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11.NOV.2019

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Política

Ângelo Santos e Alferes Pereira processo”.“Relativamente à decisão do MP de arquivar o processo, com base em testemunhos, tenho a dizer que o que dizem é mentira. Dizem que viram o Alferes a pagar em mãos ao Ângelo, mas é mentira. Mexeram com a nossa honra. Não recebemos qualquer cêntimo do valor da fatura. O Alferes nunca deu um tostão ao Ângelo em frente de quem quer que fosse e temos testemunhas que ele negou sempre que tenha recebido o valor da fatura do partido. Alegam também que se tratou de “quezílias partidárias”, mas não teve nada a ver com isso”, aponta, acrescentando: “é verdade que é a palavra deles contra a nossa, mas nós também temos testemunhas de que ele disse

sempre que não tinha recebido o dinheiro do partido”, recordando que “a partir de certo momento, o Alferes era como um irmão para o Ângelo. Estava presente em qualquer evento social/familiar que fizéssemos em nossa casa. Muitas vezes, nesses convívios, alguns até com a equipa do CDS/ Souto, o assunto vinha à baila e o Alferes dizia sempre que o partido não pagava”. “São mentiras as declarações que servem de base para a decisão do MP. Não queremos prejudicar ninguém, mas sim repor a verdade”, conclui a esposa do líder concelhio do CDS, garantindo que “o arquivamento do MP não altera em nada a decisão interna do CDS de suspensão do Alferes por dois anos”.

Alferes Pereira: “não há uma única prova que sustente a acusação”

O CF contactou Alferes Pereira para expor a sua versão dos acontecimentos, nomeadamente sobre as decisões do CDS e do MP, e responder às várias acusações proferidas por Maria Fernanda Alves, concretamente de que o montante “nunca terá sido pago” a Ângelo Santos, de que terá (Alferes Pereira) afirmado ao mesmo que “não tinha recebido o valor do partido”, e se o mesmo terá de facto sido ”pago em numerário e em mãos”. A resposta de Alferes Pereira, por email, redundou numa curta declaração relacionada exclusivamente com a decisão

do CDS, ficando sem comentário todas as outras questões. “O processo intentado pelo Ângelo Santos contra mim foi arquivado pelo Ministério Público! A decisão foi clara: não há uma única prova que sustente a acusação, pelo que o processo nem a julgamento foi! Mais claro que isto é impossível!”, começa por afirmar Alferes Pereira, para depois transportar o assunto para o momento que o CDS atravessa. “Esta matéria, de índole interna, é irrelevante perante os desafios que se apresentam ao CDS, dado o momento difícil e único que o partido vive! O CDS precisa de tranquilidade e serenidade e não de incendiários, sem a mínima credibilidade

pública! A tentativa de alguns em criar guerras pessoais não será bem-sucedida, pelo menos comigo, pois não dou para esse peditório! Alguns – poucos – sentem-se bem a viver na lama, mas felizmente essa prática não é adotada pela esmagadora maioria dos militantes, simpatizantes, autarcas e amigos do CDS!”, diz, terminando a repetir que o “Ministério Público arquivou o processo – que por a acusação não ter uma única prova nem a julgamento foi” e a afirmar entender que “todos no CDS têm a obrigação de analisar esta decisão judicial e perceber as suas repercussões, assumindo cada um as suas responsabilidades!”.

Reunião de câmara

Depois da tempestade vem a bonança A frase é antiga e popular, e serve para resumir as duas últimas reuniões de Câmara. Se a anterior (Extraordinária) tinha sido bem ‘quente’, a última, de 04 de novembro, ficou marcada pela unanimidade. Nélson Costa nelson.costa@correiodafeira.pt

FEIRA Depois de uma reunião de Câmara Extraordinária com momentos tensos e de acusações – em que se discutiu e aprovou os Grandes Opções do Plano e Proposta do Orçamento Municipal para 2020 (assim como o mapa de pessoal para 2020; o ContratoPrograma para 2020 a celebrar entre o Município e a Feira Viva; e as atribuições e competências das unidades flexíveis dos serviços), marcada pelo abandono dos vereadores do PS, precisamente no momento da votação das mesmas, em protesto com a tomada de posição do presidente de Câmara, Emídio Sousa, que apresentou previamente essas propostas em conferência de imprensa para a comunicação social –, na última reunião de Câmara, realizada a 04 de novembro, reinou a pacificidade e o consenso, com todos os 18 pontos a merecerem a aprovação por unanimidade. Nem mesmo o período antes da Ordem do dia, que habitualmente é aproveitado pela Oposição para apresentar a discórdia e acusações ao Executivo, trouxe grandes momentos de divergência.

Antes da Ordem do Dia

A vereadora socialista, Margarida Gariso pediu esclarecimento ao Executivo relativamente a uma alegada duplicação de seguros que terá resultado “no pagamento desnecessário de uma apólice de seguros durante meio ano”. Em resposta, o presidente da Câmara remeteu explicações para os dias subsequentes dada a ausência da sessão da vereadora do Pelouro de Administração e Finanças, Helena Portela. Diga-se que ausente da última renião de Câmara esteve igualmente o vereador Délio Carquejo (PS). Por sua vez, o também vereador do PS, António Bastos alertou

para o risco de queda de veículos por anomalias em rails na freguesia de Fornos, agravada pela chuva intensa que tem assolado o território nos últimos dias. Emídio Sousa garantiu que iria analisar a situação e tomar medidas, caso necessário.

AMP aguarda aprovação da Autoridade da Mobilidade e Transportes para lançamento do concurso de transportes

O lançamento de concurso internacional para transporte público rodoviár io na Área Metropolitana do Porto (AMP)

aguarda aprovação da Autoridade da Mobilidade e Transportes para a formalização da abertura do mesmo, o que deverá acontecer ainda no corrente mês, após sucessivos adiamentos. O assunto mereceu destaque na última reunião do Conselho Metropolitano da AMP e foi incluído igualmente na Ordem do Dia da reunião de Câmara. O concurso prevê a uniformização da frota para os 17 concelhos e um modelo de bilhética que conjuga a solução Andante e o Programa de Apoio à Redução Tarifária (PART). O caderno de encargos coloca a concurso cinco lotes (a Feira está incluída em dois, Sul/Nascente e Sul/Ponte).

“Esperámos que a AMP lance o concurso ainda durante este ano ou, na pior das hipóteses, no início do próximo. Temos a rede definida e vamos ter o controlo absoluto [por GPS] sobre os percursos dos autocarros. Julgo que vai melhorar muito a nossa rede de transportes coletivos, que atualmente tem lacunas, mas que resultam também da preferência das pessoas pelo veículo próprio”, explicou o presidente da Câmara, Emídio Sousa. Na reunião de Câmara foi ainda aprovada a comparticipação do Município na parcela que cabe à AMP de “cerca de 22 mil euros”, correspondente a “2,5% a cada Município”.


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