REVISTA PAINEL - TERCEIRA EDIÇÃO

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PAINEL

A REVISTA NÚMERO UM DA ENGENHARIA ELÉTRICA

EDIÇÃO Nº 3
Sumário Carta ao leitor 70 Anos do Ensino de Engenharia no Espírito Santo CT de Portas Abertas Melhorias de Infraestrutura do Prédio do Centro Tecnológico CT-II Duplo Diploma DEE Ufes & Télécom Paris: Relato de Alunos em Duplo Diploma MARIA T21: Um Robô Social Para Interação Com Crianças Autistas e com Síndrome de Down Melhores pesquisadores da Ufes Conheça um PET PET Elétrica no COBENGE Visita Educacional Créditos 03 04 08 12 24 30 35 36 38 40 41 02

CARTA AO LEITOR

TIARA RODRIGUES SMARSSARO DE FREITAS

Olá,caros(as)leitores(as)

Maisumanosefinda!Sótenhoaagradecer!Emespecialatodosetodasquecontribuírampara asnossasconquistasnesseanode2022.

Emnossaterceiraedição,temosmuitahistóriaparacontar

Começamoscomemorandoos70anosdoEnsinodeEngenharianoEspíritoSanto Trazemosum poucodessahistória,ondeoDiretordoCentroTecnológico(CT)apresentacomoopioneirismoe arespeitadatradiçãodoscursosdeEngenhariadoCentroTecnológico(CT)foramreconhecidose conquistaram o seu espaço. Ainda em clima de comemoração dos 70 anos, apresentamos a primeiraediçãodo“CT/UfesdePortasAbertas”queocorreucomopartedatradicional“Mostra deProfissõesdaUfes”,eprocuroufazeraconexãocomopúblicoexterno,provendoinformações doscursosdeGraduaçãoePós-graduaçãodoCT/Ufes Enãoficamosdefora,nossoPETmarcou presençanoevento.

Trazemos nesta edição um resumo das melhorias de infraestrutura que aconteceram nas instalaçõesdoprédioCT-II EntrevistamosoChefedoDepartamentoàépocaeosrelatosde envolvidos, professores, alunos e o Superintendente de Infraestrutura da Ufes contam um pouquinhodoprocessoedahistória.Nãodeixedeconferirosdepoimentos!

Dando continuidade ao tema Dupla Diplomação, nesta edição trazemos um artigo muito interessante onde a experiência de dois alunos do nosso curso, ex-bolsistas do PET, são apresentadas NãodeixemdelertambémoexcelentetextoondeoprojetodorobôMariaT21é apresentado:umrobôsocialparainteraçãocomcriançasautistasecomsíndromedeDown

Ainda, não podemos deixar de mencionar e parabenizar aos colegas pesquisadores da engenhariaelétricapelomerecidoreconhecimentodedestaqueinternacional,levandoaUfeseo DepartamentodeEngenhariaaomundo,oquemaisumavezdemonstraaqualidadeeexcelência dauniversidadepública

Para fechar a nossa edição, registramos um pouco das nossas participações em eventos, trabalhos e ações realizadas, que buscaram promover a interação com a sociedade e a aprendizagemativa

Esperoquegostem,desejoatodosetodasumaexcelenteleitura Aproveitoparadesejarumfeliz anonovo,cheiodeesperança,saúdeerenovo

ProfessoraDraTiaraRodriguesSmarssarodeFreitas

TutoradoPETEngenhariaElétrica

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70 ANOS DO ENSINO DE ENGENHARIA NO ESPÍRITO SANTO

REDIGIDO PELO PROFESSOR DOUTOR

LORENZO AUGUSTO RUSCHI E LUCHI

CRÉDITOS: PIXABAY

PEXELS
VIA

70 ANOS DO ENSINO DE ENGENHARIA NO ESPÍRITO SANTO

LORENZO AUGUSTO RUSCHI E LUCHI

Diretor do Centro Tecnológico da Universidade Federal do Espírito Santo

Das mãos de visionários, no início da década de 1950, da Sociedade EspíritoSantense de Engenheiros, surgiu a ideia de criação de uma escola de engenharia no Estado O engenheiro Roberto Viana Rodriguez, liderou a comissão, formada, além dele, por Artur Seixas, Manoel Pinto, Jonas Hortélio da Silva e Dido Fontes de Faria Brito, que viria a ser o nosso 1º diretor Esses podem ser considerados os pioneiros da Escola Politécnica do Espírito Santo, que foi criada pelo ex-governador Jones dos Santos Neves, em setembro de 1951, com um único curso, de Engenharia Civil Dada a rigidez dos exames, foram necessários 2 vestibulares para que se preenchessem as vagas para entrada dos novos alunos, o que só ocorreu em 1952 Provisoriamente, a Escola Politécnica do Espírito Santo funcionou no Colégio

Estadual do Espírito Santo, na Avenida Jerônimo Monteiro Em março de 1953, foi inaugurado o prédio próprio, na Av Maruípe, onde hoje funciona a Casa do Cidadão.

Até 1961 a Escola Politécnica era um órgão estadual, tendo sido neste ano integrada à então Universidade do Espírito Santo (que futuramente se tornaria a Ufes). O segundo j

curso da Escola, Engenharia Mecânica, iniciou-se em 1966

No início da década de 1970, com a instalação das grandes indústrias no Estado, e com expansão da eletrificação rural, surge uma alta demanda por profissionais da área, e o curso de Engenharia Elétrica se inicia (ciclo profissional) em 1973

A partir da implantação da reforma universitária na Ufes, iniciada em outubro de 1971, a Escola Politécnica foi transformada no Centro Tecnológico O Conselho Universitário, em 1972, dividiu o CT em 5 departamentos, Departamento de Estruturas e Edificações, Departamento de Hidráulica e Saneamento, Departamento de Transportes, Departamento de Engenharia Mecânica e Elétrica e Departamento de Engenharia Industrial.

DESCRIÇÃO DA IMAGEM: PESSOA ESCREVENDO EM UM QUADRO DE AULA CRÉDITOS: YAN KRUKOV VIA PEXELS
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Em 1975, o Centro Tecnológico se muda para o Campus “Alaor Queiroz de Araújo”, em Goiabeiras. As turmas passam a ser inicialmente desenvolvidas no CT-I e CT-II (do curso de Engenharia Elétrica), onde estão até os dias de hoje

Por quase 30 anos tivemos apenas os 3 cursos tradicionais (Civil, Elétrica e Mecânica) Os demais foram criados em 1990 (Engenharia e Ciência da Computação), 2003 (Engenharia Ambiental) e 2006 e 2016 (Engenharia da Produção vespertino e noturno, respectivamente)

A pós-graduação no CT é bem mais recente Apesar de esforços iniciados ainda na década de 1970, com a capacitação de vários docentes em universidades do Brasil e do exterior, a pós se iniciou de fato em 1989, com a criação do Programa de PósGraduação em Engenharia Ambiental, pioneiro no país na área (juntamente com a Escola de Engenharia de São Carlos - USP)

A década de 1990 trouxe os demais programas, sendo que a pós em Engenharia Elétrica nasceu em 1991, inicialmente como Mestrado em Automação, atendendo à demanda do mercado local Em 1994, 1996 e 1997 se iniciam respectivamente, o Programa de Pós-Graduação em Informática, em Engenharia Mecânica e em Engenharia Civil Já neste século surgiram os 2 programas de Mestrado Profissional existentes no Centro, em Engenharia e Desenvolvimento Sustentável (2007) e de Gestão de Recursos Hídricos (2016)

Gerações e mais gerações de engenheiros e bacharéis foram formados na Escola Politécnica e Centro Tecnológico. Eles foram e continuam sendo fundamentais para o desenvolvimento do nosso Estado, com atuação nas mais diversas áreas São mais de 8.000 egressos de nossos cursos de graduação e pós-graduação.

06 CRÉDITOS: CENTROTECNOLOGICO.UFES VIA INSTAGRAM
DESCRIÇÃO DA IMAGEM: FORMANDOS DA TURMA DE 1972 DO CENTRO TECNOLÓGICO (ENGENHARIAS CIVIL E MECÂNICA, ÚNICOS CURSOS NA ÉPOCA).

A pesquisa no CT mostra-se pujante, com diversos docentes e pesquisadores dos vários programas de pós-graduação entre os mais renomados do Brasil, em projetos integrados com universidades de outros estados e países, com alta produção reconhecida pelo CNPq e pela Capes. Além do ensino e pesquisa, os alunos têm no Centro Tecnológico a oportunidade de participar de inúmeros projetos de extensão, seja em atividades junto à comunidade externa ou na prestação de serviços, como também em equipes competitivas, marcando presença em eventos no país e no exterior, com várias premiações obtidas O Centro Tecnológico se renova a cada dia e se apresenta preparado para os novos desafios, com sua robustez e grandiosidade no âmbito da Ufes e do Estado do Espírito Santo. A nossa formação não se limita preparar profissionais para o mercado de kkkkkkk

CRÉDITOS: CENTROTECNOLOGICO.UFES VIA INSTAGRAM

de trabalho, mas também para o desenvolvimento da ciência e inovação, fundamentais no século XXI.

Fontes consultadas:

Silva, C. M. S.; Pinheiro, J. E. História do ensino de engenharia no Espírito Santo: da Escola Politécnica ao Centro Tecnológico da UFES Edufes, 2008

Resoluções do Conselho Universitário e do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão

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DESCRIÇÃO DA IMAGEM: ENTREGA DO ANEL DE ENGENHEIRO AO FORMANDO PAULO DA SILVA PINHO PELO ENTÃO EXMO. SENHOR DIRETOR DO CENTRO TECNOLÓGICO DA UFES, PROF. NELSON GOULART MONTEIRO FILHO.

O CT/Ufes de Portas Abertas é um projeto de extensão que consistiu em um evento realizado em comemoração aos 70 anos do Centro Tecnológico da Universidade Federal do Espírito Santo. O evento ocorreu como parte da Mostra de Profissões da Ufes, realizado nos dias 22 e 23 de novembro de 2022 O objetivo era prover ao público externo - estudantes de escolas públicas e particulares do Ensino Médio e Técnico da região da Grande Vitória - informações sobre o funcionamento dos cursos de Graduação e Pós-graduação do CT/Ufes Nesse evento, teve diversas atividades como: visitas guiadas de diferentes grupos a laboratórios dos cursos; realização de oficinas envolvendo tecnologias aplicadas; palestras e exposição de projetos Assim, tinha-se como intuito incentivar os estudantes a cursarem os cursos de graduação nas áreas de engenharia e tecnologia, ampliando o conhecimento sobre qual curso seguir e, dessemodo,melhoraroacessoeapermanênciadessesestudantesnoscursosdegraduação.

O PET Elétrica marcou presença no CT de Portas Abertas, ministrando a Oficina de Arduino Básico e auxiliando nas visitas guiadas aos laboratórios de Engenharia Elétrica Na oficina, kkk

foram abordados os conceitos básicos sobre a placa Arduino e sua plataforma de código aberto, bem como alguns tópicos acerca da teoria de circuitos eletrônicos. Ao final, foi realizada a prototipagem pelos alunos, com o auxílio dos monitores, de um circuito composto por leds acionados por botões para despertarointeressedosestudantes

Confira alguns momentos

CRÉDITOS: DIVULGAÇÃO CT DE PORTAS ABERTAS
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OFICINA DE ARDUINO BÁSICO

DESCRIÇÃO DA IMAGEM: APLICAÇÃO DA OFICINA DE ARDUINO

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BÁSICO

VISITAS GUIADAS

DESCRIÇÃO DA IMAGEM: REALIZAÇÃO DAS VISITAS GUIADAS

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Para saber mais sobre o projeto, acesse o QR Code abaixo.

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MELHORIAS DE INFRAESTRUTURA DO PRÉDIO DO CENTRO TECNOLÓGICO CT-II

As melhorias de infraestrutura do prédio do Centro Tecnológico CT-II foi finalizada em setembro de 2022 O PET Elétrica entrevistou o ex-chefe do Departamento de Engenharia Elétrica, Professor Dr José Leandro Félix Salles, para saber os detalhes e obteve o relato de alguns professores e alunos e do Superintendente de Infraestrutura da UFES, Prof Alessandro Mattedi

CRÉDITOS: ACERVO PESSOAL 12

Poderia nos contar um pouco da história do prédio?

"O prédio do CT-II foi construído durante a década de 1970, ou seja, há mais de 40 anos Na década de 80, este prédio alojava a secretaria e o colegiado do curso de Eng Elétrica, salas de aulas, laboratórios de graduação e algumas salas de professores do Dep de Eng Elétrica com dedicação exclusiva Na década de 90, iniciou-se uma intensa ocupação dos espaços do CT-II, devido à criação do curso de pós-graduação em Eng Elétrica, e da oferta de disciplinas básicas do curso de Eng Elétrica para vários cursos de graduação do CT, como Eng Civil, Mecânica, Computação, Ambiental etc

A partir de 2000, o prédio passou a ser ocupado também à noite, por alunos de escolas públicas estaduais do ensino médio matriculados no programa Universidade para Todos, que tinha a finalidade de prepará-los para fazer vestibular na UFES "

Quando se iniciaram os projetos/planos para os reparos acontecerem?

"Em 2010 o prédio do CT-II apresentava vários problemas nos pisos, banheiros, e instalações elétricas, necessitando de uma completa reforma A partir de 2010, os laboratórios de pesquisa da área de Telecomunicações e salas de aula de pósgraduação migraram para o prédio do CT 6, e nesta época foi criada uma comissão do espaço físico no Dep Eng Elétrica para planejar as futuras ocupações do CT-II, ou seja, fazer um projeto arquitetônico dos novos laboratórios e salas de aula e buscar recursos para implementar uma reforma nas instalações de todo prédio (salas de aula, laboratórios, telhado, fachada, instalações elétricas, etc) Este projeto foi finalizado por volta de 2015 e encaminhado à Prefeitura Universitária "

Como estavam as condições do prédio antes do início da reforma? Já havia tido alguma reforma nos anos anteriores, considerando o tempo de existência do prédio?

"Na década de 90 fizeram pequenas melhorias no CT-II, para expandir os Laboratórios de Eletrônica e de Circuitos Colocaram divisórias no segundo piso, e refizeram as instalações elétricas destes laboratórios Criaram também um espaço com várias divisórias para alojamento dos professores com dedicação exclusiva do Dep Eng Elétrica, onde atualmente são os Laboratórios LabVision, LECO e LCI Devido à intensa utilização do prédio, a partir da década de 90, o CT-II começou a apresentar problemas nos pisos, banheiros, e instalações elétricas, e como não se realizava manutenções periódicas, a situação foi se agravando até que em 2020 o prédio não tinha mais condições de ser usado Os pisos estavam soltos, as janelas quebradas, as paredes sujas, goteiras nos tetos, e havia frequentemente queima de equipamentos usados em laboratório, devido à situação precária das instalações elétricas "

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Quais as maiores dificuldades enfrentadas?

"Foram muitas A primeira foi elaborar um projeto que atendesse às demandas futuras do departamento em relação a salas de aula e laboratórios Portanto, foi necessário criar uma comissão do espaço físico do CT-II, que ficou responsável pela realização deste projeto (arquitetônico, hidrossanitário e elétrico) Outra dificuldade foi conseguir recursos para execução do projeto Os recursos necessários eram vultosos, e realizar a reforma por meio de licitação ficou inviável A única alternativa seria utilizar verbas de manutenção da UFES, retidas de anos anteriores, e entregar a execução da reforma para uma empresa contratada pela prefeitura universitária da UFES Outra dificuldade encontrada foi durante a execução, pois tivemos várias paralizações, devido à dificuldade de esvaziar as salas de aulas (a obra só podia ser realizada se as salas estivessem vazias, sem nenhuma cadeira, móveis e equipamentos) pois havia poucos espaços disponíveis nos prédios do CT para guarda-los (somente no CT-VI, em alguns laboratórios) Tivemos também problemas relacionados aos atrasos na aquisição de material e mão de obra e interrupções na prestação dos serviços "

Quanto tempo estava previsto e quanto tempo de fato demorou a reforma?

"A previsão era fazer a reforma em 1 ano, mas a sua execução foi realizada em 2 anos "

Qual a importância da participação dos docentes e discentes nesse processo?

"Muito importante. No início do primeiro semestre 2020, alunos e professores do Dep. de Eng. Elétrica se uniram para pressionar a reitoria com o intuito de começar imediatamente a reforma, já que as instalações do CT-II estavam muito precárias. Após várias negociações com a reitoria, foi prometido que a prefeitura iniciaria a obra no mês de março de 2020.

Docentes e discentes apoiaram na realização de mudanças de móveis, computadores, e equipamentos para desocupar as salas que seriam reformadas. Este material foi levado de uma sala para outra dentro do CT-II, ou para o CT-VI. Alguns professores acompanharam a obra bem de perto, e conversavam diretamente com os ficais da prefeitura e com os pedreiros, eletricistas e pintores, quando eram necessários esclarecimentos "

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O afastamento dos discentes e docentes por conta da pandemia contribuiu para a agilizar o processo?

"Foi fundamental. Se não houvesse a pandemia esta obra talvez não estivesse terminada. Pois deu condições para esvaziar as salas e laboratórios do CT-II, sem interferir no andamento das aulas, as quais estavam ocorrendo remotamente."

As salas de aulas e os laboratórios ficaram melhores (mais amplos, iluminados etc)? Alguma coisa poderia ter ficado melhor?

"Com certeza, todo sacrifício valeu a pena O interior do CT-II está com uma aparência muito melhor: mais amplo, escadaria, corrimão, portas e janelas novas, paredes pintadas, todo piso é novo, e o mais importante, as instalações das redes elétricas e de dados foram totalmente refeitas, e estão com as suas capacidades aumentadas

O que acho que poderia ter ficado melhor são as portas dos laboratórios pois elas ficaram com duas abas Para trazer mais segurança foi necessário colocar grades em todas as portas dos laboratórios o que atrasou ainda mais a finalização da reforma "

O que ainda falta no prédio do CT-II para considerar finalizada a obra?

"Para conclusão das melhorias projetada em 2015 é fundamental a instalação dos aparelhos de ar-condicionado na secretaria no colegiado e nas salas de aula do primeiro piso Sem esquecer da fachada que está muito danificada e a continuidade na melhoria dos telhados que apresentam goteiras em períodos de chuva "

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Veja algumas fotos do CT-II antes e depois

CT-II ANTES

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DESCRIÇÃO DA IMAGEM: CORREDORES E PISOS DO CT II ANTES DOS REPAROS
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DESCRIÇÃO DA IMAGEM: BANHEIROS, BEBEDOURO E AR-CONDICIONADOS DO CT-II ANTES DOS REPAROS

CT-II ATUAL

DESCRIÇÃO

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DA IMAGEM: SALA DE AULA E LABORATÓRIOS DE ELETRÔNICA DO CT-II ATUALMENTE
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DESCRIÇÃO DA IMAGEM: SALA DO PET, BANHEIRO, BEBEDOURO E CORRESDORES DO CT-II ATUALMENTE

DEPOIMENTO DOS PROFESSORES

DRA. RAQUEL FRIZERA VASSALLO

Com a reforma do CT-II as salas de aula melhoraram bastante, porém ainda precisamos da instalação de ar-condicionado e de projetores nas salas de aula Mas estamos com cadeiras, pisos, grades e janelas novas e com o ambiente pintado, o que é já é algo muito bom Mas faltam essas melhorias importantes para serem feitas

No segundo andar, onde estão alguns laboratórios de pesquisa, entre eles o meu laboratório que é o LabVision, a reforma foi muito importante No caso do meu laboratório, ganhamos mais espaço, e isso era muito importante para a realização dos nossos experimentos com o espaço inteligente e os robôs móveis. Além disso, por causa dessa ampliação, pudemos reservar um espaço para criar um pequeno data center para instalar um servidor e alguns GPUs que, atualmente, têm se tornado equipamentos essenciais para quem trabalha com visão computacional associado a aprendizado de máquina Então, em termos de laboratório, a reforma foi muito bacana

Entretanto, infelizmente com as coisas públicas e com os cortes de gastos, ainda estamos com vazamentos no telhado Por conta disso, vários laboratórios, inclusive um deles é laboratório de aula, encheu d'água com essa chuva É triste ver que uma reforma que acabou de ser feita não resolveu um dos problemas antigos que tínhamos Entregou um prédio novo, com um espaço ótimo, mas um dos problemas essenciais, que era a melhoria do telhado para evitar essas infiltrações e alagamentos, não conseguiu ser concluída ”

DR. RICARDO CARMINATI DE MELLO

“A reforma no CT-II foi muito bem-vinda Uma boa infraestrutura é a base para tudo que fazemos na universidade Tivemos toda a parte elétrica do prédio refeita, com quadros de distribuição visíveis e acessíveis, fatores que nos dão mais segurança no uso dos equipamentos e na condução das aulas de laboratório A infraestrutura de rede também foi refeita, disponibilizando pontos de rede sem fio nos corredores e armários de rede separados para cada laboratório de pesquisa. As adequações para acessibilidade também são pontos positivos na reforma: banheiros acessíveis foram construídos e em breve, deverá ser feita a instalação de um elevador. Além disso, o novo piso, nova pintura, nova iluminação, novas portas e janelas deixaram o ambiente interno mais agradável

Particularmente, fiquei muito satisfeito com a estrutura dos novos laboratórios de eletrônica Os laboratórios já eram bem servidos em termos de equipamentos e hoje temos uma estrutura superior para as aulas Temos bancadas suficientes para turmas de até vinte alunos e espaço interno para aulas mais interativas, com mais recursos didáticos Minha experiência até então tem sido bastante positiva; esse tipo de atualização na estrutura que temos disponível é fundamental para podermos desempenhar nossas atividades em alto nível ”

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DEPOIMENTO DOS ALUNOS

CAIO HENRIQUE RODRIGUES MARCELOS

"Sobre a reforma do prédio do CT-II podemos ressaltar diversos pontos estruturais que antes eram insalubres e que tiveram uma enorme melhora, a começar pelos banheiros masculinos que eram pequenos e os poucos mictórios que tinham ainda estavam quebrados. Agora com a reforma temos banheiros mais espaçosos, planejados e que possuem dispenser para sabão e torneiras de pressão. Há também um banheiro para pessoas com deficiência, que antes também não tinha, tal como para um futuro elevador. Antes da reforma os pisos soltavam sobre nossos pés, não havia corrimão para subir as escadas, as salas de aula eram sujas com tomadas que não funcionavam e lâmpadas queimadas Com a reforma essa realidade mudou, temos um piso firme e salas de aula limpas com uma boa iluminação Os laboratórios de eletrônica tiveram uma grande melhora também pois as paredes foram pintadas, trocaram as luminárias, e rearranjaram as bancadas tornando tudo melhor iluminado "

JESSICA SOUZA KUBIT

“Apesar de ainda não estar 100%, a reforma do prédio do CT-II foi muito importante para discentes e docentes; antes da reforma era difícil até de andar pelos corredores, pois o piso ia saindo do lugar; não tinha bebedouros que funcionavam, precisávamos pegar água em outros prédios e acabávamos perdendo muito tempo de aula; outro ponto que foi ótimo, em especial para nós mulheres, foi a ampliação do banheiro feminino, porque agora temos várias cabines disponíveis, enquanto antes da reforma, existiam apenas duas cabines e dava fila

Mas para mim o ponto alto da reforma foram os laboratórios, as aulas práticas são essenciais para a nossa formação, e antes existiam muitas tomadas que não funcionavam, infiltrações que impediam o funcionamento; foi de extrema importância para o curso como um todo ”

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RELATO DO SUPERINTENDENTE DE INFRAESTRUTURA DA UFES

PROF. ALESSANDRO MATTEDI

Em torno de 2013, visto às péssimas condições de infraestrutura do Prédio Prof Dante José de Araújo - CT-II, o Departamento de Engenharia Elétrica (DEE) realizou um trabalho para viabilizar projetos para a reforma geral do CT-II Porém, a reforma não pôde ser concretizada por falta de recursos Em 2018, novamente, os professores do DEE, com apoio da direção do Centro Tecnológico, em parceria com o LABOR, providenciaram uma revisão dos projetos existentes (exceto, projetos de elétrica e de lógica) e construção de uma planilha orçamentária, para que a obra pudesse ser contratada No entanto, essa demanda foi preterida em função de outras demandas da Universidade, no final de 2018, o que gerou grande insatisfação dos usuários do CT-II. Enfim, com o início da atual gestão da UFES, em março de 2020, a demanda de melhoria de infraestrutura do CT-II foi pautada como prioritária, e as intervenções foram iniciadas, por meio de reparo geral de todos os banheiros e pisos dos corredores, elencados como de maior prioridade, naquele momento; no entanto, começamos a viver a COVID-19, o que trouxe diversos desafios para a continuidade das intervenções Nesse contexto de pandemia, houve o entendimento, naquele momento, de que as janelas de madeira deveriam ser substituídas por esquadrias de alumínio, devido à necessidade de melhoria das condições de ventilação do prédio No início de outubro de 2020, novas intervenções foram iniciadas para conclusão dos reparos dos pisos, nas salas, laboratórios e secretarias Também, foram realizadas algumas readequações de espaços, instalação de novas portas e corrimões nas escadas, visando resolver os sérios problemas de acessibilidade Essas intervenções foram finalizadas em torno de abril de 2021 No entanto, para que o prédio pudesse ser entregue, precisava ocorrer um reparo geral do telhado, das instalações de elétrica e de lógica e de uma pintura geral interna Para o reparo do telhado, foi necessário fazer a retirada da usina fotovoltaica, trocar telhas e reinstalar a usina Para as execuções de elétrica e de lógica, iniciamos a viabilização dos projetos, em conformidade com os espaços readequados, o que foi realizado de julho a novembro de 2021, quando iniciamos a execução das novas instalações de elétrica e de lógica, concluídas em torno de junho de 2022. Nesse mesmo período, os reparos de pintura foram realizados e alguns aparelhos de ar condicionado foram instalados No entanto, apesar de todos esses esforços, alguns problemas de infiltração ainda persistem, mas novas ações corretivas serão realizadas em breve; além da conclusão das instalações dos aparelhos de ar condicionado das salas de aula Por fim, apesar de todos os desafios que possam haver, continuaremos comprometidos para melhorar a infraestrutura de nossa universidade e, dessa forma, a condição de trabalho de todos, para que possam exercer seus trabalhos com dignidade, motivação e, acima de tudo, muito amor

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CRÉDITOS: ACERVO

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DESCRIÇÃO DA IMAGEM: SALA DE AULA DO CT-II ATUALMENTE
PESSOAL

DUPLO DIPLOMA DEE UFES & TÉLÉCOM PARIS

RELATO DE ALUNOS EM DUPLO DIPLOMA

Na segunda edição da Revista Painel, a Professora Doutora Maria José Pontes, Chefe da Divisão de Acordos de Cooperação da Secretaria de Relações Internacionais da Ufes, apresentou o Duplo Diploma DEE Ufes & Télécom Paris Para acessar o conteúdo publicado anteriormente aponte a câmera do seu celular para o QR Code abaixo. Nesta terceira edição, apresentamos o relato de dois alunos em dupla diplomação do curso de engenharia elétrica e ex-petianos, Thalis Rocha Pestana, que conta como foi o processo de seleção, e Alaf do Nascimento Santos, que relata a sua experiência até o momento

CRÉDITOS: KIMBERLY FARMER VIA UNSPLASH

THALIS ROCHA PESTANA PROCESSO DE SELEÇÃO

seletivo para o programa Brafitec ocorre em duas etapas: o interna e uma seleção feita pela universidade estrangeira interna se dá por meio de edital, divulgado pela SRI de Relações Internacionais). Geralmente, são concedidas , mas há casos em que outras universidades participantes hem todas as vagas e “sobram” algumas bolsas que podem eitadas por outras universidades Isso não é uma regra Em ditais abertos durante o ensino à distância esse mento de bolsas não foi permitido pela CAPES (Coordenação oamento de Pessoal de Ensino Superior)

terno ocorre por classificação de acordo com três critérios CRN (Coeficiente de Rendimento Normalizado) do e; nível de proficiência em francês; e Currículo Lattes Os proficiência aceitos no meu edital foram o TCF (Test de ce du Français) e o DELF (Diplôme d’Études en Langue e foi necessário apresentar uma proficiência mínima B1 ário)

estes de proficiência, eu fiz o TCF A grande diferença entre que para o TCF você terá seu nível de proficiência avaliado com a sua pontuação em uma prova que é subdividida em 5 mpreensão escrita, compreensão oral, expressão escrita, oral e gramática As provas de compreensão escrita/oral e são de múltipla escolha Na prova de expressão escrita você uzir 3 textos com diferentes destinatários e objetivos e na expressão oral você deve interpretar diferentes situações pedir comida em um restaurante, reunião no trabalho etc ) m examinador que te avaliará No DELF você escolhe uma um nível de proficiência específico e para obter o nível ocê deve obter uma pontuação mínima de 50 pontos em 100. conta com a prova de gramática

cê se sente seguro no seu nível de francês e acredita que ente você possa conseguir um certificado de proficiência de elevado na prova, faça o TCF Se preparando bem para a te a possibilidade de você conseguir um certificado de a com nível mais elevado ao que você tem de fato e isso

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pode aumentar sua pontuação no edital, tendo em vista que quanto maior é o nível de proficiência maior é a pontuação obtida. Por outro lado, se você não se sente tão seguro, eu recomendo o DELF No DELF, você faz uma prova para o seu nível e precisa cumprir com as pontuações mínimas para obter o certificado de proficiência

Sobre o currículo Lattes, são avaliados: participação em iniciação científica; publicações científicas em periódicos, jornada científica, congressos e seminários nacionais ou internacionais; participação em projetos de extensão; experiência internacional de estudo, estágio ou trabalho durante a graduação No meu edital, a atividade que trazia a maior pontuação era a Iniciação Científica, seguida dos projetos de extensão Nesse quesito é muito importante que você tenha uma boa organização e comece a mapear as oportunidades desde os primeiros períodos. Dessa forma você pode se engajar em atividades extracurriculares que fazem sentido para você e para o que você deseja para a sua carreira, ao mesmo tempo em que aumenta as suas chances de conseguir um intercâmbio futuramente

Em relação a seleção feita pela universidade estrangeira, cada universidade tem um processo e critérios próprios para a seleção, mas existem algumas etapas “universais” Para a Télécom Paris eu precisei elaborar uma carta de motivação, enviar toda a documentação comprobatória das minhas atividades extracurriculares declaradas no edital, além de testes de proficiência em inglês e francês A Télécom Paris exige um nível mínimo B1 em francês e B2 2 em inglês (obrigatório apenas caso você siga módulos em inglês, porém pode ser exigido no edital interno, principalmente para Dupla Diplomação). Após a análise da documentação eu fui convidado para uma entrevista com uma professora da Télécom A entrevista foi em francês e apesar de todo o nervosismo deu tudo certo

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DESCRIÇÃO DA IMAGEM: ALAF E THALIS NA TÉLÉCOM PARIS

ALAF DO NASCIMENTO SANTOS EXPERIÊNCIA NA DUPLA DIPLOMAÇÃO

Os primeiros dias de intercâmbio foram momentos cruciais para o processo de adaptação ao novo país e novos costumes Viver em uma língua nova no começo pode ser bem cansativo. Porém, na Télécom existe um grupo de estudantes chamado BDI (Bureau des Internationaux) que se encarrega de ajudar os estudantes estrangeiros em diferentes aspectos da adaptação e vida em um novo país e isso torna muito mais fácil o processo de integração na escola

No começo foi muito difícil de entender o Francês falado pelos mais jovens e complicado de seguir 100% as aulas devido aos termos técnicos que não conhecia em Francês Porém, com o passar do tempo e dos estudos, está cada vez mais fácil de entender o Francês dos professores e também dos alunos Quanto a estes últimos, acredito que a dificuldade principal se dá na forma como se expressam utilizando muitas gírias e palavras que você não aprende normalmente em um curso de Francês convencional

Estou morando na Cité Internationale Universitaire de Paris (Cidade Universitária Internacional de Paris), que é um lugar interessante onde moram estudantes e pesquisadores vindos do mundo inteiro Existem diferentes casas (maisons) dentro da Cité, cada uma “ com uma nacionalidade” e eu estou na Maison des Provinces de France (MPF)

DESCRIÇÃO DA IMAGEM: MAISON DES PROVINCES DE FRANCE (MPF)
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Há diferentes atividades culturais e esportivas disponibilizadas para os moradores da Cité, além de algumas facilidades para quem está vindo de outros países, como por exemplo quarto mobiliado e acesso à máquinas de lavar compartilhadas Ainda não criei o hábito de cozinhar, pois há um restaurante universitário bem próximo à escola e também um dentro da cidade universitária A Cité é relativamente distante da escola, por essa razão eu pego um trem e um ônibus, além de alguns minutos de caminhada para chegar na Télécom

Na Télécom Paris normalmente temos aulas o dia todo, começando às 8:30 e terminando por volta das 16:45 Existem intervalos de 15 minutos entre as aulas e aproximadamente duas horas para almoço As aulas em si são bem intensas e com bastante conteúdo resumido para que o aluno estude aprofundadamente fora de sala A maioria das disciplinas dura em torno de dois meses e só possui uma avaliação, é um sistema educacional bem diferente do brasileiro. Normalmente eu fico na escola mesmo após as aulas, estudando na biblioteca ou desenvolvendo trabalhos no laboratório de eletrônica.

A Télécom tem uma relação incrível com diferentes empresas, das mais diversas áreas de atuação. Frequentemente recebemos visitas de empresas na escola Por exemplo, recentemente pude participar de conferências com empresas conhecidas mundialmente, tais como a Ubisoft, IBM e ST

E, por fim, no que tange a vida social aqui, já fui a algumas festas na escola e visitei um pouco a cidade de Paris Por exemplo, conheci a Torre Eiffel e o Panthéon. É bem difícil de se acostumar 100% à vida nova, são costumes diferentes e um país com pessoas diferentes, mas acredito que aos poucos irei conhecer ainda mais sobre a cultura Francesa, bem como de outros países também, uma vez que em torno de 40% dos alunos da Télécom são estrangeiros (de 50 nacionalidades diferentes)

“O processo parece complexo e muitas vezes nos questionamos se realmente somos capazes e merecedores, mas tudo vai se esclarecendo ao longo do caminho. Foi cansativo, porém recompensador!"
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Thalis Rocha Pestana
"A melhor preparação para o amanhã é fazer seu melhor hoje."
CRÉDITOS: NASTYASENSEI VIA PEXELS 29
H. Jackson Brown. Jr

MARIA T21: UM ROBÔ SOCIAL PARA INTERAÇÃO COM CRIANÇAS

AUTISTAS E COM

SÍNDROME DE DOWN

REDIGIDO PELO DOUTORANDO DO PPGEE

JOÃO ANTONIO CAMPOS PANCERI

CRÉDITOS: FELIPE PEREIRA

UMPIERRE

MARIA T21: UM ROBÔ SOCIAL PARA INTERAÇÃO COM CRIANÇAS AUTISTAS E COM SÍNDROME DE DOWN

JOÃO ANTONIO CAMPOS PANCERI

Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica

Em geral, a maior parte das crianças são aficionadas em tudo que envolve tecnologia, em especial robôs do mundo de fantasia construído em torno de filmes, desenhos e jogos Quando observamos mais de perto, esse interesse se torna ainda mais evidente quando as crianças envolvidas possuem Transtorno do Espectro Autista (TEA) ou Síndrome de Down (SD)

Valendo-se deste fascínio, há cerca de 10 anos, o Laboratório de Robótica e Tecnologia Assistiva (LRTA), comandado pelo Prof Dr Teodiano Freire Bastos Filho, desenvolve um robô capaz de interagir com essas crianças, utilizando como ideia principal a aplicação de Jogos Sérios - jogos em que o propósito principal não é puramente a diversão Por meio desses jogos, conceitos já estabelecidos em terapias tradicionais são aplicados sob uma abordagem mais lúdica. Dessa forma, as crianças submetidas a esse tipo de terapia com robô, apresentam um maior engajamento e consequentemente uma maior evolução nas habilidades sociais, cognitivas e psicomotoras a serem desenvolvidas

O robô em questão se encontra atualmente na terceira versão, sendo chamado de MARIA T21, acrônimo para Mobile Autonomous Robot for Interaction with Autistics and Trisomy 21 (Robô Móvel Autônomo para Interação com Autistas e Trissomia 21, em tradução livre)

O robô MARIA T21 integra um conjunto de sistemas que lhe permite interagir com a criança. Todos esses processos são gerenciados pelo framework Robot Operating System (ROS), que estabelece toda a rede de comunicação entre sensores, atuadores e softwares. Veja a seguir uma visão geral de todos os sistemas incorporados no robô MARIA T21, bem como seu posicionamento

DESCRIÇÃO DA IMAGEM: INTERAÇÃO CRIANÇA-MARIA T21 CRÉDITOS: FELIPE PEREIRA UMPIERRE
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Dentre as variáveis que os sensores nos permitem analisar, podemos destacar Expressões Faciais, Grau de Atenção, Movimentos Corporais, Toque, Fala e Proxêmica (análise da interação social baseada na distância entre a criança e o robô) Além disso, o robô é capaz de sintetizar uma voz infantil a partir de textos, simular expressões faciais por meio de um display LCD e realizar alguns movimentos com os braços e com a cabeça além de se

A MARIA T21 possui uma coletânea de Jogos Sérios Dentre os principais se destaca o Memô, que é baseado em um famoso jogo conhecido como Genius Nele, uma sequência visual e sonora é projetada em uma mesa, e a criança deve repetí-la. A cada fase avançada, uma nova cor e um som correspondente são acrescentados à sequência Para esse jogo, espera-se trabalhar a execução de tarefas, reconhecimento de cores e sons e também a memória de curto prazo Veja ao lado o processamento de um frame da câmera para idenficação da mão da criança, a qual ela utiliza para controlar o jogo. Paralelamente, a face da criança é processada a fim de se compreender a emoção e o grau de atenção envolvidos nessa atividade como o objetivo de modular a dificuldade do jogo, buscando maximizar o engajamento da criança no jogo

32 CâmeraRGB Alto-falante TelaLCD Sensoresdetoque Pescoçocom2grausdeliberdade Projetordeimagem Sensoresdetoque Braçoscom2grausdeliberdade Computador Bateria
Rodas Encoders
SensorLidar(infravermelho)
DESCRIÇÃO DA IMAGEM: JOGO MEMÔ DESCRIÇÃO DA IMAGEM: SISTEMAS MARIA T21

Com foco em habilidades psicomotoras, a MARIA T21 conta com outros dois jogos: O Jogo da

Arara e o CrossKids

No Jogo da Arara, a criança é capaz de controlar o vôo de um pássaro por meio do próprio movimento corporal. Nele, a criança deve abrir os braços e inclinar o corpo para controlar o avatar em um ambiente 3D e coletar frutas vermelhas para alimentar os filhotes no ninho. Para a execução dessa tarefa, existe um tempo máximo que após esgotado o filhote foge do ninho e o jogo é reiniciado Dessa forma, a criança ao realizar essa atividade desenvolve habilidades de gerenciamento de tempo, posicionamento espacial, propriocepção e equilíbrio corporal Todo o processamento é realizado a partir de imagens capturadas por uma câmera posicionada na cabeça do robô.

Já no jogo CrossKids, a criança avança por um circuito funcional, com movimentos de pulo, corrida e caminhada sobre linhas. Como no jogo da Arara, esse jogo também busca desenvolver habilidades como equilíbrio e propriocepção O domínio dessas habilidades é de fundamental importância para a melhora da qualidade de vida, em especial para crianças com Síndrome de Down, dado que apresentam como comorbidade, desde o nascimento, um quadro de hipotonia acentuado, o qual se refere a um flexibilidade exagerada das articulações, o que em geral ocasiona quadros de atraso no desenvolvimento psicomotor. Esse jogo é controlado a partir dos dados de posicionamento obtidos por um sensor Lidar instalado na parte inferior do robô O funcionamento desse sensor se baseia na emissão e recpção de um laser infra-vermelho rotativo, com o objetivo de capturar todos os objetos posicionados na frente do robô

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DESCRIÇÃO DA IMAGEM: JOGO DA ARARA DESCRIÇÃO DA IMAGEM: JOGO CROSSKIDS

O projeto MARIA T21 já realizou atendimento em diversas instituições que atendem crianças com TEA e SD na Grande Vitória, como a AMAES e APAE de Vila Velha e Vitória. Além de todo o caráter extensionista do projeto, a MARIA T21 também possui redes sociais pelas quais interage com o público, mostrando um pouco dos atendimentos realizados, bem como alguns resultados obtidos Dessa forma, espera-se que o público em geral conheça o projeto desenvolvido na UFES e valorize a iniciativa.

A MARIA T21 também possui um podcast em desenvolvimento pelo qual contribuirá com a disseminação de conhecimento de qualidade sobre o tema. Nesse programa, profissionais da área são convidados para discutir sobre o tema e os desafios das diversas áreas que podem contribuir para a melhoria da qualidade de vida das crianças com TEA e SD. Mais informações do projeto podem ser obtidas através do QR Code ao lado

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CRÉDITOS: FELIPE PEREIRA UMPIERRE
DESCRIÇÃO DA IMAGEM: PODMARIA - O PRIMEIRO PODCAST APRESENTADO POR UM ROBÔ DESCRIÇÃO DA IMAGEM: CRIANÇA INTERAGINDO COM A MARIA

PESQUISADORES

DA UFES ESTÃO ENTRE OS DESTAQUES MUNDIAIS

Dentre os nove pesquisadores da Ufes que estão entre os cem mil cientistas de destaque mundial, segundo a Stanford University, três são docentes do Departamento de Engenharia Elétrica. Para o conteúdo completo, acesse o QR Code abaixo.

Graduado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal do Espírito Santo (2006) e Doutor em Eletrônica pela Universidade de Alcalá (Espanha, 2010)

Graduado em Engenharia Eletrônica pela Escuela Colombiana de Carreras Industriales (2008) e Doutor em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal do Espírito Santo (2018)

Graduada em Física (1985) e Doutora em Engenharia Elétrica pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP (1996)

DR. ANSELMO FRIZERA NETO DR. CAMILO ARTURO RODRÍGEZ DÍAZ
Parabenizamos todos os pesquisadores envolvidos! É um orgulho ter vocês como professores!
DRA. MARIA JOSÉ PONTES
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CONHEÇA UM PET

Você Conhece o PET Matemática?

Desde dezembro de 1991, o Programa de Educação Tutorial do curso de Matemática da UFES desempenha o papel de complementar a formação acadêmica de seus estudantes e também de atender demandas do próprio curso. Para tal, há mais de 30 anos, o PET Matemática proporciona atividades voltadas ao ensino, pesquisa e extensão aos seus membros

As monitorias são o enfoque das atividades de ensino desenvolvidas pelo grupo O PET Matemática diariamente oferece monitorias em formato presencial e remoto de disciplinas da grade curricular de Matemática, mas que podem ser frequentadas por alunos de quaisquer cursos. Também, os petianos se mantêm disponíveis para responder eventuais dúvidas burocráticas relativas à universidade. Além disso, o grupo, em organização conjunta com o PET Administração, aplica monitorias presenciais e remotas da disciplina de Matemática I para os estudantes que a possuem em sua grade curricular, em especial os do curso de Administração.

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DESCRIÇÃO DA IMAGEM: TUTOR E INTEGRANTES DO PET MATEMÁTICA UFES

Ainda, os petianos realizam estudos dirigidos acompanhados de professores orientadores como atividade voltada para pesquisa O petiano tem autonomia para decidir o tema de seu interesse dentro das áreas de estudo da matemática ou da educação. Em geral, no fim de cada semestre o grupo realiza uma série de apresentações abertas ao público sobre as atividades desenvolvidas no estudo durante o período

Já as atividades de extensão desempenhadas pelo PET Matemática se dividem em três grupos: produção de material de audiovisual, visitas a escolas e mapa tátil O primeiro grupo é difundido através das mídias sociais, em especial o Youtube, Instagram e o site Nelas são publicados vídeos ou postagens que visam principalmente divulgar a própria área da matemática e o curso, divulgar as atividades desenvolvidas pelo grupo, ofertar monitorias para o público acadêmico geral e divulgar eventos O segundo grupo consiste na realização de visitas a escolas para fazer apresentações de oficinas e jogos matemáticos com objetivo de divulgação científica e visando diminuir o fenômeno da “fobia” de matemática experienciado por tantos alunos da educação básica. Por fim, a atividade do mapa tátil compreende a confecção de um mapa acessível para pessoas cegas e de baixa visão do prédio do IC 1, o centro de ciências exatas da UFES

Desta forma, percebe-se que o PET Matemática se empenha em contribuir positivamente para a vida acadêmica dos alunos como um todo, para manter a qualidade do curso e para cumprir a essencial tarefa de divulgação da matemática enquanto ciência.

petmatematica.ufes.br
@petmat.ufes @petmatematica petmatufes1@gmail.com
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Para saber mais, acesse as redes sociais do PET Matemática Ufes.

PET ELÉTRICA NO COBENGE

O Congresso Brasileiro de Educação em Engenharia (COBENGE) é um evento que ocorre anualmente e que tem como foco principal a melhoria da Educação em Engenharia Na 50ª edição do evento, realizado neste ano de 2022, o PET Elétrica apresentou dois artigos com os temas: “Inclusão e Permanência de Mulheres na Engenharia: Ação de Extensão do Programa de Educação Tutorial em Engenharia Elétrica da Ufes” e “Promoção de Educação de Qualidade, Consciência Sustentável e Bem-Estar Para Pessoas Idosas: Prática De Extensão No Programa De Educação Tutorial em Engenharia Elétrica Ufes” Para conferir os artigos na íntegra, acesse o QR Code

CRÉDITOS: FAUXELS VIA PEXELS
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INCLUSÃO E PERMANÊNCIA DE MULHERES NA ENGENHARIA: AÇÃO DE EXTENSÃO DO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL EM ENGENHARIA ELÉTRICA DA UFES

Este trabalho contribui para a inclusão do tema diversidade de gênero na engenharia, apresentando algumas ações que o grupo PET Elétrica da Universidade Federal do Espírito Santo desenvolveu, através de um projeto de extensão, que promovem a redução dessa desigualdade, principalmente nos cursos de engenharia e STEM. As atividades realizadas (pesquisas, entrevistas, questionários, palestras, entre outras) e os resultados alcançados por meio delas são relatados e discutidos, tendo destaque o resultado atingido no ambiente interno do referido grupo

PROMOÇÃO

DE EDUCAÇÃO DE QUALIDADE, CONSCIÊNCIA SUSTENTÁVEL E BEM-ESTAR PARA PESSOAS IDOSAS: PRÁTICA DE EXTENSÃO NO

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL EM ENGENHARIA ELÉTRICA UFES

Este documento apresenta a descrição das ações realizadas pelo grupo PET Engenharia Elétrica UFES durante a pandemia do COVID-19 visando a promoção da educação de qualidade, conscientização sustentável e bem-estar para idosos As atividades relatadas fazem parte de um projeto de extensão que realiza oficinas remotas com idosos sobre temas relacionados às áreas de engenharia, ciências e tecnologias. Apresenta-se um breve breve

resumo das oficinas, e o impacto na vida dos alunos e idosos a partir de questionários A promoção de um ambiente que contribua para o bem-estar dos idosos, bem como o crescimento dos alunos como cidadãos, são reflexões notórias para o futuro engenheiro, o que repercute na construção de uma sociedade sustentável

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VISITA EDUCACIONAL

A comunicação entre universidade e sociedade é muito importante para a formação de futuros engenheiros como cidadãos. E também contribui positivamente para a comunidade externa Dessa forma, o PET Elétrica realiza visitas educacionais a escolas com o objetivo de trazer a universidade até os estudantes e, consequentemente, incentivando os alunos a ingressarem na universidade

Em setembro de 2022, o PET Elétrica visitou a EEEM Arnulpho Mattos, apresentando para todos os alunos do ensino médio integrado ao curso técnico em eletrotécnica a graduação de Engenharia Elétrica e a Universidade Federal.

Créditos

INICIATIVA: PET ELÉTRICA

Essa revista é uma realização dos alunos do Programa de Educação Tutorial (PET) da Engenharia Elétrica Ufes, em conjunto com a tutora do grupo e colaboradores

Data: Dezembro de 2022

EQUIPE EDITORIAL

EDITORES

Gislaine Nunes

Laís Prata Decoté

DIAGRAMAÇÃO E ARTE

Gislaine Nunes

Laís Prata Decoté

Lorenzo Pereira Piccoli Xavier

SUPERVISÃO

Dra Tiara Rodrigues Smarssaro de Freitas

REVISÃO

Gislaine Nunes

Laís Prata Decoté

Dra Tiara Rodrigues Smarssaro de Freitas

COLABORADORES

Dra Raquel Frizera Vassallo

Dra Tiara Rodrigues Smarssaro de Freitas

Dr Alessandro Mattedi

Dr José Leandro Félix Salles

Dr Lorenzo Augusto Ruschi e Luchi

Dr. Ricardo Carminati de Mello

Alaf do Nascimento Santos

Caio Henrique Rodrigues Marcelos

Felipe Pereira Umpierre

Jessica Souza Kubit

João Antonio Campos Panceri

Thalis Rocha Pestana

PET Matemática Ufes

INFORMAÇÕES ADICIONAIS

RevistaPainel Volume3,Dezembro,2022

Todasasimagensforamretiradasdeumbancode imagenseacervopessoaldoscolaboradores

INFORMAÇÕES E CONTATO: PET ELÉTRICA UFES

UFES - Universidade Federal do Espírito Santo

Av. Fernando Ferrari, 514 - Campus Universitário

Vitória/ES

E-mail: pet.eletrica.ufes@gmail.com

Site: https://www.peteletrica.ufes.br/

Instagram: @pet.eletrica.ufes

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