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Pássaros Juninos A cara do folclore paraense

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NOOLHAR constrói barracas juninas reaproveitando 12 mil CD s

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O Governo itinerante nos 350 anos de Santarém

ÍNDICE

DIRETOR e PRODUTOR: Rodrigo Hühn; EDITOR: Ronaldo Gilberto Hühn; COMERCIAL: Alberto Rocha, Augusto Ribeiro, Rodrigo Silva, Rodrigo Hühn; DISTRIBUIÇÃO: Dirigida, Bancas de Revista; REDAÇÃO: Ronaldo G. Hühn; COLABORADORES*: Anete Costa Ferreira, Benigna Soares, Camillo M. Vianna, Carlos Correia Santos, Célia Fernanda, Hinton Hennington Portilho Bentes Neto, Liandro Brito, Lívio Giosa, Manuela Viana, Paulo Silber, *Ruy Sabino da Silva, Sergio Pandolfo, Vanda Duarte; FOTOGRAFIAS: Alzyr Quaresma ; Arquivo CMB; Arquivo Noolhar ; Arquivo Vera Santos; Alessandra Serrão, Carlos Silva, Cristino Martins, Eunice Pinto e Rodolfo Oliveira; Elza Lima/Secult; Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr; Jesiel Rodrigues; Marcio Borges, Roberto Stuckert Filho / Presidência da República; Renato Araújo/ABr; Waldemar Carvalho e Werick Santos; DESKTOP: Mequias Pinheiro; EDITORAÇÃO GRÁFICA: Editora Círios

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Estado e União decidem ações de combate à violência no campo

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O Brasil sem Miséria

Editora Círios SS Ltda CNPJ: 03.890.275/0001-36 Inscrição (Estadual): 15.220.848-8 Rua Timbiras, 1572A - Batista Campos Fone: (91) 3083-0973 Fax: (91) 3223-0799 ISSN: 1677-6968 CEP: 66033-800 Belém-Pará-Brasil www.paramais.com.br revista@paramais.com.br

Revista

EDIÇÃO 112 - JUNHO/ 2011

ORGULHO DE SER PARAENSE

Ismael Nery

PARAENSE ÉM FOLCLORE AR A CARA DO INERANTE EM SANT IT GOVERNO

A DIVISÃO DIGA NÃO A cara do folclore paraense Foto de Adriano Magalhães/COMUS

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Ipea: Tapajós e Carajás seriam estados inviáveis

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economista do Instituto de Pesquisa Economia e Aplicada (IPEA), Rogério Boueri Miranda, Doutor em Economia, disse que a divisão do Estado do Pará, e a conseqüente formação dos Estados do Tapajós e Carajás é totalmente inviável. Caso cheguem a ser criados, os estados de Carajás e Tapajós além de serem economicamente inviáveis, dependerão, a longo prazo, de ajuda financeira do Governo Federal, para arcar com as novas estruturas de administração pública, as quais precisarão ser instaladas, afirma o economista do IPEA. Rogério fez cálculos considerando os dados mais recentes disponíveis, referentes a 2008, e concluiu que os estados do Tapajós e de Carajás teriam, respectivamente, um custo de manutenção de R$ 2,2 bilhões e R$ 2,9 bilhões ao ano. Diante da arrecadação projetada para os dois estados, os custos resultariam num déficit de R$ 2,16 bilhões, somando ambos, a ser coberto pelo governo federal, conforme o especialista do Ipea. O PIB do Pará em 2008, ressaltou o economista, foi de R$ 58,52 bilhões, e o estado gastou 16% disso com a manutenção da máquina pública. O estado do Tapajós gastaria cerca de 51% do seu PIB e o de Carajás, 23%. A média nacional é de 12,72%. “Nessas bases, não tem estado que se sustente”, afirma Boueri. Rogerio Boueri Miranda, técnico de planejamento e pesquisa do IPEA

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SOMOS CONTRA A DIVISÃO !

Os cálculos do pesquisador se baseiam nas médias de gasto com a manutenção da máquina pública por habitante em cada estado. A partir disso, considerando as populações dos novos estados em discussão, ele chegou a uma projeção de quanto cada um deles gastaria. Ainda segundo o economista, os prefeitos das cidades teriam dificuldades em suas respectivas gestões, já que teriam que modificar a atual estrutura se adequando para a nova realidade. Para piorar a situação, a estimativa não leva em conta os altos investimentos envolvidos na criação de estados, lembra o pesquisador, como a construção de edifícios públicos e, no caso do interior do Pará, a necessidade de implantar infraestrutura, já que será necessário ampliar aeroportos e rodovias.

Para Boueri, Tapajós e Carajás “serão estados de boca aberta, esperando o dinheiro do governo federal”.

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O Brasil sem

Miséria >>

Fotos: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr e Roberto Stuckert Filho /Presidência da República

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presidenta Dilma Rousseff afirmou durante o lançamento do programa Brasil Sem Miséria, em Brasília, que a iniciativa visa “afirmar a todos que a miséria ainda existe no país”. “Este talvez seja o grande mérito do plano: trazer para todos os governos o compromisso, o objetivo de lutar a cada dia para que o Brasil não tenha mais miséria”, disse a presidente. Segundo Dilma, foram necessários quatro séculos para que o combate à pobreza se convertesse numa política prioritária do governo. “Nossos pobres já foram acusados de tudo, inclusive de serem responsáveis pela própria pobreza. Já disseram que, se nós lhes déssemos Bolsa Família, eles se conformariam com a pobreza.” A presidente ressaltou, no entanto, o papel de intelectuais que “remaram contra a maré”. “O plano Brasil Sem Miséria ecoa muito

a voz dessas pessoas, a voz de Joaquim Nabuco, Gilberto Freyre, Sérgio Buarque de Holanda, Josué de Castro, Anísio Teixeira, Caio Prado Júnior, Florestan Fernandes, Darcy Ribeiro. Esses reduziram a pó as teorias fatalistas sobre pobreza do Brasil.” Segundo o Censo 2010, 16,2 milhões de brasileiros têm renda familiar per capita inferior a R$ 70, faixa que, segundo o governo, configura pobreza extrema. O grupo é alvo do programa, que visa erradicar a pobreza extrema até 2014. O Plano Brasil sem Miséria articula e amplia programas já existentes, como o Bolsa Família, que passa a atender mais 1,3 milhão de crianças e adolescentes, e inaugura o que o governo vem chamando de “busca ativa”, para identificar famílias que não são ainda atingidas por ações. Em seu discurso, Dilma também afirmou que o grande mérito do plano é trazer para a pauta dos governos o compromisso de combate à miséria. “Devemos fazer todo No lançamento do Plano Brasil sem Miséria

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e qualquer esforço para superá-la, para dizer que a luta contra a miséria é dever do Estado e tarefa de todos os brasileiros e brasileiras deste país”, disse a presidenta. A presidenta também lembrou o sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, idealizador da campanha Ação da Cidadania contra a Miséria e pela Vida, na década de 1990,.e agradeceu à família do pintor Candido Portinari, que cedeu os direitos da obra do artista para ilustrar peças do Plano Brasil sem Miséria. O lançamento do Brasil Sem Miséria reuniu centenas de pessoas no Planalto do Planalto, entre ministros, congressistas, governadores, prefeitos e outros convidados.

Prevê qualificação profissional de 2 milhões de pessoas O governo federal pretende qualificar cerca de 2 milhões de pessoas entre 18 e 65 anos por meio da inclusão produtiva urbana. Segundo a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, cursos de qualificação profissional e o investimento em mão de obra serão algumas das ações do Plano Brasil sem Miséria, lançado pelo governo. “Essa população extremamente pobre trabalha e muito. Chega a 72% o número de beneficiários do Bolsa Família que trabalham ou têm negócios, mas não ganham o suficiente. Esses brasilerios extremamente pobres representam 77% da população economicamente ativa”, disse a ministra. Cerca de 1,7 milhão de pessoas serão atendidas por ações articuladas de governo, como o Sistema Público de Trabalho, Emprego e Renda, o Programa Nacional de Acesso à Escola Técnica (Pronatec), o Programa Nacional de Inclusão de Jovens (Projovem), as obras do Minha Casa, Minha Vida, a Rede de Equipamentos de Alimentos e Nutrição e a coleta de materiais recicláveis. O trabalho de inclusão produtiva também abrangerá a emissão de documentos e acesso a serviços de saúde. De acordo com Tereza Campello, a qualificação para www.paramais.com.br

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Durante a cerimônia de lançamento do Plano de Superação da Extrema Pobreza - Brasil sem Miséria

esse público é extremamente importante. “As necessidades de qualificação são diferentes de acordo com a cidade. Por isso,

estamos montando um mapa de oportunidades para cada um desses estados em conjunto com os prefeitos e a sociedade

civil”, afirmou Tereza Campello. Além disso, o plano prevê o apoio à organização produtiva dos catadores de mate-

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Tereza Campello, ministra do Desenvolvimento Social

riais recicláveis e reutilizáveis. A prioridade do governo é atender cerca de 260 municípios. O plano deve capacitar aproximadamente 60 mil catadores até 2014.

Busca ativa por mais pobres Uma das principais estratégias do Plano Brasil sem Miséria, é a chamada busca ativa. De acordo com a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, o governo federal vai identificar e prestar assistência a 16,2 milhões de brasileiros que vivem em situação de pobreza extrema. “Não é o pobre que está correndo atrás do Estado, mas o Estado indo aonde o pobre está.” Segundo a ministra, esses 16,2 milhões serão incluídos no Cadastro Único, que contém as informações sobre as famílias brasileiras beneficiadas por programas sociais. O governo estima que 800 mil famílias não estejam incorporadas ao Bolsa Família, o principal programa de transferência de renda do país. O Plano Brasil sem Miséria pretende elevar a renda familiar per capita das famílias que vivem com até R$ 70 por mês, além de ampliar o acesso aos serviços públicos, às ações de cidadania e às oportunidades geradas por projetos públicos.

Inclusão produtiva de famílias em extrema Um dos eixos de atuação a inclusão produtiva das famílias que vivem na extrema pobreza. As ações de inclusão produtiva terão estratégias diferenciadas para as áreas urbana e rural. Do total de 16,2 milhões de pessoas extremamente pobres em todo o país, 53% estão na área urbana e 47% na área rural, de acordo com dados do

Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). Para o meio urbano, a estratégia é garantir a geração de ocupação e de renda por meio de ações como a qualificação profissional, economia solidária, o microcrédito e a participação no programa de microempreendedor individual. No meio rural, a estratégia está direcionada para o aumento da produção, de forma a ampliar o rendimento e a manter o trabalhador no campo. A ideia é ampliar o acesso aos meios de produção, distribuir sementes e insumos, oferecer assistência técnica associada ao acompanhamento das famílias, ampliar o acesso aos mercados e incentivar a produção para o próprio consumo. Além da inclusão produtiva, os outros dois eixos que irão nortear o plano são a garantia de renda e o acesso a serviços públicos. Em relação à ampliação do acesso aos serviços públicos - entre eles saúde, educação e justiça - a intenção do plano é que isso ocorra de acordo com dois pontos: o aumento e a qualificação da oferta. No eixo da garantia de renda está a busca, identificação e inclusão de pessoas em programas como o Bolsa Família, Benefício de Prestação Continuada (BPC) e a

12 anos de Sucesso

aposentadoria. O governo identificou, entre os fatores que mais dificultam a retirada das famílias da exclusão social, o reduzido grau de escolaridade dos que vivem na pobreza, o fato de viverem em territórios de baixo dinamismo econômico e o acesso precário a recursos, oportunidades de emprego, atividades produtivas e a serviços públicos básicos. São consideradas extremamente pobres aqueles que têm renda per capita de até R$ 70. Foram identificadas 16,2 milhões de pessoas nessa condição, sendo que a maioria delas, 59%, vive no Nordeste. Segundo dados divulgados pelo MDS, 50,9% têm até 19 anos de idade e 70,8% são negros.

Bolsa Verde para famílias extremamente pobres que conservem áreas de floresta Criação de um programa de transferência de renda, o Bolsa Verde, para as famílias em situação de extrema pobreza que promovam a conservação ambiental nas áreas onde vivem e trabalham. Das 16,2 milhões de pessoas que vivem em situação de extrema pobreza, 47% estão na área rural. O Bolsa Verde pagará, a cada trimestre, R$ 300 por família que preserve florestas nacionais, reservas extrativistas e de desenvolvimento sustentável. O valor será transferido por meio do cartão do Bolsa Família. Ao apresentar outras ações voltadas para as pessoas em situação de extrema pobreza no campo, a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, afirmou que a intenção é garantir o aumento da renda e da produção dessa parcela da po-

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Governo lança Bolsa Verde para famílias extremamente pobres que conservem áreas de floresta

pulação. “Acreditamos que com ações como assistência técnica, de fomento, acesso à água e energia e distribuição de sementes conseguiremos garantir que essas famílias extremamente pobres no campo aumentem sua produção e renda”, disse a ministra.

Presidenta Dilma Rousseff durante lançamento do Plano Brasil sem Miséria

Aumenta em 1,3 milhão o número de crianças no Bolsa Família

O Plano Brasil sem Miséria vai modificar alguns pontos do Programa Bolsa Família. Uma das principais alterações é o aumento no limite de filhos (até 15 anos) para o cálculo do benefício. Com a alteração, 1,3 milhão de crianças e adolescentes serão incluídos no Bolsa Família. De acordo com a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, as famílias só podiam receber valores correspondentes a, no máximo, três crianças (R$ 32 para cada uma), independentemente do número de filhos. A partir de agora, a quantidade máxima de crianças passará a ser cinco. Hoje, são 15,7 milhões. Da população ex-

tremamente pobre, 40% têm até 14 anos. Além disso, em abril, o governo reajustou em 45% o valor do benefício pago às famílias com crianças nessa faixa etária.

R$ 20 bilhões por ano O orçamento anual do Plano Brasil Sem Miséria será de R$ 20 bilhões. Na primeira fase, os recursos virão do Tesouro Nacional, no entanto, a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello,

afirmou que estados e organizações não governamentais também devem investir no programa. O plano prevê a retirada de 16 milhões de pessoas da extrema pobreza até 2014. “Isso é dinheiro do governo federal. Os R$ 20 bilhões incluem tanto o desenho do Programa Bolsa Família quanto sua ampliação”, disse a ministra. Durante a fase de implementação, o programa terá ainda R$ 1,2 bilhão de crédito adicional. O projeto de lei que prevê o recurso suplementar para o Orçamento de 2011 foi enviado pela presidenta da República, Dilma Rousseff, ao Congresso Nacional. “Vai completar um conjunto de ações, como a ampliação do Bolsa Família, a construção de cisternas e a contratação das equipes de assistência técnica”, disse a ministra. O Plano Brasil Sem Miséria tem como objetivo a elevação da renda familiar per capita das famílias que vivem com até R$ 70 por mês, além da ampliação do acesso aos serviços públicos, às ações de cidadania e às oportunidades geradas por políticas e projetos públicos.

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Estado e União decidem ações de combate à violência no campo >>

por Manuela Viana Fotos: Alessandra Serrão e Rodolfo Oliveira/Ag. Pará

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m grande “mutirão” entre União, Estado e Município para eliminar o passivo de inquéritos policiais de homicídios existentes no estado; uma reunião técnica para desenvolver um “Plano Integrado de Combate a Homicídios e Segurança Pública”; um estudo para a ampliação do sistema carcerário do estado e a proteção das pessoas ameaçadas. Essas foram as medidas decididas para solucionar a questão da violência no campo, durante reunião entre o governador Simão Jatene e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo; Maria do Rosário, da Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República e Regina Miki, secretária Nacional de Segurança Pública, na manhã desta quinta-feira (9), no Palácio dos Despachos. “Estou extremamente satisfeito com o resultado desse encontro, sobretudo porque houve uma profunda identidade, não apenas na avaliação, mas também nas propostas de encaminhamento conjuntas e acredito que o enfrentamento desse desafio só tem chance de sucesso com uma integração entre a União, o Estado e o Município, que é o que está acontecendo”, declarou o governador Simão Jatene. “Decidimos em comum acordo que faremos um grande “mutirão” para solucionar essa questão, por esta razão o Ministério da Justiça, através da Força Nacional, irá deslocar delegados e agentes policiais, para que sob comando da Secretaria de Segurança Pública do Estado possamos

O governador Simão recebe o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a secretária de Direitos Humanos, Maria Rosário Neves e o secretário Zenaldo Coutinho

agilizar os inquéritos e termos um resultado muito importante no combate à impunidade”, disse o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

Ações permanentes Na ocasião, o governador do estado também enfatizou a necessidade de perenizar as ações e políticas públicas nos locais de conflitos . “Superada a crise, identificados os culpados e levados à punição, o estado brasileiro precisa estar cada vez mais presente nessa região com a presença firme através de ações coletivas e permanentes. Isso é o que vai equacionar essa questão”, disse. Na avaliação do ministro Cardozo: “Houve uma identidade de compreensão do problema entre os governos (estadual e federal) e nessa linha foi decidido trilhar alguns caminhos comuns”. Segundo ele, a postura da presidente Dilma é a de respei-

tar sempre a autonomia dos estados. “Esse encontro é resultado de uma reunião entre a presidente Dilma Roussef e o governador Simão Jatene, no último dia 3, na qual decidimos essa visita e o governador tem mostrado muita boa vontade da perspectiva dessa integração”. Para o governador do estado “A absoluta disposição e proporção de uma ação integrada e coletiva” é o que há de novo nesse momento em que volta o debate em torno da questão de conflitos no campo.

Reunião Técnica Após o encontro, reuniram-se dirigentes da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Secretaria de Segurança Pública do Estado para discutir ações do “Plano Integrado de Combate a Homicídios e Segurança Pública”. Nesta, também será tratado sobre a proteção das

Ao centro, Chefe da Casa Civil Zenaldo Coutinho, o ministro José Eduardo Cardozo, o governador Simão Jatene, a secretária de Direitos Humanos, Maria Rosário Neves, e o general Carlos Peixoto 10

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Ministro elogia atuação da Polícia Civil O ministro José Eduardo Cardozo elogiou a ação da Polícia Civil do Pará na investigação dos assassinatos do casal de extrativistas Maria do Espírito Santo Silva e José Carlos Ribeiro da Silva, ocorrida em Nova Ipixuna. No município de Marabá, Cardozo disse que as investigações estão bem adiantadas e os crimes não devem demorar a ser solucionados com a prisão dos responsáveis

O ministro da Justiça José Eduardo Cardozo lançou a operação “Defesa da Vida”, em Marabá

pessoas ameaçadas e a ampliação do sistema de carceragem do estado. Também participaram da reunião Zenaldo Coutinho, chefe da Casa Civil; Luiz Fernandes, secretário de Estado de Segurança Pública; José Brasil Júnior, secretário de estado de Justiça e Direitos Humanos; Caio Trindade, procurador de Justiça do estado; general Peixoto, comandante da 8ª Região Militar; capitão de Mar e Guerra Frances, representante do 4º Distrito Naval do estado; coronel Sobreira, chefe de estado Maior do 1º Comar; Márcio André Fraga, Juiz auxiliar da presidência; Geraldo Siqueira, representante do ministério do Desenvolvimento Agrário e Luiz Bonsaglia, do conselho nacional do Ministério Público.

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Operação “Defesa da Vida” combaterá violência no Pará, Amazonas e Rondônia

O ministro da Justiça, lançou a operação “Defesa da Vida”, em Marabá, município do sudeste do Pará, acompanhado da ministra chefe da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, Maria do Rosário Nunes, da secretária de Segurança Pública Nacional, Regina Miki, e do diretor geral da Polícia Federal, delegado Leandro Daiello. Um forte aparato de segurança, formado por homens da Polícia Militar e Civil, da Polícia Rodoviária Federal e da Força Nacional, recebeu o ministro em Marabá. Havia também agentes do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente). De Marabá, o ministro seguiu para Manaus (AM), segundo ponto da operação, e depois viajará para o Estado de Rondônia. (*) Secom

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O Governo itinerante nos 350 anos de Santarém >>

por Manuela Viana e Paulo Silber Fotos: Cristino Martins, Eunice Pinto/ Ag. Pará, Elza Lima/Secult e Rai Pontes/Ascom Seduc

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governador Simão Jatene recebeu uma medalha de homenagem aos 350 anos do município de Santarém, durante a festa de comemoração pelo aniversário da cidade. A festa foi realizada no Hotel Barrudadas Tropical e contou com a presença de diversos secretários de estado, que estão na cidade participando do Governo itinerante, que está no município. “Quero agradecer a Deus por me permitir vivenciar esse momento. Eu me sinto muito honrado e feliz de poder estar dividindo esse momento com vocês. Para ser correto eu precisava dividir essa medalha com cada paraense que me elegeu como governador”, disse Jatene. Em seu discurso, o governador também falou sobre a estadia na cidade. “Estar aqui é uma grande oportunidade para o governador poder ouvir os seus representados, já que a classe política vai facilmente à capital, mas a população não. A transferência do governo para Santarém deve acontecer pelo menos a cada trimestre, estou pensando seriamente à respeito dessa questão. O desejo de estar aqui é fato”, revelou Simão Jatene. Na ocasião, a prefeita do município, Maria do Carmo, falou sobre a presença do governador do estado na cerimônia. “Agradeço muito a presença do governador e de seu secretariado neste momento de comemoração do aniversário da cidade. Estou muito feliz com a participação de todos”. Outras autoridades também receberam a

medalha no total, 145 pessoas foram homenageadas com a medalha alusiva ao aniversário da cidade. Fizeram parte da mesa oficial do evento, o governador Simão Jatene; a prefeita Maria do Carmo; o presidente da Assembleia Legislativa do Estado, Manoel Pioneiro; o sub-procurador do Ministério Público Estadual, Jorge Mendonça Rocha; e o presidente da Câmara Municipal de Santarém, José Maria Tapajós.

Jatene anuncia investimentos de R$ 12 milhões em Santarém Simão Jatene inspecionou as obras de ampliação do sistema de captação e distribuição O governador Simão Jatene em Santarém, município do oeste paraense, transformado em sede administrativa do governo do Estado, assinou convênios, anunciou investimentos, garantiu a continuação de obras que estavam paralisadas, encontrou-se com políticos e líderes comunitários e chegou a quebrar o protocolo da segurança, ao deixar o aeroporto, quando desceu do ônibus para conversar com cerca de 100 trabalhadores sem terra que faziam um protesto na Rodovia Fernando Guilhon. Jatene também se reuniu com prefeitos da região, lançou o Programa Municípios Verdes e anunciou a criação do Centro de Convenções de Santarém, entre outros compromissos. Na manifestação dos sem terra, feita em

A presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, desembargadora Raimunda do Carmo Noronha, o governador Simão Jatene, o vice-governador Helenilson Pontes e o secretário de projetos estratégicos, Sidney Rosa

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nome de 3.500 famílias que reivindicavamm a criação de um assentamento na área de expansão da cidade, Jatene conversou com os líderes do protesto e comprometeu-se a ajudá-los no processo de regularização de terras. Em 10 minutos, aliviou a tensão e subiu novamente no ônibus, aplaudido pelos manifestantes. A caravana, integrada por 13 secretários de Estado, parou no estádio Colosso do Tapajós para verificar as obras do Centro Poliesportivo, e seguiu para um canteiro da Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa), onde autorizou a liberação de recursos para a consolidação do empreendimento, que ampliará a capacidade de captação e distribuição de água, beneficiando 60 mil pessoas.

Compromisso Na obra da Cosanpa, Jatene concedeu entrevista à imprensa local, ressaltando que estava promovendo, em Santarém, o cumprimento de uma promessa de campanha: levar adiante e terminar todas as obras deixadas pela administração anterior, inclusive as que, por problemas diversos, necessitam ser praticamente refeitas. O governador também se entusiasmou com a recepção do povo de Santarém, indicando que marcará nova visita ao município Ele anunciou investimentos imediatos de cerca de R$ 12 milhões em infraestrutura, esporte, cultura, saúde e meio ambiente, e falou sobre o Programa Municípios Verdes, ao qual o município aderiu, e não fugiu de temas polêmicos, como a proposta de divisão do Pará com a criação do Estado do Tapajós. “A aspiração do povo desta região de se tornar um novo Estado da Federação é absolutamente legítima. Eu fui eleito governador do Pará, com votação expressiva em Santarém, tenho um enorme apreço pela cultura, pelos valores e pela gente de Santarém, e respeitarei a decisão que for tomada. Se for para unir, vamos unir. Se for para separar, vamos atender”, acentuou. “O importante é que todo esse processo www.paramais.com.br

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se dê dentro da legalidade e que a população seja informada sobre todos os aspectos que envolvem a divisão. Enquanto isso, estamos mostrando que o governo está presente em todas as regiões, com investimentos em todas as áreas, como está previsto na nossa Agenda Mínima”, enfatizou Jatene.

Cooperação

O governador Simão Jatene recebeu uma medalha da prefeita Maria do Carmo , em homenagem aos 350 anos do município de Santarém

Antes de se encontrar com lideranças políticas e comunitárias da região, no hotel onde está instalado o gabinete de governo, no centro da cidade, Simão Jatene ainda assinou um termo de cooperação com a Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) para a criação do Centro Tecnológico. No encontro com o reitor da Ufopa, José Seixas Lourenço, o governador reafirmou o compromisso em mudar a realidade do Estado por meio de investimentos em educação. “A Ufopa tem tudo para contribuir de forma decisiva para que se consolide um novo olhar sobre a Amazônia. Um olhar que observe melhor as nossas causas e não os nossos causos”, comparou. “Através do conhecimento, a Universidade do Oeste do Pará está sedimentando talvez o melhor caminho para vencermos esse grande desafio, que é o desenvolvimento sustentável com base num novo modelo de ocupação da região, que não repita os erros do passado”, afirmou.

Consórcio para construir estradas

Governador Simão Jatene discursa durante o lançamento do programa Municípios Verdes no oeste do Pará

Governador Simão Jatene durante audiência com prefeitos do oeste paraense

O governador Simão Jatene propôs a formação de um consórcio pelos municípios da região oeste e o governo do Estado para buscar empréstimos em bancos federais, destinados à construção de estradas na região. Em acordo com os prefeitos, foi decidida a construção da ponte sobre o Rio Curuá, localizada na PA-370. As decisões foram tomadas durante audiência

Autoridades presentes na cerimônia de formatura de 558 crianças do PROERD

com cerca de 30 prefeitos. Jatene também determinou que a Secretaria de Estado de Transportes (Setran), por meio da 3ª Regional, instalada em Santarém, realize serviços emergenciais para melhorar as condições de tragefabilidade Jatene e a primeira dama Ana Jatene durante cerimônia de formatura de 558 crianças do Programa Nacional de Resistência às Drogas (PROERD) www.paramais.com.br

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da PA-370, no trecho próximo à hidrelétrica de Curuá-Una. Também será priorizada a pavimentação das rodovias PA-254, ao lado esquerdo do Rio Amazonas, região também conhecida como Calha Norte, e PA-370, na margem direita do Amazonas. Uma proposta destacada na audiência pelo deputado federal José Priante é tentar a

parceria do Ministério da Defesa na pavimentação da PA-254, no trecho sobreposto à rodovia federal BR-163 (SantarémCuiabá). O governador também avaliará a sugestão dos deputados estaduais de iniciar o asfaltamento da PA-254 a partir de cada município.

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Durante a apresentação da OSTP

Secult anuncia criação da Orquestra Sinfônica de Santarém A criação oficial da Orquestra Sinfônica de Santarém foi anunciada pelo secretário de Cultura, Paulo Chaves, por ocasião da apresentação da Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz, nas comemorações pelos 350 Anos da cidade, na Casa de Cultura de Santarém. Também anunciada a criação do Pólo Sociomusical, que terá a participação do maestro santareno Agostinho Fonseca. O projeto irá centrar foco na educação musical como forma de atrair crianças e adolescentes em situação de risco. Entre as metas do Polo Sociomusical está a promoção do intercâmbio entre os profissionais e estudantes de música de Durante a inauguração da ampliação do Serviço de Terapia Renal Substitutiva (Hemodiálise) e de Fisioterapia do Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA)

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Belém, Santarém e toda a região do Salgado. O concerto da Orquestra Sinfônica teve casa lotada em Santarém, com repertório que privilegiou a obra de Wilson Fonseca (1912-2002), com a execução do “Hino de Santarém”, “Abertura Sinfônica” (Centenário de Santarém), “Samaritana” (schottisch brasileira), “Um Poema de Amor” (1953) e “Canção de Minha Saudade”, aplaudida de pé e cantada pelo público presente. No bis, uma peça extra: a “Canção da Divina Saudade”. Ainda no repertório, peças de Rossini, Mozart, Beethoven, Villa Lobos e Sibeluis, numa noite histórica que contou com a participação do Coral Jovem Maestro Wilson Fonseca e da cantora Cristina Caetano.

Novas instalações do Hospital Regional do Baixo Amazonas A entrega dos equipamentos e inauguração do centro fisioterápico, resgata um compromisso assumido na agenda mínima de governo. O Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA) conta com 15 novas máquinas de hemodiálise, totalizando agora 27 equipamentos – que suplantam a demanda de renais crônicos da região oeste, atendendo não apenas Santarém, como outros 19 municípios da região –, além de um setor completo de fisioterapia para o tratamento de lesões acarretadas pelo câncer. “Esse é um momento de celebrar a vida. Sabemos que os renais crônicos necessitam dessas máquinas para viver melhor, e disponibilizá-las significa garantir condições para que essas pessoas possam lutar contra a doença e ter uma vida mais digna. Sendo assim, o meu sentimento é de felicidade, por estar contribuindo para que tantas delas possam ter essa qualidade de vida”. O secretário de Estado de Saúde Pública, Helio Franco, informou ainda que a partir do mês de junho todos pacientes dos 19 municípios da região, além de Altamira, não precisarão mais se deslocar para Belém para tratamento de câncer. Segundo ele, com a reestruturação do hospital será possível oferecer tratamento cirúrgico, quimioterápico, radioterápico ou braquiterápico no próprio Hospital Regional. “Vamos ampliar alguns serviços, www.paramais.com.br

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A Orquestra sinfônica do Teatro da Paz (OSTP) durante apresentação em homenagem aos 350 anos da cidade de Santarém

Jatene assinando o termo de contrução do Centro cirúrgico/Obstétrico e da Central de Material Esterelizado (C.M.E) da Unidade Mista de saúde do Município de Belterra-Pa

como o de neurologia e neurocirugia, e também estamos iniciando o atendimento na área cardiológica. Este mês já foram implantados marcapassos em diversos pacientes, que outrora necessitavam viajar para Belém para fazer esse tipo de intervenção.

Referência O diretor do HRBA Heberth Moreshi, agradeceu a Simão Jatene pela contribuição para o setor da saúde na região e disse que dos 48 serviços previstos inicialmente para o hospital, 46 já estão em pleno funcionamento. O HRBA recebeu o reconhecimento da direção de Urgência e Emergência da Sespa como o hospital mais resolutivo do Pará, e também o reconhecimento do Ministério da Saúde e do Instituto Nacional do Câncer com o título de ‘Unidade de Alta Complexidade de Oncologia’. “A partir de 2012, faremos do Hospital Regional do Baixo Amazonas um pólo de formação de profissionais de Saúde”, assegurou.

olímpica foi acesa no centro do ginásio da Universidade do Estado do Pará (Uepa), local da abertura. A solenidade contou com a presença de Cláudio Ribeiro, secretário-adjunto de ensino da Seduc; Izabela Jatene, coordenadora do Pró-Paz; Maria José Maia, diretora da 5ª Unidade Regional de Educação (URE); Alan Roloali, aluno da escola estadual Álvaro Adolfo, além de Valter Falcão Costa, coordenador do campus da Uepa de Santarém e Antenor Nascimento, tenente-coronel da Polícia Militar. Como já é tradição, a abertura contou com a execução de hino nacional e do estado do Pará, desfile de porta-estandarte, apresentação das delegações, juramento dos alunos-atletas feita pela estudante Emily Tavares, da escola estadual Plácido de

Castro e entrada da tocha conduzida pelo aluno Carlos Daniel Barreto, da escola estadual Madre Imaculada. A abertura teve também a apresentações sócio-culturais como o grupos de dança da Aassociação de Pais e Amigos do Excepcional (Apae), do projeto “Garoto Nota 10” do 3º Batalhão de Polícia Militar e da banda de música da escola estadual Almirante Soares Dutra. Os jogos começam na tarde de hoje e estarão concentrados no campus da Uepa. Lá, serão disputadas partidas de voleibol, handebol e futebol de salão. A escola estadual Mário Uchôa também é palco dos Jep’s. (*) Secom

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Na abertura da edição de Santarém dos 53º Jogos Estudantis Paraenses (Jeps)

Jogos Estudantis em Santarém A Secretaria de Estado de Educação (Seduc), com participação de cerca de 600 alunos de cinco cidades do oeste paraense, abriu a edição de Santarém dos 53º Jogos Estudantis Paraenses (Jep’s). Além da anfitriã, Juruti, Óbidos, Faro, Rurópolis e Alenquer. No total, oito escolas estarão sendo representadas, sendo cinco estaduais, duas municipais e uma da rede particular. Em clima de grande festa, a pira www.paramais.com.br

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O governador do Pará, Simão Jatene, abriu oficialmente, a Semana do Meio Ambiente, no Hangar

Semana do Meio Ambiente deixa saldo positivo no debate sustentável >>

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Semana do Meio Ambiente, coordenada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), deixou saldos positivos para o Estado. O evento, ocorrido entre os dias 5 e 10 deste mês, começou com caminhada ecológica que foi da praça Dom Pedro I até a praça da República e resultou na discussão de assuntos como o programa Municípios Verdes e a emissão de carbono na atmosfera. Com o tema “Construindo um Pará sustentável”, a Semana do Meio Ambiente reuniu especialistas de meio ambiente

Fotos: Cristino Martins/Ag. Pará

de vários órgãos e entidades, a exemplo do superintendente de Planejamento da Agência Nacional de Águas (ANA), Ney Maranhão, e o professor da Universidade Federal do Pará (UFPA) Thomas Mitschein. O representante da ANA falou sobre o Sistema Nacional de Gestão de Recursos Hídricos, dos garimpos – que têm provocado danos ambientais –-, da poluição causada pelas cidades, da geração de energia elétrica e de outras formas de uso da água, que precisam de intervenções e programas de investimentos em obras.

Tereza Cativo, secretária de Estado de Meio Ambiente, durante abertura da Semana de Meio Ambiente

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“Tem de haver um pacto entre os Estados e a União para administrar os recursos hídricos”, disse.

Proteção Outra importante discussão foi a de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (Redd), conduzida por Thomas Mitschein. Para ele, a Redd é um bom caminho para a proteção e melhoria da vida dos moradores da floresta. “Biodiversidade e floresta em pé são dois elementos que devem ser usados em benefício dos amazônidas”, analisou. Os debates aconteceram em dois dias de mesa redonda, no Hangar - Centro de Convenções e Feiras da Amazônia. Participaram das discussões representantes de entidades como os bancos da Amazônia e do Brasil; institutos Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), de Mineração (Ibram) e de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará (Idesp); UFPA; Secretaria de Agricultura do Estado (Sagri); Prefeitura de Para-

Cartilhas e outros materiais de informação sobre unidades de conservação, florestas, recursos hídricos e pesquisas na área agrícola foram distribuídos gratuitamente no Hangar

gominas; Tribunal de Contas do Estado (TCE); e Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa). Um dos parceiros da Sema no evento, a Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa) também fez atividades alusivas à data. Por meio do projeto “Saneamento e Cidadania”, escolas da rede pública e privada visitaram a Estação de Tratamento de Água (ETA) Bolonha, participaram de palestras e assistiram a uma peça do teatro de fantoches com a temática ambiental. No Parque do Utinga, os estudantes fizeram plantio de várias espécies de mudas.

Simão Jatene parabeniza Tereza Cativo pela Semana do Meio Ambiente

Floresta Ainda na programação, houve uma importante discussão sobre o programa Municípios Verdes, do qual participaram os secretários de Estado de Meio Ambiente, Teresa Cativo, e de Projetos Estratégicos, Sidney Rosa; o prefeito de Paragominas, Adnan Demachki; o superintendente do Ibama, Sérgio Suzuki; e o presidente da Faepa, Carlos Xavier. Cartilhas e outros materiais de informação sobre unidades de conservação, florestas, recursos hídricos e pesquisas na área agrícola foram distribuídos gratuitamente no Hangar, durante os dois dias de debates, mesas redondas e palestras. Houve espaço ainda para exposições de produtos e experiências sustentáveis. No último dia da Semana do Meio Ambiente, diretores, técnicos e estagiários da Sema participaram de atividades esportivas no Parque Estadual do Utinga, como caminhada, trilha ecológica, rapel e aeróbica. Dentre os quatro, os participantes puderam escolher uma para se envolver do início ao fim. Um grupo folclórico regional embalou o grupo com músicas e danças típicas da Amazônia, regados a frutas e sucos da terra.

"A PROAM Alimentos e Eventos, reuniu no último dia 22/05, colaboradores, familiares, clientes e fornecedores para comemorar 10 anos de fundação. Na oportunidade a Diretoria relembrou conquistas e anunciou novos projetos. Parabéns e Sucesso."

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UFOPA será sede do Parque Tecnológico do Tapajós “

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stamos absolutamente convencidos da importância da implantação do Parque de Ciência e Tecnologia (PCT) do Tapajós no campus da Universidade Federal do Oeste do Pará, em Santarém”, afirmou o reitor da UFOPA, Prof. Dr. José Seixas Lourenço, durante reunião entre a Administração Superior da Universidade e representantes do Governo Federal e do Estadual, realizada na última segundafeira, dia 30 de maio, na Reitoria. “O uso sustentável da biodiversidade, através da agregação de valor aos nossos produtos regionais, deverá ser o carro-chefe do Parque, que também poderá acolher incubação na área de pesca, aquicultura, de minerais, entre outros”. Coordenado pelo reitor da UFOPA, o encontro contou com a participação do secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento (SEPED) do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Carlos Afonso Nobre; do vice-governador do Pará, Helenilson Cunha Pontes; e da diretora de Inovação e Transferência de Tecnologia, Gisa Helena Melo Bassalo, da Secretaria de Estado de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (SEDEC), além de pró-reitores e representantes dos institutos. Orçado em 47 milhões de reais, o PCT Tapajós abrigará, em 11 mil metros quadrados de área, uma incubadora e um condomínio de empresas de base tecnológica. Os recursos serão oriundos tanto do poder público quanto da iniciativa privada. “A nossa expectativa é que até o final de 2015 tenhamos boa parte dos investimentos alocados”, explica Gisa Bassalo. “Hoje já temos o plano diretor e o plano de negócios do Parque Tapajós. As próximas etapas serão a contratação da execução do projeto executivo, o licenciamento ambiental e o início das obras”. Além de estimular a formação e a instalação de empresas no Parque, a universidade também terá uma função gerencial, engajada na transferência de tecnologia e

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Prof. Dr. José Seixas Lourenço, reitor da UFOPA

na capacitação dessas empresas. “Não é qualquer tipo de empresa que vai ser incubada, só aquelas que realmente pretendem ter um acervo tecnológico proveniente do conhecimento que é gerado pela universidade”, explica Seixas Lourenço. O Parque também estará aberto às instituições públicas e privadas da região. “Isso envolve também muito a área de gestão, administração, contabilidade, planejamento regional, uma série de segmentos para transformar esse parque em um impulsionador de novos empreendimentos”.

Contexto Segundo Gisa Bassalo, os parques de ciência e tecnologia surgiram como estratégias de inovação e desenvolvimento regional. “Os parques são complexos de desenvolvimento econômico e tecnológico que visam fomentar economias baseadas no conhecimento científico e na cultura do empreendedorismo e da inovação”. Três parques foram planejados para o estado do Pará: o PCT Guamá, que já está sendo implantado no campus da Universidade Federal do Pará (UFPA), em Belém; o PCT Tocantins, previsto para Marabá; e o PCT Tapajós, a ser implantado no campus da UFOPA, em Santarém, a partir de 2012. “Estamos trabalhando com o Governo Federal e, em particular, com o Governo Estadual, há pelo menos cinco anos. Já temos um plano diretor e de negócios, no qual foram identificados alguns setores econômicos considerados importantes de se trabalhar, sendo o principal deles o uso sustentável da biodiversidade”, explica Seixas Lourenço.

Parceiros Além de comemorar as parcerias consolidadas durante a reunião, que passam pelo Governo do Estado, através da Secretaria de Desenvolvimento de Ciência e Tecnologia, e pelo Governo Federal, através do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e da sua agência financiadora de estudos e projetos, além do Ministério da Educação (MEC), através da Secretaria de Educação Superior, Seixas Lourenço anunciou que está negociando uma parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). “Temos uma expectativa de, ao longo desse ano, dar os primeiros passos de instalação do PCT Tapajós, começando com uma incubadora de empresas. Já dispomos de espaço físico, dentro do próprio campus Tapajós, que acolherá todo o projeto. Já temos financiamento do Governo do Estado para detalhar o projeto executivo, que implicará na incubadora, no condomínio de empresas, em toda a parte de gestão e departamento ligado à propriedade intelectual, e todo um conjunto de unidades que comporão o Parque Tecnológico”. Para o vice-governador Helenilson Pontes, a reunião entre o governo do estado, o reitor da UFOPA e o Ministério da Ciência e Tecnologia foi extremamente positiva. “Estamos amarrando as pontas no sentido da criação de um Parque Tecnológico, que será um instrumento importantíssimo de geração de conhecimento no interior da Amazônia. Santarém tem tudo para atrair empresas âncoras, gerando ciência e tecnologia a partir dos produtos da floresta, se colocando no palco internacional do desenvolvimento com sustentabilidade.”

A reunião entre o governo do estado, o reitor da UFOPA e o Ministério da Ciência e Tecnologia foi extremamente positiva www.paramais.com.br

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Belo Monte é prioridade para o país >>

Fotos: Carlos Silva/Ag. Pará e Renato Araújo/ABr

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ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, anunciou, ao governador do Pará, Simão Jatene, que pretende visitar ainda este mês o município de Altamira, no oeste do Estado, para acompanhar o início das obras de construção da Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, incluída no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e considerada fundamental pelo Governo Dilma Roussef. Acompanhado do secretário de Estado de Governo, Sérgio Leão, Simão Jatene mostrou sua preocupação com as medidas compensatórias prometidas pela União, a fim de minimizar os impactos ambientais e sociais decorrentes da construção da barragem. “Foi uma conversa muito boa, em que a ministra Miriam Belchior ressaltou a importância de Belo Monte para o país”, disse Simão Jatene, lembrando que a titular da pasta do Planejamento também destacou a implantação da usina como um novo vetor de desenvolvimento regional, que evitará erros cometidos no passado. “Defendemos que a sociedade local seja protagonista do empreendimento”, afirmou o governador do Pará, anunciando a implantação do Comitê de Acompanhamento das Obras de Belo Monte, que terá representantes dos municípios que serão afetados pela construção da usina.

Governo levará adiante projeto da Usina de Belo Monte O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto CarA gente respeita a posição da Anistia, mas o governo brasileiro tem convicção firmada da idoneidade do processo, da adequação do projeto

Belo Monte é prioridade para o país

valho, disse que o governo brasileiro respeita a posição da Anistia Internacional sobre a Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Xingu, no Pará, mas tem “orgulho” do projeto e não pretende voltar atrás na decisão de levar a obra adiante.. A Anistia Internacional pediu que o governo brasileiro suspenda o projeto até que os direitos das populações indígenas estejam Miriam Belchior disse ao governador Simão Jatene e ao secretário Sérgio Leão plenamente garantidos. A organização diz que acompanhará de perto o início das obras da hidrelétrica que “dar continuidade do projeto de Belo Monte” equivale a “sacrificar os direitos humanos pelo desenvolvimento”. “A gente respeita a posição da Anistia, mas o governo brasileiro tem convicção firmada da idoneidade do processo, da adequação do projeto. Temos orgulho desse projeto. Vamos fornecer as informações que forem necessárias, mas a obra, definitivamente, vai acontecer”, afirmou Carvalho. O governador Simão Jatene durante audiência em Brasília com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior

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NOOLHAR constrói barracas juninas reaproveitando 12 mil CD’s >>

por Liandro Brito Fotos: Noolhar e Jesiel Rodrigues

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ONG NOOLHAR construiu seis barracas que estão sendo usadas na praça central do Shopping Pátio Belém para a venda de comidas típicas juninas. Ao todo, 12 mil CD’s doados pela Receita Federal em Belém foram reaproveitados, além de 800 caixas de ovo usado para a construção do telhado das barraquinhas. Estas caixas foram recolhidas na Companhia de Abastecimento do Pará (Ceasa) pela NOOLHAR, além de ser usadas as doadas no Ponto de Entrega Voluntária (PEV), na rua Riachuelo, centro comercial de Belém. Cada CD que compõe a barraca foi customizado com tecido. Pequenos laços de PET também foram usados para enfeitar as barracas. Os detalhes artísticos, como Balão junino com garrafas PET

Na praça central do Shopping Pátio Belém

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Caixas de ovo usado para a construção dos telhados das barraquinhas

ECODICAS

pintura, contou a dedicação de moradores do bairro Terra Firme e alguns voluntários, como Daniel Mescouto, que ajudou na customização dos CDs. O que iria para o lixo, virando um problema ambiental, se transforma em obra de arte e gera renda para comunidades carentes do Guamá, envolvendo cerca de 20 pessoas. Além das barracas que medem 30 metros

As barracas que estão sendo usadas para a venda de comidas típicas juninas

quadrados e levaram 20 dias para serem construídas, a NOOLHAR confeccionou um balão junino com garrafas PET, com detalhes em flores também de PET. Cerca de 600 garrafas foram usadas para este trabalho. A NOOLHAR quer chamar atenção para o crime de se soltar balão junino por causa das queimadas. “Se soltar balão, que seja de flores ou semente”, mensagem do MKT do shopping e da NOOLHAR. A idéia de todo este trabalho é incentivar a população para coleta seletiva e dar sugestões de decoração ecológica. As pessoas podem decorar a rua a escola, condomínio, casa, usando a criatividade e ajudando nas questões ambientais. Dá pra criar bandeirolas com jornal e garras PET, por exemplo.

Confeccione bandeirinhas reaproveitando retalhos de tecidos, jornais, revistas e banners; Faça coleta seletiva dos materiais durante a quadra junina e doe-os às cooperativas de catadores; Nas decorações de barracas, casas e fantasias, use materiais alternativos como: palhas e folhas secas; Evite fazer fogueiras. Além de causar acidentes por queimaduras elas emitem gases poluentes; O lixo fica e a festa junina acaba. Pensando nisso, organize uma ação de limpeza em ruas, condomínios e nas escolas, durante e quando terminarem as comemorações; Não se esqueça de retirar as amarrações das bandeirolas das ruas, destinar ou guardar esses e outros materiais. O excesso delas pode causar danos às redes de energias, e pior, caem na rua, entupindo bueiros e canais; Não permita que crianças comprem fogos de artifícios.

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Pássaros Juninos

A tradição do

no

Pássaro Juni

A cara do folclore paraense >>

O

por Vanda Duarte Fotos: Alzyr Quaresma e Waldemar Carvalho

mês mais folclórico do ano chegou e com ele as manifestações culturais da época junina mostram a riqueza de um povo que buscou sua identidade em meio à mistura de etnias do seu processo de colonização. Se o povo brasileiro “não desiste nunca”, o paraense além de não desistir de suas batalhas, busca na cultura o resgate de uma história rica e tipicamente amazônica. E é no mês de junho que Belém vivencia a grande expressão de sua cultura popular – os Pássaros Juninos, manifestação em forma de teatro musicado que nasceu em Belém no final do século XIX. O reconhecimento aos grupos de Pássaros Juninos na capital paraense é tão grande, que a Prefeitura Municipal de Belém convidou os grupos mais tradicionais da cidade para a programação do Arraial de Belém 2011. São 15 pássaros que se apresentaram durante a Mostra Junina da PMB, na Cuia

Acústica da Praça Waldemar Henrique, e no Museu Emílio Goeldi. O presidente da Fundação Cultural do Município de Belém (Fumbel), Carlos Amilcar, reconhece a importância do segmento cultural para o povo local. “Valorizar a cultura de um povo que agrega várias tradições não é missão fácil, mas os pássaros juninos tem uma história, uma beleza e uma identidade que precisa ser amplamente divulgada pelo poder público e isso a PMB faz não somente durante o Arraial de Belém, mas em comemorações como a Semana do Folclore, o aniversário do Ver-o-Peso, e várias outras ações do município”, comentou Amilcar. Somente encontrado no Pará, o pássaro junino é tio cantam com ianças se en ões aç nt se Adultos e cr re ap imação das colorido e an

Em Belém a

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tradição do

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no resiste ao

pificado como um melodrama fantasia de origem mais urbana. Os elementos da encenação são muito bem elaborados, desde o figurino até o texto, onde os brincantes trocam algumas vezes de vestimentas e o pássaro é quase um coadjuvante na estória. Adultos e crianças se encantam com o co-

Quadrilha Junina no Arraial de Belém 2011

Olha o Boi aí

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imporculturais tão anifestações ra o Estado do Pará pa tantes

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amente para

lorido e animação das apresentações, que duram aproximadamente uma hora, sendo o repertório de músicas o elemento essencial para a beleza do espetáculo. Os Pássaros Juninos são manifestações culturais tão importantes para o Estado do Pará. Diversos estudos já foram feitos sobre o assunto. O poeta e escritor Bruno de Menezes dedicou parte do seu tempo a análise do melodrama fantasia e o conceituou como uma espécie de ramificação ou desenvolvimento dos Cordões de Bichos, que teriam se destacado no cenário das festas populares paraenses a partir de 1900, época da Bélle

ense

Em Belém a tradição do Pássaro Junino resiste ao tempo e ainda há diversos grupos em atividade que buscam no amor e na dedicação dos seus antepassados o reconhecimento da cultura tipicamente paraense.

Anarriê....

Époque amazônica Mas por que são chamados de “melodrama-fantasia”? Bem, nada foge ao conceito literal das palavras já que são encenados espetáculos com fortes características melodramáticas como os conflitos familiares, as traições, os dramas amorosos e as vinganças. Não podemos esquecer, também, a parte cômica, além do canto e da dança. õe

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A Praça Waldemar Henrique lotada, constantemente. O Arraial de Belém - folclore em toda parte, cultura pra toda gente, caiu no gosto da população…

O Arraial de Belém na Praça Waldemar Henrique Com oficinas de pintura e confecção de bois de papel no Espaço Criança, mostras de grupos culturais na Concha Acústica, concursos de misses, de quadrilhas mirins e de quadrilhas adultas no palco principal, além das barracas de comidas típicas a Praça Waldemar Henrique teve atrações para todos os gostos e todas as idades na programação oficial junina da Prefeitura de Belém que vai até o dia 03 de julho. O ‘Arraial de Belém - folclore em toda parte, cultura pra toda gente’ caiu no gosto da população, com um público de mais de 30 mil pessoas registrado somente nos primeiros dois dias da programação. A arquibancada ficava lotada desde o início da programação cultural às 18h até o final das apresentações, já por volta de duas horas da manhã. Dezesseis quadrilhas se apresentaram nos concursos da prefeitura na Praça Waldemar Henrique, sendo quatro mirins e 12 adultas e vários bairros da capital, na noite deste sábado, 18. Na disputa das misses, quarenta e oito candidatas tiveram dois minutos cada uma para conquistar os jurados nas categorias: Caipira, Simpatia e Mulata Cheirosa. Ao todo 231 misses, 77 grupos de quadrilha de Belém e 36 do interior se inscreveram no concurso de Belém.

Serviço

‘Arraial de Belém - folclore em toda parte, cultura pra toda gente’ – Concurso de Quadrilhas e de Misses, mostras de grupos culturais, Feira de artesanato e oficinas educativas sobre folclore. A programação oficial junina da Prefeitura de Belém vai até o dia 03 de julho.

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Motopasseio dos Namorados. Apaixonados pela Natureza

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m comemoração ao Dia Mundial do Meio ambiente e dos Namorados, foi realizada uma visita dos motociclistas ao Parque Estadual do Utinga, onde foram realizadas atividades como trilha, rapel e caminhada. Foi plantada uma árvore pelos motociclistas em homenagem a Camillo Martins Vianna, destacado ambientalista em favor do meio ambiente e da Amazônia. A ação foi recepcionada pelo Batalhão de Polícia Ambiental e SEMA – Secretaria Estadual do Meio Ambiente. Ainda fazendo parte da programação foi realizada uma visita dos motociclistas ao homenageado Dr. Camillo Vianna, considerado um ícone na luta da preservação da Amazônia e do bem estar do planeta. Nesta visita, foi plantada uma árvore em sua homenagem e será plantada também uma samaumeira no portal da entrada de Mosqueiro, com o um símbolo do carinho dos motociclistas para este grande ambientalista. Com o tema “Apaixonados pela Natureza”, o Motopasseio dos Namorados se consagra como o maior evento motociclístico do estado do Pará e um dos maiores do Brasil, nesta 23º edição. Domingo, dia 12 de junho, com destino à ilha do Mosqueiro, foi realizado o tradicional Motopasseio dos Namorados, em comemoração ao Dia dos Namorados, reunindo milhares de casais motociclistas apaixonados. Aliando a paixão pelo motociclismo, foram realizadas campanhas de educação ambiental, de segurança no trânsito e de prevenção às DST’s – (Doenças Sexualmente Transmissíveis) e às drogas. Segundo a organizadora e criadora do evento, Vera Santos, “as recentes catástrofes ambientais no planeta e o desmatamento no estado do Pará, chamam atenção para a conscientização de todos em favor da natureza e os motociclistas não poderiam ficar fora”. O evento reuniu motociclistas, mototaxistas e motoclubes com suas motocicletas de várias marcas e modelos. Em Mosqueiro houve uma programação na Praia www.paramais.com.br

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Na saída do Motopasseio

Motociclistas com o grande ambientalista

O homenageado Dr. Camillo Vianna com parte dos motociclistas que lhe homenagearam

do Farol com a escolha da “Motociclista Mais Bonita”, “o Motoboy Mais Bonito”, “O Casal Mais Romântico”, A “Motocicleta Mais Enfeitada” e o “Motociclista Zero Por Cento de Álcool”. Foi destacada a importância da coleta seletiva do lixo para o meio ambiente, com uma homenagem aos garis, distribuídos brindes e sorteadas duas motocicletas Honda, zero quilômetro, sendo uma Biz e uma Fan 125 no palco da Praia do Farol entre os inscritos no evento. O motociclista, no ato da inscrição, doou um quilo de alimento não perecível e recebeu uma camiseta temática do evento. Os alimentos arrecadados foram doados às seguintes instituições: Asilo S. Vicente, Creche Cordeirinhos de Deus, Creche Betinho, Grupo Pará Vida, Grupo Nova

Vida, Comunidade Belém, Lar de Maria, Igreja Cristo Rei além de instituições em Castanhal e Mosqueiro. As ações educativas e preventivas foram em parceria com a ASPAMOTO – Associação Paraense de Motociclistas, as quais visam ações em favor do motociclista com o lançamento do selo “Eu sou Motociclista Cidadão”. O Motopasseio dos Namorados contou com um forte esquema de segurança em parceria com a Prefeitura de Belém - Agência Distrital de Mosqueiro , através do Prefeito Duciomar Costa e apoio dos seguintes órgãos no percurso Belém-Mosqueiro: DETRAN, Polícias Rodoviárias Federal e Estadual, CTBel, ROTAM, Corpo de Bombeiros, Pará Resgate , SAMU e da Federação dos Mototaxistas do Estado do Pará. Pará+ 27

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O São Pedro está-se a acabar... >>

á na terra de Camões manifestações religiosas sui generis como as dos Santos Populares. Vejamos: Santo António tem sua festa máxima em Lisboa nos dias 12 e 13 de Junho. Depois desmontam tudo como se nada mais haja para festejar. As pessoas interessadas deslocam-se ao norte do país para festejar intensamente o São João no Porto e em Braga a 23 e 24. Terminado, ficam a lembrança e a esperança do próximo ano. Para encerrar a quadra as atenções vão para São Pedro. Neste contexto os devotos do portador das chaves do céu contestam os simpatizantes de Santo Antônio e São João quando cantam: “ Santo Antônio já se acabou,/ o São Pedro está-se a acabar…/São João dá cá

por Anete Costa Ferreira

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Nas ruas do Porto

um balão para eu brincar!” Revidam com a frase. “ié, ié, ié, o São Pedro é que é!”, afirmando que a quadra está defasada da realidade, pois os festejos a São Pedro ainda nem começaram. Na Póvoa do Varzim no Alto Minho as festas se realizam durante 24 horas quando os eventos vão desde as sardinhas assadas na brasa até aos fogos de artifícios nos dias 28 e 29 de Junho. São momentos de animação para os moradores e turistas que abrilhantam as iniciativas. Em Porto de Mós, situada às proximidades de Leiria, no centro de Portugal, as festividades em louvor a São Pedro eram de cariz eminentemente religioso até 1950. Mas a partir de 1977 ganharam relevo com as inovações implantadas pelo povo, levando a Câmara Municipal a decretar a transferência do feriado municipal para 28

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A imagem de João Baptista é apresentada geralmente com um menino com um carneirinho ao colo. É que foi ele quem anunciou o Cordeiro de Deus

29 de junho, cancelando o diploma anterior que fixava a data de 14 de Agosto. As cerimônias religiosas são prestigiadas pelos fiéis nas celebrações tanto no interior da igreja como na procissão que percorre as ruas com grande acompanhamento. Encerrada a parte sacra, partem para o profano que oferece inúmeras atividades. O Departamento de Cultura e Turismo promove durante uma semana exposições, feira de artesanatos, concertos, festas populares, gastronomia e corridas de touros. As ruas são engalanadas com balões, guirlandas, rosetas de flores,

Bonecos da festa de São João - Braga – Portugal

fogueiras e bandeirinhas. Foi introduzido em 1980 o Desfile das Marchas com adesão maciça de jovens. No concurso de Quadras Literárias dedicadas ao Santo Popular a vencedora em 2010 foi: “No meu querido São Pedro/C’o castelo a iluminar/Vou marchar p’ l’ Avenida/ E às Tasquinhas petiscar!”. É considerado o ponto alto do encerramento das festividades. Na Vila piscatória de São Pedro de Afurada, em Gaia, a meia noite de 28 os fogos de artifícios dão início as celebrações do padroeiro da localidade. Pela manhã de 29 sai a procissão marítima com os andores ricamente enfeitados. À frente, o de São Pedro, seguido do de Nossa Senhora de Fátima, São Miguel Arcanjo e Nossa SeOnde há espaço dança-se à volta das fogueiras...

nhora do Carmo, esta considerada a Protetora dos Homens do Mar. Permanecem na Praça de São Pedro junto da antiga Igreja que foi arrasada pelas enchentes do Rio Douro. O restaurante “A Casa do Pescador” mantém como recordação uma moldura com a foto do templo destruído. A bênção dos barcos é o ponto alto das celebrações onde as famílias ribeirinhas acompanham o cortejo ao som de sirenes e morteiros. Carrosséis, máquinas de jogos, barraquinhas com quinquilharias, iguarias, ranchos folclóricos, Tunas Acadêmicas, música eletrônica, marchas populares, Escolas de Samba e Trio Elétrico animam o arraial até ao encerramento na manhã de 1 de julho. Também Sintra ganha relevo com as festas em honra a São Pedro que atingem o www.paramais.com.br

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auge dia 29 de Junho. Pela manhã há o hasteamento de bandeiras, seguido do hino nacional e entrega de comendas às autoridades e personalidades civis. As iniciativas têm início seis dias antes com a Feira do Livro em Queluz; espetáculo musical e dança flamenga em Mem Martins; concerto em Montelavar; palhaços e artistas divertem a petizada, em São Pedro de Penaferrim; exposição de arquitetura no Palácio da Regaleira; desfile de Modas no Palácio de Queluz, além dos Desfiles das Marchas Populares,

Sao Joao Baptista, é o único Santo cuja comemoração se festeja no próprio dia do seu nascimento (24 de Junho) ao contrário dos outros santos que são festejados no dia da sua morte

defendendo temas como: As Vindimas, O Pão, As Hortas e os Pomares nas várias localidades do município de Sintra nos dias em que se enchem de cores, luzes e movimentos para venerar São Pedro. Na Ilha da Madeira, a vila piscatória de Ribeira Brava celebra São Pedro com grande pompa. Os moradores decoram as ruas com flores e instrumentos de pesca. A procissão marítima conta com muitos barcos enfeitados e o que transporta a imagem do padroeiro sobressai-se por ser o mais bonito. No regresso ao porto de origem as embarcações atracam e seus

Na festa de São João em Braga

ocupantes vestidos a caráter di- Durante a festa de São João no Porto rigem-se à Praça Centenária para participarem da famosa Dança das Espadas, considerada a mais emblemática atração das comemorações dedicadas ao padroeiro da região. A Associação para o Desenvolvimento de Penafiel e a Câmara Municipal organizam as celebrações em honra a São Pedro. A mais destacada é o Desfile das Marchas da qual participam a Universidade Sénior, Juventude, Escola Secundária de Penafiel e Grupo folclórico da cidade. Nas ruas da zona histórica o povo partici- um iluminação especial ao ambiente festipa ativamente dos festejos no arraial en- vo. O realce nas praças é a participação do feitado onde lâmpadas multicoloridas dão povo dançando ao som de músicas típicas da época. A sardinha assada na brasa e o bom vinho da região proporcionam excelente jantar aos visitantes das tasquinhas. As imponentes manifestações em louvor aos santos populares confirmam a tradição dos portugueses em homenagear seus padroeiros em localidades consideradas especiais, sem jamais considerarem que o São Pedro está-se a acabar. Dança do Rei David, no dia de São João

(*) Correspondente da Revista Pará+ em Lisboa ‒ Portugal

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Serzedelo Corrêa, 343 (entre Braz de Aguiar e Gentil) Fone: (91) 3224-4520 www.paramais.com.br

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Câmara Municipal homenageia ambientalistas com medalhas e diplomas Dorothy Stang >> Fotos: Alzyr Quaresma e Arquivo CMB entro das comemorações da Semana Mundial do Meio Ambiente, a Câmara Municipal de Belém realizou sessão especial para entregar o diploma e medalha “Irmã Dorothy Stang” a dezessete personalidades, que se destacaram na luta pela preservação do meio ambiente, conservação da floresta, fim da impunidade no campo e respeito à vida. Entre elas, os ambientalistas Camillo Martins Vianna, Ivonildes Santos, José Ailton Santos, o Procurador Geral da República Felício Pontes e a ex-governadora do Estado Ana Julia Carepa. A sessão recebeu grande número de pessoas, foi bastante animada e festiva. O vereador Marquinho foi o primeiro a se manifestar sobre as homenagens, recordando a luta da Irmã Dorothy Stang, em favor da preservação da floresta e desejando que “este dia seja mais uma etapa da luta das pessoas do bem”. Marquinho desejou que todos os presentes, se engajem nos movimentos em favor do respei-

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Felício Pontes, Procurador da República, recebendo a homenagem 30

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Câmara Municipal entrega medalhas e diplomas Dorothy Stang.indd 30

Raimundo Castro, recebeu o médico e ambientalista Camilo Vianna

to, da vida, da floresta, da natureza e da vida do homem do campo. Ao final deu conhecimento de que a sessão tinha sido

O grande homenageado do dia Camillo M.Vianna

aprovada por todos os vereadores e desejou que “as idéias de irmã Dorothy permaneçam entre nós”. O grande homenageado do dia Camillo M.Vianna, não fugiu da sua rotina de protestos contra os crimes ambientais e fez mais uma denúncia. Disse ele que “nossos manguezais estão acabando e com eles a chamada Orla Praiana Azul da Amazônia está deixando de existir”. Confirmou que continua plantando árvores e lutando pelo reflorestamento da Amazônia e que sua meta ainda não foi alcançada. Em seu pronunciamento, Camillo, fez questão de mostrar a todos os presentes as últimas edições das revistas Pará+ e Amazônia, onde é articulista, e onde defende com sua alma, a questão ambiental, há longos anos, sendo o primeiro no Pará e na Amazônia a se importar e dedicar sua vida ao Meio Ambiente amazônico.

Abel Loureiro entrega a comenda à Camilla Miranda, secretária municipal de Meio Ambiente www.paramais.com.br

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Dr. Camillo em seu pronunciamento homenageando o Meio Ambiente, fez questão de mostrar a todos os presentes as últimas edições das revistas Pará+ e Amazônia. Na foto com os Vereadores: Antonio Vinagre, Carlos Augusto Barbosa, Abel Loureiro, Raimundo Castro, Presidente da CMB e Nadir Neves

Também outro ponto de destaque foi a homenagem “in memoriam” aos ambientalistas assassinados no último dia 24 de maio, José Cláudio Ribeiro da Silva (54) e sua mulher Maria do Espírito Santos (53). Para ambos foram destinadas as medalhas e diplomas Dorothy Stang A sessão foi aberta pelo vereador e presidente da Câmara Municipal de Belém, Raimundo Castro, que desejou ao abrir os trabalhos, que a sessão fosse de reflexão e

Camillo Martins Vianna, (85 anos), médico e ambientalista é o primeiro defensor do meio ambiente reconhecido no Pará. Camillo Vianna fundou a primeira organização não governamental voltada para a conservação do ecossistema amazônico, a SOPREN, desenvolveu e desenvolve, estratégias e práticas de incentivo ao reflorestamento. O Dr. Camillo Vianna, é nosso querido amigo, articulista e assíduo colaborador das Revistas Pará+ e Amazônia.

reconhecimento aos que lutam em defesa da preservação do meio ambiente. Ressaltou a importância da preservação das florestas e a responsabilidade de cada um por melhores condições de vida e sobrevivência na natureza.

Camillo com o Diploma Dorothy Stang, entre seu neto, Flavio Augusto Vianna, de camisa branca e Walter Chile, seu parceiro da SOPREN

Camillo Martins Vianna, com a medalha e o Diploma “Irmã Dorothy Stang”

A Medalha e o Diploma “Dorothy Stang” são entregues a personalidades que se destacaram na defesa da preservação ambiental no Pará, nas causas agrárias e no desenvolvimento sustentável, conforme dispõe nos termos legais da Resolução de nº 010, de 30 de março de 2009, Resolução nº 019, de 30 de março de 2011.

Camillo Martins Vianna, com a sua querida Pará+ www.paramais.com.br

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Mercado de São Brás: 100 anos de vida e história >>

em só de comércio vive o Mercado de São Brás. Os cem anos de existência carregam histórias de vida de gente simples que já viu de tudo por lá. São quase 500 pessoas trabalhando no mercado de carne, peixe, feira, mercearia, refeição e tantas outras atividades que São Brás comporta e seus 3.300 metros quadrados de arquitetura neoclássica. Nas primeiras horas da manhã a movimentação começa no mercado de peixe. Lá, os consumidores seguem à risca o velho ritual de acordar cedo e garantir o almoço do dia. Entre os peixeiros, as brincadeiras correm soltas na disputa do pescado mais gordo. E é logo na primeira banca que tímido, seu Francisco Xavier mostra que trata de um peixe como ninguém. Os 72 anos estampados no rosto revelam a identidade de um quase centenário amante do mercado de São Brás. “Já são quase meio século aqui e trabalho sempre feliz, graças a Deus. Mesmo aposentado eu continuo porque gosto daqui.”, declara seu Xavier. Ele que chegou aos 25 anos no mercado nunca mudou de atividade. Já conhecido no local, passa a manhã inteira na venda trabalhando e percebendo as mudanças que em décadas foram acontecendo. “Chego cedo todo dia, umas cinco horas

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Hoje já são os amigos novos que vão chegando

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por Célia Fernanda Fotos: Adriano Magalhães/ Comus

Os cem anos de existência carregam histórias de vida de gente simples

ou quatro e meia da madrugada e fico até às duas horas da tarde. Vejo tudo o que passa aqui.”, revela. Para o feirante, o movimento parece ter diminuído com o passar dos anos. Isso porque durante o funcionamento da estrada de ferro Belém-Bragança, no início do século XX, o Mercado de São Braz era responsável estrategicamente por abastecer a capital com mercadorias transportadas na estrada. O fluxo de pessoas vindas do interior do estado aumentou e o mercado, que na época era o segundo maior depois do Ver-o-Peso, começou a receber muita gente. “Aqui foi muito bom de gente. Ganhei muito dinheiro, criei meus filhos, comprei minha casa. E vou

ficar aqui até quando Deus quiser.”, disse seu Xavier. A maioria dos feirantes é do interior. O açougueiro Pedro Martins veio de Cametá com a família há 43 anos. Aprendeu a trabalhar com o pai e hoje já é conhecido pela costela mais famosa do mercado de carne. Ele recorda a época em que essa era a principal mercadoria de São Brás. “As pessoas dormiam na fila para comprar um quilo de carne. Uma vez aquela porta de ferro da frente foi derrubada pelas pessoas que ficavam empurrando, esperando abrir para comprar carne.”, lembra. História é o que não falta. Situações das mais tradicionais até as inusitadas já passaram pelos olhos dos feirantes. Seu Geraldo Lisboa, trabalhador do mercado há 48 anos se diverte ao lembrar o dia em um boi calçou sapatos. “Uma vez, um cidadão chegou com um boi para vender. Ele foi para as festas que tinha aqui e deixou uma pessoa reparando o animal. De manhã, ele voltou e o boi não estava mais. Não tinha pegada de boi no chão, só de sapatos. Dizem que calçaram sapatos no boi e levaram para não deixar pista. Prenderam todos os açougueiros mas até hoje não descobriram por onde foi o boi.”, conta seu Geraldo rindo. Há quem diga que o mercado também é assombrado. Seu Geraldo já viu muita gente correr de medo dos ruídos da madrugada. “O pessoal diz que dentro do mercado faz www.paramais.com.br

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Francisco Xavier,

Mercado de São Brás, vista aérea, foto de Sávio Castro

muita visagem. Teve uma época que depois dos caminhões descarregarem a carne, o vigia ia dormir quase meia-noite. Ele passava a corrente e ia. Mas uma vez ele voltou correndo dizendo que não queria ficar mais aqui porque escutava o barulho do quarto de carne caindo e as peças balançando. Ele teve medo.”, contava também rindo. Atualmente o mercado é reconhecido pelo artesanato e a principal atividade deixou de ser a venda de carne para dar lugar à mercearia. Vários tipos de artigos e confecções podem ser encontrados nesse setor. Livros antigos, CDs e discos clássicos, roupas, ervas medicinais, produtos industrializados e artigos de umbanda. Em um breve passeio podemos observar que as atividades são heranças de gerações. A atual presidente da Associação dos Empreendedores do Complexo de São Brás (AECOM), Rosana Martins, trabalha na venda de ervas e artigos de umbandas desde quando começou a ajudar o pai. “Meu pai veio de Muaná para criar as crianças. Na época ele conseguiu uma porta pequena para trabalhar aqui vendendo produtos de umbanda e ervas medicinais. Foi com isso que ele fez o sustento e o estudo dos meus treze irmãos. Quase todos se formaram mas a maioria passou por aqui.”, lembra. Por causa dessa herança, a relação entre os clientes já é fiel. “Tem clientes da época do meu pai que vêm comigo até hoje. Eu os chamo de cliente amigo por que já fazem parte da vida da gente.”, declara. Mesmo com tanto tempo de trabalho no mercado há quem não esmoreça por causa da idade. É o caso de Dona Conceição Gomes, 72 anos, dois filhos, netos e uma barraca modesta de venda de temperos que assumiu após ficar viúva. “Eu não tenho paciência para ficar em casa. Trabalho há 36 anos na rua e não dou para amanhecer o dia para as paredes. Gosto de vir para cá. Aqui eu converso com todo o mundo, é melhor do que ficar em casa”, contou. Ela lembra que o mercado é ponto turístico bastante visitado. O que não falta são pessoas querendo uma foto em seu equipamento. “Vem muita gente aqui de fora. Um dia um rapaz passou, olhou pra mim e perguntou se eu deixava ele tirar uma foto minha. E eu perguntei se ele quiser para espantar barata.”, contava achando graça da situação. É nas lembranças de Dona Conceição e todos os outros trabalhadores que a história do mercado centenário vai se moldando. A tradição se mantém viva no olhar cansado de quem vê o tempo passar com pressa. “Temos a história bonita de trabalhar aqui nesse patrimônio, nesse prédio que está no coração da cidade. Aqui a gente vive momentos felizes e os problemas que temos vamos resolvendo juntos.” , declara Dona Rosana, emocionada. “A gente se pega nos amigos daqui. A maior parte já faleceu. Hoje já são os amigos novos que vão chegando. São Braz é uma relíquia!”, diz Seu Geraldo com um sorriso sincero da certeza de que são eles os verdadeiros donos da história dos cem anos do Mercado São Brás. www.paramais.com.br

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Na lateral do Me

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CADASTUR: A Gestão da Qualidade no Turismo da Amazônia >> século XXI tem se mostrado bastante prospero no que se refere a ações turísticas na America do Sul e a sócio-biodiversidade do Brasil configurado pelos atrativos culturais e naturais são de importante singularidade como recursos eco-turísticos, mas necessitam de uma organização que os transformem em produtos turísticos de padrão aceitável pelos mercados consumidores e que materialize propostas condizentes com o desenvolvimento local sobre devido aos eventos que serão realizados como a Copa do Mundo em 2014 e os Jogos Olímpicos em 2016. Diante destes acontecimentos que demandam um volume de pessoas e serviços enorme ao redor de todo o Brasil a Diretoria da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) buscou mecanismos de acreditação para a rede de hospedagem no Brasil e desta forma foi desenvolvida uma parceria com o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) a Deliberação Normativa n.º 376/97, de 14 de Maio de 1997. Contudo somente após uma consulta publica e a capacitação dos avaliadores é que fora desenvolvido o novo Sistema Nacional de Classificação de Meios de Hospedagem, o CADASTUR, e este sem duvida é um passo importante para o setor, o projeto representa a volta das estrelas como simbologia para identificar os empreendimentos de acordo com a infraestrutura, a sustentabilidade e os serviços oferecidos. A partir da Lei do Turismo, o cadastro gratuito no MTur passou a ser obrigatório para empresas e profissionais de turismo mas este sistema recebe cadastros obrigatórios dos prestadores de serviços turísticos das seguintes atividades:

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por Hinton Hennington Portilho Bentes Neto

Meios de Hospedagem (albergue, condo-hotel, flat, hotel urbano, hotel de selva, hotel fazenda, hotel histórico, pousada, resort e cama & café); Agências de Turismo; Transportadoras Turísticas; Organizadoras de Eventos; Parques Temáticos; Acampamentos Turísticos; Guias de Turismo. Em caráter opcional, também poderão se cadastrar: Restaurantes, Cafeterias e Bares; Centros de Convenções; Parques Aquáticos; Estruturas de Apoio ao Turismo Náutico; Casas de Espetáculo; Prestadoras de Serviços de Infraestrutura para Eventos; Locadoras de Veículos para Turistas; Prestadoras Especializadas em Segmentos Turísticos; Bacharéis em Turismo. O cadastro permite a participação em eventos, feiras e ações realizados pelo Ministério do Turismo e pela Embratur, tais como o Salão do Turismo, Vai Brasil e Portal de Hospedagem. Disponibiliza também o acesso a linhas de financiamento específicas para o turismo, por meio de bancos oficiais, além da participação em programas de qualificação promovidos e apoiados pelo MTur. O cadastro é excelente fonte de consulta do mercado turístico brasileiro, pois ele visa promover o ordenamento, a formalização e a legalização dos prestadores de serviços turísticos no Brasil, por meio do cadastro de empresas e profissionais do setor. No Estado do Pará só quem poderá realizar esta verificação e avaliação das em-

presas e profissionais que se cadastrarem no Cadastur é o Instituto de Metrologia do Pará (IMEP) que é o órgão delegado do Inmetro. Existem as articulações técnico-institucionais entre os órgãos de turismo para a realização de ações conjuntas de levantamento e identificação de áreas onde se estabelecem etapas de cadeias produtivas atrativas com possibilidades de visitação turística, visando direcionar os investimentos públicos e estimular o setor privado. Mas o importante ressaltar é que a Embratur não perdeu sua importância no que se refere ao a gestão turística vemos isso no seu Art. 1º - Ratificar que a simbologia “estrela” atrelado ao conceito de classificação hoteleira, é de uso exclusivo da Embratur, tornando-se indisponível a utilização deste símbolo, por qualquer entidade pública ou privada, em outros de classificação de meios de hospedagem. Na Amazônia tem se investido bastante na questão da adequação legal, ordenamento e regulamentação das atividades conhecidas como o turismo rural e o eco-turismo. O levantamento e análise de legislação pertinente, com vistas à proposição de adequações legais e normas adequadas às especificidades do segmento do turismo. Uma questão que ainda é bastante debatida e a elaboração e disponibilização de documentos técnicos de orientação, relativos ao turismo rural e ao eco-turismo e suas melhores práticas, acessíveis a órgãos municipais de turismo e de agricultura, pois somente com estes documentos bem debatidos e apresentados previamente aos stakeholder poderemos desenvolver uma política de qualidade no atendimento aos turistas. O Inmetro veio justamente com a idéia de aplicação da Lei No 9.933, que afirma

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O novo Sistema Nacional de Classificação de Meios de Hospedagem, o CADASTUR, é um passo importante para o setor

em seu Art. 1º Todos os bens comercializados no Brasil, insumos, produtos finais e serviços, sujeitos a regulamentação técnica, devem estar em conformidade com os regulamentos técnicos pertinentes em vigor. Então as redes hoteleiras no Brasil se equiparem ao padrão internacional e ao Inmetro coube desenvolver o regulamento de Avaliação da Conformidade para o Sistema, e à Rede Brasileira de Metrologia Legal e Qualidade (RBMLQ-I) que é o braço direito do Inmetro execute as inspeções nos apartamentos ou quartos aplicando a nova matriz. Agora para que isso possa surtir um efeito

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positivo para antes dos eventos mundiais é necessário visitas técnicas para sensibilização, orientação e implantação de projetos turísticos e propriedades rurais e a promoção de eventos técnicos para difusão de técnicas de gestão da qualidade, de negócios turísticos e turismo receptivo, bem como de outras necessidades a serem identificadas pelas secretarias do estado e dos municípios. A questão da capacitação de professores para educação patrimonial e turística nos municípios integrantes de roteiros com vocação para o segmento e a produção e confecção de cartilhas e folders com linguagem adequada à realidade de cada

Estado são diferenciais que devem ser explorados. Hoje será aplicada uma nova tipologia, pois apresentará o ranking de classificados em hotel; hotel fazenda; hotel histórico; resort; pousada; flat/apart-hotel; e cama e café. Esta nova organização é importante sobre tudo aos pequenos, pois no interior do Brasil existem muitos empreendimentos onde o proprietário mora e oferece quarto com café da manhã, serviços de limpeza e cobrança de diária, podendo receber até quatro estrelas. O que deve ser entendido que a realização de estudos de prospecção para definição de corredores produtivos e identificação de rede de serviços e comercialização, prioritariamente, no âmbito dos roteiros dos estados com vocação para o turismo, agora é claro que não será qualquer empreendimento que conseguira ter a indicação máxima, pois o estabelecimento alcançar cinco estrelas será necessário obedecer a um padrão de qualidade com mais de cem requisitos. (*) Gerente do Centro Tecnológico do Instituto de Metrologia do Estado do Pará, Mestrando em dministração pela Faculdade Pedro Leopoldo em

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Competidores do Tortuc

Lago de Tucuruí

Pesca esportiva fortalece o turismo paraense >>

onsiderado “A Obra-Prima da Amazônia” o Pará é um dos estados mais ricos e atraentes da Região Norte do Brasil. Formado por 144 municípios é dividido em seis pólos turísticos. Em cada pólo um mix de cultura, natureza, sol, praia de rio ou de mar, artesanato, gastronomia típica influenciada pelas culturas indígenas, negras e européias, uma fauna inigualável e manifestações culturais sui generis. Esta divisão, segundo as diretrizes do Plano de Desenvolvimento Turístico do Estado do Pará, conceitua 14 municípios como prioritários para o turismo, sob o olhar do Ministério do Turismo (MTUR). São eles: Belém (pólo Belém), Soure (pólo Marajó), Santarém (pólo Tapajós), Bragança, Curuçá, Marapanim e Salinópolis (pólo Amazônia Atlântica), Barcarena, Cametá, Conceição do Araguaia, Marabá, Parauapebas e Tucuruí (pólo Araguaia Tocantins) e Altamira (pólo Xingu). O turista, portanto, tem 144 motivos para conhecer o Pará, 14 dos quais são prioridades a todos que visitam este Estado, cuja

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por Benigna Soares

extensão geográfica soma 1.247.950,003 km². Nesta imensidão territorial são inúmeros os atrativos turísticos com a garantia de que o visitante terá a oportunidade de interação com um dos povos mais receptivos e cativantes do mundo, seja por seu jeito alegre e festivo de receber, seja por sua cordialidade e tolerância racial e religiosa.

Pesca O turismo de pesca é um dos segmentos que tem atraído cada vez mais turistas às águas paraenses, em especial aos pólos Xingu, com destaque para o município de Altamira e ao pólo Araguaia Tocantins,

onde Marabá e Tucuruí são os mais procurados com essa finalidade. Tucuruí, por exemplo, realizou com apoio da Companhia Paraense de Turismo (Paratur), de 27 a 30 de maio, o III Torneio de Pesca Esportiva (Tortuc) e o II Tortuc Mirim. O evento contou com a participação de cerca de duas mil pessoas. Os competidores do torneio, organizado pela Associação dos Pescadores Esportivos de Tucuruí (APELT) este ano foram mais de 150, incluindo adultos, crianças e adolescentes. A programação teve como cenário o grande Lago de Tucuruí, localizado a cerca de 10 km da sede do município e a ASEEL Naútica, onde autoridades convidadas e outros participaram da aber-

A mesa diretiva foi presidida por Asdrubal Mendes Bentes, Secretario de Pesca e Aqüicultura do Pará (Sepaq) www.paramais.com.br

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No Tortuc, o carro chefe é o tucunaré, peixe que além de ser considerado um dos mais saborosos da região é o mais desafiador em um campeonato de pesca esportiva

tura do evento, premiações, entre outras atividades. Como forma de valorizar os produtos turísticos a APELT e a prefeitura local incluíram na programação danças regionais e um cardápio típico que teve como carro chefe o tucunaré, peixe que além de ser considerado um dos mais saborosos da região é o mais desafiador em um campeonato de pesca esportiva. A temática da preservação ambiental também foi incentivada pelo evento, principalmente com os jovens, estimulados à preservação da fauna e da flora. Outros pólos turístico do Pará, fomentados e divulgados pela Companhia Paraense de Turismo (Paratur), desenvolvem a pesca esportiva, a exemplo do Marajó (ilha de Mexiana), Tapajós (rio Tapajós) e Amazônia Atlântica (região do salgado).

Pólo Araguaia Tocantins O pólo Araguaia Tocantins é formado por 52 municípios localizados em sua maioria às proximidades dos rios Araguaia e Tocantins, a exemplo de Marabá, que além de bela praia de rio (praia do Tucunaré) se destaca na produção industrial. Considerada cidade pólo do sudeste paraense, Marabá, que integra a Rota dos Minérios, está localizada a 527 km da capital Belém, no encontro dos rios Tocantins e Itacaiúnas. A partir de meados de junho, com a baixa do rio Tocantins, revela suas praias, a exemplo da praia do Tucunaré e do Geladinho, muito acessíveis e ideais para quem gosta de sol e água doce. No pólo também encontramos dois projetos de grande importância para economia brasileira, a Hidrelétrica de Tucuruí e a extração Mineral da Serra do Carajás. A beleza da região é complementada pelas www.paramais.com.br

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Medindo o peixe

longas praias de água doce, algumas desertas servindo de refúgio para a fauna da região. A pesca esportiva é o grande atrativo para quem visita Tucuruí, onde vários lagos oferecem opções de pesca, com destaque para o Tucunaré. A história do Brasil também tem eco nessa região já que Conceição do Araguaia foi cenário da “Guerrilha do Aragauia”. Lá o visitante pode percorrer os caminhos feitos por aqueles que participaram dessa luta histórica. O município de Barcarena tem grande relevância para o pólo, por sua contribuição histórica já que foi ali que o líder da revolução da Cabanagem Cônego Batista Campos se refugiou e morreu em 1834. Barcarena é sede de grandes projetos de beneficiamento de alumínio. O agronegócio também move grande parte da economia do Araguaia Tocantins, a exemplo do município de Floresta do Araguaia, que detém o título de segundo maior produtor de abacaxi do Brasil, por isso no mês de julho é realizada a grade festa do “Festival do Abacaxi”. Esse tipo de festival tem variações em Barcarena e outros municípios do pólo, que se destaca pela produção pecuária também. Barcarena, Cametá, Conceição do Araguaia, Marabá, Parauapebas e Tucuruí são os municípios principais do pólo Araguaia Tocantins.

O presidente da Paratur Adenauer Góes com organizadores e participantes do Tortuc

Pólo Xingú Com cenários intocados pelo homem, rios sinuosos e selva fechada,o pólo Xingú oferece um excelente ambiente para aqueles que gostam de se aventurar em rally´s ou querem um contato maior com a natureza. Altamira é o maior município em extensão do mundo, nele encontramos também, as maiores reservas indígenas do Estado, além das florestas nacionais (Flonas) e outras áreas de proteção e conservação da fauna e flora amazônicas. O relevo acidentado cria paisagens de belezas inigualáveis, cachoeiras, corredeiras e lagos com águas claras oferecem ao turista um ótimo ambiente de calma e reencontro com a natureza e lazer nas praias de água doce. São Felix do Xingu é o município brasileiro com o segundo maior rebanho bovino do Brasil, representando a força do agronegócio para esta região. É Altamira, maior município do mundo, o município sede do pólo Xingu, referência para pesca esportiva, vivências sobre a cultura e as tradições indígenas, inscrições rupestres, artesanato com matéria prima vegetal, entre outras.

(*) Paratur/Abrajet Pará

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Noratinho >>

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por Ruy Sabino da Silva

esde muito tempo, quando a comunicação entre os povos que por aqui viviam não era tão ligeira e ninguém ficava grande parte do tempo inerte, observando coisas que falam e pensam por nós; ouvíamos falar de estórias que fazem parte do universo amazônico. Estas informações através de uma intrincada rede de comunicação, composta por rios, furos e igarapés, que se espalhavam por toda a região e eram contadas nos barracões dos seringais, nos palacetes dos coronéis, ou nas cabeceiras mais isoladas. Esta é contada até hoje pelos “sumanos” lá das bandas de Carapajó, no entanto, me surpreendeu pela forma com que é relatada e pelas poucas mudanças a que foi submetida, apesar das distâncias percorridas e do tempo no qual é contada, geração após geração. A lenda da cobra encantada Norato, ou Noratinho para os mais chegados, ficou muito conhecida na região do rio Tocantins, local de sua origem e as demais próximas, mas para minha surpresa, a reencontrei muito distante daqui. Em uma aldeia Mura do rio Autaz, um contador de “causos” me falou que: Em um estirão do rio Madeira, existia uma aldeia chamada Manicuá e que nesse local morava uma moça muito bonita e que ela namorava um rapaz estranho, esse moço

simplesmente quando amanhecia o dia, aparecia na aldeia dizendo que viera de “passagem” em um barco, acontece que ninguém ouvira barulho de barco durante a noite e como era de surpresa a sua chegada assim mesmo era a sua partida, anoitecia e pela manhã já fora embora. As pessoas já não se importavam com o comportamento estranho do rapaz e todos viviam felizes as suas vidas; até que um dia ele chegou muito agitado e falou para a jovem que todos deveriam abandonar a aldeia, o motivo era que uma arraia muito grande se encontrava próxima ao barranco onde se localizavam as casas e que ele iria lutar com a arraia. Quando perguntado como, respondeu para a jovem, que ele era uma cobra encantada que nascera em um rio muito distante e que esse era o motivo dos seus desaparecimentos repentinos. Acontece que nestes dias aconteciam as Em uma aldeia Mura do rio Autaz, um contador de “causos” me falou...

festas da aldeia e que as mesmas duravam a noite inteira e durante o dia descansavam, para reiniciar a festa na noite seguinte, para a qual as mulheres providenciavam, durante o dia, bebidas e comida em quantidade suficiente para o evento. A moça, mesmo duvidando um pouco das palavras do rapaz, pediu que interrompessem a festa e que abandonassem o local, o que não aconteceu, porque ninguém acreditou no que ela falou por mais que insistisse fazendo veementes apelos a todos os moradores da aldeia. À noite, ela acompanhou o namorado até a margem, onde aos prantos se despediu, e antes que a moça e seus parentes partissem para a terra-firme o viram transformar-se em cobra-grande e desaparecer nas águas barrentas e agitadas do rio Madeira. Em seguida ocorreu a terrível luta, como fora previsto o barranco desabou levando consigo, para as profundezas do rio, a aldeia e todos os que nela se encontravam durante a festa. No local onde antes existia a aldeia, após a luta,se formou uma enseada que atualmente é abrigo de barcos em perigo, os pescadores e outros que pernoitam no local contam que até hoje, durante a madrugada se ouve o barulho da festa e galos cantando no fundo do rio; daí o nome atual do lugar, Canta Galo. O que mais impressiona no “causo” em questão é fato da distancia de mais de três mil quilômetros percorridos pela lenda em questão e a mesma permanecer ainda tão viva e presente na vida daqueles caboclos. (*) Presidente da SOPREN ‒ AM. Indigenista, nascido em Tucuruí ‒ Pará, reside a trinta e nove anos em Autazes ‒ Amazonas

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A lenda da cobra encantada Norato, ou Noratinho 38

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“A Reforma ortográfica, bitucas e sustentabilidade” >>

por Lívio Giosa

para refletir. O que têm de comum estas palavras do título do artigo? Vamos por partes. Primeiramente, a definição. Sustentabilidade é um princípio de uma sociedade que mantém as características necessárias para um sistema social justo, ambientalmente equilibrado e economicamente próspero por um longo período de tempo. Com este entendimento, pressupõe-se a nova posição da sociedade sobre o tema em si e sobre a questão dos impactos das mudanças climáticas. São mais do que notórias as alterações constantes, concretas e sérias que o clima vem demonstrando. O aquecimento global, à luz do aumento das emissões de CO2, nos leva a novas atitudes individuais e coloca em jogo a necessidade imediata de mudanças de comportamento frente a estes impactos. E aí, uma coisa puxa a outra. Veja e avalie estas duas situações. Com a reforma ortográfica, centenas de milhares de livros de português estão condenados ao desuso. O que fazer com eles? Não dá para doar (pois não servirão para estudo), não dá para lê-los em salas de aulas ou séries. Realmente, não dá mais para utilizá-los. O que foi feito, então, deste imenso material? Foi tudo para o lixo! Pouquíssima preocupação com a reciclagem, a destinação final dos exemplares que viraram resíduos não foi aproveitada na quase totalidade dos municípios do Brasil. Cena comum, que teve atenção e tristeza dos poucos preocupados com o meio ambiente e sem nenhuma atenção dos execu-

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Bitucas de cigarros no chão

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tivos públicos e sua gestão sustentável. Por outro lado, a proibição do fumo nas áreas fechadas, através de Lei em vigor no Estado de São Paulo, teve um fim comum a todos os fumantes: quem praticar o vício, então que o faça lá fora! E aí, quem se prejudicou foram as cidades. Nunca se viu tantas bitucas de cigarros no chão! E o pior é que agora elas se concentram em quantidades incalculáveis em pontos comuns: portas de bares, restaurantes, shoppings, estações, prédios comerciais e outros locais de grande concentração. O que antes estava disperso nas calçadas e sarjetas das ruas, agora, juntas, elas provocam muitos problemas. Sujeira total que se multiplica na chuva, estufando e entupindo todos os bueiros próximos. Não há nenhuma atenção para minimizar esta constatação, nem processo de reciclagem e nem uma criativa forma de destino, guarda e reuso destes resíduos. A conclusão que queremos chegar é que a questão da sustentabilidade deve, imediatamente, assumir uma condição prioritária na vida das pessoas e, principalmente, dos agentes públicos. O livro e a bituca são duas amostras simples do quanto a falta de políticas públicas e conscientização da sociedade acabam

influenciando o nosso dia-a-dia, mexendo com as nossas zonas de conforto e nos levando a novas escolhas que darão o sentido exato da nossa vida que pode sim ser sustentável. É o poder que temos em enxergar que novas atitudes deverão ser tomadas imediatamente para minimizarmos os impactos de nossas ações em relação ao meio ambiente e às emissões de carbono. Só assim, teremos certeza que estaremos abraçando a causa e tentando proporcionar um novo modelo de vida em sociedade. E aí, certamente, os nossos filhos e netos, herdeiros do futuro, agradecerão. (*) Presidente do IRES – Instituto ADVB de Responsabilidade Socioambiental. Vice Presidente da ADVB – Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil. Presidente do CENAM – Centro Nacional de Modernização Empresarial

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Livros no lixo

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SÉRGIO MARTINS PANDOLFO*

(*) Médico e Escritor. ABRAMES/SOBRAMES

MEU REINO PELA GRAMÁTICA C orre hoje farto e consentido o entendimento - ou seria desentendimento? – de que a Gramática não é essencial, ou mesmo necessária, para o bom cultivo do português, falado ou escrito, coisa propalada, inclusive, por professores

da língua.

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“Língua; sentimento de nacionalidade; cultura, ciência e pesquisa autônomas são os pilares essenciais da soberania nacional”. SerPan

Fernando Pessoa, poeta luso, difundiu: “Minha Pátria é a Língua Portuguesa”

1ª Gramática da Língua Portuguesa

Assevera-se mesmo que o falar popular no Brasil destes tempos, que vai já bem distanciado da assim chamada norma culta e é até mimetizado pelos “intelectuais populoides” que infestam nossas instituições em todos os setores, não é errado nem reprimível, mas apenas “diferente”. Coisas mais ou menos deste jaez: “Maria, tu foi lá ontem? Não quero que você fique fora dessa boquinha”; “Pois é, geeente! Aproveita a pro-

Camões, Príncipe Perpétuo dos Poetas da Língua Portuguesa, o cinzelador do idioma 40

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moção”; “Hoje nós vai lá pescá os peixe”; “Duas milhões de pessoas vão estar participando da grande concentração evangélica e vão estar podendo receber a bênção dos pastores”; “Enquanto o deputado Singularino intermedia as conversações entre o BHC e o PPN, a bancada do PX afirma que reaveu a liderança da Assembleia”. “Os professô que ensina nois errado tão é ruinando a língua”. Do alto de seu longo e fecundo tirocínio pedagógico a Profª Edna Souza leciona

que: “O direito à língua é de todos, mas torna-se dever do Estado prover seu ensino de maneira efetiva, propiciando condições adequadas que nunca percam de vista a importância de estabelecer o equilíbrio entre linguagem e realidade”. Recitaríamos François Lyotard: linguagem é poder. Temos pensamento confluente e convicção de que o ensino da gramática de forma racional (pelo raciocínio e não impondo-se a “decoreba”) e progressiva, na medida exata das necessidades do dia-a-dia, com a demonstração aos alunos da beleza e da importância www.paramais.com.br

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O portuguĂŞs chegou atĂŠ aqui cruzando o Atlântico “que nos unia, jĂĄ nĂŁo separavaâ€?, em naus e caravelas

Assim escreve quem nĂŁo estuda a gramĂĄtica

do idioma que herdamos, nos dias atuais, desmitificando o entendimento da maior parte da população de que “a lĂ­ngua portuguesa ĂŠ muito difĂ­cil!â€?, enfatizando, “pari passuâ€?, a necessidade do aprendizado e exercĂ­cio da norma culta para a ascensĂŁo social e profissional, bem como para manutenção em bases sĂłlidas e consequente perenização do idioma inconspurcado ĂŠ nĂŁo sĂł necessĂĄria como imprescindĂ­vel. A corroborar o que acima afirmamos citaremos um breve, mas exemplar episĂłdio, tendo como protagonista a todo-poderosa raĂ­nha Isabel, a CatĂłlica, do reino de Castela, ao tempo potĂŞncia europeia de primeira grandeza. Em 1492 Castela jĂĄ havia anexado os reinos de LeĂŁo, AragĂŁo e recĂŠm-conquistado Granada, Ăşltimo baluarte mourisco na PenĂ­nsula IbĂŠrica e enviado Co-

HĂĄ gramĂĄticas expendidas no gĂŞnero cordel

lombo ao Novo Mundo, com a intenção de chegar â€œĂ s Ă?ndiasâ€?. AntĂ´nio Nebrija havia concluĂ­do adensado volume da gramĂĄtica espanhola, a primeira do gĂŞnero, ressalte-se, sobre uma lĂ­ngua europeia. Ao apresentar o trabalho Ă majestade, o dianteiro linguista medievo, entre atĂ´nito e incrĂŠdulo, ouviu da majestosa Isabel, repimpada em ĂĄureo trono e tomada de tediosa indiferença, quase desdĂŠm, prĂłpria dos insipientes: “Mas, para que serve isso?â€?. “Majestadeâ€? - acode o bispo de Ă vila -, “a lĂ­ngua ĂŠ o instrumento perfeito do impĂŠrioâ€?. Efetivamente, as expedicĂľes europeias dos sĂŠculos XVI e XVII determinariam o fim de milhares de lĂ­nguas nativas nas trĂŞs AmĂŠricas e, ao mesmo tempo em que esses espaços continentais foram sendo colonizados, com a marginalização das populaçþes nativas, as lĂ­nguas por eles faladas - mas nĂŁo escritas -, foram progressivamente desaparecendo com a morte de seus falantes. A oralidade ĂŠ passageira e mutĂĄvel (palavras o vento leva, diz a sabedoria popular); “Littera scripta manentâ€? (a literatura fica, ĂŠ eterna), jĂĄ apregoava HorĂĄcio na velha e sĂĄbia Roma dos CĂŠsares, maior impĂŠrio de todos os tempos e que nos legou a base de formação da â€œĂşltima flor do LĂĄcioâ€?, nossa LĂ­ngua Portuguesa, majestoso monumento imperecĂ­vel da humana criação.

A todo-poderosa rainha Isabel de Castela, dita “a CatĂłlicaâ€?

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Ismael Nery

As cores surreais e essenciais de um grande mestre Introdutor do surrealismo no Brasil, Ismael Nery é hoje um mito. No final da vida, o genial pintor e filósofo paraense se dedicou a escrever belos e inigualáveis versos livres assinatura do Pará também está O artista plástico paraense Ismael moléstias tropicais considerada avançada para Nery: Pintor, desenhista, poeta ali, no rodapé das telas do Modera época. Na embarcação em que regressava ao nismo. Emoldurada junto a nomes Brasil, ele passa mal e morre. como Tarsila do Amaral, Portinari, Ainda adolescente, Ismael ingressa na Anita Malfati, Di Cavancanti e Lasar Segall. Tão famosa Escola Nacional de Belas Artes. O cenbelenense, quanto a tonalidade de um chuvoso tro (que décadas antes acolhera a genialidade céu vespertino, o poeta e pintor Ismael Nery fez de outro grande paraense, Theodoro Braga), não da força e precisão de seu pulso técnica que o tinha a menor idéia de que colocava seus bancos permitisse ser incluído na galeria dos notáveis. a disposição da inventividade pura. No início, a Visionário, enfrentou a resistência de uma época geometria particular de Ismael é incentivada pelo assustada com a revolução artística que se iniciamestre Henrique Bernadelli e angaria palavras va no país. Foi incompreendido, criticado. Teve seu entusiasmadas de vários professores. Nesse trabalho coberto pela demão de “maldito”. Tudo mesmo período o artista inicia amizade com outro para que, depois, a benção das tintas o consanome importante, Lúcio Costa. grasse, eternizasse sua criatividade de contornos Em 1922, Ismael se casa com a jovem abstratos, futuristas e incisivos. A exposição em e bela Adalgisa C. Noel Ferreira que, anos mais vida foi rápida, mas indelével. Ele sabia que viera tarde (após a morte do marido), viria a se tornar antes para só permanecer no depois. “Minha obra a célebre jornalista, escritora, poetisa e política somente daqui a 40 anos será reconhecida”, deAdalgisa Nery. Do casamento, vieram os filhos clarou certa vez. Ivan e Emanuel. Quando 1927 chegou, Ismael O espectro de luz de Ismael veio à vida partiu rumo a Paris e se aproximou de Picasso, no dia 09 de outubro de 1900. Era o nascimento de Léger, Max Ernst e Chagall. Também viu de perto uma alma que assumiria o compromisso de fazer a técnica sem igual de André Breton. Descobriu o dos cavaletes seu grande ofício. O ateliê que serviu surrealismo e o trouxe para terras tupiniquins. O de berço foi a Belém do Pará daquele início de século. Os pais, que não tinham crescente acervo de Ismael, entretanto, seria recebido com frieza no cenário a menor idéia do artista que haviam gerado, foram Marieta Macieira e o Dr. Is- brasileiro. A intransigência dos puristas não lhe deteve o cavalete. Havia um mael Nery. No rumo de um colorido novo, Ismael e a família partem de Belém. espaço todo seu nas salas que expunham os novos mestres. Apostando nisso, Mudam-se para o Rio de Janeiro. um grupo de intelectuais do Rio dava-lhe total apoio. Entre esses esclarecidos, A vocação artística de Ismael apresentou-se aos 4 anos. Foi a partir o notável Murilo Mendes. Este, aliás, primeira personalidade a reconhecer os dessa idade que ele começou a criar seus desenhos. E logo começou a criar méritos do paraense. a noção de que o drama é poema que colore o destino de todos. Corria o ano O Pará, sim a terra natal. Quase três décadas após ter partido de de 1909 e seu pai, o Dr. Ismael, voltava de uma viagem de estudos a Europa. Belém, Ismael retorna a seu berço. Decidira que seu berço lhe acolheria a O médico era respeitado e tinha de manter seu renome com freqüentes aper- primeira exposição. O evento foi montado no hall do Palace Theatre , do antigo feiçoamentos no Velho Continente. O doutor chegou a escrever uma tese sobre Grande Hotel. Mas nem no verde daqui sua esperança de ser compreendido

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foi bem sucedida. A falta de uma ampla aceitação dos próprios conterrâneos causou a Ismael uma de suas maiores decepções. O choque só foi atenuado pela carinhosa acolhida que lhe propiciaram Eneida de Moraes, Bruno de Menezes e Manoel Pastana. De volta ao Rio de Janeiro, Ismael exporia ainda outras duas vezes. Uma na galeria do Palace Hotel e outra na galeria do fotógrafo Nicolas. O prestigio manteve-se longe. Em 1931, o artista adoeceu e iniciou o esboço de seu fim. Ao longo dos três anos seguintes, conviveu com um angustiante processo degenerativo. A enfermidade queria-o tela em branco, porém ele ainda concebeu alguns quadros surrealistas (“Anunciação”, “Estátuas Vivas”, “Formas decompostas” e “Desejo de amor”) e inúmeros desenhos. Já prestes a por a assinatura, lá cantinho de sua história, descobre que na ponta do mesmo crayon com que iniciava suas enigmáticas figuras, havia algo ainda mais enigmático: poesia. No fim da vida, começa a escrever versos livres e poemas em prosa. Em dezembro de 1933, seu estado de saúde se agrava e, por fim, no dia 06 de abril de 1934, o mestre modernista dos quadros malditos falece. Hoje, Ismael Nery é reconhecido pelos mais respeitados registros da arte brasileira, tido e havido como um dos nomes sem os quais jamais teria existido uma cenário cultural autenticamente nacional. E o Pará está no traço de sua assinatura. Se Belém não reconheceu seu ilustre filho em vida, que pelo menos o reverencie agora que eterno o tornou célebre. Foto do espetáculo Nu Nery (de Carlos Correia Santos), inspirado em Ismael

Murilo Mendes e Ismael Nery

Uma vida sem par que ganhou os palcos Desde que travei contato com a biografia de Ismael, senti uma necessidade irrefreável de transformá-la em condão de arte que pudesse ser vista e aplaudida. Tomei, assim, a abusada decisão de criar um espetáculo teatral em torno de seu legado. Criei a dramaturgia que batizei de Nu Nery. O texto me rendeu muitas alegrias. Ganhou o Prêmio IAP de Literatura e foi editado em livro. Tempos depois, foi montado pelo Grupo de Teatro Palha, sob direção de Paulo Santana, e ganhou diversos prêmios e temporadas em várias cidades brasileiras. As cenas, seqüências e falas de Nu Nery são, antes de qualquer coisa, frutos de um dedicado e intenso esforço de pesquisa. Foram três anos de mergulho nos tons do perturbador universo desse indescritível vulto pictórico que é Ismael. Leituras de dados biográficos, artigos críticos, reportagens. Imersão nas entrelinhas e no não dito de poemas e poemas. Afogamentos em pinturas, aquarelas, desenhos e estudos figurativos. Todo um doce e angus-

Uma existência ao lado dos mestres do existencialismo

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tiante perder-se pelo criar de um real personagem que bem se definiu como “um homem de idéias”, cuja obra só seria entendida quarenta anos após sua morte. Ainda lembro, ainda escuto... Ainda consigo ouvir o som da minha respiração quando pus a última letra no texto. Era som de respiração densa. Respiração de quem espera, de quem aguarda. Som sinfônico de quem ofega diante de algo grande e, assim, pede por reações. Eu não sabia quais reações despertaria aquele trabalho, mas podia entreouvir retornos. Positivos, negativos. Apaixonados, dissonantes. Retornos. Afetos. Almas afetadas para o prazer ou para a inquietação, mas afetadas. Vários foram os sons que acompanharam a trajetória desse espetáculo. Os acordes da estréia em 2006. O rumor dos passos da primeira platéia entrando na Galeria de Arte do Memorial dos Povos, em Belém (Sim, Belém... A terra do protagonista. “Onde nasceu o homem, que se faça o berço oficial de minhas telas!”). O trovão sustenido dos primeiros aplausos. As notas bemóis da repercussão: artigos intensos de estudiosos e especialistas, incontáveis matérias em todas as mídias. O som do mais e do mais. Um vibrato: no início de 2007, o convite para participar do Festival Brasileiro de Teatro, em Itajaí, Santa Catarina. Um coro que ia além de quinhentos espectadores no teatro catarinense. O som da minha respiração por explodir. O som do mais e do mais. Nossas gargalhadas diante de um novo e poderoso prêmio: ainda em 2007, vencemos a Caravana Funarte Petrobras de Circulação Nacional. A melodia da estrada. Nossa montagem escutando a sonoridade dos aplausos de São Luís, Recife, Natal e Camaçari, na Bahia. Quando a respiração já tendia a se acalmar, nova música de êxito: Brasília. Vencemos o Edital Caixa Cultural e chegamos a Brasília!... Definitivamente, a trajetória de Nu Nery anda longe do silêncio. Outras montagens virão. O projeto cresceu. Hoje, abarca vários espetáculos. Alma Imaginária, dedicado a figura de Adalgisa. Uno diverso, monólogo sobre Murilo Mendes. E Ismael Um dos maiores e mais talentosos pintores que o Brasil já teve: Ismael Nery

Poemas raros de Ismael Nery: Confissão (1933) Não quero ser Deus por orgulho. Eu tenho esta grande diferença de Satã. Quero ser Deus por necessidade, por vocação. Não me conformo nem com o espaço nem com o tempo, Nem com o limite de coisa alguma. Tenho fome e sede de tudo, Implacável Crescente. Talvez seja esta a minha diferença de Deus Que tem fome e sede de mim, Implacável, Crescente, Eterna — De mim que me desprezo e me acredito um nada. Poema (1933) As gargalhadas Os prantos Os gritos de admiração e de pavor Os gemidos de gozo e de sofrimento O múrmurio do mar O troar dos canhões E todos os barulhos do universo — Tudo isto penetra no meu ouvido Como no ouvido De uma estátua de pedra de olhos fechados, Imóvel, Que presidisse a vida, Que registrasse o tempo E que pensasse — O dia em que visses essa estátua olhando Poderias afirmar — não existe Deus. — E terias então o direito de julgar.

em Três Traços: mini peça sobra a primeira exposição feita por Ismael, em Belém. Brada meu peito de autor. Cada dia mais. Grita emoções a cada ato. Ainda lembro... Sempre vou lembrar... Nunca vou esquecer... Ismael, Adalgisa e Murilo não param jamais de despir meu espírito diante da emoção. Ainda há som de expectativa em minha respiração... Porque, na verdade, não se põe jamais uma derradeira letra na palavra: genialidade. E Ismael assina as telas da eternidade como um autentico gênio. Nota: Matéria feita com a colaboração de Terezinha Lima, ex-bibliotecária da Seção Obras do Pará, da Biblioteca Arthur Vianna do Centur. (*) CARLOS CORREIA SANTOS é pesquisador e escritor premiado nacionalmente, autor, dentre outras obras, das peças Nu Nery , Ópera Profano e do romance Velas na Tapera . Para mais informações acesse os blogs: http://nadasantostudoalma.blospot.com http://mesmoquenaoqueiraseutecontos.blogspot.com

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Veja abaixo alguns dos trabalhos mais importantes de Ismael Nery, trabalhos que fazem parte da história da arte no país: Desejo de amor, 1932 - óleo sobre tela - 54,58 x 47,5cm

Sem título,Tinta da china e aguada em papel, 17×11 cm” I.N Croquis para a capa do “Poemas” de Murilo Mendes

Guerreiro, em nankim/aquarela sobre papel 20 x 30 cm, 1924

Composição surrealista, 1929 óleo sobre tela - 67 x 58,5cm

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CAMILLO MARTINS VIANNA*

**RAIMUNDO SIQUEIRA E ***WALTER CHILE

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Aspectos da Atuação do Crutac e da Sopren em defesa da Cultura Popular e do Meio Ambiente em municípios da Zona do Salgado

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raças à atuação permanente do Centro Rural Universitário de Treinamento e Ação Comunitária (CRUTAC) da Universidade Federal do Pará e da Sociedade de Preservação aos Recursos Naturais e Culturais da Amazônia (SOPREN), com a integração de membros das comunidades nos municípios trabalhados, a preservação da fauna, da flora e a reanimação dos valores tradicionais da cultura local, a região do Salgado foi transformada em um dos maiores centros de defesa do meio ambiente e reanimação cultural do Estado do Pará. As atividades foram amplamente aceitas também pelos ribeirinhos e teve início a partir dos anos 70, sob a coordenação de Sônia Maria Pinheiro Vianna e ativistas da Sopren, num dos mais tradicionais municípios do Pará, Vigia que, recentemente, através de plebiscito, passou a se chamar Vigia de Nazaré e em outro município de igual importância, Colares, na mesma região. Nessas mais de duas décadas, foram realiza-

Microrregião de Salgado Andiroba

Marupa

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das duas Exposições de Arte Sacra na igreja matriz, que contou com a integral participação da comunidade, que visava também proteger do saque as preciosas imagens que vinham sendo roubadas, como aconteceu na Vigia que é o caso da imagem valiosa de N. S. de Nazaré, que em fevereiro de 1977 foi roubada e três dias depois foi encontrada na estrada da Pirelli. A secular Igreja de Pedra do local, foi parcialmente destruída para a retirada do material para a construção do cais de arrimo, posteriormente restaurada por iniciativa da população local. Sem sombra de dúvida, depois das bases da SOPREN em Taciateua, em Santa Maria do Pará e Colônia Nova de Abaetetuba, Vigia de Nazaré é o maior centro de produção de frutíferas e essências florestais como marupá, piquiá, andiroba e paricá, que encontram excelente ambiente para aclimatação. O relatório elaborado pelo ambientalista soprenista Raimundo Siqueira, traz um panorama do que está sendo feito atualmente em Vigia de Nazaré e Colares por sua equipe, os Srs. Abílio Vilhena, Sebastião Duarte, Aleixo Sajuca, Aniceto do Rosário Cumaru, José Anézio Braga, Jonas Ferreira, Manoel Ferreira, Leonildes Mansur, Josias de Melo e as Sras. Helena Ramalho e Elza Andrade Cobassa em defesa da cultura e do meio ambiente local. Merece destaque também a atuação do veterano ambientalista José Pinto Marques (Zé Canela), que realiza magnífico trabalho de recuperação florestal na vila de Itapuá, também em Vigia de Nazaré. O trabalho de distribuição e plantio de mudas é desenvolvido em forma de mutirão. As comunidades

açaí anão, ananim amarelo, banana, coco anão, coco gigante da praia, cupiúba vermelha, cupiúba branca, cupiúba cedro, cupiúba tinga, cuaruba branca, freijó amarelo, marupá amarelo, marupá branco, maçaranduba, maparajuba, manga e pau mulato. Nós da Sopren acreditamos que é possível viver com qualidade sem precisar destruir o meio natural. Estabelecer uma relação mais harmônica com o ambiente que vivemos é imprescindível para garantir a sobrevivência de espécies. Atuando através de mutirão na defesa da cultura e do meio ambiente é uma forma viável de garantir a qualidade de vida necessária para o bem estar dos habitantes do lugar. **Ambientalista vinculado a SOPREN ***SOPREN \UFPA.

No Coleginho do ramal do Castanhal em Abaetetuba

Piquiá

ribeirinhas beneficiadas são as do Rio Ribeira, CacáQuilombo e Urucuriteua no município de Colares e nas comunidades de Anuerá, Furo Grande, Rio Panacuí e Região das Barrentas no município de Vigia de Nazaré. O último relatório evidencia as atividades realizadas entre dezembro de 2010 e janeiro de 2011, cita um total de quatro mil e cinco unidades plantadas (4005), de espécies como acapu, andiroba vermelha,

Paricá

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Os 20 conselhos de

Harvard e Cambridge

para sermos saudáveis e felizes

Reorganizar a geladeira Beber um copo de suco de laranja, diariamente

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As universidades de Harvard e Cambridge publicaram, recentemente, um manual com 20 conselhos saudáveis para melhorar a qualidade de vida de forma prática e simples. São: 1- Beber um copo de suco de laranja, diariamente. Para aumentar o ferro e repor a vitamina C 2 – Salpicar canela no café. Mantém baixo o colesterol, e estáveis os níveis de açúcar no sangue. 3- Trocar o pãozinho tradicional pelo pão integral. O qual tem quase 4 vezes mais fibra, 3 vezes mais zinco e quase 2 vezes mais ferro do que tem o pão branco. 4- Mastigar os vegetais por mais tempo. Aumenta a quantidade de químicos anticancerígenos no corpo. Mastigar liberta sinigrina. E quanto menos se cozinham os vegetais, melhor efeito preventivo têm. 5-Adotar a regra dos 80%. Servir-se de menos 20% da comida evita transtornos gastrintestinais, prolonga a vida, e reduz o risco de diabetes e ataques de coração. 6- O futuro está na laranja. paramais.com.br

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Reduz em 30% o risco de cancro de pulmão. 7- Fazer refeições coloridas como o arcoíris. Comer uma variedade de vermelho, laranja, amarelo, verde, roxo e branco, em frutas e vegetais, cria uma melhor mistura de antioxidantes, vitaminas e minerais. 8- Comer pizza. Mas escolha as de massa fininha. O Licopeno, um antioxidante do tomate, pode inibir e ainda reverter o crescimento de tumores; e, ademais, é melhor absorvido pelo corpo quando o tomate está em molhos para massas ou para pizza. 9- Limpar a sua escova de dentes e trocá-la regularmente. As escovas podem espalhar gripes, resfriados e germes. Assim, é recomendado lavá-las com água quente, pelo menos quatro vezes por semana (aproveite o banho no chuveiro); sobretudo durante e após períodos de doença, devem ser mantidas separadas de outras escovas. 10- Realizar atividades que estimulem a mente e fortaleçam a sua memória. Faça alguns testes ou quebra-cabeças, palavras-cruzadas, aprenda um idioma, qualquer habilidade nova. Leia um livro e memorize parágrafos. 11 – Usar fio dental e não mastigar chicletes. Acreditem ou não, uma pesquisa deu como resultado que as pessoas que mastigam chicletes têm mais possibilidade de sofrer de arterosclerose, pois tem os vasos sanguíneos mais estreitos, o que pode preceder um ataque do coração. Usar fio dental pode acrescentar seis anos à sua idade biológica, porque remove as bactérias que atacam os dentes e o corpo. 12- Rir. Uma boa gargalhada é um 'mini-workout', um pequeno exercício físico: 100 a 200 gargalhadas equivalem a 10 minutos de corrida. Baixa o estresse, acordam células

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naturais de defesa e despertam os anticorpos. 13- Não descascar com antecipação. Os vegetais ou frutas, (sempre frescos), devem ser cortados e descascados no momento em que vão ser consumidos. Isto aumenta os níveis de nutrientes contra o cancro. 14- Ligar para os seus parentes/pais de vez em quando. Um estudo da Faculdade de Medicina de Harvard concluiu que 91% das pessoas que não mantém um laço afetivo com as pessoas de quem gostam, particularmente com a mãe, desenvolvem tensão alta (alta pressão), alcoolismo ou doenças cardíacas em idade temporã. 15- Desfrutar de uma chávena de chá. O chá comum contém menos níveis de antioxidantes que o chá verde, e beber só uma chávena diária desta infusão diminui o risco de doenças coronárias. Cientistas israelitas também concluíram que beber chá aumenta a sobrevida depois de ataques ao coração. 16- Ter um animal de estimação. As pessoas que não têm animais domésticos, sofrem mais de estresse e vão mais ao médico, dizem os cientistas da Cambridge University . As mascotes fazem-nos sentir otimistas, relaxados, e isso baixa a pressão do sangue. Os cães são os melhores, mas até com um peixinho

dourado podemos obter um bom resultado. 17- Colocar tomate ou verdura frescas no sanduíche. Uma porção de tomate por dia, baixa o risco de doença coronária em 30%, segundo os cientistas da Harvard Medical School . 18- Reorganizar a geladeira. As verduras, em qualquer lugar de sua geladeira perdem substâncias nutritivas. A luz artificial do equipamento destrói os flavonóides (que combatem o cancro) que todos os vegetais têm. Por isso, é melhor usar a área reservada às verduras, que é aquela gaveta em baixo. 1 9 - C o m e r c o m o u m Comer chocolate passarinho. A semente de girassol e as sementes de sésamo, nas saladas, e cereais são nutrientes e antioxidantes. E comer nozes entre as refeições reduz o risco de diabetes. 20- E, por último, uma súmula de pequenas dicas para alongar a vida: - Comer chocolate. Uma barra por semana dão mais um ano a

vida. O amargo é fonte de ferro, magnésio e potássio. - Pensar positivamente. As pessoas otimistas podem viver até mais 12 anos que os pessimistas, as quais, ademais, apanham gripes e resfriados mais facilmente. - Ser sociável. As pessoas com fortes laços sociais, ou redes de amigos, têm vidas mais saudáveis que as pessoas solitárias, ou que só têm contato com a família. - Conhecer-se a si mesmo. Os verdadeiros crentes e aqueles que priorizam o 'ser' sobre o 'ter', têm 35% mais de probabilidade de viver mais tempo. Uma vez incorporados, os conselhos, facilmente se tornam hábitos. É exatamente o que diz Sêneca: “Escolha a melhor forma de viver, e o hábito encarrega-se de torná-la agradável”!

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