Jornal da Gente - Edição 980 - 11 a 17 de setembro de 2021

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lazer

zeladoria

Governo abre consulta para concessão de parques da região »P3 Foto: Reprodução

 Entidades pedem prazo maior e audiências públicas

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Foto: Marcelo Pereira/SECOM

11 a 17 de setembro | Ano 20 | n° 980 | Mais informações sobre reportagens acesse: www.jornaldagente.inf.br

Barra Funda ganhará estátua de Geraldo Filme p12

Foto: Bárbara Dantine

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Acontece

cidadania

Prefeitura revitaliza 173 mil m² de calçadas

Instituto Noa entrega certificados na subprefeitura

Investimento faz parte de Plano Emergencial P6

Programa Escolas do Bem foi apresentado em reunião P12

Faça suas compras de produtos e serviços no bairro urbanismo

Inquérito investiga PIU MP quer apurar suposta prática de improbidade P7

Você gera riqueza e empregos perto da sua casa

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espaço aberto bronca

Estacionamento Moradores da Rua Gomes Freire, na Lapa, reclamam do desrespeito de motoristas que estacionam em frente das garagens das casas. A via está em uma zona mista, com residências, comércios e é rota de ônibus. Vizinhos afirmam que já solicitaram fiscalização da CET mais de uma vez, mas não foram atendidos. Também questionam se é possível instalar placas de proibição de estacionamento nos dois lados da rua.

RESPOSTA A CET informa que a Rua Gomes Freire possui uso de solo misto, sentido único de direção e tem 9,60 m de largura. No trecho entre as ruas Barão de Jundiaí e Gago Coutinho, a via possui estacionamento liberado dos dois lados. Já no trecho entre as ruas Gago Coutinho e Carlos Bertini, a sinalização regulamenta a proibição do estacionamento no lado direito da via, em tempo integral. A CET ressalta que pelas características descritas da via, não considera a adoção de proibição total de estacionamento, ação que poderia prejudicar tanto os moradores quanto o comércio do local, além de provocar em consequência o aumento da velocidade praticada na via.

Envie sua bronca ou mesmo elogios para Redação JG – Rua Marco Aurélio, 780, CEP 05048-000, Vila Romana ou pelo email: redacao@jornaldagente.inf.br; se preferir vá direto ao site: www.jornaldagente.inf.br, seção Bronca da Gente.

EDITORIAL

ARTIGO

Bárbara Dantine

Cláudio Del Rio

Editora

Administrador de Empresas e Síndico Profissional

Atenção devida O clima caótico da política nacional domina todas as discussões. É preocupante pensar como será o próximo ano com as eleições, as crises institucionais, risco de escassez energética e impactos cada vez mais altos no bolso dos cidadãos. Não será fácil.

E ainda vivendo o cenário de exceção causado pela pandemia, muitas discussões importantes foram deixadas de lado. Uma consequência de quando se vive com problemas que há muito tempo deveriam ter sido sanados. Se tivéssemos mais investimentos na saúde e educação, poderíamos ter tido um atendimento mais eficaz aos pacientes de Covid-19 e menor evasão escolar. É muito fácil fazer um discurso inflamado, falar o que as pessoas que estão diante de você querem ouvir, mas conduzir uma política totalmente diferente nos bastidores. Eu poderia estar falando agora da política nacional, mas na verdade estou falando do mecanismo das audiências públicas. Ao mesmo tempo que esse é um instrumento fundamental para garantir a participação da sociedade em debates e na construção de políticas públicas, muitas vezes parece que quem as conduz o faz apenas pro forma, ou seja, apenas para cumprir o rito estabelecido por lei.

Em alguns casos a população está unida em suas reivindicações, se contra-

Diretor: Ubirajara de Oliveira

www.jornaldagente.inf.br Redação e publicidade: Rua Marco Aurélio, 780 | Vila Romana CEP 05048-000 | São Paulo

Redação e reportagem: Bárbara Dantine

pondo apenas aos gestores públicos. Em outros há divergências de opinião. Esse é o caso do PIU Leopoldina, um dos projetos que segue parado, talvez pela urgência da pandemia ou por ter gerado e porque ainda vai gerar polêmicas.

Ninguém discorda de que há um déficit habitacional na nossa região, não só na Vila Leopoldina, que precisa ser resolvido.

Assim como é, ou deveria ser, consenso de que as pessoas que vivem em comunidades estabelecidas tem todo o direito de permanecer no território. Mas quando a iniciativa privada se dispõe a investir em melhorias públicas isso não deve ser visto apenas como uma benfeitoria, uma boa ação, um presente. Há interesse. Os próprios representantes do mercado sempre disseram que “não há almoço grátis”.

E se queremos moradias dignas, equipamentos de saúde, da educação, áreas verdes e desenvolvimento urbano, precisamos saber o quanto isso vai nos “custar”. Também é complicado barganhar pelo que seria o cenário perfeito, inviabilizando por muitos anos algo que precisa ser feito urgentemente. Mas é possível encontrar um caminho do meio, que beneficie o interesse privado e a coletividade do entorno. Não há novidades sobre o projeto, mas quando sua discussão que acontece desde 2016 for retomada, será preciso acompanhar.

PUBLICIDADE: Priscila Bello e Samuel Barcellos DISTRIBUIÇÃO: Marcelo Secco

SISTEMAS E INTERNET: William Mastrangi EDITORAÇÃO ELETRÔNICA: Thiago Alan e William Mastrangi

CONTATOS • REDAÇÃO Tel: 3874-5533 / redacao@jornaldagente.inf.br • PUBLICIDADE vendas@jornaldagente.inf.br | LAPA Tel: 97133-1800 / 97133-1803 / samuel@jornaldagente.inf.br ROMANA/POMPEIA Tel: 97133-1806 LEOPOLDINA Tel: 97548-7635 / 97203-2146 / leopoldina@jornaldagente.inf.br

PIU Leopoldina no MP Muitos moradores me perguntam sobre o PIU. Pois bem, o MP instaurou inquérito para apurar suposta prática de improbidade administrativa por agentes públicos, que ajustados com os proponentes, propuseram e elaboraram, sem transparência, o PIU Leopoldina, omitindo informações sobre outorga onerosa do direito de construir, com desequilíbrio no modelo econômico-financeiro em possível dano ao erário público.

O PL 428/2019 em tramitação na Câmara tem pontos que merecem atenção: utilização de taxa de desconto generosa no tributo, supressão da ZEIS1 onde as comunidades estão há 50 anos, concessão de um potencial construtivo de 500 mil m² ao custo módico de R$ 266/m² (na Água Branca, um leilão apurou R$ 1789/m²), aumento do coeficiente de aproveitamento de 4 para 6, e a utilização de 350 mil m² no Arco Pinheiros, fora do perímetro de intervenção.

Em troca oferecem a construção de cerca de 850 moradias para 3 comunidades, sendo 50% fora de seu local original (em outro terreno contaminado) onde construirão um complexo de luxo. Se for comprovado um dano bilionário ao erário, isto comprometeria recursos que ajudariam outros milhares de cidadãos que se encontram na fila da moradia, especialmente nas 14 comunidades do entorno. Vamos aguardar o resultado.

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COMUNIDADE lazer

A Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente (SIMA) publicou na quinta-feira (2) os documentos do processo de concessão de três parques da região, Villa-Lobos, Cândido Portinari e Água Branca.

Com a transferência da administração, o objetivo do governo é ampliar as atividades de lazer, educação ambiental,​ esporte, cultura e turismo dos parques, assim como revitalizar os equipamentos existentes e instalar novos atrativos, como anfiteatros, restaurantes e cafés. A concessão também irá desonerar o Estado dos serviços de vigilância patrimonial, limpeza e manutenção, que ficarão a cargo da concessionária e serão fiscalizados pela SIMA. A Secretaria afirma que não haverá cobrança de ingressos para entrada nos parques.

As contribuições da população podem ser enviadas até o dia 3 de outubro no site (www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br) e será realizada uma audiência pública no dia 16 de setembro (quinta-feira), às 17h, através do link (www.infraestruturameioambiente. sp.gov.br/consema). Para participar é preciso realizar um cadastro prévio que estará disponível no dia a partir das 9h no mesmo link de acesso da reunião.

O Parque da Água Branca, na Barra Funda, conta com uma área de 136 mil m² e 70 edificações. Antes da pandemia, o local recebia 2,9 milhões de visitantes por ano. O concessionário deverá man-

Foto: Parque Villa-Lobos/Divulgação

Governo abre consulta pública para concessão de parques da região

Entidades pedem prazo maior e audiências realizadas para cada um dos parques ter as características históricas do parque e requalificar áreas como o aquário e centro de educação ambiental, c​ onhecido como Museu Geológico. A iniciativa privada também deverá manter o espaço de leitura, a feira de produtos orgânicos e as atividades para a terceira idade.

Já os parques Villa-Lobos e Cândido Portinari que são vizinhos possuem uma área de 850 mil m² e 33 edificações. Antes da pandemia, mais de 11 milhões de pessoas visitavam os espaços anualmente.

Além da requalificação dos equipamentos existentes, a concessão prevê melhorias para o impacto do viário e implantação de serviços e atividades para cultura e lazer.

As entidades Associação dos Moradores e Empresários do Sumaré, Perdizes

e Barra Funda (AMESP), o Fórum Verde Permanente, o Movimento Água Branca, Associação de Apoio à Infância e Adolescência Nossa Turma, Associação dos Amigos e Moradores pela Preservação do Alto

da Lapa e Bela Aliança (Assampalba), Instituto Rogacionista Santo Aníbal, Fórum Social da Vila Leopoldina, Movimento Defenda São Paulo, Viva Pacaembu por São Paulo, Movimento de Oposição à Verticalização Abusiva da Lapa e Região e a Associação dos Amigos de Alto de Pinheiros (SAAP) assinam uma carta pedindo à SIMA a extensão do prazo de consulta pública para a análise da documentação que tem mais de 600 páginas e também a realização de mais audiências públicas de forma a garantir maior participação.

O documento aponta que os três parques possuem características bastante díspares e por isso seria importante individualizar a discussão da concessão por parque. É sugerido que ocorram duas audiências para cada um dos parques, uma para coletar as contribuições e outra devolutiva com as sugestões que foram incorporadas.

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Virada

O Rotary Club São Paulo Lapa convida moradores da região para participarem da Virada Sustentável neste sábado (11) com um plantio de cerejeiras na Rua Coriolano, 1313, a partir das 10h. Os primeiros cem participantes vão ganhar mudas de suculentas.

Campanha

O Conselho da Mulher Empreendedora e da Cultura (CMEC) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) realiza a terceira edição da campanha de doação de livros, brinquedos e roupas para o Dia das Crianças. Neste ano, Cleo Monteiro Lobato, bisneta do escritor Monteiro Lobato, doou o livro “Reinações de Narizinho - Parte 1”, que será editado com prefácio especialmente para o CMEC e 1500 exemplares serão impressos para a campanha. Na cerimônia de abertura da campanha, realizada na quinta-feira (2), o vice-presidente da ACSP e coordenador-geral das Sedes Distritais, João Bico de Souza, anunciou a doação de mil brinquedos feita pela Federação dos Advogados, Estagiários e Bacharéis do Brasil (Fadesp). As doações podem ser feitas no edifício-sede da ACSP e nas 15 Sedes Distritais da entidade, sendo a da região localizada na Rua Pio XI, 418. A arrecadação vai até o dia 14 de outubro.

Conselho 1

A Prefeitura publicou a lista definitiva de candidaturas da sociedade civil ao Conselho Municipal de Política Urbana

para o Biênio 2021-2023. As vagas destinadas a Associações de Bairro e Movimentos Culturais foram as únicas com mais de uma candidatura habilitada e, portanto, serão definidas por eleição no dia 3 de outubro, das 9h às 17h, em cada uma das 32 subprefeituras da cidade. Os demais segmentos que compõem o conselho tiveram os candidatos automaticamente eleitos em razão da falta de concorrência ou indeferimento de inscrições.

Conselho 2

Para o segmento Associações de Bairro são quatro vagas a serem disputadas por duas chapas: Amigos do Real Parque e Cidade para Todos.

A Chapa Amigos do Real Parque é representada pelo número 11 e formada exclusivamente pela entidade Sociedade Amigos da Praça Visconde da Cunha Bueno. Já a Chapa Cidade para Todos é retratada pelo número 12 e composta pelas instituições Assampalba - Associação de Amigos e Moradores pela Preservação do Alto da Lapa e Bela Aliança, SAPP - Sociedade dos Amigos do Planalto Paulista, Instituto Inácio Monteiro e Associação Ambiental e Habitacional João de Barro. O Conselho Municipal de Política Urbana - CMPU é o maior órgão colegiado da Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL), tendo como objetivo acompanhar a execução da Política de Desenvolvimento Urbano do Município, discutir e elaborar propostas de projetos de lei de interesse urbanístico, debater diretrizes para as áreas públicas municipais, entre outras atribuições legais.

Escolas

Estudantes das escolas estaduais de São Paulo que desejam continuar os estudos em 2022 na rede devem realizar rematrícula até o dia 17 de setembro. A sinalização é essencial para que os alunos permaneçam com a vaga ativa, possibilitando assim, conforme o ano ou série, a continuidade na mesma unidade escolar. Para realizar o processo é necessário acessar a Secretaria Escolar Digital através do link (https://sed.educacao.sp.gov.br/ saiba-como-acessar) clicar em área do responsável, seguido de gestão escolar, matrícula e por fim rematrícula.

Também é possível fazer a rematrícula pela aplicativo Minha Escola SP e presencialmente em qualquer unidade escolar estadual. Os estudantes que atualmente estão na 1ª série do ensino médio e prosseguirão para a 2ª série em 2022 deverão no ato da rematrícula escolher o itinerário formativo do Ensino Médio de São Paulo. Todas as escolas ofertam, pelo menos, dois itinerários, com todas as quatro áreas do conhecimento: Linguagens, Matemática, Ciências Humanas e Ciências da Natureza. Os estudantes também terão a opção de se matricular em outra unidade escolar, caso desejem cursar um itinerário não ofertado pela unidade atual. O currículo do Ensino Médio de São Paulo apresenta 11 possibilidades de aprofundamento curricular, sendo dez de áreas do conhecimento e uma de formação técnica, via Novotec Expresso ou Novotec Integrado.

Conseg

O Conseg (Conselho Comunitário de Segurança) da Vila Leopoldina realiza

sua reunião mensal na segunda-feira (13), às 19h, em formato híbrido, presencialmente no Espaço Climbers (Rua Carlos Weber, 1272) e com transmissão pelo Facebook (www.facebook.com/consegleopoldina).

Memória Foto: Reprodução

LAPA MUNDI

Por Greg Mattos com colaboração da redação Críticas, elogios e sugestões Contato: redacao@jornaldagente.inf.br

O padre Paulo Francisco Santana Ribeiro, de 75 anos, foi encontrado morto na segunda-feira (30), na casa em que morava na Rua Nossa Senhora da Lapa. Estima-se que o óbito ocorreu dias antes, já que o corpo estava em avançado estado de decomposição.

Como o local estava revirado e havia vestígios de sangue, o caso é investigado pela 1ª Delegacia de Polícia de Repressão a Homicídios do DHPP. A equipe realiza diligências para esclarecimento dos fatos e laudos periciais foram solicitados para auxiliar nas investigações que estão em andamento. Nascido em 28 de abril de 1946, em Teófilo Otoni (MG), o Padre Paulo fez seus estudos eclesiásticos na Itália, França, Alemanha e Oriente Médio. Após retornar ao Brasil, foi ordenado sacerdote em 28 de abril de 1974, na Arquidiocese de São Paulo.

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GENTE

COMUNIDADE zeladoria

Foto: Marcelo Pereira/SECOM

Prefeitura requalifica mais de 173 mil m² de calçadas na Zona Oeste

» Os Rotary Clubs de São Paulo Alto da Lapa, Lapa e Rotaract Aliança Rio Branco, em parceria com a ACM LAPA, realizaram no sábado (4) um passeio ciclístico saindo da Praça John Lennon como parte da programação da Virada Sustentável 2021. Foto: Divulgação

Investimento faz parte do Plano Emergencial de Calçadas (PEC) criado em 2008 Desde 2019, a Prefeitura já investiu R$ 140 milhões nas 32 subprefeituras da cidade para melhorar as calçadas e iluminação em locais de grande fluxo de pessoas e em vias comerciais. Até o momento foram requalificados 1.651.813 m² de passeios e construídas 4 mil rampas de acesso. Somente na Zona Oeste foram 173.821,16 m² e entre as vias contempladas estão a Rua Faustolo, entra as ruas Jeroaquara e Nossa Senhora da Lapa, Rua Roma, entre as ruas Aurélia e Trajano e Rua Clélia (lado par), entre as ruas Catão e Jeroaquara.

As rotas definidas pelo Plano Emergencial de Calçadas (PEC) consideram a

proximidade de terminais de ônibus, ruas de comércio e pontos turísticos que apresentavam desníveis e buracos. As readequações do plano preveem uma faixa livre exclusiva à circulação de pedestres sem desnível, vegetação ou obstáculos, além de estabelecer que o piso não deve provocar vibrações no deslocamento de cadeiras de rodas, carrinhos de bebê, entre outros.

A largura mínima da calçada deve ser de 1,90 metro, sendo 70 cm reservados para a faixa de serviço, com instalação de postes, lixeiras e outros itens de mobiliário urbano, e 1,20 metro de faixa livre para garantir a acessibilidade e circulação dos pedestres.

» O ex-governador e membro do Clube, Amilton Medeiros, aproveitou a Virada Sustentável do Rotary Club Lapa para encontrar velhos companheiros. Foto: Divulgação

» Lucy De Miguel, fundadora do Instituto Noa e idealizadora do programa Escolas do Bem com representantes de escolas da região que são integrantes do projeto, da ONG Alquimia e o diretor do Jornal da Gente e Página Editora Ubirajara de Oliveira, na sexta-feira (10). Foto: Bárbara Dantine

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COMUNIDADE PUBLIEDITORIAL

Perspectiva da área institucional próxima ao Cingapura Madeirite do toda a discussão sobre o projeto e apontado diversas vezes sobre o que seria uma “desproporcional vantagem econômica que os proponentes privados do PIU Leopoldina obterão com a atual modelagem”. Umberto de Campos Sarti, presidente da AVL, afirma que a instauração do inquérito pelo MP era esperada por causa das denúncias de irregularidades em publicações acadêmicas, artigos de urbanistas e pelas próprias associações de moradores. “Embora os moradores estivessem abertos ao diálogo, o PIU foi conduzido com mão de ferro pela SP Urbanismo, atendendo aos interesses dos proponen-

tes, em detrimento das contribuições das associações locais”, diz.

Carlos Alexandre de Oliveira, diretor de Relações de Governo da AVL, ressaltou ainda que o inquérito deve apurar a possível quebra de princípios da Administração Pública, com dano superlativo ao erário. “O PIU tem como lado positivo a questão da moradia digna para as três comunidades locais.

Mas o dano bilionário ao erário público acaba prejudicando outros milhares de pessoas que estão na fila da moradia.

Seria muito mais viável que a Prefeitura fizesse uma operação consorciada, com a venda de potencial construtivo Fotos: Divulgação

No final do ano passado, em 30 de dezembro de 2020, o então vereador Caio Miranda Carneiro entrou com um pedido de instauração de inquérito civil para a investigação de agentes públicos e interessados privados que propuseram e conduziram a elaboração do Projeto de Intervenção Urbana (PIU) Vila Leopoldina-Villa Lobos que já tramitava na Câmara Municipal como projeto de lei. No documento, o parlamentar aponta a atuação dos agentes públicos da Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento e suas relações com os proponentes do PIU, questiona a falta de respostas do Executivo em relação a questionamentos encaminhados por ele sobre a modelagem econômica do projeto e pede, ao final, que sejam feitas correções no projeto para evitar uma lesão ao interesse público e ao erário, ao mesmo tempo que sejam provisionadas as habitações para as famílias residentes nas favelas da Linha, do Nove e Cingapura Madeirite envolvidas no PIU. Sua solicitação de inquérito foi acolhida pela Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da Capital em fevereiro deste ano, para apurar a suposta prática de improbidade administrativa por agentes públicos que, segundo o documento “propuseram, conduziram e elaboraram, sem transparência, o Projeto de Intervenção Urbana Vila Leopoldina-Villa-Lobos, com interesses comuns aos mencionados proponentes privados subscritores da MIP (Manifestação de Interesse Privado), omitindo informações sobre a outorga onerosa do direito de construir e com desequilíbrio no modelo econômico-financeiro do PIU”.

Em junho deste ano, a Associação Viva Leopoldina (AVL) protocolou junto ao Ministério Público um pedido para ser habilitada como interessada no inquérito civil, por ter acompanha-

Foto: Reprodução

Inquérito investiga improbidade administrativa na formulação do PIU Leopoldina

Umberto de Campos Sarti

Carlos Alexandre de Oliveira Jairo Glikson

e a destinação de recursos marcada no Fundurb (Fundo de Desenvolvimento Urbano) para investimento na própria região, o que beneficiaria algo como 4200 famílias das 14 favelas do Arco Pinheiros e ainda sobraria dinheiro pra fazer hospital, creche, parque e escolas.

O PIU no formato atual fere a Lei de Responsabilidade Fiscal, pois compromete recursos de futuras administrações. É preciso aumentar o número de contrapartidas, incluindo a preservação das comunidades em seus locais originais, que darão lugar a um grande e valorizado complexo de luxo, evitando a gentrificação”, declara. Jairo Glikson, presidente da Amocity, afirma que durante algum tempo o assunto foi tratado como uma discussão de luta de classes estimulada por agentes políticos, algo que seria totalmente equivocado e superficial dada a grandeza econômica do projeto. “A apuração por parte do MP vem para olhar em profundidade as relações entre os entes públicos e privados, no caso os proponentes, e especialmente quantificar qual o montante de dinheiro público através de renúncias de tributos e uso de patrimônio público”, explica.

Ainda durante seu mandato, em setembro de 2020, Caio Miranda Carneiro também apresentou ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo um pedido de mandado de segurança para impedir o prosseguimento da discussão do PIU (Projeto de Intervenção Urbana) Vila Leopoldina/Villa-Lobos na Câmara Municipal até que fossem feitos estudos de impacto ambiental e de vizinhança mais completos do projeto.

O Projeto de Lei nº 428/2019 sobre o PIU Leopoldina segue na Câmara, mas ainda não foi analisado pela Comissão de Finanças que deverá pautar sua discussão.

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Colaboração e ajuda mútua mudam o mundo O que diferencia um cientista que desenvolve uma vacina, de outro que inventa uma bomba atômica? O que motiva o trabalho de um jornalista que produz notícias falsas?

Você já parou pra pensar em qual momento da vida um jovem profissional decide usar seus conhecimentos para salvar ou destruir? Eu já!

A resposta engloba uma série de fatores psicológicos, sociais e éticos. E eu acredito que uma educação pautada no crescimento coletivo e na ajuda mútua é capaz de conduzir a nossa sociedade para um patamar muito mais evoluído.

Durante décadas a educação focou no desenvolvimento do potencial competitivo. Hoje é preciso ter uma formação baseada em valores humanos e algo essencial: espírito colaborativo – e que pode ser aprendido na escola.

É isso a que se propõe o programa Escolas do Bem, do Instituto Noa, que vem trabalhando noções de responsabilidade social em três escolas da Zona Oeste: Green Kids, Espaço Lúdico e Espaço Pensar. As três estão buscando escolas públicas para serem parceiras na realização de ações sociais em seus bairros, pautadas em valores como generosidade, colaboração, respeito e solidariedade, e que possam melhorar a vida de todos que estão ao seu redor.

Por isso firmamos parceria com o Jornal da Gente e a Subprefeitura da Lapa.

Toda ajuda é muito bem-vinda e quanto mais gente envolvida nesta causa, melhor!

Bora fazer o bem?

Lucy De Miguel

Jornalista e idealizadora do programa Escolas do Bem

COMUNIDADE urbanismo

Votorantim afirma colaborar com inquérito em andamento Na região da Vila Leopoldina onde está previsto o PIU existem terrenos que pertencem ao portfólio imobiliário das empresas Votorantim, BVEP e SDI, que junto ao Instituto URBEM realizaram o desenvolvimento técnico do projeto, com os estudos de viabilização das obras e a arquitetura dos futuros empreendimentos, equipamentos públicos e moradias sociais. Os Projetos de Intervenção Urbana, como instrumento urbanístico, foram previstos pelo Plano Diretor Estratégico do Município aprovado em 2014.

O PIU Leopoldina propõe a construção de mais de 800 moradias e melhoria em outras 400 habitações, além da instalação de diversos equipamentos públicos para as famílias que atualmente vivem em três comunidades da região: Linha, Nove e Cingapura Madeirite. De acordo com a Votorantim, ao todo, serão diretamente beneficiadas mais de 1.200 famílias que se encontram em situação vulnerável.

Ainda segundo a empresa, o projeto que hoje está na Câmara Municipal foi objeto de ampla discussão com a comunidade, tendo sido realizados mais de 40 eventos, entre audiências públicas, consultas, reuniões temáticas e setoriais, em que a população foi convidada a participar da elaboração do documento final, o que resultou na aprovação na Comissão de Constituição e Justiça e Comissão de Política Urbana. A Votorantim reitera que todo o investimento necessário para a reurbanização prevista no PIU Leopoldina e para a construção das novas moradias populares será proveniente da iniciativa privada e que os benefícios se estendem aos diversos condomínios vizinhos e à população em geral, que contará com mais de 7.000 m² de novos equipamentos públicos, novas vias, áreas verdes e maior equilíbrio urbanístico, além de gerar empregos e estimular a atividade econômica.

Foto: Reprodução

artigo

Empreendimentos na área do PIU Sobre o inquérito civil em trâmite no Ministério Público do Estado de São Paulo, encaminhado por Caio Miranda Carneiro, a Votorantim informa que respeita a decisão do Ministério Público de instaurar um inquérito civil para analisar as denúncias do ex-vereador. Afirma que já apresentou os esclarecimentos e colabora desde o início prestando todas as informações solicitadas, que demonstram a improcedência das acusações formalizadas e reafirmam a total idoneidade do processo de discussão do PIU Leopoldina e suas modelagens correlatas, validadas em todas as fases de discussão pública do projeto junto ao Poder Executivo e o Poder Legislativo realizadas até o momento.

A companhia permanece ainda à disposição das autoridades públicas para prestar quaisquer esclarecimentos adicionais que se façam necessários. Ressalta também que toda a modelagem econômica do projeto, elaborada desde o início dos estudos de viabilidade por seus proponentes, não prevê subvenções, isenções fiscais ou incentivos, seguindo rigorosamente a legislação urbanística.

O texto do Projeto de Intervenção Urbana propõe que agentes privados interessados em desenvolver a sua primeira fase serão selecionados por meio de leilão público pelo Município, independentemente de serem ou não os proponentes, e os vencedores deverão assumir uma série de obrigações, incluindo a execução do amplo programa de intervenções.

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Comunidade cobra manutenção do serviço de compostagem

Novas interdições são realizadas em Perdizes e Pompeia para as obras da Linha 6-Laranja

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 Pátio da Lapa tem previsão de receber moradias

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Casa oferece cuidado para cães Residência de reabilitação fica na Vila Romana P6

A região está com novas alterações no trânsito em decorrência das obras das estações Perdizes e Sesc Pompeia da Linha 4- Laranja do metrô.

Em Perdizes houve a interdição total na Rua Apinajés, entre o nº 67 e a esquina com a Avenida Sumaré, sem circulação de pedestres e veículos. Foram feitas interdições parciais na Avenida Sumaré, 196, e na Rua Apiacás, 60, em frente aos canteiros de obras. Nesses trechos, foram implementados acessos laterais para pedestres e a via terá circulação de veículos apenas para o fluxo local. Também foi necessário efetuar a alteração no sentido da Rua Apinajés, que passa a ter mão dupla do nº 67 até a Rua João Ramalho.

Na Pompeia, foi realizada a interdição total da Rua Barão do

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Bananal entre os números 159 e 175, sem circulação de pedestres e veículos, e interdição parcial na Rua Venâncio Aires entre a Avenida Pompeia e a Rua Raul Pompeia. Seguem com alterações nos sentidos as ruas Padre Chico, entre a Doutor Augusto de Miranda e Barão do Bananal, e Doutor Augusto de Miranda entre a Coriolano e Padre Chico.

Todas as mudanças têm término previsto para setembro de 2025, com exceção da alteração no sentido da Rua Apinajés que deverá ser revisada ao final das obras, podendo ou não ser revertida.

Para mais informações, a comunidade pode entrar em contato com a Central de Atendimento da Linha Universidade através do telefone 0800 580 3172, de segunda a sexta-feira das 8h30 às 17h30.

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11 a 17 DE SETEMBRO 2021

ACONTECE evento

cidadania

Jornada do Patrimônio 2021 realiza roteiros na região

Instituto Noa entrega certificados do programa Escolas do Bem Foto: Bárbara Dantine

Deodoro. Outro roteiro passará pelos mercados da Lapa e Cantareira, contando sua origem e histórias, com saída do Mercado da Lapa, na Rua Herbart, 47, no sábado, às 10h.

Também será realizado um roteiro na Água Branca para apresentar os projetos previstos na Operação Urbana, com saída da Estação Água Branca da CPTM, no sábado às 10h, um sobre a influência da indústria nos bairros Barra Funda, Água Branca e Vila Pompeia, com saída do Memorial da América Latina, no sábado, às 11h, e pelo bairro do Sumaré, contando sobre a origem da TV Tupi, com saída do metrô Sumaré, no sábado às 10h. A programação completa e contatos para inscrição nos passeios estão disponíveis no site (https://jornadadopatrimonio.prefeitura.sp.gov.br/2021/).

Fernanda Galdino recebe Lucy De Miguel, representantes de escolas e de ONG

Foto: Divulgação

A Secretaria Municipal de Cultura realiza atividades da Jornada do Patrimônio 2021 neste final de semana. A programação conta com atividades presenciais e online, incluindo visitas guiadas, palestras, oficinas e intervenções artísticas interativas.

Na região será realizado um roteiro sobre a Barra Funda, bairro que nasceu do loteamento da fazenda Iguape.

Logo após a divisão da área, os italianos começaram a povoar a região para a construção da ferrovia no local. Entre os principais destaques do bairro estão o Parque da Água Branca, o Memorial da América Latina e a Casa Mário de Andrade, onde viveu um dos principais escritores e intelectuais do Modernismo.

A saída para o passeio será às 9h do sábado (11) na estação de metrô Marechal

Memorial da América Latina faz parte de roteiro sobre a origem da Barra Funda

HOMENAGEM

Barra Funda receberá estátua de sambista A Prefeitura vai instalar cinco novas estátuas para homenagear personalidades negras com forte ligação com a cidade, entre elas o sambista Geraldo Filme, na Praça David Raw, na Barra Funda. A escolha do local se deu pela

proximidade ao antigo Largo da Banana, frequentado por Geraldo. O local foi aprovado por pessoas do movimento e pela família do músico. Os projetos serão iniciados em setembro com conclusão em até 180 dias.

Lucy De Miguel, fundadora do Instituto Noa e idealizadora do programa Escolas do Bem, esteve na Subprefeitura Lapa, na sexta-feira (10), para a entrega dos certificados às escolas que participam do projeto, além de apresentar a iniciativa à subprefeita Fernanda Galdino. Participaram do evento representantes das escolas Espaço Lúdico e Espaço Pensar, da Vila Pompeia e Vila Romana respectivamente, Green Kids School, da Vila Leopoldina, e da ONG Alquimia.

O programa Escolas do Bem tem como objetivo promover a cidadania, sustentabilidade e espírito de solidariedade para crianças através da educação e de campanhas sociais. “Eu acredito que uma educação pautada no crescimento coletivo e na ajuda mútua é capaz de conduzir a nossa sociedade para um patamar muito mais evoluído.

E todos somos responsáveis para isso acontecer. Durante décadas a educação focou no desenvolvimento do potencial competitivo. Hoje é preciso ter uma formação baseada em valores humanos e algo essencial que é o espírito colaborativo que pode ser aprendido na escola”, afirma Lucy De Miguel.

Uma das propostas do projeto é que cada escola particular adote uma escola pública do mesmo bairro para que juntas elas possam desenvolver ações sociais. Duas campanhas já estão em andamento, uma pelas escolas Espaço Lúdico e Espaço Pensar, com a arrecadação de lacres de alumínio que serão trocados por uma cadeira de rodas para doação, e outra pela Green Kids School, que arrecada tampas de plástico que serão vendidas para reciclagem e os recursos revertidos para a castração de animais de rua, que depois serão encaminhados para adoção.

A campanha do lacre solidário, fruto de uma parceria entre o Instituto Noa e empresas privadas, já contou com a adesão de 130 escolas em 23 cidades.

Ao todo, 21 cadeiras de rodas já foram doadas com as ações realizadas pelas escolas que fazem parte do programa.

Para quem quiser contribuir, a entrega dos lacres de alumínio pode ser feita no Espaço Lúdico, na Rua Barão do Bananal, 603, e no Espaço Pensar, na Rua Bárbara Heliodora, 289, e das tampas plásticas na Green Kids School, na Rua Nanuque, 363, de segunda a sexta-feira, em horário comercial.