Caderno de Produção e negócios

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PRODUCÃO & NEGÓCIOS ANO 1 - NÚMERO 38 RIO BRANCO, DOMINGO, 07.10.2012

Movelaria em expansão

Governo está construindo 95 galpões comunitários para abrigar pequenas marcenarias em todo o Estado


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Crise levou marcenarias a buscar alternativas F

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Novos tempos exigem novos rumos

Setor moveleiro está tendo que se adaptar não só as leis ambientais, mas às novas preferências dos consumidores

Sem poder comprar madeira legalizada, muitas marcenarias passaram a produzir móveis planejados em MDF

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o invés de tábuas e pranchas, a Móveis Montefusco instalada no Polo Moveleiro de Rio Branco utiliza o pó de ma-

deira adensada, mais conhecido como MDF que apesar de bonito e eficiente, é mais sensível à umidade quando comparado às madeiras tradicionais da região.

Tendo atuado por 12 anos como instrutor do Senai/ Cetemm de Rio Branco, Raimundo Nonato Montefusco Dourado é hoje um dos sócios da Móveis Montefusco

Na Móveis Montefusco o forte agora são os móveis planejados

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onde trabalham ele e outro marceneiro. “Depois que saí do Senai realizei trabalhos junto a várias ONGs e programas do governo e nesse período o uso da madeira

regional foi ficando cada vez mais difícil e caro. Hoje trabalho basicamente com o MDF que já vem pronto e as pessoas gostam!” Nonato fez ainda outra ressalva surpreendente: “Tenho 32 anos de experiência em marcenaria e digo que a outra grande vantagem é a de que ele têm uma estabilidade muito boa, por isso dou garantia de dois anos para os móveis em MDF. Mas não posso fazer isso com os que produzimos em madeiras da região, isto porque a madeira tropical, por mais bem tratada que seja, trabalha muito, ou seja, se mexe empenando, rachando e outros problemas que surgem apesar dos cuidados que tomamos”. Dedicando-se quase que exclusivamente à produção de móveis planejados como jogos de cozinha e quarto, em MDF, ele não está de todo contente com a nova política voltada ao setor. “Há hoje uma disparidade de tratamento entre as marcenarias particulares e as cooperativas que recebem preferência de compra pelo governo. Acho importante o governo valorizar as cooperativas, mas essa questão já está comprometendo até a sobrevivência de várias marcenarias, inclusive aqui mesmo no pólo moveleiro”.

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abricar mobiliários apenas por encomenda é a nova opção adotada pela empresa Jairo Móveis que mantêm sua loja de exposições no pólo moveleiro à beira da BR-364 rumo a Sena Madureira. Jairo Alves de Melo Júnior lembra as dificuldades enfrentadas pelo pai que atua há mais de 20 anos no ramo: “Até bem pouco tempo atrás era tudo muito difícil por causa da fiscalização exagerada e porque as madeireiras não queriam vender madeira pra gente. Agora isso acabou, mas a madeira está muito cara e o MDF gera uma concorrência muito forte na produção de móveis!”

Júnior reconhece que o pai acertou em buscar novos rumos para o negócio da família: “Com a madeira muito cara os clientes diminuíram, mas ainda há muita gente que prefere a madeira maciça. Então o pai decidiu trabalhar só por encomenda, ou fazendo aproveitamento das sobras de madeira e MDF combinando móveis que ficam muito bonitos e as pessoas gostam. Além disso, o MDF já vem pronto e isso facilita muito as coisas, já tivemos 15 funcionários, hoje o pai trabalha com um ajudante e quando pegamos encomendas maiores, como a que estamos fazendo para o governo, fazemos parceria com nosso vizinho!”

Jairo Móveis passou a produzir sob encomendas e faz hibridos de madeira e MDF


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Apoio é fundamental para o setor moveleiro Cooperativa dos moveleiros tomou novo impulso na produção graças à mudança na política de apoio ao desenvolvimento Juracy Xangai

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epois de passar mais de dez anos acuada pelas leis ambientais e, principalmente, pela burocracia dificultando que os moveleiros se adequassem às novas regras para trabalhar legalmente, isso só foi possível a partir de 2011, graças à flexibilização das normas para estimular a retomada de crescimento deste setor que gera mais empregos e renda no Acre. O presidente da Cooperativa de Produção dos Moveleiros do Estado do Acre,

Coopermóveis, Domingos Sávio lembra que: “A crise no setor se agravou muito a partir do ano 2000 quando a colocação de barreiras de fiscalização nas estradas passou a bloquear a entrada de madeira para as marcenarias que já vinham sofrendo uma série de outras punições e até a prisão de trabalhadores. Muita gente desistiu e outros preferiram entrar para a clandestinidade porque simplesmente não conseguiam atender a todas aquelas regras ambientais impostas pelo Imac sobre os grandes sem considerar que eram exageradas para os pequenos!”

Sávio destaca que antes da exigência dos planos de manejo, as marcenarias preferiam comprar tábuas, pranchas e blocos das serrarias. “Com o manejo o preço da madeira encareceu demais e os próprios madeireiros não tinham interesse em nos atender porque exportavam tudo o que produziam. Assim a gente não tinha condições de comprar a madeira legalizada, porque assim os móveis ficavam com preço muito alto, muitos desistiram, já os que teimaram em continuar na profissão partiram para a clandestinidade!” Como se não bastasse esse

cenário desfavorável à sobrevivência no Estado, veio também a concorrência dos móveis fabricados em MDF pelas indústrias do centro-sul do país que chegavam com preços muito mais competitivos. Mesmo recorrendo à ajuda do Sebrae que realizou cursos de gestão e melhoria da qualidade dos móveis locais, as regras ambientais ainda eram ainda o grande empecilho ao desenvolvimento do setor. Atuando ainda na clandestinidade, a maioria passou a produzir portas, janelas e outros produtos para atender à construção civil. Mas de 2010

até agora em 2012 as fábricas de portas e janelas feitas em Rondônia chegaram com preços bem abaixo das produzidas no Acre e com isso as marcenarias perderam 80% desse mercado.

Tábua da salvação “Nós só não fechamos as portas de vez, porque em 2011 houve uma mudança total da política que passou a ouvir nossos apelos para que as regras se adequassem à nossa realidade. Daí veio também as compras governamentais dando preferência aos móveis regionais produ-

Além dos móveis, cooperados já fabricaram mais de 2 mil caixas de abelha

zidos pelas cooperativas em todo o Estado”, destaca Sávio. E essa mudança que criou uma política de incentivo ao desenvolvimento do setor moveleiro, o que garantiu a legalização das marcenarias e também abriu as portas das madeireiras que passaram a vender para essas pequenas empresas. “A compra de móveis pelo governo deu segurança à madeireiras de

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que iriam receber o pagamento da madeira vendida. Mas quando o governo realizou a encomenda de R$ 1,2 milhão em móveis nós buscamos apoio do Banco do Brasil para comprar madeira e outros materiais e o banco disse que as cooperativas não eram confiáveis para receber créditos, então nós buscamos ajuda das cooperativas de crédito e a Cemater nos atendeu, no primeiro dia com R$

Governo constrói quatro galpões para a Coopermóveis no Distrito Industrial

30 mil, no segundo com R$ 20 mil e assim fomos progredindo!” Participaram do processo da primeira compra governamental 70 marcenarias independentes e nove cooperativas de todo o Estado, outras compras de carteiras e móveis, principalmente para a Secretaria de Educação, fecharam 2011 com a aquisição de mais de R$ 5 milhões em móveis pelo governo do Estado.

Sávio concluiu afirmando que: “A transformação do setor só aconteceu depois que o governo decidiu nos ouvir, antes só o que a gente tinha eram promessas e muita perseguição, hoje estamos em condições de atender as regras ambientais, o governo compra móveis de melhor qualidade e nossa vida está melhorando graças ao diálogo e o apoio que estamos recebendo!”

Sócios da Coopermóveis tem garantia de produção e trabalho graças às compras governamentais

lém da legalização 70% das quase 600 marcenarias existentes no Acre, as compras governamentais vieram dar sustentabilidade econômica ao setor que também recebe outros benefícios diretos. Um exemplo disso é o desencalhe do Projeto 14 com repasse de R$1,5 milhões liberados pelo Ministério do Desenvolvimento Social para a compra de máquinas e construção de galpões coletivos para melhorar a estrutura de trabalho da Coopermóveis, mas que estava travado desde 2005. Só com a mudança da política, em 2011, aconteceu a licitação das primeiras cinco máquinas num valor total de R$ 250 mil. Nela foram compradas uma esquadrejadeira, uma plaina de quatro faces, uma furadeira múltipla automática, uma respigadeira e uma tupia copiadora, restando ainda outra 19 máquinas Furadeira multipla é uma das novas máquinas recebidas pela cooperativa

“Nós da Cooperamóveis estamos concluindo a entrega do terceiro lote encomendado pelo governo e haverá uma quarta compra de pelo menos R$ 600 mil até o final deste ano. O dinheiro estimula a produção e já neste momento nós estamos planejando o início da produção de móveis em série que assim poderemos oferecer a preços mais em conta para a população”.

a serem compradas para completar o parque industrial que dará início à produção de móveis em série. Dentre as encomendas feitas pelo governo à Coopermóveis está a produção de 3.200 caixas para a criação de abelhas, sendo 3.025 para a criação de abelhas nativas da floresta. Ainda carteiras escolares e móveis, principalmente paras as secretarias da educação, saúde e polícia militar. Além de disponibilizar o uso da infra estrutura do Polo Moveleiro para todas as marcenarias, porque antes se limitava às empresas ali instaladas, o governo está construindo 95 galpões comunitários relocar as marcenarias. A coopermóveis ganhará os quatro galpões que estão sendo construídos no Distrito Industrial da Capital onde vai centralizar toda sua linha de produção dos móveis seriados.


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Crise internacional atinge o Acre

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em poder mais contar com o grande consumo de madeiras tropicais pelos europeus, americanos e chineses, as grandes madeireiras “desovaram” grande parte de seus estoques no mercado nacional que acabou absorvendo grande parte dela nas obras que se realizam em todo o país, mas isso fez reduzir o ritmo de produção nas madeireiras e até nas marcenarias locais. José Osmar Zanatta proprietário de três marcenarias com cada uma dedicada à fabricação e venda de diferentes materiais, confirma essa crise. “Na Matayba onde produzimos carrocerias já tivemos mais de 60 funcionários e hoje estamos com três, aqui na Jarinas Móveis fabricamos painéis em madeira que exportávamos para o centro sul empregávamos 64 pessoas, no final de 2011 reduzimos para oito e agora só temos três à espera de reação do mercado para reativar a produção. O que está nos salvan-

Com a economia européia e americana em crise até a China reduziu seu ritmo de compra de matérias primas como a madeira de madeireiras e marcenarias que recebem treinamentos para melhorar o padrão de qualidade da sua produção. Ele recorda a idéia de promover comprar governamentais para os produtos deste setor foi proposta pelos próprios moveleiros a partir das experiências já praticadas em Manaus. “A compra de móveis regionais pelo Estado e municípios é muito boa e atende a um anseio que a

gente carregava há muitos anos. Creio que o maior problema foi convencer o Banco Mundial de que as carteiras escolares tinham melhor qualidade que as produzidas em ferro e MDF, mas convencemos e a movelaria acreana ganhou mais qualidade com novo design”. Para Zanatta, a proposta de compra beneficia a maioria das marcenarias particulares e cooperativas que se

qualificaram para participar das compras governamentais. “Todos ganham com isso, na verdade, as distribuição das compras está diretamente ligada à capacidade de produção de cada empresa. Numa empresa eu tenho funcionários, já uma cooperativa tem não sei quantos sócios e a divisão dos resultados é feita de acordo com a participação de cada um deles e isso distribui renda!”

Apoio do Estado não conseguiu impedir a redução de funcionários nas marcenarias particulares

Zanatta teve de reduzir o número de trabalhadores nas fábricas de carrocerias e de painéis

do são as compras governamentais de carteiras e móveis que vem mantendo o ritmo de produção na Sulatina, mas a situação geral das marcenarias e também das madeireiras inspira cuidados!” Ele elogia a mudança na política de estímulo ao setor, o que permitiu a legalização

Funcionários dão manutenção em fábrica de painéis

Sindicato está preocupado com o futuro Representando os moveleiros particulares do Acre diz que 22 marcenarias já demitiram 80% de seus trabalhadores

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nstalado no Polo Moveleiro, a Real Móveis hoje mantêm apenas 16 dos funcionários que já teve e a tendência no setor é de diminuir ainda mais por conta da retração nas encomendas de mobiliário.

“Nós do Polo Moveleiro sempre trabalhamos legalizados desde o início quando nos instalamos aqui apoiados pelo Sebrae e pelo governo do Estado que montou toda a infra estrutura do pólo de Rio Branco depois em Cru-

zeiro do Sul estimulando o crescimento do Setor. As dificuldades que estamos enfrentando agora vem da crise econômica, mas ganha força por causa do sistema de divisão das compras do governo que, numa de R$ 900 mil

comprou 400 das cooperativas e o máximo de R$ 50 mil de cada empresa particular, o que é ainda insuficiente para nos manter!” Para ele que teve de demitir 32 dos 48 trabalhadores da Real Móveis, a situação exige mais atenção porque gera muitas incertezas quanto ao futuro destes negócios. “Eu reduzi muito meu pessoal e mesmo assim continuo fechando no vermelho, neste mês tive de tirar mais dois funcionários. Meu vizinho tinha 64 trabalhadores e agora está com três, então essa situação se espalha por muitas empresas, tanto que estamos marcando uma reunião com o governador para discutir este problema que já é bastante grave e eu acredito que ele não saiba que está assim”. As vendas diretas ao consumidor, em loja própria e com crediário, está sendo a tábua de salvação da Real Móveis que assim consegue um maior valor agregado e

ainda outras encomendas. “O interessante é que apesar de recebermos muita encomenda para fazer móveis planejados em MDF, no nosso caso, 90% dos móveis que fazemos ainda são em madeira da região que as pessoas preferem pelo diferencial de cores e resistência ao tempo!” Para o presidente do Sindmóveis novos elementos começam a se somar à crise que já fez com que 22 marcenarias já demitissem 80% de seus funcionários. “Até há bem pouco tempo a gente estava equilibrando essa situação vendendo portas, janelas e outros materiais para a construção civil, mas as obras também estão praticamente paradas e o que é pior, o mercado vem sendo invadido por produtos de origem clandestina de quem se aproveita das facilidades que vieram para beneficiar o setor. Nesta situação estou perdendo a média de dois funcionários por mês!”

Todos brigam pelo mercado O grande diferencial da madeira acreana, até dois anos atrás era o manejamento que agora é praticado em outros estados

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Madeireira Indiaporã que embarcava uma média de duas carretas de madeira serrada por mês em direção ao Rio de Janeiro, embarcou sua primeira deste ano no mês passado. A situação é um exemplo da crise que atinge as pequenas serrarias engolidas pelas grandes empresas exportadoras que estão descarregando seus estoques no mercado interno brasileiro. Trabalhando com dois

manejos sem pendências documentais, “Nel” reclama da excessiva demora do Imac em liberar as autorizações para que possam trabalhar durante a safra. “A demora faz com que, quase sempre, as autorizações sejam liberadas no início e até durante o inverno quando já não podemos fazer muita coisa e os custos são muito mais altos”. A questão tem agravantes, segundo ele: “Hoje isso faz muita diferença porque

até dois anos atrás Rondônia e Pará, por exemplo trabalhavam praticamente toda sua madeiras clandestina e o Acre era o único em que as pessoas e empresas davam preferência de compra por trabalhar com madeira manejada. Agora Rondônia, Amazonas e Pará estão manejando grandes áreas e concorrem forte com a gente, então, enquanto a crise mundial não se resolve, a gente precisa ganhar mais competitividade!”

Madeireira exportava duas carretas por mês, neste ano embarcou uma


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construção de 95 galpões para o funcionamento de marcenarias comunitárias de cooperativas espalhadas por praticamente todos os municípios do Acre é um dos exemplos do tamanho dos incentivos que vem sendo oferecidos pelo governo do Estado em apoio ao setor. “A falta de uma política específica de desenvolvimento do setor moveleiro tendo como centro as pequenas marcenarias que não conseguiram se adequar às novas exigências ambientais e ao plano diretor das cidades é hoje coisa do passado. E Rio Branco é o melhor exemplo disso, tanto que no passado tínhamos aqui 125 serrarias e apenas 25 marcenarias formalizadas, hoje a situação é inversa e temos mais

Moveleiros aprendem novos design com a escola Politécnica de Milão

Política de incentivos em crescimento Hoje 70% das marcenarias estão legalizadas e a meta é chegar aos 100% até o final deste ano

de 120 marcenarias para 25 serrarias. A importância das marcenarias está na geração de emprego e renda e por fazer o dinheiro circular mais no Estado beneficiando uma matéria prima local!” Segundo Eden Fidélis gerente do Polo Moveleiro de Rio Branco e coordenados do Programa Estadual de Apoio ao Setor Moveleiro. A estimativa é de que existam entre 350 a 400 marcenarias em todo o Estado e segundo Fidélis, é preciso considerar que, tradicionalmente, as marcenarias funcionam nos bairros onde os marceneiros vivem e tem sua clientela. “O problema é que aí elas não conseguem se adequar às leis ambientais nem ao plano diretor das cidades. Isso simplesmente impedia a legalização desses negócios, situação que foi mudada pelo governo enviando suas equipes até cada marcenaria para levantar a situação e a maioria delas está legalizada sem nem ter ido ao Imac porque nós cuidamos de toda essa questão burocrática!”

Mais que legalizar as empresas, o governo criou condições para que pudessem comprar a madeira legalmente e até tivessem seus próprios manejos. “Um dos pontos que considero mais importantes foi o estímulo à organização dessa cadeia produtiva da madeira e móveis em cooperativas que permitem ao governo beneficiá-los com suas políticas públicas!”

Até o final deste ano mais 550 jovens cadastrados no CAD Único do governo Federal estarão concluindo seu

treinamento em marcenaria financiado pelo Pronatec e que abrange praticamente todos os municípios acreanos.

“Até o final do ano queremos legalizar todas as marcenarias existentes no Estado e a idéia é de que esses 550 novos marceneiros sejam absorvidos por essas empresas e cooperativas”.


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