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CENTRAL DO PEGO VAI SER O MAIOR CENTRO NACIONAL DE PRODUÇÃO DE ELECTRICIDADE

Do Pego para todo o país A Central do Pego foi pioneira na implementação de tecnologia de redução de emissões. Este sistema, inaugurado no passado dia 8 de Setembro, permite a redução das emissões de dióxido de enxofre em cerca 13 vezes, dos óxidos de azoto em cerca de 5 vezes das partículas poluentes e em cerca de 5 vezes. A Rede Eléctrica Nacional (REN) e as Autoridades Ambientais participaram no estudo das várias opções tecnológicas para se conseguir o máximo possível de redução de emissões. Da análise realizada foi decidido implementar um projecto que atinge no ano 2009 os objectivos estabelecidos a nível europeu para 2016. Vai portanto à frente no seu tempo. Com um investimento de 170 milhões de euros, financiado por um conjunto internacional de 13 bancos, esta construção teve um impacto no valor de 10 milhões de euros em bens e serviços fornecidos por empresas da zona. A construção do novo sistema de redução de emissões permitiu criar 400 postos de trabalho durante a fase de construção e cerca de 50

adicionais em regime de permanência. A política já divulgada pela central do Pego é manter o seu pioneirismo na redução de emissões para a atmosfera. Tem por objectivo também criar postos de trabalho com impacto local. Para tal, a nova entrada do sistema de redução de emissões permitiu criar durante a fase de construção cerca de 400 postos. “O investimento realizado permitiu a redução das emissões de dióxido de enxofre em 13 vezes; os óxidos de azoto em 5 vezes e as partículas em 5 vezes, permitindo a definição de novas metas mais ambiciosas pela Agência Portuguesa

do Ambiente”, segundo declarações dos responsáveis da empresa. A Central do Pego, pioneira na produção independente de energia em Portugal, desde 1993, sempre teve uma preocupação com o impacto ambiental. Foi a primeira central eléctrica em Portugal, e foi certificada pelo EMAS (Eco-Management and Audit Scheme), em 1997 e 2000. Esta responsabilidade ambiental, demonstrada pela central do Pego, vem juntar-se à sua participação na solidariedade social que, ao longo dos anos, vem demonstando na zona da sua implantação, sobretudo, mas não só, no con-

celho de Abrantes e na freguesia do Pego.

Nova central Encontra-se também em construção uma nova central a gás de ciclo combinado (CCGT), com uma capacidade de 830 MW. Foi para esta central que a região viu passar as duas famosas e enormes turbinas neste Verão. Esta unidade de produção, da empresa ElecGas, constituída para o efeito, vai estar entre as de maior eficiência energética do mundo (58,7%) e terá uma flexibilidade que lhe permite responder em menos de uma hora a um pedido de aumento de carga para a rede. O projecto cha-

ve-na-mão de engenharia e construção é liderado pela Siemens. Com esta nova unidade de produção, muito em breve o Pego será o maior centro de produção de electricidade nacional, com uma capacidade de geração de 1460 MW. A Central do Pego ou melhor, o Centro de Produção de Electricidade do Pego, pretende manter o seu estatuto de pioneirismo e inovação. P ara isso, tem vários projectos em curso, nomeadamente a da produção complementar de energia eléctrica limpa através de painéis solares, a da introdução de biomassa no sistema de combustão através de elementos resultantes da limpeza da floresta, um novo projecto de redução de emissões através do carvão ecológico, “Clean Coal”, e captura e armazenamento de CO2. Para este último projecto, participa numa linha de investigação com o LNEG, a Universidade de Évora e a Agência de Inovação, e integra ainda ao projecto europeu Comet que estuda a infra-estrutura de captura, transporte e armazenamento para a região oeste do Mediterrâneo, nomeadamente Por-

tugal, Espanha e Marrocos. Pela capacidade de produção instalada na Central do Pego, com os aspectos inovadores que apresenta, pela produção de electricidade em Castelo de Bode, pelas unidades de produção de torres eólicas, já em laboração, e de painéis fotovoltaicos, em construção, bem como pelos trabalhos no sentido da eficiência energética, Abrantes começa a reivindicar o título de “capital da energia” em Portugal. Se nos lembrarmos que o concelho de Mação tem também um papel significativo na produção de energia eléctrica, de origem hidráulica e eólica, podemos ver como esta região tem já um cluster no domínio da energia eléctrica.

Tejo Energia Criada em 1993, é a proprietária da Central do Pego, e resulta de uma Joint Venture entre a International Power (50%), a Endesa (39%) e a EDP (11%). Entre 2001 e 2008, a Tejo Energia foi responsável por uma produção média de 4,2 Gwh, ou seja, cerca de 9,2% do abastecimento de electricidade em Portugal.


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