Caderno - Produção e Negocios

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PRODUCÃO & NEGÓCIOS ANO 1 - NÚMERO 2 RIO BRANCO, DOMINGO, 22.01.2012

Governo e empresários vão criar Pólo Logístico Páginas 4 e 5

Acre vai fabricar bicicletas e motos elétricas Página 2

Concessionárias otimistas com vendas para 2012 Páginas 6 e 7


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Moto e bicicleta elétricas serão fabricadas no Acre Veículos garantem transporte confortável, silencioso, econômico e sem poluição ambiental Juracy Xangai

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primeira loja a vender motos e bicicletas movidas a eletricidade será inaugurada ainda nesta semana. A loja que vai funcionar na Rua Minas Gerais, 1041, além de vender as bikes e motos elétricas, também oferecerá assistência técnica, peças de reposição, acessórios e serviços. Ela faz parte da estratégia de diversificação de negócios da Engeplan, empresa acreana com sede em Rio Branco e filial em Manaus, especializada em importações, que atua no mercado desde 1988 trazendo cimento das ilhas de Trinidad e Tobago, além de importar alimentos do Chile e Peru. “As bicicletas e motos elétricas fazem parte da nova tendência do mercado mundial que atende aos apelos da consciência ecológica contra a poluição am-

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Márcio Rebouças, da Engeplan

biental e pelo uso de transportes mais econômicos. A partir desta semana estaremos vendendo as bicicletas e no final de fevereiro, as motos. Enviamos um técnico para receber treinamento em Manaus e poder prestar assistência técnica aos nossos clientes em Rio Branco”, explica Márcio Rebouças, proprietário da Engeplan. Esportividade e economia Com autonomia para 50 quilômetros, deslocando-se a uma velocidade de até 38 qui-

lômetros por hora, as bicicletas elétricas são facilmente recarregáveis nas tomadas comuns em duas ou três horas. “Elas são extremamente econômicas. Assim, por exemplo, quem recarregar a bateria todos os dias durante trinta dias vai gastar R$ 15 de energia elétrica por mês. Para os que quiserem usá-la esportivamente, basta desencaixar a bateria e sair pedalando”, diz Rebouças. Elas são equipadas com faróis, sinaleiros, freio a disco, alarme e três marchas de velocidade. Os primeiros modelos estão disponíveis nas cores laranja, grafite e azul. Na lojinha serão disponibilizados acessórios, inclusive baú para o bagageiro utilizado em serviços de entregas rápidas. Indústria China-Acre Em um primeiro momento as bicicletas produzidas pela

Uma publicação de responsabilidade de Rede de Comunicação da Floresta LTDA C.N.P.J. 06.226.994/0001-45, I.M. 1215590, I.E. 01.016.188/001-87

Proprietário da Center Out-door adquiriu produto para funcionário

Shenzehen Zhougmo Technogy Co. Ltda. estarão sendo importadas da China, mas Márcio Rebouças já firmou parceria com a empresa chinesa para construir uma montadora no Distrito Industrial d Rio Branco, ainda neste ano. Nela serão montadas 2,5 mil bicicletas elétricas por mês, mais 10 mil bicicletas convencionais, gerando 120 empregos diretos. “A fábrica de bicicletas já é uma certeza e tem data marcada para começar a funcionar. Já o projeto da montadora de motos elétricas está dependendo da regulamentação da Zona de Processamento de Exportações, a ZPE, para que possamos dar os toques finais nessa proposta, que contará com investimento de capital brasileiro e chinês”, anuncia Rebouças.

Primeiro comprador Proprietário da Center Out-door, empresa especializada na produção visual de empresas e negócios, Fernando Almeida, foi à loja da Engeplan negociar a compra de uma bicicleta elétrica para um de seus funcionários, que mora no bairro Belo Jardim e trabalha na Vila Ivonete, perdendo com isso muito tempo nos transportes públicos. “Temos um bom funcionário e decidimos compensá-lo com uma mobilidade que garanta mais agilidade e qualidade de vida. As bicicletas elétricas me parecem uma ótima alternativa de transporte para os jovens de primeiro emprego, a quem gosta de esportes e trabalhadores que não podem tirar carteira de motorista. Experimentei e considerei um equipamento bem resistente e de fácil manejo”, garante Fernando.

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Projeto garante compra de produção agrícola em Epitaciolândia

O

s coordenadores do Programa de Compra Antecipada, da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), deram na semana passada uma boa notícia aos produtores rurais de Epitaciolândia. Reunidos para falar sobre o Programa

de Aquisição de Alimentos (PAA), os agricultores familiares ficaram sabendo que o governo vai investir este ano recursos na ordem R$ 270 mil na compra de alimentos. Cerca de 60 produtores no município serão beneficiados. Os alimentos serão doadas pelo governo a dez entidades socioassistenciais. Creches,

Com o programa agricultores têm renda garantida

casas de recuperação e abrigos, que atendem 2.896 pessoas em insegurança alimentar, serão beneficiadas pelo programa. A Pastoral da Criança é uma das entidades favorecidas. Os alimentos destinados a ela ajudarão a alimentar 200 crianças. “Além disso, mais 150 famílias recebem alimentos, e sem essa ajuda estariam em situação ainda mais difícil”, disse Maria Ivana de Madalena, coordenadora da Pastoral da Criança. O PAA disponibilizou para este primeiro semestre três mil reais, na modalidade compra antecipada e com doação simultânea. A previsão de repasse para o segundo semestre é de 12 mil reais. Para participar do programa, o primeiro passo é estar associado a uma entidade, seja sindicato ou associação, e procurar um dos escritórios da Seaprof para cadastrar

Produtos agrícolas são destinados a pessoas em insegurança alimentar

e identificar quais produtos podem ser disponibilizados. Atualmente, a lista inclui itens como maracujá, limão, laranja, alface, repolho, couve, cebolinha, batata doce, macaxeira,

pé-de-moleque, abóbora, banana, couve e cheiro verde. O prefeito José Ronaldo Pereira Pessoa participou da reunião com os representantes da Seaprof.


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Pólo Logístico vai ger eficiência e fortalecer

C

om o Pólo Logístico de Rio Branco, o governo do Estado promete gerar mais de três mil postos de trabalho no início do verão. O empreendimento será instalado em uma área de 133 hectares, localizada no km 5 da BR-364, sentido Rio Branco/Porto Velho. O terreno já foi adquirido. Serão investidos R$ 13,5 milhões em iluminação, saneamento e pavimentação do local, que deve atrair ainda investimentos de R$ 120 milhões do setor privado. Além da infraestrutura básica, o pólo contará com hotel, restaurante, posto de combustíveis, agência bancária, galpões e espaço para os órgãos fiscalizadores. A ideia é transferir para lá os empreendimentos do setor atacadista, de distribuição e transporte da capital. A medida vai garantir aos empresários do ramo maior mobilidade e economia. Por enquanto, mais de 40 empresas já manifestaram interesse em se instalar no pólo. Nesta semana, o governador Tião Viana e o secretário de Desenvolvimento Econômi-

co, Indústria, Comércio, Serviços, Ciência e Tecnologia (Sedict), Edvaldo Magalhães, terão uma conversa com investidores do Via Verde Shopping. Em um segundo momento, os donos de imobiliárias da capital serão procurados. O governo não quer apenas funcionalidade, mas construções padronizadas no local.

Otimismo Animados com a perspectiva, alguns empreendedores já desistiram de novos investimentos, à espera da consolidação do Pólo Logístico. É o caso do empresário Valdir Sperotto, proprietário da Karinas Distribuidora, localizada na estrada de Porto Acre. “Tínhamos um projeto de ampliação do nosso galpão, mas agora vamos para o Pólo Logístico. É uma iniciativa que trará muitos benefícios para o Estado e para as empresas”, disse Sperotto. Ele atualmente trabalha com a distribuição de mais de três mil itens para Rio Branco e municípios do interior, gerando cerca de 280 empregos diretos.

“O Pólo ficará numa área estratégica para as empresas. Ali teremos um grande investimento da iniciativa privada, mostrando que nossos empresários estão otimistas e acreditando no momento bom que o Acre vive. É uma relação de confiança, por isso devemos ousar e trabalhar muito. Vale lembrar que todo esse arranjo foi construído em parceria com os empresários do setor” Governador Tião Viana

José Ferreira, proprietário da empresa Roda Viva, está há 32 anos no mercado. Ele começou com uma pequena empresa e agora tem filial em

outros estados. Mas diz enfrentar dificuldades por falta de espaço para ampliar ou construir uma nova sede para sua empresa.

“Muitas empresas hoje enfrentam várias dificuldades para trabalhar e precisam mudar o mais rápido possível para um novo endereço. Estamos otimistas e confiantes nesse grande projeto” Presidente da Adacre, José Carlos.

“Falta espaço para a manobra das carretas e para o armazenamento dos produtos”, lamenta. O empreendimento de José Ferreira gera mais de 300 empregos diretos só no Acre, apesar de funcionar em um espaço alugado atrás de um posto de combustível na Via Chico Mendes. Para ele, a possibilidade de mudar para um espaço adequado é a concretização de um sonho antigo. “Esse Pólo vai marcar o início de um novo tempo para todos nós. Além da possibilidade de modernização dos nossos serviços, poderemos ampliar e gerar novos postos de trabalho. Hoje estou num espaço alugado, enfrentando muitas dificuldades para oferecer um serviço de qualidade”, diz. A história de Leonidio Poleto, da Casa dos Cereais, não é diferente. Foi com otimismo que ele recebeu a notícia da criação do Pólo Logístico e sonha com novos investimentos. “Já tivemos vontade de desistir. Fechar as portas e ir


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rar empregos, garantir r a economia do Acre embora do Acre. Mas sempre acreditamos que as coisas iriam melhorar. Essa notícia do Pólo Logístico é animadora. Começamos nosso empreendimento há 20 anos, estamos crescendo, geramos empregos para mais de 460 famílias. Mas enfrentamos muitas dificuldades para continuar trabalhando”, afirma. “Visitamos as empresas, conversamos com os empresários para conhecer a realidade de cada um deles. Ao mesmo tempo nos dedicamos a cumprir as etapas burocráticas. Queremos já em abril iniciar as obras de infraestrutura e, o mais rápido possível, começar a construção das empresas”, destacou Edvaldo Magalhães.

Incentivos para as empresas O governo também está criando a Comissão da Política de Incentivos às Atividades Comerciais e de Logística de Distribuição no Acre (Copal). O órgão será coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio, Serviços, Ciência e Tecnologia (Sedict). A Copal será composta ainda pela Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), Procuradoria-Geral do Estado (PGE), Associação dos Distribuidores e Atacadistas do Estado do Acre (Adacre), Federação das Indústrias do Acre (Fieac), Sindicato das Empresas de Logística e Transporte do Acre (Setacre), Federação do Comércio do Acre (Fecomércio) e Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Acre (Acisa).

R$ 13,5

milhões fo destinados ram governo es pelo ta à compra ddual terreno e o o de infraestr bras utura básica

Edvaldo Magalhães visitou empresas e ouviu empresários para conhecer a realidade dos atacadistas do Estado

“Nós estamos ansiosos pelo início das obras. Foi uma longa espera e agora temos muitas propostas. Estamos pensando de modo coletivo, visando melhorias para todas as empresas. Acreditamos que a criação do Pólo marcará o início de um novo tempo no Acre” Presidente do Setacre, Nazaré Cunha

Sobre o Pólo Logístico O Pólo Logístico de Rio Branco será construído em uma área de 133 hectares na BR 364 sentido Rio Branco/Porto Velho, bem ao lado de onde será construída a Cidade do Povo. O Governo do Estado vai investir R$ 13,5 milhões, na compra do terreno e na construção de toda infraestrutura. O Pólo vai atrair um investimento de R$ 120 milhões da iniciativa privada,

com a geração de 3 mil postos de trabalho, se tornando o empreendimento com maior número de empregos gerados, superando, inclusive, o Via Verde Shopping. No mesmo espaço, além dos galpões das empresas, será construído restaurante, posto de gasolina, hotel, área de lazer, espaço para órgãos fiscalizadores, agencias bancárias, entre outros. Edvaldo Magalhães ga-

rantiu que as concessões das áreas serão feitas o mais rápido possível. “Em poucos meses as primeiras empresas estarão no Pólo”, afirmou. O projeto, aprovado por unanimidade, pelos deputados estaduais, estabelece os critérios a serem obedecidos pelas empresas interessadas em aderir ao programa e as condições necessárias à concessão de benefícios.

“Não estamos fazendo as coisas por fazer. Toda construção tem a ampla participação dos interessados. Isso mostra o momento novo que o Acre vive. O Pólo será o endereço do emprego. Ali serão gerados mais de três mil postos de trabalho, superando o Via Verde Shopping” Secretário Edvaldo Magalhães

Projeto de lei sancionado No dia 30 de dezembro de 2011, o governador Tião Viana sancionou a lei que cria o Pólo Logístico e a Política de Incentivos às Atividades Comerciais e de Distribuição em Rio Branco. Logo após a sanção da lei que cria o Pólo Logístico, o secretário Edvaldo Magalhães decidiu visitar as mais de 40 empresas do setor para conhecer a realidade de cada uma e apresentar o projeto aos empresários. Ele destaca as facilidades para a chegada e saída de produtos, a modernização e a possibilidade de ampliação dos negócios, o que vai gerar emprego e renda.


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Concessionárias registraram aumento nas vendas nos últimos sete anos, mas rítimo desacelerou em 2011

Setor automobilístico volta a crescer Mercado previa crescimento de 15% nas vendas em 2011, vendeu 2,82% e deve crescer 5% neste ano Acre, presidente da Federação do Comércio do Acre e proprietário da concessionária Fiat Comauto.

Juracy Xangai

A

inda que o Brasil esteja resistindo melhor aos efeitos da bolha financeira que castiga o mercado mundial, o crescimento interno desacelerou, mas se mantêm as perspectivas positivas no setor automobilístico. Mesmo tendo vendido praticamente um quinto do previsto para 2011, o mercado dá sinais de recuperação. No Acre as vendas vinham crescendo em ritmo constante – de 2004 a 2010 as vendas atingiram 8.226 veículos leves, ou seja, automóveis e caminhonetas. Em 2011 foram vendidos 7.336 veículos, registrando assim uma queda de 10,82% nas vendas em relação a 2010. Em 2011 as concessionárias de motos também sentiram os impactos da adequação do mercado, vendendo

Outros fatores

Empresário Leandro Domingos, da Fiat Comauto

11.557 motos, 8.68% a menos que em 2010. “A facilidade de acesso ao crédito e os incentivos do governo federal, que reduziu o IPI, e do governo estadual, com redução do IPVA como medida preventiva para evitar a contaminação do mercado brasileiro pela crise mundial, foi muito positiva e estimulou as compras. A melhor fase das vendas durou até março

de 2011, quando os incentivos foram retirados. Apesar dessa queda, não vemos isso de forma negativa, mas como uma adequação do mercado à nova realidade brasileira, que continuará crescendo. No caso da venda de carros, a perspectiva é de crescer 5% neste ano”, declara Leandro Domingos, presidente do Sindicato dos Revendedores de Veículos do Estado do

Leandro lembra que a estabilidade do real e os incentivos do governo levaram a uma facilidade muito grande de crédito, quando muitas pessoas iam às concessionárias e compravam um carro sem entrada. A empolgação gerou uma alta taxa de inadimplência e endividamento, por isso as financeiras passaram a restringir o crédito e a aumentar as exigências e garantias. Hoje poucos conseguem ir às lojas e sair de lá com um carro zero km sem pagar pelo menos 20% do valor como entrada.

Histórico O presidente do sindicato lembra que de acordo com

os números do Detran, de 1997 a 2006, e do Renavan, a partir de 2007 até 2011, é possível acompanhar o crescimento constante da venda de veículos no Acre. Em 1997 foram vendidos 2.233 carros no Estado, graças às facilidades de compra criadas pelo governo federal no incentivo ao Pró-álcool. Esse índice caiu nos anos seguintes para recuperar-se em 2004, e então crescer até 2011. Neste período de 15 anos foram vendidos 53.964 veículos leves e 81.443 motocicletas. Hoje a capital tem concessionárias das marcas Volkswagen, General Motors, Kia Motors, Cherry, Citroen, Toyota, Honda, Mistsubishi e Hyunday. Ainda neste ano serão inauguradas concessionárias da Peugeot e da JAC. Todas, claro, disputando espaço para colocar seus produtos no marcado acreano.


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Oficinas e autopeças crescem com aumento de veículos em todo Estado

P

rofissionalização na prestação de serviços e no atendimento ao público das lojas e oficinas é o foco principal do Sindicato do Comércio Varejista de Peças e Assessórios (Sindipeças), que vem mantendo atualizadas as mais de 600 lojas de autopeças e 700 oficinas espalhadas por todo o Acre. As melhorias são resultado de treinamentos com especialistas e realizados através de parcerias com instituições como o Sebrae e o Senac, como explica Valdemir Alves do Nascimento, o “Davi”, presidente do Sindipeças no Acre e proprietário da Davi Autopeças, que

A

história de Nelson Freitas Correia, que saiu do seringal em 1980 e veio para Rio Branco iniciar a vida como servente de pedreiro, depois pedreiro, taxista e há onze anos criador e proprietário da Autoescola e Despachante Vitória, é um exemplo de como a ampliação da frota de veículos gera oportunidades de negócios e empregos nos mais diversos setores. Ele recorda que há cerca de dez anos havia onze autoescolas em Rio Branco. Hoje são vinte e uma e essa multiplicação acontece ao ritmo de crescimento da frota de carros. Mas destaca que para se manter nesse mercado é preciso ser competitivo e oferecer mais que um serviço eficiente. “É preciso conquistar a confiança das pessoas”, ensina. “Mais que oferecer aulas de trânsito, legislação e mecânica, nós temos que trabalhar o caráter dos motoristas que estamos formando, principalmente os jovens, porque geralmente são um pouco mais afoitos. Essa orientação é fundamental para que não saiam fazendo loucuras por aí, complicando a vida de seus familiares e até o nome da autoescola que o treinou. Então trata-se de um serviço educacional que exige muito cuidado e responsabilidade porque trabalhamos com a vida das pessoas”, esclarece Nelson.

funciona na avenida Nações Unidas. “Na maioria das autopeças e oficinas são gerados de quatro a cinco empregos, mas há muitas com até 60 a 70 trabalhadores no atendimento aos mecânicos e motoristas. Para permanecer no mercado, que vem trazendo veículos cada vez mais modernos, eles precisam de treinamento a fim de se manter atualizados com as inovações da mecânica. Assim, quanto mais carros, mais serviços e empregos”, afirma o sindicalista. Ele garante que apesar dessa redução de mais de 10% nas vendas de veículos no Acre, em 2011, em re-

lação a 2010, as lojas e oficinas continuam com seus negócios aquecidos e em crescimento porque tanto carros novos quanto usados precisam de manutenção constante.

Custo Brasil Davi reclama da carga tributária que pesa cada vez mais sobre o setor. “Nosso maior gargalo ainda são as pesadas taxas e impostos que recaem sobre as peças no balcão das lojas e nas oficinas, por isso nós hoje estamos trabalhando focados em produtos e serviços específicos de interesse do mercado”, diz.

Davi comemora crescimento, mas também reclama da carga tributária

Cadeia produtiva: das fábricas à garagem dos consumidores Competitividade O empresário lembra que quando decidiu montar a autoescola comprou um carro usado, pegou R$ 5 mil emprestados de um amigo e a moto de outro. “Quando abri a autoescola, minha primeira aluna de moto foi minha vizinha que me emprestou o capacete para as aulas. Meu sonho era ter dois carros e duas motos para poder trabalhar, e hoje tenho seis carros, quatro motos, um ônibus e uma carreta para as aulas. Ge-

ramos seis empregos no atendimento e 12 para instrutores. Pessoalmente eu trabalho uma média de 12 horas por dia, mas vale a pena porque gosto do que faço”. A evolução foi marcada por diferentes momentos, conforme relatou Nelson. “Há oito ou nove anos a gente ganhava uma média de R$ 12 por hora-aula, eu tinha 12 carros e oito motos, a concorrência aumentou, entendi que o importante era investir na especialização, na melhoria do ambiente, do aten-

dimento e dos serviços. Hoje o ganho por aula está na faixa dos R$ 5, então o negócio tem de ser bem gerenciado, a maioria dos nossos alunos é jovem”, diz.

Primeira carteira Edenilce Dantas foi à escola preparar o caminho para que seu sobrinho, estudante de direito, possa ir às aulas com mais autonomia para não ter de depender da má qualidade dos transportes públicos e para

Estado contabiliza 170.392 veículos em circulação; na capital estão mais de 118 mil

sua segurança, porque estuda à noite. “Eu e meu marido compramos um carro novo, passamos o usado para o meu sobrinho, que vai às aulas à noite, e faz parceria com meu pai que precisa de mobilidade pela manhã. Lá em casa já é costume alguém comprar um carro novo, passar o usado para quem não tem e todo mundo cuida uns dos outros, o que acaba funcionando como uma poupança coletiva, sem ninguém se endividar”, garante Nilce.


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Quem tem conhecimento

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O

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está dirigida a uma empresa determinada. Ela é oferecida a partir de uma demanda do cliente sem um processo de diagnóstico. A informação é oferecida de forma presencial nos pontos de atendimento do Sebrae ou através de meios como, televisão, rádio, internet, telefone, impressos e vídeos.

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Ambiente legal

Empresa limitada agora pode ser individual Nova modalidade acaba com sócios pró-forma e diminui riscos para empreendedor Leonardo Brito

Mais transparência e estímulo à modernização da atividade empreendedora no país e novas possibilidades de negócios bem-sucedidos no Brasil. Essa é a perspectiva apontada pelo diretor-técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos, ao avaliar a Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (Eireli). Expediente:

Nova modalidade de pessoa jurídica, a Eireli introduz mudanças que vão favorecer os pequenos negócios nos próximos anos, prevê o diretor. A Eireli foi criada pela Lei 12.441/2011 e entrou em vigência no último dia 9. Com ela, uma antiga reivindicação dos empresários tornou-se realidade: já não é preciso contar com um sócio somente para formalizar a

constituição de uma empresa. “Antes, muitos empresários recorriam a um amigo ou à própria esposa para conseguir abrir uma empresa”, lembra Carlos Alberto. “Haverá mais transparência e menos burocracia com a alternativa da Eireli.” Outra mudança significativa na economia brasileira introduzida pela Eireli, conforme o diretor do Sebrae,

refere-se à desvinculação dos bens pessoais do patrimônio da empresa. Com essa definição, o empresário de uma Eireli elimina o risco de ter seu patrimônio pessoal comprometido por algum impasse fiscal ou trabalhista, por exemplo. Ao constituir ou migrar para uma Eireli, o empresário deve dispor de capital social de, no mínimo, cem salários

mínimos, ou R$ 62,2 mil em valores atuais. A Eireli pode optar pelo regime tributário diferenciado Simples Nacional, desde que atenda ao faturamento máximo de até R$ 360 mil para microempresa e de até R$ 3,6 milhões para a pequena empresa. Outra determinação da lei é que a pessoa física somente poderá figurar em uma única empresa dessa modalidade.

Textos publicados nesta página são de responsabilidade da Assessoria de Comunicação do Sebrae no Acre Jornalista Responsável: Lula Melo MTB 015/90 - e-mail: lula@ac.sebrae.com.br. Colaboradores: Juracy Xangai, Vanessa França e Evandro Souza. Sugestões, comentários e-mail para ascom1@ac.sebrae.com.br. Central de atendimento: 0800-5700800


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