figura 29) e "Do Uno ao Produto Fabricado na China, sim isso é possível." pelo ministrante professor Sandro Mesquita (Figura 30).

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Figura 29 - Apresentação do prof. Dr. Renato Suekichi

Entre os minicursos realizados pelos projetos de ensino e extensão da UFPB, estão o minicurso "Desenvolvendo projetos com programação básica para Arduino", exibido na Figura 31 e "Desenvolvendo software para potencializar projetos com Arduino e QT", ministrados dia 24 de março de forma remota pela Presidente da RAS, Laura de Faria, e por Mateus Antonio, respectivamente. Dessa forma, no terceiro dia do evento ocorreu o minicurso presencial de "Introdução a ESP8266", ministrado pelo ex-petiano Rafael Benatti (Figura 32), no qual objetivou-se apresentar conceitos introdutórios sobre a ESP 8266 e relacioná-los com a temática “In-

ternet das coisas” (IoT).

Por fim, no último dia do evento o PROBEM promoveu a realização do minicurso de Arduino Básico, ministrado pelos integrantes do PROBEM, Ana Júlia Pessoa e Mateus Navarro, com o apoio dos petianos como monitores, no qual os alunos tiveram a oportunidade de ter contato com as shields — placas que tem conexão direta com o Arduino e elimina a necessidade de protoboard. Com isso, foi desenvolvido um ambiente propício para aprendizagem sobre a infinidade de possibilidades e aplicações do Arduino no nosso cotidiano e proporcionando a melhoria das habilidades dos alunos.

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Figura 30 - Apresentação do prof. Sandro Mesquita
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Figura 31 - Desenvolvendo projetos com programação básica para Arduino Figura 32 - Introdução a ESP8266 Escrito por Laís Mangueira e Rafael Santos

Encontro Interinstitucional de Instrumentação

Com o intuito de contribuir com o aprendizado de maneira relevante, como forma de complementar o ensino, disponibilizando aos alunos a oportunidade de desenvolver o interesse pela instrumentação eletrônica de maneira mais eficiente, no dia 25 de março de 2022 ocorreu a terceira edição do Encontro Interinstitucional de Instrumentação (EIII).

O Encontro consiste em uma iniciativa do Grupo de Pesquisa em Instrumentação Eletrônica da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e conta com o apoio da Sociedade Brasileira de Microeletrônica (SBMicro), feito por alunos e para alunos, possibilitando o aprendizado de forma dinâmica e despertando na audiência a motivação pela instrumentação enquanto proporciona experiência de apresentações aos estudantes participantes.

Nesta terceira edição virtual – transmitida no YouTube — participaram a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), a Universidade Federal da Bahia (UFBA) e a Universidade Federal de Sergipe (UFS), na qual foram apresentados trabalhos que vêm sendo desenvolvidos pelos alu-

nos proporcionando a interação entre os discentes de diferentes instituições, além de possibilitar a troca de conhecimento e experiências durante a exposição das atividades.

A petiana Maria Thaís da Nóbrega Maurício participou do evento representando a UFPB no qual apresentou o trabalho intitulado "Medição de Corrente Elétrica com Sensores de Baixo Custo e com Um Equipamento de Alto Custo". Além das apresentações dos alunos de cada instituição, o encontro contou com uma palestra de abertura, ministrada pelo professor convidado Dr. Flávio Henrique Vasconcelos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), culminando no ganho de conhecimento.

Escrito por Maria Thaís e Thalita Cavalcanti

Medição de Corrente Elétrica com Sensores de Baixo Custo e com Um Equipamento de Alto Custo

Para assistir a apresentação basta escanear o código QR ou através do link: https://www.youtube.com/watch?v=VltRZnX49IA

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Projetos de Pesquisa

Os petianos, durantes o ano de 2022, obtiveram muitos resultados na área da pesquisa. Seja em projetos maiores ou pesquisas individuais, todos sob orientação de docentes da UFPB, os membros do PET Elétrica desenvolveram capacidades acadêmicas de investigação e desenvolvimento científico, além da parte profissional. A seguir, conheça um pouco das pesquisas produzidas por cada petiano.

Estudo do Comportamento de Unidades de Geração

Interfaceadas por Inversores em Situações de Curto-Circuito na Linha de Interconexão.

Petiano: Elton Davi Ramos da Silva

Orientador: Felipe Vigolvino Lopes

Com a finalidade de realizar a descarbonização dos sistemas elétricos de potência, o uso de fontes renováveis limpas tem se popularizado no setor elétrico, sejam elas aplicadas de forma distribuída ou concentrada. Nesse contexto, as plantas eólicas e fotovoltaicas têm destaque, sendo atualmente parte relevante da capacidade instalada no Sistema Interligado Nacional (SIN).

Ainda assim, a intermitência e variabilidade dos ventos e a irradiação solar impõem características de geração que tornam necessária a aplicação de inversores nas saídas das unidades de geração. Com isso, desacopla-se o gerador do sistema elétrico de interconexão, culminando no domínio das estratégias de controle e conversores sobre o comportamento dessas plantas de geração em situações de curto-circuito. Portanto, tem-se percebido um comportamento sintético das formas de onda de tensão e corrente, que não condizem com a teoria clássica de análise de curto-circuito. Desse modo, estudos que permitam um melhor entendimento sobre o comportamento des-

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Escrito por Gisela Carla

sas unidades de geração têm atraído a atenção do setor elétrico, tornando relevantes iniciativas de pesquisas investigativas que permitam a comparação das respostas de unidades de geração interfaceadas por inversores com as de unidades síncronas convencionais, podendo embasar novas soluções para diagnóstico de perturbações nas linhas de interconexão, aprimorando os processos existentes, especialmente no âmbito da proteção e localização de faltas.

Dessa maneira, inicialmente foi realizado um nivelamento técnico no software Alternative Transients Program (ATP), o qual será utilizado para simulações computacionais, uma vez que tem sido amplamente empregado no setor elétrico para estudos de transitórios eletromagnéticos. Por conseguinte, o foco estava em elaborar uma revisão bibliográfica de artigos que abordassem modelos EMTP para simulação de inverter-based-resources (eólicas, fotovoltaicas e baterias), em consequência disso, foi possível recorrer ao ATP parar modelar uma fonte de potência controlada, baseada em modelos simplificados, porém representativos, de unidades interfaceadas por inversores, a fim de praticar e obter conhecimentos básicos para a pesquisa, com enfoque em como é viável replicar a mesma fonte em outros softwares , como o Simulink.

De fim, o objetivo é realizar estudos comparativos de sistemas elétricos com unidades de geração interfaceadas por inversores e com unidades síncronas frente a cenários de curto-circuito na linha de transmissão de interconexão. Além de identificar problemas que podem ocorrer em sistemas de proteção e localização de faltas aplicados na linha de interconexão da fonte interfaceada por inversor.

Avaliação de Técnicas de Integração Numérica Aplicadas no Cálculo de Transitórios Eletromagnéticos em Sistemas

Elétricos de Potência

Petiano: Gisela Carla Lopes de Lima

Orientador: Felipe Vigolvino Lopes

Dentre as metodologias passíveis de aplicação para estudos em sistemas elétricos de potência, os programas do tipo Electromagnetic Transients Programs (EMTP) se destacam como sendo uma das formas mais precisas para tal fim. Diferentemente

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de outros programas de simulação, programas EMTP permitem a representação dos valores instantâneos dos sinais, apresentando resolução temporal compatível com os ajustes de simulação escolhidos.

Desse modo, comparando com simulações fasoriais nas quais apenas uma componente de frequência é avaliada, os programas EMTP viabilizam estudos mais amplos de espectro dos sinais elétricos, incluindo transitórios de baixa e elevada frequência. Neste contexto, o programa AlternativeTransientsProgram (ATP), que é um programa do tipo EMTP, tem sido empregado no setor elétrico para estudos de transitórios, proteção, diagnóstico de perturbações, qualidade da energia, entre outros.

O ATP se baseia no método de integração trapezoidal, muito embora existam outras abordagens numéricas possíveis. Desse modo, para profissionais da Engenharia Elétrica, é importante compreender as razões que justificam o uso do método trapezoidal no ATP, aprimorando o aprendizado no tema. Nesse aspecto, o objetivo da pesquisa vem sendo comparar o método de integração trapezoidal com outras técnicas de integração numérica, identificando as suas potencialidades e limitações, de modo a justificar o seu uso no ATP e em outros programas do tipo EMTP.

Ferramenta Para Previsão do Preço do Carbono Para

Suporte à Tomada de Decisão em Investimentos de Energias

Renováveis Utilizando Redes Neurais Recorrentes LSTM

Petiano: Hyago Fellipe de Oliveira Soares

Orientador: Yuri Molina Rodriguez

Desde o século XX, debates acerca das emissões de gases de efeito estufa vem ganhando importância, visto que tais provocam problemas relacionados principalmente a mudanças climáticas. A variância de temperatura causa a elevação do nível dos oceanos, mudança nas dinâmicas de ventos e chuvas, extinção de espécies, entre outros. Assim, o artigo 17º do Protocolo de Quioto, promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1977, institui o mercado do crédito de emissões de carbono, na qual países que emitem menos carbono do que suas cotas podem comercializar o saldo remanescente para países que ultrapassem suas próprias cotas. O comércio dos

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Créditos de Carbono se comporta como qualquer mercado de commodities , podendo ser comprados e vendidos a qualquer momento e tendo seu preço determinado pela lógica da oferta e procura.

Nesse âmbito, projetos considerados verdes podem ser auditados e, consequentemente, certificados por entidades independentes para que sejam capazes de emitir Créditos de Carbono que são viabilizados e distribuídos no mercado. Destarte, ao passo em que se é idealizado a criação de uma iniciativa verde com fins lucrativos, deve ser levado em consideração esse tipo de comercialização para a instituição da esfera econômica do projeto. Logo, entende-se que possuir uma forma de prever o preço desse ativo é essencial para a tomada de decisão no desenvolvimento e investimento em projetos sustentáveis, cíclicos e limpos.

Por fim, a pesquisa tem como objetivo a introdução de conceitos intrínsecos ao mercado de Crédito de Carbono e a modelagem inicial de um sistema de previsão baseado em aprendizado de máquina utilizando Redes Neurais Recorrentes LSTM, para que sirva de suporte na tomada de decisão de investidores em energia renovável, buscando o desenvolvimento de algoritmos que desenvolvam e comprovem a eficiência do método proposto.

Estudo de Técnicas de Simulação de Não-linearidades de Transformadores de Potência em Programas do Tipo EMTP

Petiano: Iaácob Tércio Landim Cruz

Orientador: Felipe Vigolvino Lopes

Dentre os equipamentos presentes em redes de energia elétrica, transformadores são os responsáveis por adaptar os níveis de tensão entre diferentes regiões operativas. Por isso, são equipamentos de grande importância para os sistemas elétricos de potência, visto que, ao adaptar os níveis de tensão, permitem a redução de perdas na transmissão, adequando o fornecimento de energia elétrica aos níveis compatíveis com o consumo final.

Nesse contexto, sabe-se que os transformadores apresentam características não lineares em função do seu núcleo ferromagnético, o que impõe distorções nos sinais

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de corrente quando de sua energização.

Essas correntes distorcidas são conhecidas como correntes de Inrush , e precisam ser estudadas de forma correta para fins de análise de seus impactos em um sistema de energia elétrica. Assim, em programas do tipo ElectromagneticTransientsPrograms (EMTP), tal como o AlternativeTransientsProgram (ATP), aplicam-se estratégias numéricas para representação apropriada de tal comportamento, sendo este o foco do presente trabalho. Em resumo, duas técnicas de representação de não-linearidades serão estudadas, avaliando potencialidades e limitações de cada uma.

Estudo e Avaliação Energética de Dispositivos Inteligentes de Baixo Custo para IOT

Petiano: Maria Thaís da Nóbrega Maurício

Orientador: Cleonilson Protásio de Souza

O conceito de Internet das Coisas (IoT, do inglês Internet of Things) está diretamente relacionado ao crescimento do número de dispositivos trocando dados entre si e a um mundo cada vez mais conectado de forma autônoma. O desenvolvimento em IoT tem como objetivo o estabelecimento de uma rede de dispositivos conectados à Internet, onde esses dispositivos inteligentes são dotados de microcontroladores e rádios transceptores, tornando-se assim capazes de se comunicar autonomamente uns com os outros.

Com o avanço da tecnologia, a implementação de sistemas baseados em IoT vem ficando cada vez mais popular, visto que a possibilidade de gerar milhares de dados de dispositivos do dia a dia é de grande importância para avaliar novas oportunidades de negócios e de conhecimento científico, porém isso deve ser realizado de forma mais efetiva e com o menor consumo de energia possível. Ter baixo consumo é relevante, pois, como parte dos dispositivos em IoT são alimentados por baterias, não é ecologicamente saudável dispor uma quantidade enorme de baterias químicas no mundo.

Nesse cenário, a indústria de IoT tem buscado a redução de consumo de energia de seus dispositivos, tendo isso em vista, essa pesquisa tem por objetivo analisar de forma energética microcontroladores de baixo custo, que são dispositivos inteligentes muito presentes nesse meio, e para isso, foi necessário não só analisar toda a arquite-

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tura desses dispositivos, mas também avaliá-los com programação orientada a energia, assim foram realizados diversos testes com sensores e um analisador de energia, monitorando o consumo de energia e buscando como objetivo final a possibilidade de analisar qual microcontrolador tem menor consumo e é melhor recomendado em um sistema com implementação em IoT não só para o mercado, mas para desenvolvimento científico.

Sistema Eletrônico Energeticamente Autônomo com Colheita de Energia por Indução Magnética

Petiano: Pedro Augusto Chaves Pedroza

Orientador: Cleonilson Protásio de Souza

Energia é um dos termos mais envolvidos em debates, discussões e pesquisas ao redor do mundo inteiro, e isso se deve ao seu papel extremamente importante nas diversas áreas da ciência, dado que ela se torna essencial para sobrevivência da humanidade, sendo notório a sua participação no funcionamento diário das cidades em cada parte do planeta, além de ser o principal combustível que impulsiona a marcha da humanidade rumo ao avanço tecnológico. Analisando esse contexto, pode-se perceber que é imprescindível saber como usar a energia da melhor forma possível, para isso é preciso estudar e entender como é possível usá-la para suprir as necessidades humanas e ambientais. Essa missão é o papel dos cientistas, e uma das vertentes que é possível destacar nessa busca, é o aproveitamento da energia presente no ambiente que não é usada, oriunda de fontes energéticas como térmica, vibracional, mecânica dentre várias outras presentes na natureza.

Nesse contexto, para realizar esse aproveitamento, é utilizado um processo chamado colheita de energia, do inglês energyharvesting, pelo qual a energia proveniente de fontes externas no ambiente é capturada e armazenada. Dessa forma, a energia eletromagnética foi a escolhida para ser a principal fonte externa para o uso da técnica de colheita, pois ela existe principalmente em fios e cabos de energia elétrica presentes em sistemas elétricos de potência responsáveis por gerar e fornecer energia elétrica às cidades, então se encontra bastante recorrente tanto no espaço urbano

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como em áreas mais remotas. Quando é falado de colheita de energia por indução magnética, quer dizer que é colhido o campo magnético ao redor dos cabos devido a uma propriedade da corrente elétrica de gerar um campo magnético ao redor de onde passa. Tal energia eletromagnética presente nos campos é convertida em energia elétrica, porém apresenta uma potência relativamente baixa, então não serve para alimentar equipamentos de alto consumo. Visto isso, é possível enxergar a principal utilidade dessa técnica: produzir sistemas eletrônicos energeticamente autônomos em dispositivos de baixo consumo.

O sistema deve ser autônomo, pois atua em dispositivos como sensores de ultra baixo consumo, localizados em áreas mais isolados ou de difícil acesso, que são normalmente alimentados por baterias ou pilhas, as quais duram pouco tempo e tendem a ser trocadas regularmente, provocando um gasto econômico maior, assim como perigos de acidentes. Dessa forma, a metodologia envolve utilizar um transformador de corrente acoplado em linhas de distribuição de energia, que irá absorver o campo magnético disperso e convertê-la em energia elétrica por meio da Lei de Faraday, no qual um campo magnético variável induz uma tensão elétrica ou força eletromotriz em um material condutor, a partir daí toda carga acumulada irá para um circuito eletrônico alimentar dispositivos de baixo consumo.

Blockchain Aplicado a Auditoria de Dados

Petiano: Pedro Germano Agripino Cruz

Orientador: Cleonilson Protásio de Souza

Mediante o progressivo crescimento, desenvolvimento e universalização do acesso à internet, tornou-se necessário o desenvolvimento de sistemas que visam ampliar e prover um ambiente cada vez mais democrático e seguro aos usuários e a tecnologia Blockchain representa o maior suporte para a fundação desse ambiente livre e descentralizado.

Blockchain pode ser contextualizado como um banco de dados distribuído e de geração periódica, estruturado por um conjunto de pares distribuídos em uma rede peer-to-peer (P2P). Nesse arranjo, os nós atuam como validadores de todas as novas

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interações na cadeia de blocos, além de deter um registro de todas as interações feitas na rede desde a sua criação, edificando um ambiente seguro, descentralizado e auditável.

Os dados indexados na rede blockchain são submetidos a uma função hash , onde as informações lá contidas serão convertidas em um valor de tamanho fixo (resumo criptográfico). Ademais, o hash contém não somente as informações registradas em cada bloco, como também são compostos pelo hash gerado pelas interações anteriores, criando assim, um registro histórico e imutável da rede em questão. Sendo assim, em uma rede blockchain , qualquer interação feita em algum dos blocos precisa estar de acordo com as cópias distribuídas em cada nó da rede. Portanto, caso a interação requisitada seja válida, um novo bloco, que contém as informações submetidas, será gerado e indexado à estrutura de blocos. Conquanto, caso seja uma interação inválida, a ação será abortada e a rede permanecerá inalterada.

O arranjo da tomada de decisão é um problema fundamental na edificação de um sistema descentralizado. Diferente do ambiente centralizado, no qual um único indivíduo ou entidade monopoliza a autoridade e se encarrega de tomar as decisões referente a manutenção e desenvolvimento do sistema, a estrutura descentralizada se organiza fundamentada na existência de protocolos de consenso que visam a organização e cooperação das entidades distribuídas, visando a manutenção e desenvolvimento do sistema. Os protocolos de consenso se encarregam de fatorizar a tomada de decisão, baseando-se na presença de múltiplas entidades, com o intuito de garantir a confiabilidade do sistema.

Em uma rede blockchain , o protocolo de consenso deve ser aplicado ciente da possibilidade da existência de entidades maliciosas, em meio a tomada de decisões, que possam, de alguma forma, subverter a rede. Portanto, a rede blockchain deve ser um sistema tolerante a falhas no qual, mesmo diante da inserção de uma informação falsa na rede, o sistema conseguirá se recuperar e permanecerá seguro e operante.

A blockchain , portanto, surge como uma ferramenta que busca garantir a edificação de um ambiente descentralizado, mostrando-se promissora não só no ato de prover privacidade e segurança dos usuários, como também em serviços que carecem de confiabilidade e garantia.

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Um Dashboard para Visualização e Análises Exploratórias

da Base de Dados Geográfica das Distribuidoras – BDGD

Petiano: Rafael Oliveira dos Santos

Orientador: Helon David de Macedo Braz

A Base de Dados Geográfica das Distribuidoras (BDGD) compreende as redes de distribuição de todas as concessionárias do serviço de distribuição de energia elétrica do Brasil. Trata-se de uma base de dados georreferenciada, organizada em três níveis de tensão: Alta Tensão (AT), Média Tensão (MT) e Baixa Tensão (BT).

Esse modelo elétrico das redes de distribuição é importante para uma infinidade de estudos elétricos. Em particular, a solução do fluxo de carga que tem como saída o estado operacional da rede, englobando: níveis de tensão nas barras, fluxos nos equipamentos, perdas elétricas, entre outros.

O acesso à BDGD é público, sendo garantido pela Lei da Transparência. Contudo, entre acessar os dados e efetivamente realizar análises exploratórias, há uma distância significativa. Para exemplificar, o volume de dados da ordem de milhões de registros é um complicador, juntamente com o formato dos arquivos que são acessados por programas específicos adequados para manipulação de informações geográficas.

A motivação da presente pesquisa é facilitar o acesso à BDGD, permitindo acessar um sumário com informações relevantes das redes de distribuição, bem como visualizá-las no mapa sem a necessidade de desenvolver rotinas computacionais. Essa visualização será feita a partir da criação de um dashboard interativo utilizando a linguagem de programação Python.

A partir da criação de uma classe utilizando Python – que é uma linguagem orientada a objetos – foi feita a leitura e validação dos dados obtidos da BDGD referentes a 31/12/2021, permitindo assim a realização dos primeiros testes e a criação das primeiras versões do dashboard . Nas próximas etapas, será possível realizar análises elétricas a partir dos dados da BDGD.

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Publicações de Pesquisas Individuais

XXIV Congresso Brasileiro de Automática

Para o XXIV Congresso Brasileiro de Automática – CBA 2022, a ex-petiana Mariana Marques, junto com a graduanda em Engenharia Elétrica Maria Paula Medeiros e o Dr. Cleonilson Protásio, teve um artigo aceito para publicação, o qual se intitula “Uma Proposta de Gerador de Padrões

Térmicos para Avaliação de Geradores

Termoelétricos á Semicondutor” — link de acesso disponível na página seguinte.

O CBA é um evento destinado às comunidades científicas, industriais e outras, com o propósito de ofertar a troca de conhecimento e apresentar a todos novas ideias e conceitos. O evento conta com palestras e minicursos, convidados nacionais e internacionais, para trazer ao público discente e docente inovações sobre o mundo da engenharia. O evento ocorreu dos dias 16 a 19 de outubro de 2022.

O evento é focado na área de Engenharia Elétrica, com destaque para automação e controle, eletrônica de potência, instrumentação, robótica, sistemas de po-

tência, fontes alternativas de energia, armazenamento de energia, redes elétricas inteligentes, microrredes, mobilidade elétrica e outras áreas afins ao tema central. A organização foi realizada pelo Departamento de Engenharia Elétrica do Centro de Tecnologia da UFC e da Sociedade Brasileira de Automática com o apoio do IFCE.

O trabalho aceito tinha como proposta apresentar o desenvolvimento de um gerador de padrões térmicos utilizando o software LabVIEW, que possibilita a determinação de valores de temperaturas a serem submetidas a um Gerador Termoelétrico (TEG) com o auxílio de uma Plataforma de Emulação Térmica.

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Escrito por Gisela Carla

IEEE I2MTC

A IEEE I2MTC, “The International Instrumentation & Measurement Technology Conference”, é a principal conferência do IEEE Instrumentation and Measurement Society , o evento é focado na área de sistemas de medição, instrumentação, sensores e diversas outras coisas. E durante a edição do ano de 2022, um artigo feito pela ex-petiana Mariana Marques e seus colegas: Maria Paula Medeiros, Bruno Alessandro, Orlando Baiocchi e o professor Cleonilson Protásio.

O trabalho intitulado “An Experimental Evaluation of a Quasicrystal-based Thermal-Conductive Absorber

forEnergyHarvesting” tratava de resultados das longas pesquisas sobre o potencial da utilização de blocos metálicos com revestimento quasicristalino como absorvedores solares e (agora) térmicos para aplicações em Coletores de Energia Térmica. Para a obtenção de tal resultado, foi utilizada uma Plataforma de Emulação Térmica. O evento ocorreu do dia 16 ao dia 19 de maio de 2022, em Ottawa no Canadá, o responsável de apresentar o trabalho no evento foi o professor Dr. Cleonilson Protasio.

Escrito por Gisela Carla

Uma Proposta de Gerador de Padrões Térmicos para Avaliação de Geradores Termoelétricos á Semicondutor

Para acessar o artigo basta escanear o código QR ou através do link: https://www.

sba.org.br/cba2022/ wp-content/uploads/ artigos_cba2022/pa -

per_9277.pdf

AnExperimentalEvaluationof aQuasicrystal-basedThermalConductiveAbsorberforEnergy

Harvesting

Para acessar o artigo basta escanear o código QR ou através do link: https://

ieeexplore.ieee.org/do -

cument/9806527/author -

s#authors

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Entrevista com osdoprofessores Curso de Engenharia Elétrica

O PET Elétrica desempenhou, e vem desempenhando, um papel fundamental na formação acadêmica de diversos engenheiros eletricistas, sendo isso fruto de um trabalho em conjunto dos três pilares do ensino superior: ensino, pesquisa e extensão, essenciais para o sucesso do programa e para a dedicação, empenho e motivação dos petianos. Como forma de reconhecimento a esse empenho e buscando conhecer um pouco mais sobre a visão dos professores que colaboram com esse sucesso, o PET Elétrica convidou os docentes profa. Dra. Camila Seibel, prof. Dr. Helon Braz e prof. Dr. Cleonilson Protásio, em representação a todos os demais professores que fazem parte dessa história, para partilharem conosco um pouco dessa visão, das suas trajetórias acadêmicas e seus trabalhos em conjunto ao PET.

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Helon David de Macedo

" o que o PET tem de diferencial em relação os outros tipos institucionais de programas é a parte social, trazendo o desenvolvimento de um coeficiente emocional"

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Professor, gostaríamos de saber um pouco mais sobre sua trajetória acadêmica, inicialmente como aluno. Sendo assim, quais projetos o senhor participou?

Quando eu entrei na graduação em Campina Grande existia uma grande concorrência para participar de projetos e no meu terceiro semestre eu me tornei monitor de álgebra linear, no próximo período eu consegui uma bolsa de PIBIC em um projeto de física sobre emissões de luminescência na alta atmosfera onde fiquei um ano e acabei gostando bastante dessa experiência. Seguindo, eu participei de mais dois projetos de PIBIC, dessa vez com dois professores de Engenharia Elétrica, porém na época existia uma regra em que só era possível participar de 3 PIBIC’s ao longo da graduação, então ao término do meu terceiro projeto eu comecei a estagiar na Dataprev e continuei até o final do curso.

Agora, na vivência como professor, quais orientou?

Restringindo ao PET, minha primeira orientação foi um projeto sobre o desenvolvimento de fluxo de carga e foi um desafio grande, mas tive muita sorte. A petiana que participou estava no início do curso e o conteúdo do projeto só é visto entre o 7° e 8° período, pensando nisso, tive que adaptar o projeto e ir ao poucos ensinando o conteúdo a ela, assim tanto ela teve muita paciência comigo como eu também tive muita paciência com ela e o projeto seguiu por dois anos. Depois disso, eu acordei para esse problema já que minhas pesquisas visam conteúdos mais a frente do curso, já os alunos do PET geralmente estão no ínicio do curso então comecei a adaptar para conteúdos que exigiam um menor conhecimento técnico e depois vamos evoluindo. Sobre os projetos eu já passei por alguns desenvolvimentos de software e hoje em dia eu estou orientando projetos no qual estamos acessando, tratando e visualizando dados de uma base de dados públicos chamada BDGD.

Sabemos que o PET desenvolve um trabalho que permeia os 3 pilares da educação superior: ensino, pesquisa e extensão. Assim, na visão do senhor, como foi / é a experiência de orientar na pesquisa os alunos petianos?

A experiência tem sido muito boa mas ao mesmo tempo tem sido um desafio, como citei anteriormente, porque precisamos adaptar a pesquisa que o professor tem interesse com o ponto em que cada aluno está no curso. Feito esse ajuste da maneira correta, de modo geral os alunos do PET são muito comprometidos com as pesquisas e tem sido uma experiência interessante. Do ponto de vista do professor, só temos

a ganhar, já do ponto de vista do aluno ele tem que ter atenção, pois são muitas prioridades e ele irá precisar de um bom planejamento para não se comprometer com a graduação.

Professor, a participação em projetos é fundamental para complementação da formação acadêmica dos estudantes, sendo um diferencial no mercado de trabalho. Desse modo, como o senhor acredita que o PET contribui para formação desses estudantes?

O PET contribui em diversos eixos. De modo geral as pesquisas contribuem com um maior conhecimento em determinadas áreas do curso, porém o que eu acho que o PET tem de diferencial em relação os outros tipos institucionais de programas é a parte social, trazendo o desenvolvimento de um coeficiente emocional onde existe uma série de atividades que vão colaborar com isso e é importantíssimo para o profissional quando ele se forma. Porém, é necessário saber organizar o tempo para priorizar a graduação, se não acaba trazendo aspectos negativos. Por fim, de modo geral eu acho que o PET trás esses dois eixos e é o único programa que consegue fazer isso.

Como petianos e professores colaboradores do projeto, sabemos a importância e a alegria de fazer parte desse trabalho. Portanto, qual mensagem o senhor deixaria para os petianos e futuros petianos?

Eu ressalto a qualidade do programa como um todo e o fato dele ser bem sucedido há mais de duas décadas. Para os petianos que estão entrando e os que já estão no programa que acreditem no projeto, se dediquem, mas ao mesmo tempo lembrem-se de que a prioridade é a graduação e o PET vai ser o programa que vai agregar uma série de coisas boas, inclusive a possibilidade de você ter um grupo de amigos e aprofundar suas relações de amizade entre os petianos— trabalhei alguns anos na Chesf e quando sai da Chesf me disseram que o cara nunca deixa de ser chesfiano, acredito que assim seja o PET, pois encontro professores hoje em dia que dizem com orgulho que foram petianos— e o fato de participar do programa será algo que vocês poderam levar para vida toda.

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Camila Seibel Gehrke

"... deem o seu melhor, mostrem trabalho, porque isso com certeza será reconhecido quando vocês saírem para o mercado de trabalho."

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Professora, gostaríamos de saber um pouco mais sobre sua trajetória acadêmica, seja como aluno e agora como professora. Sendo assim, quais projetos a senhora participou quando aluna?

Eu me formei em Engenharia Elétrica no Rio Grande do Sul e lá não existia PET, mas tinha uma pesquisa bem desenvolvida, então, desde o meu segundo semestre eu comecei a fazer parte e isso me proporcionou diversas experiências, como participação em eventos, conhecer pessoas não somente da academia, mas também de empresas e desenvolver soluções que hoje podem ser utilizadas no mercado. Comecei inicialmente como voluntária no pilar de pesquisa e no terceiro semestre eu passei a ser bolsista em um projeto de pesquisa e desenvolvimento agregado a uma empresa distribuidora do Rio Grande do Sul. Toda a minha graduação foi pautada em conjunto com a pesquisa, tendo a oportunidade de adquirir conhecimento teórico nas disciplinas e junto com a teoria que foi aprendida e evoluída eu consegui aplicar na prática nos projetos de pesquisa. Após minha graduação, eu segui fazendo mestrado e doutorado, continuando na área de pesquisa já que gosto de receber desafios e conseguir solucionar, e a pesquisa proporciona isso além de ter contato com artigos científicos, estado da arte, assuntos novos me motiva muito como engenheira, professora e pesquisadora. Como aluna eu passei minha graduação inteira participando de um projeto com uma concessionária fazendo monitoramento e automação de subestações. No mestrado e doutorado eu participei de um projeto de um veículo autônomo que era movido a energia fotovoltaica para monitoramento de reservatórios. Entrando na UFPB eu utilizei muito da minha pesquisa desenvolvida no mestrado e doutorado, dessa vez focando na parte de conexão de conversores no sistema de potência.

Agora, na vivência como professora, qual sua visão sobre a orientação?

Como orientadora, eu vejo que é uma parte muito importante para os alunos porque auxilia no processo de desenvolvimento como pessoa, além de existir contato com o professor que já vivenciou diversas situações, então acaba sendo uma troca de experiências e faz com que o aluno consiga aplicar a teoria aprendida em sala de aula.

Sabemos que o PET desenvolve um trabalho que permeia os 3 pilares da educação superior: ensino, pesquisa e extensão.Assim, na visão da senhora, como foi/ é a experiência de orientar na pesquisa os alunos petianos?

Uma coisa que é legal é que os alunos do PET, por terem que trabalhar dentro desses três pilares, eles são bem completos, entendem a necessidade de terem uma compreensão geral do assunto. Então, trabalhar com os alunos do PET na parte pesquisa tem sido desafiador, porque estamos trabalhando com alunos dedicados e que correm atrás do orientador, o que é muito bom, pois a orientação não se faz só pelo orientador, mas sim pelo conjunto: orientador e orientando. E ao mesmo tempo muito gratificante, pois os resultados que a gente consegue alcançar são muito bons, não somente na pesquisa — não se isola nisso — conseguimos ter esse resultado difundidos na extensão e ensino que os alunos também ficam aplicando.

Professora, a participação em projetos é fundamental para complementação da formação acadêmica dos estudantes, sendo um diferencial no mercado de trabalho. Desse modo, como a senhora acredita que o PET contribui para formação desses estudantes?

Para o mercado de trabalho qualquer atividade extracurricular que o aluno faça já vai contar muito, trabalhando no PET e tendo que trabalhar dentro dos três pilares será um diferencial a mais, porque ele não vai simplesmente desenvolver uma pesquisa, ele terá que criar dentro dele uma questão — que talvez seja intrínseca a quem tentar entrar no projeto — de autodisciplina e proatividade. Essa proatividade no mercado importa muito, porque técnicas podem ser aprendidas e ensinadas, mas o aluno ter a proatividade e a soft skills desenvolvidas durante o curso, e o PET acelera muito isso, não é qualquer um que tem. Então ter essa participação e certificação desse projeto demonstra muito essa habilidade extra técnica que os alunos do PET têm."""

Como petianos e professores colaboradores com o projeto , sabemos a importância e a alegria de fazer parte desse trabalho. Portanto, qual mensagem a senhora deixaria para os petianos e futuros petianos?

O PET realmente traz muito benefícios para quem está participando. Sendo assim, como em qualquer outro projeto que se participa, deem o seu melhor, mostrem trabalho, porque isso com certeza será reconhecido quando vocês saírem para o mercado de trabalho. Tendo isso é um diferencial, pois acelera muito a questão tanto de entrar com ascender no mercado. Tendo essa participação e aprendendo as diferentes técnicas que o projeto proporciona e sendo uma pessoa proativa, isso acelera muito o desenvolvimento da carreira de vocês.

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Cleonilson Protásio de Souza

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"... hoje eu tenho um sentimento de dever cumprido porque a sociedade apostou em mim e de certa forma estou devolvendo isso à sociedade."

Professor, gostaríamos de saber um pouco mais sobre sua trajetória acadêmica, inicialmente como aluno. Sendo assim, quais projetos o senhor participou quando aluno?

Vou falar de pontos cruciais da minha carreira. Eu tenho grande orgulho de ter feito a maior parte do meu ensino básico em escola pública e depois passei para a escola técnica federal do Maranhão no curso de eletrônica. Antigamente para entrar na escola técnica tinha que fazer uma seleção que era muito rigorosa e boa parte da população da cidade participava para conseguir uma vaga. Tinha um curso preparatório para a escola técnica chamado Pro-técnico, onde eu me dediquei tanto que consegui atingir a nota máxima, então eu podia escolher qualquer curso da grade dos cursos da escola técnica. Eu ia escolher química e também tinha eletrônica, só que para escolher eletrônica tinha que ter uma das maiores notas. Eu percebi que eu tinha uma nota suficiente para entrar no curso mais concorrido, além disso, sempre fazia pequenos circuitos em casa, tinha um computador pequeno em que eu colocava na televisão e sabia programar e isso me levou a escolher eletrônica. Essa foi a melhor escolha que já fiz na vida porque foi o passo decisivo para toda a minha trajetória. Após concluir o curso de eletrônica, fui fazer engenharia elétrica, porém, nesse caminhar eu acabei fazendo três graduações no mesmo período, sendo elas: Física, Engenharia Elétrica e Tecnologia Eletrônica Industrial. Além das três graduações, por ser técnico eu também trabalhava nas telecomunicações do Maranhão, dessa forma eu não tinha tempo algum mas sempre gostei muito de estudar e a me dedicar a elétrica e a ciência. Bom, quando eu entrei na Elétrica eu só me dedicava as disciplinas da graduação e não tinha esse conhecimento que eu acho que os alunos hoje têm sobre universidade, os diversos caminhos que a universidade pode oferecer. PET não existia na minha época, não sabia o que era iniciação científica e tecnológica, programas no exterior, ciências sem fronteiras, entre outros. Até que um amigo me falou um pouco sobre iniciação científica que ele fazia com um determinado professor e acabava se diferenciando dos demais alunos da universidade, então eu acabei indo atrás de um professor que tivesse oportunidade para fazer iniciação científica. O professor que escolheu me orientar me ofereceu uma bolsa de iniciação científica, porém na época eu trabalhava e era concursado nesse trabalho. Dessa forma eu só poderia escolher uma opção, onde eu tinha a oferta de bolsa que financeiramente tinha um valor muito menor em relação ao meu trabalho e acabei escolhendo a bolsa de iniciação científica, mesmo sendo chamado de louco por tomar essa decisão. Dessa decisão saiu meu TCC, saiu

um livro e passei quase três anos como bolsista. Depois me inscrevi em um mestrado mas também sem muita orientação do que fazer da vida, porque quando a gente sai da engenharia elétrica — eu sinto que todo estudante de engenharia elétrica ao finalizar o curso quer dominar o mundo, porque ele sabe que ele já estudou tanto, já viu tanta coisa, se dedicou tanto ao curso que ele quer ir para a indústria, academia, quer fazer estudos avançados, entre outros — então, ao finalizarmos o curso, temos que tomar essa decisão e foi muito duro pra mim porque eu queria fazer tudo. Aconteceu que eu passei no concurso da Petrobrás e também tive a oportunidade de fazer mestrado, então foi uma época muito difícil da minha vida porque eu tive que decidir entre dois. Ninguém larga a Petrobrás pra fazer mestrado, porém tive uma conversa com uma professora minha chamada Maria da Guia que me disse: ‘Protásio, você tem potencial para ser doutor, então para que ir para uma indústria?’ E essa frase me fez escolher o mestrado, onde acabei recebendo muitas críticas e até a coordenação do curso entrou em contato comigo, mas eu fui fazer o mestrado. Ao concluir o mestrado eu passei no concurso da base aérea de Alcântara, mas também passei no doutorado em Campina Grande — dessa vez não tive dúvida alguma — e fui para Campina Grande fazer o doutorado. Depois de Campina Grande eu passei no concurso do Instituto Federal do Maranhão, que era antiga escola técnica, — Eu queria tanto isso porque era uma forma de recompensar todo o recurso público que foi investido em mim, tanto no ensino básico, como no ensino técnico e no superior. Assim, hoje eu tenho um sentimento de dever cumprido porque a sociedade apostou em mim e de certa forma estou devolvendo isso a sociedade — depois do Instituto Federal, eu passei no concurso da UFPB — tem uma coisa muito interessante, que a minha esposa é daqui de João Pessoa e todas as vezes que eu viajava eu passava pela frente da UFPB e tinha um nome escrito "Centro de Tecnologia" e eu olhava e dizia: eu quero trabalhar aqui — Essa foi a minha trajetória."

Agora, na vivência como professor, quais orientou?

Assim, são dezenas e dezenas de projetos então eu vou destacar o primeiro projeto que deu uma abrangência não só de pesquisa, que foi a Feira de Ciências de Engenharia Elétrica. Logo quando eu passei no concurso como professor de Engenharia Elétrica de João pessoa, — essa história é legal — todo mundo associava o curso de Engenharia Elétrica a Campina Grande e um homem que era professor de Engenharia Civil aqui do Centro de Tecnologia da UFPB estava conversando com minha sogra e perguntou

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assim para ela: ‘O que o teu genro faz?’ e ela respondeu: ‘Ele é professor de Engenharia Elétrica aqui em João Pessoa’. Esse mesmo professor disse que não existia esse curso na UFPB, só em Campina Grande, ou seja, ele não sabia da existência desse curso aqui em João Pessoa. Quando minha sogra veio me contar essa história — Eu fui o segundo ou terceiro professor do curso — e eu percebi que o curso precisava de divulgação, então eu fiz a primeira e segunda Feira de Engenharia Elétrica para divulgar mesmo, então nós íamos nos colégios, — se na época tivesse o PET o trabalho e a dificuldade não seriam tão grandes, mas eu consegui uma turma de alunos — levávamos osciloscópios, leds e divulgavam em todos os lugares até que as pessoas começaram a conhecer o curso. Além disso, tiveram alguns projetos de iniciação científica, também tivemos o projeto da Escola de Microeletrônica do Nordeste que era uma escola onde nós chamávamos professores do Brasil inteiro e alunos do Nordeste inteiro e fizemos aqui em João Pessoa, onde tivemos a ajuda do PET e eu tive um apoio fundamental dos primeiros petianos e foi fantástico. Depois projetos de mestrado, doutorado, pesquisas, acadêmicos puramente científicos, empresas, entre outros. Uma coisa que eu acredito muito é que nós temos ciência, tecnologia e inovação. A inovação hoje só existe porque alguém fez ciência, alguém estudou antes e desenvolveu, então eu estou fazendo essas três coisas, mas cada uma individualmente é importante para o futuro da nossa sociedade.

Sabemos que o PET desenvolve um trabalho que permeia os 3 pilares da educação superior: ensino, pesquisa e extensão.Assim, na visão dos senhor, como foi/ é a experiência de orientar na pesquisa os alunos petianos?

Logo no começo eu desconfiava que o aluno de engenharia que fizesse disciplina de engenharia — porque eu conheço muito bem o que é fazer engenharia elétrica — pudesse fazer pesquisa, ensino e extensão que é o que vocês fazem, somado as reuniões semanais e outras atividades que vocês fazem. Eu me lembro que apareceram lá no meu laboratório Rubens e Diana que se apresentaram como petianos — eu sempre desconfiado e dificultando porque eu não acreditava que era possível, pois eu tinha meus alunos de iniciação cientifica e eram dedicados, pois fazer engenharia elétrica e fazer uma iniciação científica é para os alunos destaque que levam as disciplinas de forma mais fácil, imagina sendo petiano. Então Rubens e Diana foram ao meu laboratório e eu com a minha desconfiança fiquei meio resistente, porém o ponto fundamental é que o petiano ele sabe não só a ciência, mas sabe se expressar e se comunicar. O petiano tem uma motivação dentro deles e que os meninos

passaram para mim, que é o aspecto que eu mais admiro em qualquer aluno — seja petiano ou não. Não escolho o melhor aluno em nota, mas sim por motivação. Assim, já tive alunos extremamente inteligentes e capazes mas que não tinham motivação para pesquisa e que não deram resultados, como já tive alunos que sentiam muita dificuldade nas cadeiras, mas que com a motivação para a pesquisa proporcionaram grandes resultados na pesquisa, e esse aluno eu consegui faze-lo doutor. Então, o Rubens e a Diana foram os primeiros petianos que aceitei em minhas pesquisas e que, para sintetizar tiveram grandes resultados, como publicações em congressos no Canadá. Depois deles eu agradeço muito a Deus quando vem um petiano pesquisar comigo, pois eu sei que é garantia de sucesso.

Professor, a participação em projetos é fundamental para complementação da formação acadêmica dos estudantes, sendo um diferencial no mercado de trabalho. Desse modo, como o senhor acredita que o PET contribui para formação desses estudantes?

O PET é uma formação completa, não é so o técnico nem só cientifico, são as soft skills. Como a habilidade de comunicação, a motivação, a habilidade de planejamento — pois a coordenação do projeto sempre prezou muito por isso — e a gestão de projeto, são diferenciais que o petiano sai na frente de qualquer outro estudante de engenharia eletrica. A união dessas soft skills e hard skills são os diferenciais que vocês têm.

Como petianos e professores colaboradores com o projeto , sabemos a importância e a alegria de fazer parte desse trabalho. Portanto, qual mensagem o senhor deixaria para os petianos e futuros petianos?

A mensagem que deixaria é continuem, eu sei que é muito dificil entrar no PET. A iniciação científica, como eu falei no começo é difícil, é o aluno destaque que faz iniciação tecnológica, mas entrar no PET é o processo, pois o aluno passa várias semanas no processo seletivo, então eu acredito que essa dificuldade vale a pena. Tudo que vale a pena é positivo, tudo que vem dificil vai dificil. Então vocês ganharão no histórico acadêmico e no currículo da vida de vocês a experiência de ser petiano. Eu sou acadêmico e ja trabalhei em indústria, eu já participei de varios projetos- até de empresa junior- mas eu nunca fui petiano, e eu queria ter tido essa oportunidade que vocês estão tendo agora.

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Agradecimentos

No ano de 2022, o grupo PET Elétrica - UFPB concluiu com êxito o desafio do retorno às atividades acadêmicas presenciais após o período remoto imposto pela pandemia do covid-19. Minicursos e oficinas que buscaram suprir o máximo possível as lacunas que o sistema EAD provocou devido à ausência de práticas. Reforçando o empenho e compromisso de todos os petianos em realizar atividades de ensino, pesquisa e extensão.

Assim, a comissão da revista e a presidência do grupo agradece aos petianos que contribuíram durante o ano de 2022 com o desenvolvimento interno do grupo e com a comunidade interna e externa à UFPB colaborando para a evolução e inovação do grupo e por fim, agradece, especialmente, aos tutores José Maurício Ramos de Souza Neto e Ademar Virgolino da Silva Netto.

No ano de 2023, o grupo continuará a missão de proporcionar um estreitamento maior entre os membros e a comunidade acadêmica, prezando sempre pelo incentivo

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Revista PET Elétrica | 2022
Escrito por Iaácob Landim Escrito por Iaácob Landim

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