FORMAÇÃO
Mestrando CIBERCULTURA (UFBA - aluno Especial); Pós-Graduado em Jornalismo Digital (UNINTER); Extensão em Marketing Online (UFBA); Graduação em Administração com habilitação em Marketing (ESAMC); Profissionalização em Web-design (SENAI); Extensão em Marketing Político Digital (ministrado por Martha Gabriel); Especialização em Marketing e Propaganda (MERCATOR); Centenas de horas de cursos, palestras e seminários...
Especialista em Comunicação, Criatividade
e Conectividade.
OCUPAÇÃO
CEO da StartUp Equilibra Digital Solutions; Primeiro CREATIVE TECHNOLOGIST do N/ NE do Brasil (Agência Única); Professor Universitário e Professor do MBA em Mídias Sociais (FBB) Editor do BLOG Conectividade (portal iBahia) Editor do Sempre Bahia (4 milhões page views/ mês e 14.000 followers no twitter); Palestrante e consultor na área de Marketing Digital.
Quais as tendĂŞncias para 2011?
Ganhador do prêmio colunistas Norte-Nordeste pelo case “Tweetdoor” em 2011 (lançamento do novo iBahia) e eleito "o melhor perfil de Profissional de Comunicação no Twitter" nos últimos 02 anos (votação promovida pelo site Midiatismo).
Eleito em 2012, um dos 100 Top Marketing Professors on Twitter pela Social Media Marketing Magazine.
1º lugar, em 2012, da categoria Reconhecimento de Marca com o case “Tweetdoor” pela Internacional Newsmedia Marketing Association (INMA), uma das mais tradicionais premiações do planeta sobre iniciativas de marketing para veículos de comunicação.
Capa da revista ProXXIma (maior revista de marketing digital do Brasil) com a ilustração “Yes, We did it”, escolhida entre 100 criações.
"O homem cria as ferramentas e, subsequentemente, as ferramentas recriam o homem".
Essa frase de Marshall McLuhan traduz de forma simples e brilhante a conexão da tecnologia com a evolução da humanidade.
Uma das primeiras tecnologias dominadas pela humanidade e que alavanca a nossa evolução Ê o fogo.
A partir daĂ, o homem começa a cozinhar os alimentos e isso modifica o tipo de nutrientes absorvidos pelo cĂŠrebro, fazendo com que ele ficasse mais denso e nos tornasse mais inteligentes.
Além do cérebro, o fogo permitiu proteção contra animais, aquecimento e luz durante a noite e isso nos trouxe possibilidades sociais que transformaram nossos hábitos e costumes.
Assim, o homem cria o fogo e o fogo recria o homem.
Mais recentemente, algumas tecnologias introduzidas em nossas vidas no século passado, como o carro, a escada rolante e o controle remoto, por exemplo, são responsáveis por queimarmos em média 700 calorias a menos por dia hoje. Sabem qual a consequência disso?
Estรก aumentando a obesidade na raรงa humana!
Nenhuma tecnologia ĂŠ neutra. As tecnologias sempre afetam a humanidade em algum grau - de algumas formas, nos beneficiam.
De outras, nos prejudicam.
Por isso, ĂŠ essencial estarmos sempre atentos Ă s novas tecnologias que emergem em nossas vidas, pois elas certamente nos afetarĂŁo.
No entanto, acompanhar as transformações tecnológicas e os impactos que elas nos causam não é uma tarefa fácil e torna-se cada vez mais difícil.
Por que temos que estar em todas as redes sociais?
Por que desconfiamos de alguém que não está no Facebook?
Por que, ao chegar uma notificação em nosso smartphone que fomos marcados em uma foto, temos que parar tudo naquele exato instante para conferir?
Por que nos intoxicamos com essas novas redes digitais e ficamos online praticamente o dia inteiro?
Todas essas s達o perguntas ainda sem respostas claras.
O fato é que essas chamadas redes sociais fazem parte de uma nova revolução digital que impacta nossas relações com as pessoas e com as marcas.
Há pensadores contemporâneos que classificam esse cenário como uma verdadeira revolução, a exemplo do que foi o surgimento da escrita, a revolução industrial, a revolução gutemberguiana da imprensa ou a revolução francesa séculos atrás.
E somos obrigados a concordar.
A internet é uma plataforma que favorece as conexões e, consequentemente, a colaboração, o compartilhamento, as inovações.
Inovação pode acontecer em várias etapas e na conexão de várias pequenas ideias e as redes sociais favorecem isso.
Favorecer a sugestĂŁo das pessoas, amigos, clientes, nas redes ĂŠ importante.
Usar grupos de discussão e fazer perguntas é muito importante, pois, pode-se colher informações, palpites, dicas e muitas ideias valiosas para melhorar processos, modelos de negócios, produtos, atendimento.
Pessoas diferentes de nós. Em lugares diferentes. Vendo coisas diferentes. Percebendo coisas diferentes... Estão encontrando pessoas como elas, descobrindo causas e formando “tribos”, comunidades...
Ao mesmo tempo em que encontram pessoas diferentes e formam novas tribos e v達o somando novos conhecimentos, ferramentas.
Estamos cada dia mais multi...
Entre tantos motivos, podemos perceber que na “sociedade em rede”, a inovação deixou de depender dos gênios e eurekas individuais para ser uma propriedade emergente das redes sociais de colaboração, em todo o seu processo de desenvolvimento e difusão.
“O acaso
Favorece a mente conectada.
�
Podemos analisar as redes sociais sob diversos aspectos. Um deles ĂŠ como plataformas mercadolĂłgicas onde as marcas criam pontos de contato com seus consumidores e demais pĂşblicos de interesse.
A partir do momento que uma empresa decide criar um fanpage ou um perfil no Twitter, precisa ter ciência de que está abrindo a guarda, pois acaba de deixar escancarada uma porta “digital”, ou seja, um porta online, mais nefrálgica, mais exposta e mais mensurável.
Ela acaba de criar um “touchpoint” tão importante quanto o seu 0800, tão importante quanto o balcão de sua loja ou um anúncio publicitário, e até mesmo tão importante como a forma que se relaciona com um fornecedor.
Afinal tudo comunica a marca. Quer expor sua marca nas redes sociais?
Prepare-se, capacite-se, planeje e crie um processo, atue de forma relevante e muito, mas muito criteriosa.
Lembre-se que o antigo consumidor mudou, evoluiu para PROSUMIDOR!
Aguçando nossa capacidade de conexão...
Iremos perceber que vivemos todos num mundo BETA...
テ」ido por compartilhamento e colaboraテァテ」o...
Vender não é mais questão de atingir o público alvo...
E sim de interagir com as pessoas...
Atingir o pĂşblico alvo? ALVO = estĂĄtico, sem voz ativa, passivo.
Interagir com o PROSUMIDOR! PROSUMIDOR = conectado, propagador, consciente, pr贸-ativo.
Não há como controlar a voz ativa do PROSUMIDOR!
CRÍTICA
ELOGIO
(minimizar)
(maximizar)
ACABOU O CONTROLE!!
Pode-se tambÊm, analisar as redes sociais como esses novos ambientes digitais onde se constroem novas formas de lidar com situaçþes antigas.
Ligar para dar parabéns para 3, 4, 7 aniversariantes no mesmo dia, custa dinheiro, tempo e disposição. Hoje, basta utilizar uma rede social online, como o Facebook, por exemplo, para dar os parabéns!
Há quem prefira nem ligar e nem dar parabéns via Facebook, e simplesmente “curte” a mensagem de parabéns de um terceiro.
Assunto resolvido!
Nesse novo ecossistema digital, todos tendem a criar um discurso narcísico, afinal a troco de quê eu deveria expor nesses espaços que eu estou triste, que terminei meu namoro ou então dizer que aquele novo emprego que consegui não vai nada bem.
Todos estĂŁo fazendo vigĂlia sobre tudo que posto, publico e compartilho.
Há quem tenha adotado recentemente o chamado “detox digital” ou processo de desintoxicação digital, afinal essas coisas viciam e ceifam nossa atenção durante boa parte do dia, certo?
Se você sair do Facebook, vai perceber que a rede social não mata sua conta e te dá a opção de deixá-la adormecida.
VocĂŞ pode voltar quando bem entender, como se nada tivesse acontecido.
O problema é se você sair do Facebook e ninguém perceber!
As pessoas estão cada vez mais conectadas e o Facebook é um dos maiores expoentes dessa conexão em rede.
Mais de 50 milh천es de brasileiros usam a rede de Mark Zuckerberg.
Detox digital? Obrigado, mas ainda não. Afinal, como é que eu iria ser convidado para fazer essa apresentação e divulgá-la sem o meu Facebook?
Agora tudo muda mais rĂĄpido, inclusive nosso cĂŠrebro
AtĂŠ o final do SĂŠculo XX, o ciclo de vida das tecnologias era maior do que o ciclo de vida humano.
A partir da década de 1990 temos testemunhado uma aceleração tecnológica, de forma que hoje o ciclo de vida das tecnologias é muito menor do que o ciclo de vida humano.
Se no Século XX, entre o nascimento e morte das pessoas haviam poucas mudanças tecnológicas (o rádio, a TV, o carro, o telefone, etc., sofreram poucas transformações em décadas), hoje, a cada 18 meses as tecnologias mudam.
Em algumas áreas, como nas mídias sociais, computação e telecomunicações, as tecnologias chegam a mudar várias vezes por ano.
Assim, o ambiente tecnológico torna-se cada vez mais complexo e interconectado com o corpo humano e, portanto, nos transformando de forma cada vez mais rápida e intensa, inclusive o nosso principal órgão, o cérebro.
As transformações no cérebro ao longo da evolução da humanidade são responsáveis pelas mudanças no mundo para chegarmos à civilização atual.
Hipócrates, considerado o pai da medicina ocidental, dizia que “o cérebro é a fonte de toda alegria, prazer e riso e também de toda tristeza, desânimo, pesar e lamentações”.
Desta forma, as transformaçþes no cÊrebro transformam nossa vida.
As novas mĂdias e o nosso hipercĂŠrebro
Com a crescente disseminação tecnológica e melhorias na banda larga, estamos nos "esparramando" cada vez mais nas plataformas digitais.
A capacidade de processamento e memória dos computadores expande o nosso cérebro: guardamos números de telefones e informações nos celulares, nos notebooks, na web.
O nosso ser se amplia para nossos perfis online no Facebook, Twitter, LinkedIn etc.
Quanto mais conexão, mais nos tornamos híbridos de corpo biológico e ciberespaço transitando constantemente entre o ON e OFF line.
Estamos nos tornando cíbridos.
Se a tecnologia fora do nosso corpo jรก nos transformava, qual serรก o seu impacto fazendo cada vez mais parte de nรณs?
Multitasking: o paradigma do cĂŠrebro viciado
Pesquisas recentes mostram como as tecnologias digitais tĂŞm afetado nosso cĂŠrebro.
Um dos impactos mais importantes Ê do multitasking – fazer vårias coisas ao mesmo tempo.
A pressĂŁo social para que consigamos dar conta de tudo ĂŠ muito grande.
Por exemplo, em mĂŠdia, trocamos 37 vezes de janela ou checamos e-mails em cada hora.
Em 2008 as pessoas consumiram 3 vezes mais informaçþes por dia do que em 1960.
No artigo "Attached to Technology and Paying a Price", do New York Times, um neurocientista da Universidade da Califórnia disse que "A
interatividade ininterrupta é uma das mais significantes mudanças de todos os tempos no ambiente humano. Estamos expondo nossos cérebros a um ambiente e pedindo que façam coisas que não estamos necessariamente evoluídos para fazer. Sabemos que há consequências".
De acordo com outro estudo, da Hewlett-Packard, "os trabalhadores distraĂdos por email e telefonemas sofrem uma queda de QI duas vezes maior do que observado em fumantes de maconha".
O multitasking, entre outras coisas, diminui a nossa mem贸ria, criatividade, capacidade de decis茫o e vicia.
Nicolas Carr, afirmou hรก alguns anos que o Google estava nos deixando burros.
Por outro lado, outros estudos sugerem que a busca ativa mais o cérebro do que a leitura – na imagem ao lado, o cérebro da esquerda está lendo um livro e o da direita está fazendo busca na internet.
O infográfico "Google and Memory" baseia-se em diversos estudos que indicam transformações causadas pelo Google no nosso cérebro.
Uma delas é o fato de não lembrarmos mais de informações, mas onde encontrá-las.
Esse fenômeno foi batizado de Google Effect.
O artigo "Is the on slaught making us crazy?" da revista Newsweek (jul/2012) traz inĂşmeros estudos que mostram impactos negativos da internet no nosso cĂŠrebro e no nosso comportamento.
Outro artigo, da Digital Trends, sugere que o Facebook pode destruir o seu cĂŠrebro, diz estudo.
Por outro lado, inúmeros outros estudos comprovam benefícios decorrentes do uso das tecnologias digitais, como no caso em que empreendedores que usam redes sociais têm mais confiança, ou no estudo que mostra que usar computador faz bem à saúde mental dos idosos, entre outros.
Afinal, tudo isso nos faz bem ou nos faz mal?
Pesquisas sĂŁo conduzidas diariamente ao redor do planeta que continuam a analisar o impacto das tecnologias em nosso cĂŠrebro.
Se n達o sabemos ainda exatamente quais desses impactos s達o ben辿ficos ou n達o, sabemos por certo que eles acontecem.
E vocĂŞ? Tem pensado sobre isso? Cada vez mais precisamos refletir sobre o que usamos no dia a dia e observar o quanto isso nos afeta positiva ou negativamente.
O que percebemos que estรก nos prejudicando de alguma maneira, nรฃo devemos consumir ou usar de forma automรกtica ou por modismo.
Devemos refletir constantemente pois estamos em permanente transformação.
VocĂŞ deve ser o agente de anĂĄlise do seu mundo sem esperar por estudos, pois as tecnologias mudam mais rapidamente do que os estudos e o nosso cĂŠrebro podem acompanhar.
Reflexão e bom-senso são as palavras que devem nos reger nesse tsunami de mudanças.
ReferĂŞncias:
“Cérebro e Tecnologia: o bit nosso de cada dia” (Martha Gabriel) “Desintoxicação digital? Ainda não!” (Marcos Hiller) “Marketing 2.0: Atingir x Interagir” (Pedro Cordier)
Referências: “Cérebro e Tecnologia: o bit nosso de cada dia” (Martha Gabriel) “Desintoxicação digital? Ainda não!” (Marcos Hiller)