A Voz da Glória Ano IV Edição 4

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Boletim semanal - Ano VI - Edição 04 - 1º Domingo de Natal

Nazaré, a casa do Filho do carpinteiro!

A Sagrada Família é a primeira de outras tantas famílias santas

IGREJA MATRIZ DE NOSSA SENHORA DA GLÓRIA

LARGO DO MACHADO - RIO DE JANEIRO - RJ


Pascom Nossa Senhora da Glória Pároco - Padre Geovane Ferreira da Silva Dirigente espiritual - Diácono Jorge Coordenação - Elydia Sérgio Fadul Jr

1 - Missas do dia 31/12 18:30 h, 20:30 h e 21:30 h.

Agentes - André Pessôa Flávia Mascarenhas Maria das Graças Luciana Gonçalves

IGREJA MATRIZ DE NOSSA SENHORA DA GLÓRIA

LARGO DO MACHADO - RIO DE JANEIRO - RJ

Capa - imagem: Sagrada Família estátua em resina

3 - Missa com Orações por Cura e Libertação Dia 29/12, quarta feira, às 20 h.

2 - Missas da Solenidade de Maria Mãe 4 - Missa em honra a São Pio de Deus No dia 01/01, as missas serão celebradas Dia 05/01, quarta feira, às 20 h. conforme os horários de Domingo: Manhã: 07 h - 08:30 h - 10 h - 12 h Tarde: 17 h - 18:30 h - 20 h

Você sabia que todos os católicos são chamados a observar a lei da Igreja sobre o preceito da abstinência da carne nas sextas feiras? Opa, mas dia 24/12 cairá na Sexta feira... Então? Não poderemos comer carne? Teremos que comer peixe, então? Fiquemos tranquilos, pois existe uma ressalva no Canon 1251: ‘Guarde-se a abstinência de carne ou de outro alimento segundo as determinações da Conferência episcopal, todas as sextas-feiras do ano, a não ser que coincidam com algum dia enumerado entre as solenidades’

Então, como a Véspera de Natal, é dia 24/12, a partir das 17 h, também temos a ressalva. Mas presta atenção: só depois das 17 h! Você sabia que a Igreja Católica não se limita ao rito romano? Ela é uma grande comunhão de 24 Igrejas, sendo uma ocidental e 23 orientais. A ocidental é a Igreja Católica Apostólica Romana. As orientais possuem tradições culturais, teológicas e litúrgicas diferentes, bem como estrutura e organização territorial própria, mas professam a mesma e única doutrina e fé católica, mantendo-se, portanto, em comunhão completa entre si e com a Santa Sé. A solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus, se refere a um dogma da nossa Igreja, que dependeu de dois concílios, lá no início da cristandade. Os Concílios de Nicéia (325) e o de Constantinopla (381) trataram de responder a respeito desse mistério da consubstancialidade de Deus uno e trino, Jesus Cristo verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Só no terceiro Concílio Ecumênico, em 431, foi declarado Santa Maria a Mãe de Deus. A confusão, em grande parte, foi por causa do Nestorianismo, uma heresia que tratava de forma separada Jesus-Homem e Jesus-Deus, negando a união hipostástica.


APRESENTAÇÃO DOS PRESÉPIOS JANTAR COM OS IRMÃOS DE RUA A catequese apresentou suas atividades no A pastoral conseguiu reunir vários irmãos último domingo. na missa, com vários em condição de rua, que se alegraram com presépios feitos pelas crianças, nos as músicas, brincadeiras e o jantar. domingos do advento, com materiais reciclados. A atividade contou com a ajuda das mães e catequistas, sob a supervisão do Padre Bruno. Logo após a missa, a pastoral fez a confraternização no salão e o amigo oculto de chocolate.


ENCERRAMENTO DA NOVENA Quase 100 pessoas estiveram presentes no encerramento da novena, que contou com a presença do Padre Dênis, Padre Bruno e o recém diácono, André, que fez uma bela homilia para o momento. Vários representantes das pastorais estiveram no encerramento.

Você já viu a Árvore de Natal no Outeiro da Glória? Se não, aproveita e dá uma passada por lá...

25 - Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo Santa Eugênia 26 - Santo Estevão / Sagrada Família 27 - São João Evangelista 28 - Santos Inocentes 29 - São Tomas Becket 30 - São Fulgêncio de Ruspe 31 - São Silvestre I 01 - Solenidade de Maria, Mãe de Deus


Origens Santo Estevão foi um dos escolhidos entre sete homens de Deus para fazer parte do grupo dos primeiros diáconos da Igreja de Jerusalém, como lemos no livro dos Atos dos Apóstolos capítulos 6 e 7. Como o número dos cristãos aumentava muito, algumas viúvas começaram a ficar sem assistência por parte dos Apóstolos, que tinham que se dedicar à pregação da Palavra. Por isso, inspirados por Deus, decidiram escolher diáconos, ou seja, servidores, para prestar estes serviços assistenciais a necessitados. Estêvão foi um desses escolhidos, como vemos em Atos 6, 1. Homem de Deus O livro dos Atos dos Apóstolos conta que Estêvão e os outros diáconos eram homens de credibilidade, cheios do Espírito de Deus, de fé e de sabedoria. O livro fala especificamente de Santo Estêvão como “homem cheio de fé e do Espírito Santo e que toda a multidão dava um excelente testemunho dele". Atos 6, 5. Os Apóstolos, então, rezaram a Deus e, depois, impuseram as mãos sobre os sete escolhidos para o serviço do diaconato, entre eles, Estêvão. Diácono e pregador O serviço do diaconato no começo da Igreja compreendia especificamente a distribuição de alimentos e de todo tipo de ajuda aos necessitados. Santo Estêvão, contudo, além de prestar o serviço do diaconato, destacava-se também na pregação da Palavra, coisa que não era atribuição direta dos diáconos, mas que lhes era permitido. Tanto que o livro dos Atos diz que muitos homens procuravam Estêvão para discutir com ele, mas não conseguiam vencê-lo nos argumentos por causa da “sabedoria e o poder do Espírito com que ele falava”. Atos 6, 910.

Milagres Além de prestar toda a assistência aos necessitados da Igreja como diácono e de pregar e defender a Palavra de Deus com sabedoria e poder, Santo Estêvão também foi canal de Deus para a realização de vários milagres grandiosos no meio do povo, como vemos em Atos 6, 8. Assim, numerosas conversões ao cristianismo vinham acontecendo por causa do poderoso ministério de Santo Estêvão. Por outro lado, a força da pregação de Santo Estêvão incomodou os líderes judeus de Jerusalém. Preso Por causa do grande número de conversões provocadas pela pregação de Santo Estêvão, as autoridades judaicas, pertencentes ao Sinédrio, mandaram prender Santo Estêvão. No Sinédrio, ele foi julgado. Lá, diante de todas autoridades e de Saulo, o fariseu que se tornaria São Paulo, ele defendeu a fé cristã de maneira que não puderam contradizê-lo. Por isso, sem razão, condenaram Estevão à morte por Blasfêmia. Primeiro Mártir da Igreja Santo Estêvão manteve-se firme na defesa da fé diante de todos. Por isso, foi levado a uma rua de Jerusalém e lá foi apedrejado até a morte. O jovem fariseu Saulo ficou com as roupas de Santo Estêvão. Antes de morrer, ele pediu a Deus que perdoasse aqueles que o matavam porque não sabiam o que estavam fazendo. Assim, Estêvão foi o primeiro mártir da Igreja, ou seja, o primeiro cristão a entregar sua vida por causa de Jesus Cristo. O testemunho de Santo Estêvão certamente impressionou Saulo, o futuro São Paulo. Relíquias e culto Por toda a força de sua história e de seu testemunho, Santo Estêvão passou a ser cultuado desde o início da Igreja. No ano 415 seus restos mortais foram encontrados para grande comoção por parte dos fiéis. A festa de Santo Estêvão é celebrada sempre no dia seguinte ao Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo, para marcar o fato de ele ter sido o primeiro Mártir da Igreja. Oração a Santo Estêvão “Glorioso Santo Estêvão, diácono cheio do Espírito Santo, animador das Comunidades, nós vos pedimos que intercedas a Deus por nós, para que consigamos a graça de uma verdadeira conversão a Jesus Cristo e seu projeto. Concedenos sabedoria e coragem para renovar nossas comunidades, tornando-as uma Igreja a serviço do Reino. Dai-nos força para participarmos sem medo da construção de uma sociedade justa, fraterna e solidária, vivenciando, assim, a paz tão desejada. Guarda nossas famílias de todos os males para que nossos lares sejam verdadeiras igrejas domésticas, onde o Evangelho é anunciado e vivenciado. Tudo isso vos pedimos, por Jesus Cristo, Nosso Senhor. Amém! Santo Estêvão, rogai por nós.”


Toda relação exige entrega / troca; deve co-existir. Para que isso ocorra, o primeiro passo é uma boa comunicação. O segundo é a vontade. Diante de inúmeras situações, sempre estaremos diante destes passos, e, se queremos vencer a jornada, vamos observar melhor alguns detalhes... Como é que eu enxergo Deus? A nossa fé depende da forma com a qual eu enxergo Deus. Ora, "Vossa palavra é um facho que ilumina meus passos, uma luz em meu caminho." (Sl 118, 105). Mas preciso entender o que Ele quer comigo; saber em que direção irei; usar bem meu livre-arbítrio! Meu pensamento não pode se deixar seduzir pelas falsas luzes... Sabemos que um dos anjos, Lúcifer, cujo nome se traduz "Anjo da Luz" não faz mais parte do grupo angelical celeste por ter traído Deus. Ele é uma dessas falsas luzes! Deus está em todo lugar? Sim, Ele está! Ele é Onipresente! Mas com qual relevância se entende isso? Porque para alguns, para estar com Deus, basta abraçar uma árvore, um animal, etc. Mas os animais, os vegetais e todo o ser existente são criações de Deus e estão muito longe de ser o próprio! Além disso apenas o Homem tem sua Imagem e Semelhança. A quem devemos prestar atenção? Seguindo o caminho rumo ao Reino, muitas coisas tentarão nos desviar. E aqui é interessante saber que o nome demônio, que significa atravessador, "aquele que se mete no caminho". Portanto nossa atenção deve ser redobrada tal qual recomenda São Pedro em sua carta: "Sede sóbrios e vigiai. Vosso adversário, o demônio, anda ao redor de vós como o leão que ruge, buscando a quem devorar" (I Pe 5, 8). A Palavra que nos foi dada deve ser observada e vivida, mas sem ajustes pessoais, sem menosprezos. É por causa destas "mudanças", ou ‘"perspectivas diferentes", que alguns dizem ter, que muitas igrejas surgiram, cada qual com a sua própria verdade. Deus nos deu os profetas para nos alertarem, mas enviou o próprio Filho para a nossa salvação. E até sua encarnação é testemunho, aos homens, dos caminhos e escolhas a serem feitos. Como é que nós oramos? Quando conversamos com alguém, buscamos informar, atualizar, ouvir, pedir ajuda, entender, ser alguém presente, com carinho e amor. Às vezes até discutimos... Com Deus não é diferente! Porém existem aqueles que acham que a relação com Deus é uma fonte de pedidos ou magias e até de barganha. Ora, Deus lhe quer bem, e Ele lhe amou a ponto de sacrificar seu próprio Filho! E você: ama a Deus acima de tudo? Ou Deus só tem um momento rápido aos domingo ou quando precisa de algo? Faz-se necessário aqui entender o que é a oração: relação de diálogo, entrega, troca e verdadeiro amor com Deus!

Quando erramos, nos arrependemos? Falamos sobre este assunto na edição passada. É importante reconhecer nossos erros e nos arrepender com o firme propósito de não mais errar. E não significa que não vamos errar, mas que queremos sair do erro e "fazer as pazes" com o Pai. Aqui a Confissão faz-se um instrumento fundamental! O que queremos realmente? Cura e Libertação? Essa pergunta é muito pertinente! É preciso pesar nossas decepções, sofrimentos e escolhas erradas e buscar o que fazer com estas marcas. Jesus, ao curar um endemoniado, se irritou com as colocações dos mestres da lei que afirmaram que Ele fazia isso por belzebu. E Ele disse: ‘Quando o espírito impuro sai de um homem, ei-lo errante por lugares áridos à procura de um repouso que não acha. Diz ele, então: Voltarei para a casa donde saí. E, voltando, encontra-a vazia, limpa e enfeitada. Vai, então, buscar sete outros espíritos piores que ele, e entram nessa casa e se estabelecem aí; e o último estado daquele homem torna-se pior que o primeiro. Tal será a sorte desta geração perversa’ (Mt 12, 44ss). Portanto devemos saber se nossa vontade é realmente curar a ferida, ou se sentir aliviados da dor. Ninguém gosta da dor, mas, se não tomamos uma atitude certa, o alívio se tornará uma dor maior e perderemos o sentido das coisas, nos tornando escravos do pecado, perdendo nossa preciosa liberdade. A paz da santidade? Há quem pense que, por freqüentar a Igreja, participar das missas, de algumas pastorais e/ou até ajudar nas atividades da Paróquia, terá uma "proteção especial" e não sofrerá. ‘Não julgueis que vim trazer a paz à terra. Vim trazer não a paz, mas a espada’ (Mt 10, 34). Devemos viver a santidade, que é a busca ativa do testemunho de amor, desinteressado, sem vaidades e orgulho; o amor ágape. A unidade tem papel importante na santidade. Da mesma forma o conhecimento e a caridade. Mas a consciência de que podemos enfrentar momentos difíceis deve estar viva. São inúmeros os santos que tiveram um crescimento espiritual muito grande justamente por causa dos sofrimentos. E, como fala a palavra, ‘Ele se sentará para fundir e purificar a prata; purificará os filhos de Levi e os refinará, como se refinam o ouro e a prata; então, eles serão para o Senhor aqueles que apresentarão as ofertas como convêm’ (Ml 3, 3). Portanto, diante do sofrimento, é preciso viver a mansidão e intensificar nossas orações; procurar entender o que Nosso Senhor quer para as nossas vidas! Aí sim, neste ciclo, pouco a pouco viveremos a Paz, e temos a certeza de que Deus está sempre à frente, que Ele nos ama e nos quer bem. Acredite! Viva a fé no Senhor! Paz para ti. Texto: Sérgio Fadul - Revisão: Monica Bezerra


A repetitividade do ato litúrgico, em sua objetividade, é uma graça muito especial porque nos lembra da fidelidade de Deus à sua promessa de amor e nos permite, ao longo do tempo, uma adesão cada vez maior à vida divina que é doado” (Monsenhor Guido Marini).

como o céu da noite santa de Belém.

No Domingo entre os dias 25 e 1º de janeiro a Igreja celebra a Festa da Sagrada Família. O Filho de Deus assumiu em tudo a nossa condição humana: entrou numa família, na vida miudinha de cada dia; Ele veio verdadeiramente viver a nossa aventura. Assim, santificou as famílias de Sentido modo especial: “Desceu com eles para O Tempo do Natal é o prolongamento da Nazaré e era-lhes submisso” (Lc 2,51). solenidade celebrada nos dias 24 e 25 de dezembro, estendendo-se à Festa do Solenidade de Santa Maria Mãe de Batismo do Senhor. Este é um dos 4 tempos Deus, no dia 1º de janeiro, Oitava do solenes da igreja, juntamente com o Natal. “(Os pastores) foram, então, às Advento, a Quaresma e a Páscoa. Forma, pressas, e encontraram Maria, José e o com o Advento, o Ciclo do Natal, que Recém-nascido deitado na manjedoura” compreende a preparação, a solenidade e (Lc 2,16). A Igreja contempla o Menino que o prolongamento do mistério da nasceu em Belém e Nele reconhece o Deus Encarnação do Senhor. eterno e perfeito, reclinado no colo de É um tempo análogo ao Tempo Pascal, Maria. Por isso chama-a Mãe de Deus, como são Advento e Quaresma, pois quer dizer, Mãe do Filho de Deus feito ecoam parte do mistério pascal do Senhor, homem! Dando este título à Virgem a compreendido pela Encarnação, Igreja, desde suas origens, professa sua fé na Nascimento, Manifestação, Paixão, Morte, divindade de Jesus. Primeiro de Janeiro é uma das grandes festas marianas. Ressurreição e Ascensão. Inicia-se nas primeiras vésperas do dia 24 de dezembro e seu término ocorre na Festa do Batismo do Senhor, no segundo ou terceiro domingo do ano novo. Neste ano litúrgico, o Tempo do Natal termina no dia 09 de janeiro de 2022.

Solenidade da Epifania do Senhor, no Domingo entre 2 e 8 de janeiro. É a festa chamada Festa de Reis. Mas, é bem mais que isso: a palavra “epifania” significa “manifestação”. Os magos, vindos dos povos pagãos, representam toda a humanidade que vem adorar o Salvador e As festas reconhecê-Lo como a luz para iluminar as Deus manifesta a Sua salvação a Dom Henrique Soares da Costa, bispo de nações. todos os “O Senhor fez conhecer Sua Palmares (PE), descreve as cinco festas salvação,povos: revelou Sua justiça aos olhos das contidas no Tempo litúrgico do Natal. nações. Os confins da terra contemplaram A Solenidade do Natal do Senhor, no dia a Salvação do nosso Deus” (Sl 97,2.3). 25 de dezembro. Na pobreza da gruta de A Festa do Batismo do Senhor, no Belém contemplaremos como frágil Domingo após a Epifania. Com ela criança Aquele que é o Forte e eterno termina o tempo do Natal. O Pai Deus: “Porque um Menino nos nasceu, um apresenta o Seu Filho: “Este é o Meu Filho filho nos foi dado, Ele recebeu o poder amado, em Quem Eu Me comprazo!” (Mt sobre os Seus ombros e Lhe foi dado este 3,17). Com esta festa encerra-se o ciclo de Nome: Conselheiro-maravilhoso, Deus- festas da Manifestação do Senhor. A Igreja, forte, Pai-eterno, Príncipe-da-Paz” (Is 9,5). mais uma vez, renova sua certeza e vive Neste Dia santíssimo (que é celebrado essa graça, experimenta-a e anuncia ao durante oito dias) a Igreja dobra os joelhos mundo: “O Verbo Se fez carne e habitou diante do Salvador, juntamente com entre nós e nós vimos a Sua glória!” (Jo 1,14). Maria, José e os pastores; a Igreja canta o “Glória a Deus nas alturas” juntamente Fonte: CNBB com os anjos, a Igreja ilumina-se de alegria


Ouviste, ó Virgem, que vais conceber e dar à luz um filho, não por obra de homem – tu ouviste – mas do Espírito Santo. O Anjo espera tua resposta: já é tempo de voltar para Deus que o enviou. Também nós, Senhora, miseravelmente esmagados por uma sentença de condenação, esperamos tua palavra de misericórdia. Eis que te é oferecido o preço de nossa salvação; se consentes, seremos livres. Todos fomos criados pelo Verbo eterno, mas caímos na morte; com uma breve resposta tua seremos recriados e novamente chamados à vida. Ó Virgem cheia de bondade, o pobre Adão, expulso do paraíso com a sua mísera descendência, implora a tua resposta; Abraão a implora, Davi a implora. Os outros patriarcas, teus antepassados, que também habitam a região da sombra da morte, suplicam esta resposta. O mundo inteiro a espera, prostrado a teus pés. E não é sem razão, pois de tua palavra depende o alívio dos infelizes, a redenção dos cativos, a liberdade dos condenados, enfim, a salvação de todos os filhos de Adão, de toda a tua raça. Apressa-te, ó Virgem, em dar a tua resposta; responde sem demora ao Anjo, ou melhor, responde ao Senhor por meio do Anjo. Pronuncia uma palavra e recebe a Palavra; profere a tua palavra e concebe a Palavra de Deus; dize uma palavra passageira e abraça a Palavra eterna. Por que demoras? Por que hesitas? Crê, consente, recebe. Que tua humildade se encha de coragem, tua modéstia de confiança. De modo algum convém que tua simplicidade virginal esqueça a prudência. Neste encontro único, porém, Virgem prudente, não temas a presunção. Pois, se tua modéstia no silêncio foi agradável a Deus, mais necessário é agora mostrar tua piedade pela palavra. Abre, ó Virgem santa, teu coração à fé, teus lábios ao consentimento, teu seio ao Criador. Eis que o Desejado de todas as

nações bate à tua porta. Ah! se tardas e ele passa, começarás novamente a procurar com lágrimas aquele que teu coração ama! Levantate, corre, abre. Levanta-te pela fé, corre pela entrega a Deus, abre pelo consentimento. Eis aqui, diz a Virgem, a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra (Lc 1,38). Fonte: São Bernardo, abade - Homilias em louvor da Virgem Mãe - Séc. XII Imagem: Anunciação - Francesco Albani - Museu das Belas Artes de Dijon

ORAÇÃO Amado Deus, agradeço de todo coração por toda graça concedida, mesmo as que não percebi, ouvi ou enxerguei. Por isso eu Vos peço, ó Amado da minha vida, que abras os meus olhos para melhor Te enxergar, que desobstruas meus ouvidos para Te escutar melhor e que me cures de minhas dores e traumas, para que sempre Te percebas, mesmo na brisa mais suave. Age em mim, Senhor! Quero ser Teu inteiramente. Quero dar meu SIM a cada passo da minha vida e me tornar por Ti, Contigo e em Ti, um só, em corpo e alma, atitude e pensamento. Amém.


O Anjo anunciara à Virgem Maria coisas misteriosas. Para fortalecer sua fé com um exemplo, anunciou-lhe a maternidade de uma mulher idosa e estéril, como prova de que é possível a Deus tudo que ele quer. Logo ao ouvir a notícia, Maria dirigiu-se às montanhas, não por falta de fé na profecia ou falta de confiança na mensagem, nem por duvidar do exemplo dado, mas guiada pela felicidade de ver cumprida a promessa, levada pela vontade de prestar um serviço, movida pelo impulso interior de sua alegria. Já plena de Deus, aonde ir depressa senão às alturas? A graça do Espírito Santo ignora a lentidão. Manifestam-se imediatamente os benefícios da chegada de Maria e da presença do Senhor, pois quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança exultou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo (Lc 1,41). Notai como cada palavra está escolhida com perfeita precisão e propriedade: Isabel foi a primeira a ouvir a voz, mas João foi o primeiro a pressentir a graça; aquela ouviu segundo a ordem da natureza, este exultou em virtude do mistério. Ela percebeu a chegada de Maria, ele, a do Senhor; a mulher ouviu a voz da mulher, o menino sentiu a presença do Filho; elas proclamam a graça de Deus, eles realizam-na interiormente, iniciando no seio de suas mães o mistério de misericórdia; e, por um duplo milagre, as mães profetizam sob a inspiração de seus filhos. A criança exultou, a mãe ficou cheia do Espírito Santo. A mãe não se antecipou ao filho; mas estando o filho cheio do Espírito Santo, comunicou-o a sua mãe. João exultou; o espírito de Maria também exultou. A alegria de João se comunica a Isabel; quanto a Maria, porém, não nos é dito que recebesse então o Espírito, mas que seu espírito exultou. – Aquele que é incompreensível agia em sua mãe de modo incompreensível – Isabel recebe o Espírito Santo depois de conceber; Maria recebeu antes. Por isso, Isabel diz a Maria: Feliz és tu que acreditaste (cf. Lc 1,45).

Felizes sois também vós, que ouvistes e acreditastes, pois toda alma que possui a fé concebe e dá à luz a Palavra de Deus e conhece suas obras. Esteja em cada um de vós a alma de Maria para engrandecer o Senhor: em cada um esteja o espírito de Maria para exultar em Deus. Embora segundo a natureza haja uma só Mãe do Cristo, segundo a fé o Cristo é o fruto de todos; pois toda alma recebe o Verbo de Deus desde que, sem mancha e libertada do pecado, guarda a castidade com inteira pureza. Toda alma que alcança esta perfeição, engrandece o Senhor como a alma de Maria o engrandeceu e seu espírito exultou em Deus, seu Salvador. Na verdade, o Senhor é engrandecido, como lemos noutro lugar: Comigo engrandecei ao Senhor Deus (Sl 33,4). Não que a palavra humana possa acrescentar algo ao Senhor, mas porque ele é engrandecido em nós: a imagem de Deus é o Cristo e assim, quando alguém age com piedade e justiça, engrandece essa imagem de Deus, a cuja semelhança foi criado; e, engrandecendo-a, participa cada vez mais da grandeza divina.


A Sagrada família de Nazaré leva-nos a meditar a família de Jesus e, nela a nossa família e todas as famílias cristãs Deus quis manifestar-se aos homens numa família humana. Ele quis nascer numa família, para mostrar a importância de um lar cristão na formação do ser humano em todas as suas potencialidades e dimensões. O Messias quis começar a sua missão salvífica no seio de uma família simples, onde o lar foi a primeira realidade humana que Jesus santifica com a sua presença. A Sagrada Família é proposta pela Igreja como modelo de todas as famílias cristãs, pois nela Deus está sempre no centro de suas decisões e ocupa sempre o primeiro lugar e tudo. A família é antes de tudo uma grande escola de virtudes humanas e teologais e o primeiro lugar de encontro com Deus. Por isso, a família é chamada de Igreja doméstica, onde as crianças devem aprender os princípios básicos da fé na experiência concreta do dia a dia e lugar onde os esposos buscam a sua santificação e a realização plena de sua vocação matrimonial. A família como célula mãe da sociedade, é a principal escola de todas as virtudes sociais, pois é nela que se aprende e vive a obediência, a fraternidade e o sentido de responsabilidade. Quando a família vai bem, toda a sociedade prospera. O Evangelho de Mateus 2,13-15.19-23 relata a condição de refugiados vivida pela Sagrada Família e como nos dias atuais, muitas famílias sofrem ainda com esta realidade. São muitas as famílias que ainda hoje deixam sua casa, sua terra, sua gente e fogem da fome, da guerra, de outros perigos graves, em busca de segurança e de uma vida digna para si e para as próprias famílias. Tornando-se homem, Jesus com a sua família, experimenta em seu próprio ser, todas as dores e os sofrimentos, os dramas e as esperanças que acompanham a vida de uma família. A Sagrada família nos mostra a importância da família unida nos tempos difíceis de crise e instabilidades, aprofundando e apoiando-se no amor familiar, examinando a situação do próprio lar e buscando soluções que ajudem o pai, a mãe e os filhos a serem cada vez mais unidos, dialogando mais, colaborando uns com os outros na resolução dos problemas. Tornando-se homem, Jesus com a sua família, experimenta em seu próprio ser todas as dores e os sofrimentos, os dramas e as esperanças que acompanham a vida de uma família, buscando cada vez mais a vivencia da fé em família por meio da oração e da escuta atenta e amorosa da Palavra de Deus. A família como célula mãe da sociedade é a principal escola de todas as virtudes sociais. Uma leitura bíblica muito conhecida nessa solenidade é a de Colossenses 3,12-21, onde Paulo nos convida a nos vestir das seguintes

virtudes: misericórdia, bondade, mansidão, paciência, tolerância e perdão recíproco, tudo muito bem alinhado com a caridade. Essas são as virtudes que sempre encontramos na Sagrada Família e que são necessárias para se viver em comunidade e na vida conjugal. Paulo ainda insiste na necessidade de se viver a o ra ç ão em com um , o d i á lo go e o aconselhamento recíproco e que ambos, marido e mulher estejam prontos para estar a serviço um do outro. As últimas recomendações desse texto para nós, é que os filhos obedeçam seus pais e que os pais não irritem seus filhos com atitudes egoístas e mesquinhas. A leitura do Eclesiástico 3,3-7.14-17a é um convite a honrar os nossos pais principalmente na velhice, procurando ampará-los e dando todo suporte necessário nesse período. Honrar alguém significa dizer que essa pessoa tem um peso muito grande na minha vida, um valor incalculável. Além do mais, essa atitude agrada a Deus o amor dos filhos para com os pais onde vai transparecer nas numerosas promessas de bênçãos feitas àqueles que cuidam de seus pais: acumularão tesouros diante de Deus, quando rezarem seus pedidos serão atendidos, terão vida longa e seus filhos serão exemplares e se tiverem cometido alguma falta receberão o perdão de seus pecados. O modelo da Sagrada família de Nazaré, é um convite para olharmos as nossas atitudes quanto a nossa família e nos perguntarmos se estamos vivendo de forma virtuosa dentro do nosso lar. Convido você amigo e irmão leitor a se questionar comigo: Nas horas difíceis em minha casa, eu sou uma pessoa presente, atuante, procuro promover a unidade, sou aquele que motiva e dá suporte ao outro que caiu ou que esta passando necessidade? Eu como pai ou mãe procuro promover em meu lar um espaço para em família escutar a Palavra de Deus, orar juntos e fortalecer os vínculos familiares em oração? Exercito o diálogo e mais ainda a escuta, com meu cônjuge e meus filhos? Procuro viver a minha maternidade ou paternidade de forma responsável, sendo presença na vida dos meus filhos e construindo um laço forte de amizade, de confiança e de uma autoridade que não precisa usar de autoritarismo ou a opressão? Como filho, estou presente na vida dos meus pais idosos, procurando ampara-los em todas as suas necessidades seja afetivo ou material ou infelizmente ando ausente? Fonte: Padre José Carlos de Melo, adaptado por Equipes de Nossa Senhora (Recife)


ESPAÇO DAS CRIANÇAS Entre os braços de Maria Repousa um pequenino ser Jesus, um bebezinho lindo Menino, acaba de nascer É Deus em forma de criança Tão frágil em seu amanhecer (Ismael Scheffler)

PENSE E RESPONDA VOCÊ CONHECE A HISTÓRIA DO MENINO JESUS? QUEM CONTOU ESTA HISTÓRIA PARA VOCÊ? VOCÊ ACHA QUE JESUS É BRASILEIRO? POR QUÊ?

VAMOS PINTAR?


Fontes: Texto - Canção Nova Oração - Papa Francisco


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