SES realiza atendimento em saúde durante Ação Resgate, em São Luís

em situação de rua que é do município. Identificamos cerca de 180 pessoas próximas à localidade, assim fizemos a mobilização para chamar a atenção deles com serviços em saúde, mas, principalmente, oferecer a oportunidade de sair das ruas com o nosso programa de reabilitação”, explicou o coordenador do CAPS AD Estadual, Marcelo Costa.

Campanha quer ampliar em 5% doação de leite materno no país

“Eu gostei porque a gente que está em situação de rua pode cuidar da saúde, para saber se está tudo bem, e procurar ajuda se for preciso”, contou Adonis Corrêa, de 37 anos. O maranhense teve acesso, na manhã desta quarta-feira (17), na Praça Antônio Lobo, no Centro, à oitava Ação Resgate promovida pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio do Centro de Assistência Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD Estadual) e da Polícia Civil. A ação oferece diversos serviços de saúde.

Durante o atendimento foram disponibilizados testes de glicemia, aferição de pressão arterial, testes rápidos e vacina contra Influenza, entre outros. “Na região do Centro de São Luís já existe um serviço de apoio às pessoas

Tiago Pereira, de 35 anos, foi um dos assistidos pela 8ª edição do Ação Resgate. Depois de fazer a consulta com médico clínico e a verificação de glicemia e pressão arterial, testes rápidos de HIV, Sífilis, Hepatites A e B, além de teste de Covid-19, ele também aceitou o convite para iniciar o tratamento contra dependência química.

“Eu cheguei à conclusão de que a minha vida precisava mudar, deixar a bebida e as drogas. A outra motivação que tive foi a esposa, o desejo de me afastar de tudo e recomeçar do zero de uma forma mais tranquila com ela. A sensação é de felicidade, alívio, e de que estou lutando pela minha família”, compartilhou Tiago.

De acordo com o titular do 3º Distrito de Polícia Civil da capital, delegado Joviano Furtado, a ação reforçou a prevenção contra a gripe. “Neste período de chuvas, os casos de gripe têm sido bastante acentuados e, quando se trata de pessoas em situação de rua, o cenário fica mais complicado. Por isso resolvemos trazer a vacina como forma de melhor protegê-los”, pontuou.

Com a oitava edição, o Ação Resgate soma 3.103 atendimentos realizados e 103 pessoas retiradas das ruas de forma voluntária para iniciar o tratamento contra a dependência química.

O Ministério da Saúde lançou nesta quinta-feira (18) a Campanha Nacional de Doação de Leite Humano, com a meta de ampliar em 5%, em 2023, a oferta de leite materno a bebês prematuros ou de baixo peso internados em UTIs e que não podem ser amamentados pelas próprias mães.

Com esse percentual, será possível atender, pelo menos, 60% da demanda por leite humano, o equivalente a 245,7 mil litros. Atualmente, 55% dos bebês prematuros ou de baixo peso recebem leite humano.

Em 2022, foram coletados 234 mil litros de leites, que alimentaram 222 mil recém-nascidos. No total, 197 mil mulheres fizeram doações no período.

Segundo o ministério, o leite humano reduz em até 13% a mortalidade de crianças menores de 5 anos por causas evitáveis. “Um agravante é que os estoques dos bancos de leite costumam cair durante as férias escolares ou de feriados prolongados. Historicamente, os primeiros meses do ano são os que têm o menor número de doações. Por isso, a importância da campanha ser realizada no primeiro semestre. Esta ação não pode se encerrar na campanha”, explicou Sônia Venâncio, coordenadora de Saúde da Criança e do Adolescente do Ministério da Saúde.

A coordenadora acrescentou que o leite humano diminui o tempo de internação dos recém-nascidos prematuros e com baixo peso, risco de infecções nos hospitais e compra de fórmulas infantis. Outra meta é buscar a autossuficiência dos bancos de leite humano do país. Somente o banco do Distrito Federal é autossuficiente.

A campanha marca o Dia Nacional de Doação de Leite Humano, celebrado nesta sexta-feira (19).

O Brasil é o país com a maior rede de bancos de leite humano do mundo, com 227 unidades e 240 postos de coleta distribuídos por todos os estados, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS). Além de coletar, processar e distribuir leite, os bancos e postos oferecem assistência a mulheres na prática do aleitamento materno.

Como doar leite materno

O Ministério da Saúde reforça que qualquer quantidade de leite pode ser doada. Um pote de 200 ml, por exemplo, serve para alimentar até dez bebês prematuros ou com baixo peso. Toda mulher que está amamentando é uma potencial doadora. É preciso estar em condição saudável e não estar tomando medicação que interfira na amamentação. Para saber a localização de um banco de leite humano, basta ligar para o número 136 ou acessar o site da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano.