Monografia de André B de Almeida

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àquilo que fizeram e disseram os apóstolos, ao que disse e fez o próprio Cristo, fonte e fundamento dos sacramentos da Igreja. Através do sacramento, tornam-se responsáveis por guiar o povo para Deus. São ministros da Igreja. Portanto, são os responsáveis por levar o povo ao encontro com Deus através da Liturgia, da Palavra de Deus e da vida sacramental. A Ordem confere aos ministros da Igreja não somente poderes maravilhosos para consagrar a Eucaristia, administrar os sacramentos e pregar a doutrina evangélica, mas também a graça de exercê-los santamente. Em especial, dá-lhes um ardente amor para com o Deus da Eucaristia e para com as almas e, ainda, uma vontade firme de imolarse e consumir-se inteiramente por essas duas nobres causas. (CTAM 256)

Esse sacramento tem caráter indelével por instituição divina e, como diz o Direito Canônico, é essencialmente para o serviço do povo do Deus: Mediante o sacramento da ordem, por divina instituição, alguns de entre os fiéis, pelo caráter indelével com que são assinalados, são constituídos ministros sagrados, e assim são consagrados e delegados a servir, segundo o grau de cada um, com título novo e peculiar, o povo de Deus. (CIC 1008)

2.4 Os Sacramentos de Cura

Os sacramentos de Cura, Reconciliação e Unção dos Enfermos, foram instituídos afim de que nessa peregrinação terrestre o homem pudesse experimentar a misericórdia de Deus. Esses sacramentos, assim como todos os outros, com exceção do Batismo, são para todo o Corpo de Cristo, a Igreja. Tendo ciência de que o homem peca e que o pecado é uma privação do Divino, o Senhor, por meio da sua Igreja, dá, pela ação do Espírito Santo, meios eficazes para a salvação das almas. Meios esses que seus ministros ordenados usam, em nome da Igreja, para cuidar, instruir e regenerar todo o povo de Deus, que se reconhece necessitado de misericórdia e atualização da Graça. O Senhor Jesus Cristo, médico de nossas almas e de nossos corpos, que remiu os pecados do paralítico e restituiu-lhe a saúde do corpo, quis que sua Igreja continuasse, na força do Espírito Santo, sua obra de cura e de salvação, também junto de seus próprios membros. É esta a finalidade dos dois sacramentos de cura: o sacramento da Penitência e o sacramento da Unção dos Enfermos. (CCE 1421)

O sacramento da Reconciliação é exatamente o que o nome sugere: reconciliação com Deus, pois o homem pecou e peca. O pecado, por ser uma negação de Deus, um ato pessoal e decisão da vontade, necessita de um ato de conversão, de mudança, para que haja o perdão: uma aceitação, um ato pessoal e decisão de, diante do ministro ordenado, na pessoa do próprio Cristo, admitir as faltas cometidas contra Deus e o próximo. E, assim, mediante um sincero


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