A Voz da Glória 038 Novembro 2017 Ano 1

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O CAVALO E O ASNO

Um homem tinha um cavalo e um asno. Certo dia, quando ambos caminhavam por uma estrada, o asno disse ao cavalo: – Se minha vida importa-lhe, carregue um pouco de minha carga. Mas o cavalo não deu ouvido ao sofrimento do asno. O asno acabou caindo morto de tanto esforço. O dono então pôs toda a carga do asno sobre o lombo do cavalo, inclusive os despojos do asno morto. O cavalo pôs-se a lamentar seu destino aos brados: – Como sou infeliz! Que triste destino o meu! Não quis carregar parte da carga do asno e agora estou carregando tudo em dobro, e, como prêmio, a pele do outro.

Boletim Semanal da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Glória - Largo do Machado

- A 5ª Festa da Unidade acontecerá no próximo sábado, dia 02/12 a partir das 7 h na Catedral Metropolitana de São Sebastião do Rio de Janeiro. Frequentemente articulamos princípios para cobrir nossos próprios problemas. Quando vemos os erros de outras pessoas, nós nos sentimos bem conosco. Mas esta não é a forma de cultivar a conduta pessoal. O primeiro passo para se cultivar a virtude é começar a identificar nossas próprias deficiências. Assim que aprendemos um princípio, fica fácil aplicá-lo aos outros, mas muito mais difícil aplicá-lo em nós mesmos. Simplesmente falar sobre os princípios não adianta, a menos que os ponhamos em prática. Sempre que os conflitos ou dificuldades surgem, precisamos primeiro corrigir a nós mesmos antes de criticar ou culpar os outros. Nossa principal moral advirá se pudermos constantemente examinar a nós mesmos, e formos tolerantes com os erros dos outros. Em troca, isso nos possibilitará influenciar os outros de maneira positiva. Estes problemas que nós vemos nos outros, nos servem como lembretes para que nós mesmos não cometamos erros similares. Se pudermos verdadeiramente perdoar os outros da mesma forma como perdoamos a nós mesmos, a santidade estará ao alcance.

Boletim Semanal A Voz da Glória

Igreja Matriz de Nossa Senhora da Glória - Largo do Machado - RJ Pároco - Padre Geovane Ferreira Silva Diagramação e Editoração - Pastoral da Comunicação - PASCOM Coordenação - Williams Júlio Direção Espiritual - Diácono Jorge Monteiro Você Sabia - Clerus / Santos da Semana - Canção Nova / O Casaco Cuidar dos Pobres - Padre Roger Araújo / O Cavalo e o Asno - Fábulas de Esopo Seja rígido consigo - Fan Churen (séc XI) - Dinastia Song - China Site da paróquia: www.nsdagloria.com.br Email: pascomnsdagloria1@gmail.com Facebook/Matriz.de.Nossa.Senhora.da.Gloria Whatsapp A Voz da Glória: 99443-1022 A Voz da Glória - 26/11/2017 - Página 4

26/11/2017 - Edição 38 - Ano 1

AVISOS DA SEMANA

- Missa com Orações por Cura e Libertação, quarta-feira, dia 29/11 às 20 h.

SEJA RÍGIDO CONSIGO E TOLERANTE COM O PRÓXIMO

‘A mente mais ofuscada de uma pessoa pode ser bastante esclarecida quando ela examina os erros dos outros, e uma pessoa muito inteligente pode se tornar bastante confusa quando perdoa os próprios erros. Entretanto, se a pessoa consegue repreender a si mesmo da maneira como censura os outros e desculpar os outros da maneira como perdoa a si mesmo, esse alguém pode facilmente se tornar um sábio. Somente a moderação pode alimentar o senso de honra e vergonha, e somente o perdão pode trazer a benevolência e a virtude’. No relacionamento interpessoal, o antigo povo chinês educava suas crianças para que fossem rígidas consigo mesmas, mas tolerantes com os outros. Por isso, era mostrado às suas crianças que a chave para um elevado padrão moral é “censurar a si próprio pela forma como se critica os outros e perdoar aos outros pela forma como eles se absolvem”. Na prática, isso não é tão fácil. Enxergamos o mundo de maneira insatisfatória e corrupta e nos sentimos descontentes e desconfortáveis. Aborrecidos e incomodados, começamos a culpar e a censurar os outros.

A Voz da Glória

- O Bazar de Natal está aberto diariamente, de segunda a sexta das 14 às 18 h. E nos sábados e domingos de 09 às 18 h. - A Missa em Ação de Graças pelo Aniversário Natalício de Padre Leandro será no dia 28/11, terça-feira, às 18 h.

- Inscrições para Catequese de Adultos estão abertas. Mais informações na secretaria. - Assembléia dos Coordenadores no dia 16/12, para todos os Coordenadores Antigos e dia 17/12, para todos os Coordenadores Novos. A Apresentação de todos os Coordenadores será na Santa Missa das 10:30 h, do dia 17/12. - O Cantinho Amigo estará aberto neste domingo. O Advento está chegando... Já estão disponíveis as Novenas de Natal na livraria. E você? Já pensou onde fará a novena?

VOCÊ SABIA? - Liturgia Eucarística

Atingimos o ponto alto da celebração. Durante ela a Igreja irá tornar presente o sacrifício que Cristo fez para nossa salvação. Não se trata de outro sacrifício, mas sim de trazer à nossa realidade a salvação que Deus nos deu. Durante esta parte a Igreja eleva ao Pai, por Cristo, sua oferta e Cristo dá-se como oferta por nós ao Pai, trazendo-nos graças e bênçãos para nossas vidas. É durante a liturgia eucarística que podemos entender a Missa como uma ceia, pois afinal de contas nela podemos enxergar todos os elementos que compõem uma: temos a mesa, mais propriamente a mesa da Palavra e a mesa do pão. Temos o pão e o vinho, ou seja, o alimento sólido e líquido presentes em qualquer ceia. Tudo conforme o espírito da ceia pascal judaica, em que Cristo instituiu a Eucaristia. E de fato, a Eucaristia no início da Igreja era celebrada em uma ceia fraterna. Porém foram ocorrendo alguns abusos, como Paulo nos sinaliza na Primeira Carta aos Coríntios.

Aos poucos, foi sendo inserida a celebração da palavra de Deus antes da ceia fraterna e da consagração. Já no século II a Liturgia da Missa apresentava o formato que possui hoje. Após essa lembrança de que a Missa também é uma ceia, podemos nos questionar sobre o sentido de uma ceia, desde o cafezinho oferecido ao visitante até o mais requintado jantar diplomático. Uma ceia significa, entre outros: festa, encontro, união, amor, comunhão, comemoração, homenagem, amizade, presença, confraternização, diálogo, ou seja, vida. Aplicando esses aspectos a Missa, entenderemos seu significado, principalmente quando vemos que é o próprio Deus que se dá em alimento. Vemos que a Missa também é um convívio no Senhor. A liturgia eucarística divide-se em: apresentação das oferendas, oração eucarística e rito da comunhão. Falaremos, nas próximas semanas, de cada parte destas, separadamente.

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PALAVRAS DO PÁROCO

SANTOS DA SEMANA

26 - São Leonardo de Porto Maurício 27 - Santa Catarina Labouré 28 - São Tiago da Marca 29 - São Francisco Antônio Fasani 30 - Santo André Apóstolo 01 - Santo Elígio 02 - São Cromácio Amados irmãos e irmãs, Neste Domingo de Cristo Rei somos 03 - São Francisco Xavier

convidados a pensar um pouco sobre a nossa caridade, o nosso olhar aos outros. O que nós fazemos aos nossos irmãos e irmãs, estamos fazendo também a Deus. A caridade de acolher o irmão do jeito que ele é, do jeito que ele tá e de ajudá-lo em suas necessidades, em seus sofrimentos, em suas angústias, em suas aflições. A caridade de saber acolher um ao outro, de saber acolher aqueles que precisam, aqueles que necessitam. E você é convidado a isto. Olhar para o irmão e pensar fazer ao outro aquilo que eu queria que fizesse a mim. Tratar o outro do jeito que eu gostaria de ser tratado. Sorrir para o outro do jeito que eu gostaria que sorrissem para mim. De fato, irmãos e irmãs, nosso coração se envolve, se envolve num chamado, num convite, num desejo explícito e profundo de fazer a vontade de Deus. Qual a vontade de Deus a seu respeito? Que sejamos santos. E esse chamado à santidade passa pela caridade, pelo amor, pelo acolher aquele que está sofrendo, visitar os que estão presos, os que estão doentes. E aí, você já fez isso? Você já fez esse tipo de caridade? Você já viveu esse tipo de caridade? É preciso que você, de fato, queira viver esse tipo de caridade. A palavra de Deus nos impulsiona a isso. O Senhor irá dizer “Vinde bendito de meu Pai, eu vos conheço”, se fizermos essa caridade. Hoje, peçamos a Deus e agradeçamos e, ao mesmo tempo, façamos Ação de Graças por saber que o Deus Caridade nos acolhe, que o Deus Caridade está junto de nós, que o Deus Caridade nos impulsiona, que o Deus Caridade nos ensina todas as coisas e que Ele forma o nosso coração fazendo com que a gente viva e entenda os desígnios, o chamado que Ele faz a cada um de nós. Sede caridosos, vivei a caridade, acolhei, ajudai, servi aos outros e tudo na sua vida será diferente. Deus abençoe. Uma santa semana. Que Cristo Rei esteja reinando em nossas vidas e em nossas casas! A Voz da Glória - 26/11/2017 - Página 2

Santa Catarina Labouré

Nasceu em Borgonha (França) a 02/05/1806. Aos 9 anos , com a morte da mãe, Catarina assumiu com empenho e maternidade a educação dos irmãos. Consagrou-se a Jesus na Congregação das Filhas da Caridade. Em 1830, a Virgem Maria começa a aparecer a Santa Catarina, a fim de enriquecer toda a Igreja e atingir o mundo com sua Imaculada Conceição, por isso descreveu Catarina: “A Santíssima Virgem apareceu ao lado do altar, de pé, sobre um globo com o semblante de uma senhora de beleza indizível; de veste branca, manto azul, com as mãos elevadas até à cintura, sustentava um globo figurando o mundo encimado por uma cruzinha. A Senhora era rodeada de tal esplendor que era impossível fixá-la. O rosto radiante de claridade celestial conservava os olhos elevados ao céu, como para oferecer o globo a Deus. A Santíssima Virgem disse: Eis o símbolo das graças que derramo sobre todas as pessoas que mas pedem”. Nossa Senhora apareceu por três vezes a Santa Catarina. Na terceira aparição, Nossa Senhora insiste nos mesmos pedidos e apresenta um modelo da medalha de Nossa Senhora das Graças. Por fim, Nossa Senhora diz: “Minha filha, doravante não me tornarás a ver, mas hás-de ouvir a minha voz em tuas orações”. Somente no fim do ano de 1832, a medalha que Nossa Senhora viera pedir foi cunhada e espalhada aos milhões por todo o mundo. Esta devoção tornou-se escola de santidade para muitos, a começar pela própria Catarina que muito bem soube se relacionar com Jesus por meio da Imaculada Senhora das Graças. Ela viveu 46 anos num convento, com humildade, pois ninguém sabia que ela tinha sido o canal desta aprovada devoção que antecedeu a proclamação do Dogma da Imaculada Conceição de Nossa Senhora em 1854. Já como cozinheira e porteira, tratando dos velhinhos no hospício de Enghien, em Paris, ela assumiu para si o viver no silêncio, no escondimento, na humildade. Enquanto viveu, foi desconhecida. Faleceu em 31 de dezembro de 1876, com 70 anos de idade. Santa Catarina Labouré, rogai por nós!

O CASACO

Paulo era filho de uma viúva pobre. Seu pai havia morrido quando ele ainda era um bebê. Sua mãe criou-o com muita dificuldade. Ela trabalhava muito para sustentar sua família. Ela freqüentemente trabalhava até tarde costurando para fora. No dia do aniversário de Paulo, sua mãe preparara-lhe uma grande surpresa. Fezlhe um casaco bonito e quentinho para aquecer seu frágil corpinho. Ele tinha um casaco fino, que mal lhe aquecia quando precisava sair de dentro de casa. Paulo amou o presente. Não via a hora de experimentá-lo e sentir como ele o manteria aquecido. Algumas semanas depois, Paulo encontrou um menino usando somente uma camisa. Imaginem o frio que o menino estava sentindo, mal agasalhado em dias de invernos gélidos na Serra Gaúcha. Ele não pensou duas vezes, tirou seu casaco novinho e deu-o ao menino. Quando sua mãe o viu usando o velho casaco, perguntou o que havia acontecido com o novo. Ele disse: “Vi um menino que precisava muito mais dele do que eu; por isso, dei-lhe meu casaco.”

Sua mãe retrucou: “Por que você não lhe deu o casaco velho?” Paulo olhou para a mãe, esperando que ela entendesse seus motivos, e logo viu que os olhos dela se encheram de lágrimas. Ela abraçou-o e disse: “Você está certo, meu filho.”

CUIDAR DOS POBRES São Vicente de Paulo foi o grande apóstolo da caridade, que viveu nas ruas de Paris sendo a voz dos mais pobres, a voz que cuidou dos doentes, dos sofredores. Temos, no mundo inteiro, as chamadas Conferências Vicentinas, fundada pelo beato Frederico Ozanam, mas tendo como patrono São Vicente de Paulo, tendo o exemplo dele no cuidado com os pobres e com os mais necessitados. É importante lembrarmos a nossa obrigação de cuidar dos pobres, de voltar os olhares para os mais sofridos e para os mais necessitados. Isso não é apenas dos vicentinos. A coisa mais dura que se vê em uma paróquia é quando aparece alguém nesse estado e o mandam para os vicentinos. É óbvio que nossos irmãos fazem isso com todo amor do coração, mas não se excluam, não joguem só sobre eles a responsabilidade. Cabe a todos nós também, a exemplo do Mestre Jesus, cuidarmos dos mais pobres, dos mais sofridos e necessitados. Esse pode não ser o nosso apostolado principal, mas não pode ser excludente da nossa vida,

porque as obras de misericórdia fazem parte da condição de salvação para todos nós. No dia do julgamento, meus irmãos, nós não seremos cobrados pela quantidade de terços que rezamos, não seremos cobrados pela quantidade de Missas que freqüentamos; o Senhor se lembrará de nós pelas vezes que cuidamos dos pobres, daqueles que não têm o que comer, aqueles que não têm o que vestir. Se os pobres existem, se eles estão em nossas redondezas, em nossas cidades é para que cuidemos deles. Não para julgá-los, nem simplesmente desprezá-los ou dizer que são isso e aquilo. Eles são nossos irmãos, como diz o nosso querido Papa Francisco: “A carne do pobre é o corpo de Cristo, é a carne de Cristo”. Assim como comungamos o Senhor na Eucaristia, comunguemos também o Senhor, no gosto da carne sofrida do pobre. Essa carne parece ser mais rejeitável, não boa ao nosso paladar, ao nosso olhar. Mas se queremos, saibamos acolher Jesus na pessoa dos pobres que estão ao nosso lado. A Voz da Glória - 26/11/2017 - Página 3


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