A Voz da Glória Ano VI Edição 6

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Boletim semanal - Ano VI - Edição 06 - Batismo de NS Jesus Cristo

Eis o meu Filho muito Amado Em quem ponho minha afeição

IGREJA MATRIZ DE NOSSA SENHORA DA GLÓRIA

LARGO DO MACHADO - RIO DE JANEIRO - RJ


Pascom Nossa Senhora da Glória Pároco - Padre Geovane Ferreira da Silva Dirigente espiritual - Diácono Jorge Coordenação - Elydia Sérgio Fadul Jr

Agentes - André Pessôa Flávia Mascarenhas Maria das Graças Luciana Gonçalves

IGREJA MATRIZ DE NOSSA SENHORA DA GLÓRIA

LARGO DO MACHADO - RIO DE JANEIRO - RJ

Capa - imagem: João Batista batizando Cristo - Francesco Trevisani - Séc XVII

1 - Missa em honra a São Miguel Dia 12/01, quarta feira, às 20 h.

5 - Colônia de Férias na Catequese Informações na secretaria

2 - Missa pela Vida Dia 19/01, quarta feira, às 14 h.

6 - Os Calendários do Sagrado Coração de Jesus encontram-se disponíveis na lojinha de artigos religiosos.

3 - Missa com orações pela Árvore Genealógica Dia 19/01, quarta feira, às 20 h. 4 - Campanha do Quilo Todo segundo domingo do mês. Você pode ajudar as quase 100 famílias assistidas pela Pastoral.

7 - Rifa de um colchão de solteiro Ajude a nossa Igreja comprando uma rifa, disponível na lojinha ou secretaria.

Datas do nosso ano litúrgico: Quarta feira de cinzas - 02 de março (início da quaresma) Páscoa - 17 de abril Ascensão do Senhor - 29 de maio Pentecostes - 05 de junho Corpus Christi - 16 de junho Cristo Rei - 20 de novembro (26 de novembro o último dia do ano litúrgico) Você sabia que Nenhum cientista conseguiu apresentar uma explicação satisfatória para a origem da imagem estampada no tecido do Santo Sudário de Turim. A datação do sudário por carbono, que concluiu que a peça seria medieval e não do tempo de Cristo, é questionada inclusive por cientistas. Além disso, nem sequer a tecnologia do século XXI conseguiu reproduzir as peculiaridades únicas da imagem tal como ela foi estampada, inexplicadamente, no tecido. Iniciamos o Tempo Comum com a celebração do Batismo do Senhor. Esta festa pertence também ao Tempo da Manifestação do Senhor e início da sua vida pública. É uma das festas mais antigas da Igreja. Já era celebrada no Egito no início do século II. É a manifestação do Messias e começo de uma era nova.


ou com o dinheiro destinado para as compras de produtos que faltam. Portanto, ajude! Não deixe para depois e traga sempre os produtos na validade.

MISSA DOS DIZIMISTAS

A nossa paróquia, através das pastorais, propõe aos fiéis a possibilidade de ajudar na caridade, de diversas formas. Nós temos a presença aqui a Pastoral da Caridade Social, grupo que cuida também do bazar da paróquia. Mas, um dos maiores trabalhos é exatamente a arrecadação de alimentos, que são doados a mais de 100 famílias, através de cestas auxiliares. A ajuda se destina a famílias que realmente precisam e são da nossa paróquia. Muitas delas, após conseguir uma fonte de renda que consiga suprir as necessidades, dão espaço a outras que precisam. É a empatia de quem conhece o sofrer. E, no segundo domingo do mês, existe a chamada para a ajuda de forma a estimular outros que também o façam. É o Domingo do Quilo que normalmente fecha as cestas para a entrega. É importante informar que todos podem ajudar em qualquer momento do mês, com os produtos,

Também neste domingo, a pastoral do Dízimo combinou com o pároco, que seria um dia marco para o dízimo, tendo um momento para que os fiéis pudessem depositar na urna suas ofertas. É importante sabermos diferenciar as ofertas da missa, do que é a oferta do dízimo. Aproveitando, é feita uma oração especial pelos dizimistas, pelas suas vidas e pela comunidade. Os católicos devem ir ao encontro das necessidades materiais da Igreja, cada um conforme as próprias possibilidades. E, acredite, são muitos gastos para manter uma Igreja sesquicentenária, que cobre três bairros diferentes, com diversas capelas. Além que são várias atividades e necessidades na paróquia que precisam da sua ajuda. A Igreja Católica reconhece as dificuldades que a nossa sociedade contempla, de forma que pede a caridade possível, mas não podemos confundir o dízimo, que ocorre uma vez por mês, com as ofertas e esmolas. A pequena ajuda é somada a outras que terminam sustentando um pouco mais. E não deixem alguns tentarem iludir vocês com a ideia que a Igreja é rica, que recebe muito dinheiro, porque não é verdade. Há muitas dificuldades e ainda temos que cobrir as despesas de obra que já foram feitas, além das outras etapas por vir. Se você sempre contribuiu com valores pequenos, que tal ajudar um pouco mais agora? A Igreja, quem sustenta são os fiéis.

09 - Santo André Corsini 10 - São Gonçalo do Amarante São Aldo 11 - São Vital Santo Higino 12 - São Bernardo de Corleone São Bento Biscop 13 - Santo Hilário de Poitiers 14 - Santa Elisabeth Ana Bayley Seton Santa Verônica de Binasco São Pedro Donders 15 - Santo Amaro Santo Arnaldo Janssen 16 - São Berardo e companheiros São Marcelo I


Qual radiante flor, com o perfume de uma inocência batismal ilibada, Teresa entra para o Carmelo de Lisieux e aí, seguindo a “Pequena Via”, realiza sua vocação. Com Agostinho sucedeu algo bem diferente. Quando já adentrava a plena idade madura, após uma juventude de pecado, é visitado pela graça, converte-se e caminha a passos largos na virtude e na sabedoria. Um e outro caso ilustram as diferentes circunstâncias nas quais Deus vai buscar alguns eleitos, e os caminhos “personalizados” que lhes traça. “Há diversas operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. A cada um é dada a manifestação do Espírito para proveito comum” (I Cor 12, 6-7). Elizabeth Ann Seton foi colhida numa situação muito particular. De religião anglicana, casada com um rico comerciante e tendo cinco filhos, nada parecia indicar os elevados desígnios para os quais a Providência ia chamá-la. Mas de sua correspondência à graça dependeriam milhares de almas e, em certo sentido, um país inteiro. E ela disse: “sim!”. Tomada de entusiasmo pela Presença Real de Nosso Senhor na Eucaristia, fezse filha da Igreja Católica. Essa conversão transformaria não só sua vida, mas também a história do Catolicismo nos Estados Unidos. Dois séculos após seu nascimento, ela foi proclamada santa, sendo a primeira norte- americana elevada à honra dos altares. Uma infância sofrida Segunda filha do famoso médico Richard Bayley e de Catherine Charlton, Elizabeth Ann Bayley veio ao mundo em 18 de agosto de 1774, meses antes de eclodir a Guerra da Independência dos Estados Unidos. A família residia em Nova York, descendendo dos primeiros colonos da região.

Como acontecia com a maioria dos membros da alta sociedade nova-iorquina, eram anglicanos praticantes. Antes de completar três anos ficou órfã de mãe, e seu pai contraiu novo matrimônio, do qual nasceram mais sete filhos. A pequena enteada era desprezada pela madrasta, o que lhe fazia sentir sobremaneira a falta da mãe. Também o pai, absorvido por serviços e pesquisas médicas, não conseguia retribuir os carinhosos sentimentos de sua afetuosa filha. Por tais circunstâncias, Elizabeth, aos oito anos de idade, foi enviada à fazenda de um tio paterno, para aí viver em companhia de seus primos. Esse período passado no ambiente tranquilo do campo determinou a formação de seu caráter contemplativo e decidido. Matrimônio na alta sociedade Aos dezesseis anos, Elizabeth voltou para Nova York. O viço e a graça de sua juventude, a distinção da fisionomia e a nobreza do porte fizeram com que, em pouco tempo, sua presença se tornasse muito requisitada nas reuniões da sociedade nova-iorquina. Antes de completar vinte anos, ela casou-se com William Magee Seton, de uma conceituada família de comerciantes. Os primeiros oito anos do casal transcorreram prósperos e tranquilos. Agraciados com cinco filhos – Anna, Richard, William, Catherine e Rebecca -, os Seton residiam num dos melhores bairros de Nova York, levando uma vida regalada. Muito religiosa e caridosa, Elizabeth participava das atividades promovidas pela Igreja Anglicana e se preocupava com os sofrimentos do próximo. Doía-lhe sobremaneira ver as agruras pelas quais passavam as viúvas pobres. Para lhes dar assistência, organizou, em união com outras damas ricas, uma associação caritativa. A jovem senhora Seton não podia imaginar que, dentro de poucos anos, estaria em situação análoga à daquelas mulheres… Chegam as tribulações Em 1803 os negócios da família Seton faliram. Ao mesmo tempo, William foi acometido pela tuberculose. A fim de mudar de clima, numa última tentativa para a recuperação da saúde do esposo, Elizabeth partiu para Livorno, Itália, com ele e a filha mais velha, então com oito anos de idade, apelidada Annina. Aos olhos dos familiares e amigos, essa viagem parecia uma loucura. Entretanto, cada um daqueles dias constituía um trecho do longo caminho traçado pela Providência para conduzir Elizabeth à Igreja Católica. Entre os muitos contatos comerciais que William Seton mantinha com a Europa, figuravam os irmãos Antonio e Filippo Filicchi, de Livorno, com quem tinha feito sólida amizade. Assim sendo, os Seton combinaram de hospedar-se em casa dos Filicchi durante o tempo que ali passassem. Contudo, ao aportar em Livorno, as autoridades


sanitárias decretaram quarentena aos tripulantes do navio recém- chegado, devido à notícia de que a febre amarela grassava em terras americanas. Os Seton foram então encaminhados para o lazareto, um prédio de paredes frias e úmidas, onde a saúde de William piorara ainda mais. As primeiras graças de conversão Isolada de todos, vendo o marido definhar dia após dia e sofrendo privações, Elizabeth pôs-se a pensar mais em Deus e a considerar sua vida através de um prisma mais sobrenatural. O confinamento físico tornava sua alma mais aberta às inspirações da graça, e ela começou a ouvir com atenção as explicações a respeito da Doutrina Católica que lhe davam as poucas pessoas com quem tinha contato durante esse período. Terminada a quarentena, os Seton se dirigiram a Pisa. Enfraquecido pelos dias passados no lazareto, William faleceu em menos de duas semanas. Elizabeth tinha então trinta anos de idade. A família Filicchi, imbuída da verdadeira caridade cristã, acolheu em seu lar a viúva e sua filhinha. Desejosos de distraí-las um pouco, propuseram- lhes visitar Florença enquanto aguardavam a partida do navio que as levaria de volta à América. Elizabeth aceitou o convite. Num domingo, a esposa de Antonio Filicchi, Amabilia, convidou-as a assistir à Missa na Igreja da Annunziata. Ao entrar no templo sagrado, Elizabeth se sentiu tocada no mais fundo da alma. Reinava certa penumbra no recinto. Em torno do altar, muitas pessoas rezavam o Rosário, cheias de devoção. O olhar maravilhado de Elizabeth percorreu as obras de arte que embelezavam o ambiente: entalhes em madeira, bonitas pedras de diferentes cores, pinturas representando cenas da Escritura. Ao sair dali, ela escreveria em seu diário: “Não se consegue ter uma idéia de como é tudo isso por meio de uma simples descrição”. Depois desse dia, Elizabeth sentiu uma mudança em seu interior. O que havia nos templos católicos para atraí-la tanto? A Providência Se faz sentir Entre visitas a igrejas e outros monumentos, transcorreram os dias aprazados para a volta a Nova York. No entanto, por motivos técnicos, a partida do navio foi adiada. Os Filicchi aproveitaram esse tempo para instruíla ainda mais na Fé, expondo-lhe a doutrina da Presença Real de Cristo na Eucaristia. Elizabeth ficou encantada com a ideia de poder encontrarse com Nosso Senhor Jesus Cristo nas Sagradas Espécies. Alguns dias mais tarde, Deus lhe enviaria uma graça sensível para fazê- la acreditar nessa sublime verdade da Fé. Em companhia da família Filicchi, ela assistia à Missa na Igreja da Madonna delle Grazie, em Livorno. Quando o celebrante estava elevando a Sagrada Hóstia,

após a Consagração, alguém se ajoelhou ao lado de Elizabeth e lhe disse ao ouvido: “Aí está o que se chama ‘Presença Real'”. Arrebatada por tais palavras, ela inclinou-se cheia de veneração e, pela primeira vez, adorou a Jesus na Eucaristia, enquanto tentava conter as lágrimas. Mais tarde ela escreveria à sua cunhada, Rebecca Seton, que ficara em Nova York: “Como seríamos felizes se crêssemos no que essas boas almas creem! Possuem Deus no Sacramento, Ele permanece em suas igrejas e é levado aos doentes! Oh, meu Deus! Quando eles passam com o Santíssimo Sacramento debaixo da minha janela, ainda que sentindo solidão e tristeza pela minha situação, não posso controlar minhas lágrimas, pensando: ‘Meu Deus, quão feliz eu seria, se, mesmo estando longe de tudo quanto me é querido, pudesse encontrar-Vos na igreja, como eles Vos encontram!'”. O encontro com a verdadeira Mãe Começava para Elizabeth uma de suas mais árduas lutas espirituais. Abandonar o anglicanismo significava renunciar à religião na qual nascera e vivera até então, mas Jesus Eucarístico a atraía à Igreja Católica. Também a pequena Annina já estava maravilhada pelo catolicismo e não poucas vezes repetia: “Mamãe, não existem católicos na América? Quando voltarmos para casa, nós vamos ser da Igreja Católica?”. Como boa mãe, ela sentia-se responsável, não só por sua própria salvação, mas também pela de seus filhos. Portanto, pôs-se a rezar, pedindo a Deus uma orientação. Certo dia, Elizabeth deparou-se com um livrinho de orações pertencente à Sra. Filicchi, posto sobre a mesa. Abriu-o a esmo e começou a ler: “Lembrai-Vos, ó piíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer…” Cada uma das palavras do Memorare soou em sua alma como uma consolação: ela, que na infância tanto sentira a falta do afeto materno, na realidade tinha uma Mãe que dela cuidava com inefável bondade! Passou então a invocar Nossa Senhora, pedindo que Ela lhe mostrasse o caminho que deveria seguir. Novas adversidades Em 8 de abril de 1804, mãe e filha embarcaram de volta aos Estados Unidos, em companhia de Antonio Filicchi. Uma nova série de adversidades e grandes transformações aguardava a jovem viúva em sua terra natal. Apesar da felicidade de rever os outros quatro filhinhos, Elizabeth trazia na alma um profundo dilema: abraçar o catolicismo significava comprar o isolamento da parte de todos os familiares e amigos americanos. Mas, de outro lado, ela já não conseguia viver sem pensar no Santíssimo Sacramento. Passava longas horas do dia fazendo comunhões espirituais e, estando na igreja anglicana de São Paulo, dali adorava Jesus presente no


tabernáculo da Igreja Católica de São Pedro, que podia vislumbrar pelas janelas. Em vão, várias de suas amigas aristocratas tentaram dissuadi-la da conversão. O próprio ministro anglicano que outrora lhe dera orientação espiritual via que seus argumentos eram também inúteis: ela ainda não pertencia formalmente à Igreja, mas seu coração já era católico. A conversão Na Quarta-Feira de Cinzas de 1805, diante do tabernáculo da Igreja de São Pedro, Elizabeth tomou a decisão irrevogável de fazer-se católica, com seus cinco filhos. Dez dias depois, em 14 de março, fez sua profissão de Fé, na mesma igreja. Na festa da Anunciação, 25 de março, realizou-se o seu mais ardente desejo: recebeu a Primeira Comunhão. Cheia de alegria, escreveu à amiga italiana: “Por fim, Amabilia – por fim! – Deus é meu e eu sou dEle! Agora, aconteça o que acontecer, eu O recebi!”. Sobre esse dia, Elizabeth anotaria em seu diário: “Meu Deus, até o meu último suspiro me lembrarei daquela noite que passei à espera de que o sol nascesse! Meu pobre coração ansiava pela longa caminhada até a cidade, em que cada passo significava estar mais perto daquela rua, mais perto daquele tabernáculo, mais perto daquele momento em que Ele entraria em minha morada pobre e pequena, mas inteiramente dEle!”. Funda uma nova Congregação religiosa No ano seguinte, encontrandose em Nova York Dom John Carroll – primeiro Bispo de Baltimore e dos Estados Unidos -, Elizabeth recebeu a Confirmação. Preocupada com a educação de seus filhos e a formação das crianças católicas, tentou abrir uma escola em sua cidade natal. No entanto, seus planos foram frustrados, devido ao desprezo e incompreensão por parte daqueles que não aprovavam sua conversão. Mais tarde, em 1808, sob o amparo de Dom Carroll, Elizabeth transladou- se para Baltimore, onde fundou um colégio destinado à educação de meninas. Não demoraram a aparecer jovens que se sentiam chamadas à vida religiosa e queriam seguir Elizabeth, em seu nobre ideal de caridade. Com a ajuda de um generoso doador, a pequena comunidade se estabeleceu em Emmitsburg, Maryland, no ano de 1809. Nasceu assim a primeira congregação religiosa dos Estados Unidos: Congregação das Irmãs de Caridade de São José, segundo a regra das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, e dedicada à educação. Uma bela peculiaridade do carisma da instituição se encontra assim expressa no texto de suas constituições: “O fim secundário, mas não menos importante, é honrar a Santa Infância de Jesus nas meninas, cujo coração está chamado a amar a Deus mediante a prática das virtudes e

do conhecimento da religião; ao mesmo tempo, semearão em suas mentes os germes de um saber útil”. Acompanhada por dezessete discípulas, Elizabeth fez os votos em 21 de julho de 1813. Madre Seton, como passou a ser chamada após a fundação, foi diretora geral da Congregação até o fim de sua vida, empenhando- se em formar as freiras segundo o espírito de Santa Luísa de Marillac e de São Vicente de Paulo. Frutos de uma alma eucarística Quanto a seus filhos, todos viveram e morreram como bons católicos. Annina foi noviça na Congregação de sua mãe e faleceu aos dezessete anos, logo após emitir os votos. Os dois filhos, Richard e William, alistaram-se na marinha. O primeiro morreu aos vinte e cinco anos. William casou-se e teve sete filhos, dentre os quais um seria Arcebispo. Catherine fez-se religiosa, na Congregação fundada por sua mãe. Rebecca expirou nos braços de Santa Elizabeth, tendo apenas quatorze anos de idade. Como sói acontecer com os Fundadores, a missão de Madre Seton se prolongaria após sua morte. Ela assistiria, do Céu, ao crescimento de sua obra. Ao entregar sua alma a Deus, em 4 de janeiro de 1821, Santa Elizabeth tinha apenas cinquenta freiras, espalhadas por colégios e orfanatos. No dia de sua canonização, 14 de setembro de 1975, elas eram mais de oito mil, pois sua Congregação se fundara sobre a rocha inabalável da Eucaristia, à sombra da qual florescem os carismas e se solidificam as obras de Deus.


A Eucaristia, que significa ‘reconhecimento’ ou ‘ação de graças’ traduz, para nós católicos, auge da Celebração Eucarística ou Missa, quando relembra o sacrifício do Cristo, Verbo feito carne, por nós. E todo bom cristão deve reconhecer com louvor o momento. Mas, a pandemia apareceu e parece que as coisas ficaram um pouco diferentes, por conta da forma que a Igreja pediu para comungarmos. Este tópico é para que possamos resgatar o básico, um respeito primordial de quem se importa com Deus e com sua própria alma. A pandemia exigiu mudanças para que não houvesse mais infecções. Ficamos alguns meses sem poder ir à Igreja. Muitos contestaram, mas era a medida certa a fazer. A Igreja viu que não era a hora certa, com os leitos das UTIs lotados por vários meses, as infecções podiam ser fatais. E vimos muitos padres, bispos e religiosos morrerem pela pandemia. Mas, ao diminuir o ritmo da pandemia, a Igreja pode ser reaberta, com ressalvas de uma distância segura entre os fiéis, a redução da capacidade de fiéis por missa (para 30% do total sentados), higienização dos bancos após as missas, o uso obrigatório das máscaras, a colocação de pontos para higienização das mãos com álcool gel e, por fim, que a comunhão fosse dada nas mãos do fiel e somente na espécie do pão. E, neste meio tempo, multiplicou-se a imaginação sobre como receber o corpo de Cristo. Alguns velhos hábitos até pioraram. Pessoas que não sabiam o que fazer na hora de receber a hóstia consagrada, quando era tão simples: receber Cristo, fazendo o trono com a mão esquerda, pegando-O com a mão direita para levar à boca. Então, no final do texto, passarei algumas informações do que não devemos fazer. Deus é misericórdia, mas é justiça também Outra situação que pudemos ver e que é muito mais grave é o fato de pessoas que não estão preparadas para receber o corpo de Cristo, tem procurado comungar. São pessoas que não estão confessando, pessoas que não fizeram a catequese, ou até pessoas de outras religiões. Talvez, algumas, por medo da morte eminente, pensando ter na comunhão um instrumento de salvação simples. Dentre os argumentos mais usados, verificamos que a procura da Misericórdia de Deus na frequência deste Sacramento, fato que tornaria os erros pouco relevantes. Uma justificativa para a alma, onde passamos a diminuir o sacrifício do Senhor por nós. Ora, São Paulo nos diz: "Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito, para que possais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que lhe agrada e o que é perfeito" (Rm 12, 2). Portanto, à Deus devemos o nosso melhor como oferta e sacrifício, assim como beleza, união e paz. Por último, lembramos que a Eucaristia não é um remédio para os que estão espiritualmente mortos, mas alimento para os que, já estando vivos, precisam ser fortalecidos na caridade. "Que cada um se examine a si mesmo e, assim, coma desse pão e beba desse cálice. Aquele que o come e o bebe sem distinguir o corpo do Senhor, come e bebe a sua própria condenação. Essa é a razão por que entre vós há muitos adoentados e fracos, e muitos mortos" (1 Cor 11, 28ss).

Antes até de qualquer conclusão, lembremos que o auto exame das culpas é o principal precedente para a Eucaristia. Se estiver em paz com sua consciência, comungue. Mas se algo está errado, confesse, para que não caia na condenação eterna. Cabe ainda ressaltar aqui as superstições que trazemos de nossos antepassados e também de outras religiões (sincretismo), através das quais perigamos achar que a manifestação divina ocorre naquela hora, como um raio, ou que a hóstia sangra, etc., fazendo até confusões com milagres reconhecidos pela Santa Igreja. Mas lembremos que nem todo mal se manifesta de forma aparente, mas consciente, de forma a destruir a nossa alma. Todo aquele que diz meu Deus, meu Deus... O céu é destinado aos que buscam a santidade. E para alcançarmos a santidade, passamos por Jesus. E Ele nos chama atenção para várias situações, erros e pensamentos. Fé não é simplesmente saber que Deus existe. Ora, o próprio satanás sabe da sua existência! Também não podemos achar que é algo que sai de nós (é um meritismo por se querer, mesmo sem fazer). Nossa salvação não está em nós, mas em sermos semelhantes ao nosso Amado, que é Jesus. Devemos entender o que é santo, o que é local reservado à santidade. E isto implica, até mesmo, em nos vestirmos melhor para ir à Santa Missa, pois estamos diante do memorial do Sacrifício de Cristo; devemos nos comportar melhor e focar os olhos em Jesus. Devemos viver este sacrifício ao invés de buscar apenas conforto e retorno aqui na Terra. Quem precisa de Deus somos nós! Os padres têm sempre muito zelo pelo Corpo de Cristo; têm todo o cuidado no momento da Consagração. Faz-se ali o milagre da transubstanciação: o pão e vinho passam a ser o Corpo e o Sangue de Cristo imolado por nós e distribuído, na forma da Hóstia, agora Consagrada, aos fiéis presentes. Assim, também nós devemos buscar conhecer e cuidar para não errar no recebimento da Comunhão: mãos totalmente limpas e livres para recebê-Lo (nenhuma escrita, nenhum objeto, nem mesmo o Terço). A mão esquerda ficará sobre a direita (mesmo que você seja canhoto). E, tendo a hóstia repousada em sua mão esquerda, pegue-a com a direita e leve-a à boca. E, quanto àqueles que desejam receber o Corpo de Cristo em sua boca, é pedido que fiquem no fim da fila, para que não causar transtornos/confusões no tocante a questão da infecção. Quanto ao ministro, este deverá limpar os dedos novamente, cada vez que tocar a boca de alguém. O que não devemos fazer? Ÿ Fazer pinça para ‘pegar’ a hóstia; Ÿ Se ajoelhar e querer pegar na mão (se ajoelhar é para receber na boca); Ÿ Receber na mão e levar a mesma mão aberta à boca (a hóstia pode cair, ou seus fragmentos); Ÿ Não comungar na frente do ministro. Espero que tenha sido útil a informação. Se você tiver dúvidas, procure um padre em um horário oportuno para saber mais, ou envie uma mensagem para nós no Facebook, que responderemos. Um abraço grande e ótima missa para todos. Fiquem com Deus sempre! Texto - Sérgio Fadul


Imagem: Batismo de Cristo Alessandro Turchi (Orbetto) - 1630

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Cristo é iluminado no batismo; recebemos com Ele a luz. Cristo é batizado: desçamos com Ele às águas para com Ele subirmos. João batiza e Jesus se aproxima, talvez para santificar igualmente aquele que O batiza e, sem dúvida, para sepultar nas águas o velho Adão. Antes de nós, e por nossa causa, Ele, que é Espírito e carne, santificou as águas do Jordão, para assim nos iniciar nos sacramentos mediante o Espírito e a água. João reluta, Jesus insiste. ‘Eu é que devo ser batizado por Ti’ (Mateus 3,14), diz a lâmpada ao Sol; a voz à Palavra; o amigo ao Esposo. Diz o maior entre todos os nascidos de mulher ao Primogênito de toda criatura, aquele que estremecera de alegria no seio materno ao que fora adorado no seio de sua Mãe; o que era e seria precursor ao que já tinha vindo e de novo há de vir. ‘Eu é que devo ser batizado por ti’. Podia ainda acrescentar: ‘E por causa de ti’, pois sabia que ia receber o batismo de sangue ou que, como Pedro, não lhe seriam apenas lavados os pés. Jesus sai das águas, elevando consigo o mundo que estava submerso, e vê abrirem-se os céus de par em par, que Adão tinha fechado para si e sua posteridade, assim como o paraíso lhe fora fechado por uma espada de fogo. O Espírito, acorrendo Àquele que Lhe é igual, dá testemunho da Sua divindade. Vem do céu uma voz, pois também vinha do céu Aquele de quem se dava testemunho. E ao mostrar-se na forma

corporal de uma pomba, o Espírito glorifica o corpo de Cristo, já que Este, por Sua união com a divindade, é o Corpo de Deus. De modo semelhante, muitos séculos antes, uma pomba anunciara o fim do dilúvio. Veneremos hoje o Batismo de Cristo e celebremos dignamente esta festa! Permanecei inteiramente puros e purificaivos sempre mais. Nada agrada tanto a Deus quanto o arrependimento e a salvação do homem, para quem se destinam todas as Suas palavras e mistérios. Sede como luzes no mundo, isto é, como uma força vivificante para os outros homens. Permanecendo como luzes perfeitas diante da Grande Luz, sereis inundados pelo esplendor dessa Luz que brilha no céu e iluminados com maior pureza e fulgor pela Trindade. Dela acabastes de receber, embora não em plenitude, o único raio que procede da única Divindade, em Jesus Cristo, Nosso Senhor, a quem pertencem a glória e o poder pelos séculos dos séculos. Amém São Gregório de Nanzianzo Sermão da Santa Luz - Séc IV Imagem: Batismo de Cristo - Bartolome Estevan Murillo


A missão do Espírito Santo no batismo cristão é muito importante de ser analisada porque é evangélica, e recebeu uma consideração no pensamento patrístico pelo fato de possibilitar unidade em Cristo e no Pai. A pessoa torna-se criatura nova, pelo Espírito Santo. Desenvolveuse uma doutrina pneumatológica nos santos padres, os primeiros teólogos do cristianismo, na qual se fundamentaram sobre os textos do batismo de Jesus e da pregação de João Batista. Assim como o Espírito desceu sobre Jesus ao momento do seu batismo no Rio Jordão, assim também descia o Espírito Santo sobre os catecúmenos que vinham batizados, era desta forma que se expressava São João Crisóstomo, bispo dos séculos IV e V. Já Novaciano, escritor cristão do século III dizia que com o batismo, o ser humano, mediante o Espírito, renasce a uma nova vida. O Espírito Santo faz o segundo nascimento das águas: é a semente da linhagem divina e aquele que consagra o nascimento celeste, penhor da hereditária promessa e alusão à salvação eterna. Ele nos torna templo de Deus e sua habitação, porque está nos nossos corpos como autor de santidade. Agindo assim em nós faz avançar os nossos corpos para a ressurreição da imortalidade. São Cirilo de Jerusalém, Bispo do século IV, falava que o ser humano pelo batismo, torna-se participante da mesma vida do Cristo Jesus. Batizados em Cristo e revestidos dele, tornamonos conformes ao Filho de Deus. Predestinados na adoção de filhos unamo-nos ao corpo glorioso de Cristo. Somos ungidos no Senhor, recebemos o sigilo do Espírito Santo e tudo sobre nós cumpriuse em imagem, porque somos imagens de Cristo Jesus. Ele, pois, após ter sido batizado no Jordão e comunicou às águas o perfume de sua divindade, saiu e o Espírito Santo desceu pessoalmente sobre Ele, pousando semelhante sobre o semelhante. São Cirilo se dirigia aos que receberam o batismo, a crisma e tudo culminava com a eucaristia na noite santa. Ele afirmava também a eles, o valor do batismo, pois quando saíram da piscina, das sagradas fontes, conferiuse a crisma, no qual é figura daquele que ungiu o Cristo, isto é o Espírito Santo. Por isso mesmo, falava o profeta Isaias, na pessoa de Cristo pela sua profecia: O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção, enviou-me para levar à boa noticia aos pobres (Is 6,2). Os padres da Igreja, sobretudo São Jerônimo, Padre da Igreja dos séculos IV e V, tinham presentes que Jesus Cristo recebeu no Jordão o Espírito Santo de modo perfeito, porque é Deus e livre do pecado, enquanto nós recebemos com o batismo em modo parcial. O Espírito Santo sob forma de pomba, após o Senhor ter sido batizado, veio e permaneceu sobre Ele, habitando em Cristo plenamente e totalmente, não de uma forma pequena ou numa parte, mas o recebeu copiosamente com superabundância, para que os outros pudessem obter dele todo e qualquer benefício, porque

permanece em Cristo, a fonte de todo o Espírito Santo, sabendo que o Espírito Santo habita nele de uma forma abundante. Os padres da Igreja também afirmavam que o Espírito Santo desceu sobre os discípulos no dia de Pentecostes e deu a eles o poder de iniciar a todos os povos à vida e de ensinar a boa nova de Jesus Cristo e de sua Igreja. Assim desceu sobre os cristãos concedendo-lhes o dom do batismo. Santo Ireneu de Lião, Bispo do século II e III, dizia que Pentecostes fez o Espírito descer sobre os discípulos dando-lhes o poder da vida e transmitir um ensinamento novo para os povos que vinha de Jesus Cristo. Assim em sintonia com todas as línguas, cantavam a Deus um hino de louvor e o Espírito conduzia à unidade os povos dispersos e apresentava ao Pai a primazia de todas as nações. Desta forma o Senhor que prometera de enviar o Paráclito, nos unirá um dia a Deus. Os nossos corpos com o banho do batismo receberam a unidade que os torna incorruptíveis, e as nossas almas receberam o Espírito Santo. Tertuliano, padre da Igreja dos séculos II e III, dizia que o Espírito Santo é dado aos fieis mediante a imposição das mãos, como unção para o combate do mal, como hereditariedade paterna, como a luz mediante a qual conhecemos o Cristo e o Pai. Os cristãos por obra sua tornam-se todos irmãos e irmãos em Cristo Jesus. Percebemos a importância do Espírito Santo no batismo, pois Ele nos dá a unidade em Cristo Jesus e com o Pai, Deus Uno e Trino. Vivamos a alegria do batismo na nossa existência, realidade, pois ele nos encaminha para a missão de sermos discípulas, missionárias, discípulas, missionárias de Jesus Cristo e de sua Igreja. A visão dos padres coloca-nos o Espírito Santo como o iluminador para viver bem a vocação na qual o Senhor nos chamou um dia para a vida natural, mas também para a vida sacerdotal, religiosa, matrimonial ou laical e um dia, a divina. Vivamos com alegria e amor a presença do Espírito Santo em nossa vida de batizados com Cristo em unidade com o Pai. Dom Vital Corbellini - Bispo de Marabá (PA) - CNBB Imagem: Vatican News - Batismo realizado pelo Papa


No Angelus do Domingo passado, 2 de janeiro, Solenidade da Epifania do Senhor, o Papa Francisco falou sobre a frase de João no Evangelho da Liturgia do II Domingo do Tempo de Natal: “O Verbo se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1, 14). Em seguida aprofundou as duas realidades presentes nesta frase: “o Verbo e a carne”. “Verbo”, disse o Papa, “indica que Jesus é a Palavra eterna do Pai, infinita, que existe desde sempre, antes de todas as coisas criadas; e “carne”, por outro lado, indica precisamente nossa realidade criada, frágil, limitada, mortal”. Depois de indicar que no Prólogo de João há um outro binômio, ou seja, luz e trevas, disse que “Jesus é a luz de Deus que entrou nas trevas do mundo” e que agora com Jesus “luz e trevas se encontram: santidade e culpa, graça e pecado”. E detalhou o anúncio destas polaridades com uma notícia esplêndida: “é a maneira de agir de Deus”, que Deus não se retrai diante de nossas fragilidades ele quer vir “no meio de nós”. “Deus não se cansa de nos procurar. Se não estivermos prontos e dispostos a recebê-lo, ele prefere vir de qualquer forma” Então Francisco sugeriu que, mesmo se não nos consideramos dignos d’Ele, o Natal nos convida a ver as coisas “a partir do Seu ponto de vista”, afirmando:

“Deus deseja se encarnar. Se o seu coração parece muito poluído pelo mal, muito desordenado, não se feche, não tenha medo. Pense no estábulo de Belém. Jesus nasceu ali, naquela pobreza, para lhe dizer que não tem medo de visitar o seu coração, de viver uma vida desordenada”, afirmando em seguida: “Habitar. Este é o verbo usado hoje no Evangelho: ele expressa uma partilha total, uma grande intimidade. Isto é o que Deus quer” O Papa deu um exemplo prático de como podemos criar espaço para Ele neste tempo de Natal. “Parando em frente ao presépio, porque ali mostra Jesus vindo habitar na nossa vida concreta, comum, onde as coisas não vão bem, onde há muitos problemas: os pastores trabalhando duro, Herodes que ameaça os inocentes, uma grande pobreza… Mas no meio de tudo isso, há Deus, que quer habitar conosco” Por fim o Papa encorajou a convidá-Lo oficialmente “para entrar em nossa vida, especialmente nas áreas escuras, em nossos ‘estábulos interiores’. E falemos-lhe também sem medo dos problemas sociais e eclesiais de nosso tempo, porque Deus ama habitar entre nós”.

Alguns costumam argumentar que o Batismo de Crianças não aparece na Bíblia, e defendem que só os adultos podem ser batizados. "Há ainda muitas coisas feitas por Jesus, as quais, se se escrevessem uma por uma, creio que este mundo não poderia conter os livros que se deveriam escrever" (Jo 21, 25). Ou seja, o fato de não estar na Bíblia não significa que não se deva batizar crianças. Poderíamos, da mesma forma, perguntar: Onde estão as provas bíblicas para a afirmação de que apenas os adultos devem ser batizados? Existem passagens, principalmente em Atos dos Apóstolos e nas cartas de São Paulo, que mencionam vários personagens pagãos que professaram a fé cristã e se fizeram batizar "com toda a sua casa". Assim o centurião romano Cornélio (At 10, 1s.24.44.47s), a negociante Lídia de Filipos (At 16, 14s), o carcereiro de Filipos (At 16, 31-33), Crispo de Corinto (At 18, 8), a família de Estéfanas (1Cor 1, 16). A expressão "casa" ("domus", em latim; "oikos", em grego) tinha sentido amplo e enfático na antiguidade: designava o chefe de família com todos os seus domésticos, inclusive as crianças (que geralmente não faltavam). Desde o início da Igreja, os recém-nascidos eram batizados pelos apóstolos. Assim se expressa Orígenes (185 - 255): "A Igreja recebeu dos Apóstolos a tradição de dar batismo também aos recém-nascidos". (Epist. ad Rom. Livro 5, 9). E São

Cipriano, em 258, escreve: "Do batismo e da graça não devemos afastar as crianças". (Carta a

Fonte: Jane Nogara – Vatican News

Fido).

Santo Irineu, que viveu entre 140 a 204, afirma: "Jesus veio salvar a todos os que através dele nasceram de novo de Deus: os recém-nascidos, os meninos, os jovens e os velhos". (Adv. Haer. lv 2) Na "Nova e Eterna Aliança", o batismo substitui a circuncisão da "Antiga Aliança", como rito de entrada para o povo escolhido de Deus. Ora, se o próprio Deus ordenou a Abraão circuncidar os meninos já no 8o dia depois do nascimento, sem exigir deles uma fé adulta e livre escolha, então não seria lógico recusar o batismo às crianças dos pais cristãos, por causa de tais exigências. O manual dos Apóstolos, também conhecido como 'didaqué', prescreve o batismo para crianças. Ou seja, era costume dos apóstolos batizarem as crianças, segundo a importância que é o sacramento do "Batismo", pois "quem não renascer da água e do Espírito Santo, não pode entrar no Reino de Deus". A defesa de que só se deve fazer o que está escrito na Bíblia pode ser estranho, visto que se fosse assim, como ficariam certas normas do AT que não foram abolidas no NT, mas pela Igreja que eles rejeitam? E, depois, se os pais são responsáveis perante Deus pelo sustento, proteção, educação, amparo etc de seus filhos, quanto mais seriam pelo bem espiritual? Fonte: Catequisar - Texto modificado por Sérgio Fadul


FAKE NEWS - O que é e por que é feita? Fake News é um nome ‘moderno’ para a mentira no meio digital, que tem o objetivo de espalhar uma falsa notícia acerca de algo ou alguém. O meio político, por exemplo, tem usado de muito ignorância, da opinião pública e de fatos que misturam verdades e mentiras (e por vezes somente as mentiras) para alcançar a simpatia ou a antipatia de pessoas, criando grupos que se aprofundam cada vez mais nessas falácias. Normalmente as fake news trazem à tona um elemento polêmico acrescido de informações tomadas como verdade e, no meio destas, uma ou mais mentiras. A seguir, de forma alarmista, jogam ao público, na sua maioria envolvida com suas próprias opiniões e bastante desconhecimento. E, o pior, muitos se intitulam especialistas! Às vezes até lidam na área, mas sem conhecimentos específicos do setor. A ideia aqui não é polarizar nem defender A ou B, mas sugerir que tenhamos mais atenção com pequenas e grandes informações antes de nos deixar manipular. A fofoca e o prazer de julgar Já existia algo semelhante às fake news e que ainda é usado. Isto é, quem não lembra de ter enviado uma mensagem porque um amigo importante e/ou famoso disse que era verdade, mesmo sabendo que o texto recebido não esclarecia as informações ali jogadas? E certas manchetes que afirmavam benefícios de chás para o câncer ou quaisquer outras doenças graves? E as que divagavam sobre supostas más ações de determinada pessoa que estava alcançando o sucesso? Pois é.... Infelizmente muitos de nós tem um desvio de conduta que traz prazer em fofocar/caluniar; de julgar o próximo sem conhecê-lo. O ócio vivido por determinadas pessoas cria cada vez mais o impulso de falar sobre qualquer coisa, mesmo sem conhecimento de causa, para que possam ser vistas. E isso é, na realidade, um pedido de socorro para elas mesmas, que não percebem! Querer viver a vida do outro Outra situação que leva pessoas a criarem mentiras é o descontentamento com suas próprias vidas. Queriam que as coisas fossem mais fáceis, queriam ser mais "felizes", mas, ao invés de se ocuparem de si mesmas, passam a perseguir aqueles que alcançaram sucessos pessoais; seus alvos preferidos. E não precisam ser ricos não... É um tipo de inveja que os corrói internamente, cada vez mais... Associado a isso, vem uma cultura nova: a da exposição, Se posta nas redes até o que se come, e em tempo real. Assim o verdadeiro prazer daquele momento, que deveria ser curtido, fica de lado. O marketing do medo Para que uma falsa notícia funcione há de ser algo que incomode, que cause grande impacto. E o que é melhor que o medo? Medo de pegar uma doença, medo de não ter dinheiro, medo de não ser uma pessoa que satisfaça a outra... E, assim, são criadas várias manchetes, várias oportunidades para a mentira. Faz-se necessário que aprendamos a desenvolver o equilíbrio emocional. Melhor: devemos olhar firme para as coisas que causam medo somente no momento em que elas nos ameaçam. Os que saem desesperados pensando se safar ao correr normalmente serão os mais perseguidos. Se o medo existe, devemos ter coragem para enfrentá-lo! A ignorância - um solo fértil para a mentira Se existe algo que causa muita tristeza na sociedade é a exploração do ignorante. O homem iria ganhar muito

mais se buscasse ensinar mais. Porém, o que muitos fazem é exatamente o contrário: escondem informações, muitas vezes por se sentirem proprietárias delas, criando assim o seu ‘poder’ particular. A manutenção de tal poderio ou mesmo a alimentação desta ignorância através de artifícios que só afastam as pessoas da verdade, são prejudiciais até mesmo aos próprios ‘detentores do conhecimento’. Como numa engrenagem, os homens da sociedade precisam uns dos outros para a construção de um mundo melhor. A exclusão social e a ideia de divisão de classes são frutos da política e dos sistemas econômicos egoístas. São os mesmos pensamentos que levaram pessoas, no passado, a tratarem povos como escravos, ocasionando, sempre, rebeliões ou genocídio. Se vivemos em um sistema onde o poder e o dinheiro são ‘aqueles que ditam as regras’, como será se não houver uma subsistência das classes ‘inferiores’? Uma hora não haverá mais sustento. A situação vai se alastrando, aumentado como uma bola de neve, até se tornar impossível de ser administrada. Nota-se isso em diversos capítulos da história dos homens. O prazer ilusório da mentira Talvez a maior dificuldade em se contornar uma situação seja o prazer da ridicularizarão. Quando nos sentimos ‘no grupo’, quando rimos juntos, quando não queremos ‘ficar de fora’, e fazemos tudo aquilo que todos fazem. Ora, 'a verdade é sempre a verdade, por mais que ninguém acredite. E a mentira é sempre a mentira, por mais que todos pensem que é verdade’. E para evitar a mentira não há nada melhor do que se afastar do mentiroso, sempre olhando para sua ação. E se for alguém de quem você gosta muito, o ideal é conversar, não para dizer que você sabe mais, mas para demonstrar a inutilidade da mentira e o quanto ela pode prejudicar pessoas que não merecem. As Leis Divina e Humana Esse assunto é tão sério que é destacado: o nono Mandamento da lei de Deus, ‘não levantar falso testemunho’, exige a veracidade e o respeito pelo bom nome do outro, até mesmo pelos dos mortos. Ele proíbe a detração (falhas verdadeiras), a calúnia (falhas falsas imputadas), a fofoca, o julgamento precipitado, a mentira e a violação de segredos. (Cf. CIC §2469). Essa é a Lei Divina! Quanto à lei dos homens, costumamos jurar sobre a Bíblia, em julgamentos, etc, contar a verdade sob a pena de obstrução da justiça, que impute dois anos de cadeia ao mentiroso/caluniador. E, recentemente, com o agravamento de situações assim, especialmente no início da pandemia do covid19, em 30/06/2020, foi criada a Lei das Fake News (PL 2.630/2020), projeto do Senador Alessandro Vieira, definida como 'a Lei da Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet, acrescida de 52 emendas. Aprovada no Senado Federal, sua versão final, o artigo 1⁰ diz que a Lei 'estabelece normas de transparência para provedores de redes sociais e de serviços de mensageria privada a fim de garantir segurança, ampla liberdade de expressão, comunicação e manifestação do pensamento.', e implica multas e, em casos extremos, o cárcere. (Cf. lei-das-fakenews, que pode ser visto em https://www.politize.com.br). Enfim, pagaremos por destruir a vida de outrem, de uma forma ou de outra, senão na lei dos homens, com certeza na de Deus. Texto - Sérgio Fadul Revisão - Mônica dos Santos


ESPAÇO DAS CRIANÇAS Meu coração pequenino Está cheio de luz, Pois nele veio habitar Meu querido Jesus (desconhecido)

PENSE E RESPONDA EM QUE CIDADE JESUS NASCEU? POR QUE A FAMÍLIA DE JESUS SAIU DA CIDADE? ELES FORAM PARA ONDE? QUEM AVISOU JOSÉ SOBRE A INTENÇÃO DE HERODES? O QUE ACONTECEU NA INFÂNCIA DE JESUS? POR QUE A BÍBLIA NÃO FALA DA VIDA DE JESUS ATÉ O SEU BATISMO?

VAMOS PINTAR?


Resposta: 1 - rocha na água 2 - arbusto entre Jesus e a testemunha de marrom 3 - pequeno arbusto enfileirado 4 - uma das pessoas no grupo 5 - outro pé de João Batista 6 - a pomba 7 - a cruz

VOCÊS CONSEGUEM ENCONTRAR AS DIFERENÇAS QUE EXISTEM ENTRE AS IMAGENS ABAIXO?

JOGO DOS SETE ERROS


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