PESSOAS MAGAZINE

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PESSOAS NESTA EDIÇÃO…

EDITORIAL

O projecto comunicativo que tem em mãos, é algo de inovador e simultaneamente estranho.

É complicado vender ideias, é difícil demonstrar resultados no vazio e, mais difícil, é mudar mentalidades.

Com “Pessoas Magazine” pretendemos que cada um tenha a sua presença neste espaço, e ganhe alguma visibilidade nacional.

O projecto “Pessoas Magazine” , nasceu do gosto do director em falar com as pessoas, da sua consistência e, igualmente, do interesse pelas profissões dos participantes em cada edição deste magazine. De entre as centenas de pessoas que conviveram, viveram e surgiram, amiúde, nas vidas das pessoas que compõem esta publicação, iremos recordar as que conseguirmos. Mesmo alguns já falecidos.

“Pessoas Magazine”, prende com o seu aspecto gráfico, algo “amador” ressuscitar, desta vez on-line, o conceito de Fanzine (mistura das palavras magazine e fans) muito em voga mos anos 80, quando se abriu caminho para muitos dos colunistas famosos, actualmente, existentes na praça nacional. Só o facto de conseguirmos reproduzir em computador, o que era feito em máquinas de escrever e com recurso aos recorte e fotocópias, já é um triunfo. O aspecto gráfico pretendido foi alcançado, a que acresce a cor, coisa que, no século passado não era comum nestas publicações.

COISAS DE PESSOAS NESTA EDIÇÃO…

Blogues - Pág. 9

Poesia - Pág. 10

Coisas do Passado – Pág. 13

Permutas- Pág 15

Ficha Técnica , Estatuto Editorial & Disclaimers - Pág. 15

Somos, desde já, um elemento divulgador de actividades, de pessoas, de empresas, de produtos e de estilos de vida, desde a pessoa mais famosa à pessoa mais popular no bairro, ou a pessoa escondida, com a mente mais brilhante do quarteirão. Esperemos que seja do vosso agrado e, desde já, lançamos o desafio para que nos enviem sugestões de pessoas diferentes que possam encaixar no complexo mundo da sociedade.

PRONTO!
OLAVO MOREIRA - ESCRITOR - Pág. 2 LUIS SILVA - DISCÓGRAFO - Pág.3 HÉLDER FREIRE COSTA - EMPRESÁRIOPág. 4 JURI TIETZEN - DIRECTOR TÉCNICOAQUASHOW- Pág 8 ARMINDA CAVACO - FLORISTA - Pág. 11 Bimestral. Edição #0 Março-Abril 2023. Director: Fernando de Sucena CRISTINA JESUS - ARTESÃ - Pág.12 CLÁUDIO PIRES - ANIMADOR - Pág. 14

É daqueles livros que desarmam o leitor mais incauto, não pelo estilo da linguagem, nem pela semântica das palavras. É um livro que reúne nas suas páginas, personagens que contrariam a distopia reinante, nos contos, mais antisistema. Cada personagem vive em consonância consigo próprio, e esforça-se por encaixar na psicodinâmica dos outros com quem interage.

Aliás, o nome do livro 'Da Morte e Outras Vidas' lembra-me um outro livro muito mais antigo de Renato Solnado, meu professor de Filosofia, no antigo Liceu de Queluz, intitulado 'Com a Arma de Bogart', de 1984, apenas, pela singularidade da perspectiva da existência. Olavo parece inspirado num misto da interpretação dos personagens de Salvador Dali e dos absurdos de Edgar Alan Poe. Apenas para enquadrar o autor. Apenas.

A leitura de um fôlego tornou-me, num implícito admirador das situações narradas pelo escritor. Acabei por regressar, mentalmente, a 1998, quando escrevi os 'ContoZinhos e ConTesões', no mesmo ano que venci um concurso literário intitulado 'Contos do Absurdo', pelo que fiquei

deliciado com estas personalidades e a dinâmica do acontecimento.

Voltando aos personagens, estes balançam entre a irresponsabilidade, a autocomiseração face ao disparate, a raiva, a angústia subsistente da vingança, a incerteza, entre outras mas, tudo muito bem escalpelizado e minuciosamente arrumado em cada personagem, que ao serem adulteradas na iniciativa dos actos pelos outros, criam um universo surreal e imaginário pleno de mordaz non-sense

O sucedido em A Mimi e o Bolinhas, com o casal, o cão e a Pipa Kleindamstrasser é de morrer a rir. Obviamente, não vou revelar mais nada. Outro dos quinze contos que retive pelo absurdo, pelo estranho e rebuscado cenário em redor foi Chez Le Médecin. Todavia, qualquer um deles é um achado de humor corrosivo. Termino com a referência a Cannelloni, e quase me atrevo a dizer que é o auto-retrato do Olavo numa premonição futura e, igualmente, escaganifobetico no recheio do conto. A Gaja completa o naipe dos mais divertidos ao longo das quase 200 páginas da obra

Quanto ao estilo, à linguagem e à forma de escrita não me pronuncio, pois um livro é o espelho da actividade do autor, Olavo é professor de português, da velha-guarda, e quanto a isso estamos falados.

Obra imperdível para quem quer abrir horizontes para ver o mundo com outros olhos e outra perspectiva. É que, no fundo, cada pequena narrativa é uma interpretação de uma situação banal, possível de ocorrer no dia-a-dia, de cada um de nós.

Recomendável por “Pessoas Magazine”.

Olavo Moreira nasceu na cidade do Porto, em 1977, mas residiu quase sempre em

Ovar. No ano de 2019, passou a viver em Aveiro

Autor do romance Se o Abismo Existe (2015), co-autor da coletânea Paradigmas (2016) e colaborador na revisão da primeira tradução literária em português do poema épico finlandês, Kalevala, obra traduzida pelo seu irmão, Orlando

Herdou o gosto pela leitura e escrita de seu pai, José Onofre, e o método e o rigor do trabalho de escrita de sua mãe, Maria Eugénia

É um escritor criativo, surpreendente, com uma linguagem crua, mas simultaneamente rica, densa e complexa, capaz de prender o leitor aos pequenos pormenores, do mesmo modo que, fria e mascaradamente, o enrola nas tramas das suas histórias.

Volta às publicações com a sua nova obra, Da Morte e Outras Vidas, um livro de contos e short stories.

O contacto com o autor surgiu, de um desafio lançado, pelo próprio no FaceBook Curioso.

Texto: Fernando de Sucena© (com elementos recolhidos no Site da Livraria Atlântico)

Imagens: Google®©

2 PRELO DA MORTE E OUTRAS
VIDAS
OLAVO MOREIRA A OBRA
O AUTOR

PESSOAS CARBONO AMADORA

oferta para outros produtos, dentro da área da música”.

Ao esclarecimento subsequente, em relação a outros produtos, perentoriamente esclareceu: “além dos discos novos e usados, em Vinil, CDs, DVDFs, Blu-ray, K7, T-shirts, crachás, merchandising e, coisas menos comuns, como memorabília, raridades, colecionáveis onde se incluem revista, livros ou outros materiais desde que relacionados com a música, como fotografias ou aparelhagens”.

A relação de “Pessoas Magazine” com a Carbono vem desde 2006, aproximadamente, por questões profissionais, relacionadas com espólios de diverso material doado, por muitas pessoas, sobretudo, idosas, que foram sendo agregados numa associação da Amadora, chamada CEDECA – Centro Desportivo e Cultural da Amadora, encerrada alguns anos depois, e que cedeu esse material à Carbono da Amadora. O custo da aquisição, por parte da empresa, varia de acordo com o estado, a qualidade, a raridade ou a quantidade do que lhe é oferecido.

Um dos mais conceituados nomes do negócio do disco usado, surgiu em 1996 na Rua Almirante Reis, em Lisboa, fruto do esforço de vários sócios. “Com o decorrer dos anos o negócio expandiu-se e transitou para a Rua das Pretas, na capital, para o Porto, para a Amadora, e outras cidades”, onde um dos principais impulsionadores, de então, continua à frente dos destinos, da sua Carbono, apesar das muitas mudanças ocorridas.

Trata-se de Luís Silva, o empresário de 50 anos, revelou-nos que “o negócio tem oscilações cíclicas, que nos leva a variar a

Curiosamente, a Carbono Amadora, serve outros interesses mais personalizados, “como ser uma plataforma de contactos entre músicos, musicólogos, escritores e jornalistas, por exemplo, sempre com a privacidade nos contactos iniciais”, o que acaba por ser uma mais-valia para o público menos generalista.

Enfim, um espaço que angariou um estatuto especial e de referência no meio e em que a garantia do especialista é um compromisso. É fácil negociar ou conversar, com o Luís.

Quando não souber o que fazer a coisas velhas que lá tem em casa, relacionadas com o mundo da música, não hesite, em recorrer a lojas especializadas neste sector da cultura, em especial à Carbono Amadora. Verá que fica amigo, como nós na “Pessoas Magazine”

Contactos: Galerias São José, Rua Elias Garcia Nº 241, Loja 14, 2700-320 Amadora - Telefone: 214912854carbonoamadora.net -

www.facebook.com/AmadoraCarbono Horário: De 2ª a sábado das 11:00-13:30 e das 15:00-20:00

Texto e Reportagem: Fernando de Sucena© .

Imagens: Arquivo/Produtores Reunidos©® e Fernando de Sucena©

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LUÍS SILVA A MARCA
O HOMEM
O ESPAÇO

PARABÉNS, PARQUE MAYER!

HÉLDER FREIRE COSTA

COMO ACONTECEU

Finalmente! Finalmente, na melhor companhia que se pode ter, vi a revista Parabéns, Parque Mayer! Deliciosamente portuguesa, actual e, seguramente, herdeira das grandes revistas do passado. Agradeço o convite do Sr. Hélder Freire Costa que nos permitiu passar uma divertida tarde dum cinzento e tristonho domingo. Felizmente, houve mais gente a rir e a conviver durante mais de duas horas com um humor refinado que, à saída, tinha estampado alegria nos rostos dos espectadores. Face à tristeza do dia-a-dia, o tratamento, passa por rir, e isso é coisa que não falta, em especial nos quadros Alô Marco Paulo e Parece Impossível, a encerrar o espectáculo.

Finalmente, após mais de 20 anos, de afastamento do teatro e da revista, o amigo e empresário Hélder Freire Costa, conseguiu facilitar-me o esclarecimento que pretendia e que se prende com as mudanças que, eventualmente, decorreram nesta área da cultura. Outros tempos, outras pessoas, outros protagonistas, outros espectadores e outras percepções da sociedade.

Para esclarecer estas questões sociológicas e outros aspectos, o produtor da revista, depois de muita insistência minha, obsequiou-me com um convite. Desde já agradeço e irei reportar tudo o que me marcou como espectador.

INTRODUÇÃO HSITÓRICA

A Revista é um espetáculo que tem a ver connosco, com o povo português. Há quem a apelide de “teatro ligeiro” ou popular. Os trocadilhos faziam parte dos textos. Alguns mais óbvios para tentar ludibriar os censores, outros mais discretos que só na representação se percebiam. O período da ditadura foi de uma grande riqueza de textos porque os autores tinham a grande habilidade de dizer as piores coisas para enganar a censura. Maria Vitória, no Parque Mayer foi o primeiro dos teatros a ser inaugurado e foi o único que manteve as portas abertas durante os 100 anos que passaram.

Ganhou o título de tradicionais “Catedral da Revista” por apresentar as mais requintadas revistas, um género que continua a subir a este palco, com as críticas e caricaturas ao regime e às figuras da atualidade. Deve o seu nome, desde 1 de Julho de 1922 à fadista e atriz Maria Vitória, uma jovem de voz forte que cantou, entre outros, o famoso fado do “31”. A sua morte precoce - com apenas 26 anos - travou o seu sucesso eminente. O Parque Mayer surge como uma tentativa de revitalizar as tradicionais feiras itinerantes que, no início do século XX, eram pontos de entretenimento para os lisboetas - desde a conhecida Feira de Agosto, no Parque Eduardo VII, à Feira de Santos, que foi proibida em 1919 devido à instabilidade noturna.

memória colectiva do país. De dezenas de actores e actrizes, destacam-se: Beatriz Costa, Laura Alves, de Camilo de Oliveira, Henrique Santana, Eugénio Salvado, José Viana, Raul Solnado, Nicolau Breyner, Ribeirinho, Humberto Madeira, Ivone Silva, Ribeirinho, Vera Mónica, Marina Mota, Carlos Cunha, Fernando Mendes, Maria João Abreu, Cidália Moreira, José Raposo, Joaquim Monchique, João Baião e Noémia Costa, sob a batuta empresarial e produtora de Vasco Morgado pai e filho, Vasco Santana e Hélder Costa pai e filho. Graças a eles podemos assistir a azáfama do despe e veste faz com que não haja momentos de sossego nos bastidores. Há sempre alguém a correr para se preparar para o próximo número, seguindo as listas de quadros afixadas na parede.

O MESMO ESPAÇO OUTRORA

As barracas de comes e bebes, o pimpampum, o tiro ao alvo e as exibições de fenómenos e aberrações - como o Gigante Português, o Comilão de Almada, a Mulher Elétrica - eram alguns dos entretenimentos que se podiam encontrar nestas feiras. E os teatros também. “O teatro Maria Vitória é o mais antigo do Parque Mayer Hélder Freire Costa, empresário de teatro há 47 anos é actualmente o responsável pelas produções do Maria Vitória, o mais antigo do Parque Mayer, os outros foram o Variedades (inaugurado em 1926), Capitólio (1931) e ABC (1956). O tempo passou e o Capitólio fechou em 1990, o Variedades resistiu até 2008. O ABC fechou portas em 1997 e foi demolido anos mais tarde.

Restam as lembranças dos grandes nomes que ficaram e ficarão para sempre na

Com a amabilidade e simpatia característica do amigo Hélder Freire Costa, ficámos a saber que uma companhia de teatro não são apenas os atores que estão em palco, lembrou-nos. Numa atividade normal, pelo menos 60 pessoas estarão a trabalhar entre técnicos, bilheteiros, auxiliares de sala, artistas e balé. E depois há os indiretos - os autores - que ganham direitos de autor. Há muita gente envolvida num espetáculo, as pessoas não têm disso a dimensão.

O

BREVE INTRODUÇÃO

"Parabéns, Parque Mayer!", uma moderna e sensacional Revista à Portuguesa que celebra os 100 anos do Teatro Maria

4 PALCO
HOMEM E O
EMPRESÁRIO

Vitória e do Parque Mayer Uma nova produção de Hélder Freire Costa que convida todo o público a fazer parte desta celebração, desta vez, com uma Revista à Portuguesa que para além de passar em revista todos os acontecimentos do ano, sociais e políticos, irá também revisitar todos os momentos e ícones que marcaram a história do Parque Mayer e do "Maria Vitória"! Cidália Moreira, Paulo Vasco, Sofia de Portugal, Miguel Dias e Cátia Garcia encabeçam um cartaz recheado de atores muito talentosos!

SINOPSE

"Parabéns, Parque Mayer!" é a Revista à Portuguesa que celebra os 100 anos do Teatro Maria Vitória e do Parque Mayer Como é habitual deste género que é a Revista, toda a atualidade social e política, em Portugal e no mundo, serão esmiuçadas de forma a fazer-nos rir, mas também a refletir. Por também se tratar do Centenário, serão ainda revisitados alguns momentos e ícones que marcaram a história do Parque Mayer e do "Maria Vitória".

Composta por um elenco que não só representa excecionalmente como também canta e dança maravilhosamente, esta Revista conta com a aparição de figuras bem conhecidas de todos nós, interpretadas pelos nossos atores, tais como Marco Paulo, Fanny, Hermínia Silva, Beatriz Costa, Amália, Ivone Silva, entre

muitos, muitos outros que o vão com toda a certeza divertir!

Um espetáculo encabeçado por Paulo Vasco, Sofia de Portugal, Miguel Dias e Cidália Moreira, completado ainda por um jovem e talentoso elenco! "Parabéns, Parque Mayer!", um novo e moderno espetáculo com a garantia de qualidade a que o Teatro Maria Vitória e Hélder Freire Costa já nos acostumaram e com uma montagem, guarda-roupa e coreografias a que também ninguém vai ficar indiferente!

FICHA TÉCNICA E ARTÍSTICA

Parabéns, Parque Mayer! Teatro Maria Vitória

Classificação Etária Maiores de 12 anos Bilhete Pago a partir dos 3 anos 14/set/2022 a 28/05/2023

Duração

150 minutos Intervalo Com Intervalo.

Promotor

Parque Mayer - Teatro Maria Vitória Música

Carlos Pires e Miguel Dias foi vocalista da extinta banda Mercúrioucromos "Sou Camionista". Lembram-se? A vida nunca pára de nos surpreender.

Cenografia

André Murraças

Figurinos

Belisa de Sá e Romana Mussagy Produção

Hélder Freire Costa

Sofia de Portugal (Estreia em Revista), Paulo Vasco, Cátia Garcia, Miguel Dias, Teresa Zenaida, André David Reis, Bea Moreira, Marcos Marques e a Grande Atração do Fado Cidália Moreira, e ainda o grupo de dança TMV Dancers. Horário de Funcionamento

De Quinta-Feira a Domingo às 21:30H

Sábados e Domingos também às 16:30H

Encenador

Flávio Gil

Autor

Flávio Gil, Miguel Dias e Renato Pino Teatro Maria Vitória – Parque Mayer 1250-164 Lisboa

Finalmente, aconteceu, naturalmente, com junção boas vontades. Finalmente, fui em companhia da esposa, e em serviço, assistir a uma revista, daquelas parecidas às de antigamente. Como aquelas que, nos recônditos esconsos da memória, recuperada no decorrer da peça, afloraram à gargalhada espontânea e merecida pela dicção dos actores especialistas no

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improviso, nos trocadilhos, sátira e na brejeirice.

Finalmente, revi o Miguel Dias, numa faceta, o amigo Hélder Costa, e toda a ambiência de um palco que resiste a muitos desafios que o produtor, com mais de meio século de esforço e dedicação, continua com um ânimo incrível, a tentar que o Maria Vitória, não siga o descaminho do Variedades, do Capitólio ou do ABC por exemplo, só no Parque Mayer.

Simbiose entre o passado e o futuro num presente que diz presente à continuidade da existência do teatro de revista. Uma nova geração que desponta na senda das vestutas que a precederam e promete, enquanto a experiência e a vontade de manter este estilo popular de representar por parte dum produtor como já existem poucos.

O objectivo de ter assistido a revista, prendeu-se com a possibilidade de comparar se houve, ou não evolução nos últimos 20 anos. Houve, de facto! E para melhor.

A média de idades dos espectadores, pelo que constatei está mais baixa do que outrora, e os mais jovens de então, são os

mais velhos de agora.

A participação do público, provocada pelos actores é, e continua a ser uma mais-valia que intimida e apela à participação do espectador tornando-o, ainda que de forma indirecta, parte do espectáculo.

O teatro tradicional, cada vez menos frequentado e inventivo, tendo em conta as quantidades de companhias nacionais subsidiadas que existem, mantêm um distanciamento frio e desligado do público. Ao invés, a revista é participativa. Pode-se cantar, mandar bocas, aplaudir e acompanhar os cantos e os risos de quem representa.

É desta dinâmica que resulta a beleza da revista e origina excursões de norte a sul do país para o povo, quem paga para se divertir, matar saudades de um estilo teatral que faz um século de vida no Parque Mayer. Os tempos mudam, as pessoas mudam os gostos e o comportamento social, mas a tradição do teatro de revista, mantém-se indelével, na alma lusitana, e apesar de a afluência de reduzir aos poucos, a nova tendência concorrencial da "stand up comedy" e a teimosia de alguns produtores, mantém o espírito da coisa vivo. E ainda bem!

Não esqueçamos, todavia, que a relação sentimental entre a revista e o Parque Mayer ainda é grande. E nesta modernidade que nos assola, a constante entre tradição e inovação, permite actualizações conceptuais e empresariais.

Cada vez mais, os artistas que mantêm viva este modo de fazer teatro, são itinerantes, percorrendo o país de lés-a-lés, aguçando o apetite das camadas mais jovens, muito dependentes dos ecrans, para a causa. Porém, não há nada como ir ao Parque Mayer e à única sala ainda existente, e diria quase original, o que não quer dizer não melhorada, aplaudir, de pé, o encerramento das representações diárias.

Parafraseando alguém, é disto que o povo gosta e é isto que o povo quer. Viva a revista.

O corpo de baile, a beleza e os corpos das figurantes e bailarinas continuam, tal qual antigamente a provocar olhares curiosos dos homens e das mulheres, também, estas, por outros motivos.

Nos bastidores, a azáfama e a sincronização são imensas e mantém-se ao longo dos anos. Não foi necessário aceder

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aos mesmos, porque, além empecilhar toda a movimentação, num espaço reduzido, o método de gestão dos adereços e figurinos mantém-se inalterado. É assim desde sempre. Desde que me lembro.

A memória que mantive do espaço manteve-se intacta. Exíguo entre filas para gente maior; as cadeiras marcadas com o nome dos antigos revisteiros do passado, que assinalam o assento exacto onde se sentavam no meio da assistência; e as frisas e os camarotes na boca de cena. A grande mudança que ocorreu, prende-se com a música. Antes o fosso da frente palco, estava cheio de músicos, agora é um buraco utilizado como parte da estrutura de movimento da cena. É difícil gostar desta opção mas, mas orçamento oblige. Paulo Vasco é outro dos resistentes nestas coisas da revista. Exuberante, criativo, divertido e um exemplo para esta malta nova que, a cada nova peça se rejuvenesce. Com o passar dos anos, à semelhança do vinho, o Paulo está melhor. A par do Miguel, ambos são o suporte de todo o desenlace dos quadros, cenas ou números (não gosto da palavra sketch).

Outra artista com consistência e que aos poucos se vai afirmando é Sofia de Portugal, que se parece com a Marina Mota, não só no aspecto, como, sobretudo, no estilo. Cátia Garcia e Tereza Zenaida, fazem uma dupla que se completa no ricochete das deixas, em especial a pequenina, aguerrida e cheia de vida, Zenaida. Daqueles poucos palmos de corpo, emanam metros de talento reprimido, pela inexperiência, ainda. André David Reis é uma agradável revelação. Bea Moreira e Marcos Marques prometem despontar, num futuro imediato. Quem surpreendeu, sobretudo, pela voz ainda voz portentosa, que a espaços aparece radiante foi a Cidália Moreira, a sempre conhecida como "cigana do fado" que, no alto dos seus 79 anos transmite a imagem dos grandes nomes do antigamente para os novos de actualmente. Num dos fados, a própria interpreta-se a si mesma, com a voz mais trémula, do que no auge dos anos 80 quando a vi, ao vivo, nas casas de fado.

Obviamente, pouco falarei do conteúdo considerando que melhor do que ler esta crónica, é, de facto, assistir, mesmo que para comparar opiniões. A minha com a vossa. No entanto, destaco alguns momentos: Uns muito sérios que nos deixam a pensar e, outros que nos fazem desopilar. Assim mesmo.

De um total de 20 cenas, e na impossibilidade de falarmos de todas, destaco aquelas que me sensibilizaram mais e, também, algumas que não me entusiasmando, por aí além, marcaram a sensibilidade feminina da minha esposa e acompanhante, Alexandra Teixeira.

No primeiro Acto, "Fanny", um retrato inteligente e bem conseguido da apresentadora da TVI magistralmente interpretado pela Sofia Portugal que se evidência noutro, na segunda parte do espectáculo, "Directo da Celinha". "A Grande Atração" com Miguel Dias em grande no papel do disparatado Paulo Futre e excepcional em "O Actor - Estreia do Espectáculo dos 100 Anos" onde se fala muito, mas mesmo muito a sério da falência do teatro de revista e da falta de interesse nesta área.

No segundo acto, onde a alegria e o humor corrosivo são mais acutilantes temos a oportunidade de ver em pleno o desembaraço de Paulo Vasco no referido "Alô Marco Paulo" e no "Parece Impossível" travestido de Hermínia Silva e o Miguel Dias de Amália Rodrigues. Também, Sofia Portugal a fazer de Ivone Silva e Cátia Garcia assumindo-se como Beatriz Costa, num colectivo brilhante, talvez o quadro mais bem conseguido e hilariante de toda a revista. Surge no final e não será por acaso.

Quando saí, senti-me rejuvenescido com as memórias de antanho que aquela sala do século XX repuxou para o século XXI. Nas décadas de 80 e 90 fui regular frequentador do espaço. Agora, foi possível a comparação entre os dois espaços temporais. Concluí que o teatro de revista tem espaço e tempo para sobreviver. Faz falta. É importante. É tradição. Não deixemos a revista acabar. É algo intrínseco ao povo português. Todos juntos, velhos e novos, podemos ajudar ao viver, ao vivo e a cores, este humor lusitano que alerta para os problemas mais prementes da actualidade, de um modo "sui generis".

ASPECTO DA SALA

No segundo acto, ainda o momento mais dramático e importante porque fala de coisas sérias: "Os Invisíveis". Totalmente dedicado aos técnicos, figurinistas, cenógrafos técnicos de luzes e de palco, contra-regras, sonoplasta, bilheteiro, entre tantos outros cargos, cujo trabalho permite ao actor brilhar. Sem eles, nada disto seria possível. Miguel Dias estende a sua versatilidade pelos textos do guião em parceria com Flávio Gil e Renato Pinto; pela autoria das músicas e, ainda, pela direcção musical em duo com Carlos Pires.

Lucília Pereira é a coreógrafa e líder dos TMV Dancers, os bailarinos e bailarinas de suporte e ajuda cénica do espectáculo.

No final, sem suspeitar, que o senhor Hélder Freire Costa informara os actores, bailarinos e figurantes, fui mimoseado pela companhia, de surpresa, "à traição", com a referência ao meu nome, à minha presença como jornalista anónimo, quando nada mais fiz do que a minha obrigação de divulgador de cultura e artes. Foi bonito e marcante. Fiquei emocionado, comovido e embargado. Obrigado a todos os que no palco, retribuíram os aplausos que, merecidamente, lhes dispensámos. Agradeço e devolvo os aplausos a todos, inclusivamente aos muitos espectadores que vieram, em excursão, do Algarve propositadamente para ver e sentir Voltaremos de certo noutra oportunidade. PARABÉNS, PARQUE MAYER!

Texto: Fernando de Sucena© (compilado e re-escrito a partir de uma série de “posts” no publicados no FaceBook®© do autor). Dados recolhidos no Google®© .

Imagens: Google®© ; Site Parque Mayer; Alexandra Teixeira

* A reportagem foi efectuada antes do projecto ”Pessoas Magazine” surgir

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AQUASHOW INDOOR

JURI TIETZEN

PROXIMAMENTE

Uma boa mão cheia de anos volvidos, regressámos ao contacto com o nosso amigo que, é igualmente, o director de operações do AquaShow, a propósito da abertura recente do parque aquático indoor.

diversão único; disponível 365 dias, por ano. É, igualmente, o maior da Península Ibérica

Com esta opção na oferta, e face aos milhões de turistas que visitam o nosso país ao longo do ano, podemos ter Verão o ano todo. Mas, não são só os turistas e os ‘nuestros hermanos’ que usufruem deste excelente espaço de convívio familiar. Também, os algarvios residentes, que provem sê-lo, beneficiam de preços especiais.

O tempo de utilização aconselhável é de 4 horas, ao longo das quais existem inúmeras distracções aquáticas e

“Pessoas Magazine”. Até lá. Aproveitem aquando de uma deslocação para o sul do país, para passarem uma tarde muito, mas mesmo muito, divertida.

DIRECTOR TIETZEN

A inauguração foi adiada devido à Pandemia. Contudo, Juri Tietzen cumpriu a premonição de 2018 na XOK Magazine, edição nº 53. Com efeito, poderão aceder a um dos maiores projectos independentes de comunicação e informação gratuitos, sem custos de produção e com expansão progressiva: a LRNews, depois, rebaptizada XOKMAGAZINE, acedida em www.https://issuu.com/lusorecursos/docs., que, posteriormente, deu origem aeste novo projecto, o “Pessoas Magazine”

Nessa edição, então, reportámos sobre o magnífico espaço de diversão, no Algarve.

Nesse já longínquo ano, referia no parágrafo anterior, o nosso amigo alemão, sempre muito bem-disposto, de sorriso franco e contagiante, foi o grande impulsionador e causador da criação do maior parque aquático de Portugal e um dos maiores da Europa. Contudo, a ideia do indoor foi importante como inovação e na prestação de um, serviço de lazer e de

gradáveis de serem praticadas debaixo de temporal ou vento. Ah, pois! O indoor, significa dentro de portas, portanto, coberto.

Oportunamente, iremos proceder a uma visita relâmpago ao espaço, da qual daremos parecer na segunda edição do

Contactos: AquaShow, Parque Aquático, Volta do Parque, Nº 1, Semino,8125-313

Quarteira- Loulé

Telefone:289315129

www.aquashowpark.com

Texto: Fernando de Sucena© Imagens: Site AquaShow, Alexandra Teixeira e Arquivo/Produtores Reunidos©®

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O que se pretende com este espaço é destacar sempre que possível, um conteúdo de um blogue, que eu ache consistente e com bastos motivos de chamamento à leitura. Repito à leitura.

Cada vez mais, se troca o que se vê, pelo que se lê e isso é um erro em termos de desenvolvimento intelectual. Uma análise como esta tende a ser obrigatória em todas as publicações digitais. A importância de falarmos destes escritos publicados em espaços disponibilizados, na Internet, prende-se com a revelação muitas das vezes, de narrativas e situações opinativas trucidadas pela censura das redes sociais. Ora, os blogues servem para inverter esta tendência coerciva. Por aqui, irão desfilar muitas opções criativas, algumas delas, verdadeiramente interessantes.

O BLOG DO KOTA é um blogue de autor que reúne crónicas, apontamentos, opiniões, produções editoriais, artigos de imprensa, colaboração em obras colectivas, reportagens, maledicências, críticas positivas, poemas, excertos de livros ou livros completos do autor, fotografias, pinturas, clips ou sons já editadas/os ou originais, de uma forma descontextualizada mas, que revela os quase 50 anos de actividade literária, jornalística e multimédia deste autor, que se quisermos classificá-lo, só sendo fora do “mainstream” .

Não vou insistir na tónica do design, porque o autor podia esmerar-se mais no visual e na atractividade do espaço, pois também se espraia pela multimédia e pela pintura, sem que se tenha detectado uma qualidade por aí além. Poderei classificar esta sua área como insipiente e um pouco primária. Se perde no visual ganha no conteúdo. Quero com isto dizer que, o que se lê vale mais do que o que se vê. E começo por aqui.

Certamente, que muitas das pessoas referidas ao longo de milhares de páginas já produzidas, criadas e participadas pelo autor do Blogue, desconhecem a vastidão e a amplitude da criatividade do mesmo. Também eu me confundi, ao tentar

padronizar, não a escrita, mas o resumo dos conteúdos. Ao longo de uma vida, bem

vivida, a roçar os limites da loucura, da saúde, da estabilidade social, da convivência e da felicidade, salpicada por frustrações, traumas e decepções enormes, o “kota” nunca abrandou as suas ideias desnorteadas e que lhe causaram, e ainda causam, inúmeros dissabores, com os quais aparentemente não aprendeu nada pois, continua no mesmo registo, de desbocado e socialmente deslocado, aparentemente.

Através do resumo que me foi possível aceder dos escritos já editados, que subitamente pararam em frequência e na assiduidade, em meados de2021, com algumas postagens esporádicas no ano passado,o “kota”, não tem barreiras morais, éticas ou pessoais, na construção das suas composições. Roça por vezes, em especial na poesia, um eruditismo avassalador, outras tantas, toca o mais ordinário, boçal e ofensivo no estilo de escrita.

Sendo difícil encaixar o “kota” num estilo único, tal a variedade de géneros e emparelhamentos estilistas que a sua escrita, denota muitas vezes, percebe-se, contudo, que a sua bipolaridade controla a vida e a existência do autor.

Não sendo um mimo, ou uma obra de arte, cada ‘post’ colocado, não deixa, contudo, de ser interessante de ler, até porque, com esta instabilidade constante, a espaços, o humor non-sense, a crítica mordaz ou o sarcasmo refinado da sua revolta, aligeiram a leitura e evidenciam um talento para a escrita, apesar de tudo. Importa acrescentar que, o homem é, desde logo, um excelente comunicador.

Podia ter sido, quando jovem, acompanhado e orientado para a construção de textos e poesia de uma forma mais moderada e objectiva, transformando o ´kota´ num caso sério de sucesso literário. Isto é bom de se falar, mas na realidade, pelos vistos, nunca aceitou conselhos, ou se os aceitou,

ignorou-os, chegando a esta fase de maturidade intelectual e expressiva, sem um rumo ou estilo definido. Acontece. E, segundo alguns escritos referentes a pessoas com quem privou de perto, trabalhou com alguns dos mais prestigiados jornalistas, artistas, radialistas e escritores da actualidade.

No fundo, parece feliz com a vida e isso basta-lhe, aplicando-se na perfeição a locução latina ´fac,fiat et vivat feliciter´ (faz, deixa fazer e vive feliz)

Atendendo à especificidade da escrita e do estilo, não posso deixar, contudo, de referir o acesso a este espaço de espalhafato literário, digamos assim. É diferente de quase tudo, o que já vi, e só por isso insisto nas visitas regulares a O BLOG DO KOTA, a despeito de alguma consistência, em especial nalgumas peças jornalísticas, que, todavia, não entendo o motivo de não estarem postadas no blogue. A qualidade subiria um pouco mais. Enfim. Aquilo não é meu!

Antes de encerrar esta avaliação, quero acrescentar que o escritor é mais activo no FaceBook, onde aparecem muitas publicações originárias de picardias e suspensões.

De 1 a 5, dou 4 unidades não pela qualidade ou originalidade, mas sim pela variedade.

https://oblogdokota.blogspot.com

Texto: José Santos (Técnico de Informática e Comentador de Blogues)

Imagem: Arquivo/ProdutoresReunidos

9 POSTS - 1 -
OBLOGDOKOTA
PRTSCN DO DESIGN DO BLOG
©®

EXTRAVASAMENTO SUBLIMINAR©®

POESIA

Sinto-me não muito bem Nem, tampouco, sei o que sinto Pelo etéreo busco, mais além; Equaciono o que pressinto

Cerro os olhos e plano no vazio De encontro ao energossoma. Um revigorante mental desvario, Que me extraia deste tipo de redoma.

Fujo do transcendente, não sei porquê! Quiçá, receoso da minha própria imanência

Pois, o pior cego não é o que não vê, Mas, o que persiste no erro com premência.

Esconjuro, amaldiçoo, praguejo da vida; Escudo-me na simplicidade do evidente, Protegido por uma espécie de sulfamida No espírito errante fugidio do presente

Essa cúpula que me cerca e me impede De extravasar, de expandir mágoas, dores Quando, afinal, é o outro eu, que descrede Porque ajo assim? Alteração de subsunçores?

Enquanto pairo à toa sem rumo, foco ou nexo, Acho, julgo, penso que sou um covarde, Que se esconde, foge das coisas sem complexo, Adiando enfrentar o Agora, para mais tarde.

Sinto-me não muito bem, Cerro os olhos e plano no vazio Fujo do transcendente, não sei porquê! Esconjuro, amaldiçoo, praguejo da vida; Essa cúpula que me cerca e me impede Enquanto pairo à toa sem rumo, foco ou nexo,

Nem, tampouco, sei o que sinto De encontro ao energossoma Quiçá, receoso da minha própria imanência.

Escudo-me na simplicidade do evidente, De extravasar, de expandir mágoas, dores Acho, julgo, penso que sou um covarde

Equaciono o que pressinto Que me extraia deste tipo de redoma Mas o que persiste no erro com premência No espírito errante fugidio do presente Porque ajo assim? Alteração de subsunçores?

Pelo etéreo busco, mais além, Um revigorante mental desvario, Pois o pior cego não é o que não vê, Protegido por uma espécie de sulfamida Quando, afinal, é o outro eu, que descrede Que se esconde, foge das coisas sem complexo,

Adiando enfrentar o Agora, para mais tarde

Texto/Poema: Fernando Skinrey©®

Original - 2023

Imagem: Google©®

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O SONHO

ARMINDA CAVACO

Arminda Cavaco, 81 anos, e a vender flores desde o 25 de Abril, portanto, quase há 50 anos

Nascida em Fevereiro, no segundo dia do invernoso mês, conseguiu com essa resistência que o frio provoca, estar aos 7 anos a tomar conta de outras crianças, na Sertã, sua terra natal.

Depois de vender legumes no Mercado de Benfica e, porque, com a revolução à porta "as pessoas estavam a açambarcar os verdes e os frescos, deixando as flores. Pode-se dizer que as flores surgiram por acaso, na minha vida"

antiga, colega minha e coordenadora de algumas acções de formação que exerci. Saravá! Ana Kitler.

Enquanto recolhia mais algumas informações sobre a Arminda, a quem, desde sempre, e enquanto vivi na Amadora era cliente habitual, nas datas comuns e, noutros dias em que ofereço a quem gosto flores por impulso, reparei dos dedos deformados mas, cheios de elasticidade, ajudam, ainda hoje, a compor os ramalhetes, cheia de genica.

No dia em que me desloquei à cidade, estava com uma venda paralela de produtos hortícolas e frutos para "ajudar no rendimento, que as coisas desde o Covid, estão ainda a recuperar"

As mãos calejadas, dos anos, do trabalho e das intempéries, contrastam com um rosto jovial que aparenta menos idade. Dizem que a felicidade dá alegria e saúde. Quiçá por isso a D. Arminda se mantém imutável ao longo de muitas décadas exposta na zona mais movimentada da cidade.

É uma das figuras mais conhecidas da cidade menina

Parque Delfim Guimarães, Amadora, Estação de comboios 9627911330

Texto: Fernando de Sucena© Imagens: TVI©® e Facebook©®

Veio para a Amadora, com uma amiga, num triciclo motorizado, temerosa do que se estava a passar, apenas com uma braçada de flores que, “por acaso eram cravos, as pessoas começaram a comprar” pelo que nunca mais deixou de vender flores.

Autodidata e com uma boa disposição recorrente. Soube eu, por acaso, do destino e das voltas que a vida dá, que a D. Arminda é avó das sobrinhas de uma

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PERFUMES FLORISTA
O PERFUME COLORIDO DAS FLORES ARMINDA CAVACO UM DOS ROSTOS DA CIDADE

ARTESANATO

CRISTINA JESUS

Cristina Jesus, 53 anos, dois filhos, mãe aguerrida, artesã, nascida e vivida em Lisboa.

A ARTESÃ CRIATIVA

O artesanato é uma das várias ocupações que permitem a subsistência dos que vivem das parcas ajudas do Estado, mas as Bolsas, Carteiras, Porta-chaves e Malas, principalmente, sobre base de cortiça com outros materiais. Um artesanato feito com esmero e como “um rendimento suplementar, quando se consegue comercializar o suficiente” nas pequenas feiras de Lisboa, sobretudo, na Praça da Figueira

Freguesia de Santa Maria Maior, recaiu nesta esforçada lisboeta. Em comum, temos o bairrismo local da freguesia de nascimento.

CORTIÇA DECORADA

Tomei contacto com a Cristina por necessidadese cuidados especiais para uma terceira pessoa.

Foi necessário uma cuidadora, e a indicação preciosa de alguém da Junta

A vertente de apoio social como cuidadora não oficial, é uma das mais-valias da Cristina. Cuidadosa, com honestidade e aplicação na ajuda aos idosos necessitados, e com alguma emoção genuína e pessoal misturada no acto de solidariedade.

Pontual e disponível, no que respeita ao apoio, dedicada e esforçada na educação dos filhos, criados no intervalo de inúmeras actividades complementares que ajudam a manter o agregado nesta conjectura actual pouco agradável.

O DETALHE DA CONFECÇÃO

No que respeita aos trabalhos de artesanato são engraçados e com alguns detalhes primorosos, espelhando a minúcia que reflectem a criadora.

No bairro da Mouraria, que pertence à freguesia de Santa Maria Maior, outrora Freguesia de São Cristóvão, é uma freguesa bem conhecida e um rosto familiar, o que é ainda mais importante, para os mais velhos, numa zona em que a população muda constantemente e a vizinhança não se conhece, a bem dizer.

Texto: Fernando de Sucena© Imagens: Facebook©® da artesã e da autora.

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PRODUTOS

O PARTIDO HUMANISTA E OS INDEPENDENTES

Esta publicação não tem, não terá, e nada justificará ser mais uma activista panfletária. Não podemos, mesmo por questões estatutárias politizar o “Pessoas Magazine”, todavia, sendo as pessoas o elemento fundamental e estrutural da política, esta viagem ao passado, muito próximo da alvorada do Século XXI, tem questões pertinentes para ser aqui referida uma questão política.

Particularidades várias e disfuncionais não obstaram a que um grupo de cidadãos da Amadora e de Queluz beneficiassem de um desafio do Partido Humanista, entretanto extinto, recém-criado, na época, para a participação activa e cívica nas eleições autárquicas

O repto foi lançado e, logo à partida, beneficiou ambas as partes. O partido tinha publicado um anúncio, ideia sui generis, num jornal de expansão nacional a procurar pessoas que quisessem concorrer a Câmaras Municipais. Loucura!

Da parte dos candidatos, pouparam o esforço da recolha de assinaturas populares. Como três dos elementos fulcrais tinham concluído um curso de Marketing Político, e o cabeça de lista fazia anos perto das eleições, os amigos ofereceram-lhe a candidatura. Loucura!

Recorrendo a uma estrutura de marketing e comunicação já existente, de que ainda há (neste projecto) alguns resquícios, partiu-se para a campanha com muita inovação em termos de divulgação e projecção de imagem. Foi uma campanha com um investimento a rondar os 3000 euros e com um retorno brutal.

A brincar aos políticos, aos candidatos e aos partidos, no pioneirismo dos independentes, cuja iniciativa teve repercussões nas várias eleições subsequentes, com o número de candidatos independentes a subirem em número de pessoas e de votos. Na altura, optou-se por concentrar esforços numa única freguesia, onde os candidatos não eram residentes e na presidência da câmara.

Foi um resultado inquestionavelmente positivo e, de entre todos os candidatos humanistas, os da Amadora, foram os que melhores resultados em termos percentuais conseguiram de Santarém para baixo. Loucura!

Parafraseando Chico Buarque, “foi bonita a festa , pá”. O tempo passa mas a obras do Homem e das pessoas ficam. A História vai acumulando nomes, factos, acontecimentos que a tornam mais coesa, completa. Para isso contribuiu um grupo de cidadãos aventureiros, num pioneirismo amador que sobreviveu a boicotes, ameaças e desvalorização.

A teimosia pode dar fruto e, do bom. Recordemos, então.

Aplicou-se na prática e no terreno, os aprendizados emotivamente passados aos formandos pelo impagável, já falecido, Jorge Coelho que resultaram em sucesso. Foi uma surpresa enorme sucesso o conseguido por uns quantos amigos em realizar conjuntamente um sonho, de pessoas ao demonstrarem que unindo-se em torno de uma causa, não há impossíveis. Conforme a coisa surgiu, morreu. Mas, para o futuro fica algo do passado.

Ainda hoje, 16 anos volvidos nada disto se realizou, mas as promessas são sucessivas. Eles estavam muito à frente. Loucura!

O PROGRAMA PARA A JUNTA DA VENTEIRA EM 2006

Nunca mais se repetirá uma situação destas por todos os motivos e mais alguns. O tempo passa e não se repete no espaço, ou nas pessoas. Envelhecemos, transformamo-nos, afastamo-nos uns dos outros pelas vicissitudes da vida. Enfim. Não poderemos cantar “Tempo Volta Para Trás”, como o António Mourão. Nem com as teorias mais arrojadas da Física Quântica.

Foi, não volta, a repetir-se Garantidamente.

Texto: Fernando de Sucena Imagens: Arquivo/ProdutoresReunidos©® e LusoRecursos©®

13 PASSADO LOUCURA
3 EXEMPLOS DE PROPAGANDA EXEMPLOS DOS FLYERS DO CANDIDATO À C M AMADORA

CLÁUDIO PIRES

Voltámos ao contacto com o Cláudio, ao fim de mais e duas décadas de afastamento, apesar da relação de parentesco entre elementos da redacção e ele.

Cláudio Pires, 33 anos de idade, natural de Lisboa

Foi emigrante, no Reino Unido, ido de um Portugal de pouco oferece aos jovens, depois de nada ter oferecido às gerações anteriores. Com alguns anos de trabalho, cá e lá, expôs-nos de forma muito clara as dissonâncias e semelhanças existentes entre dois países e duas formas de encarar o trabalho completamente diferentes.

“Tive várias actividades, como é comum entre os jovens. Em Portugal iniciei a minha atividade profissional como vendedor de serviços da Portugal Comunicações. Antes de emigrar para o Reino Unido, trabalhei num call centre e nos últimos 3 anos, após o meu regresso, tenho trabalhado em diversas áreas como rececionista, apoio ao cliente, operador de base de dados, técnico de limpezas e segurança. Durante os anos em que vivi fora do país, estive a grande parte do tempo em empresas do ramo hoteleiro, financeiro e consultoria, mais propriamente em departamentos administrativos, receção ou como responsável de logística” .

Depois desta opinião declarativa das oportunidades, reforçou a ideia das semelhanças entre ambas as nações. As diferenças, não são significativas na forma, mas apenas nas oportunidades e nos rendimentos.

“É mais fácil responder com as semelhanças entre ambos, visto que as diferenças podem ser encontradas em praticamente tudo, desde o número de oportunidades de emprego, passando pela(s) fase(s) de recrutamento e inserção na empresa, até à prestação do serviço propriamente dito e respetiva formação (inicial e contínua). Mas para não fugir completamente à pergunta, respondo desta forma:

Ponto positivo de Portugal em relação ao Reino Unido: O número de feriados anuais que permitem um maior descanso aos colaboradores.

Ponto positivo do Reino Unido em relação a Portugal: Constante incentivo aos colaboradores para desenvolverem as suas competências profissionais e crescimento pessoal” .

dificuldade, começando pela própria maneira como as pessoas olham para o voluntariado e a perceção que a sociedade portuguesa no geral tem da cultura. Este não é um projeto que possa ser explicado com base noutros exemplos já existentes. Ele tem uma identidade muito própria e, apesar de não ser de difícil compreensão, ele exige uma enorme dedicação por parte de quem está por dentro dele. No fundo, o projeto representa uma oportunidade única para as pessoas que ambicionam conquistar uma certa "liberdade" que não é usualmente abordada, ao longo de uma vida. Falo, por exemplo, em questões relacionadas com o crescimento pessoal que podem mudar, de forma significativa, a vida de muitas pessoas.

NUM MOMENTO DESCONTRAÍDO, NO RESTAURANTE DOS PAIS.

No entanto, aquilo que quisemos saber é de que trata o projecto cultural, a que se encontra ligado desde há cerca de dois anos aquando do seu regresso a Portugal, e a Queluz, onde sempre residiu, seguindo a herança freguesa da avó.

Perenptoriamente, e entusiasmado, com um certo brilho nos olhos, explicou, “O projeto chama-se "Projeto ACQ" e consiste na promoção do património de Queluz. Existem várias atividades nele inseridas, todas de acesso público, sendo que a maior atração trata um conjunto de eventos culturais que funcionam, precisamente, como forma de promoção desse mesmo património ”

Sem se deter com enigmas decorrentes de algumas desilusões e espectativas defraudadas com os apoios, respondeunos desta forma à pergunta: Sendo jovem, com que obstáculos te deparaste para realizar a iniciativa, exceptuando o financeiro?

“A maior dificuldade, excepto a financeira, tem sido o processo de recrutamento. São várias as razões que justificam esta

Claro que existem outros obstáculos associados, como o elevado grau burocrático por parte de algumas entidades em processos administrativos ou a demora em dar respostas a questões colocadas, a baixa capacidade de organização na partilha de informações/conteúdos e a acessibilidade às mesmas. Juntando a tudo isto, o facto de ainda não ter um nome reconhecido pela massas é visto como motivo de descrença (e alguma desconfiança), mesmo admitindo que se trata de um projeto inovador e com uma margem de prosperidade enorme. Ainda assim, existe um lado bastante positivo no meio disto. É uma aprendizagem que tenho mantido comigo durante este tempo no projeto: Por vezes, é nas maiores dificuldades que se encontram as melhores oportunidades

E, a conclui, deixou um comentário ”quero dar os meus parabéns a esta iniciativa, sabendo que vivemos num mundo onde as questões inerentes à humanidade estão a ser "chutadas para canto". Oxalá que as pessoas que aqui partilham, e as que continuarem a partilhar, as suas vivências possam inspirar quem lê e "iluminar" este lugar para uma harmonia maior entre a nossa espécie”

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PROJECTOS ALGALAMARES
Texto Fernando de Sucena Imagem: Alagamares© e Fernando Sucena

OBRIGADOS!

Sendo a publicidade interdita, na sua forma mais primária e castradora do Estatuto Editorial, resta a “Pessoas Magazine” aceitar a colaboração de/com alguns mecenas, beneméritos, colaboradores e apoiantes sob a forma de permuta, o que revela uma confiança no projecto e um alento aos próprios, em termos de divulgação do seu “core business” .

AGEFM

TEATRO MARIA VITÓRIA

MAFE

MAFE – Artes Gráficas e InformáticaGestão de Artes Gráficas, Reparação e Manutenção de Redes, Equipamentos e Software Informático

Maaffe@iol.pt

PRODUTORES REUNIDOS

AGEFM - Artes Gráficas, Ensino, Formação e Multimédia Unipessoal, Ltd

agefm.upl@gmail.com

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DISCOTECA CARBONO

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AQUASHOW

Produtores Reunidos - Conteúdos para Imprensa e Guionismo para Rádio e Televisão.

produtoresreunidos@sapo.pt

Organização de Debates, Colóquios, Seminários e Workshops

nee1989ce@gmail.com

Nesta edição, Nº 0 (Zero) agradecemos as ajudas à produção a todas as entidades atrás referidas. Obrigado.

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QUEM NOS AJUDA
PERMUTAS

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Distribuição (exclusivamente on-line), Gestão de Contactos, Marketing e RGPD: N.E.E. ®©– (Núcleo de Estudos Elitistas)

“Tiragem desta edição”: 7 5000 (endereços electrónicos da nossa responsabilidade.)* 20 exemplares a cores em papel, para publicidade e divulgação

Director: Fernando de Sucena (registado na SPA)

Coordenação de Edição: Alexandra Teixeira

Redacção: Mário Teixeira (redactor emérito) e Fernando Skinrey© (registado na SPA)

Colaboração: José Santos; Patrícia “Pati” Silva e Filomena Cost.;

Fotografia: Arquivo/Produtores Reunidos©® - (Conteúdos para Imprensa e Guiões para Rádio e Televisão); Arquivo/1 Luso Recursos©® ; Facebook-Meta© ; Google© ;Livraria Atlântico; Fernando Sucena; Site AquaShow©;Carbono© ; Site Parque Mayer©; Cristina Jesus e Alagamares©

Gestão; Coordenação Técnica; Design Gráfico e Paginação: MAFE®© - (Gestão de Artes Gráficas, Informática, Reparação e Manutenção de Redes, Equipamentos e Software)

Contactos:

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Os autores escrevem de acordo com o anterior Acordo Ortográfico Registo na ERC: a aguardar.

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8 - ”Pessoas Magazine” pratica um jornalismo pautado pela isenção, tendo apenas como pressuposto editorial facultar a melhor e inovadora informação aos seus leitores, seguindo sempre as mais elementares normas deontológicas.

16 FICHA TÉCNICA
PUBLICAÇÃO

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