UMA HÓSTIA SACERDOTAL (PADRE LEBLANC)
“Encontrava-me num Sanatório, quando um jovem sacerdote, dirigindo-se a mim, disse: — Padre, peço-lhe o favor de ir ao quarto número doze, onde se acha minha irmã tuberculosa. Está desenganada, mas não quer conformar-se com o pensamento da morte. O sr. poderia fazer-lhe algum bem; vá visitá-la e diga-lhe que foi a meu pedido. Pouco depois entrava eu no quarto da doentinha. Admirou-se da minha visita, e parece que lhe desagradava, pois quando me viu entrar, gritou: — Padre, não me faleis da morte. Tal acolhimento era pouco encorajador. Deixei que falasse. Explicou-me, chorando, as razões por que não queria morrer e acrescentou: — Dizei-me que não morro; não quero morrer! Quero sarar; dizei-me que hei de sarar! Disse-lhe então: — Espero que hás de recuperar a saúde, e vou rezar nessa intenção; o mais importante, porém, é que santifiques os teus sofrimentos. Se quiseres, propor-te-ei uma intenção. — Dizei que intenso é — respondeu friamente; — mas isso não mudará nada, eu não quero morrer, sou muito moça. — Foi teu irmão, o Padre Norberto, quem pediu __
que te visitasse. Oh! Quanto és feliz de ter um irmão sacerdote! Feliz seria também ele se tu, sua irmãzinha, quisesse oferecer teus sofrimentos pelo bom êxito do seu ministério sacerdotal. Quanto mais tu fores hóstia, tanto mais ele será sacerdote. — É verdade, Padre? — perguntou-me com leve sorriso! Recolheu-se um momento interiormente, depois disse: — Vou. experimentar. Dou-vos a minha palavra e não a retirarei; mas não digas nada a meu irmão. A causa estava ganha. Dias depois, a doentinha voltava para sua casa, onde viria a morrer como uma santinha. Durante seis longos meses, ainda que sofresse atrozmente, a sua paciência, a sua resignação, os seus abandonos nas mãos de Deus jamais se desmentiram. Falava da morte como se fala de uma festa. A morte, que antes tanto temia, agora ela a desejava. Estava ansiada por fazer o sacrifício de sua vida em favor do irmão. — Padre — disse-me um dia — a intenção que me propuseste foi para mim uma revelação. Sem ela eu teria amaldiçoado os meus sofrimentos e morreria desesperada. Poucos dias antes da morte dizia a seu irmão: — Como sou feliz de morrer! Podes estar certo que, no Céu, serei a tua Teresinha.
VOCAÇÃO SACERDOTAL (FORMAÇÃO CN REDUZIDA)
Chamado de Deus: foi Ele quem tomou a comunicar-se à humanidade. iniciativa sobre o novo rumo que as vidas dos Deus respeita em sua integridade o homem e vocacionados tomarão. Porque não são os quando chama uma alma a seu serviço, em seu vocacionados que escolheram a Cristo, mas sim solene poder, nem a violenta, nem a intoxica, mas, foi Cristo quem, de uma maneira especial, com a paciência e amor que em sua revelação escolheu-os para que vão por todo o mundo e podemos contemplar em Jesus, deixa-a quase levem frutos de santificação e de autêntica andar à deriva ou ao sabor das circunstâncias vivência cristã. normais que trazem consigo esses processos e A vocação sacerdotal e consagrada se situações, e que em seus altos e baixos mal apresenta por isso como uma eleição controlados podem determinar a fundamental providente de Deus, profundamente gratuita, decisão da alma e comprometer seu desígnio. imprevista e desproporcionada a nossos cálculos O chamado de Deus não implica o esmagamento e possibilidades humanas. da liberdade da pessoa humana; Deus sempre A vocação sacerdotal é o maior presente que deixa a liberdade de segui-lo ou não o seguir. Deus pode depositar nas almas. Um dia Cristo Cada jovem chamado ao sacerdócio é livre, fixou seu olhar em um jovem e disse: “Vem, que absolutamente livre; cada um deles pode eu te farei pescador de homens’. Ninguém responder a Deus: sim ou não. respondeu ao sacerdócio por ação humana, Deus chama a cada jovem ao sacerdócio para mas porque o próprio Cristo no interior de suas que ele responda; chama a cada um, como almas pronunciou seu nome e os convidou a pessoa. E a resposta a Deus é uma resposta pessoal. segui-lo. É um convite a grandes coisas: o que é Nunca posso me escusar na falta de generosidade melhor que ser embaixador do próprio Deus? dos outros para justificar minhas atitudes. Cristo tem necessidade de cada um dos A missão de cada sacerdote é clara e precisa: a sacerdotes, como teve de Pedro, de São Tiago e santidade urgente! Temos por vocação que nos de São João. Os sacerdotes são as mãos, os pés, esforçar para adquirir a consciência de que hoje e os olhos, a mente, o coração de Jesus Cristo; são amanhã ensinaremos nossos irmãos como ser os canais e os meios pelos quais Ele vai santos. __________ Pastoral da Comunicação - Igreja Matriz de Nossa Senhora da Glória Pároco - Padre Geovane Ferreira Silva Coordenação – Sérgio Calado Fadul Jr Site da paróquia: www.nsdagloria.com.br Email: pascomnsdagloria1@gmail.com Agentes participantes: Williams Júlio / Elydia Facebook/Matriz.de.Nossa.Senhora.da.Gloria Whatsapp A Voz da Glória: 99443-1022 do Machado s/nº A Voz da GlóriaLargo 05/08/2018 – Página 04- Catete – Rio de Janeiro – Tel: (21) 2225-0735
Boletim Semanal da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Glória - Largo do Machado 05/08/2018 - Edição 30 - Ano 2
AVISOS DA SEMANA NÃO HAVERÁ Missa em Honra a São Miguel Arcanjo, 08/08, quarta-feira às 20 h. Visita Asilo Padre Motinha, 11/08, sábado, 9 h. Romaria da Arquidiocese à Aparecia do Norte dia 24 e 25/08. Inscrições na secretária. Celebração Eucarística pela Vida dia 07/08, terça-feira às 19 h. A O.V.S (Obra das Vocações Sacerdotais) convida a todos para conhecer e participar do movimento. Mais informações com as coordenadoras Maria da Conceição, Cleide ou na secretaria paroquial.
Inscrições para Marianinhas, Coroinhas e Cerimoniários mais informações na secretaria paroquial. A PASTORAL DA CARIDADE SOCIAL solicita doações para os irmãos de rua. JÁ SE APROXIMA A FESTA DE NOSSA PADROEIRA NOSSA SENHORA DA GLÓRIA Começamos a arrecadação para os gastos de todo esse evento. Contamos com a colaboração de todos. As AIAS estão nas mesinhas nas saídas das missas esperando por sua doação. Nossa Senhora saberá lhe retribuir no momento propício. PROCURAIS-ME PORQUE COMESTES DOS PAES E FICASTES SACIADOS Precisamos drasticamente de encontrar uma COMO CHEGASTES AQUI... Ficam admirados com a dimensão da pobreza dentro de nós que nos faça aptos para a peregrinação humana de Jesus. Tinham comido partilha. A nós que gostamos de acumular, Ele diz aqueles pães, “de graça” e parecia-lhes que que a acumulação é o gradeamento da aquele novo líder era o que lhes convinha para liberdade, que só o despojamento nos libertará assegurar uma subsistência fácil. Muitas vezes o para tomar posse da harmonia do universo. que buscamos em Deus e na sociedade é um EU SOU O PÃO DA VIDA assistencialismo automático e sem Não nos basta evocarmos aqueles subsídios contrapartidas, pedimos “milagres”, mas digestivos “caídos do céu”, Jesus diz-nos que temos esquecemos o compromisso. Jesus trava logo de nos agarrar àquela força que nos desencarcera aqueles raciocínios “interesseiros” e aponta uma de nós mesmos para nos alimentarmos do Outro ousadia maior: Ele não vem resolver-nos uma e nos darmos em alimento ao outro. “Dá-nos imediata fome de pão, mas uma crise de sentido desse pão” é um pedido de fidelidade ao amor de que resolverá o pão e o caminho! Mais que Deus. O pão tem em si mesmo a identidade da buscar o pão, Ele convida-nos a buscar nele a partilha. E Ele é o Pão entregue por todos, Ele é o força que nos fará sair de nós mesmos para ser máximo do que Deus podia fazer por nós! O ser pão junto aos demais. Ele Pão não é metáfora, é o sacramento em que Deus se esbanja para nos alimentar. Não há outro PRATICAR AS OBRAS DE DEUS... Quando perguntamos a Jesus o que é preciso caminho para obter esse pão, senão seguir os “fazer” para corresponder às obras de Deus, gestos de Jesus, porque toda a semente que deseje parece que ficamos desapontados. Acreditar o máximo da sua realização, sonha tornar-se n’Aquele que Ele enviou?! Mas… acreditar é Eucaristia, ou seja transformar-se em Jesus. E nós obra? Admiramo-nos! No entanto, o que Jesus estamos nesta transformação de nós mesmos. Ser nos pede, não é um “fazer” mas uma confiança pão é a culinária do Evangelho! na própria obra de Deus. E isto não é fácil! Quereríamos ser nós a “fazer” e afinal o grande desafio é olhar o que Deus faz, aceitá-lo, acolhêlo e laborar nele… E isto nada tem a ver com apatia e passividade, mas com a capacidade de trabalhar na própria obra de Deus. A nós, que gostamos dos direitos de autor, Ele quer que nos voltemos para a missão d’Ele. A nós que gostamos de nos destacar dos outros e do universo, Ele insiste em convidar-nos para a obra que nos fará ficar em harmonia com os outros e com o universo! Faz-nos falta ter fome, amigos e amigas. Faz-nos falta que o Outro nos faça falta. ___