A Voz da Glória 030 Ano 3

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A SANTÍSSIMA TRINDADE – PARTE 2 (PRESBÍTEROS)

O Símbolo Niceno-Constantinopolitano o expressa com a fórmula “Deus de Deus, Luz de Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro”. O fato é que o Pai gera o Filho, doando-se a Ele, entregando-Lhe Sua substância e Sua natureza; não em parte como acontece com a geração humana, mas perfeita e infinitamente. O mesmo pode ser dito acerca do Espírito Santo, que procede como o Amor do Pai e do Filho. Procede de ambos, porque é o dom eterno e incriado que o Pai entrega ao Filho, gerando-o, e que o Filho devolve ao Pai como resposta a Seu Amor. Este dom é dom de si, porque o Pai gera o Filho comunicando-lhe total e perfeitamente seu próprio Ser mediante seu Espírito. A terceira Pessoa é, portanto, o Amor mútuo entre o Pai e o Filho. O nome técnico desta segunda processão é expiração. Seguindo a analogia do conhecimento e do amor, pode-se dizer que o Espírito age como a vontade que se move em direção ao Bem conhecido.

ou a três seres sem unidade perfeita, como se se tratasse de três deuses distintos, ainda que juntos.

As duas processões são o fundamento das distintas relações que em Deus se identificam com as Pessoas divinas: o ser Pai, o ser Filho e o ser expirado por Eles. De fato, como não é possível ser pai e ser filho da mesma pessoa, no mesmo sentido, assim, não é possível ser, ao mesmo tempo, a Pessoa que procede pela expiração e as duas Pessoas das quais procede. Convém esclarecer que, no mundo criado, as relações são acidentes, no sentido de que suas relações não se identificam com seu ser, ainda que o caracterizem profundamente, como no caso da filiação. Em Deus, posto que nas processões é doada toda a substância divina, as relações são eternas e se identificam com a própria substância. Estas três relações eternas não só caracterizam, mas também se identificam com as três Pessoas divinas, posto que pensar no Pai significa pensar no Filho; e pensar no Espírito Santo, significa pensar naqueles em relação aos quais Ele é Espírito. Assim, as três Pessoas divinas são três Alguém, mas um único Deus. Não como se dá entre os homens que participam da mesma natureza humana, sem esgotá-la. As três Pessoas são cada uma toda a Divindade, identificando-se com a única Natureza de Deus: as Pessoas são Uma na Outra. Por isso, Jesus disse a Felipe que quem O viu, viu o Pai (Jo 14, 6), posto que Ele e o Pai são um só (Jo 10, 30 e 17, 21). Esta dinâmica, que se chama tecnicamente Estas duas processões chamam-se imanentes, e pericoresis ou circumincessão (dois termos que se diferenciam radicalmente da criação, que fazem referência a um movimento dinâmico é transeunte, no sentido de que é algo que Deus em que um se intercambia com o outro como realiza fora de si. Ao serem processões, dão em uma dança em círculo), ajuda a perceber conta da distinção em Deus, enquanto que, ao que o mistério de Deus Uno e Trino é o mistério serem imanentes, dão razão da unidade. Por do Amor: “Ele mesmo é uma eterna isso, o mistério do Deus Uno e Trino não pode ser comunicação de amor: Pai, Filho e Espírito reduzido a uma unidade sem distinções, como Santo, e nos destinou a participar n’Ele” se as três Pessoas fossem apenas três máscaras; (Catecismo, 221). _______Pastoral da Comunicação - Igreja Matriz de Nossa Senhora da Glória Pároco - Padre Geovane Ferreira Silva Coordenação – Sérgio Calado Fadul Jr Agentes participantes no boletim: Elydia / Maria das Graças / Willians www.nsdagloria.com.br pascomnsdagloria1@gmail.com Instagram/nsdagloria Twitter/nsdagloriarj www. issuu.com/pascomnsdagloria Facebook/Matriz.de.Nossa.Senhora.da.Gloria A Voz da Glória: (21) 99443-1022 (só para o boletim) Secretaria (21) 3251-4511 ou (21) 3251-5929

23/06/2019 - Edição 30 - Ano 3

AVISOS PAROQUIAIS Missa com orações por Cura e Libertação, dia 26/06, quarta-feira às 20 h. Mil Ave Marias - Recitação do terço dia, 29/06, sábado às 09 h. Pastoral do Turismo convida a todos para a Peregrinação à Aparecida do Norte nos dias 30 e 31/08. Mais informações na secretaria paroquial. Um cristão agradecido se torna Dizimista comprometido... Venha ser dizimista. A pastoral do dízimo se encontra no final da Igreja para fazer a sua inscrição ou durante a semana na lojinha dos artigos religiosos. Carnês da obra: Os carnês estão sendo distribuídos por voluntários no final da igreja. Por favor, ajude-nos.

QUEM É JESUS (PAPA FRANCISCO) Queridos irmãos e irmãs, bom dia! No trecho evangélico de hoje (cf. Mc 8, 27-35), reapresenta-se a pergunta que atravessa todo o Evangelho de Marcos: quem é Jesus? Mas desta vez é o próprio Jesus que a faz aos discípulos, ajudando-os gradualmente a enfrentar a questão da identidade. Antes de interpelar diretamente os Doze, Jesus quer ouvir deles o que pensam as pessoas sobre Ele — e sabe bem que os discípulos são muito sensíveis à popularidade do Mestre! Portanto, pergunta: «Quem dizem os homens que eu sou?» (v. 27). Sobressai que Jesus é considerado pelo povo um grande profeta. Mas, na realidade, não lhe interessam as sondagens e as bisbilhotices do povo. Ele não aceita sequer que os seus discípulos respondam às suas perguntas com fórmulas já preparadas, citando personagens famosos da Sagrada Escritura, porque uma fé que se reduz às fórmulas é uma fé míope. O Senhor quer que os seus discípulos de ontem e de hoje estabeleçam com Ele uma relação pessoal, e assim o acolham no centro da sua vida. Por esta razão, incentiva-os a colocar-se em toda a verdade diante de si mesmos, e pergunta: «E vós, quem dizeis que eu sou?» (v. 29). Jesus, hoje, faz este pedido tão direto e confidencial a cada um de nós: “Tu, quem dizes que eu sou? Vós, quem dizeis que eu sou? Quem sou eu para ti?”. Cada um é chamado a responder, no próprio coração, deixando-se iluminar pela luz que o Pai nos dá a fim de conhecer o seu Filho Jesus. E pode acontecer também que nós, assim como Pedro, afirmemos ______

com entusiasmo: «Tu és o Cristo». Contudo, quando Jesus nos comunica claramente o que disse aos discípulos, ou seja, que a sua missão se cumpre não no amplo caminho do sucesso, mas na senda árdua do Servo sofredor, humilhado, rejeitado e crucificado, então pode acontecer também a nós como a Pedro, protestar e rebelar-nos porque isto contrasta com as nossas expectativas, com as expectativas mundanas. Nestes momentos, também nós merecemos a repreensão saudável de Jesus: «Afasta-te de mim, Satanás, porque teus sentimentos não são os de Deus, mas os dos homens» (v. 33). Irmãos e irmãs, a profissão de fé em Jesus Cristo não pode limitar-se às palavras, mas exige ser autenticada com escolhas e gestos concretos, com uma vida caraterizada pelo amor de Deus, com uma vida grande, com uma vida cheia de amor pelo próximo. Jesus diz-nos que para o seguir, para sermos seus discípulos, é preciso renegar-se a si mesmos (cf. v. 34), isto é, renegar as pretensões do próprio orgulho egoísta, e carregar a própria cruz. Depois dá a todos uma regra fundamental. E qual é esta regra? «Quem quiser salvar a sua vida, perdê-laá». Muitas vezes na vida, por vários motivos, erramos o caminho, procurando a felicidade só nas coisas ou nas pessoas que tratamos como coisas. Mas a felicidade encontramo-la somente quando o amor, aquele verdadeiro, nos encontra, nos surpreende, nos muda. O amor transforma tudo! E o amor pode mudar também a nós, cada um de nós. Demonstram-no os testemunhos dos santos.


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