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MEMORIAL: A HISTÓRIA DO CONSELHO DE ADMINSITRAÇÃO
JAIR MAURINO FONSECA
Com as discussões sobre um novo modelo de gestão para a Celesc já iniciadas, os trabalhadores elegeram em 2003, Jair Maurino Fonseca para representá-los no Conselho de Administração, dando continuidade à lógica de representações ligadas aos sindicatos da Intercel. Dirigente sindical pelo Sindinorte desde a década de 90, Jair era uma das lideranças da categoria nas lutas contra a privatização da Celesc e em defesa dos direitos dos celesquianos. Este primeiro mandato, que foi até 2005, iniciou a tragetória mais longa de representação dos trabalhadores no Conselho de Administração, uma vez que Jair seria eleito em outras duas oportunidades para representar os empregados no colegiado
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Em um documento de prestação de contas do mandato, publicado em 2005, Jair comentava o trabalho de desenvolvimento de um modelo de gestão para a Celesc Pública: "É sempre bom salientar que a construção de um modelo autóctone, ou seja, desenvolvido por nós mesmos, sem “comprarmos” ideias de consultores e sem “importarmos” experiências de outros locais, implica em dificuldades. Mas, por outro lado, significa um processo de aprendizado que ficará marcado na vida dos empregados da Celesc. Por mais alheiro que alguém possa estar, não há um só empregado de nossa Empresa que não tenha ouvido as discussões sobre o tema. E isso já significa superações". No mandato, os trabalhadores ficaram mais próximos dos debates do Conselho, criando o entendimento de que o cargo é fundamental para a luta dos trabalhadores.
No período do mandato, Jair coordenou o 4º e 5º Congresso dos Empregados da Celesc, aprofundando o debate de construção de um modelo de gestão para a empresa pública que contemplasse a participação dos trabalhadores. "Ao elaborar diagnósticos e propor ações para corrigir rotas, os Congressos, contribuem de fato para o fortalecimento da Celesc, tornando o processo de mudança legítimo entre os empregados, ao contrário das mudanças organizacionais de cúpula, imposta anos de baixo, adotado pela maioria das empresas", afirmava na prestação de contas do mandato.
Em entrevista publicada na Cartilha do 10º Congresso dos Empregados, Jair comentou o início da representação: "em 2003, quando assumi a cadeira dos trabalhadores no Conselho de Administração, tive como premissa fazer cumprir uma das resoluções do Congresso, que era administrar a Celesc através de um Contrato de Gestão. Mesmo sem ter o conceito definido do que seria este Contrato, buscamos através dos debates internos construir aquilo que seria o instrumento de controle de gestão da empresa pública".
O primeiro mandato de Jair foi marcado pelo aprofundamento do debate da gestão da empresa pública e da participação dos trabalhadores, abrindo o caminho e definindo as bases para que a voz dos empregados fosse ouvida e tivesse impacto nos rumos da empresa.