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Capa

Início da carreira

De origem humilde, ela sempre sonhou em ser modelo. Trabalhava como secretária numa escola e muitas vezes pedia para sair um pouco mais cedo para participar de testes. “Venho de uma família humilde, não podia me dar ao luxo de me dedicar 100% ao meu sonho que na verdade inicialmente era o de ser modelo. Coisa que profissionalmente, não acabei realizando. Fazia muitos testes. Foi assim que eu parei no teste para ‘Subúrbia’, sem nem saber que era para a TV. E as coisas aconteceram”, conta ela. Na ocasião, Erika achou que estava fazendo um teste para ser modelo. “A profissão atriz me resgatou e fez com que eu me encontrasse. Mas já passei por um bocado de coisas. Já escutei, por exemplo, que ‘negra não vende’. ‘Que nunca estaria numa capa de revista’. ‘Está parecendo uma macaca nessas fotos’. Dentre tantas coisas. Mas todas as adversidades, elas funcionaram como um combustível para eu seguir em frente”, diz a atriz ao falar sobre os desafios e preconceitos que enfrentou no início de sua carreira.

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Erika Januza

Atriz integra o elenco de “Amor de Mãe” e se prepara para a segunda temporada de “Arcanjo Renegado”

Erika Januza tem 35 anos, é natural de Contagem, em Minas Gerais, e fez sua estreia na televisão em 2012, como protagonista da série “Subúrbia”, da Rede Globo.

Juliana Moreno Jornalista MTB 0056878/SP juliana@outdoorregional.com.br

Eu falo sobre o racismo, eu me posiciono e continuarei falando enquanto vidas negras morrem e sofrem a cada dia

O homem que estiver comigo, ele precisa saber que meu trabalho faz parte da minha felicidade. Preciso dele para ser plena

Posicionamento contra o racismo

Ainda falando sobre preconceito, Erika afirmou que uma das resoluções para este ano realmente seria falar de suas verdades como mulher negra. Questio- nada sobre como tem sido seu posicio- namento frente aos movimentos que estão acontecendo ultimamente, Erika afirma que por muitas vezes nos cala- mos ou nos amedrontamos diante de situações. “Mas como não falar de uma realidade que eu vivo na pele desde o dia em que nasci? Preconceito existe, o racismo é cruel e covarde. Eu falo sobre o racismo, eu me posiciono e continuarei falando enquanto vidas negras morrem e sofrem a cada dia. Quem diz que ra- cismo não existe, é porque nunca enca- rou um olhar torto, um xingamento, uma ofensa ou uma simples desconfiança de um segurança numa loja. É real! Eu vou a festas em que, muitas vezes, eu sou a única negra convidada. Sinto vergonha de olhar para os lados e ver os meus se- melhantes como garçons, seguranças, apenas servindo e trabalhando. Não é desmerecer o trabalho, porque todo tra- balho é honrado. Eu fui secretária numa escola e tenho muito orgulho. Mas é constatar que as oportunidades não são iguais para todos. Nessas situações, eu fico tão incomodada que dá vontade de ir embora. E porque eu sei que estou ali apenas porque sou uma atriz de TV, re- conhecida. Quero ver mais semelhantes com boas oportunidades, frequentando os mesmos lugares. Essa é a luta”, expli- ca ela.

“Amor de Mãe”

Erika vive Marina na novela “Amor de Mãe”, que atualmente está paralisada por conta da pandemia e retornará as- sim que esse momento delicado passar. Para viver essa personagem, a atriz pas- sou por uma mudança em seu corte de cabelo, atitude que inclusive encorajou diversas meninas a também fazer o mes- mo. “Cabelo é um capítulo na minha vida. Acho que até uma novela. Durante muito tempo, lá atrás, quando não tinha refe- rência, achava que o cabelo ‘bom’ era o liso. E alisava, usava mega. Isso é refle- xo do racismo, da pressão que sofremos para nos enquadrar no padrão branco. Fico muito feliz de ver essa evolução, de ver essa mudança. E de ter amadurecido e aprendido que cabelo bom é o meu, do jeito que ele é, crespo, natural. Quan- do surgiu a Marina, eu achei que tinha a ver com ela ter esse cabelo mais curto, por ser uma tenista e tudo o mais. E a repercussão foi muito legal. Recebi cen- tenas de mensagens de outras meninas que cortaram também, porque se senti- ram incentivadas e de tantas outras que- rendo cortar, um processo que segue até hoje. Eu até fiz um encontro com algu- mas delas e registrei nas minhas redes. Foi um bate-papo muito legal sobre au- toconhecimento, aceitação e de posicio- namento”, conta ela. Outra questão bem interessante sobre sua personagem Marina, é como a ati- tude dela dividiu opiniões. Na trama, ela desistiu de uma viagem que alavancaria sua carreira como tenista para ficar ao lado no namorado. Perguntei se, numa

situação assim, ela agiria como Marina e ela afirma que hoje em dia não, embora já tenha feito algo semelhante no passado. “O homem que estiver comigo, ele precisa saber que meu trabalho faz parte da minha felicidade. Preciso dele para ser plena. E outra coisa, mulheres, não podemos nos anular por causa das inseguranças dos homens. Esse é um desafio deles: somos mulheres fortes, determinadas e que vamos à luta. Se quiser estar ao lado, é trilhar um caminho em parceria, um ajudando ao outro. Se não for assim, nem vale a pena”, explica.

“Arcanjo Renegado”

Além da novela, Erika integra o elenco da série “Arcanjo Renegado” no GloboPlay, um dos maiores sucessos do canal de streaming. Ela nos contou um pouco como foi a experiência de viver Sarah nessa primeira temporada. “Foi um trabalho muito interessante. Gostei muito de fazer a Sarah e de todo o processo envolvendo ‘Arcanjo Renegado’. A direção de Heitor Dália e André Godoi foi mais uma escola pra mim. Tivemos uma preparação diferenciada, foi um trabalho diferente do que costumo fazer em novelas. E fiquei muito feliz pela aceitação do público e pelo sucesso que a série está fazendo no GloboPlay. Em breve, teremos uma segunda temporada cheia de emoções. Sarah virá transformada”, promete.

Os sonhos

Em sua bio do Instagram, Erika tem uma frase do Fernando Pessoa: “tenho em mim todos os sonhos do mundo”. Perguntei quais são os sonhos que ela tem hoje. “Gosto muito de Fernando Pessoa. Muitos sonhos. Eu sou movida a sonhos desde sempre. E sou privilegiada em poder dizer que já realizei alguns dos meus. Minha carreira, meu trabalho, é um deles. Sou muito feliz com a minha trajetória, com as personagens que fiz e com o caminho que estou trilhando. Não foi nada fácil. E todo percurso me ensinou muito. Mas tenho ainda tantos outros sonhos. Posso dizer os materiais e os não-materiais. Quero, por exemplo, ter a minha casa própria. E estou batalhando por isso. Quero ser mãe. Mas tem também os sonhos

Eu sonho, mas também luto por todas essas coisas que eu acredito

que alguns podem considerar utópicos, como um mundo mais igualitário, um mundo em que homens e mulheres tenham o mesmo respeito e oportunidades na sociedade. Um mundo onde a nossa cor não seja uma ameaça a nossa vida. Eu sonho, mas também luto por todas essas coisas que eu acredito. Falo cada vez mais sobre a importância de discutir o racismo, o preconceito, o machismo, todas essas pequenezas de sentimentos que disseminam o ódio e transformam a vida de pessoas boas e trabalhadoras em sofrimento”, diz ela.

Quarentena

Para finalizar, Erika contou como têm sido os seus dias na quarentena. “Tenho ficado em casa, com meus cachorros. Visto séries, filmes, lendo livros, estudando idiomas, fazendo Fonoaudióloga, malhando em casa, cozinhando, faxinando. Tenho aproveitado e já estou estudando para a segunda temporada de ‘Arcanjo Renegado’. Já iniciamos uma preparação. E estou esperando o retorno de ‘Amor de Mãe’. No início estava totalmente perdida, como a maioria, creio eu. É um dia de cada vez. Não estamos de férias. É um momento de reflexão, de reinvenção, de muita fé e cuidados. Não tem receita. Espero que essa situação acabe logo para voltarmos a contar a nossa história e, principalmente, para diminuir todo esse sofrimento que nosso povo está passando. É muito triste ver tantas vidas indo embora, tantas pessoas em situação de vulnerabilidade. Não vejo a hora de essa fase acabar”, finaliza ela.

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Lojas de roupas, papelarias, salões de beleza, sapatarias, shoppings, clínicas de estética, clínicas odontológicas, hamburguerias e restaurantes. O que esses estabelecimentos têm em comum? Todos foram afetados de forma significativa pela quarentena e o fechamento por tempo indeterminado. É certo que o decreto para reabrir o comércio foi aprovado, porém, essa reabertura implica o cuidado redobrado com a saúde e segurança do consumidor, por parte do comerciante. Medidas preventivas são obrigatórias, que limitam a facilidade do cliente de ir e vir. Sendo assim, disponibilizar seus produtos de forma digital, facilita a visualização e garante a segurança do seu cliente. Empresários que já apostavam em canais digitais através de sites, e-commerces e redes sociais, sentiram muito menos os impactos da Covid-19.

A solução chegou

É muito importante nesse momento entender o comportamento do consumidor. Hoje, mais do que nunca, o consumidor pesquisa antes de fazer suas compras. Ele pesquisa em diversos sites, ele avalia a segurança desse site, os comentários, a facilidade de navegação, a segurança na forma de pagamento, os métodos de envio, e quando todas as objeções são sanadas, ele realiza a compra. A grande questão é que plataformas que atendam a essas expectativas do consumidor têm um custo relativamente alto nesse momento de crise. Pensando nisso, nós desenvolvemos o catálogo digital, uma plataforma acessível, com toda a infraestrutura necessária para cadastro de produtos, cadastro de descrições, preços, fotos, formas de pagamento e métodos de envio, tudo para deixar o seu cliente confortável em realizar suas compras de casa de forma simples e fácil. Parece bom demais pra ser real? É porque você ainda não viu nossos preços e planos. Conheça agora a plataforma que vai te ajudar a vender mais e melhor, mesmo de longe.

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Aceitação ou negação

Podemos aceitar as circunstâncias como elas são ou fingir que nada está acontecendo

Podemos optar pelo comportamento de negação em situações de enorme estresse, sobretudo aqueles que trazem consigo a sensação de perda, drástica mudança ou grande trauma. Aqui, a tendência é fazer de conta que não foi tão impactante assim; mas foi. Negação sugere uma ação contrária e de resistência. Isso gera esforço e desperdiça a energia vital.

Aceitação

Trata-se de acolher a situação, para poder melhor entendê-la, evitando o foco no problema, mas trazendo à tona a percepção e atenção plena, a fim de se identificar a melhor contribuição, com vistas à solução. O ideal é se perguntar: “qual melhor contribuição eu posso ser nesta situação?”. Partindo daí, atuar de acordo com a sua percepção interna, ou seja, tanto mais leve interiormente, mais verdadeira e autêntica. Aceitação traz consigo uma ação construtiva e gera soluções.

Drama mexicano

Trazendo a frequência dos romances mexicanos, com uma boa dose de drama e trama. A outrora negação pode se transformar em revolta interna, visto que a situação, inicialmente ignorada, continua seu fluxo normal e irá, mais cedo ou mais tarde, exercer força para se trazer novas escolhas e atitudes. Quanto maior a resistência, tanto maior o desconforto emocional, podendo desencadear depressão, ansiedade, crises de pânico e consequentemente impactos na saúde física e mental.

O que se requer

Por mais desafiadora que seja a situação, o ideal é optarmos por avaliar o que se requer nesse dado momento. Pode ser a adesão a um novo comportamento ou hábito. Pode-se demandar repensar seu negócio, sua rotina, sua relação. Enfim, aceite a situação, avalie o que se requer e atue com leveza, sendo sempre a melhor contribuição possível.

Como prevenir

Mindfulness, Reiki, Thetahealing®, Sedona Method® e Access™ são exemplos de técnicas integrativas que buscam elevar sua aceitação. Permita-se! Namastê!