Edição 45

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ativa a função muscular de controle da cinética articular. A força estabilizadora ativa conserva de forma completa o movimento fisiológico articular que se incrementa pela ação exteroceptiva da bandagem.22 No mesmo sentido, as tornozeleiras ativam precocemente e efetivamente a musculatura periarticular, estabilizando e diminuindo a oscilação do m o v i m e n t o articular, promovendo maior estabilidade. 17,34 Sua utilização torna-se freqüente no futebol, pelo fácil manuseio, manutenção e custo, sendo comprovado sua relevância clínica na prevenção das entorses de tornozelo e eficácia no controle do equilíbrio durante o movimento de inversão.17 *Chuteira. Atletas que usam chuteiras de trava baixa apresentam um número significativamente menor de lesões no tornozelo, comparado aos que usam chuteiras de trava alta, pelo fato das chuteiras de trava baixa possuírem 13 apoios com altura entre 6 a 7 mm, trazendo maior estabilidade ao atleta, diferentemente das de trava alta, que oferecem apenas 6 apoios com altura média de 1,5 cm gerando aumento da instabilidade na articulação. 32 A escolha adequada da chuteira é essencial se correlacionada com as condições dos campos de futebol agirem sobre o atleta, especialmente no Brasil, onde a grande maioria dos gramados se encontram em condições regulares ou ruins, secos, duros e associados muitas vezes a fatores externos como chuvas, tornando a superfície mais deslizante, promovem instabilidade

e diminuem o equilíbrio do atleta levando à lesão.7 DISCUSSÃO. O futebol é o esporte de competição responsável pelo maior número de lesões desportivas do mundo. Estas lesões prevalecem em membros inferiores, com índice de 86%25 e 72,2%12 de todas as lesões. A entorse de tornozelo com índice de 13,6% ocupa o terceiro lugar após as lesões musculares (31,9%) e entorses do joelho (22%)15,16,25,27,30 Outros pesquisadores colocam a entorse de tornozelo em segundo lugar com 21% das lesões.11,12,29,36 Os movimentos associados de inversão com ligeira flexão plantar, formam o mecanismo de lesão mais comum dessas entorses do tornozelo, sendo responsáveis em média de 80 a 90% dos casos.1,4,13,14,21 Quanto à forma direta ou indireta de lesão, no futebol o mecanismo indireto de lesão se sobrepõe ao direto com 65% dos casos.12,25 O ligamento mais atingido é o LTFA por ser mais vulnerável ao movimento de inversão forçada1,21,33,36 seguido do LCF e LTFP, este último só em entorses mais severas.4,14 A prevalência quanto ao grau mostra que 70% ocorrem em grau I, 28,4% em grau II.10 Os atletas retornam à prática esportiva: 49% em até sete dias, 46% entre sete e trinta dias e 5% após trinta dias devido a cirurgia em grau III.12 CONCLUSÃO. É de grande valia e importância o desenvolvimento de um programa de proposta preventiva que aborde um adequado alongamento e fortalecimento muscular, ativação da consciência sinestésica com exercícios proprioceptivos, e orientações quanto à utilização de suportes para o tornozelo e chuteira ideal, pois são comprovados cientificamente na diminuição significativa do índice de lesões no futebol, em especial, as entorses de tornozelo por inversão, evitandose que o atleta se ausente dos treinamentos e jogos, melhorando seu desempenho e performance técnica e física.

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