A Voz da Glória Ano 6 Edição 23

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Boletim semanal - Ano VI - Edição 23 - 4º Domingo da Páscoa

As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me seguem

Meu Pai, que me deu estas ovelhas, é maior que todos, e ninguém pode arrebatá-las da mão do Pai

IGREJA MATRIZ DE NOSSA SENHORA DA GLÓRIA

LARGO DO MACHADO - RIO DE JANEIRO - RJ


Pascom Nossa Senhora da Glória Pároco - Padre Geovane Ferreira da Silva Dirigente espiritual - Diácono Jorge Coordenação - Elydia Sérgio Fadul Jr

Dízimo Todo 2º domingo do mês. Seja um cristão comprometido, ajude sua Paróquia, seja um dizimista!!!!

Agentes - André Pessôa Flávia Mascarenhas Maria das Graças Luciana Gonçalves

IGREJA MATRIZ DE NOSSA SENHORA DA GLÓRIA

LARGO DO MACHADO - RIO DE JANEIRO - RJ

Capa - Jesus, o Bom Pastor - artista desconhecido

Pastoral do Catecumenato Convida a todos, a partir de 14 anos, que buscam os Sacramentos do Batismo, Eucaristia e/ou Crisma a participar dos encontros que acontecem às 18:30 h, aos domingos

Campanha do Quilo Ajude as mais 100 famílias assistidas pela Movimentos Marianos pastoral social, participe!! Convidam a todos para o Tríduo de Missa em honra a São Miguel Arcanjo Nossa Senhora de Fátima dia 10, 11 e 12/05, após a missa das 18 h. E para a Quarta-feira dia 11 de maio às 20 h. Missa em Honra a Nossa Senhora de Missa em honra a Santa Dulce dos Fátima no dia 13/05 às 18 h. pobres Grupo de Oração Dia 14 de maio, sábado às 13 h. Todas as terças-feiras às 19:30 h. “Eu lhes darei pastores que as pastoreiem: não temerão, nem se espantarão, nem se perderão” (Jr 23, 4). No NT, a figura do Pastor é uma espécie de parábola da vida de Jesus, pois toda a sua vida foi serviço e doação, a fim de que “todos tenham vida” (Jo 10, 10). O ápice desta vida em prol dos demais é a entrega livremente assumida da própria vida, no mistério de sua morte e ressurreição. Desse modo, Jesus realiza plenamente todas as características do verdadeiro pastor. Mas o pastoreio de Jesus continua através da vida daqueles que o seguem: “Cuidai de vós e de todo rebanho que o Espírito Santo vos confiou como pastores da Igreja de Deus, e que adquiriu pagando com seu sangue” (At 20,28). (Irmão Rodrigo Costa - Bs S Geraldo) Jesus se apresentou como o pastor fidedigno. Ele fundamenta sua confiabilidade no amor que o une ao Pai (“eu e o Pai somos um”). Por este amor, ele nos conduz a Deus, e ninguém nos poderá arrebatar dele e do Pai. Deus é “mistério”. Não conseguimos concebê-lo com clareza. Ele é grande demais para que o possamos descrever. É a “instância última” de nossa vida. Mas Jesus o torna acessível, visível. Podemos orientar nossa vida para a instância última graças a Jesus que nos conduz, se a ele nos confiamos. Jesus está tão unido a Deus que, para nós, ele é a presença de Deus em pessoa. Nele, estamos em Deus. Deus é a “pastagem”, a felicidade para onde Jesus-Pastor nos conduz. Como somos conduzidos por Jesus? Não mecanicamente! Ele nos conduz, mas não nos força! A nós cabe o esforço. Devemos “conhecer” Jesus, gravar seu retrato em nosso coração. Depois, com esta imagem na cabeça e no coração, vamos olhar para a nossa vida e seus desafios. Vamos perguntar o que Jesus faria se estivesse em nossa situação. Finalmente, apoiados pela comunidade eclesial, vamos escolher o caminho que acreditamos sinceramente que ele escolheria. Este será o caminho de Jesus-Pastor. (Johan Konings SJ - Dom Total)


Poesia de J.Bernardo


08 - Olívia Agostini 09 - Nanci de Azevedo 11 - João Gabriel Lucas Maria Barbosa 13 - Sandra Helena Torres 14 - José Bonifácio Maria Gorete

15 - Amanda de Souza Aparecida Michel Ermezinda Paes Maria Torres Argon Monaliza Costa Virgínia Esteves


3579 7968 000175 08 - São Pedro de Tarantásia 09 - São Máximo de Constantinopla 10 - Santo Antonino 11 - Santo Inácio de Laconi 12 - Beata Ismelda Lambertini 13 - Nossa Senhora de Fátima 14 - São Matias 15 - Santo Isidro de Madrid


Consagrada a Nossa Senhora no próprio dia do nascimento Essa angelical menina nasceu no ano de 1322 em Bolonha (Itália). Seu pai, Egano Lambertini, pertencia à alta nobreza e desempenhou cargos importantes como o de governador de Bréscia e o de embaixador na República de Veneza. A par de grande habilidade, prudência e valor militar, distinguiu-se também por sua profunda fé e amor aos pobres. Sua mãe, Castora, da nobre família Galuzzi, rogava com ardorosa fé a Nossa Senhora a graça de ter ao menos um filho. Após rezar inúmeras vezes o Rosário nessa intenção, obteve por fim o favor pelo qual tanto ansiava: o nascimento de uma bela menina!

‘Eu não sei porque as pessoas que recebem Nosso Senhor não morrem de alegria’ Em sua gloriosa trajetória, a Igreja, Esposa Mística de Cristo, tem suscitado incontáveis falanges de santos, e assim continuará até a consumação dos séculos. Percorrendo o magnífico firmamento constituído pelos heróis e heroínas que gravaram na História a indelével marca de sua santidade, nos encantamos ao ver um São Tomás de Aquino, cujos ensinamentos iluminaram seu tempo e os séculos posteriores; Santa Zita, humilde empregada doméstica durante quase meio século; Santa Teresa de Ávila que, inflamada de amor, deu novo vigor à vida monástica; já em nossos dias, São Pio de Pietrelcina, o grande apóstolo do confessionário. E, maravilhados, nos perguntamos: será a santidade privilégio de algumas grandes almas como essas? Claro que não! Todos nós, sem exceção, a ela somos chamados. Os santos canonizados nos servem de exemplo, como quem diz: “Se eu pude, com a graça de Deus, alcançar a perfeição, por que não poderá também você?” A tocante história da Beata Imelda nos mostra de modo especial como a santidade é um dom gratuito de Deus, e este a ela nos chama em qualquer idade.

Assim que os olhos de sua filha abriram-se para este mundo, Castora tomou-a nos braços e ofereceu-a à Santíssima Virgem: “Ó Senhora, uma filha mais bela Vós não podíeis terme dado! Eu Vo-la ofereço, tomai-a por inteiro”. A Virgem Maria


aceitou com agrado esse oferecimento. A pequena Imelda cresceu em idade e virtude sob os cuidados de sua piedosa mãe que lhe dispensou uma esmerada formação religiosa. As recreações próprias à infância não a atraíam. Do que ela gostava mesmo era conversar sobre Deus e as coisas sobrenaturais. Passava longas horas ajoelhada diante de um pequeno altar que ela mesma adornava e floria. A voz de Deus não tardou a inspirar- lhe no fundo da alma o desejo de abandonar o mundo e consagrar-se totalmente ao seu serviço.

Monja exemplar, com apenas dez anos! Naquela época era comum a admissão de crianças em conventos, seja por vontade própria, seja por iniciativa da família. Assim, aos oito anos de idade, Imelda Lambertini foi admitida como oblata no mosteiro dominicano de Santa Maria Madalena di Val di Pietra, onde se preparava para ingressar no noviciado. Dois anos depois, numa singela cerimônia íntima, teve a felicidade de receber o hábito de São Domingos. Bem sabia a santa menina que esse inapreciável dom lhe pedia, em contrapartida, um redobramento de fervor. Tomando

aquele ato com profunda seriedade, Imelda tornou-se modelo para todas as irmãs. Só pelo fato de vê-la passar com alegria, modéstia e humildade, as religiosas sentiam-se confirmadas em sua vocação. O que ela mais amava era Jesus Sacramentado. Sua alma inocente exultava de gozo ao considerar que no sacrário estava presente aquele mesmo Jesus nascido da Virgem Maria, que em Belém fora colocado numa manjedoura, e por amor a nós fora crucificado e morto, mas triunfante ressuscitara ao terceiro dia! A monja-menina passava horas junto ao sacrário. Surgia uma oportunidade apenas e, lá estava ela imóvel, com os olhos fixos no tabernáculo, a fisionomia iluminada por uma intensa claridade. As religiosas se admiravam do fervor e piedade de sua infantil companheira e, maravilhadas, concluíram que sobre aquela alma pairava um especial desígnio da Providência. E eu, quando poderei comungar? Sempre que a comunidade reunia-se na capela para a Missa conventual, Imelda contemplava, extasiada, todas aquelas que se aproximavam da mesa eucarística para a Comunhão. Surgia-lhe interiormente esta interrogação: “Como se pode continuar vivendo nesta terra após ter recebido o próprio Deus? Meu Jesus, quando poderei também eu ter a alegria de Vos receber?” Naquele tempo, não era permitido às crianças comungar, mas nem por isso era menos ardoroso seu desejo de receber a Eucaristia. Encontrando-se com o confessor ou com a Madre Superiora, repetia sempre a mesma pergunta: – Quando poderei comungar? Mostrava-se obediente e resignada ante a resposta invariável de que era preciso “esperar ainda um ano”, mas suspirava cada vez mais pelo raiar do dia que seria para ela, sem qualquer dúvida, o dia mais feliz de sua vida, o da Primeira Comunhão. Morreu de felicidade… Na madrugada de 12 de maio de 1333, véspera da festa da Ascensão do Senhor,


os sinos tocaram alegremente, chamando as religiosas para o cântico do Ofício Divino. Acabada a salmodia, o sacerdote iniciou a celebração da Santa Missa. Na hora da Comunhão, de joelhos no fundo da igreja, a pequena Imelda acompanhava com ardorosos desejos a movimentação das monjas que recebiam a sagrada Hóstia e retornavam recolhidas a seus lugares.

Ela fechou os olhos, inclinou suavemente a cabeça e permaneceu absorta num profundo recolhimento. Terminou a Missa, passou-se longo tempo, mas a pequena religiosa não fazia o menor movimento, e ninguém se atrevia a perturbar aquela paz beatífica, aquele êxtase em que ela se encontrava, convertida num tabernáculo vivo de Deus. Por fim, a Madre Superiora tomou a decisão de chamá-la, e qual não foi a surpresa de todos ao verificar que a menina não respondia… Imelda estava morta, seu coração não resistira a tanta felicidade! Em 1826 o Papa Leão XII confirmou e estendeu para toda a Igreja o culto que havia séculos se prestava a ela em Bolonha. E São Pio X a proclamou, em 1908, padroeira das crianças que vão fazer a Primeira Comunhão. Seu corpo virginal permanece incorrupto e pode ser venerado na capela de São Sigismundo, em Bolonha. Sua memória litúrgica é celebrada no dia 12 de maio. Beati mortui qui in Domino moriuntur (Bem-aventurados os que morrem no Senhor). Ó Beata Imelda, morrestes no Senhor! Concedei a nós, peregrinos nesta terra, que vosso luminoso exemplo de amor faça nascer em nossos corações uma fome eucarística inextinguível e que, saciados com o Pão dos Anjos, possamos um dia cantar eternamente convosco a glória de Jesus que morreu por nós na Cruz e Se fez nosso alimento espiritual até a consumação dos séculos . Imelda, ensina-me:

De seu coração brotou a mais ardente A amar sempre mais a Jesus Eucaristia, súplica: A recebê-lo sempre e com fervor no meu coração, – Meu Jesus, dizem-me que, pelo fato de A testemunhá-lo com fé ser criança, não posso ainda comungar… e coragem por toda minha vida. Amém! Mas Vós mesmo dissestes: “Deixai vir a Mim os pequeninos”. Eis que Vos peço, i Senhor: vinde a mim! Jesus, em seu terno amor aos inocentes e humildes de coração, não resistiu a esse apelo: uma Hóstia destacou-se do cibório, elevou-se no ar e, traçando um rastro luminoso por onde passava, foi pousar sobre a cabeça de Imelda! O ministro de Deus, vendo nesse prodigioso fato uma clara manifestação da vontade divina, O corpo incorrupto de Imelda Lambertini tomou a Hóstia e deu-lhe a Comunhão. jaz conservado na capela de São Sigismundo, em Bolonha (Itália).


Eu sou o bom pastor. Conheço as minhas ovelhas, isto é, eu as amo, e minhas ovelhas me conhecem (Jo 10,14). É como se quisesse francamente dizer: elas correspondem ao amor daquele que as ama. Quem não ama a verdade, é porque ainda não conhece perfeitamente. Depois de terdes ouvido, irmãos caríssimos, qual é o perigo que corremos, considerai também, por estas palavras do Senhor, o perigo que vós também correis. Vede se sois suas ovelhas, vede se o conheceis, vede se conheceis a luz da verdade. Se o conheceis, quero dizer, não só pela fé, mas também pelo amor, se o conheceis não só pelo que credes, mas também pelas obras. O mesmo evangelista João, de quem são estas palavras, afirma ainda: Quem diz: “Eu conheço Deus”, mas não guarda os seus mandamentos, é mentiroso (1 Jo 2, 4). Por isso, nesta passagem do evangelho, o Senhor acrescenta imediatamente: Assim como o Pai me conhece, eu também conheço o Pai e dou minha vida por minhas ovelhas (Jo 10,15). Como se dissesse explicitamente: a prova de que eu conheço o Pai e sou por ele conhecido, é que dou minha vida por minhas ovelhas; por outras palavras, este amor que me leva a morrer por minhas ovelhas, mostra o quanto eu amo o Pai.

Continuando a falar de suas ovelhas, diz ainda: Minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna (Jo 10, 27-28). É a respeito delas que fala um pouco acima: Quem entrar por mim, será salvo; entrará e sairá e encontrará pastagem (Jo 10, 9) . Entrará, efetivamente, abrindo-se à fé; sairá passando da fé à visão e à contempl ação, e encontrará pastagem no banquete eterno. Suas ovelhas encontram pastagem, pois todo aquele que o segue na simplicidade de coração é nutrido por pastagens sempre verdes. Quais são afinal as pastagens dessas ovelhas, senão as profundas alegrias de um paraíso sempre verdejante? Sim, o alimento dos eleitos é o rosto de Deus, sempre presente. Ao contemplá-lo sem cessar, a alma sacia-se eternamente com o alimento da vida. Portanto, irm ãos carís s imos, alcançar essas pastagens, onde nos alegraremos na companhia dos cidadãos do céu. Que a própria alegria dos bem-aventurados nos estimule. Corações ao alto, meus irmãos! Que a nossa fé se afervore nas verdades em que acreditamos; inflame-se o nosso desejo pelas coisas do céu. Amar assim já é pôr-se a caminho. Nenhuma contrariedade nos afaste da alegria desta solenidade interior. Se alguém, com efeito, pretende chegar a um determinado lugar, não há obstáculo algum no caminho que o faça desistir de chegar aonde deseja. Nenhuma prosperidade sedutora nos iluda. Insensato seria o viajante que, contemplando a beleza da paisagem, se esquece de continuar sua viagem até o fim. São Gregório Magno - (Homilias - Sec. VI)


“Eu Sou”, conjugado no presente. A passagem ainda mostra a indignação dos judeus, que pegaram pedras para apedrejá-Lo, pois entenderam que Jesus havia se apropriado do nome de Deus. Se pararmos para pensar, para nós é algo realmente diferente, visto que somos inconstantes, por isso ‘estamos’. Só Deus é imutável, só Deus é Eterno. Nós, aqui, somos passageiros. Por isso, buscamos com Deus e nos tornar com Ele um Quando nos dep aramos com a estar caminhada de Jesus com os apóstolos, só. retratada no Evangelho, contamos que Os sete “Eu Sou” de Jesus sete vezes Jesus se auto-designa “Eu Sou”. Elas nos revelam, de forma simples e No Evangelho de João, Jesus fala muito profunda, grandes verdades acerca de mais que sete vezes a expressão. Na sua Pessoa. Por sete vezes é evidenciada verdade foram vinte e três vezes. Mas, sua santidade. em sete momentos ele fala “Eu Sou” No Evangelho de João, temos uma seguido por uma metáfora. Por isso, os ênfase, desde o início, de que Jesus é o teólogos chamam de “Os Sete Eu Sou”. verdadeiro Filho de Deus, presente com Vamos ver quais são: o Pai, antes de todos os tempos (ref. Jo 1, 1-5). Da mesma forma, João enaltece palavras ditas por Jesus, que tem uma profundidade de entendimento, uma das chaves para a nossa conversão. Desta forma, ele registra as expressões “Eu sou”, usadas por Jesus. Mas, por que Jesus disse “Eu Sou”? Em outro episódio, no Antigo Testamento, Deus se revelou a Moisés, na sarça ardente, para que resgatasse seu povo, Ele se revela com o nome “Eu Sou aquele que Sou” (Ex 3, 14). Entender o significado deste nome santo, nos remete à várias características de Deus. Ele nos mostra sua eternidade, auto-suficiência, auto-existência e até a soberania. Era tão sagrado que se tornou, com o tempo, impronunciável. Para se ter ideia, nas escrituras, o nome era substituído por Adonai (meu Senhor). A profundidade religiosa do nome afeta os judeus, quando falavam de sua descendência de Abraão, quando Jesus diz: “Antes que Abraão existisse, Eu Sou” (Jo 8, 58). E s s a a f ir m açã o de m ons t ra va a divindade de Jesus, expressando Sua eternidade. Ele não diz “Eu era”, mas diz

a

1. Eu Sou o Pão da vida Jesus replicou: “Eu sou o pão da vida: aquele que vem a mim não terá fome, e aquele que crê em mim jamais terá sede.” (Jo 6, 35). E Ele repete a afirmação em Jo 6,41, Jo 6, 48 e Jo 6, 51.


ovelhas não os ouviram. Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim será salvo; tanto entrará como sairá e encontrará pastagem”. (Jo 10, 7-9).

2. Eu Sou a Luz do mundo Falou-lhes outra vez Jesus: “Eu sou a luz do mundo; aquele que me segue não andará em trevas, mas terá a luz da 4. Eu Sou o bom pastor vida”(Jo 8, 12). “"Eu sou o bom-pastor. O bom-pastor expõe a sua vida pelas ovelhas. O mercenário, porém, que não é pastor, a quem não pertencem as ovelhas, quando vê que o lobo vem vindo, abandona as ovelhas e foge; o lobo rouba e dispersa as ovelhas. O mercenário, porém, foge, porque é mercenário e não se importa com as ovelhas. Eu sou o bom-pastor. Conheço as minhas ovelhas e as minhas ovelhas conhecem a mim, como meu Pai me conhece e eu conheço o Pai. Dou a minha vida pelas minhas ovelhas. Tenho ainda outras ovelhas que não são deste aprisco. Preciso conduzi-las também, e ouvirão a minha voz e haverá um só rebanho e um só pastor.” (Jo 10, 11-16).

3. Eu Sou a Porta das ovelhas Jesus tornou a dizer-lhes: “Em verdade, em verdade vos digo: eu sou a porta das ovelhas. Todos quantos vieram [antes de mim] foram ladrões e salteadores, mas as


a

7. Eu Sou a videira verdadeira 5. Eu Sou a Ressurreição e a Vida Disse-lhe Jesus: “Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, jamais morrerá. Crês nisso?” (Jo 11, 25s).

“"Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que não der fruto em mim, ele o cortará; e podará todo o que der fruto, para que produza mais fruto. Vós já estais puros pela palavra que vos tenho anunciado. Permanecei em mim e eu permanecerei em vós. O ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira. As sim também vós: não podeis tampouco dar fruto, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira; vós, os ramos. Quem permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. Se alguém não permanecer em mim será lançado fora, como o ramo. Ele secará e hão de ajuntá-lo e lançá-lo ao fog o, e s er á qu eim ad o. S e permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis tudo o que quiserdes e vos será feito.” (Jo 15, 1-7).

E você? Já meditou estas palavras? Devemos aprender mais que só aparências, entender a profundidade e o 6. Eu Sou o Caminho, a Verdade e Vida amor que Deus nos revela, para nos estimular e buscar a nossa conversão, dia Jesus lhe respondeu: “Eu sou o caminho, a a dia, para um ‘novo homem em Cristo’. verdade e a vida; ninguém vem ao Pai Texto de Sérgio Fadul, senão por mim.” (Jo 14, 6). baseado em texto de Daniel Conegero


O capítulo 6 do Evangelho de São João é, geralmente, a principal fonte citada para sustentar o ensinamento católico sobre a Eucaristia: no sacrifício da Missa, pão e vinho são transubstanciados e se tornam o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade reais de Jesus Cristo, a fim de serem consumidos pelos fiéis. Esta é a fonte e o ápice de nossa fé e, sem dúvida, a principal coisa que nos separa de quase todas as outras religiões do planeta. Por isso, é extremamente importante entender essa passagem (bem como outras referências bíblicas à Eucaristia). Os 15 primeiros versículos de Jo 6 detalham o milagre da multiplicação dos cinco pães e dois peixes, para alimentar a multidão. Este é um pano de fundo importante para o que está prestes a acontecer, pois Jesus usa este milagre recém realizado no dia seguinte, quando diz à multidão: “Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que dura até a vida eterna, que o Filho do Homem vos dará. Pois nela Deus Pai imprimiu o seu sinal” (v. 27). A multidão então pede a Jesus um sinal para crer nele: “Perguntaram-lhe: ‘Que faremos para praticar as obras de Deus?’ Respondeu-lhes Jesus: ‘A obra de Deus é esta: que creiais naquele que ele enviou’. Perguntaram eles: ‘Que milagre fazes tu, para que o vejamos e creiamos em ti? Qual é a tua obra?’” (v. 28-30). O povo pede um sinal, e Cristo responde fazendo um paralelo com o maná que os judeus receberam no deserto, afirmando que Deus dará um pão ainda melhor do que o dado por Moisés. Ele dará o pão do céu, o qual dará vida ao mundo — será este o sinal: “Jesus respondeu-lhes: ‘Em verdade, em verdade vos digo: Moisés não vos deu o pão do céu, mas o meu Pai é

quem vos dá o verdadeiro pão do céu; porque o pão de Deus é o pão que desce do céu e dá vida ao mundo’” (v. 32-33). Vida para o mundo? A multidão diz: “É claro que queremos este pão!” Disseramlhe: “Senhor, dá-nos sempre deste pão!” (v. 34). Jesus responde com o que chamarei de o primeiro Eu sou: “E Jesus disse-lhes: ‘Eu sou o pão da vida: aquele que vem a mim não terá fome; e aquele que crê em mim jamais terá sede’” (v. 35). A Eucaristia é a fonte e o ápice de nossa fé e, sem dúvida, a principal coisa que nos separa de quase todas as outras religiões do planeta. Aqui, Cristo se compara diretamente ao pão; mais importante ainda, com o pão que dá a vida, que foi dado por Moisés e comido pelos judeus. Mas isso ainda pode ser visto como uma metáfora: acreditar em Jesus seria o modo como se obtém o pão que dá a verdadeira vida. Você não necessariamente está comendo pão de verdade. Mas, mesmo nesta comparação inicial, a multidão começa a murmurar sobre este ensinamento: “Murmuravam então dele os judeus, porque dissera: ‘Eu sou o pão que desceu do céu’. E perguntavam: ‘Porventura não é ele Jesus, o filho de José, cujo pai e mãe conhecemos? Como, pois, diz ele: Desci do céu?’” (v. 41-42). Eles parecem não gostar de que Ele se chame de “pão vivo”, ou que diga que desceu do céu. No versículo 43, Jesus manda a eles que parem de murmurar. Depois, Ele reitera o que acabou de dizer: “Eu sou o pão da vida. Vossos pais, no deserto, comeram o maná e morreram. Este é o pão que desceu do céu, para que não morra todo aquele que dele comer” (v. 4850). Eis aqui, então, o segundo Eu sou. Cristo usa a comparação do maná no deserto ao longo de todo este discurso, e é importante lembrar que as prefigurações do Antigo Testamento nunca são tão grandes quanto seus cumprimentos no Novo Testamento. Maria é maior do que Eva; o sacrifício de Cristo é maior que o de Abraão com Isaac; e o maná a ser dado por Cristo será maior que o maná recebido por Moisés no deserto. Não será simplesmente o mesmo maná.


É a partir do versículo 51 que a coisa começa a ficar realmente interessante, e é preciso tomá-lo palavra por palavra. Cristo reafirma imediatamente o que Ele acabou de dizer, e nos vemos diante do terceiro Eu sou: “Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem comer deste pão viv erá eternamente. E o pão, que eu hei de dar, é a minha carne para a salvação do mundo.” Desta vez, Jesus é muito mais explícito: Ele diz a eles diretamente que sua carne é o pão do céu, o novo maná que dá vida ao mundo. Ainda acha que se trata apenas de uma analogia? A multidão certamente não pensava assim: “A essas palavras, os judeus começaram a discutir, dizendo: ‘Como pode este homem dar-nos de comer a sua carne?’” (v. 52). Se era apenas uma analogia, por que a multidão achou difícil entender? Por que existe esse salto de “Dê-nos o pão!” para “O quê? Comer a sua carne?”? E por que Ele repetiria três vezes que Ele é o pão? A resposta a essas perguntas está nas palavras que Cristo usou e em como Ele foi direto. De fato, há lugares em que Cristo usa hipérboles nos Evangelhos. Pense em Mt 5, 29, quando Ele diz ao povo que seria melhor arrancar o próprio olho do que permitir que ele nos faça pecar. Ninguém interpretou mal suas palavras, como se significassem que era necessário se mutilar. Ninguém saiu dizendo: “Este ensinamento é muito difícil; não posso seguir um homem que me pede isso”. Em Jo 6, porém, a linguagem usada e a reação da multidão mostram claramente que Cristo estava

sendo literal, não hiperbólico ou metafórico. Ao longo de todo esse capítulo, o verbo “comer” é usado 12 vezes para descrever o ato de comer maná no deserto, comer o pão da vida e comer a carne de Cristo. No texto grego original do Evangelho, até o versículo 54, o verbo era o mesmo: φάγω (phago), que significa “comer”: “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia”. Mas, no versículo 55, quando a multidão já está confusa e murmurando, Cristo muda o verbo usado para τρώγω (trógó), que significa “roer, mascar ou triturar” — e que também é traduzido como “mastigar”. Pense na sequência de eventos. Cristo diz à multidão, no versículo 51, que eles precisam “comer” sua carne. A multidão questiona isso diretamente no versículo 52 e, então, o que Jesus faz para responder à sua pergunta no versículo 54? Ele não diz: “Não, foi apenas uma analogia, você não vai realmente consumir minha carne”. Em vez disso, Ele desce o nível, muda o verbo e diz que, sim, você realmente precisa “roer” ou “mastigar” a carne dele. Aqui, Jesus vai além para garantir que sua mensagem não se perca na assembleia. Em Jo 6, a linguagem usada e a reação da multidão mostram claramente que Cristo estava sendo literal, não hiperbólico ou metafórico. A outra palavra direta e provocativa que Cristo usa sete vezes neste capítulo é a palavra “carne”. Algumas traduções da Bíblia traduzem essa palavra como “corpo”, mas, se você ler, no grego, trata-se de σάρκα (sárka ou sarx), que se traduz literalmente como “carne” e que é a raiz da palavra grega para “carnívoro”: σαρκοβόρος (sarkovóros), enquanto a palavra grega genérica para “corpo” é σώμα (sóma). Cristo diz, portanto, que sua “carne” deve ser “mastigada”, e a multidão acha isso difícil de aceitar: “Muitos dos seus discípulos, ouvindo-o, disseram: ‘Isto é muito duro! Quem o pode admitir?’” (v. 60). E aqui eles realmente deixam de seguir a Cristo: “Desde então, muitos dos seus discípulos se retiraram e já não andavam com ele” (v. 66).


Ao ler Jo 6, portanto, fica claro que a multidão, que ouviu pessoalmente o discurso do pão da vida, entendeu o que Cristo estava dizendo: Ele havia dito que é preciso consumir sua verdadeira carne. Por qual outro motivo eles teriam ido embora? E, se eles entenderam mal, por que Jesus não tentou esclarecê-los e impedi-los de ir embora por causa de um mal-entendido? Eles sabiam exatamente o que Ele queria dizer, assim como todos os primeiros cristãos que escreveram sobre esse assunto. Os escritos dos primeiros Padres da Igreja apoiam fortemente a interpretação católica. Irineu, Justino Mártir, Inácio de Antioquia e Clemente de Alexandria, todos eles escreveram sobre isso no séc. II; Orígenes, Hipólito e Tertuliano escreveram sobre isso no III; e a lista dos primeiros cristãos que acreditavam no ensinamento de Cristo sobre consumir a sua carne continua indefinidamente. Afora os Apóstolos, esses homens eram os que sabiam melhor o que Jesus queria dizer em Jo 6, e eles teriam agido rápido para corrigir quaisquer mal-entendidos ou heresias decorrentes de uma interpretação errada. Aqui estão apenas algumas citações dos primeiros Padres cristãos: Como podia o Senhor, se fosse Filho de outro pai, confessar com justiça, ao tomar um pão desta condição, que é conforme a nós, que ele é o seu corpo, e confirmar que a mistura do cálice era o seu sangue? (Irineu, Contra as Heresias IV, 33, 2: PG 7, 1073 [189 d.C.]). Considerai porém os que opinam de outro modo sobre a graça de Jesus Cristo, aquela que veio até vós: como são contrários aos pensamentos de Deus… Eles se abstêm da Eucaristia e da oração porque não confessam que a Eucaristia é a carne do nosso Salvador Jesus Cristo, a qual padeceu por nossos pecados e que o Pai, por sua benignidade, ressuscitou. Aqueles pois que contradizem este dom de Deus morrem altercando (Inácio de Antioquia, Carta aos Esmirniotas VI, 2–VII, 1: PG 5, 711-714 [110 d.C.]). Assim pois como o pão e o vinho da Eucaristia, antes da invocação santa da adorável Trindade, eram puro pão e vinho, feita porém a invocação, o pão torna-se o corpo de Cristo, e o vinho, o sangue de Cristo (Cirilo de Jerusalém, Catequeses Mistagógicas XIX, 7: PG 33, 1071 [350 d.C.]).

Tinha-vos prometido aos que fostes batizados um sermão em que explicasse o sacramento da mesa do Senhor… Aquele pão que vedes no altar, santificado pela palavra de Deus, é o corpo de Cristo. Aquele cálice, antes, o que contém o cálice, santificado pela palavra de Deus, é o sangue de Cristo (Santo Agostinho, Serm. 227 [411 d.C.]). Muitos dirão que grande parte deste artigo é irrelevante porque Cristo provavelmente não falou grego; logo, seria inútil analisar um texto nessa língua. Mas, se tivermos fé em que os escritores dos Evangelhos foram inspirados pelo Espírito Santo, podemos olhar para as nuances e especificidades da língua em que eles escreveram e saber, com confiança, que o seu texto representa as palavras que Cristo usou em aramaico ou hebraico. Além disso, o texto em grego não constitui a argumentação inteira, nem tampouco são distinções insignificantes o que ele apresenta, como expus várias vezes através do argumento Eu sou, da crença dos primeiros cristãos, e do fato de as pessoas, nos dias de Jesus, terem se afastado por acharem o seu ensinamento difícil — o que não teria acontecido se ele tivesse empregado apenas uma linguagem simbólica. Se você ler o capítulo 6 de João, usar uma ferramenta tão básica como o Google Tradutor e estudar qualquer escrito dos primeiros cristãos sobre o assunto, perceberá que o ensinamento católico quanto à presença real de Cristo na Eucaristia é inegável e vem diretamente das Escrituras. Jacob Tate Tradução: Equipe Christo Nihil Praeponere


Queridos irmãos e irmãs, buongiorno ! O Evangelho para a liturgia hodierna fala-nos do vínculo que existe entre o Senhor e cada um de nós (cf. Jo 10,27-30). Ao fazê-lo, Jesus usa uma imagem terna, uma bela imagem do pastor que fica com as ovelhas. E o explica com três verbos: “As minhas ovelhas”, diz Jesus, “ouvem a minha voz, e eu as conheço, e elas me seguem” (v. 27). Três verbos: ouvir, conhecer, seguir. Vamos dar uma olhada nesses três verbos. Em primeiro lugar, as ovelhas ouvem a voz do pastor. A iniciativa sempre vem do Senhor. Tudo vem da sua graça: é ele que nos chama à comunhão com ele. Mas esta comunhão acontece se nos abrimos à escuta. Se ficamos surdos, ele não pode nos conceder esta comunhão. Abramo-nos à escuta, porque a escuta implica disponibilidade, implica docilidade, implica tempo dedicado ao diálogo. Hoje, somos inundados de palavras e pela urgência de ter sempre algo a dizer ou fazer. Quantas vezes duas pessoas estão conversando e uma não espera que a outra termine seu pensamento, mas corta a outra no meio da frase e responde…. Mas se não permitimos que outro fale, não há escuta. Esta é uma doença do nosso tempo.

Hoje, somos inundados de palavras, pela urgência de sempre ter algo a dizer ou fazer. Temos medo do silêncio. Como é difícil ouvir uns aos outros! Escutar até o fim, deixar o outro se expressar, escutar em nossas famílias, escutar na escola, escutar no trabalho e até na Igreja! Mas para o Senhor, antes de tudo, é necessário ouvir. Ele é a Palavra do Pai, e o cristão é uma criança ouvinte , chamada a viver com a Palavra de Deus à mão. Perguntemo-nos hoje se somos filhos ouvintes, se encontramos tempo para a Palavra de Deus, se damos espaço e atenção aos nossos irmãos e irmãs, se sabemos escutar até que o outro termine de falar, sem cortar o que o outro está dizendo. Quem ouve os outros sabe ouvir o Senhor também, e vice-versa. E eles experimentam algo muito bonito, isto é, que o próprio Senhor ouve – ele nos ouve quando oramos a ele, quando confiamos nele, quando o invocamos. Ouvir Jesus torna-se assim o caminho para descobrirmos que Ele nos conhece. Este é o segundo verbo que diz respeito ao bom pastor. Ele conhece suas ovelhas. Mas isso não significa apenas que ele conhece muitas coisas sobre nós. Conhecer no sentido bíblico também significa amar. Significa que o Senhor, “enquanto lê nosso interior”, nos ama, não nos condena. Se o ouvirmos, descobriremos isto: que o Senhor nos ama. A maneira de descobrir o amor do Senhor é escutá-Lo. Assim, nossa relação com Ele não será mais impessoal, fria ou frontal. Jesus está à procura de uma amizade calorosa, confiança, intimidade. Ele quer nos dar uma nova e maravilhosa consciência – a de saber que somos sempre amados por Ele e, portanto, que nunca somos deixados sozinhos por nós mesmos. Estar com o bom pastor nos permite viver a experiência de que fala o Salmo: “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum; porque tu estás comigo ” (Sl 23:4).


O que aqueles que seguem a Cristo fazem? Eles vão aonde ele vai, pelo mesmo caminho, na mesma direção. Vão em busca dos perdidos (cf. Lc15,4), interessam-se pelos que estão longe, levam a sério a situação dos que sofrem, sabem chorar com os que choram, estendem as mãos ao próximo, colocando-o nos ombros . E eu? Deixo Jesus me amar e, deixando que ele me ame, passo de amá-lo a imitá-lo? Que a Virgem Santa nos ajude a escutar Cristo, conhecê-lo sempre mais e segui-lo no caminho do serviço. Ouvindo-O, conhecendo-O, seguindo-O. PAPA FRANCISCO REGINA CAELI Domingo, 8 de maio de 2022

Ele nos sustenta sobretudo em nossos sofrimentos, em nossas dificuldades, em nossas crises – que são obscuras – passando por elas por nós. E assim, é especificamente em situações difíceis, que podemos descobrir que somos conhecidos e amados pelo Senhor. Então, perguntemo-nos: deixo que o Senhor me conheça? Abro espaço para ele na minha vida? Trago para ele o que estou vivendo? E que ideia tenho dele depois de tantas vezes que experimentei a sua proximidade, a sua compaixão, a sua ternura? Que o Senhor está perto, que o Senhor é o Bom Pastor? Por fim, o terceiro verbo: as ovelhas que ouvem e descobrem que são conhecidas, seguem : ouvem, experimentam que são conhecidas pelo Senhor e seguem o Senhor que é o seu pastor.

Hoje é o Dia das Mães em muitos países. Recordemos afetuosamente as nossas mães – uma salva de palmas para as nossas mães – mesmo aquelas que já não estão conosco aqui em baixo, mas que vivem nos nossos corações. Nossa oração, nosso carinho e nossos melhores votos para todas as nossas mães. 08/05/2022


Estimados irmãos e irmãs, bom dia! No caminho destas catequeses sobre a velhice, encontramos hoje um personagem bíblico – um idoso – chamado Eleazar, que viveu na época da perseguição de Antíoco Epifânio. É uma bonita figura. A sua figura oferecenos um testemunho da relação especial que existe entre a fidelidade da velhice e a honra da fé. Ele é orgulhoso! Gostaria de falar precisamente da honra da fé, não apenas da coerência, do anúncio e da resistência da fé. A honra da fé encontra-se periodicamente sob pressão, até violenta, da cultura dos dominadores, que procura degradá-la, tratando-a como um achado arqueológico, ou uma velha superstição, um capricho anacrónico e assim por diante. A narração bíblica – ouvimos um pequeno excerto dela, mas é bom lê-lo todo – conta o episódio dos judeus forçados por decreto de um rei a comer carne sacrificada a ídolos. Quando chega a vez de Eleazar, que era um idoso, 90

anos, muito estimado por todos e influente, os oficiais do rei aconselharamno a fazer uma simulação, ou seja, fingir que comia carne sem realmente o fazer. Hipocrisia religiosa, há tanta hipocrisia religiosa, hipocrisia clerical. Dizem-lhe: “Mas sê um pouco hipócrita, ninguém se aperceberá”. Desta forma Eleazar seria salvo, e – disseram – em nome da amizade aceitaria o seu gesto de compaixão e afeto. Afinal – insistiam – tratava-se de um gesto mínimo, fingir que se come, mas não comer, um gesto insignificante. É pouco, mas a resposta calma e firme de Eleazar baseia-se num argumento que nos impressiona. O ponto central é este: desonrar a fé na velhice, para ganhar um punhado de dias, não pode ser comparado com a herança que deve deixar aos jovens, a inteiras gerações vindouras. Que boa pessoa Eleazar! Um idoso que viveu na coerência da própria fé durante toda a vida, e agora se adapta a fingir que a repudia, condena a nova geração a pensar que toda a fé tenha sido uma farsa, uma cobertura exterior que pode ser abandonada, pensando que pode ser preservada no próprio íntimo. Não é bem assim, diz Eleazar. Tal comportamento não honra a fé, nem sequer perante Deus. E o efeito desta banalização externa será devastador para a interioridade dos jovens. A coerência deste homem que pensa nos jovens, pensa na herança futura, pensa no seu povo! Precisamente a velhice – e isto é bom para os idosos – aparece aqui como o lugar decisivo, o lugar insubstituível para este testemunho. Um idoso que, devido à sua vulnerabilidade, aceitasse considerar irrelevante a prática da fé, faria com que os jovens acreditassem que a fé não tenha alguma relação real com a vida. Parecer-lhes-ia, desde o seu início, como um conjunto de comportamentos que, se necessário, podem ser simulados ou dissimulados, porque nenhum deles é muito importante para a vida.


A antiga gnose heterodoxa, que foi uma armadilha muito poderosa e muito sedutora para o cristianismo dos primeiros séculos, teorizava precisamente sobre isto, esta é uma coisa antiga: que a fé é uma espiritualidade, não uma prática; uma força da mente, não uma forma de vida. Fidelidade e honra de fé, segundo esta heresia, nada têm a ver com os comportamentos da vida, as instituições da comunidade, os símbolos do corpo. A sedução desta perspetiva é forte, porque interpreta, à sua maneira, uma verdade indiscutível: que a fé nunca pode ser reduzida a um conjunto de regras alimentares ou de práticas sociais. A fé é outra coisa. O problema é que a radicalização gnóstica desta verdade anula o realismo da fé cristã, pois a fé cristã é realista, a fé cristã não é só recitar o Credo, mas é pensar no Credo, é sentir o Credo, é fazer o Credo. Agir com as mãos. Ao contrário, esta proposta gnóstica é um “fazer de contas”, o importante é que tu dentro tenhas a espiritualidade e depois podes fazer o que queres. Isto não é cristão. É a primeira heresia dos gnósticos, que está muito na moda aqui, neste momento, em tantos centros de espiritualidade e assim por diante. E esvazia o testemunho destas pessoas, que mostra os sinais concretos de Deus na vi da d a comunidade e resiste às perversões da mente através dos gestos do corpo. A tentação gnóstica, que é uma das – digamos a palavra – heresias, um dos desvios religiosos deste tempo, a tentação gnóstica permanece sempre atual. Em muitas tendências da nossa sociedade e

cultura, a prática da fé sofre uma representação negativa, por vezes sob forma de ironia cultural, por vezes com uma oculta marginalização. A prática da fé para estes gnósticos que já existiam no tempo de Jesus, é considerada como uma exterioridade inútil e até prejudicial, como um resíduo antiquado, como uma superstição disfarçada. Em suma, algo para idosos. A pressão que esta crítica indiscriminada exerce sobre as gerações mais jovens é forte. Certamente, sabemos que a prática da fé pode tornar-se uma exterioridade sem alma – este é outro perigo, o contrário – mas em si mesma não o é absolutamente. Talvez caiba precisamente a nós, idosos, uma missão muito importante: restituir à fé a sua honra, fazê-la coerente como o testemunho de Eleazar, a coerência até ao fim. A prática da fé não é o símbolo da nossa fraqueza, mas sim o sinal da sua força. Já não somos jovens. Não estávamos a brincar quando nos pusemos no caminho do Senhor! A fé merece respeito e honra até ao fim: mudou a nossa vida, purificou a nossa mente, ensinou-nos a adoração a Deus e o amor ao próximo. É uma bênção para todos! Mas toda a fé, não uma parte. Não negociaremos a fé por um punhado de dias tranquilos, mas faremos como Eleazar, coerente até ao fim, até ao martírio. Demonstraremos, com toda a humildade e firmeza, precisamente na nossa velhice, que acreditar não é algo “para idosos”, mas é questão de vida. Crer no Espírito Santo, que renova todas as coisas, e Ele ajudar-nos-á de bom grado.


O martírio do ancião Eliazar - Paul Gustave Dore, 1876

Queridos irmãos e irmãs idosos, para não dizer velhos – estamos no mesmo grupo – por favor, olhemos para os jovens. Eles olham para nós, não nos esqueçamos disto. Vem-me à mente aquele filme do pós-guerra tão bonito: “I bambini ci guardano” [A culpa dos pais]. Podemos dizer o mesmo com os jovens: eles olham para nós e a nossa coerência pode abrirlhes um caminho de vida belíssimo. Ao contrário, uma eventual hipocrisia fará muito mal. Rezemos uns pelos outros. Que Deus abençoe todos nós idosos! Saudações: Queridos fiéis de língua portuguesa, saúdo-vos a todos e de modo particular aos alunos e professores do Colégio Horizonte, do Porto. Começamos há pouco o mês de maio, que tradicionalmente chama o povo cristão a multiplicar os gestos diários de veneração à Virgem Maria. O segredo da sua paz e coragem era esta certeza: «a Deus, nada é impossível». Precisamos de aprender isto com a Mãe de Deus; mostremo-nos agradecidos, rezando o terço todos os dias. Que Deus vos abençoe e Nossa Senhora vos proteja!

Resumo da catequese do Santo Padre: Um decreto do rei Antíoco Epífanes obrigava os judeus a comer carne imolada aos ídolos. Os executores do decreto, pela amizade que nutriam por Eleázar, sugeriam-lhe fingir que a comia, mas sem realmente o fazer; deste modo teria a vida salva. Afinal – insistiam eles – era um gesto mínimo, insignificante. Não é assim! – retorquiu Eleázar. Um idoso que concordasse em considerar irrelevante a prática da fé, levaria os jovens acreditar que a fé não tem verdadeira relação com a vida, tratando-se apenas dum conjunto de atitudes e costumes que poderiam, em caso de necessidade, ser simulados ou disfarçados. Tal comportamento não honraria a fé, mesmo diante de Deus, e o efeito desta banalização seria devastador para os jovens. Uma pessoa idosa, que tivesse vivido os seus dias na coerência da fé e agora aceitasse fingir, levaria a nova geração a pensar que tal fé era uma ficção, uma cobertura externa que poderia ser abandonada com a desculpa de manter a fé dentro de si mesma. Claro, sabemos que a prática da fé pode cair numa exterioridade sem alma; mas, em si mesma, não o é. A fé merece respeito e honra: mudou a nossa vida, purificou a nossa mente, ensinou-nos a adoração a Deus e o amor ao próximo. É uma bênção para todos! Não podemos trocá-la por um punhado de dias tranquilos. Com humilde firmeza, demonstraremos, precisamente na nossa velhice, que acreditar não é «coisa de velhos». Para isso podemos contar com a ajuda do Espírito Santo, que faz novas todas as coisas. Papa Francisco Audiência Geral Praça São Pedro Quarta-feira, 04 de maio de 2022


ESPAÇO DAS CRIANÇAS Ouço a voz do bom pastor, ecoar no rio do tempo, são palavras de amor, são palavras de alento… O bom pastor conhece conhece suas ovelhas, e às ovelhas protege, do mal e de suas teias. Me recolho ao redil, em busca de proteção, Ouço ao Mestre Gentil, faço minha oração. (Jorge Linhaça - Amizade e Poesia)

PENSE E RESPONDA POR QUE JESUS DISSE SER O BOM PASTOR? O QUE É SER UM BOM PASTOR? QUAL É A CARACTERÍSTICA DAS OVELHAS? POR QUE ELE DISSE SER TAMBÉM A PORTA DAS OVELHAS?

VAMOS PINTAR?

DECIFRE A MENSAGEM A

B C

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V W X

Y

Z

A B C D E F G HIJ K L M N O P Q R S T U V W XY Z

EU SOU AQUELE QUE SOU


SEGUIR O EXEMPLO JOÃOZINHO BUSCA SEGUIR O EXEMPLO DE JESUS. ELE SABE QUE AQUELE QUE NÃO ENTRA PELA PORTA, É LADRÃO E SALTEADOR. ELE QUER SER COMO O BOM PASTOR! ENCONTRE OS SETE ERROS!

Eu sou o Bom Pastor Conheço minhas ovelhas e elas me conhecem, assim como o Pai me conhece e Eu conheço o Pai. Por isso eu dou MINHA VIDA pelas ovelhas



IGREJA MATRIZ DE NOSSA SENHORA DA GLÓRIA

LARGO DO MACHADO - RIO DE JANEIRO - RJ

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