Jornal Santuário - Mar. 2012

Ano VII Número 53 - Março de 2012

Fotomontagem: Ricardo Borges

Semana Santa: A vitória da Vida

A festa das festas do tempo litúrgico, o Domingo de Páscoa, cume central que determina a Semana Maior do calendário católico, é uma época rica em significados e reflexões. As celebrações tradicionais da Semana Santa unem o povo de Deus para reviver a história da Paixão, Morte e Ressureição de Cristo e para compreender que a alegria e a esperança são os sentimentos mais condizentes com o espírito desses dias santos. [6 e 7]

Música e religião A celebração da fé por meio do canto é um meio de expressão que aproxima os fiéis do Pai Eterno e lhes permite um contato mais profundo com a liturgia. A sintonia das melodias e letras toca o íntimo e une os devotos num movimento rítmico de glorificação em prol da conversão. [3]

Encontrando força em Cristo

Foto: Marcus Vinicius

ENTREVISTA:

O papel das mulheres na Igreja e os ícones femininos presentes nas Sagradas Escrituras foram o foco da entrevista concedida pelo religioso e comunicador, Pe. Maurício Brandolize. [9]

Foto: Marcus Vinicius

Frente a diversos tipos de compulsões e situações de dependência emocional e química, a Igreja segue desempenhando papel de destaque em favor daqueles que querem se prevenir ou libertar através da conversão. [4]

Santuário Basílica do Divino Pai Eterno

Março de 2012

ARTIGO

EDITORIAL

Pe. Robson de Oliveira, C.Ss.R.

Retornar a experiência da fé!

Hoje, há muitos discursos sobre Deus e pouca experiência de Deus. Ambas estão conectadas e devem permanecer unidas, mas são diferentes no modo de agir. A primeira vem do falar, a segunda é proveniente do viver. Uma reflete o conhecimento intelectual, já a outra também é conhecimento, porém obtido pelo aprendizado da fé. Enquanto uma age no campo racional, a seguinte atua em nível de sentimentos que dão sentido à vida.

O discurso responde o ‘porquê’ da fé.

A experiência concede significado ao que cremos. O discurso evangeliza nossas palavras. A experiência converte o nosso coração. Uma não deveria operar sem a outra.

Mesmo assim, observa-se que há discursos bem corretos na teologia, mas fadados à ineficácia, pois são desprovidos de experiência. Fala-se de teorias e exila-se a prática.

Em meio às grandes dificuldades da vida, a pessoa é sustentada pela experiência de Deus. O discurso é consequência. Falamos daquilo que acreditamos e, principalmente, do que vivenciamos. Sabemos que os problemas são fatos constantes da existência.

Dificilmente estaremos longe deles ou seremos privados de sua manifestação.

Problema é tudo aquilo que nos faz sofrer, que mina nossas forças, que suscita desesperança em nosso ser, que provoca raiva, ódio e bate-bocas dentro de casa e até mesmo no ambiente de trabalho. São obstáculos a superar! Quando não solucionado, ele só tende a gerar sofrimento em cima de sofrimento. Em alguns casos, o problema desenvolve a péssima característica de fugir do nosso controle e isso, muitas vezes, aborrece a alma, ocasionando as mais dolorosas mágoas, bem como ressentimentos.

A situação ainda se agrava quando acreditamos que os problemas são enviados pelo Pai Eterno. Imagina-se um Deus justiceiro e castigador, que paga o mal com o mal e, acaba-se esquecendo de que Sua essência é puro amor. Na condição de Pai, Deus nunca

Neste ano, março é o mês que precede as mais importantes celebrações da Igreja Católica, a Semana Santa e a Páscoa. É momento de pensar, rezar, pedir perdão e também perdoar. Os significados religiosos desse período e as programações tradicionais são o destaque principal desta edição (pág.

6 e 7).

O mês de março, internacionalmente, é também dedicado à homenagem daquelas que contribuem de forma importante para a Igreja. Mulheres sensíveis, porém fortes. O Jornal Santuário traz matéria que retoma muitas das qualidades femininas (pág. 9). E por falar em mulher, os devotos procuram cada vez mais o auxílio constante de Maria. Ela tem seu devido destaque também neste mês, quando a Novena de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro completa três anos de veiculação (pág. 5).

A emoção e os bons sentimentos se fazem presentes ainda no poder envolvente da música, que exerce papel fundamental na liturgia. Ao lado, uma reportagem que fala sobre como a sonoridade é capaz de emocionar e aproximar os devotos do Pai Eterno.

Além de abrir o coração para Deus, para muitos, o dia a dia é feito de muita batalha e coragem. Dependentes químicos buscam o real significado da religião na mudança e melhoria de suas vidas. Trabalhando com esses motivadores, a Pastoral da Sobriedade desenvolve ações de prevenção e intervenção.(pág. 4).

Siga, a cada notícia, se informando e buscando sempre um rico aprendizado.

envia dificuldades e aflições aos seus filhos.

Ele não pode nem quer o mal. A Sua natureza paterna o impede de despachar: sejam tormentos, sejam agonias. O Pai só quer o nosso bem e, sobretudo, se esforça para que tenhamos a felicidade em plenitude.

No cotidiano e em meio aos problemas tem algumas pessoas que se desesperam e acham que o sentido para a vida se perdeu.

Há contextos em que as lágrimas tornam-se recorrentes, abrindo espaço para todo tipo de depressão. Deixa-se de lado a experiência da fé e sucumbe-se na experiência do desamparo.

Em um cenário assim alguns se sentem abandonados pelo Pai, como se Ele os estivesse esquecido: “Sião dizia: Javé, me abandonou, o Senhor me esqueceu! Mas pode a mãe se esquecer do seu bebê? Pode ela deixar de ter amor pelo filho de suas entranhas? Ainda que ela se esqueça, eu não me esquecerei de você. Veja! Eu tatuei você na palma da minha mão; suas muralhas estão sempre diante de mim. Juro por minha vida!” (Is 49, 14-17). O Pai jamais esquecerá aquele que saiu de Si. Somos componentes da vida Divina que habita em nosso eu interior. Se Ele se esquecesse de nós estaria esquecendo-se de Si mesmo, pois somos partes de Deus. À medida que nos deixamos conduzir pela experiência da fé, os problemas deixam de ser o fundamento de nossa vida, pois um só é o fundamento: o Divino Pai Eterno! Nele é possível sorrir novamente,

crendo que o problema não é maior que o nosso Deus! “Tenho para mim que os sofrimentos da presente vida não têm proporção alguma com a glória futura que nos deve ser manifestada. Por isso, a criação aguarda ansiosamente a manifestação dos filhos de Deus” (Rm 8,18-19).

A fé nos convida a não conceder aos problemas mais atenção do que eles solicitam.

Junto aos problemas está a capacidade de resolvê-los. É importante reconhecer que não há solução para tudo, assim como reza o ditado popular: “O que não tem solução, resolvido está”.

O fato de aceitar determinadas realidades nos faz gastar menos energia e reduzir o sofrimento. ‘Aceitação’ é diferente de ‘comodismo’. Um é sinal de maturidade, ao passo que o outro gera desistência. “Somos atribulados por todos os lados, mas não desanimamos; somos postos em extrema dificuldade, mas não somos vencidos por nenhum obstáculo; somos perseguidos, mas não abandonados; prostrados por terra, mas não aniquilados” (II Cor 4,7-9).

Na oração, o Pai Eterno nos ensina que a vida é muito maior que nossos problemas. Portanto, busquemos a experiência de Deus, para que nosso discurso seja fruto daquilo que vivenciamos. Assim, falaremos com conhecimento de causa e não de emaranhado de estatísticas. A experiência não nos infantiliza, pelo contrário, nos torna adultos na fé. Estejamos preparados para os desafios que a espiritualidade cristã nos provoca e convoca sempre!

Arquivo do Santuário

Sensibilidade, força e coragem

Foto: Graur Rasvan Ionut

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Pe. Robson de Oliveira, C.Ss.R.

Reitor da Basílica de Trindade e Mestre em Teologia Moral pela Universidade do Vaticano.

Twitter: @padrerobson | www.paieterno.com.br

Fotos: Arquivo Santuário

Do Pai para os filhos

A vida cristã é um exercício para viver a filiação divina. O fundamento do cristianismo foi a revelação de que o Pai (Deus-Javé) tinha um filho, igual a Ele em poder, grandeza e amor, no qual contemplava Seu próprio ser, Sua divindade, Ele mesmo. Este Filho divino foi gerado pelo Pai no êxtase do amor de

seu Santo Espírito. Desde todo sempre, Sua origem e princípio, mas sendo Ele mesmo o princípio do tempo, e de todas as coisas.

Este mistério estava oculto em Deus, esperando chegar à plenitude do tempo para ser revelado. E a primeira revelação desta vida íntima de Deus foi a criação do mundo.

O evangelista São João, guiado pelo Espírito Santo de Deus, penetrou, até onde foi possível para uma criatura humana, e, mergulhado no mistério de Deus Uno e Trino, conta de que forma foi criada a vida e o mundo fora de Deus. Assim ele começa seu Evangelho: “No princípio a Palavra já existia. A Palavra estava voltada para Deus, a Palavra era Deus. Tudo foi feito por meio d’Ela, e de tudo que existe, nada foi feito sem Ela” (Jo 1,1-3). “E a Palavra se fez homem e habitou entre nós” (Jo 1,14).

Para aprofundar a reflexão sobre a

grandeza do amor do Pai e o seu significado para todos nós, vou transcrever o comentário sobre essa passagem, que está na Bíblia, edição Pastoral. “Jesus é a Palavra de Deus, é a luz que ilumina a consciência de todo homem. A Bíblia afirma que Deus é Amor e Fidelidade. Levado por seu imenso Amor e fiel às Suas promessas, Deus quis introduzir os homens onde jamais teriam pensado: partilhar a própria vida e felicidade de Deus. E para isso, a Palavra se fez homem, veio a Sua própria casa, neste Seu mundo.

Todo o dom perfeito desce do Pai das luzes, perante o qual não existe nuvem ou escuridão”.

O Filho é o retrato vivo do pai: “Eu e o Pai somos Um”. “Assim como o Pai me amou, assim também eu amei vocês.” Por isso, o Espírito Santo, pelas palavras de Paulo, em sua carta aos cristãos de Éfeso nos ensina:

“Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, Ele nos abençoou com toda benção espiritual no céu, em Cristo. Ele nos escolheu em Cristo, antes de criar o mundo para que sejamos santos e sem defeito diante Dele, no amor. Ele nos predestinou para sermos Seus filhos adotivos, por meio de Jesus Cristo” (Ef 1,3-5).

Assim, agradecemos ao Pai que, por meio de seu Filho, nos adotou como filhos, e podemos clamar, na força do Espírito, Abbá-Pai, Pai nosso que estais no céu.

Pe. Ângelo Licati, C.Ss.R. Vigário Paroquial do Santuário Matriz de Campinas

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Fotos: Arquivo Santuário

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O som que chega às alturas A tradição da música na liturgia é revisada no tempo e no espaço em que é aplicada. Seu valor se renova e cada vez mais a Igreja assume a importância principal dessa forma de expressão para propagar a Palavra

O

canto confere suavidade à oração, faz manifestar com maior nitidez o mistério litúrgico, une pela soma de vozes os corações, e encanta as almas.

Nas celebrações religiosas, a música sacra tem valor primordial. De acordo com o teólogo Fernando Gianetti de Souza, “é uma das expressões mais profundas e autênticas da própria liturgia devido à capacidade que a música conserva de agir nos campos íntimo e coletivo. Sua finalidade última é glorificar a Deus e santificar os fiéis”.

“A música se enraíza na longa tradição bíblico-litúrgica judaica e cristã. Dessa tradição recebe a seiva que lhe garante a identidade, bem como o incentivo a beber na rica fonte dos salmos e demais cânticos bíblicos do Antigo e Novo Testamento. As melhores

composições produzidas ao longo da experiência celebrativa da Igreja, todas elas de forte inspiração bíblica, são também nossas melhores referências,” acredita o assessor de Música Litúrgica da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, Pe José Carlos Sala.

Ele avalia que a música litúrgica está a serviço da Palavra e sua grande finalidade é realçar as escrituras emprestando-lhe força de expressão e motivação. “Uma característica fundamental da música litúrgica é a referência bíblica, primeira fonte de inspiração para os compositores. Assim, jamais poderá, portanto, empanar ou dificultar a audição, compreensão e assimilação da Palavra”, completou o assessor.

Por meio de Jesus, o Novo Testamento demonstra a tradição de celebrar a fé por

meio do canto. Em 4 de dezembro de 1963, no Concílio Vaticano II, foi divulgada a Constituição sobre a Sagrada Liturgia, documento que sensibilizou a Igreja para a renovação na prática da música litúrgica. Canto e música tornaram-se gesto vivo do cristão para uma experiência existencial do “aqui e agora”, encarnações da Palavra. Os artistas que se empenham no exercício deste carisma, a música, passaram a aprimorar-se na entrega ao Mistério da Fé, estando cada vez mais próximos da condição de intérpretes a serviço da causa divina.

A nova ordem instituída a partir do Concílio foi decisiva na consciência do direito e dever do povo de participar do canto litúrgico. O coro é uma modalidade que exemplifica a ação comunitária na liturgia. No

estudo “Reflexões sobre a música litúrgica”, o teólogo Gianetti conclui que “todos os ministérios e serviços nascem da comunidade e a ela se destinam para a sua melhor participação e crescimento espiritual”.

Seja no canto durante a procissão das oferendas, na Oração Eucarística, no “Amém” entoado por todos, ou no canto do “Cordeiro” ao repartir o pão, a música nas celebrações é o agir de Deus nos fiéis, a posse sobre o papel do cristão que se faz instrumento da ação libertadora do Pai. A música litúrgica surge da realidade da comunidade em sintonia com a tradição genuína da Igreja. Seu propósito é alcançar o céu por meio da melodia trazendo-o ao nosso presente como dádiva inspirada por Deus e compartilhada entre os homens.

“Sou romeiro que caminha, sou devoto do Senhor, caminhando pra Terra Santa, velha Trindade da fé e do amor”. Esse trecho da canção “Romaria”, de autoria de Walter José, 56 anos, dos quais 36 foram dedicados às celebrações no Santuário Basílica, retrata exatamente a força que a música exerce sobre as pessoas. A música se tornou sucesso em todo o Brasil ao falar do que os fiéis vivem no período em que contemplam o Divino Pai Eterno na maior festa religiosa do Centro-Oeste. “O canto é vida e a liturgia sem música fica vazia”, define Walter, que completa: “Não imagino viver sem música. É muito gratificante ouvir as pessoas cantando o que escrevi”, comemora.

Ele afirma ser bonito ver toda a comunidade entregando os louvores a Deus e sendo movido por uma atmosfera transformadora que a música proporciona.

Um estudo da CNBB intitulado “A Mú-

sica Litúrgica no Brasil: um subsídio para quantos se ocupam da música litúrgica na Igreja de Deus que está no Brasil”, fruto de mais de quatro anos de pesquisa, surgiu da necessidade constante de atualizar a prática litúrgica na animação das celebrações. No documento são apontados alguns desafios, como a aproximação entre músicos e comunidade; a participação do povo nos cantos; a postura concentrada dos animadores, voltada para um clima de reflexão; a escolha criteriosa das músicas, respeitando quesitos fundamentais da formação litúrgica; e a harmonia entre as canções e a liturgia proposta para cada época.

A discussão é convite para um posicionamento celebrante nas missas, devendo a própria comunidade se manifestar, e o fiel ser vigilante em relação aos pontos carentes de melhoria, estando disposto a colaborar na correção, como agente da mudança.

Fotos: Marcus Vinicius

A participação da comunidade

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A busca pela sobriedade Diante de um problema social e de saúde pública, a Igreja luta contra a dependência química e cumpre seu papel de fortalecimento humano e espiritual

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Recuperação

Foto: sxc.hu

ma mudança de vida através da conversão. Resgatar e reinserir os excluídos. Essas são missões da Igreja diante de um problema que cada vez mais aflige a sociedade: o uso de drogas. E drogas, nesse sentido, ganha uma conotação mais ampla, envolvendo tudo aquilo que causa dependência, impacta negativamente nas pessoas e desvaloriza a vida humana. Álcool, tabaco, cocaína, maconha e crack são algumas das substâncias danosas aos aspectos físico, mental, emocional e espiritual. Há ainda outras compulsões consideradas nocivas e causadoras de distúrbio.

A Organização Mundial de Saúde (OMS), por meio do Código Internacional de Doenças (CID-10), define dependência química como “conjunto de fenômenos comportamentais, cognitivos e fisiológicos que se desenvolvem após repetido consumo de uma substância psicoativa, tipicamente associado ao desejo poderoso de tomar a droga, à dificuldade de controlar o consumo, à utilização persistente apesar das suas consequências nefastas, a uma maior prioridade dada ao uso da droga em detrimento de outras atividades e obrigações, a um aumento da tolerância pela droga e por vezes, a um estado de abstinência física”.

Como resposta a essa problemática social, a Igreja faz atuação especial através da Pastoral da Sobriedade (PS), que desenvolve cinco frentes de trabalho: prevenção, voltada para pessoas que ainda não experimentaram nenhum tipo de droga; intervenção junto aos que fazem uso esporádico; recuperação, para aque-

les que se tornaram dependentes e têm desejo de libertação; reinserção social e familiar, para o que já se recuperaram e buscam condição de cidadãos; e atuação política, articulando diálogos com outras forças envolvidas na temática da dependência.

Segundo a OMS, o uso abusivo de drogas, sendo apresentado como transtornos mentais e de comportamento, caracteriza doença e grave problema de saúde pública. Dados da PS mostram que 25% dos brasileiros estão, direta ou indiretamente, ligados ao fenômeno das drogas, sendo que cada vez mais cedo os adolescentes entram em contato com essas substâncias, carregando consigo, em média, quatro outras pessoas, chamadas de codependentes, membros da família e

amigos que acabam se envolvendo com a problemática. Em 2011, foram feitos 541.680 atendimentos pela PS. Desde 2002, esse número é de quase quatro milhões.

Para o trabalho com todos os afetados pela dependência química, a PS capacita agentes por meio do programa que segue diretrizes da Comissão Nacional de Formação. “Em todas as circunstâncias, apresentamos aos dependentes e codependentes a possibilidade de desenvolverem uma consciência crítica sobre si mesmos e seus círculos de convivência, o que possibilita a compreensão da sobriedade como algo que vai bem além da simples abstinência”, afirma o membro da Comissão de Formação da PS/Regional Centro-Oeste, Demerval Cândido de Oliveira Jr.

O tratamento dos dependentes químicos passa, necessariamente, pela presença no grupo de autoajuda, coordenado pelos agentes da Pastoral da Sobriedade. Inicialmente, é feito um ciclo de 12 passos que dura três meses. Segundo a PS, no processo de recuperação, cerca de 80% dos casos são bem sucedidos com a frequência semanal nas reuniões. Os outros 20% são encaminhados a internações nas diversas comunidades terapêuticas mantidas pela Igreja, onde ficam por nove meses enquanto seus familiares frequentam o grupo de autoajuda.

Em Trindade (GO), a Pastoral estava inativa desde 2002, mas as atividades foram retomadas no ano passado, tendo realizado 750 atendimentos. Atualmente 13 agentes da Pastoral organizam reuniões toda sexta-feira, às 19h30, na Igreja Matriz. A média de frequência é de 20 pessoas por encontro. A novidade este ano é o Terço da Sobriedade, rezado às 18h também na sexta-feira. O número de participantes é relativo, já que nos dias de excursões religiosas pode chegar a 100 pessoas.

O coordenador da PS em Trindade, Eduardo Bueno, explica que a entidade não trata apenas a dependência química. “Reconhecemos que outras dependências podem nos atrapalhar, como, por exemplo, dependência de internet e de falar mal de outras pessoas. Assim vivemos cada dia nesta luta, onde dizemos: Sobriedade é paz só por hoje graças a Deus”, disse.

Prevenção: o primeiro passo

A intenção é atingir o número de 200 nos dois períodos de funcionamento: manhã e tarde.

O ditado popular já diz: prevenir é melhor que remediar. Pensando assim, o Centro utiliza uma didática especial para lidar com os jovens. “Trabalhamos com fatores de proteção: boa alimentação, valores sociais e humanos, autoestima, atividades esportivas, assistência familiar e encaminha-

mento para o primeiro emprego”, afirma a diretora do CECAM, que também é policial civil, Flávia Cristine Souza Araújo. O professor de educação física e coordenador pedagógico, Fábio Renato de Araújo, completa: “O importante é garantir capacitação, ocupando o tempo das crianças e dos adolescentes com atividades produtivas”.

As inscrições estão abertas, e atualmente são ministradas várias oficinas: re-

Fotos: Marcus Vinicius

creação, esporte, inglês, meio ambiente, prevenção, pintura, música e natação. O Centro também está aberto para receber voluntários. Os interessados devem entrar em contato pelos telefones: (62) 92869885 e 9286-9864. O CECAM fica na GO060, Km 19, Chácara 1, em Trindade (GO).

Focado em prevenção ao uso de drogas, o Centro Educacional de Capacitação e Apoio ao Menor (CECAM), nova obra social da Província Redentorista de Goiás, iniciou os trabalhos em 31 de janeiro deste ano e foi inaugurado oficialmente no dia 7 de fevereiro. Em Trindade (GO), 120 crianças entre 10 e 16 anos são atendidas.

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Inicia sondagem para construção do Novo Santuário

Uma galera muito divertida apresentará as etapas da construção do Novo Santuário.

Em breve, o vídeo em 2D será veiculado pela TV, em rede sociais, e através de dispositivos móveis, como celular, iPad, entre outros.

Animação

A turma levará muita aventura, diversão e todos os detalhes sobre a edificação do Novo Santuário. O uso de tecnologias digitais possibilitará a apresentação das reais proporções e detalhes da construção.

TV Anhanguera

Propagandas sobre a Associação Filhos do Pai Eterno estão sendo veiculadas na TV

Anhanguera. A população fica sabendo como pode contribuir com a evangelização e com as obras da nova e definitiva Casa do Pai.

No ar

A rádio Vox Patris, novo projeto do Santuário Basílica, está com parte da programação no ar, na frequência 95,5 FM. Os ouvintes podem acompanhar músicas, trabalhos de evangelização e celebrações.

Na TV

Em breve, a Novena dos Filhos do Pai Eterno será exibida, diariamente, na TV Brasil Central. É mais uma opção para os devotos. Os detalhes serão definidos ainda este mês em parceria com a TBC.

Ilustração:Lucas França

Turminha

Foto: Marcus Vinícius

No início deste mês, foi dado mais um importante passo para a construção da nova e definitiva Casa do Pai, em Trindade (GO). Duas equipes de serviço de sondagem de terreno realizaram trabalhos de avaliação do solo, onde será edificado o Santuário, e mapeamento do lençol freático. Um relatório foi emitido e um profissional especializado cuida da finalização do laudo. As obras devem começar em maio, logo após o período chuvoso. Um cronograma está sendo traçado a fim de sistematizar os trabalhos e otimizar o tempo. Embora na fase de elaboração dos projetos já houvesse sido realizado um estudo topográfico, ainda neste primeiro semestre será feito um novo levantamento. O objetivo é fornecer a planta do terreno, com as curvas de nível, áreas acidentadas, árvores, pedras e as características de nivelamento do local. Já a terraplanagem terá início no segundo semestre. Em outubro, começarão as fundações. Essa etapa contará com um engenheiro calculista, que irá projetar as estruturas e o que pode ser mais eficiente para o funcionamento do novo templo e para a acolhida dos devotos.

360°

Juventude

Unção

No Brasil

O Santuário Basílica poderá ser visitado no ambiente virtual. A novidade, um Tour, com possibilidade de visualização em 360°, estará disponível no novo portal do Pai Eterno, que entrará no ar em breve.

A Missa dos Santos Óleos, que tradicionalmente acontece no Santuário Basílica do Divino Pai Eterno, será às 9h, na Quintafeira Santa. O Arcebispo metropolitano de Goiânia, Dom Washington Cruz, presidirá a celebração.

Santos Óleos

No mês de maio, a peregrinação dos símbolos da Jornada Mundial da Juventude chegará ao Estado de Goiás. No dia 26, em Trindade, acontece o Bote Fé, uma das etapas de acolhida da Cruz da JMJ Rio 2013.

O evento promove atividades religiosas entre jovens e preparação para JMJ, que trará o Papa para o Brasil no ano que vem. Inclusive, o governo federal criou uma comissão para organizar a visita de Bento XVI.

Fortalecimento

Na ocasião, será dada a bênção aos Santos Óleos, que são utilizados pelas comunidades, durante todo o ano, nos Sacramentos da Igreja. Todos os padres presentes receberão kit da Unção dos Enfermos.

Redentoristas das nove províncias brasileiras discutiram propostas para reforçar, entre os jovens, a identidade da Congregação. A Comissão Nacional da Juventude Redentorista voltará a se reunir em junho, em Trindade (GO).

Ícone

Consciência

Na agenda da Imagem Peregrina em 2012, estão confirmadas cerca de 30 visitas. A equipe de coordenação do Santuário Basílica esteve reunida e já deixou tudo pronto.

O roteiro começa por Santos (SP), no dia 15 de abril.

Com a proposta de ajudar o cidadão e incentivar o voto consciente, a CNBB elaborou a cartilha “Eleições Municipais 2012: cidadania para a democracia”. Vale ressaltar que o voto tem consequências diretas para a vida do povo.

Três anos de evangelização e bênçãos Recorrer à intercessão de Maria para alcançar a Deus é uma tradição secular dos católicos.

Entre os devotos do Pai Eterno, o hábito foi intensificado com a veiculação televisiva da Novena de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, que este mês completa três anos

M

aria é a filha predileta, sendo seu entusiasmo, perseverança e o compromisso permanente e incondicional com a missão de seu Filho, Jesus Cristo, como fonte de inspiração para todo cristãos. Sob o título de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, padroeira dos Redentoristas, a Mãe Sagrada, por meio de sua devoção, foi integrada ao projeto de evangelização do Santuário Basílica do Divino Pai Eterno e, há três anos, vem possibilitando momentos de oração intensos e emocionantes.

A Novena de Nossa Senhora Perpétuo Socorro, que é conduzida pelo Reitor do Santuário, Padre Robson de Oliveira, e veiculada diariamente pela Rede Vida de Televisão, alcançou no último dia 1º de março a marca de 1.095 programas. A aceitação dos devotos é indiscutível, prova disso são os inúmeros testemunhos de graças e conversões que chegam diariamente à equipe de produção do programa.

Os testemunhos da fé projetada na Mãe do Perpétuo Socorro trazem histórias sobre superação profissional, libertação de vícios e de reabilitação milagrosa da saúde. Uma das bênçãos foi relatada pela devota Rosely Alves Antônio, de Albertina (MG), cujo neto, de três anos, foi diagnosticado com leucemia e após 28 dias de intensa oração foi considerado curado, fato que despertou a admiração até mesmo dos médicos. “Todos ficaram sem entender, pois a doença estava em estado avançado e de repente havia desaparecido. De imediato eu reconheci que aquela era uma graça concedida por Nossa Senhora do Perpétuo Socorro”, afirma Rosely que contou ter conhecido a Novena na época em que teve a notícia da doença do neto, prova de que a Mãe e o Pai Eterno estão sempre atentos e prontos para acolher e confortar Seus filhos nas horas de aflição.

Novena repaginada

Para comemorar a marca de três anos da Novena de Nossa Senhora Perpétuo Socorro, a equipe de produção tem trabalhado na reformulação da identidade visual do programa, incluindo os cenários. A inspiração principal veio da Era Bizantina, cujo principal destaque arquitetônico eram os templos religiosos, que se destacavam pela suntuosidade das suas partes internas, com grandes colunas, decoração com revestimento em ouro, pinturas em estilo afresco e os tradicionais mosaicos.

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Santuário Basílica do Divino Pai Eterno

Março de 2012

Despertar, orar, perdoar As celebrações mais importantes do calendário litúrgico católico estão reunidas na Semana Santa e no Domingo de Páscoa, tempo de pedir perdão, lavar os pés daqueles que magoamos ou nos magoaram, se colocar no lugar de Cristo, experimentar Sua morte e vivenciar Sua ressurreição

Fotos: Grupo Desencanto

A

s lembranças dos últimos dias de Jesus deram origem a mais tradicional celebração do Catolicismo: a Semana Santa. Sete dias dedicados à lembrança e reverência ao Mistério Pascal, que compreende a Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus, representando a base da fé cristã. ​ Nas raízes históricas da Semana Santa retomamos os primórdios do Cristianismo em Jerusalém, onde a proximidade com os fatos levaram as primeiras comunidades cristãs a desenvolverem a tradição de guardar o jejum na sexta-feira e no sábado, em reverência ao sofrimento e a morte de Jesus. A origem da celebração foi estabelecida no Concílio de Nicéia, em 325 d. C. Mais adiante, inúmeras comunidades cristãs passaram a celebrá-la durante os sete dias que precedem a ressureição. ​ O reitor do Santuário Basílica do Divino Pai Eterno, Pe. Robson de Oliveira, explica que na Semana Santa a Igreja e os fiéis devem reviver o significado da missão de Cristo. “É tempo de se preparar, na pedagogia do arrependimento, para trazer à memória os últimos dias terrenos de Cristo e permitir que esse conhecimento nos conduza à conversão para uma vida, cada dia mais, condizente com os ensinamentos do Filho e a vontade do Pai Eterno”.

A entrada de Cristo em Jerusalém

Sacerdócio, eucaristia e humildade

Anterior a Páscoa, o Domingo de Ramos, rememora a entrada messiânica de Cristo em Jerusalém, para onde o Salvador segue cumprindo os desígnios de Deus. Ele entra montado em um jumentinho e é acolhido pelas pessoas, a maioria pobre e oprimida, que lhes estenderam mantos e ramos de plantas apanhadas nos campos e clamaram: “Bendito o Rei, que vai começar o reino de Davi, nosso pai! Hosana no mais alto dos céus!”. Na história da Paixão, esse mesmo povo que aclama Jesus como rei foi induzido a condená-lo à cruz, por parte das autoridades políticas e religiosas da época.

Em artigo publicado no site da Comissão Nacional de Bispos do Brasil (CNBB), o Arcebispo Emérito de Juiz de Fora (MG), Dom Eurico dos Santos Veloso, avalia que a recepção festiva com que o povo recebeu Jesus foi motivada pelo entendimento de que Ele era o prometido descendente de Davi que ia reconduzir os judeus ao poder de Israel. “Entre a entrada festiva como rei em Jerusalém e o deboche da flagelação, da coroação de espinhos e da inscrição na cruz, somos levados a pensar: Que tipo de rei o povo queria?”, questiona Dom Eurico, completando que o Messias, além de não vir alardeando poder, mais sim com humildade e resignação, entra na fila dos condenados para trazer a paz ao mundo.

A Quinta-feira, dia que marca o fim da Quaresma e o início do Tríduo Pascal, reúne três importantes celebrações: a instituição do sacerdócio, da Eucaristia e a missa do lava-pés; todas elas em referência as palavras e gestos de Cristo, durante a última ceia.

Em Seus derradeiros momentos junto aos discípulos, Jesus os convida a emprestar seus olhos, boca, ouvidos, mãos, pés e o coração na continuação da missão redentora. Em lembrança à instituição do sacerdócio, na Quinta-feira Santa, as Igrejas se reúnem em torno do Bispo, como ovelhas junto ao pastor do rebanho. Na ocasião, é realizada também a benção dos Santos Óleos.

As Escrituras sobre a Ceia do Senhor são também a mais antiga descrição da instituição da Eucaristia, pela qual Jesus estabeleceu uma nova aliança, sinalizada pelo pão e vinho, o seu Corpo e o seu Sangue, que perpetua Sua presença entre os cristãos.

A entrega completa e fiel, em favor da salvação da humanidade, é ilustrada no lava-pés.

O Verbo Encarnado se ajoelha à frente dos apóstolos e lava os seus pés para lhes ensinar que a vida cristã deve ser fundamentada na dimensão do serviço.

As celebrações da Quinta Santa se encerram com o desnudamento completo do altar; cruzes, castiçais e toalhas são retiradas e as imagens cobertas. É o início do luto.

Oração e Penitência Na Segunda, Terça e Quarta-feira, dias santos, que sucedem o Domingo de Ramos, as Comunidades realizam orações e apresentações sobre a Paixão de Cristo. Nesses dias, ocorrem Procissões da Penitência e da Via-Sacra, cerimônias que objetivam a reflexão sobre os episódios que marcaram os últimos dias de Jesus e o entendimento da dimensão e importância da graça concedida pela Salvador.

Na quarta-feira acontece a Procissão do Encontro entre o Nosso Senhor dos Passos e Nossa Senhora das Dores. É o momento do encontro do Filho, carregando a cruz, com a Mãe, Maria, que desde a apresentação de Jesus no templo, caminhava com uma espada transpassada no coração, pois sabia que Cristo cumpriria a profecia de entrega total que o levaria à morte. As sete dores de Maria: apresentação do Menino no templo; a fuga para o Egito; a perda de Jesus; o doloroso encontro a caminho do calvário; o sofrimento aos pés da cruz; a lança transpassada no coração e o sepultamento de Jesus refletem a resignação da Mãe do Perpétuo Socorro, cuja fé é modelo para todos os fiéis.

Vitoria do Crucificado A Sexta-Feira da Paixão do Senhor convida os fiéis a lembrar das dores e sofrimentos de Cristo, por meio do jejum e da penitência, e contemplar Sua morte salvífica, e, portanto vitoriosa, pois representa a reconciliação de todas as pessoas com Deus.

Trata-se de um dia alitúrgico, por isso não há celebração da Eucaristia. O grande destaque da Sexta Santa é a procissão do Senhor Morto, que sai da Igreja Matriz em direção ao Santuário Basílica do Divino Pai Eterno.

Outra celebração que se tornou tradicional é a encenação da “Vida, Paixão e Morte de Jesus Cristo”, realizada pelo Grupo Desencanto de Teatro ao longo dos 18 Km da rodovia que liga Goiânia a Trindade. As apresentações são realizadas nas sete estações que abrigam os painéis da Via Sacra e reúnem em média 50 mil espectadores. O presidente do grupo, Rodrigo Cunha, explica que mais de 600 pessoas, entre atores, figurantes e técnicos, trabalham para a realização da encenação que há 22 anos encanta os devotos.

Santuário Basílica do Divino Pai Eterno

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r e ressuscitar em Cristo Programação Domingo de Ramos na Paixão do Senhor (01/04)

IGREJA MATRIZ 06h30 - Missa 08h00 - Missa 09h00 – Início da Missa com Bênção de Ramos e Procissão rumo ao Santuário Basílica 09h30 – Missa com as crianças 11h00 – Batizados 18h00 – Missa 20h00 - Missa

SANTUÁRIO BASÍLICA 05h45 – Missa (Rede Anhanguera) 08h00 – Missa (Tv Brasil Central) 09h45- Acolhida da Procissão de Ramos 10h00 – Missa 10h00 – Batizados 15h00 – Missa e Novena Perpétua em louvor ao Divino Pai Eterno 17h30 – Missa (Rede Vida) IGREJA SANTÍSSIMO REDENTOR 09h00 – Procissão e Missa de Ramos Segunda-feira Santa (02/04)

Fotos: Elton Rosa

IGREJA MATRIZ 06h00 – Procissão da Penitência 06h30 – Missa 19h00 – Missa de encerramento da Campanha da Fraternidade 2012 SANTUÁRIO BASÍLICA 07h00 – Missa 19h30 – Missa

Vigília Pascal

IGREJA SANTÍSSIMO REDENTOR 19h30 – Missa e Novena

Terça-feira Santa (03/04)

IGREJA MATRIZ 06h00 – Procissão da Penitência 06h30 – Missa 20h30 – Via Sacra (saindo da Gruta N. Sra. de Lourdes até a Igreja do Santíssimo Redentor)

Foto: Acervo web.

O Sábado Santo simboliza a passagem das trevas para a luz, da morte à vida, a vitória da graça sobre o pecado, para o qual os cristãos são convidados a vivenciar com fé a Vigília Pascal. Essa celebração representa o momento em que a comunidade católica permanece junto ao sepulcro do Senhor e medita sobre Sua paixão e morte, esperando a alegria e plenitude do Domingo da Ressurreição.

“Celebrar a Ressurreição de Jesus é a garantia da nossa ressurreição”. A fala do Pe. Robson é uma advertência sobre o significado da Vigília do Sábado Santo. Ele explica que infelizmente é comum encontrar Igrejas abarrotadas na sexta, reverenciando a morte, e minguadas no sábado. “Aqueles que não celebram a vida de Cristo desconhece o valor de sua morte e ficam privados da plenitude do ano litúrgico, pois desconhecem a lealdade do Senhor até as últimas consequências da cruz, pela fidelidade ao Pai Eterno”, enfatiza o reitor.

Alegria e esperança “A ressurreição do Senhor é a nossa esperança”, esse trecho do sermão de Santo Agostinho ilustra a importância e o significado da Páscoa, data em que deve imperar entre os cristãos sentimentos de alegria. Cristo sacramentou Sua missão, ofertando aos homens Seu Corpo e Sangue, para unir todos a Ele, ao Pai e entre si, na certeza da Vida Eterna e na esperança de integrar o Reino dos Céus.

O Domingo da Páscoa é o momento mais importante do calendário litúrgico católico pois leva a comunidade cristã a mergulhar no Mistério Pascal de Cristo e ressurgir para uma nova vida. Pe. Robson destaca que nesse dia não há tristezas nem decepções, somente esperança, pois a morte não teve a última palavra diante do sepulcro. “Agora, vivemos porque cremos. A fé no Cristo Ressuscitado deixa de ser uma promessa: torna-se realidade! Assim, a mensagem de Jesus, sua Paixão, Morte e Ressurreição, se apresentam como o distintivo do verdadeiro cristão e fiel devoto do Pai Eterno”, enfatiza o reitor.

SANTUÁRIO BASÍLICA 07h00 – Missa 19h30 – Missa e Novena Perpétua em louvor a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

Quarta-feira Santa (04/04)

IGREJA MATRIZ 06h00 – Procissão da Penitência 06h30 – Missa e Novena Perpétua em louvor a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro 15h00 – Missa e Novena Perpétua em louvor a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro 17h30 – Missa e Novena Perpétua em louvor a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro 19h00 – Missa e Novena Perpétua em louvor a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro 20h00 – Procissão do Encontro (em direção ao Santuário Basílica) Imagem do Senhor dos Passos – saída da Igreja Matriz Imagem de Nossa Senhora das Dores – saída da Igreja Santa Luzia

SANTUÁRIO BASÍLICA 07h00 – Missa 19h30 – Missa e Novena Perpétua em louvor ao Divino Pai Eterno 20h30 – Celebração do Encontro entre o Senhor dos Passos e Nossa Senhora das Dores

Quinta-feira Santa (05/04)

IGREJA MATRIZ 06h00 – Procissão da Penitência 06h30 – Celebração da Divina Misericórdia 19h00 – Missa da Ceia do Senhor 22h00 (05/04) às 14h00 (06/04) – Adoração ao Santíssimo Sacramento

SANTUÁRIO BASÍLICA 07h00 – Ofício Divino – Laudes 09h00 – Missa dos Santos Óleos, Consagração do Crisma e Renovação das Promessas Sacerdotais (Arquidiocese de Goiânia) 19h00 – Missa da Ceia do Senhor e Lava-pés 20h00 – Procissão de Trasladação do Santíssimo Sacramento à Igreja Matriz

IGREJA SANTÍSSIMO REDENTOR 19h30-Missa Lava-pés (com adoração até as 15:00h de sexta-feira 06/04)

Sexta-feira da Paixão do Senhor (06/04)

RODOVIA DOS ROMEIROS 07h00 às 12h00: Grande caminhada de Fé (Grupo Desencanto) – Encenando a vida, paixão, morte e ressurreição de Jesus.

IGREJA MATRIZ 06h00 – Procissão da Penitência 06h30 – Hora Santa Vocacional 14h00 – Via-Sacra 15h00 – Celebração de Adoração ao Mistério da Cruz 18h00 – Canto do Perdão 18h30 – Procissão de Nosso SenhorJesus Cristo Morto para o Santuário Basílica

SANTUÁRIO BASÍLICA 07h00 – Ofício Divino – Laudes 12h00 – Pregação das Sete Palavras 15h00 – Celebração de Adoração ao Mistério da Santa Cruz 19h00 – Acolhida da Procissão e Celebração de Nosso Senhor Jesus Cristo Morto

IGREJA SANTÍSSIMO REDENTOR 15h00 – Celebração de Adoração ao Mistério da Santa Cruz

Sábado Santo (07/04)

IGREJA MATRIZ 06h00 – Procissão da Penitência 06h30 – Celebração das Dores de Maria 20h00 – Vigília Pascal (todas as comunidades da Paróquia se reunirão na praça da Matriz - (não haverá missa nas comunidades)

SANTUÁRIO BASÍLICA 07h00 – Celebração das Dores de Maria 17h30 – Ofício Divino – Vésperas e Adoração ao Mistério da Santa Cruz 20h00 – Vigília Pascal

IGREJA SANTÍSSIMO REDENTOR 19h30- Vigília Pascal

Domingo da Páscoa na Ressurreição do Senhor (08/04)

IGREJA MATRIZ 06h30 - Missa 08h00 - Missa 09h00 – Procissão com as crianças (saindo da praça da antiga cadeia) 09h30 – Missa com as crianças 11h00 – Batizados 18h00 – Missa 20h00 - Missa

SANTUÁRIO BASÍLICA 05h45 – Missa (Rede Anhanguera) 08h00 – Missa (Tv Brasil Central) 10h00 – Missa 10h00 – Batizados 15h00 – Missa e Novena Perpétua em louvor ao Divino Pai Eterno 17h30 – Missa (Rede Vida)

IGREJA SANTÍSSIMO REDENTOR 09h00 - Missa

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Santuário Basílica do Divino Pai Eterno

Março de 2012

Série Sacramentos

Crisma: Confirmação de um compromisso com Cristo

Fotos: Daniel Fortuna

Dando sequência à série de reportagens sobre os Santos Sacramentos instituídos por Jesus Cristo, esta edição do Jornal Santuário fala sobre o Crisma, sacramento que confirma o batismo pelo Espírito Santo e torna o crismado um enviado ao mundo para testemunhar o Evangelho de Jesus Cristo através de atos e palavras

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esde o nascimento, as crianças geradas em berços católicos possuem o compromisso de se tornarem soldados de Cristo. Já nos primeiros meses de vida passam pelo batismo, momento em que são apresentados a Deus e inseridos na comunidade cristã e onde recebem, consequentemente, a fé dos pais e padrinhos, que são os responsáveis por inserir os pequenos no catolicismo.

Assim que recebem a primeira eucaristia, o adolescente já está apto a receber o segundo sacramento, conhecido como Crisma ou Confirmação. A preparação para este sacramento ocorre em dois anos e é comum nas idades entre 13 e 14 anos. Mas isso não exclui os cristãos adultos, que podem realizar o sacramento a qualquer tempo, mas nesses casos o curso tem uma duração menor.

A decisão de receber o Crisma depende unicamente da vontade do fiel, portanto, é uma decisão pessoal. Juracy Marques da Silva, membro da Pastoral do Batismo e Pastoral Catequética do Santuário Matriz de Trindade, explica que quem recebe o Sacramento do Crisma se confirma como adulto na fé, pois este é o sacramento por excelência do Espírito Santo. “Isto significa que o crismado torna-se um ‘soldado’ de Cristo que terá sempre a função de propa-

gar o amor de Deus aos que necessitam”, destaca.

Os dois primeiros sacramentos da Igreja Católica – batismo e crisma – são caracterizados como “sacramentos da iniciação cristã”. Assim que recebe a crisma, o jovem alcança o que é conhecido por “maturidade cristã”. Para Juracy Martins, “a idade indicada pela Igreja para o recebimento deste Sacramento é exatamente o momento mais crítico do ser humano: a adolescência”. Ele analisa que o período entre 15 e 16 anos é um momento em que surgem grandes questionamentos sobre a vida, representa uma fase complicada em que os adolescentes devem decidir o que querem da vida com Deus.

Orientação paternal

A figura do padrinho e madrinha, cuja função é zelar para que o afilhado cumpra fielmente suas obrigações cristãs, também aparece como peça fundamental no sacramento do Crisma. Sobre a função dos padrinhos, Juracy destaca que eles não são meros donos de títulos, mais sim companheiros de caminhada, devendo estar presentes na vida de seus afilhados em todos os momentos. Ele conclui dizendo: “Sacramento não é fase de status social. Antes de tudo, é vida”.

Durante anos o aposentado Miguel Jorge ministrou aulas de catequese na cidade de Curitiba (PR). Segundo ele, os padrinhos de Crisma são como pais espirituais que devem aconselhar seus afilhados nas lutas da vida e, principalmente, rezar por eles. Além de ter sido catequista, Miguel é padrinho de batismo e crisma, e. por experiência, da orientações de como o padrinho deve agir para ser exemplo. “Um bom padrinho precisa ser um bom cristão, participando das missas, sendo responsável, honesto, justo e dando muito amor ao afilhado”, destaca.

Celebração

A cerimônia do segundo Sacramento da Igreja, prioritariamente, deve ser dirigida pelo bispo, mas na impossibilidade deste, ele nomeia um sacerdote para substituí-lo. O Sacramento é realizado dentro da celebração eucarística (missa), e seus pontos culminantes são: a renovação das promessas do batismo; a unção com o óleo dos catecúmenos; e o abraço de acolhida à vida da Igreja de Deus.

Santuário Basílica do Divino Pai Eterno

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>>>ENTREVISTA | Padre Maurício Brandolize

Mulher: o diferencial na Igreja O Missionário Redentorista, Pe. Maurício Brandolize, afirma que o papel das mulheres tem mudado ao longo dos anos e também a participação delas na Igreja. Em entrevista ao Jornal Santuário, no Mês da Mulher, ressalta que elas têm sido mais atuantes nas ações sociais e religiosas

O Valor das Mulheres nas Sagradas Escrituras Bem além de datas festivas, a Bíblia é a testemunha ocular da fé de muitas mulheres. Ela narra suas batalhas, valores, comprometimentos e sabedoria nos momentos mais conflitivos da história do Povo de Deus. A descrição de mulheres tementes ao Pai Eterno sai das Sagradas Escrituras e ganha representações atuais, quando se contextualiza o perfil feminino e seu importante papel para a sociedade. Dentre elas, algumas se destacam: SARA Deus prometeu a Abraão e sua esposa, Sara, um filho que daria origem a todo o povo de Israel. Ela era estéril, mas, pela força da fé, deu à luz aos 90 anos. Era chamada de “mãe de multidões” e vista como o modelo ideal de mulher casada. (Ref. Hb 11,11) DÉBORA À frente do seu próprio tempo, Débora, mãe de família e profetisa, foi escolhida para ser juíza. Liderou bem uma nação, traçou estratégias e alcançou vitórias. (Ref. Jz 4,4-5 ) RUTE Rute, uma jovem de bom coração, era forte e decidida. Não tinha Israel como pátria, pois era estrangeira. Mostrava, assim, que a salvação de Deus não se restringia a um único povo. O Pai Eterno ama a todos.

Quando ficou viúva, foi companheira fiel da sogra, a ponto de acompanhá-la por uma distância muito longa até Belém. (Ref. Rt 1,16)

“Elas constroem uma Igreja mais humana, fraterna, terna, amável e acolhedora” JORNAL SANTUÁRIO : Qual o papel da mulher na Igreja?

PE. MAURÍCIO BRANDOLIZE: Certamente se pode dizer que a mulher na Igreja tem como primeiro papel ser discípula e missionária de Jesus Cristo. Mulher e homem, quando batizados, recebem a missão primeira de seguir os ensinamentos de Jesus de Nazaré e realizar também o que ele fez. No entanto, esta pergunta “qual o papel na Igreja?”, também vem sempre com uma conotação específica: até onde a mulher tem acesso aos ministérios dentro da Igreja? E, nesse ponto, invariavelmente entramos na história humana onde, de maneira geral, todos os povos e todas as culturas relegaram à mulher a um segundo plano. Mesmo no mundo bíblico se nota que em muitos textos a mulher é colocada em situação inferior ao homem. Por outro lado, pode-se encontrar na Bíblia Sagrada, passagens que falam da mulher em situação de mesma dignidade do homem. Já os textos que falam da criação são claros ao se referirem à mulher com a mesma dignidade. “E Deus criou o homem à sua imagem; à imagem de Deus ele o criou; e os criou homem e mulher. E Deus os abençoou.” (Gn 1, 27-28). Mais a frente, no capítulo segundo, vai contar aquela história da mulher tirada da costela do homem. Sentido: a mulher foi tirada “do lado, do coração do homem. Não foi tirada dos pés para ser massacrada, nem tirada da cabeça para mandar.

Mas foi tirada do coração, isto é, com a mesma dignidade”.

O papel da mulher tem mudado ao longo dos anos?

Sem dúvida! A história da humanidade em relação à mulher ainda não caminhou o tanto esperado, nem mesmo na Igreja. Até 50 anos atrás, os ministérios dentro da vida da Igreja estavam reservados quase que exclusivamente ao clero e a um clero constituído apenas por homens. Com o Concílio Vaticano II (1962-1965), amplia-se consideravel-

mente a presença dos leigos na Igreja. E, abrindo os ministérios aos leigos, a mulher começou a ocupar espaços e funções nunca imaginados. Catequistas, leitoras, ministras da Palavra, ministras extraordinárias da comunhão eucarística, ministras de batismo, teólogas, professoras de teologia, etc. Mas ainda não temos diaconisas e sacerdotisas, por exemplo.

Qual a importância delas nas ações desenvolvidas pela Igreja?

No dia a dia de nossas comunidades, principalmente nas localizadas em periferias, percebe-se nitidamente a presença positiva da mulher. Elas estão presentes em todas as pastorais. Elas dão um toque feminino para nossa Igreja.

Presentes no Conselho de Pastoral Comunitário, em muitos lugares, são inclusive coordenadoras. Quando disse “toque feminino”, quis dizer que elas constroem uma Igreja mais humana, fraterna, terna, amável e acolhedora. Aliás, é esse jeito de ser e de agir que a Igreja precisa em primeiro lugar.

Na vida, segundo a Bíblia e os princípios cristãos, quais são os direitos e deveres da mulher?

Já fiz referência à Bíblia dizendo que ela paga um tributo muito forte da cultura onde ela foi escrita. Não só o povo da Bíblia (antes de Jesus Cristo, no tempo de Jesus e logo depois), como todos os povos foram e são machistas, com a concepção de que quem manda é o homem. Mas quem tem visão aberta pode ler na Bíblia muitos textos que valorizam a mulher e dão a ela direitos e deveres que a sociedade comum nega. O próprio Jesus foi um defensor da mulher como igual ao homem. Enfrentou preconceitos tomando atitudes que até foram considerados escândalos naquele tempo. Nossa Igreja ainda sofre com o desafio de fazer imperar a igualdade e falar mais à vontade sobre direitos e deveres.

ISABEL Prima de Maria, Mãe de Jesus. Era estéril e, em idade avançada, concebeu o precursor, João Batista, que veio para preparar o caminho do Messias. Ela e o esposo, Zacarias, obedeciam fielmente os mandamentos de Deus. Foi a primeira a reconhecer Maria e Jesus como Benditos. (Ref. Lc 1,41-42) MARIA Maria, Mãe de Jesus. Bendita entre todas as mulheres, Mãe da Igreja, mulher humilde e confiante no Senhor.

Serva fiel, que aceitou o convite do Pai Eterno para ser a Mãe do Salvador. Exemplo de mulher, conservava todos os acontecimentos da vida de Jesus e meditava sobre eles em seu Imaculado Coração. (Ref. Lc 1, 6-48) MARIA MADALENA Maria Madalena, ao se arrepender de seus pecados, foi convertida e expressou gratidão ao Pai Eterno. É descrita no Novo Testamento como uma das mais dedicadas discípulas de Jesus. (Ref. Jo 20,16-18) Fotomontagem: Ricardo Borges

Foto: Daniel Fortuna

ESTER Era sábia, destemida e corajosa. Mulher disposta a morrer pela sua fé e pelo seu povo. Judia e Rainha da Pérsia, buscava soluções em Deus para tomar importantes decisões. Quando se casou com o rei Assuero, Ester fez tudo o que pôde pelo povo judeu.(Ref. Est 7,3)

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Santuário Basílica do Divino Pai Eterno

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Mulher, o que sentes?

Em plena segunda década do século 21, sob um novo horizonte de emergência da identidade e do protagonismo das mulheres, o caminho do diálogo, da pergunta, da escuta e do esforço pela compreensão é, talvez, o melhor itinerário para um projeto civilizatório que precisa (re) situar-se sobre novas bases de convivência humana, alicerçados em valores que assumem novas linguagens, capacitados a interpretar novos sinais de tempos pós-modernos.

Que rosto cultural de mulher emerge de nossas realidades locais, tão multiculturais e em acelerada mundialização? Como pensam as novas gerações de mulheres, impactadas pela uniformidade do pensamento ditado pelas informações divulgadas globalmente?

Como sentem e como amam as mulheres, abrangidas tanto quanto nós por infinitas relações virtuais, impensáveis até um passado recente? Que medos e que esforços de autossuperação enfrentam as mulheres diante das cotidianas ameaças à vida, às suas vidas, à vida de seus filhos, à vida no planeta? Se acreditamos na igual dignidade de homens e de mulheres, o sentir da mulher haverá de ressoar com a mesma intensidade que o sentir do homem no coração da civilização. A disfunção e o desequilíbrio na igual dignidade de todos é uma patologia civilizatória, que provoca a mais grave das doenças: a doença da alma. Mulher e homem, Deus os criou; e os fez a sua imagem, imagem de Deus na imagem de todas as mulheres e de todos os homens.

Além do olhar de indagação e de compreensão pelo futuro, penso que a homenagem que se faz às mulheres no presente também precisa ser um revisitar penitencial ao passado. No ano do jubileu de 2000 mil anos do nascimento de Jesus Cristo, o bem-aventurado João Paulo II pediu, em nome de todos os cristãos, de todos os tempos, perdão pelos erros do passado. No jubileu do Dia da Mulher, devíamos todos pedir perdão pelos dias, anos e séculos que foram negados às mulheres; pedir perdão pelas mulheres vítimas da violência; pedir perdão pelas mulheres transformadas em mercadoria; pedir perdão por mulheres excluídas da representação política, social e cultural; pedir mil vezes perdão, com coragem para reconhecer os erros e com firme determinação de não repeti-los hoje sob novas linguagens, novos ardis e novas sutilezas.

Gratidão e reconhecimento não fazem bem apenas a quem recebe; sobretudo, transformam a quem agradece. Com profundo reconhecimento, agradecemos a Deus por podermos contemplar o mistério da encarnação consumado no ventre de uma mulher.

Agradecemos pela Igreja, dom e mistério, mãe e mestra, que nos educa na escola da fé. Agradecemos pela participação das mulheres na história da salvação: pelo sorriso de Sara, pelos cânticos de Míriam, Débora e Ana, pelos gestos de solidariedade de Ruth, pela coragem e astúcia das parteiras do Egito, pela reivindicação de direitos defendidos por Tamar, pela mãe dos Macabeus e sua confiança em Deus, pela profecia de Débora. Agradecemos pelas mulheres que acompanharam, seguiram e apoiaram Jesus do seu nascimento até sua morte e ressureição. Agradecemos pelas mulheres do cristianismo primevo, sob perseguição e martírio aos cristãos.

Agradecemos pelas mulheres freiras, catequistas, teólogas, membros da Pastoral da Criança e de todas as demais pastorais, por todas as mulheres que exercem cargos de liderança. Agradecemos por Clara de Assis, por Tereza de Ávila, por Irmã Dulce, por Tereza de Calcutá e por todas as mulheres santas, mártires ou doutoras da Igreja. Enfim, junto aos demais filhos deste mundo, agradeço à minha mãe e às minhas irmãs pelo carinho e pelo legado de afeto e de amor que também marcaram minha vocação, meu ministério e meu serviço ao povo.

No diálogo e esforço de compreensão, na revisão dos erros e propósito para superá-los e na gratidão... é essa a homenagem que desejo prestar a todas as mulheres. Rendo graças por todas e cada uma das mulheres “tal como saíram do coração de Deus, com toda a beleza e riqueza de sua feminilidade; tal como foram abraçadas por seu amor eterno; tal como, juntamente com o homem, são peregrinas sobre a terra” (João Paulo II, Mulieris Dignitatem, 31).

Maria, a mãe de Jesus Cristo, exemplo de mulher, abençoe a todas as mulheres.

Dom Washington Cruz Arcebispo Metropolitano de Goiânia

Santuário Matriz: 100 anos de acolhida aos devotos

Livro escrito pelo estudante Paulo Afonso Tavares, a partir de pesquisa documental, fala sobre a história da devoção, desde o surgimento até os preparativos para o centenário da Paróquia O centenário do Santuário Matriz do Divino Pai Eterno e a devoção de mais de 170 anos são os temas abordados pelo estudante de jornalismo Paulo Afonso Tavares em seu livro que será lançado em breve. “Santuário Matriz: 100 anos de acolhida e evangelização” é resultado de um ano de pesquisa nos arquivos da paróquia e dos Missionários Redentoristas de Goiás e de São Paulo. Além do trabalho documental, a obra narra a bela história de fé e amor iniciada pelo casal Constantino Xavier e Ana Rosa de Oliveira por volta de 1840.

“Lembro-me de quando eu tinha mais ou menos oito anos de idade, ocasião em que visitei Trindade pela primeira vez. Deparei-me com uma grande multidão que chegava à cidade, cantando e louvando o Pai Eterno. Isso me emocionou muito e quis saber toda a história”, afirma Paulo Afonso, que também é catequista do Santuário Matriz e coordenador da Pastoral da Juventude.

O livro conta com o prefácio do Reitor do Santuário Basílica do Divino Pai Eterno, Padre

“Houve acontecimentos magníficos de bênçãos, graças e amor entre Deus e Seus filhos amados. É uma história emocionante, que leva o coração a amar e a procurar o Pai Eterno”

Paulo Afonso Tavares

Robson de Oliveira, que ressaltou a força da devoção representada pela Matriz e pelo Santuário Basí-

lica. “Os dois templos acolhem os mais de 2,5 milhões de romeiros durante as festas e outros tantos durante todo o ano. A Matriz, depois de 100 anos, continua sendo um dos locais abençoados de momentos de oração e recebimento de graças”, afirma o Padre em um dos trechos do prefácio.

No dia 9 de setembro de 2012, o Santuário Matriz do Divino Pai Eterno em Trindade completará 100 anos de sua construção.

“Houve acontecimentos magníficos de bênçãos, graças e amor entre Deus e Seus filhos amados. É uma história emocionante, que leva o coração a amar e a procurar o Pai Eterno”, explica Paulo Afonso.

O livro é também uma forma de contribuição para o centenário, já que o autor cedeu os direitos de comercialização da edição em prol das obras de restauração da igreja. “Santuário Matriz: 100 anos de acolhida e evangelização” conta também com a colaboração dos historiadores Amir Salomão Jacób e Rildo Souza, e será lançado em uma parceria da editora Kelps e da PUC Editora.

Santuário Basílica do Divino Pai Eterno

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Imagem Peregrina percorre três estados em abril A grande expectativa dos devotos confirma a força da devoção ao Divino Pai Eterno. Para os três primeiros compromissos da agenda de visitas de 2012 do Ícone Sagrado, a equipe das viagens peregrinas espera encontrar um público de 60 mil fiéis

T

rês estados brasileiros se preparam para receber a Imagem Peregrina, guiada por Padre Robson de Oliveira, reitor do Santuário Basílica do Divino Pai Eterno em Trindade (GO). A programação do mês de abril, que abrirá a agenda de visitas de 2012 e será marcada por emoção, lágrimas e devoção, começa em Santos (SP), no dia 15.

Dando sequência, no dia 22 será a vez de Aracaju (SE). Para finalizar, no dia 29, Criciúma (SC), receberá devotos para a grande festa. Cerca de 60 mil fiéis estão sendo esperados nas três celebrações. As missas acontecerão sempre às 17h30 e serão exibidas pela Rede Vida de Televisão.

Em Santos, o evento acontecerá no Espaço Arena Santos, Vila Mathias; em Aracaju, o público se reunirá na praça de eventos da Orla de Atalaia. Já em Santa Catarina, a celebração será no Parque das Nações Cincinato Naspolini.

A expectativa das multidões que acompanham a imagem do Divino Pai Eterno é uma só: se aproximar de Deus através do Ícone Sagrado. “O meu coração enche de alegria por poder ver que as pessoas estão mais próximas do Pai Eterno por meio das nossas celebrações”, acredita Pe. Robson. “Percorrer o Brasil com esse trabalho missionário é, antes de tudo, uma responsabilidade e um compromisso que tenho com Deus”, frisou.

As missas são animadas e o público participa ativamente orando e louvando com as músicas do Pe. Robson que, ao final das celebrações, atende aos presentes, rezando e abençoando os fiéis. “O povo tem sede da palavra de Deus. E verdadeiramente não há nada melhor do que ser filho do Pai Eterno”, acredita o reitor.

A primeira cidade a ser visitada em 2012, encerrando a agenda de 2011, foi Rio Branco, no Acre. No dia 22 de janeiro, cerca de 30 mil devotos estiveram presentes.

Essa foi a centésima visita da Imagem Peregrina desde 2007. No ano passado, cerca de dois milhões de devotos do Divino Pai Eterno acolheram o Ícone Sagrado, que percorreu uma média de 240 mil quilômetros, aproximadamente seis voltas ao mundo.

Convites para receber a Imagem Peregrina

“Percorrer o Brasil com esse trabalho missionário é, antes de tudo, uma responsabilidade e um compromisso que tenho com Deus” Pe. Robson

Foto: Marcus Vinícius

Foto: Marcus Vinicius

Devotos do Brasil inteiro expressam sua vontade de viver mais de perto a devoção ao Divino Pai Eterno. A presença do Icone Sagrado é requerida em centenas de pedidos que chegam diariamente à Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe).

Para atender as demandas e organizar a agenda de visitas a Afipe conta com uma equipe que analisa cada uma das solicitações, que devem ser feitas pelo padre da igreja local com a autorização do Bispo. Após análise, o pedido é confirmado ou não com pelo menos dois meses de antecedência. Sem burocracia alguma, se o convite for aceito, começa a organização da festa. O Santuário Basílica arca com as despesas da equipe, ficando a cargo dos organizadores locais a divulgação e infraestrutura. As solicitações de visita da Imagem Peregrina podem ser feitas pelo e-mail visitapaieterno@gmail.com ou pelo site www.paieterno.com.br.

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Santuário Basílica do Divino Pai Eterno

Março de 2012

Missão religiosa: doar a vida pelo irmão vida religiosa é um dom. É um ato de amor e abnegação. É agir seguindo os exemplos de Cristo. Cada religioso é exclusivamente responsável por sua conduta na vida consagrada, cabendo aos seus superiores a missão de sempre orientá-los a manter sempre vivos estes fundamentos.

Nesse sentido, a Congregação do Santíssimo Redentor de Goiás, presidida pelo superior provincial, Padre Fábio Bento da Costa, anualmente envia uma carta aos confrades. Este ano, a correspondência fala sobre a importância de zelar pela vida religiosa consagrada.

O documento chama a atenção para a possibilidade de a modernidade provocar o afastamento das bases sólidas firmadas na conversão. Características como o relativismo e a subjetividade são apontadas como desnecessárias e prejudiciais à vida de um religioso, pois estão ligadas à falta de definição. O individualismo, comum a qualquer ser humano, também é apresentado como um fator que pode comprometer a missão de quem possui a vida consagrada.

Entrar para a vida religiosa significa ter apenas um fundamento

Introspecção missionária

Foto: Arquivo Redentoristas

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Missionários redentoristas de Goiás recebem carta do superior provincial, Padre Fábio Bento da Costa, sobre a importância de manter viva a chama da conversão da vida religiosa consagrada

e uma verdade que é Jesus Cristo, como confirma este trecho da carta: “Por ser uma opção de fé, a vida religiosa consagrada tem que buscar o seu fundamento teológico.

O fundamento é Jesus Cristo e o Reino de Deus que ele anunciou”.

A carta fala ainda da importância da manutenção deste fundamento: “A pessoa consagrada tem que cultivar

“Por ser uma opção de fé, a vida religiosa consagrada tem que buscar o seu fundamento teológico. O fundamento é Jesus Cristo e o Reino de Deus que ele anunciou” uma relação teologal se quiser dar sentido à sua vida religiosa”. Essas palavras representam o que é viver em comunhão íntima e pes-

soal com Deus, o que exige o esforço diário para permanecer na dinâmica das virtudes teologais: fé, esperança e caridade.

Todos os anos, a Carta Circular da Congregação vem acompanhada do Relatório da Assembleia Capitular da Província Redentorista de Goiás. O último relatório foi referente ao encontro realizado em novembro de 2011, no Centro de formação Mãe do Perpétuo Socorro, na Matriz de Campinas.

O Capítulo teve como foco a ação missionária. O principal objetivo foi iniciar uma avaliação do trabalho realizado e elaborar um Projeto Pastoral para toda Província, estabelecendo linhas de evangelização e definindo prioridades.

Seguindo o exemplo de Jesus, para os redentoristas, o serviço mais importante de suas vidas é amar. Eles consideram que essa tarefa é uma escolha inteligente que lhes dá sentido à vida neste mundo e os garantem na vida eterna. Sendo assim, devem reforçar, dia após dia, a entrega ao Deus que é Pai, Filho e Espírito Santo.

A mensagem da Congregação foi direcionada aos redentoristas, mas serve de alerta e inspiração para todo cristão, que é também discípulos de Jesus.