05 09 2013

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Quinta-feira, 5 de setembro de 2013

cultura e espetáculos

O Primeiro de Janeiro | 8

Relatos dos escritores guiam visitantes em Tomar

Festival Estátuas Vivas Casa da Cultura da Trofa

“Esculturas em Ferro”

A Câmara Municipal da Trofa inaugura, a 7 de setembro, pelas 15h00, na Casa da Cultura da Trofa, a Exposição de Escultura em Ferro de Plácido Souto. Esta é mais uma mostra que estará à disposição de todos os Trofenses e visitantes, nas salas da Casa da Cultura local, integrada no programa cultural anual da Autarquia. Nesta exposição de Esculturas em Ferro do artista Plácido Souto, serão exibidas diversas peças realizadas em ferro e em vários materiais reciclados, que assim ganham nova vida nas mãos do autor. O artista minhoto, natural de Caminha, mais propriamente de Vilar de Mouros, estará também na Trofa, a 7 de setembro, para apresentar as suas obras e para dar a conhecer a história que cada peça encerra, estando cada uma delas diretamente ligada a um contexto da sua vida quotidiana. Plácido Souto nasceu em 1936 e desde tenra idade que aprendeu a arte de trabalhar o ferro. Na década de 1960 foi trabalhar para Lisboa onde permaneceu com a sua família por cerca de 20 anos. Desde cedo, esteve envolvido em várias iniciativas e associações de cariz social, cultural e religioso, tanto em Lisboa como em Vilar de Mouros, de onde é natural e para onde regressou definitivamente em fevereiro em 1983, fundando a sua própria oficina de serralharia. Na década de 2000, já reformado, dedica-se às artes, realizando obras, desde esculturas a quadros, tendo o ferro como matéria principal e reciclando muitos outros materiais. Em agosto de 2008, Plácido Souto expõe pela primeira vez os seus trabalhos que, entretanto, foram já apresentados em muitos concelhos do norte do país e na Galiza. Com esta iniciativa, a Trofa associa-se à divulgação da obra deste ousado artista autodidata, que faz do ferro a alma da sua criação.

Já falta pouco mais de uma semana para a quarta edição do Festival Estátuas Vivas, que acontece em Tomar no fim-de-semana de 13 a 15 de Setembro. Desta vez, o tema é a História contada pelos grandes escritores, com quadros baseados em Camões, Pessoa, Eça ou Saramago, entre muitos outros. Também os restaurantes foram beber aos livros para se inspirarem para as ementas. Embora já tenham sido usados pontualmente em edições anteriores, o rio Nabão e a idílica ilha do Mouchão vão ter este ano um papel muito mais importante no Festival Estátuas Vivas de Tomar, servindo de palco ideal para acolher os quadros representativos de algumas das mais famosas passagens literárias escritas em português. Clássicos como a Ilha dos Amores, de Camões, o “Mostrengo” de Fernando Pessoa, a “Peregrinação” de Fernão Mendes Pinto ou o “Sermão de Santo António aos Peixes” do Padre António Vieira, encontram naqueles espaços frescos e naturais,

em pleno centro da cidade, o cenário ideal para serem recriados por alguns dos mais talentosos artistas da imobilidade nacionais e estrangeiros. No quarto Festival Estátuas Vivas, que se prolonga de sexta-feira, dia 13 a domingo, dia 15, 44 artistas vão recriar 20 quadros históricos, contados pela pena de alguns dos mais conceituados escritores portugueses. O Festival aproveita as condições magníficas da cidade, com o rio a atravessá-la e a apetecível ilha do Mouchão, para dar corpo a estas imagens literárias, num périplo que começa junto à capela de Santa Iria, se prolonga ainda até ao jardim da Várzea Pequena e depois pela Corredoura até à Praça da República, onde se desenrolam os quadros baseados na obra de de José Saramago. O Festival estende-se ainda, pela primeira vez, à Ermida de Nossa Senhora da Conceição, palco para a recriação de um dos maiores clássicos da Literatura Portuguesa, o “Frei Luís de Sousa” de Garrett. Extra-concurso, é ainda grande a expectativa para a performance de António Santos que, depois de o ano passado aqui ter batido o recorde mundial de imobilidade em suspensão, vai este ano representar-se a si próprio, Staticman, personagem central do romance “Jardim sem limites” de Lídia Jorge. O Festival Estátuas Vivas 2013 começa na sexta-feira, dia 13, logo pela manhã, com os Madonnari Street Painting, de Nápoles (Itália) a darem os primeiros retoques na sua grande pintura 3D no chão, em frente à igreja de S. João Baptista. À noite chegam as Estátuas Vivas, com a reposição de algumas das melhores performances da edição anterior. No centro histórico, oito artistas vão dar vida a sete cenas do quotidiano medieval, com a presença de todos os participantes premiados em 2012, e então dispersos por Almourol, Dornes e Tomar. Nas manhãs de sábado e domingo,

Tema. História é contada pelos grandes escritores, com quadros baseados em Camões, Pessoa, Eça ou Saramago. o Mouchão será palco para as “Histórias aos Quadradinhos” deste ano, com 20 jovens oriundos das escolas tomarenses a inspirarem-se num clássico da literatura universal, “Alice no País das Maravilhas”, de Lewis Carroll. Também para os mais novos, à tarde, junto à margem esquerda do rio e ao parque infantil, haverá divertimento garantido na Via Verde Júnior com jogos, insufláveis, pinturas faciais e muitas outras actividades. Ruas e lojas regressam ao passado As estátuas vivas representarão os seus quadros entre as 17h30 e as 19h30 (no sábado e no domingo) e ainda das 22h00 às 24h00 na noite de sábado. O público é convidado a votar no seu quadro favorito, com base nos critérios de imobilidade, expressividade e caracterização, com vista à escolha dos três melhores, que serão anunciados na Praça da República, às 20h00 de domingo. Mas ao longo do dia haverá muito

mais motivos de interesse, desde a exposição que mostra as fotografias de Tomar no século XIX feitas por António da Silva Magalhães, na rua com o seu nome, até aos painéis que, nas imediações do rio Nabão, apresentam “Um século de notícias”, passando pelas montras do centro histórico que se vestem com roupagens de outrora. Novidade a não perder será a “Cultura de Faca e Garfo”. 23 cafés e restaurantes do concelho responderam ao desafio e, nos dias 13, 14 e 15 de Setembro vão apresentar nos seus cardápios viagens por aromas e paladares entre referências gastronómicas da literatura portuguesa. Reproduzindo a receita original ou expressandose em cozinha de autor, terão sempre por base os ingredientes e temperos da época narrada. Nas noites de sexta e sábado, das 0h00 à 1h30 haverá ainda animação de esplanadas. Todas as iniciativas do Festival têm entrada livre.

Lisboa

Théâtre du Soleil no Teatro Municipal São Luiz O Teatro Municipal São Luiz, em Lisboa, vai abrir a temporada de 2013/14 a 11 de setembro, com uma programação festiva de música, teatro e dança, que inclui, em estreia mundial, um espetáculo do Théâtre du Soleil. A programação do teatro foi hoje apresentada pelo seu diretor, José Luís Ferreira, na presença de Miguel Honrado, presidente da Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC), da vereadora da Cultura, Catarina Vaz Pinto, e do diretor do Teatro Municipal Maria Matos, Mark Deputter. Entre 11 de setembro e 01 de outubro decorre a "Festa de Abertura", com concertos de Victor Gama, acompanhados de uma exposição de instrumentos, um autocarro “performativo”, que estará em Lisboa e Torres Novas, o lançamento do disco "Almost Visible Orchestra", de Noiserv, e um espetáculo de Bruno Nogueira e Manuela Azevedo, entre outros. No período de abertura, de 19 a 21 de setembro, verificar-se-á um dos principais acontecimentos da temporada, com a estreia mundial do espetáculo do Théâtre du Soleil "L´Histoire terrible mais inachevée de Norodom Sihanouk, roi du Cambodge" (“A terrível e inacabada história de Norodom Sihanouk, rei do Camboja”), de Hélène Cixous. Trata-se de uma remontagem em língua khmer do espetáculo original de Ariane Mnouchkine, com encenação de Georges Bigot e Delphine Cottu. Até fevereiro ainda vão passar pelo São Luiz, na música, Celina da Piedade, Ana Bacalhau, Aline Frazão, na ópera, o "Cabaret Vicente”, de José Eduardo Rocha, na dança, a estreia nacional de "Cantatas", de Raimund Hoghe, e espetáculos da Companhia Olga Roriz. Ainda no teatro, em estreia, serão apresentados "Os últimos três dias de Fernando Pessoa", de Antonio Tabucchi, com encenação de André Gago, e "As you like it (Como vos aprouver)", de William Shakespeare, pelo Arena Ensemble, com encenação de Beatriz Batarda. O São Luiz vai passar a fazer descontos de cinquenta por cento nos bilhetes para o público com menos de 30 anos.


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