Jornal Fevereiro de 2017

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com. PALAVRA VIVA

Fevereiro/2017 Ano XIII

Edição N.143

Cianorte/PR

INFORMATIVO MENSAL Associação do Imaculado Coração de Maria

Como surgiu o carnaval

De onde vem o Carnaval? Alguns, erroneamente dizem até que foi a Igreja Católica que o inventou; nada mais absurdo. Vários autores explicam o nome Carnaval, do la m “carne vale”, isto é, “adeus carne” ou “despedida da carne”; o que significa que no Carnaval o consumo de carne era considerado lícito pela úl ma vez antes dos dias de jejum quaresmal. Outros estudiosos recorrem à expressão “carnem levare”, suspender ou re rar a carne. Alguns e mologistas explicam as origens pagãs do Carnaval: entre os gregos e romanos costumava-se fazer um cortejo com uma nave, dedicado ao deus Dionísio ou Baco, o deus do vinho, festa que chamavam em la m de “currus navalis” (nave carruagem), de donde teria vindo a forma Carnavale. Não é fácil saber a real origem do nome. Outras festas semelhantes aconteciam na entrada do novo ano civil (mês de janeiro) ou pela aproximação da primavera, na despedida do inverno. Eram festas religiosas, dentro da concepção pagã e da mitologia. Por exemplo, para exprimir o cancelamento das culpas passadas, encenava-se a morte de um boneco que, depois de haver feito seu testamento era queimado ou destruído. Em alguns lugares havia a confissão pública dos vícios, o que muitas vezes se tornava algo teatral, como por exemplo, o cômico Arlequim que, antes de ser entregue à morte confessava os seus pecados e os dos outros. Tudo isso era feito com o uso de máscaras, fantasias, cortejos, peças de teatro, etc. As religiões ditas “de mistérios” provenientes do Oriente e muito difusas no Império Romano, concorreram para essas fes vidades carnavalescas. Estas tomaram o nome de “pompas bacanais” ou “saturnais” ou “lupercais”. Como essas festas perturbavam a ordem pública, o Senado Romano, no séc. II a.C., resolveu combater os bacanais e seus adeptos, acusados de graves ofensas contra a moralidade e contra o Estado. A Igreja procurou também incen var os Re ros espirituais e a “Adoração das Quarenta Horas” nos dias anteriores à Quartafeira de cinzas. Hoje, graças a Deus, temos em todo o nosso país Encontros e Aprofundamentos religiosos. Infelizmente o Carnaval, sobretudo no Brasil, “descambou” para a dissolução dos costumes; nos bailes e nas Escolas de Samba predominam o nudismo e toda espécie de ero smo. Esquece-se

que os Mandamentos são a via da libertação e que o pecado é a escravidão da pessoa: “Não pecar contra a cas dade” e “Não desejar a mulher do próximo” (cf. Ex 20,2-17; Dt 5,6-21). É triste observar que o próprio Governo es mula esse desregramento com uma ampla distribuição de “camisinhas”, para que os foliões pequem à vontade sem perigo de contaminação. O Papa João Paulo II assim se expressou sobre a camisinha: “Além de que o uso de preserva vos não é 100% seguro, liberar o seu uso convida a um comportamento sexual incompa vel com a dignidade humana […]. O uso da chamada camisinha acaba es mulando, queiramos ou não, uma prá ca desenfreada do sexo […] O preserva vo oferece uma falsa ideia de segurança e não preserva o fundamental” (PR, nº 429/1998, p. 80). Nesta época vale recordar o que disse São Paulo: “Nem os impudicos, nem idólatras, nem adúlteros, nem depravados, nem de costumes infames, nem ladrões, nem cobiçosos, como também beberrões, difamadores ou gananciosos terão por herança o Reino de Deus (l Cor 6,9; Rm 1, 24-27)”. O Apóstolo condena também a pros tuição (1 Cor 6,13s, 10,8; 2 Cor 12,21; Cl 3,5) e as paixões da carne tão vividas no Carnaval. embuscadaperfeioO sexo foi feito para o matrimônio e o matrimônio foi elevado à sua dignidade por Cristo (Mt 5,32). Jesus proclamou: “Bem-aventurados os puros, porque eles verão a Deus”. Disse São Paulo: “A mulher não pode dispor do seu corpo: ele pertence ao seu marido. E também o marido não pode dispor do seu corpo: ele pertence à sua esposa” (1 Cor 7,4). As consequências do sexo vivido fora do casamento são terríveis: famílias destruídas; pais e mães (jovens) solteiros; filhos muitas vezes abandonados, ou em orfanatos, e hoje muitas crianças “órfãs de pais vivos”, como disse João Paulo II. Por tudo isso o cristão deve aproveitar esses dias de folga para descansar, rezar, estar com a família e se preparar para o início da Quaresma na Quarta-feira de Cinzas. O cristão não precisa dessa alegria falsa das festas carnavalescas; pois o prazer é sa sfação do corpo, mas a verdadeira alegria é a sa sfação da alma, e esta é espiritual. Prof. Felipe Aquino Fonte: cleofas.com.br

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