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Anvisa suspende produtos de empresa de suplementos alimentares

pela empresa Labornatus do Brasil.

A medida foi tomada após o órgão identificar “falhas graves de boas práticas de fabricação” na sede da empresa, localizada em Marataízes (ES). A Anvisa cita problemas encontrados na higienização da fábrica, controle de pragas, potabilidade de água, controle de qualidade e segurança de matérias-primas, estrutura física e documentação.

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distribuição e uso do todos os alimentos produzidos pela empresa, de qualquer lote.

A Anvisa orienta os clientes que compraram os produtos da marca a não consumirem os itens. O consumidores também devem entrar em contato com a empresa para obter informações sobre o recolhimento.

Mais de 1,6 milhão de crianças deixaram de tomar doses contra pólio, difteria, tétano e coqueluche em 3 anos

suspendeu a venda de suplementos alimentares, produzidos

Com a suspensão, ficam proibido temporariamente a fabricação, venda,

A suspensão dos produtos terá validade até que a empresa apresente soluções para os problemas apresentados pelo órgão de vigilância sanitária.

Câncer de intestino se torna mais comum em grupos de pessoas mais jovens

não apresentam um cenário socioeconômico igual, o que afeta a frequência do câncer e de outras doenças. “Pensar em regionalização é essencial. Nas regiões Norte e Nordeste, por exemplo, esse tipo de câncer não é tão frequente como em outros espaços do País. Quando você pensa em um projeto de prevenção, é necessário pensar em regionalização”, afirma Hoff.

Prevenção a quantidade de óleos, gorduras, sal e açúcar e limitar o consumo de alimentos processados também contribuem para evitar o desenvolvimento da doença. stória desde a criação do Programa Nacional de Imunizações (PNI). Atualmente, segundo balanço do governo federal, em 2022, 77,1% das crianças foram vacinadas para DTP e 70,68% para pólio.

O Brasil atravessou um período de retrocesso na vacinação infantil entre 2019 e 2021. É o que aponta um relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) publicado nesta quinta-feira (20). O estudo alerta que 1,6 milhão de crianças não receberam nenhuma dose da vacina tríplice bacteriana, que protege contra difteria, tétano e coqueluche, nem a da poliomielite no período analisado.

Com isso, no ranking dos 20 países com a maior proporção de crianças desprotegidas, o Brasil ocupa a 12ª posição. O país soma 40% das crianças não imunizadas na América Latina.

A baixa na vacinação atinge o público infantil de maneira desigual: em zonas rurais e periferias das cidades a cobertura vacinal é menor se comparada à de bairros mais ricos.

O câncer colorretal ou de intestino atinge cerca de 40 mil pessoas por ano no Brasil. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca) é o terceiro tipo de câncer mais comum no país e atinge homens e mulheres igualmente.

Uma pesquisa recente apontou que a doença tornou-se mais comum em jovens.

Antigamente, o problema atingia especialmente os idosos.

O câncer colorretal abrange os tumores que se iniciam na parte do intestino grosso (cólon), no reto (final do intestino) e no ânus. É passível de tratamento e, quando detectado precocemente, costuma ser curável.

O desenvolvimento do câncer de intestino tem forte impacto da alimentação.

Dietas pobres em fibras e o excesso no consumo de alimentos ultraprocessados (veja abaixo) contribuem para o surgimento da doença.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), os principais fatores relacionados ao maior risco de desenvolver câncer do intestino são: idade igual ou acima de 50 anos, excesso de peso corporal e alimentação não saudável.

Segundo o professor Paulo Hoff, titular da disciplina de Oncologia do Departamento de Radiologia e Oncologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e diretor do Núcleo de Pesquisa do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), a prática de exercícios físico e uma boa dieta são essenciais para a prevenção.

Os motivos para a mudança no perfil dos atingidos pela doença são alvo de estudos.

“Essa é uma questão de difícil resposta, nós temos um aumento constante da incidência de câncer em termos gerais. Atualmente, nós temos 700 mil novos casos de câncer no País anualmente, há 20 anos nós tínhamos metade desse número. No geral, nós observamos um aumento global nessa incidência”, explica o especialista em comunicado.

Nota-se também que as diferentes regiões brasileiras

Os sinais e sintomas mais comuns são: presença de sangue nas fezes; dor e cólica abdominal frequente com mais de 30 dias de duração; alteração no ritmo intestinal de início recente – quando um indivíduo que tinha o funcionamento intestinal normal passa a ter diarreia ou constipação -; emagrecimento rápido e não intencional; anemia, cansaço e fraqueza.

As principais orientações para prevenir o câncer colorretal incluem mudanças no estilo de vida.

É recomendada prática regular de atividade física, sendo que a orientação para adultos e idosos de realizar pelo menos 150 minutos de exercícios na semana, preferencialmente distribuídos em diferentes dias e momentos, podendo envolver atividades aeróbicas (caminhada, corrida, natação, ciclismo etc.), de fortalecimento de músculos e ossos e de alongamentos.

Manter o peso adequado, fazer de alimentos in natura ou minimamente processados a base da alimentação, reduzir

“Quando pensamos na idade para a realização de uma prevenção ativa, temos que levar em consideração a dificuldade para a realização do exame, o seu custo e a incidência de complicações quando comparados à probabilidade desse exame apresentar um resultado positivo”, avalia o especialista.

Antigamente, a média de idade dos pacientes com câncer de cólon e reto era de 65 anos. Por esse motivo, a prevenção começava a ser realizada com indivíduos a partir dos 50 anos. Contudo, com o aumento de casos entre pessoas mais jovens, esse cenário apresentará mudanças.

“Acredito que, no Brasil, nós podemos utilizar a regionalização para que, nos locais em que essa doença aparece com maior frequência, os exames preventivos passem a ser realizados a partir dos 40 anos”, diz o professor.

Hoff comenta que alguns dos aspectos que parecem estar particularmente influenciando a ocorrência da doença são fatores que envolvem o comportamento moderno: “Obesidade, sedentarismo, dietas ricas em alimentos ultraprocessados são alguns desses agentes. As pessoas precisam começar a pensar na prevenção a longo prazo”.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, disse que o cenário preocupa o governo federal. “A memória do impacto de doenças como sarampo e pólio parece ter sido perdida. Somos vítimas do nosso sucesso, mas não podemos nos contentar com esses diagnósticos”.

Ela acrescentou que uma das estratégias adotadas pela pasta é a busca ativa. “Enquanto uma criança não estiver protegida, todas as crianças estarão em risco”. Uma ação de vacinação, envolvendo escolas, deve ser empreendida no segundo semestre na região Norte.

O relatório do Unicef descreve que 2,4 milhões de crianças não tomaram todas as doses da DTP; 2 milhões não completaram o esquema da pólio. A recomendação do Ministério da Saúde é que as crianças completem o esquema vacinal desses imunizantes até os quatro anos de idade.

A tríplice bacteriana, também chamada de DTP, é ministrada em quatro etapas: a 1ª dose aos 2 meses; a 2ª aos 4 meses; a 3ª, aos 6 meses de vida. O reforço deve ser aplicado entre os 15 e 18 meses do bebê.

Já a imunização completa contra a paralisia infantil ocorre em três fases: são três injeções aos 2, 4 e 6 meses. Depois, duas doses de reforço oral (gotinha) são aplicadas aos 15 meses e em seguida até os 4 anos.

O Unicef alerta que a cobertura vacinal no país é uma das menores da hi-

O levantamento informa que o Brasil segue a tendência global: durante a pandemia de Covid-19, a cobertura vacinal caiu em 112 países. Para o Unicef, a desinformação contribuiu para o problema.

Isso levou a uma queda na confiança da população em relação às vacinas: segundo a fundação, antes da crise sanitária, 99,1% dos brasileiros confiavam nas vacinas infantis. Depois da emergência de saúde, esse índice caiu para 88,8%. Homens com mais de 65 anos predominam entre os que mais passaram a desconfiar das vacinas.

“O problema do Brasil não são grupos antivax, tem um percentual alto (de confiança), 89% é bom, mas já foi melhor. Houve aumento da hesitação vacinal, as famílias, com a vacina da Covid-19 na pandemia, ficaram muito confusas: se vacinas protegem, se têm efeito colateral, se é confiável. Isso sim afetou as demais vacinas”, disse Cristina Albuquerque, chefe da unidade de saúde do Unicef.

Diante desse cenário, o Unicef recomenda que as autoridades de saúde promovam uma busca ativa das crianças que não foram vacinadas ou que estejam com a caderneta de vacinação incompleta. Também aconselham a retomada da vacinação de rotina para prevenir doenças evitáveis.

Para o representante do Unicef no Brasil, Youssouf Ould Abdel-Jelil, apesar do cenário de desproteção, as perspectivas são otimistas. “O país sempre foi um exemplo com o PNI e tem um dos maiores sistemas públicos de saúde do mundo, que precisa ser valorizado.”

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