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Comitê Estadual de Enfrentamento da Gripe Aviária do Maranhão se reúne para avaliar ações e intensificar monitoramento

Pecuária (MAPA) decretou estado de emergência zoossanitária em todo o território nacional por 180 dias, em função de casos de gripe aviária detectados em aves silvestres nos estados de São Paulo e Espírito Santo.

vacinação contra gripe tem menos de 40% de adesão

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A Secretaria de Estado da Saúde (SES) e os membros do Comitê Estadual de Enfrentamento da Gripe Aviária do Maranhão (CEEGA-MA), se reuniram, nesta terça-feira (23), para articular, avaliar, monitorar e reforçar as medidas de prevenção da influenza aviária (H5N1) no estado.

Na reunião, o Comitê avaliou a atuação e projetou as articulações necessárias para melhor atuação das ações de prevenção, preparação e enfrentamento entre setores da saúde e as instituições envolvidas. No Maranhão, as equipes atuam desde de 2022 no monitoramento preventivo da influenza viária.

“O Estado vem agindo desde 2022, quando surgiram os primeiros alertas da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde (MS). Com isso, várias ações já foram tomadas, como a publicação do Plano de Enfrentamento da Influenza que inclui ações de vigilância do vírus da influenza aviária, emissão de nota de alerta e comunicados de risco sobre a gripe aviária para todas as regionais de saúde e municípios maranhenses. Agora, avançaremos mais ainda, como temos feito”, explicou a assessora técnica da secretaria adjunta da Política de Atenção Primária e Vigilância em Saúde da SES, Mayrlan Avelar.

Nesta segunda-feira (22), o Ministério da Agricultura e

No Maranhão, entre as ações prioritárias, estão a realização de fluxo de atendimento de casos suspeitos de Influenza H5N1 na Atenção Primária em Saúde; elaboração de nota técnica; reunião com representantes das Regionais e Região Metropolitana para orientações sobre Influenza Aviária, bem como nivelamento das ações já realizadas e a apresentação dos fluxos, entre outras.

A Agência Estadual de Defesa Agropecuária (AGED) e o MAPA iniciaram o inquérito Avícola em aves de subsistência. O inquérito nas unidades industriais foi realizado em janeiro. O Estado possui 51 municípios em 15 regionais com 75 propriedades avícolas (de subsistência), mapeadas pela AGED e MAPA.

Como o Maranhão está em todas as rotas de aves migratórias (Rota Brasil Central, Nordeste e Atlântica), as ações da SES iniciaram ainda em dezembro de 2022, após ser emitido o primeiro alerta do MAPA sobre a doença no mês de novembro.

Participaram da reunião representantes da Vigilância Epidemiológica; da Atenção Primária em Saúde; do Programa de Influenza, Sars-Covid2 e Outros Vírus Respiratórios/PVRS, do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) e do Instituto Oswaldo Cruz/ LACEN, entre outros.

Comitê O Comitê Estadual de Enfrentamento da Gripe Aviária do Maranhão (CEEGA-MA) foi instituído no mês de março de 2023, pelo secretário de Estado da Saúde, Tiago Fernandes, por meio da Portaria nº 198. Fazem parte do comitê, além da SES, representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), a Agência Estadual de Defesa Agropecuária (AGED), as Secretaria de Estado de Educação (SEDUC) e Meio Ambiente (SEMA), o Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado do Maranhão (COSEMS/MA), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e Empresa Maranhense de Administração Portuária (EMAP) Porto do Itaqui.

A campanha nacional de vacinação contra a gripe teve início no dia 10 de abril e tem previsão de encerramento no dia 31 de maio. Até o momento, mais de 26 milhões de pessoas receberam a dose da vacina que protege o organismo contra o vírus influenza.

A meta anunciada pelo Ministério da Saúde no início da campanha era de alcançar pelo menos 90% de cobertura vacinal entre os grupos prioritários. No entanto, dados da plataforma LocalizaSUS indicam que, a uma semana do fim do prazo, a adesão da população ao imunizante está em 37,78%.

A vacina é disponibilizada gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Inicialmente, as doses foram oferecidas aos grupos prioritários que apresentam risco aumentado de agravamento pela doença.

No dia 12 de maio, o ministério ampliou a disponibilização das vacinas a toda a população a partir de seis meses de idade. Os imunizantes utilizados no SUS são trivalentes, oferecendo proteção contra as três principais cepas do vírus em circulação. As doses são produzidas pelo Instituto Butantan e distribuídas para toda a rede pública de saúde.

Até o momento, dois estados conseguiram vacinar mais de 50% da população alvo: Amapá e Paraíba. Com a maior população-alvo, São Paulo atingiu 34,41% de adesão.

Enquanto o Acre apresenta a menor cobertura vacinal, de 15,70%.

Por que vacinar todo ano?

A composição da vacina muda a cada ano, de acordo com as cepas do vírus que mais circulam no momento, informadas nas orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Como o vírus influenza sofre constantes mutações, é importante tomar a vacina atualizada todos os anos para manter a proteção.

Para 2023, conforme a orientação da OMS, o imunizante será composto pelas cepas: Influenza A/Sydney/5/2021 (H1N1) pdm09; Influenza A/ Darwin/9/2021 (H3N2); e Influenza B/Áustria/1359417/2021 (linhagem B/Victoria).

A vacina contra o vírus influenza não é capaz de provocar gripe, ao contrário dos boatos que circulam nas redes sociais todos os anos. As doses são compostas por vírus inativados, portanto, não podem induzir o desenvolvimento da doença. Entre os possíveis efeitos da vacina estão uma sensação de dor no corpo ou eventual febre baixa, que tendem a desaparecer em poucos dias.

O ministério destaca que as vacinas têm um perfil de segurança excelente e, geralmente, são bem toleradas. Manifestações, como dor no local da injeção, são comuns e ocorrem em 15% a 20% dos pacientes, sendo benignas e geralmente resolvidas em 48 horas.

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