PETNews 2/2013

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PET NEws O Jornal do PETCiências 2ª Ed. Maio/Junho - 2013

Atividades sobre a Agenda 21 na UFFS Campus Cerro Largo Por Cristiane Helena da Silva A partir do Estágio Curricular Supervisionado II, foi proposto a um grupo de acadêmicos do Curso de Ciências realizar o estágio não-formal no próprio Campus com o tema “Agenda 21”. O desafio estava lançado. O primeiro passo foi estudar e compreender este assunto, em seguida estudouse o Plano de Gestão de Logística Sustentável 2013 (PGLS) da Universidade Federal da Fronteira Sul, o qual constituirá a Agenda 21 institucional, enfocando principalmente nas ações de desenvolvimento sustentável e sensibilização ambiental. Após este estudo, o grupo planejou as ações que seriam realizadas. Entre as atividades desenvolvidas estão: criação de um blog, confecção de cartazes e realização do Seminário de Sensibilização Ambiental na Construção da Agenda 21 no Campus Cerro Largo, realizado no dia sete de março de 2013. Na ocasião foi contextualizado o tema “Agenda 21”, também foi divulgado o PGLS da instituição e apresentadas as ações de desenvolvimento sustentável que estão sendo desenvolvidas em nosso Campus, com o intuito de sensibilizar toda a comunidade acadêmica que pequenas atitudes fazem a diferença no dia a dia do Campus e da sociedade. A partir do processo formativo em espaços não formais, quais não são totalmente ligados à sala de aula, o estágio possibilitou aos integrantes do grupo o entendimento da importância de planejar e desenvolver ações que visam adequar o espaço acadêmico às questões ambientais, através da sensibilização da comunidade discente e docente. As futuras ações de Educação Ambiental serão desenvolvidas em nosso Campus e nas escolas do município pelas comissões de Sustentabilidade e da Coleta Seletiva Solidária juntamente com o PETCiências, que tem o Meio Ambiente como um dos eixos norteadores do programa.

Nesta Edição: Agenda 21 I Shopping Solidário Seminário Temático – Ciência e Religião Entrevista com os coordenadores dos cursos de Ciências Biológicas, de Física e de Química PIBIDCiências in foco GEPECIEM O PETCiências e as atividades de pesquisa Viagem de Estudos Relato de Experiência no PETCiências Dia do Meio Ambiente II Gincalouros Sessão Eventos Acadêmicos Agenda


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I Shopping Cidadão Por Cristiane Helena da Silva No dia 23 de Março de 2013 realizou-se o 1º Shopping Cidadão no Parque Municipal de Exposições, o evento foi promovido pelo Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), e teve participação dos bolsistas do PETCiências, do PIBIDCiências e acadêmicos do Curso de Ciências que representaram a UFFS – Campus Cerro Largo, divulgando os programas e os trabalhos desenvolvidos à toda comunidade.

Seminário Temático – Ciência e Religião Por Carine Kupske O grupo PETCiências realiza diversas atividades. Entre elas podemos destacar os Seminários Temáticos, os quais estão centrados na formação acadêmica dos Licenciandos em Ciências, com temas vinculados ao eixo temático “Meio Ambiente e Formação de Professores”. Os Seminários Temáticos agregam espaços ofertados a toda comunidade acadêmica, onde se realizam discussões de assuntos relacionados às Ciências. Este espaço se configura como uma troca de conhecimentos e experiências entre licenciandos e painelistas, visando à formação sócio-política, crítica e autônoma dos acadêmicos assumindo um caráter diferencial em relação a outras formações. Com base nisso, no dia 25 de março ocorreu o primeiro Seminário Temático do PETCiências para o ano de 2013. Este seminário foi ministrado pelo prof. Lívio Osvaldo Arenhart com o tema “Ciência e Religião”, no qual foram debatidas as relações e distinções que existem entre a Ciência e a Religião e, também como essa temática, geralmente tão polêmica, pode ser abordada em sala de aula. O evento contou com a presença dos integrantes do PETCiências, do PIBIDCiências e de outros acadêmicos do curso de Graduação em Ciências: Biologia, Física e QuímicaLicenciatura. 2


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Seção Entrevistas

O grupo PETCiências entrevistou os coordenadores dos Cursos de Ciências Biológicas (Profª. Dra. Lauren Zamin), de Física (Prof. Dr. Marcio do Carmo Pinheiro) e de Química (Profªa. Msc. Judite Scherer Wenzel) para saber mais sobre a mudança no curso de Ciências e sobre as expectativas para os novos cursos.

Coordenador do Curso de Física – Professor Dr. Marcio do Carmo Pinheiro Trajetória acadêmica do coordenador

Iniciou a graduação em Física em 2003 terminando após quatro anos. Em seguida, 2007 iniciou mestrado e posteriormente ao seu término, em 2009, o doutorado, estendendo-se até 2012. A titulação de ambos é em Física e a subárea do conhecimento em Astrofísica. Toda a formação ocorreu na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Grupo PETCiências - Como o coordenador (a) vê essa mudança no Curso?

Coordenador: “A minha opinião é meio „suspeita‟, já que eu fui um dos professores que propuseram essa reforma. Nós tínhamos total convicção de que a mudança não só era para melhorar o curso como estritamente necessária. E isso ficou claro quando o outro campus que tinha optado por não fazer essa mudança teve que correr e então realizá-la. Em minha opinião, o curso ficou agora com uma estrutura já reconhecida, consolidada e também atenta aos mínimos da legislação, pois o cumprimento

da legislação também era um dos problemas encontrados no antigo projeto. Agora não há mais disciplinas não-presenciais, o que era um problema legal e dava certo trabalho para o aluno que já tinha todas as noites cheias e muito trabalho para fazer em casa. Com a mudança, os cursos ficaram mais enxutos. Ainda temos problema com o quadro de professores ser um tanto quanto pequeno, mas a falta de professores é bem menor do que seria ao se entrar na segunda fase do curso antigo. A gente mostrou que com a

reforma a demanda de professores diminuiria. Então, a meu ver, a mudança é extremamente positiva.”

“Nós tínhamos total convicção de que a mudança não só era para melhorar o curso com estritamente necessária.” 3


Grupo PETCiências – Quais os critérios ou métodos utilizados na mudança da grade curricular? Coordenador:“Bom, basicamente a gente não queria correr o risco de errar ao ponto de ter que reestruturar tudo de novo daqui a seis meses. Achávamos que já havia tido muita mudança durante o curso e os alunos que tinham entrado em 2010 estavam prestes a se formar, então tinha que minimizar a chance de erro. É claro que, depois deformar as primeiras turma, vamos identificar provavelmente alguns problemas e daí com uma nova reforma corrigilos. Mas a gente queria minimizar essas possíveis falhas.Para isso, fomos atrás dos avaliadores de curso que para nossa sorte trabalham aqui, como a professora Sandra, principalmente, em busca da legislação e pesquisamos sobre isso também. Assim, trabalhando no instrumento de avaliação dos cursos e nas Leis de Diretrizes e Bases da Educação. Com base na legislação para a licenciatura, em específico a legislação para curso de Física a Grupo PETCiências - Quais as expectativas para o curso de Física? Coordenador:“A curto prazo, estou ansioso para ver a primeira turma se formar. A gente sabe que vocês enfrentaram um monte de problemas [os veteranos], agora eu percebo uma empolgação maior com a ideia de se formar especificamente naquilo que entraram para fazer. Dos novos [calouros] esperamos que o índice de evasão seja menor. Sabemos que o índice tradicionalmente é alto, muita gente acaba migrando para outros cursos ou fazendo a seleção novamente, o que mascara um pouco a estatística.

PETNews - 2ª Ed. Maio/Junho - 2013 gente tentou cumprir o mínimo do que estava previsto nessa legislação, além daquilo que a Universidade define. Com isso, basicamente o curso não tinha muito que ser mexido. Ainda, no caso da Física, fomos atrás de cumprir aquilo que acreditamos ser o mínimo de base para um aluno que vá ensinar em sala de aula ou vá seguir e fazer uma pósgraduação depois. É claro que o curso é uma licenciatura, está voltado especificamente para o ensino. Então, a pós-graduação mais afim desse curso seria Ensino de Física. Mas o curso tem bases mínimas que se o aluno resolve estudar mais um tempo outras disciplinas mais avançadas, ele consegue fazer um mestrado também em outras áreas da Física. Então, estudamos a legislação e muitos PPC‟s de outras instituições, observamos essas estruturas já consolidadas e aí tentamos não inventar quase nada: cumprir a legislação e fazer o curso mais enxuto quanto possível.”

Mas a gente espera que a evasão seja um pouco menor não só em Física como nos outros cursos, porque o aluno entra querendo estudar uma dessas três áreas e vai ter o curso especifico para isto. Claro que a gente ainda manteve a formação em Ciências para o ensino fundamental, mas ela entra um pouco mais tarde no curso. Assim o aluno entra para estudar Física e vai efetivamente Física. Depois que ele já está com boa parte do curso de Física encaminhado, ele começa a receber de forma mais específica o conteúdo de Ciências [...]. A primeira expectativa é essa e a segunda é que

“fomos atrás de cumprir aquilo que a gente pensa ser o mínimo de base para um aluno que vá ensinar em sala de aula ou vá seguir e fazer uma pós graduação depois.”

“pegamos a legislação e pegamos outros PPCC’s de outras instituições”

se atraia mais gente para fazer o curso, a gente já viu que a demanda de alunos pra fazer o curso de Física foi boa, bem acima do que a gente esperava. Eu imagino que isso seja um pouco da demanda reprimida, e que no ano que vem talvez não alcancemos três por vaga como neste ano, mas fiquei muito satisfeito. Espero que o curso se mantenha com uma procura razoável,igual a três eu acho difícil, mas razoável, e que a evasão diminua um pouco.”

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PETNews - 2ª Ed. Maio/Junho - 2013 Grupo PETCiências - Quais são as oportunidades que o curso pode oferecer para qualificar a formação dos acadêmicos? Coordenador: “Em termos de eventos foi planejado que neste ano vai ser realizado a Semana Acadêmica, assim como vinha sendo realizado pelo curso de Ciências. A gente achou que não faria sentido separar a semana acadêmica, achamos que a estrutura do curso é uma coisa, mas um evento como a Semana Acadêmica é uma ótima oportunidade de integrar os três cursos. Embora tenhamos que fazer um planejamento de curso individual, imaginamos que vamos conseguir fazer uma semana Acadêmica integrada. Os cursos têm viagens já programadas, principalmente os cursos que utilizam trabalho de campo como a Biologia, por exemplo, que tem suas viagens já pensadas. O curso de Física tem

uma viagem planejada para o Museu da PUC, a princípio com os alunos da Física e um ou dois professores para orientar, pois o museu da PUC é muito amplo, esta visita seria mais focada pra área da Física. No Curso de Física especificamente agora começam a aparecer as primeiras oportunidades. Bolsas de pesquisa ainda são poucas, mas pode ser a gente aprove outros projetos PIBID para cada um dos cursos novos, isso ajudaria também [a qualificar a formação. Eu acho que com isso já haverá bastantes oportunidades. Além disso, o aluno que irá se formar logo já deve ficar atento, pois começou nesse semestre a especialização. Uma vez formado, o agora licenciado em Física pode-se manter ligado à universidade e fazer uma especialização, podendo complementar a formação mais especifica em Ciências.”

“uma vez se formando pode não se afastar da universidade pode fazer a especialização podendo complementar a formação mais especifica em Ciências.”

Grupo PETCiências – Contribuições Finais:

Coordenador: “Espero que tenhamos conseguido efetivamente fazer um curso como se sonhou fazer, que ele tenha atendido aos mínimos legais e que os erros sejam minimizados, pois a tentativa foi essa: inventar o mínimo para também errar o mínimo, o que não quer dizer que a gente não vá errar nada. E pedir para os alunos terem em mente que eles escolheram um curso difícil! Este é um curso difícil de se formar, é estatístico! Por outro lado, essa dificuldade de se formar e também a pouca procura por um curso com essa dificuldade faz com que se tenha pouco profissional formado no mercado. Então, os alunos tem que ter em mente que as dificuldades virão, mas assim que se formarem o mercado está aí, aberto. O Estado dificilmente consegue preencher o número de vagas para professor de Física, eu não lembro de ter preenchido nas últimas vezes. Boa parte dos professores que estão lecionando Física no Ensino Médio não são formados em Física. Assim,as oportunidades estão aí esperando que vocês se formem logo, tenham em mente isso. A época que as dificuldades se apresentam depende da profissão que a gente escolhe. No caso da Física a maior dificuldade que você vai ter é durante o curso, depois tem muita oportunidade para fazer pós-graduação, tem muita bolsa, pouca gente apta a concorrer e tem muita escola esperando professor de Física para lecionar. Foquem no objetivo final e estudem bastante que vai dar tudo certo!”

“A época que as dificuldades se apresentam para a gente depende da profissão que a gente escolhe.”

“No caso da Física, a maior dificuldade que você vai ter é durante o curso, depois tem muita oportunidade para fazer pósgraduação (...), pouca gente apta a concorrer e tem muita escola esperando professor de 5 Física para lecionar.”


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Coordenadora do Curso de Ciências Biológicas– Professora Dra. Lauren Zamin

Trajetória acadêmica da Coordenadora Possui doutorado em Biologia Celular e Molecular pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2010), mestrado em Ciências Biológicas (Bioquímica) pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2006). Graduação em Bacharelado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2003) e graduação em Licenciatura em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2005).

Grupo PETCiências - Como o coordenador (a) vê essa mudança no Curso? Coordenadora: “Vejo como uma forma positiva, oferecendo muitas vantagens, dentre as quais a formação de Ciências tanto como antes. Historicamente o curso de Ciências Biológicas habilita para trabalhar no ensino de Ciências do Ensino Fundamental. Uma formação melhor e mais curta para o ensino de Biologia. Antes, seria necessário cinco anos e meio para trabalhar como biólogo, trabalhar no Ensino Fundamental e Ensino Médio, agora no novo currículo é necessário quatro anos para ter a formação havendo uma diminuição de um ano e meio para o aluno. Outra questão é que você pode ter um contato maior com a área de Ciências Biológicas, tendo uma formação mais aprofundada. Seriam, essas as duas principais vantagens, dentre outras. O curso de Ciências antigo tinha uma ideia boa, mas se você optasse por fazer só Ciências, você teria habilitação somente para o Ensino Fundamental o que dificulta na hora de fazer concursos, restringia área de trabalho. Então, o novo curso de Ciências Biológicas amplia a área de trabalho para poder atuar no Ensino Fundamental e Ensino Médio no mesmo tempo que antes, só poderia acontecer para atuar no Ensino Fundamental, além que o curso é voltado para o conselho de Biologia para que possa vir a ser aceito esse curso podendo ter registro no conselho para atividades de pesquisa e docência mesmo na área o que antes seria mais difícil, não quer dizer que antes não poderia também, mas esse curso permite melhor que o próprio conselho de Biologia reconheça que possa vir a ter registro no conselho.”

“O curso de Ciências antigo tinha uma ideia boa, mas se você optasse por fazer só Ciências, você teria habilitação somente para o Ensino Fundamental o que dificulta na hora de fazer concursos, restringia área de trabalho.”

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PETNews - 2ª Ed. Maio/Junho - 2013 Grupo PETCiências – Quais os critérios ou métodos utilizados na mudança da grade curricular? Coordenadora: “Primeiro as Leis, as Diretrizes Curriculares Nacionais, baseado no que a legislação define como: carga horária mínima, disciplina e componentes mínimos; com questão de estágios com 400 horas que é definido em lei, a prática pedagógica. Antes o curso de ciência não possuía Diretrizes Nacionais Curriculares pra formação em Ciência. Então, ele era estruturado basicamente pra formação de professores e um pouco da cronologia do curso de Biologia. Agora não, ele é todo organizado nas Diretrizes Curriculares Nacionais.”

Grupo PETCiências – Quais são as expectativas para o curso de ciências biológicas? Coordenadora: “Perspectivas boas. Que diminua a evasão, que se identifiquem mais com o curso, que se formem mais alunos que também por se identificarem mais com o curso consigam trabalhar com a iniciação científica, se envolver bem mais dos projetos do curso. Que os alunos se sintam mais identificados com o curso para que isso os possa ajudá-los a permanecerem e a se formarem.” Grupo PETCiências - Quais são as oportunidades que o curso pode oferecer para qualificar a formação dos acadêmicos? Coordenadora: “A realização da semana acadêmica, viagens, saída de campo, componentes curriculares que terão algumas viagens ou componentesinteiros de saída de campo. Pretendemos que ocorra liberação, meios para facilitar que o aluno consiga participar dos eventos, de congressos. As próprias bolsas de iniciação científica que os alunos realizam com os professores, que isso passa a gerar resumos para que possam levar para congressos, etc.”

“Antes o curso de ciência não possuía Diretrizes Nacionais Curriculares pra formação em Ciências [...] Agora não, ele é todo organizado nas Diretrizes Curriculares Nacionais.”

Grupo PETCiências – Contribuições Finais. Coordenadora: “O curso é novo, reformulado. Esperamos bastante retorno dos alunos e contamos com a participação de todos. As ideias, a opinião quanto aos componentes são importantes para nós. Muitos optaram pelo curso de Biologia achando que era mais fácil. Mas na verdade não é! Ele é diferente que depende muito da nossa aptidão, optado, trata – se da nossa identificação. A questão não é por ser difícil ou mais fácil; a questão é identificar para que possa ser mais prazeroso, o que não aconteceu com o curso de Ciências. Qualquer dúvida estamos a disposição. Estudem bastante!”

“O curso é novo, reformulado. Esperamos bastante retorno dos alunos e contamos com a participação de todos.”

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Coordenador do Curso de Química– Professora Ms. Judite Scherer Wenzel Trajetória acadêmica da Coordenadora Licenciada em Química, pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Mestre em Educação nas Ciências pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUI). Doutoranda nesse mesmo programa. Iniciou as atividades profissionais como docente na educação básica em 2004 atuando como professora de química no Ensino Médio e na oitava série do Ensino Fundamental. No Ensino Superior iniciou em julho de 2010, na UFFS, ministrando o componente curricular Química I para o curso de Ciências: Biologia, Física e Química Licenciatura. Atualmente ministra o Componente Curricular Química para o ensino de Ciências no curso de Ciências Biológicas. É membro do grupo de pesquisa GEPECIEM, atuando como colaboradora em projetos de extensão na área de formação de professores que consistem em Ciclos Formativos. Também colaborando como orientadora e pesquisadora dos programas PETCiências, do PIBIDCiências, do PIBIC – EM e PROECUFFS. O foco de pesquisa é a aprendizagem em química, a formação docente, a significação conceitual em química.

Grupo PETCiências - Como o coordenador (a) vê essa mudança no Curso? Coordenadora: “Todo o processo de mudança foi norteado por alguns problemas identificados no decorrer do Curso de Ciências: Biologia Física e Química Licenciatura, a questão da dupla diplomação, as especificidades na escolha pela opção em cursar Biologia, Física ou Química após Ciências, e outros aspectos de cunho pedagógico e de estrutura que limitavam a formação no Curso de Ciências. Portanto a mudança que foi proposta teve como preocupação suprimir essas e outras dificuldades percebidas pelos professores e, nesse sentido penso que ambas as propostas foram qualificadas.”

“Todo o processo de mudança foi norteado por alguns problemas identificados no decorrer do Curso de Ciências [...]”

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PETNews - 2ª Ed. Maio/Junho - 2013 Grupo PETCiências – Quais os critérios ou métodos utilizados na mudança da grade curricular?

Grupo PETCiências – Contribuições Finais.

Coordenadora: “Agradeço a oportunidade do diálogo e reforço a importância do grupo PET Ciências para a qualificação na formação dos licenciandos. Apesar da reestruturação dos Cursos o programa PETCiências pode representar um elo de união e com isso fortificar a área de Ciências e o seu Ensino, daí ressalto a sua importância junto ao Curso de Química Licenciatura, por exemplo. E reitero o espaço sempre aberto para o diálogo e para as atividades formativas.”

Coordenadora: “No Curso de Química Licenciatura a base teórica consistiu nos documentos oficiais que regem os cursos de Graduação, especificamente de Licenciatura em Química e a legislação da formação de professores, bem como teóricos que discutem a formação docente e os saberes dessa formação e os princípios formativos da Universidade Federal da Fronteira Sul. Quanto ao processo de aproveitamento dos CCRs foi observado a sua ementa, a carga horária e também realizadas consultas aos professores diretamente envolvidos.” Grupo PETCiências – Quais são expectativas para o curso de Química?

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Coordenadora: “Com a preocupação de ampliar a visão da química e do seu ensino já foi promovido no dia 09 de maio a aula Inaugural do Curso possibilitando um espaço de formação cuja temática consistiu na importância do ensino de química e de Ciências como instrumento de leitura para explicar as transformações da natureza. Também para este ano já estamos com projeto aprovado para participar como colaborador num evento relacionado ao ensino de Química – o EDEQ/2013 visando possibilitar a interlocução ensino/pesquisa/formação docente. Aliado a isso estão vinculados ao Curso projetos de pesquisa e de extensão com atenção para aspectos do ensino e da formação de professores. Outros espaços, como semanas acadêmicas, viagens serão promovidas sempre objetivando a qualificação na formação dos acadêmicos, esses projetos são um continuum que precisam perpassar e se somar nas demais atividades acadêmicas.”

“Apesar da reestruturação dos Cursos o programa PETCiências pode representar um elo de união e com isso fortificar a área de Ciências e o seu Ensino [...]”

“Outros espaços, como semanas acadêmicas, viagens serão promovidas sempre objetivando a qualificação na formação dos acadêmicos, esses projetos são um continuum que precisam perpassar e se somar nas demais atividades acadêmicas.”

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em foco Por Débora Harms Stangherlin

PIBIDCiências: experimentação articulando formação e docência A proposta do Subprojeto PIBIDCiências do Curso de graduação em Ciências: Biologia, Física e QuímicaLicenciatura, da Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS, Campus Cerro Largo-RS, tem como objetivo ATE À ROSÃO DO OLO principal a iniciação à docência durante o período inicial dos licenciandos do curso por meio da qualificação na área profissional, contato direto com a prática, estudo e pesquisa que convergem na formação com ênfase no eixo central: a experimentação no ensino de Ciências. O PIBIDCiências, é parte do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência (PIBID) financiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), conta com o número de vinte e cinco bolsistas que atuam em quatro escolas estaduais e duas municipais do município, onde auxiliam os professores nas aulas de Ciências no planejamento e produção de aulas experimentais, participam da vida da escola, eventos, reuniões e formações. Também conta com quatro supervisoras Marisa Both, Jane Abel, Silvia Silveris e Tatiane Froellich, duas supervisoras voluntárias Eliane Gonçalves e Simoni Friedrich e um coordenador do Subprojeto Prof. Dr. Roque Ismael da Costa Güllich.

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As atividades do PIBIDCiências são dinâmicas e em constante ação na escola, entre elas destacamos: reuniões de formação e planejamento na UFFS, reuniões de planejamento na escola, acompanhamento de aulas nas escolas, produção de vídeos, jogos didáticos e experimentos para aulas de Ciências. Outra atividade que merece destaque é a elaboração de relatos de experiência com reflexões teórico-práticas que se destinam a apresentação e publicação em eventos, bem como servem de sistematização das ações do programa. Além deste processo de sistematização o processo é guiado pelo desenvolvimento de narrativas de formação em diários de bordo, instrumento que facilita a reflexão sobre e para a ação, ou seja, a investigação da práticas. O PIBIDCiências também participa de vários eventos científicos voltados ao ensino de Ciências e a pesquisa na Educação em Ciências durante o ano, realiza seminários, organiza viagens, cursos e oficinas e ao final de cada ano é elaborado um relatório geral das atividades realizadas. Maiores informações ver blog do programa: http://pibidcienciasuffs-c0l.blogspot.com.br/. 10


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TRABALHO DE COMBATE À EROSÃO DO SOLO Por Débora Harms Stangherlin O PIBIDCiências tem por objetivo a iniciação à docência e tem rearticulado o ensino de Ciências através da via da experimentação, isso tem implicado um maior reconhecimento dessa área nas escolas, bem como tem causado uma certa inovação no cotidiano escolar, onde os bolsistas não trabalham apenas na sua área, mas sim colaboram também em outras setores da escola. No último dia 06 de abril, sábado, foi realizado na Escola Estadual de Ensino Fundamental Padre Traezel o projeto de combate à erosão no pátio da escola por meio do uso de pneus, onde os mesmos foram adquiridos, lavados e pintados anteriormente e depois expostos em fileira. Ajudaram na realização do trabalho as pibidianas Débora, Ana Paula, Aline, Carmine, dois alunos voluntários da escola e da Universidade Federal da Fronteira Sul e a professora supervisora do PIBIDCiências Marisa Both.

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Atividades de Pesquisa Nas atividades de pesquisa desenvolvidas pelo PETCiências destacam-se a participação efetiva dos PETianos como voluntários em Projetos de Pesquisas vinculados as áreas das Ciências: Biologia, Física e Química, com temas predominantes aos da proposta do PETCiências: Meio Ambiente e Formação de Professores, juntamente com bolsistas institucionais e professores orientadores.

Bolsista

Projeto de Pesquisa

Orientador

Alex Pires De Mattos

“As falas dos Professores de Ciências sobre o ensinar Química e Física no Ensino Fundamental como indícios para a Formação Continuada”

Ms. Judite Scherer Wenzel

Carine Kupske

"Investigando e reconstruindo conteúdos e modelos de ensino de biologia: a biologia celular em questão"

Dra. Erica do Espírito Santo Hermel.

Carolina Schneider

“O Conceito de Derivada e suas diferentes Interpretações: um olhar via registros de Representação Semiótica”

Ms. Danusa De Lara Bonotto

Cristiane Helena Da Silva

“Uma Análise da Educação Ambiental nos Livros Didáticos de Ciências do Ensino Fundamenal.”

Ms. Rosangela Ines Matos Uhmann

Débora Beatriz Nass Marmitt

"O Papel do Conhecimento Matemático na Ciência Física e no Ensino da Física: Concepções de professores do Ensino Médio"

Ms. Juliana Machado

Jocielli Maria Tolomini

“As abordagens didáticas frente aos conceitos de física percebidos pelos professores de ciências do ensino fundamental.”

Ms. Luis Fernando Gastaldo

Jonas Both De Melo

“Fontes de Recursos Florais para Apismelífera e abelhas indígenas sem ferrão”

Dra. Mardiore Tanara Pinheiro

Karine Rudek

“Fontes de Recursos Florais para Apismelífera e abelhas indígenas sem ferrão”

Dra. Mardiore Tanara Pinheiro

Kelly Callegaro

“Investigando e reconstruindo conteúdos e modelos de ensino de biologia: a biologia celular em questão”

Dra. Erica do Espírito Santo Hermel.

Maiara Helana De Melo Malinowski

“Criação e divulgação de experimentos de Química e ciências usando recursos da Web 2.0”

Dr. Márcio Marques Martins

Solange Maria Piotrowski

“Ensino de Ciências e Constituição docente: narrativas e formação de professores.”

Dr. Roque Ismael da Costa Güllich

Tatiana Kapelinki

“Identificação e aplicação de indicadores de Saúde e Meio Ambiente na Região das Missões.”

Dra. Iara Endruweit Batisti

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Excursão Científica Por Cristiane Helena da Silva No dia 1º de maio de 2013 alguns acadêmicos inseridos nos programas PETCiências, PIBIDCiências e GEPECIEM, juntamente com os alunos: Aline Neis Knob, André Wastowski Aires, Carine Beatriz Adams,Christian Paetzold Wastowski, Cláudia Daine Birk, Dinalva Schein, Geomar Henrique Webler, Guilherme José Konzen, Robinson Joel TenCaten e Mariane Celi Melo Schneider da Escola Estadual de Educação Básica Eugênio Frantz que integram o PIBIC-EM, acompanhados pelos Professores Roque Ismael da Costa Güllich e Rosangela Inês Matos Uhmann, estiveram visitando o Parque Zoológico em Sapucaia do Sul, e em Porto Alegre tiveram a oportunidade de conhecer aFundação Zoobotânicae o Museu de Ciênciase Tecnologia da PUCRS.O objetivo deste passeio foi proporcionar uma formação integral e qualificada de excelência para os alunos bolsistas na área de Ciências.

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Relato de Experiência: O que ser bolsista PET? Formação Inicial O Programa de Educação Tutorial – PETCiências tem uma proposta inovadora que vai ao encontro da aquisição de novos conhecimentos, visando a excelência acadêmica e profissional. Ao ingressar como bolsista no PETCiências em dezembro 2010, assumi a responsabilidade de realizar as atividades do Programa a fim de melhor qualificar meu processo constitutivo na docência. Tinha a expectativa de que como PETiana adquiriria novos conhecimentos, capazes de proporcionar maior competência para exercer de maneira mais satisfatória minha futura profissão. No decorrer desses 2 anos e 4 meses que participei do Programa, posso afirmar que o PETCiências proporcionou muitos aprendizados, contribuiu para minha formação acadêmica e também politica-cidadã, ao passo que através dele vivenciei várias experiências formativas, individuais e coletivas, as quais constituíram-se em possibilidades para escolher o caminho que desejasse seguir. Deixei o PETCiências em abril de 2013 para assumir Tamini Wyzykowski uma bolsa de Iniciação Científica em um projeto de pesquisa, que eu já participava como bolsista voluntária. O PETCiências Licencianda do 7º semestre do Curso de contribuiu para que eu aderisse a um perfil de pesquisadora na Licenciatura em Ciências Biológicas prática; em projetos de pesquisa, em grupos de formação e no Bolsista do Programa Institucional de contexto escolar. Com a participação no programa comecei a Iniciação Científica e Tecnológica – investigar e refletir minha própria formação e esse processo vem PIICT permitindo a construção de um ideário de docência mais UFFS - Campus Cerro Largo contextual no meu processo formativo. Participar do PETCiências foi uma experiência muito válida, que qualificou muito minha constituição na docência. O PETCiências fez eu descobrir que quero ser pesquisadora e isso estimula a dedicar-me à graduação e dar sequência nos estudos. Sou muito grata à tutora Erica e aos colegas do grupo por todas as experiências compartilhadas e conhecimentos construídos juntos. Além da proposta do PETCiências, aproveito este espaço para também destacar aos colegas acadêmicos a importância de buscar participar dos programas de bolsas da instituição e nos projetos desenvolvidos pelos docentes. Acredito que ademais ao comprometimento com a graduação, desenvolver atividades de pesquisa, ensino e extensão é muito importante para a formação ética e profissional dos sujeitos, podendo ser um grande diferencial no futuro campo de trabalho. Ter uma bolsa e buscar desenvolver uma proposta de estudo junto aos formadores trata se de uma oportunidade de vivenciar novas experiências, auxilia a compreender melhor a carreira, qualifica a formação acadêmica e traz significativas aprendizagens que levaremos conosco por todo o percurso profissional. 14


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Dia do Meio Ambiente Por Carine Kupske O dia 05 junho é uma data importante: o dia do Meio Ambiente. No entanto, nem sempre houve este reconhecimento, só a partir de 1972 em um encontro promovido pela ONU (Organização das Nações Unidas), a fim de tratar de assuntos ambientais que ficou estipulado um dia para haver esta comemoração. Neste encontro, criaram-se vários documentos relacionados às questões ambientais, bem como um plano para traçar as ações da humanidade e dos governantes diante dos problemas que afetavam o meio ambiente. O meio ambiente tem sofrido intensa interferência do homem isto acaba por acarretar inúmeros problemas entre eles á poluição do ar, do solo e da água; desmatamento; diminuição da biodiversidade e da água potável ao consumo humano, destruição da camada de ozônio, destruição das espécies vegetais e das florestas, extinção de animais, dentre outros. Esta intensa interferência acaba por ocorrer devido a forte industrialização que temos hoje, o mundo capitalista preocupa-se com o gerar lucros, fazer investimentos não medindo as consequências ambientais que tais atos provocam. A degradação desenfreada que o meio ambiente vem sofrendo, afeta a todos nós, as consequências geradas por esta degradação, como os desastres ambientais que vem ocorrendo, não tem limites e nem fronteiras e consequentemente afetam também a sobrevivência do próprio ser humano, visto que dependemos incondicionalmente dos recursos naturais que provêm do meio ambiente, como a água e o solo dentre outros.

O capitalismo deveria conciliar a industrialização com a preservação do meio ambiente através de técnicas sustentáveis usufruindo dos recursos naturais de forma consciente, o que iria possibilitar satisfazer as necessidades sociais sem que para isso seja preciso prejudicar o meio ambiente. Porque de nada nos adiantara ter uma forte economia mundial se o meio ambiente estará degradado de forma irreversível, pois quando isso ocorrer consequentemente nós causamos a nossa própria destruição. Diante do que foi descrito devemos ter a consciência de que a questão ambiental não deve ser relembrada somente no dia 5 de junho. Atitudes e discussões que englobam a questão ambiental de sustentabilidade devem ser realizadas diariamente, como atitudes simples como a reciclagem de materiais, o consumo adequado de produtos industrializados entre tantas outras atitudes que poderiam ser enumeradas. Por vezes podemos até pensar que a nossa atitude não tem importância ou relevância, mas são pequenas atitudes somadas que poderão fazer a diferença. Se cada um fizer a sua parte, o mundo será transformado e as gerações futuras viverão sem riscos. É preciso compreendermos que, nós seres humanos, não somos donos da Terra, mas fazemos parte dela junto e dependentemente das outras espécies vegetais e animais que a habitam e transformar essa busca constante de domínio e poder em uma relação de harmonia com a natureza em geral.

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Grupo de Estudos e Pesquisa em Ensino de Ciências e Matemática (GEPECIEM) Por Neila Feijó Bulling Programa Ciclos Formativos no Ensino de Ciências e Matemática O Programa Ciclos Formativos no Ensino de Ciências e Matemática trata-se de um conjunto de ações e projetos que envolvem um grupo de formação continuada, que ocorre por ciclos formativos anuais, organizados através de encontros mensais atendendo tanto ao público interno da UFFS: licenciandos da área de Ciências, professores formadores e técnicos; como também o público externo: que são os professores de escolas municipais e estaduais de Cerro Largo-RS e da região de entorno da UFFS, no seu contorno como Missões. O programa é uma das ações do Grupo de Estudos e Pesquisa em Ensino de Ciências e Matemática (GEPECIEM) da UFFS, que conta com 12 professores pesquisadores, sendo que todos estão diretamente envolvidos no processo de extensão, são eles: Ana Maria Basei, Danusa de Lara Bonoto, Erica do Espírito Santo Hermel, Izabel Gioveli, Judite Scherer Wenzel, Juliana Machado, Julieta Oliveira, Luis Fernando Gastaldo, Márcio Martins, Roque Ismael da Costa Güllich, Rosangela Ines Matos Uhmann e Susana Machado Ferreira.O grupo também conta com o apoio de 3 técnicos do Laboratório de Biologia e Química da UFFS que colaboram nas ações: Anadesia Britzke, Adriana Riguer Della Mea e Lucas Schnorrenberger de Oliveira. O objetivo destes encontros é criar espaços interativos/formativos que possibilitem reflexão acerca do Ensino de Ciências e Matemática da Educação Básica, além de articular movimentos formativos entre formação inicial e continuada de professores de Ciências, Biologia, Física e Química e interagir com comunidades de aprendizagem da região de atuação da UFFS Cerro Largo- RS, especialmente às Missões, na busca da melhoria da qualidade da educação. Também almejamos desenvolver articuladamente a essa atividade formativa, atividades de ensino, extensão

e de pesquisa colaborativa, teorizar práticas e refletir acerca dos limites e possibilidades de diferentes teorias e metodologias de ensino na área, sempre mediar teoricamente à formação de professores, buscando priorizar a reflexão crítica dos processos, perseguindo as categorias de professor reflexivo e professor pesquisador. Um dos possíveis resultados desta articulação/objetivos é consolidação das propostas dos novos cursos de licenciatura da UFFS, da área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias: Ciências Biológicas, Química e Física e por fim ampliar as relações entre Universidade e Escolas da região que fornecem campos de estágio para licenciaturas da UFFS mantendo o diálogo entre campo empírico e teórico intermitentemente. Atualmente o Programa é subdividido em áreas específicas de conhecimento, sendo assim está organizado em Ciências e Biologia, Física, Química e Matemática. Tendo por Coordenador o Prof. Dr Roque Ismael da Costa Güllich e Vice-Coordenadora a Profa. Ms, Danusa Lara Bonotto, conta com 127 participantes de Biologia, 24 de Física, 28 de Química e 54 de Matemática. O projeto conta com apoio dos Editais internos da PROEC – UFFS e para 2013 foi contemplado com o Edital Nacional do MEC – PROEXT /MEC/2013, editais que viabilizam financeiramente o desenvolvimento das ações formativas. 16


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Ciclos formativos em Ensino de Ciências e Biologia

Os Ciclos formativos em Ensino de Ciências e Biologia têm como finalidade implementar e consolidar uma proposta de formação de professores de Ciências e Biologia para região das Missões do RS, contando com a participação de 127 professores em formação atualmente, que participaram de encontros mensais de formação, com base num processo inspirado no modelo de investigação-formação-ação. Neste projeto consideramos professores da educação básica, licenciandos e professores formadores da UFFS como sendo todos professores em formação. Outro elemento importante sobre o processo formativo é a escrita de memórias da formação através do diário de bordo que está sendo desenvolvido por todos os participantes, pois acreditamos que pela via narrativa os sujeitos refletem e investigam suas práticas, criando outras vias de formação.

Por Neila Feijó Bulling

No mês de março de 2013, proporcionamos a acolhida do público com interação e apresentação geral do Projeto, encontro ministrado pelo Prof. Dr Roque Ismael da Costa Güllich, também coordenador deste subprojeto. Neste encontro também foram discutidas as necessidades formativas do grupo e organizado o calendário dos encontros com temas definidos no coletivo docente. No mês seguinte o encontro atendeu a uma atualização em Filogenética e Sistemática, ministrada pelo Prof. Dr Milton Norberto Strieder, professor de Zoologia da UFFS. Para o mês de maio está sendo organizado um encontro a ser ministrado pela Profa. Dra. Lenice Heloísa de Arruda Silva vinda da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) e a UFMS (Universidade Federal do mato Grosso do Sul) em que atua como professora do Mestrado em Ensino de Ciências e Matemática, que abordará o tema Formação de professores em Ciências. Acreditamos que em novo formato o projeto deverá atingir seus objetivos e resultados proporcionando uma expansão da ação dos Cursos envolvidos e da UFFS em toda a região de entorno, com isso também estaremos acompanhando os resultados através de pesquisas e do dialogo com todos os professores em formação.

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Ciclo Formativos em Ensino de Matemática

Por Ateneia Ledesma

O projeto “Ciclo Formativos em Ensino de Matemática”, é uma ação de extensão proposta pelo Grupo de Estudo e Pesquisa em Ensino de Ciências e Matemática - GEPECIEM – UFFS/Campus Cerro Largo e é coordenado pela professora Danusa de Lara Bonotto. A ação envolve formação continuada de professores da Educação Básica das escolas da região, com a intencionalidade de constituir um grupo colaborativo para estudar, planejar e analisar estratégias pedagógicas para Educação Básica, refletir acerca das potencialidades e limitações da utilização de materiais manipuláveis e tecnologias de informação e comunicação. Para tal, toma-se como referência as tendências em Educação Matemática e a InvestigaçãoFormação-Ação que favorece a reflexão no sentido de promover mudanças na prática. Participam atualmente dos encontros quatro professores de Matemática da Universidade, em torno de 54 professores de Matemática da Educação Básica da região e cinco licenciandos do Curso de graduação em Ciências Biológicas e Física. Os encontros são mensais e realizam-se na última quarta-feira de cada mês. Atualmente o foco do trabalho envolve a utilização de tecnologias. De forma específica, até o mês de julho, os encontros terão como tema o estudo do software GeoGebra como recurso para auxiliar o ensino e aprendizagem de Matemática.

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PETNews - 2ª Ed. Maio/Junho - 2013 Os Ciclos Formativos em Ensino de Química e Física Por Fabieli Rhoden e Juliane Vieira O projeto Ciclos Formativos em Ensino de Física e Química está vinculados ao Grupo de Estudos e Pesquisa em Ensino de Ciências e Matemática – GEPECIEM e pertence ao programa: Ciclos Formativos em Ensino de Ciências e Matemática, o referido projeto está sob a coordenação geral da profª Dr. Julieta Saldanha de Oliveira. Os encontros dos Ciclos Formativos objetivam um espaço que viabilize uma integração qualificada entre escola e universidade, no sentido de possibilitar aos professores e acadêmicos participantes repensar o ensino de Física e de Química na perspectiva do educar pela pesquisa e da investigação-ação. Para isso, a metodologia que perpassa os encontros consiste na discussão de práticas pedagógicas, discussões conceituais que relacionam a teoria e a prática docente. Participam do grupo professores de Física e de Química da Educação Básica da Macrorregião Missioneira com abrangência de aproximadamente 10 municípios integrantes das diferentes Coordenadorias Regionais da Educação (CRE): 14ª, 17ª e 32ª, professores formadores da Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS e licenciandos do Curso de Licenciatura em Física e do Curso de Química Licenciatura da UFFS. Os encontros com todo o grupo são mensais, preferencialmente na ultima terça-feira de cada mês. Desses encontros alguns ocorrem separadamente entre os professores vinculados ao ensino de Física e os professores de Química. Ainda outros encontros são mais amplos com professores de Biologia, Física e Química denotando assim a importante discussão das especificidades e também da área do Ensino de Ciências. Especificamente no grupo vinculado ao Ensino de Química, as professoras formadoras são Dr. Julieta Saldanha de Oliveira, Ms. Judite Scherer Wenzel e Ms. Rosangela Ines Matos Uhmann. Esse subgrupo conta com a participação dessas 3(três) professoras formadoras, 9(nove) professores da Macrorregião e 16 (dezesseis) licenciandos do Curso de Química Licenciatura. Nesses encontros de formação continuada estão sendo abordados diferentes temáticas no ensino de Química. Estas decorrem das problemáticas e limitações vivenciadas pelos professores ao ensinar a Química e que foram expressas pelos participantes no primeiro encontro. O objetivo é buscar uma formação em colaboração e para isso todos os sujeitos tem espaços de opinião e de propor temáticas para serem abordadas. Os aspectos que mais foram ressaltados pelos professores estão vinculados a estratégias de ensino e discussões conceituais. Importante ressaltar que pretende-se constituir os Ciclos formativos em química como um espaço de formação interativo entre professores, licenciandos, prática e teoria, num processo de formação-investigação-ação, tendo como princípios o educar pela pesquisa. Para isso aposta-se na escrita do Diário de Bordo e da sua socialização no decorrer das práticas. O Ciclo Formativo em Ensino de Física estão sob a coordenação da Profª. Ms Juliana Machado e do professor Ms. Luis Fernando Gastaldo. Atualmente participam 2(dois) professores formadores, 11 (onze) professores da área e 11 (onze) acadêmicos do Curso de Física- Licenciatura. Nesses encontros são abordados vários assuntos relacionados ao processo de investigação-formação-ação, como conteúdos específicos da física, formação docente, metodologias de ensino, instrumentos de ensino e experimentação visando assim à mediação da formação de professores e priorizando a reflexão crítica dos mesmos. Dessas forma as temáticas, as discussões conceituais, bem como as práticas didáticas serão definidas a partir das problemáticas que emergirão das falas dos professores participantes do grupo. Sendo assim, podemos considerar esse espaço um local de investigação e sistematização de práticas, diálogos e interações formativas e de aprofundamento e mediação teórica, 19 ou seja, uma comunidade de ensino e aprendizagem de Física.


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PETCiências promove a II Gincalouros Por Karine Rudek Na terça-feira (23) e quarta-feira (24) do mês de Abril, foi realizada pelo Programa de Educação Tutorial (PETCiências), da Universidade Federal da Fronteira Sul, a II Gincalouros no intuito de recepcionar e interagir com os calouros de Ciências Biológicas, Física e Química. As atividades realizadas durante o Gincalouros foram as seguintes: desfile de escolha da Musa 2013 e Mister 2013, tendo como vencedores Tiago Smaniotto e Mônica Wolf do curso de Ciências Biológicas; Mateus Bratz e Joceide Schons do curso de Física; Douglas Luiz Zimmer e Tamara Mayer Leite do curso de Química. Além disso, foram realizados um Quizz de perguntas sobre conhecimentos gerais; Cantar o quê?; Soletrando em grupo. Confira abaixo alguns flashes desse momento de interação entre calouros e veteranos.

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Sessão XVI ENACED- ENCONTRO NACIONAL DA EDUCAÇÃO (primeira etapa de 6 a 10 de maio de 2013)

Por Vanessa Aina Person Foi uma grande honra participar e neste momento estar relatando sobre o XVI ENACED, primeiro evento em que participo fora da UFFS como bolsista de Iniciação Científica do PIBIC/CNPq, sendo de grande importância na minha vida profissional e pessoal. O XVI ENACED é um evento marcado pelo desejo de compreender mais a docência, com o objetivo de construir uma educação de qualidade. Tem como temática central O Profissional da educação: relações, identidade e o cuidado, buscando compreender as implicações e inquietações inerentes à prática docente.

Licencianda em Ciências Biológicas Bolsista UFFS – PIBIC/CNPq

No dia 09 de maio apresentei o trabalho de pesquisa desenvolvido juntamente com o professor da UFFS Prof. Dr. Roque Ismael da Costa Güllich, que tem como título: “O Espelhamento De Práticas Desencadeando A Reflexão Na Formação Continuada De Professores De Ciências”. O espelhamento de práticas aqui é tratado como um instrumento para o desenvolvimento da investigação-ação no contexto formativo. Um instrumento, porque é através da interação com outro sujeito que nos constituímos e repensamos a nossa própria prática, assim pelas experiências de outrem são também experimentadas pelos sujeitos de um grupo reflexões sobre as próprias práticas, desencadeando assim a reflexão formativa pelo diálogo reflexivo entre os pares e para com o texto (espelhamento). Como licencianda, vejo que essa interação com outros alunos e pesquisadores da educação de outras Universidades nos constitui como profissionais mais críticos, capazes de analisar e refletir sobre as situações problemáticas geradas em sala de aula e torna-se também uma aposta na sistematização e no diálogo com os outros para nos constituir professores numa perspectiva mais dialógica, transformadora e prática.

Próximos Eventos  15/05 - 30/06 Inscrições para o XII Encontro de Investigações na Escola Informe-se!!! A primeira Circular encontra-se disponível em http://www.petciencias.blogspot.com.br  15/05 - 30/06 Inscrições para o XII Salão do Conhecimento Maiores informações em http://www.unijui.edu.br/salao2013 22


Agenda 22 – 24/05- EREBIO em Santo Ângelo mais informações em http://www.santoangelo.uri.br/erebiosul2013/ 19/06/2013 - Seminário Temático – “Regiões de formação de estrelas e estrutura espiral da Via Láctea” com o Prof. Dr. Marcio Pinheiro.

PETNews: o Jornal do PETCiências. Edição n. 2 Maio/Junho 2013.

Editores: Débora Beatriz Nass Marmitt Erica do Espirito Santo Hermel Jonas Both de Melo Roque Ismael da Costa Güllich

Autores: Ateneia Ledesma Carine Kupske Cristiane Helena da Silva Débora Harms Stangherlin Fabieli Rhoden Juliane Vieira Karine Rudek Neila Feijó Bulling Tamini Wyzykowski

Enviando sugestões para o email do PETCiências petciencias@gmail.com. Sua opinião será bem recebida!

Vanessa Aina Person 23


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