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Lula jantará com Alberto Fernández na próxima terça-feira (2)

O Governador do Maranhão, Carlos Brandão, juntamente com representantes dos demais estados do Nordeste, participou da reunião do Consórcio Nordeste, realizada na cidade de João Pessoa, na Paraíba, nesta sexta-feira (28). O encontro contou com a presença do presidente do Consórcio e governador da Paraíba, João Azevêdo, e teve como pauta diversos temas de interesse da região.

Entre os assuntos discutidos estiveram a criação do Fundo Nordeste de Investimento no BNDES com recursos de fundos estrangeiros; a reorganização do Conselho Nacional de Secretários de Estado da Administração (Consad) e das Câmaras Temáticas; a parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome para a construção de cisternas no Nordeste; e a apresentação institucional do Banco do Brasil para propor parcerias com o Consórcio Nordeste.

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Além disso, foi discutido o Projeto de Lei 365/2022 que trata sobre as energias renováveis e a organização das audiências do Plano Plurianual (PPA) do Governo Federal. Durante a reunião, também foi assinado um Termo de Cooperação entre o Consórcio Nordeste e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

“Várias e importantes pautas foram discutidas aqui, e entre elas um assunto que é comum a todos, que é a questão da energia renovável, solar e a eólica. Grande parte dessa energia está sendo produzida na Região Nordeste, então, discutimos a construção de novos linhões para integrar à rede sul e sudeste, onde há o maior consumo; e também renovar as concessões das empresas que já estão instaladas. Isso abre um leque de oportunidades para o nosso estado”, pontuou o governador Carlos Brandão.

O governador aproveitou para defender a troca de experiência entre governadores nordestinos como uma importante ferramenta para melhorar a governança e a qualidade de vida dos cidadãos em todo o Nordeste, além de proporcionar maior colaboração e coordenação entre os estados. Na oportunidade, citou o exitoso programa maranhense de Restaurantes Populares e Cozinhas Comunitárias, que pode ser replicado não só para a região, mas por todo o Brasil.

“Nestas discussões, a gente escuta as experiências que deram certo em outros estados e leva as nossas que foram um sucesso também, como é o caso dos Restaurantes Populares. Aqui, eles gostaram muito desse projeto que temos no Maranhão, alguns pensam, inclusive, em adotar. Essa nossa iniciativa é, inclusive, do conhecimento do presidente Lula, há a intenção da implantação pelo Brasil afora”, destacou o chefe do executivo estadual maranhense.

O evento contou com a presença de representantes de todos os estados do Nordeste, incluindo os governadores João Azevêdo (Paraíba), Paulo Dantas (Alagoas), Elmano de Freitas (Ceará), Rafael Fonteles (Piauí), Fábio Mitidieri (Sergipe), as governadoras Raquel Lyra (Pernambuco) e Fátima Bezerra (Rio Grande do Norte), além do vice-governador da Bahia, Geraldo Júnior.

“Essa foi, sem sombra de dúvidas, uma das maiores e mais importantes assembleias que o Consórcio Nordeste conseguiu realizar em sua história, até porque tivemos a oportunidade de tratar de importantes temas como a Reforma Tributária; sobre a legislação e futuro das energias renováveis para o Nordeste; os acordos do Consórcio com o PNUD e com o Ministério do Desenvolvimento Social”, comemorou o presidente do Consórcio e governador da Paraíba, João Azevêdo.

Também estiveram presentes o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias; o ministro chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo; o vice-presidente de Governo e Sustentabilidade Empresarial do Banco do Brasil, José Ricardo Sasseron; o gerente-geral da Unidade de Negócios do Setor Público do Banco do Brasil, Márcio Chiumento; e as senadoras Daniella Ribeiro (Paraíba) e Augusta Brito (Ceará).

A presença de representantes dos governos estaduais e Federal em reuniões do Consórcio Nordeste demonstra a importância do diálogo entre as esferas governamentais para a busca de soluções que beneficiem a região.

O ministro do Desenvolvimento e Assist ê ncia Social, Fam í lia e Combate à Fome (MDS), Wellington Dias, destacou que o diálogo possibilitou a apresentação de planos de combate à fome e para inclusão socioeconômica, por meio de integração entre os governos Federal e os do Nordeste.

“Aqui, em nome do pre - do analista de Internacional da CNN Lourival Sant’Anna.

Na oportunidade, considerando a grande demanda do Nordeste por água potável, o ministro do MDS anunciou que, por meio do Programa Água para Todos, o Governo Federal vai liberar, inicialmente, R$ 230 milhões para construção de 36 mil cisternas na região, em parceria com estados, cidades e entidades.

“Dentro do Programa Água para Todos, estamos em condição de liberar, à primeira leva de demanda, o valor de R$ 230 milhões, possibilitando a entrega de 36 mil cisternas em uma etapa. O presidente Lula quer seguir trabalhando as várias formas de água para consumo humano e demais usos. Aqui no Nordeste, vamos trabalhar essa necessidade de cisternas em parcerias com os estados, cidades e entidades, para melhor resultado”, anunciou Wellington Dias.

O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presid ê ncia da Rep ú blica, M á rcio Macêdo, enfatizou a atuação do Consórcio Nordeste como um exemplo a ser seguido; e também destacou a necessidade de participação e colaboração dos governadores no processo de planejamento participativo brasileiro.

“A experiência do Consórcio Nordeste é uma das grandes novidades da gestão pública brasileira, foi nesses últimos quatro anos um alento ao povo, de como se deve conduzir coletivamente as políticas públicas em uma região tão importante como o Brasil. É uma referência não só para o país, como para todo o mundo. Aqui, poder convidar os governadores a construírem e colocarem as impressões digitais do povo no planejamento participativo do Brasil, é um momento muito importante”, enfatizou Mac ê do.

Entre os assuntos tratados deve estar um pedido para o Brasil financiar a exportação insumos para a indústria argentina. O país está asfixiado financeiramente, sem dólares para comprar seus produtos básicos.

O Banco Central da República Argentina (BCRA) informou em comunicado na quinta-feira (27) que elevou sua taxa básica de juros em 10 pontos porcentuais, com isso a taxa de juro nominal anual das Letras de Liquidez (Leliq) em 28 dias foi de 81% a 91%.

A nota diz também que, em simultâneo, a fim de apoiar a poupança em pesos, o BCRA elevou a taxa de juros mínima garantida e triplicou o montante tributável sobre os prazos fixos para pessoas físicas, estabelecendo o novo piso em 91% anual para a tributação em 30 dias até 30 milhões de pesos.

Para os demais depósitos em prazo fixo do setor privado, a taxa mínima garantida foi estabelecida em 85,5%, acrescenta o texto.

Fernández pode ser considerado o presidente mais próximo de Lula. Ele veio ao Brasil enquanto o presidente estava preso em Curitiba, comemorou sua eleição no ano passado e foi o primeiro líder que se encontrou com o brasileiro após seu retorno ao poder.

Cúpula Sul-Americana

A Cúpula Sul-Americana acontecerá no dia 30 de maio, em Brasília, apenas para presidentes. Os convites estão sendo realizados diretamente pelo Palácio do Planalto.

A intenção do presidente e do Itamaraty é aumentar a integração entre os países da região e discutir assuntos de interesse de todos, como comércio, segurança alimentar e redução das desigualdades. Além disso, Lula quer reativar a União de Nações Sul-Americanas (Unasul).

A entidade foi esvaziada em anos recentes, e o Brasil a abandonou logo no início do mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O presidente do Uruguai, Luis Alberto Lacalle Pou, que é considerado de direita, confirmou presença. Gabriel Boric, presidente do Chile, ainda não colocou o evento em sua agenda.

No Paraguai, a situação segue indefinida pelo país estar em processo eleitoral. Lula convidou a presidente do Peru, Dina Boluarte, embora a esquerda considere que seu antecessor, Pedro Castillo, destituído e preso por tentativa fechar o Congresso e a Corte Suprema, tenha sido vítima de golpe. Ela ainda não decidiu se vem.

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