A Voz da Glória 002 ano 2

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DECIFRANDO E DESCONSTRUINDO A IDEOLOGIA DE GÊNERO fato de serem tão combatidas pelos promotores (Continuação da edição 01, ano 2) Isso explica, por exemplo, a aversão dos da “ideologia de gênero”. Mas deixo o assunto promotores da “ideologia de gênero” às clássicas para o próximo artigo. Esse aqui já está muito brincadeiras de menina e menino, bem como a longo e preciso finalizá-lo com um alerta. sua insistência em criticá-las. Para eles, uma Pais e mães, redobremos a nossa atenção. Não menina pode brincar de ser médica, empresária, deixemos que os nossos filhos sejam usados como astronauta ou presidente de um país, mas a massa de manobra por pessoas que não fantasia de ser mãe ou dona de casa precisa ser hesitarão em se aproveitar de sua imaturidade desconstruída. Melhor guardar a boneca e as intelectual e psicológica. Precisamos ficar de olho panelinhas antes que ela tome gosto. Do mesmo no modo como a escola lida com essas questões, modo, é preciso impedir que os meninos se e sempre atentos ao nível de transparência de percebam ágeis, fortes e resistentes. Urge proibir suas ações pedagógicas. Não podemos abrir a brincadeira de luta e dar sumiço na capa de mão de nossas prerrogativas parentais, super-herói. Pois se um homem confiante e permitindo que crianças saudáveis e cheias de corajoso é um bem incalculável para uma energia criativa sejam transformadas em família, para a ideologia de gênero ele pequenos militantes angustiados e ansiosos em representa um empecilho e tanto. relação ao seu próprio modo de ser. Seja ele Mas o que dizer das meninas que não ligam qual for. para bonecas e dos meninos que não gostam de brincar de luta? Ora, não há absolutamente nada de errado com essas crianças. Evidentemente, não seria de se esperar que as diferenças naturais entre os sexos se atualizassem da mesma forma, e na mesma medida, nas predisposições e preferências individuais de todas os meninos e meninas. Escolhi citar tais brincadeiras menos por sua recorrência (que, no entanto, é real), e mais pelo fato de serem tão combatidas pelos promotores POR QUÊ SÃO SEBASTIÃO DO RIO DE JANEIRO? Muitas pessoas perguntam o porquê do fato de franceses e os mais de 3000 Tupinambás que São Sebastião ser o Padroeiro da nossa cidade. habitavam na região. Mas a bravura do índio Esta explicação está na fundação, quando, após Araribóia consegue um fato crucial, a explosão vários anos da presença francesa no Rio de do paiol francês, que ficava onde hoje é a rua Silveira Martins. A grande “bola de fogo” Janeiro, os portugueses decidiram retomá-la. Os franceses, por conta do desprezo e descuido causada pela explosão, confunde os dos portugueses pela região, que achavam ser Tupinambás, que fogem ao julgar ver um Os um grande rio (por isso Rio de Janeiro), guerreiro avançando contra eles. portugueses, que eram devotos de São habitaram por mais de 20 anos a região. A batalha era totalmente desfavorável aos Sebastião, atribuem a ele a vitória e a cidade portugueses, que tinham pouco contingente e passa a ser conhecida São Sebastião do Rio de pouco mais de 300 índios Temimenós, contra os Janeiro.

Boletim Semanal A Voz da Glória Igreja Matriz de Nossa Senhora da Glória - Largo do Machado - RJ Pároco - Padre Geovane Ferreira Silva Direção Espiritual - Diácono Jorge Monteiro Diagramação e Editoração - Pastoral da Comunicação Coordenação – Sérgio Fadul Jr

Eis o Cordeiro de Deus / Por que São Sebastião do Rio de Janeiro – Sérgio Fadul Você Sabia – Padre Roger Araújo / Mística de Jesus – Frei Sérgio Göergen. Decifrando e Desconstruindo a Ideologia de Gênero – Cristiane Lasmar Site da paróquia: www.nsdagloria.com.br Email: pascomnsdagloria1@gmail.com Facebook/Matriz.de.Nossa.Senhora.da.Gloria Whatsapp A Voz da Glória: 99443-1022 Largo do Machado s/nº - Catete – Rio de Janeiro – Tel: (21) 2225-0735 A Voz da Glória 14/01/2018 – Página 04

Boletim Semanal da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Glória - Largo do Machado

14/01/2018 - Edição 02 - Ano 2

AVISOS DA SEMANA Missa com Orações de Libertação dos Ancestrais da Árvore Genealógica, quarta-feira, dia 17/01, às 20 h CINE PASCOM KIDS, no próximo sábado, 20/01, às 13 h, no Salão Monsenhor Franca

EIS O CORDEIRO DE DEUS ECCE AGNUS DEI, uma palavra forte, vinda da abaixar para desatar as sandálias do Salvador. boca de quem tinha conhecimento, que tinha fé Sua humildade se revela mais ainda quando, em Deus e sabia que sua vida era uma missão com João e André, vê o Cristo e revela que Ele é Sua humildade se revela mais ainda quando, para Ele. Jesus, em outro momento irá ouvir de novo este com João e André, vê o Cristo e O revela como ECCE, no momento do julgamento de Pilatos, Aquele a quem eles deveriam seguir, pois era quando chega todo chagado pelas chicotadas quem aliviaria a dor dos oprimidos, dos que ultrapassaram o limite de um castigo, mas cansados, que daria visão aos cegos, que seria a que não foram suficientes para um povo verdadeira alegria. amargo, escravo de suas próprias escolhas, que Partindo atrás do Cristo, Jesus indaga-os sobre o viviam a procura de um salvador, mas não um que procuravam e ao ouvir a resposta dos dois, redentor. Por isso ele não diz o que João diz, Ele diz: “Vinde ver!” Uma grande história mas: “ECCE HOMO!” demonstrando, somente, o começa na vida destes dois e assim também com Pedro, Tiago e depois com tantos outros. seu conhecimento carnal. Eis o Cordeiro de Deus, dito por alguém que não Querer saber quem é esse Deus tão maravilhoso queria status, não queria ser a estrela, uma é o que devemos ter no nosso coração como pessoa diferente no meio de tantos perdidos. anseio. Querer conhecer mais e mais. Se Uma pessoa que não quer concorrer, mas servir. apaixonar mais e mais. Acreditar mais e mais. Aquele que prepara o caminho para o Cristo, o Não é uma relação onde você espera, mas salvador. Aquele que se alegra pela presença onde você sente, compartilha e comunga. viva de Deus em meio a nós. Mas, Levantemo-nos e procuremos estar com o principalmente, aquele que reconhece o Messias Senhor. Sintamos plenamente o Seu amor. Vivamos e compartilhemos este amor. quando está à sua frente. João cuidava daqueles que queriam se Quando mais jovem aprendi uma coisa, converter, encontrar de novo o carinho e o amor quando aprendemos mudamos. Mas quando que sempre esteve presente, mas sempre foi ensinamos, agimos, aí sim aprendemos. rejeitado por muitos, por conta do egoísmo, da Não nos enganemos que sozinhos, por nossos conseguiremos alcançar a vaidade e do orgulho. Era o batista, aquele que méritos, nós batizava nas águas, para purificar os pecados santidade, a graça de Deus. Devemos estar para vinda do Cristo. Aquele que reconhecia unidos, e, na união, viver a partilha da fé, da sua pequenez, que não era nem digno de se verdade e do ser. abaixar para desatar as correias das sandálias VOCÊ QUER RECEBER INFORMAÇÕES SOBRE A PARÓQUIA, REFLEXÕES DIÁRIAS, AVISOS E OUTROS CONTEÚDOS DA IGREJA? BASTA VOCÊ CADASTRAR ‘A VOZ DA GLÓRIA’ NO SEU WHATSAPP E SOLICITAR ATRAVÉS DELE PARA RECEBER AS INFORMAÇÕES DO ‘A VOZ DA GLÓRIA’. É FÁCIL E SIMPLES. A VOZ DA GLÓRIA - (21) 99443-1022


Amados irmãos e irmãs. Neste domingo João Batista aponta para seus discípulos o Messias e diz: “Eis o Cordeiro de Deus”. É o reconhecimento claro que João Batista, o Profeta, faz do Messias que está ali. Daquele que ele mesmo disse que não era digno de desatar as sandálias e que batizaria no Espírito, já que ele batizava na água, para a conversão das pessoas. Esse mesmo Jesus teve a visita de dois dos discípulos de João naquela noite. No dia seguinte André corre até seu irmão Simão para apresentar e dizer: “Conhecemos o Messias! Conhecemos o Senhor! ”. É o anúncio de André ao seu irmão. A palavra de Deus nos forma, nos ensina. A palavra de Deus nos impulsiona, nos mostra o quanto devemos ser missionários. Primeiro para apontar para as pessoas quem é o Cordeiro de Deus, onde Ele está, qual a resposta que Ele tem para cada um de nós. Segundo, para anunciarmos às pessoas que Ele é o Messias, que Ele é o Senhor, o Deus de nossas vidas. Ele, o Sumo Eterno Sacerdote, ofereceu-Se a Si como sacrifício de adoração, como oferta agradável a Deus. Ofereceu a Deus quem Ele é, ofereceu aos Céus quem Ele é para que, como eterno sacrifício, todos pudéssemos ser acolhidos, amados, respeitados e queridos. Amados irmãos, irmãs, a palavra de Deus nos chama a essa conversão, a palavra de Deus nos chama a aceitar e acolher Jesus Cristo. Acolhemos o Mestre, acolhemos o Senhor, abramos nosso coração para amar, acolher, respeitar, reconhecer, mas também para apontar para todas as pessoas o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo! ” Como em toda Missa nós até dizemos que não somos nem dignos que Ele entre em nossa morada. A palavra de Deus nos forma e ensina. Um santo Domingo para você e até Domingo que vem! A Voz da Glória – 14/01/2018 – Página 02

SANTO DA SEMANA 14 – Santa Elisabete Ana Bayley Seton 15 – Santo Amaro 16 – São Berardo e companheiros mártires 17 – Santo Antão 18 – Santa Margarida de Hungria 19 – São Canuto 20 – São Sebastião 21 – Santa Inês

São Sebastião

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Nasceu em Narbonne; os seus pais eram de Milão, na Itália, do século III. Desde cedo, foi muito generoso e dado ao serviço. Recebeu a graça do santo batismo e zelou por ele em relação à sua vida e à dos irmãos. Ao entrar para o serviço no Império como soldado, tinha muita saúde no físico, na mente e, principalmente, na alma. Não demorou muito, tornou-se o primeiro capitão da guarda do Império. Ele ficou conhecido por muitos cristãos, pois, sem que as autoridades soubessem – nesse tempo, no Império de Diocleciano, a Igreja e os cristãos eram duramente perseguidos –, porque o imperador adorava os deuses. O mistério da Santíssima Trindade o levava a consolar os cristãos que eram presos, de maneira secreta, mas muito sábia; uma evangelização eficaz pelo testemunho que não podia ser explícito. São Sebastião tornou-se defensor da Igreja como soldado, como capitão e também como apóstolo dos confessores, daqueles que eram presos. Também foi apóstolo dos mártires, os que confessavam Jesus em todas as situações, renunciando à própria vida. O coração de São Sebastião tinha esse desejo: tornar-se mártir. E um apóstata denunciou-o para o Império e lá estava ele, diante do imperador, que estava muito decepcionado com ele por se sentir traído. Mas esse santo deixou claro, com muita sabedoria, auxiliado pelo Espírito Santo, que o melhor que ele fazia para o Império era esse serviço; denunciando o paganismo e a injustiça. O imperador, com o coração fechado, mandou prendê-lo num tronco e muitas flechadas sobre ele foram lançadas até o ponto de pensarem que estava morto. Mas uma mulher, esposa de um mártir, o conhecia, aproximou-se dele e percebeu que ele estava ainda vivo por graça. Ela cuidou das feridas dele. Ao recobrar sua saúde depois de um tempo, apresentou-se novamente para o imperador, pois queria o seu bem e o bem de todo o Império. Evangelizou, testemunhou, mas, dessa vez, no ano de 288 foi duramente martirizado. São Sebastião, rogai por nós.

VOCÊ SABIA Por que Jesus é chamado Cordeiro de Deus? Durante a Páscoa costumavam oferecer o cordeiro em sacrifício, o primeiro animalzinho, ainda novinho, era sacrificado em expiação dos pecados; e, muitas vezes, os judeus se acostumavam somente a isto: A acreditar que um ritual fosse capaz de purificar os pecados. Por mais sagrado e valoroso que fosse aquele ritual, e por mais que ele até purificasse os pecados; aquele cordeiro, aquele animalzinho sacrificado, não tinha o poder de tirar o pecado da vida e do coração dos homens. Por isso que Deus não quis mais o sacrifício de cordeiros. Ele enviou o Seu próprio Filho, e o Seu Filho é o único Cordeiro de Deus, que é capaz de tirar os nossos pecados. Ele se imola por nós, se sacrifica, se oferece por nós, e o Seu ato de se imolar a cada dia vai nos lavando e nos purificando de nos nossos pecados.

O Cordeiro que se imola, que se sacrifica, que é Jesus. Ele também vem ao nosso encontro para agir em nossos corações e para tirar o pecado da nossa vida. Quando nós proclamamos que Jesus é o Nosso Salvador, a primeira libertação que Ele opera em nós é a do pecado que nos escraviza. Para isso a primeira coisa que precisamos fazer é reconhecer que somos pecadores. E, sendo pecadores, recorrermos ao Senhor e Deus, para nos libertar da escravidão do pecado. Algum vício, algum pecado mais forte, que já dura tanto tempo que vai nos mantendo cativos, nós não precisamos nos angustiar nem nos prender ao pecado. O que nós precisamos é olhar para Ele, confiar n’Ele e não tirar o nosso olhar d’Ele, tendo a certeza de que Cristo é o único Cordeiro, imolado e crucificado, que nos liberta dos nossos pecados.

A MÍSTICA DE JESUS Perguntar-se pela Mística de Jesus é uma tentativa, cheia de limites, de apontar alguns aspectos, feito aqui de forma resumida, de formular um roteiro para reflexão, do que parece ter sido a mística que alimentou a prática do Jesus Histórico.

Encarnação como Processo Contínuo Encarnação em Belém, Encarnação em Nazaré, encarnação na vida de seu povo, encarnação na vida dos pobres, encarnação no processo histórico, encarnação nas contradições de uma sociedade oprimida, injusta e ocupada militarmente pelo império romano, encarnação na vida dos não judeus. Encarnar, tornar-se carne, é mais que fazer parte, é tornar-se parte, compartilhar. Identificação com o Pai “Eu e o Pai somos um. Quem me vê, vê o Pai” “Quem me conhece, conhece o Pai” “Eu estou no Pai e o Pai está em mim” “Quem me vê, vê Aquele que me enviou” Identificação com os Pobres “O que fizestes ao menor dos meus irmãos, foi a Mim que fizestes”. Moradia, saúde, roupa, comida, água: necessidades humanas materiais e liberdade, principal necessidade humana imaterial. Identidade com as necessidades humanas, naqueles a quem faltam. Reino de Deus: Centro da mensagem, prática, proposta de vida e de sociedade Reino como caminho e utopia, já e a ainda não, história e transcendência, quotidiano e confraternização,

esperança, conflito e paz, contradição e confraternização, alegria imediata e felicidade completa. Convivência quotidiana e organização da sociedade, relações pessoais e relações políticas, econômicas e sociais. “Buscai, em primeiro lugar, o Reino de Deus. ” O Reino se traduz em mesa farta, igualdade, fraternidade, solidariedade, alegria de viver, serviço mútuo, respeito, dignidade reconhecida, vida social sem excluídos e sem exclusão. A Cruz Consequência do compromisso, condenação romana aos considerados subversivos da ordem imposta, exigência da classe dominante judaica, consequência das esperanças populares depositadas em Jesus. Jesus não foge da Cruz. Não gosta dela, pede ao Pai que a afaste dEle. Não a aceita como um sacrifício. Mas a encara como consequência de sua opção e de sua prática. A coragem supera o horror da morte e o medo. A fidelidade ao Reino anunciado e vivido, a defesa dos pobres e abandonados leva-o ao tribunal e a condenação. E a contradição consequência do compromisso. A Ressurreição A força da morte, da injustiça, do desamor e da humilhação não são a última palavra na história humana; o amor de Deus é o verdadeiro força suprema da existência; a ressurreição é a revolução permanente do quotidiano e no quotidiano. A vida é sempre superação. As forças do mal não são definitivas. A Voz da Glória – 14/01/2018 – Página 03


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