INSTRUMENTAÇÃO E DEONTOLOGIA: COLETA DE MATERIAIS BIOLÓGICOS
CRBM 6.831
Prof.Esp.PedroH.Veloso Biomédico
ANTICOAGULANTES
•Quando necessita-se de sangue total ou plasma para algumas análises usam-se anticoagulantes;
•Em geral, interferem no mecanismo de coagulação in vitro, inibindo a formação da protrombina ou da trombina.
•Os mais usados são:
•EDTA (ácido etileno-diamino-tetra-acético): determinações bioquímicas e hematológicas
•Heparina: provas bioquímicas
•Oxalatos: provas de coagulação
•Citratos: provas de coagulação
•Polianetolsulfonato de sódio: hemoculturas
TUBOS PARA COLETA
TUBOS PARA COLETA SANGUÍNEA
•VERMELHO:
• Sem anticoagulante.
• Obtenção de soro para bioquímica e sorologia.
• Exemplo de testes:
• Creatinina;
• Glicose;
• Uréia;
• Colesterol;
• Pesquisa e identificação de anticorpos e ou antígenos no soro.
TUBOS PARA COLETA SANGUÍNEA
•AMARELO:
• Gel separador e ativador para aceleração da retração do coágulo;
• Dosagens bioquímicas, Dosagens hormonais e Sorologias;
• Coletar de 3 a 10 ml;
• Manter em refrigeração até 24 horas;
Congelar somente o soro, se necessário.
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TUBOS PARA COLETA SANGUÍNEA
•ROXO:
• Com anticoagulante EDTA sódico ou potássico
• EDTA liga-se aos íons cálcio, bloqueando assim a cascata de coagulação
• Obtém-se assim o sangue total para hematologia
• Testes:
•Eritrograma;
•Leucograma;
•Plaquetas.
TUBOS PARA COLETA SANGUÍNEA
•PRETO:
• Os tubos para VHS
• Contêm solução tamponada de citrato-trissódico
• Utilizados para coleta e transporte de sangue venoso para o teste de sedimentação.
TUBOS PARA COLETA SANGUÍNEA
•CINZA:
• Tubos para glicemia.
• Contêm um anticoagulante e um estabilizador, em diferentes versões:
• EDTA e fluoreto de sódio;
• oxalato de potássio e fluoreto de sódio;
• heparina sódica e fluoreto de sódio;
• heparina lítica e iodoacetato;
• Ocorre inibição da glicólise para determinação da taxa de glicose sanguínea.
TUBOS PARA COLETA SANGUÍNEA
•ROSA:
• Tubos para provas de compatibilidade cruzada.
• Duas versões:
• Com ativador de coágulo » Provas cruzadas com soro;
• Com EDTA » Testes com sangue total.
TUBOS PARA COLETA SANGUÍNEA
•ROYAL:
• Três versões:
• Sem aditivo;
• Com heparina sódica;
• Com ativador de coágulo.
• Utilizados para testar traços de elementos metálicos, como: Cu, Zn, Pb, etc.
TUBOS PARA COLETA SANGUÍNEA
TRIAGEM
TRIAGEM
• SORO - tubo sem gel separador:
• Aguardar a completa coagulação à temperatura ambiente seguida de centrifugação a 3.000 rpm, por um período de 10 minutos.
• SORO - tubo com gel separador:
•Deve-se imediatamente após a coleta homogeneizar, o tubo por inversão de 5 a 8 vezes, manter em repouso, verticalmente, por 30 minutos para retrair o coágulo e seguir a centrifugação a 3.000 rpm por 10 minutos.
• ANTICOAGULANTE:
• Centrifugação de sangue com anticoagulante (Citratado, EDTA ou Heparinizado) pelo menos 15’ a 2000 – 3000 rpm.
INTERFERÊNCIA COM RELEVÂNCIA CLÍNICA
• Os testes laboratoriais podem ser afetados por fatores endógenos e exógenos na amostra.
AMOSTRAS ICTÉRICAS
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A presença da bilirrubina, dando uma cor amarelada forte, altera os valores de creatinina.
AMOSTRAS HEMOLISADAS
• É a liberação de componentes intracelulares das hemácias e outros componentes dentro do espaço extracelular do sangue. Aparência da cor é devida à liberação de hemoglobina.
•Causas:
•Bioquímicas (reação de transfusão);
•Imunológicas (antígeno - anticorpo);
•Físicas (hipotonia);
•Químicas (resíduos);
•Mecânicas (centrifugação).
AMOSTRAS LIPÊMICAS
• Lipemia é a turbidez do soro ou plasma a qual é causada pela elevação da concentração de lipoproteínas que é visível ao olho.
• Triglicérides;
• Alimentação;
• Desordem metabólica;
• Turbidez (paciente – heparinizado).
URINA
•“Um fluido de biópsia dos rins”.
•“Um ultrafiltrado do plasma, que pode ser usado para a evolução e monitoramento da homeostase do corpo e muitas doenças dos processos metabólicos”
• TIPOS DE URINA
•Rotina;
•24 horas;
•Jato médio;
•Cateterizada; •Aspiração Suprapúbica;
•Pediátrica.
URINA DE ROTINA
• Não requer preparação; • Quase sempre aleatórias, primeira da manhã; • Dependendo da idade do paciente e condições físicas requer assistência.
URINA 24 HORAS
•1º Dia: esvaziar a bexiga na hora inicial, coletar todas as urinas nas próximas 24horas.
•2º Dia: na mesma hora em que começou a coletar no primeiro dia, de bexiga cheia, urinar e coletar esta última amostra.
No laboratório após a chegada da amostra, misturar, medir o volume e registrar.
Uma alíquota é guardada para testes e ensaios adicionais de repetição, descartar o restante da urina.
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URINA DE JATO MÉDIO
Utilizada para cultura, citologia e rotina.
Necessita de antissepsia do paciente • Primeira urina é descartada.
Não ter contato do coletor com a área perineal.
Contém elementos da bexiga, uretra e rins.
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URINA CATETERIZADA
• Requer pessoal treinado.
• Utilizada na rotina e cultura, e também para diferenciar Infecção Renal, da Bexiga.
• Inserção de um cateter através da uretra dentro da bexiga.
• Amostras aleatória e temporizadas podem ser obtidas.
URINA DE ASPIRAÇÃO SUPRABÚBICA
•Coleta diretamente da bexiga por uma agulha com seringa em punção abdominal. •Utilizada para cultura e citologia.
URINA PEDIÁTRICA
• Utilizada na rotina e ensaios quantitativos;
Faz-se antissepsia do local da coleta; • São utilizados coletores plásticos com adesivos;
Devido a contaminações, coletas suprapúbicas e cateterizada podem ser feitas.
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ARMAZENAMENTO E CONSERVAÇÃO
ETAPAS ENVOLVIDAS
ACONDICIONAMENTO DE INSUMOS PARA COLETA
ARMAZENAMENTO DE SANGUE PARA ANÁLISE
• Depende do analito (glicose, DLH, potássio, bicarbonato);
•Se não for processada dentro de 5h após a separação, refrigerar (2 a 8ºC)/24h;
•Alguns analitos requerem congelamento (-20ºC).
ARMAZENAMENTO DE URINA PARA ANÁLISE
• Refrigeração- 4 a 6ºC, até 24 horas
• Vantagens:
• Não interfere em testes bioquímicos.
• Desvantagens:
• Aumenta a densidade para urodensímetro, e precipita cristais de fosfatos e uratos amorfos;
• Se for analisada dentro de 2 horas após a coleta , não refrigerar.
MANUSEIO E TRANSPORTE DE AMOSTRAS
• Quando a amostra não é colhida pelo laboratório, o paciente ou o funcionário do hospital deverá ser orientado sobre a coleta, tempo máximo de entrega ao laboratório.
MANUSEIO E TRANSPORTE DE AMOSTRAS
• Recebimento – Registro completo sobre o paciente:
Uma identificação adequada, utilizando material que resista ao manejo. • Transporte:
Realizar o transporte das amostras de acordo com a legislação vigente, atentando sempre para a condição de temperatura específica para cada analito.
Envio de amostras:
Devem ser enviadas logo após a coleta e de preferência refrigeradas.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
• Observar as amostras antes e depois da centrifugação;
• Relatar se há interferentes visíveis ou não;
• Identificação de analitos que podem ser ou não afetados;
• Pré-tratamento para eliminação de interferentes;
• Não análise quando ultrapassar os desvios de relevância clínica.
“EM GERAL, NOVE DÉCIMOS DA NOSSA FELICIDADE BASEIAM -SE
EXCLUSIVAMENTE NA SAÚDE. COM ELA, TUDO SE TRANSFORMA EM FONTE DE PRAZER”.
(ARTHUR SCHOPENHAUER)
/drpedroveloso @drpedroveloso
pedro.veloso@unils.edu.br
“QUE COMECEM OS JOGOS...”
(Jigsaw)