REVISTA PAINEL - PRIMEIRA EDIÇÃO

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PAINEL

A REVISTA NÚMERO UM DA ENGENHARIA

ELÉTRICA

E 15
DO PET
EDIÇÃO Nº 1
EDIÇÃO COMEMORATIVA: 50 ANOS DA ENGENHARIA ELÉTRICA UFES, 30 ANOS DO PPGEE
ANOS
ELÉTRICA.

SUMÁRIO

O que temos a comemorar após 50 anos do curso de Engenharia Elétrica da UFES? Mulheres e Meninas na Engenharia: Projetos para intensificar a participação feminina nos cursos de

02 Carta ao leitor 50 anos de Engenharia Elétrica UFES Engenharia Elétrica - UFES: um curso de alta qualidade A engenharia é diferente e a elétrica... Essa é espetacular!
30 anos do PPGEE UFES Inteligência artificial Fundação do PET Elétrica Sessão solene Créditos 03 04 05 06 13 21 24 28 32 35 37
Engenharia

CARTA AO LEITOR

TIARA RODRIGUES SMARSSARO DE FREITAS

É com muita alegria que a primeira edição da revista Painel é publicada, em clima de comemoração do aniversário do curso.

Elaboramos um conteúdo especial para compartilhar um pouco da nossa história, conquistas e realizações, nessa Jornada da Engenharia Elétrica da Ufes

Nesse ano de 2021 temos o orgulho de celebrar os 50 anos do Curso de Engenharia Elétrica Ufes, os 30 anos do Programa de Pós-Graduação (PPGEE), e os 15 anos do PET Elétrica

Estamos mais conectados do que nunca, com um propósito de formar e capacitar pessoas

Temos orgulho em fazer parte dessa história, ajudando a construir uma Engenharia Elétrica que acreditamos que faz a diferença na sociedade

O caminho será sempre através dos nossos compromissos e valores, que são pilares que sustentam o nosso curso.

Desejo a todos uma excelente leitura e parabenizo a todos aqueles que fizeram ou fazem parte dessa história

Prof Dra Tiara Rodrigues Smarssaro de Freitas

Tutora do PET Engenharia Elétrica

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50 ANOS DE ENGENHARIA ELETRICA NA UFES

Desde 1976, formamos engenheiros eletricistas de excelência e somos referência em ensino para todo o país.

C L I M A D E A N I V E R S Á R I O N O A R ? ´ 04

ENGENHARIA ELÉTRICA - UFES: UM CURSO DE ALTA QUALIDADE

RAQUEL FRIZERA VASSALLO

Como atual Coordenadora do Curso de Engenharia Elétrica é com grande alegria que venho falar do nosso curso que completa 50 anos de existência, todos cheios de muito trabalho e felizmente com muitas realizações

Em 50 anos de curso, formamos mais de 1 700 engenheiros eletricistas Quando o Exame Nacional de Cursos, mais conhecido como PROVĂO, foi criado pelo MEC em 1996 com o objetivo de acompanhar a qualidade do ensino superior no país, nosso curso fez bonito mostrando a qualidade da formação dada aos nossos alunos, assim como a competência profissional adquirida por eles. Nas 6 edições do provão para Engenharia Elétrica, nós fomos 6 vezes seguidas "A", nota máxima. Depois, em 2004, foi criado o ENAD, o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes. Nossos alunos já participaram de 6 edições entre 2005 e 2019, sendo o nosso curso classificado com notas sempre acima de 4, onde o máximo é 5. Especialmente nas duas últimas avaliações, dos anos de 2017 e 2019, obtivemos nota 5, confirmando mais uma vez a qualidade do curso e reafirmando a nossa posição entre os melhores cursos de Engenharia Elétrica do país

Além de um curso de qualidade, o envolvimento de muitos de nossos professores com pesquisa oferece aos nossos alunos oportunidades de iniciação científica, complementando a sua formação com participação em projetos e desenvolvimento de pensamento científico, elementos fundamentais para o desenvolvimento e inovação tecnológica de um país O curso oferece ainda oportunidades de monitoria e envolvimento com projetos de extensão do Centro Tecnológico Em 2006, tivemos ainda o privilégio de conseguir criar o PET Engenharia Elétrica, o qual é uma grande oportunidade para nossos alunos vivenciarem mais de perto os aspectos de ensino, pesquisa e extensão da Universidade Este programa está completando 15 anos e vem contribuindo fortemente para o curso. Ao longo desses anos, 5 tutores contribuíram com o Programa, e mais de 100 alunos foram bolsistas.

Finalmente, é com grande alegria e satisfação que vemos muitos dos nossos ex-alunos desempenhando suas funções como engenheiros em vários lugares do país e do mundo. Não podemos também esquecer dos nossos ex-alunos que resolveram abraçar a carreira acadêmica e se tornaram professores em várias universidades, faculdades e institutos pelo Brasil afora ou mesmo no exterior Acredito que este compromisso e essa dedicação continuarão fortes por muitos, muitos anos, mesmo diante de todas as dificuldades que passamos enquanto instituição pública de ensino neste país! Não há crescimento para o Brasil sem a educação Parabéns a todos nós! Que venham mais 50 anos!

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UMA VISÃO EXPERIENTE

A ENGENHARIA É DIFERENTE, E A ELÉTRICA... ESSA É ESPETACULAR!

CRÉDITOS DA IMAGEM: NUNO MARQUES VIA UNSPLASH

REDIGIDO PELA PROFESSORA DOUTORA

JUSSARA FARIAS FARDIN

ENGENHARIA ELÉTRICA NA UFES JUSSARA FARIAS FARDINS

Uma professora escreve, a partir de um lugar frequentado por quase uma vida inteira, num dia de lembranças, de um mês acadêmico, do ano de aniversário dos 50 anos da criação do curso de Engenharia Elétrica da Universidade Federal do Espírito Santo - Ufes.

Vamos antes recordar um pouco sobre a caminhada da Ufes, espaço de conhecimento que acolhe o curso de Engenharia Elétrica A Ufes é uma jovem universidade e com a grande responsabilidade de formar profissionais de qualidade e entregá-los à comunidade a partir de seus quatro campi universitários: os de Goiabeiras e Maruípe em Vitória, o do município de Alegre e o do município de São Mateus

Segundo a história contada e escrita, a ideia da criação da Ufes começou a ser cunhada entre 1951 e 1952. Em 05 de maio de 1954, o governador Jones Santos Neves sancionou a lei que criou a Universidade do Espírito Santo – UES, que foi federalizada em 30 de janeiro de 1961 por lei sancionada pelo então presidente Juscelino Kubitschek. Em 1965, todas as instituições de ensino superior ligadas ao MEC passaram a ser nomeadas universidades federais e assim a UES continuou a trilhar seu caminho, agora sendo chamada Ufes.

Enquanto a Ufes estava sendo engendrada, o curso de Engenharia Elétrica ia tomando forma junto com ela. Lá no início de tudo, a UES era constituída por institutos universitários, entre eles, a Escola Politécnica do Espírito Santo (Epes) criada em 1951 com o objetivo de oferecer cursos de acordo com as demandas locais, entre eles, o curso de Engenharia Elétrica. O tempo passa e chega a Reforma Universitária de 1971 que extinguiu as antigas faculdades e escolas dando lugar aos centros de ensino com seus respectivos departamentos e assim, em 3 de junho de 1971, a Escola Politécnica do Espírito Santo tornou-se o Centro Tecnológico da Ufes e no ano seguinte, 1972, o Conselho Universitário decidiu que o Centro Tecnológico seria composto por cinco departamentos, entre eles o departamento único de Engenharia Mecânica e Elétrica mais tarde desmembrado em dois departamentos responsáveis pelos respectivos

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DESCRIÇÃO DA IMAGEM: CANETA EM CIMA DE UMA AGENDA CRÉDITOS: BOOKBLOCK VIA UNSPLASH

cursos No início, a Epes funcionou no Colégio

Estadual do Espírito Santo até a construção da sua sede, em 1953, no Bairro Maruípe em Vitória e lá permaneceu até 1975 com a mudança da sede para o campus da Ufes em Goiabeiras

Naquela época, entre 1972 e 1976, o processo seletivo, vestibular, dava acesso ao curso de Engenharia. A Ufes oferecia três habilitações em engenharia, a Elétrica, a Mecânica e a Civil e a habilitação era escolhida, pelo estudante, durante o segundo ano do curso Somente de 1976 em diante é que o processo seletivo passa a ser específico para o curso de Engenharia Elétrica

A primeira turma formada em Engenharia

Elétrica pela Ufes foi em 1975, mais precisamente em 19 de dezembro de 1975. A turma Electrica One, que era especial em vários aspectos Não tinha uma turma adiante desta, então, os monitores tinham que ser escolhidos entre os alunos da própria turma. Tínhamos que improvisar praticamente tudo. Os protoboards eram improvisados em eucatex com uma matriz de ilhoses de latão, destes de armarinho, onde os componentes eram soldados. Liga complicada de pegar solda! Vamos fazer uma homenagem a esta turma visionária citando o nome dos

engenheiros eletricistas formados nela:

- Ailson Rosetti de Almeida;

- Carlos César Carvalho Doellinger;

- Dante Segundo Pancini Pola;

- Deosdete José Lorenção;

- Eduardo Luiz Henriques;

- Geraldo José Lucas Carneiro;

- Gilson Pedreira da Silva;

- Henrique Profilo Pereira;

- Jailson José Neves Gomes;

- Jairo Baptista;

- Luiz Celso Calvi;

- Márcio José Borges;

- Milton José Lyrio Simonetti;

- Paulo César Casate;

- Renato Gomes Loyola;

- Romeu Pancini;

- Rômulo Haddad Souza.

Em dezembro de 2010, foi plantado um ipê no estacionamento do CT II, onde se localiza o prédio com as salas de aulas e laboratórios do curso de Engenharia Elétrica. Já tinham sido vividos 35 anos desde o dia da formatura. Ao passarem pelo ipê com sua placa comemorativa, lembrem-se da Electrica One!

O ano de 1976 foi o ano da formatura da primeira turma do regime de créditos. O reconhecimento do curso ocorreu em 1977

Esta professora que escreve, entrou na Ufes em

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08 CRÉDITOS: UFES
DESCRIÇÃO DA IMAGEM: MURO COM ARTE DA UFES

1974 e graduou-se em 1978, em fevereiro de 1979 começou a dar aula no curso de Engenharia Elétrica como professora colaboradora, os concursos ainda não existiam. Outros formandos da mesma turma também foram contratados e estamos juntos até hoje Deste grupo tivemos reitor, proreitor, conselheiros, diretor do NTI, chefes de departamento, de colegiados, todos professores, crescemos nas nossas carreiras docentes junto com a Ufes

E a vida segue Tínhamos começado a dar aulas e foi dada a partida para a continuidade da formação, com o departamento encaminhando os professores para fazerem mestrado e assim foi feito, um por um, com o objetivo de formar um corpo docente de qualidade e titulação para que nos próximos anos fosse possível a criação do curso de mestrado em Engenharia Elétrica

Lembram-se da primeira turma formada em Engenharia Elétrica pela Ufes em 1975? Pois bem, dela saiu o primeiro doutor egresso do curso de Engenharia Elétrica, o professor

Ailson Rosetti de Almeida que iniciou o mestrado em fevereiro de 1976 na Universidade Estadual de Nova Iorque, em Buffalo e, a convite do seu orientador, foi transferido direto do mestrado para o -

doutorado devido ao seu ótimo desempenho Logo após, o professor Edson de Paula Ferreira começa seu mestrado, em 1977, na Unicamp, em Campinas, e assim foi o segundo mestre egresso do curso de Engenharia Elétrica da Ufes. O corpo docente foi se preparando e em 1991 tem início o mestrado em Engenharia Elétrica da Ufes e alguns anos mais tarde, em 1997, começa o doutorado em Engenharia Elétrica. O programa de pós-graduação do curso de Engenharia Elétrica - PPGEE, já formou mais de 400 mestres e 140 doutores e conta com mais de 150 alunos regularmente matriculados. O programa hoje tem o conceito 5 junto à CAPES.

A criação do PPGEE estimulou a graduação e a participação dos alunos foi aumentando nos projetos de Iniciação Científica, projetos com as indústrias locais, projetos de extensão e em 2006, o Projeto PET da Engenharia Elétrica da UFES é selecionado pela Secretaria de Educação

Superior do Ministério da Educação A interação entre a graduação e a pós-graduação vem aumentando e contribuindo para que o curso de Engenharia Elétrica cresça em excelência

E a estrutura curricular, como evoluiu até hoje?

Cada estrutura curricular conta um pouco da história do curso, então, vamos relembrar como esta história se forjou a partir das edições das estruturas curriculares

DESCRIÇÃO DA IMAGEM: PRIMEIRA TURMA DE FORMANDOS DA ENGENHARIA ELÉTRICA UFES
09 CRÉDITOS: ACERVO PESSOAL

A primeira estrutura curricular (1976) era composta por um ciclo básico de dois anos, comum a todas as Engenharias, e um ciclo profissional de três anos e dela faziam parte o Projeto de Graduação e a realização de Estágio Supervisionado e, não havia disciplinas optativas Todos os engenheiros eletricistas formados pela Ufes nesta época tinham o mesmo currículo. Na segunda estrutura curricular (1981) foram introduzidas as especializações em Telecomunicações, Eletrotécnica e Eletrônica, com blocos de disciplinas específicas a cada especialização. Esta nova estrutura curricular mantinha a distinção entre ciclo básico e profissional e não havia a obrigatoriedade do Projeto de Graduação A terceira estrutura curricular (1990) era semelhante à de 1976, trazendo de volta o Projeto de Graduação, e também o currículo generalista, sem as disciplinas optativas A quarta estrutura curricular (1996) introduz as ênfases em áreas específicas, a saber, Eletrônica, Sistemas de Energia, Telecomunicações e Computação e voltaram as disciplinas optativas, agora em cada ênfase Uma alteração importante nesta estrutura curricular foi a aproximação entre o ciclo básico e o profissional. Permaneceu o Projeto de Graduação Na quinta estrutura

curricular (2009) houve a inclusão da ênfase em Controle e Automação e também foram incluídas as Atividades Complementares O curso então inclui disciplinas obrigatórias e optativas, Projeto de Graduação, Estágio Supervisionado e Atividades Complementares Na sexta estrutura curricular que está se aprontando para chegar, estão incluídas as Atividades de Extensão Toda matriz curricular passou por uma modernização e as unidades curriculares também. O aluno ou aluna que optar pela Engenharia Elétrica na Ufes receberá uma formação capaz de lhe dar condições de buscar pela colocação profissional desejada e de desenvolver solução para os mais variados problemas técnicos Os professores se mantêm capacitados e incentivados a buscar pelo conhecimento de ponta nas diversas linhas de pesquisa nas quais se dividem. O futuro é promissor para a Engenharia Elétrica, hoje apontada como a profissão do futuro, um futuro a ser realizado num prazo curtíssimo Esta é um pouco da história do curso de Engenharia Elétrica da Ufes, história esta que continua a ser escrita para depois ser lembrada em letra e voz entre todos aqueles que participarão direta ou indiretamente desta história

Várias informações deste texto foram obtidas nos sites oficiais relacionados ao curso de Engenharia Elétrica da Ufes e agradeço aos seus autores -

DESCRIÇÃO DA IMAGEM: PLACA PARA MEMORAR A PRIMEIRA TURMA DE ENGENHARIA ELÉTRICA DA UFES
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CRÉDITOS: ACERVO PESSOAL

CRÉDITOS: ACERVO PESSOAL

DESCRIÇÃO DA IMAGEM: IPÊ COM 21 ANOS DE IDADE, PLANTADO COMO SÍMBOLO COMEMORATIVO DA FORMAÇÃO DA PRIMEIRA TURMA DE ENGENHARIA ELÉTRICA DA UFES 11

AUTOCAD BÁSICO

O PET Elétrica oferta um minicurso de AutoCAD básico!

Fique de olho nas redes sociais.

@pet.eletrica.ufes

AutoCad é um software CAD - Computer Aided Design ou projeto e desenho assistidos por computador

O AutoCad é utilizado principalmente para a elaboração de desenhos técnicos em duas dimensões (2D) e para a criação de modelos tridimensionais (3D) O uso dessa ferramenta revolucionou a indústria de projetos, aumentando produtividade dos profissionais e reduzindo drasticamente as chances de erros

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DESCRIÇÃO DA IMAGEM: HOMEM USANDO O SOFTWARE AUTOCAD

UMA VISÃO EXPERIENTE

O QUE TEMOS A COMEMORAR APÓS

50 ANOS DO CURSO DE ENGENHARIA

ELÉTRICA DA UFES?

CRÉDITOS DA IMAGEM: PATRICK ASSALÉ VIA UNSPLASH

REDIGIDO PELO PROFESSOR DOUTOR EDSON

DE PAULA FERREIRA

DEPOIMENTO DO EX-PROFESSOR EDSON DE PAULA FERREIRA

O Curso de Engenharia Elétrica foi criado em 1971, com estrutura curricular em regime de créditos, em disciplinas semestrais, dividida em um ciclo básico de dois anos, comum a todas as Engenharias, e um ciclo profissional de três anos. O ingresso era feito, através do vestibular para Engenharia, sem opções à priori As opções para Elétrica, Civil e Mecânica eram feitas no decorrer do segundo ano. O primeiro vestibular com vagas específicas para o curso de Engenharia

Elétrica ocorreu em 1976 O curso foi reconhecido formalmente em 1977

Eu iniciei o ciclo básico do curso de Engenharia Elétrica na UFES em 1972, quando entrei como aluno na Engenharia da UFES, sendo o início do ciclo profissional da Engenharia Elétrica previsto para o início de 1973, isso porque na turma que ingressou em engenharia no início de 1971, ainda no regime seriado, havia um número considerável de alunos interessados na opção pela Engenharia Elétrica. Esta foi a primeira turma da Elétrica, que se formou no final de 1975. Diversas disciplinas foram cursadas pelas duas turmas juntas, a última do regime seriado e a primeira do regime de créditos

Para fazermos qualquer inferência sobre a evolução do curso, teríamos que situar o

curso no cenário da engenharia no Brasil, em particular no ES, em 1972 Uma descrição completa seria tarefa muito complexa, assim vamos prover um breve contexto por impressões qualitativas através de algumas histórias, que acreditamos que tenham alguma relevância

Em 1972 o Espírito Santo era um estado periférico no Sudeste, “meio Nordeste”. Se você falasse em São Paulo que era de Vitória, ouviria uma de duas perguntas: Vitória da Conquista?

Vitória de Santo Antão? De fato, por muitos anos, a ligação Sudeste-Nordeste foi a Rio-Bahia, a BR 116. Por isso, dizem, o Capixaba preservou os seus nomes, os seus maus modos e a sua cozinha No Rio e na Bahia, o nosso Guruçá é chamado de Maria Farinha Em 1977, fazendo mestrado na UNICAMP, o isolamento e o desconhecimento de Vitória do Espírito Santo ainda eram verdadeiros

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DESCRIÇÃO DA IMAGEM: VÁRIOS RELÓGIOS CRÉDITOS: AHMAD OSSAYLI VIA UNSPLASH

Nos anos 70, a engenharia no Brasil, mesmo nos grandes centros, salvo honrosas exceções, mormente em áreas de projeto na engenharia civil, a função do engenheiro era principalmente administrativa, dizia o folclore: ou engenheiro de compras, de estatal, ou engenheiro de vendas, de multinacional Na “periferia”, fora de Minas, Rio ou São Paulo, as oportunidades de participar em projetos relevantes de engenharia eram inexistentes Mesmo em 1977, nos grandes centros, por exemplo no antigo Departamento de Engenharia Eletrica da FEE/Unicamp, a participação da grande maioria dos professores e pesquisadores em projetos relevantes de engenharia era pequena Grandes projetos de pesquisa e desenvolvimento eram um sonho. Em Vitória do Espírito Santo, a situação da engenharia era ainda mais deficiente Um exemplo, da minha experiência ainda aluno que me fez pedir demissão como estagiário na concessionária de energia elétrica, foi o projeto da subestação de Viana Ansioso por participar, pedi para projetar a malha de terra Depois de muitos estudos, cálculos e desenhos a nanquim, fui informado que o projeto seria desenvolvido pela EPC, consultoria e projetos, de Belo Horizonte

Me surpreendeu que o departamento de subestações da empresa, com tantos engenheiros, delegasse o projeto a terceiros Nesse cenário o ciclo profissional do nosso curso nasceu, tendo como parteiro o professor Dante José de Araújo, vindo da UNB e como parteiros auxiliares os professores Joost Peter Rey, vindo da Holanda, via Campina Grande e José Heleno Ferracioli Nunes, com mestrado recente na PUCRJ Certamente outros professores e funcionários tiveram papel muito relevante no início do ciclo profissional do curso, sem esquecer o papel essencial de outros departamentos no ciclo básico, mas na minha percepção de aluno, esses três “ carregaram o piano” no lançamento do ciclo profissional e, particularmente, foram os que mais suportaram o meu assédio moral de aluno rebelde. O Departamento de Engenharia Elétrica nasceu atrelado ao de Engenharia Mecânica, por falta de infraestrutura administrativa

Além das demandas complexas para a instalação de infraestrutura física e de laboratórios, a outra dificuldade era encontrar docentes. Eles foram “caçados à laço” nas empresas locais Os professores em DE, principalmente esses três, faziam um rodízio alucinante, tentando cobrir as disciplinas básicas da elétrica. O Dante com circuitos e eletrônicas, o Rey com conversão e -

DESCRIÇÃO DA IMAGEM: SOLDA SENDO DERRETIDA POR UM FERRO DE SOLDA
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CRÉDITOS: THISISENGINEERING RAENG VIA UNSPLASH

máquinas e o José Heleno com Eletromagnetismo e outras da área de telecomunicações É importante ressaltar que, em 1972, o curso ainda não tinha os docentes necessários para iniciar o ciclo profissional em 1973 De fato, em 03 de janeiro de 1973 o professor Dante iniciou suas atividades na UFES como primeiro professor contratado especificamente para iniciar o ciclo profissional do Curso de Engenharia

Elétrica da UFES e o Departamento de engenharia Mecânica foi incumbido de prover lotação para os primeiros docentes contratados.

A dificuldade em conseguir quadros mais qualificados levou, desde o início, à adoção de uma estratégia de contratar alunos egressos do curso e enviar para pósgraduação. Mas nem isso era tarefa simples.

Os caça-talentos dos Departamentos de Matemática e de Física eram muito eficientes em cooptar os alunos da engenharia que por lá passavam. De fato, o Plínio Baptista da Física e o Standard Silva da matemática eram particularmente convincentes Todas essas circunstâncias desfavoráveis impuseram ao curso um desenvolvimento muito lento, seguindo o ritmo da própria UFES, de universidade pequena, em um estado

periférico Vontade política, ações estratégicas adequadas, liderança e recursos fazem toda a diferença para o crescimento de uma instituição

Enquanto a UFES, fundada em 1954, continuava pequena em 1978, a UNICAMP, cuja pedra fundamental ocorreu no final de 1966 e em 1967 foi agregando institutos isolados, sob a liderança de Zeferino Vaz, teve a sua instalação concluída em 1978. Quando o Zeferino deixou a reitoria nessa época, só o Instituto de Física tinha mais de uma centena de doutores

Sobre a questão da qualidade do curso, tendo em vista a infraestrutura e principalmente a qualificação docente, a diferença em 50 anos é grande O curso é bom e isso merece ser comemorado No início, havia um grande desbalanceamento entre o ciclo básico e o profissional. Sob o ponto de vista dos alunos da época, o básico era mais “apertado” Hoje todos os dois são mais que apertados, para os alunos, o curso é “tenso” No meu caso, depois de formado, chegando no mestrado na Unicamp em 1977, não tive maiores dificuldades, porque fiz muitas disciplinas de física e principalmente de matemática, participando dos Colóquios Brasileiros de Matemática, mas a minha deficiência nas disciplinas específicas da Engenharia Elétrica era significativa

O fato de o curso estar bom não significa que -

DESCRIÇÃO DA IMAGEM: MONTAGEM DE PROTÓTIPO ELETRÔNICO
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CRÉDITOS: THISISENGINEERING RAENG VIA UNSPLASH

CRÉDITOS: THISISENGINEERING RAENG VIA UNSPLASH

não possa ser melhorado, ao contrário, a realidade atual com a universidade “ameaçadas” por políticas equivocadas de governo compromete a manutenção da qualidade alcançada. Para melhorar mais, temos ainda que vencer problemas estruturais, conjunturais e culturais Pinçando alguns detalhes, a meu ver, o currículo do curso é adequado para alunos em tempo integral, o que seria verdade se esses fossem internos, como no modelo do ITA O estado devia entender a importância de engenheiros bem formados para o crescimento do país e dar a possibilidade de ficarem em regime de internato Como isso não vai ocorrer, seria desejável que os currículos fossem mais flexíveis e adaptados à realidade dos alunos Também deveria haver uma opção estruturada para fazer o curso em tempo parcial num período mais longo, mais adequada para alunos que têm que trabalhar Um outro aspecto que deixa a desejar é o da formação profissional complementar, via estágio Culturalmente as empresas no estado são, em geral, muito atrasadas e não entendem a corresponsabilidade delas na formação de mão de obra qualificada para o país. As empresas, na sua maioria, oferecem estágios de 6 horas, o que é um absurdo, pois

ocupa o aluno pelo menos 8 horas por dia Além disso, não dão treinamento especializado de qualidade e usam o aluno como mão de obra barata. Um vexame e uma pena que não esteja ao alcance da UFES fazer algo para resolver isso. Algumas coisas marginais certamente melhoraram na Engenharia da UFES Por exemplo, a entrada no curso de engenharia tinha um “trote” tradicional com brincadeiras de gosto “duvidoso”, hoje claramente inadequadas, onde a grande maioria dos veteranos era de fato bemintencionada e queria diversão, mas também propiciava a alguns perversos a possibilidade de desforras, que podiam passar dos limites. No meu caso, fui forçado a ingerir uma mistura alcoólica que me fez desmaiar, fui colocado dentro de um tubo de ferro, no sol, no pátio da velha Escola Politécnica na Av. Maruípe e deixado a cozinhar Depois fui jogado, sobre estrume, em cima de um caminhão de boi, que foi dar uma volta no centro da cidade Uma vez lá, eu caí do caminhão na Praça Oito. Felizmente, senão não estaria aqui contando essa história, que me foi contada em pedaços, algum benemérito me levou para o pronto socorro do Hospital dos Servidores na cidade alta, evitando mal maior. Tivemos muitas histórias de trotes infelizes

Um outro aspecto perverso, não marginal, que -

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DESCRIÇÃO DA IMAGEM: ALUNOS AO LADO DE UM QUADRO BRANCO

melhorou muito, era a discriminação e o tratamento inadequado dispensado às mulheres A engenharia era considerada um serviço para homens e o excesso de testosterona na área envenenava os espíritos, predominantemente machistas. Quando formei, no final de 1976, uma grande oportunidade profissional era o ingresso na Petrobrás, pelo edital de concurso para o curso de Engenharia do Petróleo. Eu desisti de fazer a minha inscrição porque uma amiga teve a sua inscrição recusada A meu conhecimento, somente no final de 1981, 3 mulheres tiveram acesso, mas judicialmente. Somente no final de 1982 foi aberto o primeiro edital para engenheiros, permitindo a inscrição de mulheres De qualquer forma, para esse edital, dos 150 aprovados a nível nacional, somente 4 eram mulheres. Esse número dá uma ideia da predominância masculina na área Olhando as grandes empresas no estado, sem prover dados concretos, o que se podia depreender na época é que, em várias delas, em muitos setores específicos, após estágio o percentual de contratações entre homens era maior que entre mulheres

Outro fator que representa uma melhoria significativa para a vida estudantil e -

profissional na UFES, em relação a 50 anos atrás, é que na época estávamos sob um regime militar Para entender como eram disciplinadas na época as escolas ou universidades, públicas ou privadas, é bastante didático e mesmo imprescindível, ler o Decreto-Lei n⁰ 477 de 1969.

O seu teor seria risível hoje, se não fosse tão trágico na época O objetivo era criminalizar qualquer organização, dissonância, crítica ou simples rebeldia. Na prática, o poder de “chefe de segurança ” da UFES era exercido por Alberto Monteiro (Coluna de A Gazeta de 04/02/2020), que tinha “olheiros”, que reportavam qualquer reunião não autorizada de mais que 3 alunos e qualquer atividade que eles consideravam como subversiva Num regime desses os perversos, os medíocres e os ressentidos têm a grande chance de exercer pequenos poderes e realizar grandes maldades. Qualquer desafeto podia ser denunciado ao poder paralelo e ser perseguido O nome podia ir parar no SNI (Serviço Nacional de Informações) em Brasília No meu caso, eu descobri que tinha a ficha “suja” no SNI quando fui contratado como professor em Maio de 1978, porque o meu contrato ficou retido em Brasília por vários meses, tendo sido liberado em Outubro, por intervenção do Diretor do CT, Professor João Miguel Feu Rosa, que teve que ir a Brasília pedir a liberação

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DESCRIÇÃO DA IMAGEM: PROTÓTIPO DE BRAÇO ROBÓTIO CRÉDITOS: THISISENGINEERING RAENG VIA UNSPLASH

Nessa época vários amigos foram presos e torturados, sem nenhum processo legal Para os professores “pioneiros” que ingressaram nos anos 70 e 80, sobravam tarefas de ensino de graduação, infraestrutura e administrativas Nesse cenário a dificuldade em fazer pesquisa era enorme, mas ela brotava, regada pela resiliência dos docentes. Eu particularmente, voltando do doutorado em 1984, fazia pesquisas e tinha orientandos fora da UFES, na COPPE-RJ e em Campinas, UNICAMP e CTI (Centro Tecnológico para Informática) A primeira Pós-graduação formal na UFES, à qual o Departamento de Engenharia Elétrica se vinculou, foi o Mestrado em Automação aberto em 1991, do qual eu fui o primeiro coordenador. Esse programa também tinha professores da Informática e da Mecânica Na implantação e

consolidação da pós-graduação em Engenharia Elétrica na UFES, diversos outros professores tiveram papel relevante, mas é digno de nota que o Professor Mário Sarcinelli, inegavelmente, tenha sido a mola propulsora dessa atividade nos anos mais difíceis Para os docentes que entraram nos últimos 20 anos, a possibilidade de inserção em atividades de pesquisa e pósgraduação é muito grande e isso é algo que temos a comemorar

Depois desses 50 anos temos a comemorar ainda a nossa infraestrutura e o perfil de qualificação alcançado para o corpo docente, mas, de fato, o que mais temos a comemorar é o “patrimônio” inestimável constituído pelos exalunos de graduação e de pós-graduação. Eles estão por aí, gerando riquezas e transformando o mundo Devemos ter muito orgulho disso

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DESCRIÇÃO DA IMAGEM: TESTE DE UM PROTÓTIPO DE BRAÇO ROBÓTICO PARA UMA PESSOA COM DEFICIÊNCIA CRÉDITOS: THISISENGINEERING RAENG VIA UNSPLASH
“ T O D O E R R O S E D E V E A F A T O R E S E X T E R N O S ( C O M O A E M O Ç Ã O E A E D U C A Ç Ã O ) ; A R A Z Ã O N U N C A E R R A . ” K U
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( F I L Ó S O F O , M A T E M Á T I C O E L Ó G I C O , A U T O R D O S T E O R E M A S D A I N C O M P L E T U D E ) 20
JULIA KADEL VIA UNSPLASH
R T G
D E L
CRÉDITOS:

P R O J E T O

M U L H E R E S N A

E N G E N H A R I A

UMA AMPLIAÇÃO DA PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES NA ENGENHARIA

Espaço conquistado e merecido pelas mulheres, é possível ver uma crescente participação feminina no campo da engenharia e das tecnologias no geral É claro que ainda há muito a ser feito, mas o que já está conquistado é motivo de comemoração O projeto de Inclusão e Diversidade do PET Elétrica entrevistou algumas das professoras do departamento de Engenharia Elétrica da Ufes como forma de homenagear as professoras do departamento e trazer uma reflexão aos alunos e alunas do curso sobre essa questão Quer conferir? É só apontar a câmera do seu celular para o QR Code abaixo:

21 DESCRIÇÃO DA IMAGEM: MULHERES FORMANDO UMA CORRENTE HUMANA FRENTE A UMA LAGOA CRÉDITOS: THISZUN VIA PEXELS

CRÉDITOS: ACERVO PESSOAL

PROJETO MENINAS NA ENGENHARIA

DESCRIÇÃO DA IMAGEM: MENINAS FAZENDO EXPERIÊNCIAS COM ELETRÔNICOS

Em 2018, um grupo de professoras do Departamento de Engenharia Elétrica e do Departamento de Informática da Ufes se mobilizou para participar de uma chamada de projetos do CNPq/MCTIC chamada “Meninas nas Ciências Exatas, Engenharias e Computação”, motivadas pela oportunidade de promover a longo prazo uma ampliação da presença de meninas e mulheres no CT. Dessa iniciativa surgiu o projeto de extensão "Consumo Sustentável de Energia em Ambientes Escolares: Iniciativas Femininas", em uma parceria com a Secretaria de Educação do Governo do Estado do Espírito Santo (SEDU-ES).

A necessidade de ampliação da presença feminina é evidente não somente nos corredores dos nossos prédios, mas também a partir da análise dos dados fornecidos pela Ufes Dentre os estudantes que ingressaram em cursos de Ciências Exatas, Engenharias e Computação na Ufes nos últimos 10 anos (2011 a 2020), somente 35,7% são mulheres No curso de Engenharia Elétrica, especificamente, somente 18,7% dos ingressantes no mesmo período são mulheres Diante disso, nosso projeto se enquadra no rol de ações da Ufes para a promoção do Objetivo do Desenvolvimento Sustentável 5 da Organização das Nações Unidas, o de Igualdade de Gênero

Do ponto de vista técnico, nosso projeto visa despertar a comunidade escolar e seu entorno para a problemática da eficiência energética, atribuindo à comunidade feminina da escola a liderança de ações de monitoramento e redução do consumo de energia elétrica que irão culminar na automação de ambientes escolares escolhidos pelas escolas participantes

A equipe da Ufes é composta por professoras do Departamento de Engenharia Elétrica e do Departamento de Informática, bolsistas de Iniciação Científica e colaboradores Atualmente, participam do projeto alunas dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio de cinco escolas públicas de Educação Básica, tanto da Região Metropolitana da Grande Vitória como do interior do estado do Espírito Santo: EEEFM Prof. Juraci Machado (Serra) ; EEEM Colégio Estadual do Espírito Santo (Vitória) ;EEEFM Gisela Salloker Fayet (Domingos Martins); EEEFM Victorio Bravim (Marechal Floriano); EEEFM Silvio Rocio (Vila Velha)

Pretende-se futuramente estender o projeto para outras escolas de Educação Básica no Espírito Santo. Quem desejar participar do projeto, seja oferecendo palestras, oficinas, minicursos ou qualquer atividade, por gentileza entre em contato conosco

Email: meninas.engenharias@gmail.com Instagram:@meninas na engenharia

REDIGIDO PELA PROFESSORA DOUTORA MARCIA HELENA MOREIRA PAIVA
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CRÉDITOS: ACERVO PESSOAL

DESCRIÇÃO DA IMAGEM: MENINAS EM FRENTE A UM CARTAZ DE DIVULGAÇÃO DO PROJETO 23

UMA VISÃO EXPERIENTE

30 ANOS DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA

ELÉTRICA DA UFES

CRÉDITOS DA IMAGEM: FOTO DE FAUXELS VIA PEXELS

REDIGIDO PELO

PROFESSOR DOUTOR MÁRIO

SARCINELLI FILHO

SÍNTESE PELO PROFESSOR MEMBRO DO PPGEE

MÁRIO SARCINELLI FILHO

O Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica foi concebido, em sua origem, como um curso de Mestrado em Automação, e seu projeto original incluía a participação de professores do Departamento de Engenharia Elétrica, do Departamento de Informática e do Departamento de Matemática, todos da UFES Tal projeto foi resultado do ímpeto de um grupo de professores que haviam obtido seus Doutorados em várias universidades brasileiras e do exterior, que tinham o desejo de trabalhar com pesquisa em temas correlacionados a Automação, aí incluindo Robótica, Controle, Otimização e Sistemas Inteligentes Após a primeira tentativa de aprovação de tal Curso pela CAPES, ficou por ela estabelecido que o curso deveria ser Mestrado em Engenharia Elétrica, com área de concentração em Automação, pois o comitê de avaliação CAPES mais diretamente ligado à proposta apresentada era o comitê Engenharias IV, responsável pelas avaliações nas áreas de Engenharia Elétrica e Engenharia Biomédica Assim é que o Mestrado em Engenharia Elétrica, com área de concentração em Automação, for criado pela Resolução 28/89 do Egrégio Conselho Universitário da UFES, que também criou a

Coordenação do Mestrado em Automação, responsável pelo referido curso Porém, para iniciar suas atividades, o Mestrado precisava primeiro obter a autorização da CAPES/MEC, o que foi feito durante o ano de 1990, inclusive com os professores Edson de Paula Ferreira e Mário Sarcinelli Filho, eleitos, respectivamente, Coordenador Geral e Coordenador Adjunto do Mestrado em Engenharia Elétrica da UFES, levando o projeto e apresentando a proposta a alguns membros do Comitê Engenharias IV da CAPES, então coordenado pelo professor Luiz Pereira Calôba, da UFRJ, comitê este responsável, como já mencionado, por analisar a referida proposta Criado pelo Conselho Universitário da UFES e autorizado pela CAPES, o Mestrado em Engenharia Elétrica, com área de concentração Automação, iniciou suas atividades em março de

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DESCRIÇÃO DA IMAGEM: PESSOA INSPECIONANDO UM EQUIPAMENTO ELETRÔNICO CRÉDITOS: RF. .STUDIO VIA PEXELS

1991, com o ingresso de sua primeira turma, e teve suas duas primeiras Dissertações de Mestrado defendidas e aprovadas em 1993 Hoje, já foram defendidas e aprovadas um total de 432 Dissertações de Mestrado. Posteriormente, o Ministério da Educação decidiu que o credenciamento dos cursos de Mestrado e Doutorado se dariam não mais através de processos analisados pelo Conselho Federal de Educação, vinculado ao Ministério da Educação, mas sim em consequência do conceito obtido na avaliação conduzida pela CAPES, o que ocorre até hoje. No nosso caso, o comitê Engenharias IV da CAPES, como já mencionado, é quem faz essa avaliação, atualmente a cada quadriênio

Em função do crescimento da Pós-Graduação no Brasil, o que também ocorreu na área de Engenharia Elétrica, a CAPES adotou a designação Programa de Pós-Graduação, para se referir a um corpo docente e uma infraestrutura únicos oferecendo os cursos de Mestrado e Doutorado, não mais considerando duas coordenações Assim, passou-se a ter Programas de Pós-Graduação completos, quando oferecem os cursos de Mestrado e também de Doutorado, e incompletos quando oferecem apenas o

curso de Mestrado Portanto, naquela altura nosso Curso de Mestrado em Automação, como originalmente concebido, mas que já tinha se transformado em Curso de Mestrado em Engenharia Elétrica, passou a ser o Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica – PPGEE, então um programa incompleto Faltava, porém, completar o Programa, criandose o curso de Doutorado em Engenharia Elétrica, o que ocorreu em 1997, quando o Doutorado em Engenharia Elétrica recebeu sua primeira turma Esse foi um desejo de todo o grupo de professores então vinculados ao PPGEE, que entendiam que suas pesquisas só estariam na fronteira do conhecimento das suas respectivas áreas de atuação com o trabalho de doutorandos, cujas teses, por definição, teriam que ir além da fronteira do conhecimento. Assim, desde 1997 até hoje o Programa de PósGraduação em Engenharia Elétrica é um programa completo, oferecendo os cursos de Mestrado e Doutorado em Engenharia Elétrica, e tem de fato realizado pesquisa de ponta nas áreas de conhecimento em que atua, como mostram as 140 Teses de Doutorado já defendidas e aprovadas Uma delas, inclusive, já foi escolhida como a melhor Tese de Doutorado nas áreas de Engenharia Elétrica e Engenharia Biomédica defendidas no Brasil, assim como -

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DESCRIÇÃO DA IMAGEM: HOMEM EM UM AUDITÓRIO FALANDO PARA UM CONJUNTO DE PESSOAS. CRÉDITOS: ICSA VIA PEXELS

duas outras receberam menção honrosa ao participarem do Concurso CAPES de Teses de Doutorado Porém, hoje o Programa não tem mais uma área de concentração, mas sim quatro linhas de pesquisa, a saber, Engenharia Biomédica e Processamento de Sinais (EBP), Processamento de Energia e Sistemas Elétricos (PES), Telecomunicações e Tecnologia da Informação (TTI), e Robótica, Controle e Automação (RCA) Seu quadro docente atual é composto por 26 docentes permanente, todos com formação em nível de Doutorado, que atendem um corpo discente de mais de uma centena de mestrandos e doutorandos, e que já publicaram um grande número de artigos científicos, em revistas e conferências de alcance nacional e internacional, relatando os resultados das pesquisas realizadas no Programa Como resultado de sua produção de dissertações, teses e da publicação de artigos, -

a CAPES atribuiu ao PPGEE o conceito 5, que é o maior conceito obtido na avaliação, em sua etapa básica Posteriormente, numa segunda avaliação, os Programas com conceito 5 são reavaliados, e alguns sobem para conceito 6 Estes, por fim, sofrem nova reavaliação, com alguns deles subindo para conceito 7. Visando exatamente atingir estes dois patamares mais elevados de conceito, o PPGEE atualmente está investindo num processo mais intenso de internacionalização, já com diversos acordos de cooperação com universidades estrangeiras celebrados, conforme sugerido pelo comitê avaliador quando de nossa última avaliação, em 2017, visando obter o conceito 6, ou até mesmo 7, num futuro próximo.

Essa é apenas uma síntese da história e dos resultados já obtidos pelo PPGEE Para conhecer mais detalhes do Programa, consultar a página web:

ele.ufes.br/pt-br/pos-graduacao/PPGEE/

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DESCRIÇÃO DA IMAGEM: TABLET E CADERNO COM ALGUMAS EQUAÇÕES E ESQUEMAS.
CRÉDITOS: FAUXELS VIA PEXELS

INTELIGÊNCIA

CRÉDITOS DA IMAGEM: FAKURIAN VIA UNSPLASH

REDIGIDO PELO PROFESSOR DOUTOR

PATRICK MARQUES CIARELLI
ARTIFICIAL UMA VISÃO GERAL

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

PATRICK MARQUES CIARELLI

A capacidade de aprendizado, raciocínio, dedução e reconhecimento de padrões são algumas das características fundamentais do ser humano Devido a estas características, o ser humano é capaz de projetar, criar e montar equipamentos e objetos que o ajudem nas tarefas do dia a dia De forma similar, ele pode modificar o ambiente em que vive para tornar menos hostil a sua sobrevivência Com o passar do tempo, surgiram várias tentativas de reproduzir a inteligência de um ser humano por meio do que chamamos de Inteligência Artificial (IA) É curioso notar que o conceito de IA mudou com o passar do tempo. Na Grécia antiga, por exemplo, um distribuidor de água era considerado inteligente por simplesmente fornecer água em função do peso da moeda que era colocada nele. Mais recentemente, no início do século passado, um sistema que era realimentado e mantinha a saída estável era considerado inteligente Inspirado no cérebro humano, na década de 1940 surgiu um novo campo de IA conhecido como Redes Neurais Artificiais (RNA), baseado no neurônio biológico e na estrutura das redes neurais que compõem o cérebro humano.

A partir de então, um novo conceito de IA começou a ser definida com raízes em diversas áreas, como Matemática, Estatística, Física, Biologia, Ciência da Computação e Engenharia De modo simplificado, podemos definir IA como a capacidade das máquinas simularem funções cognitivas dos seres humanos, como aprender, analisar e decidir quais escolhas fazer diante de determinadas circunstâncias Técnicas de IA não são programadas para realizar determinada atividade, elas “aprendem” a realizá-la por meio de um histórico de dados da tarefa Na última década houve uma grande revolução no campo da IA devido ao desenvolvimento de métodos de aprendizado profundo, que permitem treinar de forma efetiva redes neurais de alta complexidade

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KJPARGETER
DESCRIÇÃO DA IMAGEM: ILUSTRAÇÃO DE UM CÉREBRO EM CONTRASTE
CRÉDITOS:

Isto foi possível devido a combinação de três fatores: o aumento da capacidade de processamento, grande parte proporcionado pelo poder de processamento das GPUs (Graphics Processing Units), o surgimento de técnicas mais efetivas no treinamento de redes neurais e a grande massa de dados disponíveis atualmente para o treinamento de modelos de alta complexidade

O conhecimento de técnicas de IA é relevante para atacar vários problemas do mundo atual

A IA possui uma vasta área de aplicações sobre diferentes tipos de dados, tais como áudio, sinal, imagem, vídeo e texto Algumas destas aplicações são:

a) análise de sentimentos para saber a reação de pessoas sobre um assunto em redes sociais;

b) controle, gerenciamento, otimização e detecção de falhas em processos industriais;

c) carros autônomos;

d) detecção de câncer em tecidos humanos (pele, pulmões, etc );

e) detecção de dificuldades de aprendizado de alunos;

f) segurança por biometria, que são aplicações que usam partes do corpo do indivíduo para identificá-lo como um ser

único;

g) vídeo monitoramento automático de áreas de segurança;

h) tradutores automáticos, que permitem a tradução de textos para diferentes linguagens;

i) robôs em campo de batalha, capazes de andar em terrenos acidentados, detectar e evitar obstáculos, seguir rotas predeterminadas, entre outras tarefas

Com os avanços da IA, a tendência é que certas profissões irão desaparecer com o tempo ou cada vez menos terem presença no mercado de trabalho, enquanto novas profissões devem se proliferar Áreas relacionadas à robótica, programação, ciência de dados, entre outras, devem cada vez mais se destacar. Neste sentido, o Engenheiro Eletricista pode desempenhar um papel relevante, ao unir conhecimentos das áreas de processamento de sinais, robótica, eletrônica, programação, análise de dados, entre outras.

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DESCRIÇÃO DA IMAGEM: ILUSTRAÇÃO DE UM CÉREBRO HUMANO CRÉDITOS: FAKURIAN VIA UNSPLASH

LINGUAGEM PYTHON

O PET Elétrica oferta um minicurso de python básico!

Fique de olho nas redes sociais.

A linguagem python foi concebida no final de 1989 por Guido van Rossum no Instituto de Pesquisa Nacional para Matemática e Ciência da Computação (CWI), nos países baixos. Python é uma boa opção para que você possa ficar por dentro de uma linguagem de alto nível, que é fácil de ser apreendida e muito poderosa para a grande maioria dos trabalhos. Bastante empregada em Inteligências Artificiais, Big Data, Automação, entre outros

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DESCRIÇÃO DA IMAGEM: NOTEBOOK COM LINHAS DE CÓDIGO CRÉDITOS:
FAKURIAN VIA UNSPLASH @pet.eletrica.ufes

FUNDAÇÃO

CRÉDITOS DA IMAGEM: KATE MACATE VIA UNSPLASH

PROFESSOR DOUTOR
REDIGIDO PELO
MOISÉS RENATO NUNES RIBEIRO
DO PET ELÉTRICA UMA VISÃO EXPERIENTE

FUNDAÇÃO DO PET ELÉTRICA

MOISÉS RENATO NUNES RIBEIRO

O programa PET baseava-se no pressuposto de que uma formação "focada no mercado" tão defendida na atualidade pode tornar o Engenheiro descartável face às rápidas transformações tecnológicas No lugar, tentava experimentar capacitar o aluno/engenheiro a entender melhor o contexto que estava inserido (relação da sua área de ação com o mundo externo), tanto do ponto de vista de aspectos sociais e econômicos como do ponto de vista das interfaces com outras áreas do conhecimento uma vez que a engenharia tem relação direta com elas O programa estruturava-se, portanto, em eixos temáticos e projetos de pesquisa que eram desenvolvidos dentro de tais eixos Ou um problema analisado era quebrado nestes eixos, a saber, "Impacto Social da engenharia" e “Fronteiras da Engenharia Elétrica”. Havia ainda a linha de "Princípio das Coisas", onde o resgate histórico de tecnologias era feito trazendo a dimensão realista de como surgiram as tecnologias que usamos hoje (incluindo o papel de seus atores), seguido sempre de tentativas de reprodução em algum protótipo A experiência direta, o contato dos alunos com os fatos " em primeira mão" (e não somente "ler" o que foi feito) era uma constante em qualquer uma das iniciativas.

Por fim, tentar publicar e divulgar o que foi feito para compartilhar a experiência/devolver à sociedade Nos 4 anos iniciais do PET fizemos desde documentários (que foram apresentados em festivais), a artigos apresentados em eventos científicos e eventos locais de divulgação. Bom, resumindo, além das atividades de serviços aos alunos do departamento, e de ter interação com outros PET's, nós fizemos uma coisa que as maiores Universidade lá fora têm: programas e cursos específicos, chamados de "Science, Technology and Society (STS)", por exemplo: https://sts.stanford.edu/

Havia muito tempo que o Prof. Hans havia tentando criar com algumas tentativas (o PET da Informática é das primeiras levas) porém os editais não foram mais abertos Em 2006 o Prof Hans estava à frente do Colegiado e sugeriu que eu tentasse. E disse "não, obrigado". Todavia, -

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DESCRIÇÃO DA IMAGEM: VÁRIOS LIVROS EM UMA ESTANTE CRÉDITOS: ALEIX VENTAYOL VIA UNSPLASH

nesta época o Prof. Luiz de Calazans Calmon era um parceiro nas leituras e em discussões de vários temas ligados à aspectos de STS E daí dias depois resolvi aceitar o desafio do Prof Hans, mas a minha condição era fazer uma proposta ousada na linha do "tudo ou nada", ou a proposta venceria um Edital super concorrido, caso fosse entendida na sua abrangência, ou eu não perderia fazendo projetos convencionais de PET que não conseguem achar uma personalidade/linha de ação clara, e acabam fazendo um trabalho morno entre a "monitoria" e "iniciação científica" Ou então, muitas vezes, o PET torna-se uma "confraria", com espaço físico privilegiado e bolsas financiadas pela Estado, onde os "melhores alunos" convivem confortavelmente (sem lembrar que devem devolver ao curso resultados e transformações). Infelizmente, Prof. Luiz teve um câncer fulminante e não conseguiu ver a versão final que submeti, mas há uma dedicatória à sua memória ao final do Documentário "FREEDOM, POWER AND THE ENGINEERS IN THE MIDDLE". Estava no youtube, porém o canal do PET foi apagado Entretanto, no armário do PET havia DVD's que fizemos e distribuímos na época Espero

CRÉDITOS: PRISCILLA DU PREEZ VIA UNSPLASH

que não tenham descartado... Ah, os artigos publicado na época também não constam na página nova do PET Como relíquia viva, achei ainda uma chamada do evento que fizemos em dezembro de 2006, com os primeiros resultados dos projetos, acho que vai dar uma noção pra vocês de parte do que descrevi acima Vejam ai que os documentários citados foram legendados pelos alunos, uma atividade para contato com língua inglesa: https://youtu.be/JY5o e X9DQ

O espaço físico não existia, não havia infraestrutura para sala, de móveis, cadeiras, computadores nada

Aproveitamos computadores velhos, cadeiras escolares danificadas (serramos os braços) para os alunos poderem usar numa bancada Depois conquistamos o espaço que o PET ocupa hoje, e, novamente fizemos nós mesmos a reforma

O programa PET Elétrica pode ser irrelevante e se acomodar como a "confraria", ou então pode ter o papel de testar modelos de ensinoaprendizado

DESCRIÇÃO DA IMAGEM: MULHER LENDO UM LIVRO AO LADO DE UMA JANELA
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Sessão solene

REALIZADA NA CÂMARA MUNICIPAL DE VITÓRIA

CRÉDITOS: ACERVO PESSOAL

Em comemoração aos 50 anos do curso de Engenharia Elétrica da Ufes, no dia 15/12/2021 às 19 horas, foi realizada uma Sessão Solene na Câmara Municipal de Vitória, também transmitido pelo canal do Youtube Participaram do evento: professores, servidores, alunos, egressos, e autoridades da Instituição e da Câmara

A mesa foi presidida pelo presidente da Câmara dos vereadores, o vereador Davi Esmael e foi composta pelo Vicereitor, Prof Dr Roney Pignaton da Silva; o diretor do Centro Tecnológico, Prof Dr Lorenzo Augusto Ruschi e Luchi; o chefe do Departamento de Engenharia Elétrica, Prof Dr José Leandro -

Félix Salles; a coordenadora do Colegiado do curso de Engenharia Elétrica, Profa Dra Raquel Frizera Vassallo; o coordenador do Programa de Pós-Graduação em Engenharia

Elétrica (PPGEE), Prof Dr Domingos Sávio Lyrio Simonetti e o professor fundador do curso, Prof MSc Dante José de Araújo

O presidente da Câmara parabenizou a trajetória do curso e suas contribuições ao longo dos 50 anos, e conduziu a homenagem aos professores e servidores (atuais e aposentados) O Vice-reitor da Instituição destacou a importância do curso na Ufes e os avanços alcançados no ensino, na pesquisa e na extensão

COMEMORAÇÃO DOS 50 ANOS DO CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA - UFES

COMEMORAÇÃO DOS 50 ANOS DO CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA - UFES

O diretor do Centro Tecnológico citou a alegria de comemorar o Jubileu de Ouro do curso, ressaltando que atualmente é o curso com maior número de alunos matriculados no centro tecnológico, e o que tem o maior departamento do CT, com 34 docentes ativos O relato da composição do quadro docente do departamento e sua excelente atuação na sociedade e produção científica com premiações nacionais e internacionais ficou a cargo do professor José Leandro O professor destacou a trajetória do curso e a contribuição que o departamento tem proporcionado à sociedade com projetos de pesquisa e extensão coordenados pelos docentes, especialmente recentemente durante o enfretamento à pandemia da COVID-19 Ele ainda ressaltou a participação feminina no curso e os projetos no departamento que incentivam a participação das meninas no curso A atual coordenadora, professora Raquel, destacou o conceito do curso alcançado perante o MEC (em especial com nota máxima nas duas últimas edições) e a brilhante trajetória dos cerca de 1700 egressos do curso, o que confirma mais uma vez a qualidade do curso Ela também destacou a forte contribuição do PET ao curso ao longo dos últimos 15 anos Além disso, ela destacou que o programa pedagógico do curso vem sendo modificado e modernizado para acompanhar o desenvolvimento tecnológico atual e para atender o tripé

acadêmico O professor Domingos Sávio destacou a importância da pós-graduação, completando 30 anos, e o alcance que os egressos obtiveram ao longo desses anos espalhados pelo país e pelo mundo afora Muitos deles se tornaram professores, do próprio departamento, bem como em outras instituições de ensino Ele relembrou os desafios enfrentados por falta de reconhecimento e respeito público com os professores

E por fim, o professor Dante, fundador do curso, fez um depoimento emocionante do início da sua trajetória na Ufes, enaltecendo o papel dos que labutam na causa docente O professor se disse orgulhoso em participar da história do curso ao qual ele dedicou grande parte de sua vida e agradeceu ao convite para participar da sessão solene

A sessão foi encerrada pelo presidente, após as palavras da Profa Dra Jussara Farias Fardin A professora discursou com propriedade enfatizando que as homenagens se estendem a todos os professores, servidores e alunos que dedicaram e dedicam boa parte das suas vidas para a construção de um curso que preza pelo ensino público gratuito e de qualidade

E nas palavras do chefe do departamento: “Que a história do curso continue a ser escrita para depois ser lembrada, com letra e voz, entre todos aqueles que participarão direta e indiretamente dessa história” e que venham mais 50 anos!

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PROFA. DRA. RAQUEL FRIZERA VASSALLO PROF. DR. DOMINGOS SÁVIO LYRIO SIMONETTI PROF DR JOSÉ LEANDRO FÉLIX SALLES PROF MSC DANTE JOSÉ DE ARAÚJO

CRÉDITOS

INICIATIVA: PET ELÉTRICA

Essa revista é uma realização dos alunos do Programa de Educação Tutorial (PET) da Engenharia Elétrica Ufes, em conjunto com a tutora do grupo e professores colaboradores

Data: Dezembro de 2021.

EQUIPE EDITORIAL

EDITORES

Lorenzo Pereira Piccoli Xavier

Felipe Pereira Umpierre

Gabriel Simões Oliveira

DIAGRAMAÇÃO E ARTE

Lorenzo Pereira Piccoli Xavier

Felipe Pereira Umpierre

Gabriel Simões Oliveira

SUPERVISÃO

Dra Tiara Rodrigues Smarssaro de Freitas

REVISÃO

Lorenzo Pereira Piccoli Xavier

Felipe Pereira Umpierre

Gabriel Simões Oliveira

Dra Tiara Rodrigues Smarssaro de Freitas

Taisa Rodrigues Smarssaro Bahiense

Dr Marcelo Eduardo Vieira Segatto

PROFESSORES COLABORADORES

Dr Edson de Paula Ferreira

Dra Jussara Farias Fardin

Dra Marcia Helena Moreira Paiva

Dr Mário Sarcinelli Filho

Dr. Moisés Renato Nunes Ribeiro

Dr. Patrick Marques Ciarelli

Dra. Tiara Rodrigues Smarssaro de Freitas

Dra Raquel Frizera Vassallo

INFORMAÇÕES ADICIONAIS

Revista Painel Volume 1, Dezembro, 2021

Todas as imagens foram retiradas de um banco de imagens e acervo pessoal dos colaboradores

Crédito da imagem da capa: Pexels/Pixabay

INFORMAÇÕES E CONTATO: PET ELÉTRICA UFES

UFES - Universidade Federal do Espírito Santo

Av. Fernando Ferrari 514 - Campus Universitário

Vitória/ES

E-mail: pet eletrica ufes@gmail com

Site: https://www peteletrica ufes br/

Instagram: @pet eletrica ufes

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OPÇÃO DE DESCRIÇÃO DA IMAGEM
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