A Voz da Glória 026 Setembro 2017 Ano 1

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O LOBO E O CÃO

Em um caminho, encontraram-se um Lobo e um Cão. O Lobo, vendo a vitalidade do Cão, disse: - Tenho inveja de te ver tão gordo, com o pescoço grosso e o pelo reluzente. Digo isso porque ando sempre magro e arrepiado. O Cão respondeu: - Se fizeres o mesmo que eu, também engordarás. Estou em uma casa, onde me dão de comer e tratam-me bem, enquanto meu trabalho é somente latir quando percebo ladrões próximos da casa. Por isso, se queres, podes vir comigo. O Lobo, aceitando, passou a caminhar junto com o Cão, mas em dado momento perguntou: - O que é isso companheiro, que vejo? Teu pescoço está todo esfolado.. O Cão respondeu: - Para que de dia eu não morda aos que entram na casa, sou preso com uma corda. De noite me soltam

e assim fico até pela manhã, quando tornam a me prender. O Lobo, ouvindo isso, disse: - Vou dispensar tua fartura pra mim. A troco de não ser cativo, prefiro me empenhar pelo meu sustento e, se necessário, jejuar, desde que esteja livre. Dizendo isso, se foi.

VOCÊ SABIA? - SÉRIE CONHECIMENTOS

- Você Sabia que não basta crer, pois é Queres ver, ó homem vão, como a fé sem preciso viver a fé, e vivê-la em santidade? obras é estéril? Abraão, nosso pai, não foi Daí a exigência dos mandamentos? Daí a justificado pelas obras, oferecendo o seu moral que a igreja ensina? E que fé sem filho Isaac sobre o altar? Vês como a fé obras e obras sem fé não valem nada? cooperava com as suas obras e era Confira em Tiago 2, 14-22: completada por elas’. ‘De que aproveitará, irmãos, a alguém – Sabia que Liturgia significa serviço dizer que tem fé, se não tiver obras? Acaso público e era usada originalmente em esta fé poderá salvá-lo? Se a um irmão ou política. Era o serviço que o soberano a uma irmã faltarem roupas e o alimento prestava ao povo, partilhando tudo que cotidiano, e algum de vós lhes disser: Ide era arrecadado, a fim de impedir a em paz, aquecei-vos e fartai-vos, mas não miséria. Com o tempo inverteu-se esse lhes der o necessário para o corpo, de que sentido, pois o povo passou a prestar lhes aproveitará? Assim também a fé: se homenagem aos soberanos que faziam não tiver obras, é morta em si mesma. Mas bem seu papel. Jesus veio resgatar o alguém dirá: Tu tens fé, e eu tenho obras. sentido original da palavra, pois sendo Mostra-me a tua fé sem obras e eu te soberano, colocou-se a serviço do povo. mostrarei a minha fé pelas minhas obras. Liturgia é o serviço de Deus para seu povo. Crês que há um só Deus. Fazes bem. É Deus que se deixa conhecer, nos rituais, Também os demônios crêem e tremem. para nos salvar. Boletim Semanal A Voz da Glória Igreja Matriz de Nossa Senhora da Glória - Largo do Machado - RJ Pároco - Padre Geovane Ferreira Silva Direção Espiritual - Diácono Jorge Monteiro Diagramação e Editoração - PASCOM Coordenação - Williams Júlio Renúncia - Sérgio / Santos - Canção Nova / Santidade ao alcance - Pe. José Schrijvers Você sabia - A fé explicada / O Lobo e o Cão - Esopo Site da paróquia: www.nsdagloria.com.br Email: pascomnsdagloria1@gmail.com Facebook/Matriz.de.Nossa.Senhora.da.Gloria Whatsapp A Voz da Glória: 99443-1022 A Voz da Glória -03/09/2017 - Página 4

A Voz da Glória Boletim Semanal da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Glória - Largo do Machado

03/09/2017 - Edição 26 - Ano 1

AVISOS DA SEMANA

- Não haverá neste mês de Setembro a Missa em Honra a São Pio de Pietrelcina. -Neste Sábado, dia 09/09, teremos a visita ao asilo do Padre Motinha. Saída às 09 h. Os interessados devem procurar a secretaria. Os itens de necessidades são materiais de limpeza e de higiene.

- Também, neste sábado, às 17 h, teremos a Missa em Ação de Graças pela Vida dos Dizimistas. Venha celebrar também! - Próximo domingo é o Domingo do Quilo! - O Cantinho Amigo está esperando por você neste domingo. Venha ajudar!

A RENÚNCIA É DIÁRIA

Existe uma radicalidade que o Evangelho nos chama, mas dificilmente ingressamos de uma só vez nesta proposta. É necessário sabermos que existe um processo de conversão que deve ser intenso em nosso ser, mas isto não significa que seja uma conversão da noite para o dia. Talvez este seja um dos motivos de desistência de tantos que buscam a santidade. Não importa o quanto caímos, mas o quanto temos de persistência para nos levantar e continuar a jornada. É muito mais fácil, na nossa vida, sucumbir aos erros e apresentar uma desculpa, ou simplesmente nos omitirmos. Mas em atitudes como estas, nada mais fazemos que nos fechar em um concha, não permitindo que nada nos toque, nos incomode. Tem uma máxima que diz que ‘a ostra que não é incomodada não produz pérolas...’ Ouvimos isto constantemente de várias pessoas, mas, muitas vezes, elas não entendem o sentido amplo desta conjectura. Precisamos ser incomodados pela verdade, para sabermos que existe a mentira em nós, ou o pecado que tentamos superar. Aquele que se acomoda, dizendo "Tentei, mas não tem jeito, deixa ser assim", absorve para si o "Laissez-faire" em sua vida, ou o "Deixa a vida me levar..." que um famoso cantor leva como lema para sua vida. Mas, não é a vida que nos leva, e sim nossas

escolhas que nos proporcionam as coisas deste mundo, ou do céu. Herodíades odiava João Batista porque ele revelava a verdade. Ele não falava mal de deles, mas advertia-os do erro que eles estavam cometendo. Os dois poderiam ter mudado esta situação, mas o orgulho dela destilou o ódio, e a vontade do poder que estava aliada à luxúria de Herodes, leva-o a fazer aquilo que não queria, tudo que prometera a Salomé: uma escolha sem medir conseqüência. E nós, será que não temos pecados, que achamos serem insignificantes, que não influenciem no nosso caminho? A santidade é um projeto, onde várias etapas de conversão são importantes, como pequenas engrenagens de uma máquina de grandes e pequenas engrenagens. Uma engrenagem que não funciona direito termina retardando ou dificultando toda uma máquina. Portanto, para começar uma jornada, precisamos dar o primeiro passo. Jesus nos convida a seguir com Ele, juntos, compartilhando as nossas dificuldades com ele, que carrega a cruz mais pesada, Ele que é o nosso exemplo. Ele que nos ama. Carreguemos nossa cruz e, desta forma descobriremos que, com Jesus, ela não é tão pesada quanto pensamos.

NESTE MÊS DE SETEMBRO, O AGENTE RESPONSÁVEL PELO ENVIO DO BOLETIM DIGITAL A VOZ DA GLÓRIA, ATRAVÉS DE LISTA DE TRANSMISSÃO, ESTARÁ EM PEREGRINAÇÃO COM O PADRE GEOVANE EM FÁTIMA, PORTUGAL. DIANTE DE POSSÍVEL FALTA DE SINAL DE INTERNET, INFORMAMOS QUE O ENVIO DIÁRIO POSSA SER PREJUDICADO NESTE PERÍODO.


PALAVRAS DO PÁROCO No Evangelho, amados irmãos e irmãs, Jesus nos leva a pensarmos um pouco. Começa dizendo que Ele terá que ir a Jerusalém para sofrer. Não pode fugir do sofrimento. Mas Pedro O repreende: “Não, não deixaremos o Senhor sofrer”. E Jesus diz: “Afasta-te de Mim satanás”. Pedro quer fugir do sofrimento, quer defender do sofrimento, quer burlar o sofrimento. Quantas vezes você não aceita o sofrimento na sua vida? Quantas vezes você não aceita a perseguição, quantas vezes você tem dificuldade de saber sofrer rejeitando o sofrimento dizendo: “Ah não! Não quero sofrer. Cristo não me fez pra sofrer. Deus quando me criou, me criou pra amar, não tem sofrimento.” Isto é uma visão do Antigo Testamento. No Novo Testamento o sofrimento tem valor. O sofrimento é salvador. Não existe ressurreição e glória sem cruz. Então, para o Novo Testamento o sofrimento não é algo ruim, mas é algo purificador, restaurador, reanimador. É algo que me faz reconhecer e conhecer a presença, a palavra e o amor de Deus em minha vida. O sofrimento me forma, me impulsiona, me ensina. Então, não podemos de forma nenhuma, ficar alimentando o sofrimento, é claro, não podemos negar também o sofrimento. Então precisamos aprender a viver o sofrimento de maneira madura e segura. O sofrimento como causa, como ponte, como trampolim para chegarmos à eternidade e à salvação. Ali também Jesus diz o mesmo Evangelho “Quem quiser Me seguir toma a sua cruz.” Tem que pegar a cruz, tem que passar pelo sofrimento, tem que passar pela dificuldade, não tem como, de maneira nenhuma, como disse antes, de chegar à ressurreição sem passar pela cruz. Então precisamos fazer da maneira mais profunda e verdadeira possível. De maneira nenhuma rejeite seu sofrimento. Não fique colocando seu sofrimento aqui e ali, por que quanto mais você fala mais o mal ouve e mais sabe que você está frágil e mais ele vai fazer e piorar sua fragilidade. Entenda uma coisa: utilize o sofrimento, a dor, a doença, o problema, a morte de alguém que você ama para um bem maior, para a salvação das almas, da sua alma, a transformação da sua alma para o mistério da vida e da vida nova e plena. Coragem, coragem de viver a diversidade, de refazer a sua vida, de entender o mistério da salvação, de entender o mistério do sofrimento. Nada te perturbe nada te atrapalhe. Tudo passa, Deus permanece. O sofrimento de hoje não será nada amanhã, por que será transformado pelo Cristo que vem ao seu encontro. Não tenha medo, nada é para sempre. Os sofrimentos irão passar e a alegria virá. Deus abençoe. Uma santa semana pra você! A Voz da Glória - 03/09/2017 - Página 2

SANTOS DA SEMANA 03 - São Gregório Magno 04 - Santa Rosália 05 - Santa Teresa de Calcutá 06 - São Liberato de Loro 07 - Beato Vicente de Santo Antônio 08 - Natividade de Nossa Senhora 09 - São Pedro Claver 10 - São Nicolau de Tolentino

Santa Teresa de Calcutá

“Qualquer ato de amor, por menor que seja, é um trabalho pela paz”. Mais do que falar e escrever, Madre Teresa de Calcutá viveu este seu pensamento. Nasceu em 27/08/1910, na Albânia. A sua família pertencia à minoria albanesa que vivia no sul da antiga Iugoslávia. Seu nome era Agnes Gonxha Bojaxhiu. Consagrou-se aos dezoito anos, ingressando na Casa Mãe das Irmãs de Nossa Senhora de Loreto, situada na Irlanda. Mas ela queria ser missionária para os pobres na Índia. Cientes disso, suas superioras a enviaram para fazer o noviciado já no campo do apostolado. Agnes então partiu para a Índia e, no dia 24/05/1931, fez a profissão religiosa tomando o nome de Teresa, por causa de Santa Teresa de Lisieux. Foi transferida para Calcutá, e ficava impressionada com os bairros pobres da cidade cheios de crianças, mulheres e idosos cercados pela miséria, pela fome e por inúmeras doenças. No dia 10 de setembro de 1946, dia que ficou marcado na história das Missionárias da Caridade, quando Madre Teresa se deparou com um irmão pobre de rua que lhe disse: “Tenho sede!”. Começou com cinco crianças, num bairro pobre, numa escola improvisada. Dez dias depois, eram cerca de cinquenta crianças. No dia 07/10/1950, a congregação fundada por ela foi aprovada pela Santa Sé, e expandiu-se pela Índia e no mundo inteiro. Em 1979 recebeu o Prêmio Nobel da Paz. Reconhecida e admirada por líderes de outras religiões, presidentes, universidades e até mesmo por alguns países submetidos ao marxismo – Madre Teresa foi encontrar-se com o Senhor de sua vida no dia 05/09/1997. A canonização da missionária foi decidida após a Igreja Católica ter aprovado seu segundo milagre, a “cura extraordinária” de um brasileiro. Santa Teresa de Calcutá, rogai por nós!

A SANTIDADE AO ALCANCE DE TODOS

Para se santificar, a alma só tem necessidade de boa vontade. Guardá-la intacta e devolvê-la sem cessar, tal deve ser o fim constante e único de sua vida. “A boa vontade”, dizia Santo Alberto Magno, “supre tudo, está acima de tudo”. A boa vontade entrega o homem inteiro a Deus, por um ato muito simples de amor; abandona o passado à sua misericórdia; confia o futuro à sua bondade e só reserva para si o presente para santificá-lo. Ela é uma orientação, em tudo, do homem para Deus, uma coordenação de todas suas faculdades para ele; uma restauração da harmonia entre a criatura e o Criador, uma volta amorosa do filho para seu Pai celeste. Ela é uma renúncia completa de tudo aquilo que está em desacordo com a ordem divina; um sacrifício de todo interesse próprio, um esquecimento inteiro e uma despreocupação constante de si mesmo. Essa boa vontade conserva-se a mesma tanto na aridez e penúria quanto na consolação e abundancia; na tribulação e inquietação, como na paz e tranquilidade, nos embaraços e multiplicidade de ocupações, como na doçura e gozos na oração. É uma entrega por completo, disposto a tudo aceitar, a tudo sofrer, desde que o divino beneplácito lhe seja manifestado. A boa vontade permanece sincera, não obstante as fraquezas e inconstâncias da alma, as faltas veniais passageiras, as quedas ofensivas do amor próprio. A alma não se santifica em um dia. A vida inteira é concedida com este fim. Após cada recaída, a vontade entrega-se com simplicidade a Deus, mais uma vez abandona-se humildemente a ele, até que se ache fixada definitivamente nele. A boa vontade não depende da imaginação, da inteligência, das qualidades naturais do coração, das vantagens da fortuna, da situação ou do nascimento. Ela é de livre vontade, um movimento simples para Deus, um olhar amoroso para ele. A santidade está ao alcance das almas mais simples e mais ignorantes. Deus não quereria que um coração sincero não pudesse encontrá-lo. Uma misteriosa atração inclina-o para as almas retas. Desde que descobre uma dessas almas, ele a reserva para si e faz dela sua morada de predileção. Ele disse um dia à Santa Teresa: “Se eu não tivesse instituído a Eucaristia, eu a instituiria hoje para ti”. Ele agiria do mesmo modo para

cada alma pura. Deus não quis que o caminho que conduz à santidade fosse coberto de obstáculos e eriçado de dificuldades. Quanto mais uma coisa é necessária à vida natural do homem, mais esta coisa lhe é dada em abundância. O que é mais necessário do que o ar que respiramos ou a terra que nossos pés pisam, mas também, o que de mais comum? O que há de mais indispensável do que a respiração, porém, o que há de mais fácil? A vida da alma é bem mais importante que a do corpo. Razão pela qual Deus a tem prodigalizado. O ar que nossa alma respira é a graça que nunca é negada a quem a pede; a terra que ela pisa é a divina vontade que se não esconde nunca sob seus passos; sua respiração é o ato de amor que brota espontaneamente da boa vontade. Neste amor, Deus resumiu toda a perfeição. “Toda nossa perfeição”, diz Santo Afonso, “consiste no amor do nosso Deus infinitamente amável”. É a caridade que une a alma à Santíssima Trindade, que orienta para ela todas as faculdades do homem; com todos os seus atos até o menor, até o último, que comunica a todas as ações a sua grandeza, sua nobreza e seu mérito. Somos almas de boa vontade? Quem não quereria ser deste número? Neste caso, prestemos atenção à voz do Senhor, esqueçamos nosso povo e a casa de nosso Pai, quer dizer, desapeguemos nossos corações das coisas da terra e sigamos a Jesus Cristo. Perguntemos a Ele humildemente: “Mestre, onde habitais?” Ele nos responderá: “Vinde e vede”. Ele nos introduzirá na sua própria habitação, no santuário de seu amor; admitirnos-á no conhecimento de seus inefáveis segredos; ligar-nos-á por laços tão suaves e tão forte que nos será impossível quebrá-los.

A Voz da Glória - 03/09/2017 - Página 3


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