TABACO EM DEBATE
Representantes da cadeia produtiva do tabaco se reuniram com o embaixador brasileiro na Suíça após não conseguirem credenciamento para acompanhar a 11ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, em Genebra. Eles buscaram garantir diálogo sobre temas que consideram prejudiciais ao setor, especialmente a proposta de proibição de filtros em cigarros, que, segundo eles, pode fortalecer o mercado ilegal e afetar milhares de produtores. Outra preocupação apresentada foi a possível retirada de incentivos fiscais e financiamentos para a fumicultura, medida vista como ameaça à subsistência de agricultores. O embaixador Tovar da Silva Nunes afirmou que levará as demandas ao governo e manterá encontros de atualização até o fim da COP11. PÁGINA 3
unisc projeta crescimento de 9% nas matrículas de estudantes em 2026
PÁGINA 5
produçÃo de leite em Venâncio aires deVe manter estabilidade em 2025
PÁGINA 6
Venâncio fecha outubro com o melhor resultado nas exportações desde 2017
PÁGINA 6
eVentos paralelos a cop11 dÃo Voz a reduçÃo de danos
PÁGINA 7
Fonte: NIH/UNIVATES
DANOS POR GRANIZO DISPARAM E SAFRA DO
TABACO ULTRAPASSA 8,9 MIL LAVOURAS AFETADAS
Dados da Afubra mostram que as perdas avançam quase 50% em comparação à safra passada. Entre 15 e 17 de novembro, novos episódios de granizo adicionaram 788 sinistros ao total
A safra 2025/2026 de tabaco já contabiliza 8.941 lavouras atingidas por granizo, de acordo com dados divulgados pela Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra). O volume representa um aumento de aproximadamente 46,8% em relação ao mesmo período da safra 2024/25, quando haviam sido registrados 6.090 sinistros. O crescimento expressivo revela o impacto mais intenso das condições climáticas adversas sobre as áreas
produtoras neste ciclo. As microrregiões mais afetadas até agora incluem Rio Negro, que lidera o levantamento com 2.245 propriedades danificadas, seguida por Imbituva/Irati, com 1.860 ocorrências, e Santa Cruz do Sul, onde 1.028 lavouras sofreram danos. Também se destacam Santa Maria do Oeste, que soma 742 registros, e Rio do Sul, com 768 lavouras atingidas desde o início da safra. Em diversas outras regiões, como Venâncio Aires, Candelária, Camaquã e Jaguari, os sinistros, embora menores em volume, também contribuem para o cenário de preocupação entre os produtores. A última semana foi particular-
mente crítica para os fumicultores. Entre os dias 15 e 17 de novembro, novos episódios de granizo provocaram 788 avisos de sinistro, conforme relatório específico da Afubra. O fenômeno climático afetou múltiplas microrregiões, com destaque para Venâncio Aires, que contabilizou 390 ocorrências, além da região Matriz, com 369 registros. Candelária registrou 10 lavouras atingidas, enquanto Camaquã e São Miguel do Oeste tiveram 8 cada uma. Houve ainda registros isolados em Imbituva e outras localidades, reforçando a ampla extensão dos danos causados pela instabilidade atmosférica.
BRASIL PROPÕE ACABAR COM O APOIO AO CULTIVO DO TABACO EM PROJETO A SER ANALISADO NA COP11
Proposta de emenda ao projeto que trata das medidas futuras contra o tabaco também prevê aceleração na reconversão desta cultura agrícola para outros cultivos
O Brasil deve apresentar na 11ª Conferência das Partes (COP11) da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT), uma proposta que promete abrir um novo capítulo na política global de enfrentamento ao tabagismo: o fim do apoio estatal ao cultivo de tabaco e a criação de mecanismos ativos de incentivo à transição dos agricultores para alternativas economicamente sustentáveis. A proposta foi apresentada pela delegação brasileira para constar como uma medida a mais a ser adotada pelos países, uma vez que o desincentivo já está previsto no
GRUPO GRÜNER JÄGER ENCERRA TURNÊ CULTURAL EM SANTA CATARINA APÓS APRESENTAÇÕES MARCANTES
O Grupo Grüner Jäger Volkstanzgruppe retornou neste domingo, 16, a Venâncio Aires, após concluir sua Turnê Cultural pelas cidades de Fraiburgo e Treze Tílias, em Santa Catarina. A viagem teve início na noite de quinta-feira, 13, quando os integrantes se reuniram na Praça da Matriz para o embarque oficial, acompanhado por autoridades, familiares e um momento de bênção pela viagem.
Na sexta-feira, 14, o grupo realizou sua primeira apresentação na Praça Maria Frey, em Fraiburgo, durante a abertura da programação natalina da cidade. Cerca de 5 mil pessoas prestigiaram o evento,
No sábado, 15, o grupo seguiu para Treze Tílias, onde participou da 13ª edição da PremaFest, realizada na sede da empresa Vidros e Velas Prema. A cidade, conhecida por suas fortes raízes austríacas, recebeu o Grüner Jäger com grande receptividade. A apresentação surpreendeu o público e marcou o encerramen-
to oficial da turnê, que, segundo o presidente Marcelo Frey, cumpriu todos os objetivos propostos. Antes do retorno, no domingo, 16, os integrantes ainda acompanharam uma apresentação do Grupo de Danças Austríacas Lindental, enriquecendo ainda mais a experiência cultural vivida ao longo da viagem. Para Marcelo Frey, a turnê foi extremamente positiva e deixou um legado significativo nas duas cidades visitadas. “Nosso objetivo foi concluído. As apresentações levaram nossa cultura e o nome de Venâncio Aires para estas cidades. Sei que fomos bem pelos elogios que recebemos depois. Ambas as cidades foram muito receptivas e conseguimos retribuir com belíssimas apresentações”, avaliou.
A turnê contou com o apoio da Prefeitura Municipal de Venâncio Aires, por meio do Termo de Patrocínio nº 016/2025, dentro do projeto “Disseminando e Divulgando a Cultura Alemã”.
tratado, dentro do projeto de decisão sobre o artigo 2.1 que trata de medidas futuras para o controle do tabaco, além daquelas já previstas na Convenção. O Brasil já adota posicionamento de não apoiar a produção de tabaco tendo a extinção do Pronaf para fumicultura como a principal delas. No entanto, a nova proposta pode criar mais obstáculos à produção. Segundo o texto proposto, a recomendação vai além da simples extinção de subsídios ao cultivo de tabaco. O Brasil sugere que os países sejam estimulados a retirar qualquer forma de apoio ao setor e a implementar políticas públicas ativas para a conversão produtiva, garantindo condições para que agricultores migrem para culturas alternativas viáveis. O país destaca ainda a importância de compartilhar experiências e resultados obtidos, conforme prevê as regras da Convenção, como forma de orientar a implementação de medidas futuras. A proposta, no entanto, contrasta com o posicionamento oficial do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). Em resposta ao deputado Rafael Pezzentti (MDB-SC), sobre o posicionamento da pasta na COP11, o mesmo assegurou
que seguirá apoiando os produtores de tabaco, reconhecendo-o como “um dos principais grupos agrícolas do Sul do país”.
No documento enviado ao parlamentar, o MAPA afirmou que pretende “fortalecer as condições de produção”, por meio de ações em quatro eixos: fomentando a ampliação do acesso a crédito e seguro rural; apoiando as ações de assistência técnica e extensão para boas práticas, uso racional de insumos e eficiência energética na cura; auxiliando as certificações de qualidade e rastreabilidade e apoiando a facilitação do comércio exterior e apoio à concorrência leal com combate ao comércio ilícito.
IMPACTO
Vereador ezequiel propõe lei que proíbe paVimentação em ruas sem saneamento básico no municÍPio
“O MAPA adotará posição técnica, equilibrada e baseada em evidências, registrando ressalvas sempre que propostas com impacto relevante sobre a produção agrícola não apresentarem análise de impacto, diálogo com os diretamente afetados e mecanismos de transição justa. O objetivo é proteger o produtor rural, assegurar segurança jurídica e coerência com as metas estratégicas do Ministério, sem prejuízo das competências das áreas de saúde”, declara no documento.
De acordo com o presidente da Associação Internacional de Produtores de Tabaco (ITGA), José Aranda, os subsídios ou apoios à produção de tabaco já são raros. No passado, a União Europeia, até mais ou menos 2010, proporcionava ajuda para o desfasamento da produção e incentivar o cultivo de outras culturas. “Hoje em dia curiosamente a Suíça é um dos países que subsidia com um valor bastante elevado os poucos produtores que existem neste país. A Bulgária também tem arranjado um pacote de ajudas aos produtores e outros países dos Bálcãs,” explica. Aranda acredita que a proposta possa prejudicar incentivos para outras atividades agrícolas que produtores de tabaco possam
executar, simplesmente pelo fato de ser para um fumicultor, como já ocorre no Brasil. “Se um agricultor solicita uma ajuda para outra atividade agrícola ou para o conjunto da atividade agrícola, sendo que esta inclui tabaco, pode ser rejeitada com essa desculpa de ter tabaco na atividade”, avalia. Além disso, ele critica a postura do Brasil em protagonizar ações prejudiciais a produção de tabaco. “O que continuo dizendo porque deve ser reiterado até a exaustão, é como é inacreditável que o país primeiro exportador de tabaco a nível mundial e segundo produtor tem o maior ataque dentro do seu próprio governo manifestando nestas reuniões do COP as propostas mais radicais. Não consigo perceber isto” conclui.
Olá pra quem - Para todos os venâncio-airenses, no impresso às quartas-feiras. As edições aos sábados circulam em datas especiais ou por trocas em função de feriados. No online todos os dias informações atualizadas, em olajornal.com.
Quem diz Olá - Janine Niedermeyer e Guilherme Siebeneichler
Diga Olá – olavenancioaires@gmail.com | fone: 51 3741-7415
Olá pra você através da Gráfica Treze de Maio
Publicações Legais estão disponíveis em versão digital no site: olajornal.com.br/publicacao-legal
Divulgação/AI
Afubra
Guilherme
Siebeneichler
Na microregião de Venâncio Aires entre os dias 15 e 17 foram mais de 390 ocorrências de granizo
Brasil tem apresentado propostas para inclusão no tratado global de saúde da OMS
Willian Oliveira
Grupo de danças de Venâncio Aires realizou turnê em Santa Catarina
RepResentantes da cadeia pRodutiva do tabaco teRão encontRos DIÁRIOS COM DELEGAÇãO PARA ATUALIzAÇõES SOBRE A COP11
Primeiro encontro com o embaixador, Tovar da Silva Nunes, ocorreu nesta terça-feira, 18, e reuniu representantes de entidades do setor, deputados e prefeitos. Grupo não conseguiu credenciamento para acompanhar debates em Genebra na Suíça
Representantes da cadeia produtiva do tabaco do Brasil se reuniram com o embaixador brasileiro na Suíça, Tovar da Silva Nunes, nesta terça-feira, 18, em uma ação estratégica após parlamentares estaduais e federais, prefeitos e entidades ligadas ao setor não conseguirem credenciamento como visitantes para acompanhar a 11ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (COP11), que teve início em Genebra na segunda-feira, 17, e segue até sábado, 22. O encontro buscou abrir canais de comunicação para que as preocupações do setor produtivo brasileiro sejam consideradas em meio aos debates globais sobre o controle do tabaco. O secretário estadual de Agricultura, Edivilson Brum (MDB), um dos representantes no local, avaliou a reunião como um “avanço significativo” em entrevista ao Olá Jornal. A articulação garantiu um espaço de diálogo diário na Delegação Permanente do Brasil junto à ONU. “Tivemos uma questão bem positiva, foi um avanço significativo com a possibilidade de fazermos de forma diária aqui pela manhã das nove às onze horas na Delegação Permanente do Brasil junto à ONU, com várias autoridades que estão participando da Convenção-Quadro e que poderão dar uma explicação maior para todos nós em relação ao andamento, às discussões que estão sendo realizadas lá,” afirmou Brum. A principal preocupação manifestada pelo setor é a sugestão, debatida na conferência, de proibir a utilização de filtros em cigarros. O secretário Brum classificou a proposta como um risco. “Nós temos uma grande preocupação […] de que a Conicq, essa comissão criada para a Convenção Quadro de Controle do Tabaco, está sugerindo a proibição, vamos
de deputados,
pelo embaixador Tovar da Silva Nunes nesta terça-feira
dizer sim, a não utilização dos filtros dos cigarros,” explicou o secretário. Segundo ele, essa medida teria o efeito contrário ao desejado, pois impulsionaria o mercado ilegal: “Isto aumentaria de forma demasiada o ato de fumar de cigarros de fábricas clandestinas ou até mesmo do Paraguai,” destacou.
DIPLOMACIA
Durante o encontro, Nunes, destacou que o seu papel é ouvir os interessados nas pautas em discussão nos diversos órgãos da Organização Mundial da Saúde (OMS). Parabenizou o grupo, porque nunca tinha recebido uma comitiva com aquele número de pessoas, e sem credenciamento para participação do evento. Argumentou ainda que irá oficializar a reunião e informar o Governo brasileiro sobre os apontamentos. Além disso, confirmou a realização de encontros na quarta e quinta-feira, para atualização das informações e debates que estão ocorrendo na COP11. A delegação oficial do Brasil durante a COP11 conta com 21 representantes de ministérios e órgãos governamentais. O grupo é liderador pelo embaixador.
ENVOLVIMENTO
O deputado estadual Marcus Vinicius de Almeida (PP), presidente da subcomissão de defesa da produção de tabaco e acompanhamento da COP11 na Assembleia Legislativa, confirmou o encontro com o embaixador do Brasil na Suíça, Tovar da Silva Nunes. O deputado revelou que o pedido de encontro foi feito ainda na primeira semana de novembro, antecipando o que ele chamou de “gesto de descortesia” do Governo Federal, citando o histórico de exclusões em eventos anteriores.
FILTROS
O principal foco da comitiva brasileira em Genebra é a pauta número um do evento: a proibição da fabricação de cigarros com filtro. “Atenção total para a pauta número um do encontro, que é a proibição da fabricação de cigarros com filtro,” afirmou o deputado Marcus Vinicius. Ele e o Secretário de Agricultura, Edivilson Brum, criticam a falta de embasamento das propostas. Os representantes da cadeia produtiva alertam que proibir o filtro é, na prática, inviabilizar o mercado formal e afastar as empresas do Brasil, eliminando o sentido de plantar e produzir, o que afetaria diretamente a subsistência de milhares de famílias.
INCENTIVOS
Além da proibição dos filtros, uma nova pauta proposta pela delegação do Brasil na conferência surpreendeu e preocupou os representantes do setor: a possível retirada de incentivos fiscais e o financiamento público para safras. “Essa foi até uma pauta que nos surpreendeu, porque previamente ela não estava sendo anunciada pela Delegação Brasileira,” disse o deputado. Ele lembrou que o tema já havia sido discutido em 2010 e, após esforço, o Governo Federal repôs o Pronaf para a fumicultura mediante a condição de diversificação.
A retirada desse suporte é considerada inaceitável, especialmente em um estado que, segundo Marcus Vinicius, “viveu até agora três enchentes e duas secas.”
O deputado defendeu que o governo “precisa dar esse suporte, esse amparo, para que a gente possa continuar também ajudando, estimulando essas famílias que dependem da agricultura como fonte de renda,” reforça.
DIÁLOGO NA SUÍÇA
Durante o segundo dia da Conferência das Partes para o Controle do Tabaco, o que começou tenso, após conversas, terminou em descontração. A chegada da comitiva que defende a cadeia produtiva no Consulado Brasileiro em Genebra não agradou os parlamentares, que inclusive questionaram a situação. Ao chegarem no espaço, ficaram aguardando em um corredor, sem acesso aos espaços do Consulado. Inclusive as cortinas de janelas que davam visão à área administrativa foram fechadas. Após o primeiro encontro com o embaixador Tovar da Silva Nunes, e apresentação de pontos de vistas, os ânimos foram apaziguados. Inclusive parlamentares realizaram a entrega de presentes para o representante da da diplomacia brasileira. O secretário estadual de Agricultura, Edivilson Brum (MDB) entregou uma cuia personalizada. Já o deputado estadual Marcus Vinícius de Almeida, presenteou o embaixador com uma estátua do laçador, símbolo do Rio Grande do Sul. Nunes inclusive elogiou a erva-mate e destacou os benefícios para a saúde.
ABERTURA DA COP11
O Brasil, em discurso na abertura da COP11 da Convenção-Quadro da OMS para o Controle do Tabaco, destacou seis ações centrais adotadas pelo país, com ênfase na diversificação econômica para produtores de tabaco e na manutenção e ampliação da proibição de novos produtos de nicotina, como cigarros eletrônicos. O embaixador Tovar da Silva Nunes ressaltou ainda a reestruturação da CONICQ, a criação de códigos de conduta para limitar a influência da indústria, o início de uma ação judicial inédita para responsabilizar fabricantes pelos custos de doenças relacionadas ao tabaco e o restabelecimento da política fiscal com aumento de impostos e preços mínimos. Ele também mencionou o alinhamento das políticas brasileiras aos debates globais sobre impactos ambientais do tabaco, incluindo clima e microplásticos, no ano em que a CQCT completa 20 anos.
PRÓXIMOS DIAS
bRasil leva uma das maioRes delegações à cop11 da CONVENÇãO-QUADRO PARA O CONTROLE DO TABACO, EM GENEBRA O Brasil envia uma das maiores delegações à 11ª Conferência das Partes (COP11) da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT/OMS), que ocorre em Genebra entre 17 e 22 de novembro de 2025. Ao todo, o país conta com 21 integrantes, incluindo chefe de delegação, representantes credenciados, assessores, segundo a lista oficial de participantes. A delegação brasileira é liderada pelo embaixador Tovar da Silva Nunes, representante permanente do Brasil junto às Nações Unidas em Genebra. O grupo reúne representantes do Ministério da Saúde, Anvisa, Ministério das Relações Exteriores, Receita
Federal, Ministério da Agricultura e Pecuária, Conab, Fiocruz e da Comissão Nacional para Implementação da Convenção-Quadro (Conicq). Entre os nomes de destaque está Vera Luiza da Costa e Silva, chefe da Secretaria Executiva da Conicq. O Brasil se posiciona entre as delegações mais numerosas da COP11, ao lado de países como a China, que também envia um grupo superior a vinte representantes. Em contrapartida, grande parte dos países europeus participa com delegações de porte médio, geralmente entre cinco e dez integrantes, enquanto diversas nações de menor
porte contam com apenas um a quatro participantes. Além das delegações governamentais, a COP11 recebe uma expressiva presença de organizações não governamentais. O documento oficial lista mais de 150 representantes de ONGs internacionais, atuando em redes como Global Alliance for Tobacco Control, Action on Smoking and Health, Corporate Accountability, ACT Promoção da Saúde, SEATCA, Campaign for Tobacco-Free Kids, entre muitas outras. Essa participação aparece distribuída em uma longa seção que reúne dezenas de organizações e especialistas em controle do tabaco.
A COP11 deve manter a falta de consenso já verificada na COP10 do Panamá. Pautas incluídas como prioritárias na convenção não têm apoio de nações importantes. O próprio bloco da União Européia está dividido sobre o tema dos filtros. Segundo representantes do Parlamento Europeu, não há embasamento técnico e científico que apoie a medida. A indústria inclusive tem alertado que não utiliza mais plástico na confecção de bitucas de cigarros. Atualmente são de papel, por isso a teoria de microplásticos no resíduo é descartada. O assunto deve pautar os debates ao longo desta semana. Vale lembrar que decisões incluídas no tratado global de saúde precisam ser aprovadas por unanimidade. A sustentabilidade é o grande tema da conferência neste ano, porém há questionamentos sobre se o debate está ocorrendo no local certo.
O principal evento de saúde pública, que discute o consumo e produção de tabaco no mundo, ganha espaço exclusivo nas páginas do Olá Jornal. Mensalmente esta coluna será publicada para atualizar e traduzir pontos que estarão em debate na 11ª Conferência das Partes (COP11) e no 4º Encontro das Partes Para Eliminar o Comércio Ilícito de Produtos de Tabaco (MOP4), ambos da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco. As edições ocorrem na Suíça em 2025.
Guilherme Siebeneichler
Grupo
prefeitos e entidades foi recebido
Embaixador foi presenteado com uma cuia e bomba de chimarrão
Sicredi Vale do rio Pardo abre insCrições pArA o
FILMES
funDo soCiAL 2026
Cada entidade poderá cadastrar um projeto, sendo os recursos limitados a R$ 10 mil por instituição. Inscrições seguem até o dia 10 de janeiro
Desde segunda-feira, 10 de novembro, estão abertas as inscrições para o Fundo Social da Sicredi Vale do Rio Pardo. Em mais um ciclo, a cooperativa apoiará ações, projetos e programas de interesse coletivo que impactam positivamente na vida das pessoas, comunidades e ecossistemas. Cada entidade poderá cadastrar um projeto, sendo os recursos limitados a R$ 10 mil por instituição. A estimativa é que o valor total seja de aproximadamente R$ 2 milhões. A inscrição deve ser feita no site https:// www.sicredi.com.br/nacomunidade/fundosocial, até o dia 10 de janeiro de 2026. Os projetos inscritos deverão estar alinhados a um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS) e dentro de temas como educação, cultura, esporte inclusivo, saúde, meio ambiente, segurança, inclusão social e desenvolvimento local. A descrição deve conter o propósito e/ou relevância dos objetivos e o impacto social positivo no público-alvo. Além disso, é necessário o envio de um vídeo de até 2 minutos, com apresentação da entidade, título do projeto, principal objetivo, qual o benefício para o público alvo e qual benefício irá gerar. Sobre os critérios exigidos, as entidades devem ser pessoa jurídica sem fins lucrativos; CNPJ com pelo menos um ano; situação regular com os órgãos públicos; regularidade FGTS; inexistência de débitos na Justiça do Trabalho; ser associada à Sicredi Vale do Rio Pardo até 30 de junho do ano vigente; e estar adimplente junto
Áries
à cooperativa. Além disso, elas devem pertencer aos municípios da área de atuação da Sicredi VRP (Vera Cruz, Venâncio Aires, Passo do Sobrado, Santa Cruz do Sul, Sinimbu, Rio Pardo, Herveiras, Vale Verde e General Câmara).
O coordenador de Cooperativismo e Sustentabilidade da Sicredi Vale do Rio Pardo, Marco Antonio da Rocha explica que o Fundo Social é composto por 2% das sobras líquidas da cooperativa, apuradas após cada exercício. “O Fundo Social é um apoio fundamental para tirar projetos importantes do papel ou expandir os existentes”, destaca o coordenador. Como presidente da instituição, Heitor Álvaro Petry convida as entidades a participarem da iniciativa. “Queremos ser o parceiro da sustentabilidade dos projetos que fazem a diferença na vida das pessoas, gerando benefícios diretos a pessoas ou ao meio em que vivem. Vamos juntos construir um mundo mais próspero”, salienta. Após as inscrições ocorre a classificação dos projetos cadastrados, que seguem para avaliação do comitê com a posterior definição dos contemplados. A divulgação das entidades beneficiadas ocorrerá a partir do dia 15 de fevereiro de 2026, por meio da plataforma Sicredi na Comunidade, no site da Sicredi Vale do Rio Pardo e nas assembleias de núcleo. Os recursos aprovados deverão ser utilizados e prestado contas conforme as regras do Fundo Social. O regulamento está disponível em www.sicredi.com.br/nacomunidade/fundosocial.
Concentre-se em parcerias estratégicas e oportunidades que dependem da colaboração com outros, ariano. Evite decisões impulsivas nestes dias.
CÂnCer
Reflita sobre relações pessoais e familiares, buscando maior presença e intimidade, canceriano. Avalie o que precisa ser transformado para manter equilíbrio emocional e satisfação nas interações.
LiBrA
A organização financeira e também de papelada em geral está favorecida. Revise documentos, negocie compromissos e ajuste gastos. A comunicação exige cuidado.
CApriCÓrnio
É uma semana positiva para organizar finanças, papéis e rotina. As interações com amigos e colegas tendem a trazer inspiração e aprendizado. Planejamento e disciplina ajudam a alinhar objetivos.
Desespero profunDo
Ano: 2024
onde: HBO
Quando: 19/11 às 19h55min
Duração: 2h
Classificação: 14 anos
um grupo de desconhecidos com diferentes origens que acabam presos em meio ao Oceano Pacífico após o avião em que estavam cair na água. Sobrevivendo apenas graças a uma bolsa de ar e com o avião parado assustadoramente próximo a uma ravina, passageiros e tripulantes devem trabalhar juntos para enfrentar os perigos que os cercam por todos os lados. Além disso, ainda precisam lidar com o suprimento de oxigênio que está cada vez mais perto de acabar.
Editora: Matrix 06 junho 2025
Autor: Rogério Godinho
Páginas: 248
umA provA De CorAgem
Ano: 2024
onde: HBO
Quando: 20/11 às 19h15min
Duração: 1h48min
Classificação: 12 anos
A produção é baseada na história real de Mikael Lindnord (Wahlberg), um corredor de aventura que, em 2014, durante o percurso de uma das competições, encontrou um cachorro de rua e decidiu adotá-lo naquela que se tornaria sua corrida mais épica de todas.
Ao longo de dez dias e 435 milhas, um vínculo inquebrável é construído entre o corredor e cão chamado Arthur, resignificam os sentidos de vitória, lealdade e amizade.
LEITURA
Luiz Donaduzzi é um dos mais notáveis empreendedores do Brasil, cuja trajetória o levou a se tornar um gigante produtor de medicamentos genéricos do país.Donaduzzi, filho de agricultores, usou o conhecimento e o trabalho como prioridade.
Com dedicação e foco, ele se destacou no setor farmacêutico, aproveitando a oportunidade criada pela Lei dos Genéricos em 1999 para construir uma das maiores empresas de genéricos do país.
Com dedicação obstinada ao conhecimento e ao trabalho, tornou-se cientista e fundou a Prati-Donaduzzi, empresa que transformou o mercado farmacêutico nacional. Mais do que um empresário de su-
touro
Converse para alinhar expectativas, tanto no âmbito pessoal quanto profissional. Avalie compartilhamentos financeiros e reorganize rotinas domésticas, garantindo clareza e equilíbrio nos vínculos.
gÊmeos
LeÃo
Atenção à vida familiar e à rotina doméstica, leonino. Organize espaços e também o seu mundo emocional. Novas conexões afetivas podem surgir, mas é importante comunicar-se com clareza e paciência.
esCorpiÃo
Uma nova fase pessoal e profissional se inicia, escorpiano. Então vale priorizar o autocuidado, limites claros e planejamento financeiro. Aproveite para revisar hábitos e reforçar autoestima.
AQuÁrio
O foco maior está no trabalho e nos projetos de longo prazo. Aproveite oportunidades de visibilidade e para implementar mudanças estratégicas. Envolva colaboradores e parceiros em decisões importantes.
BAD Boys: Até o fim
Ano: 2024
onde: HBO
Quando: 21/11, às 19h10min
Duração: 1h55min
Classificação: 16 anos
O quarto filme da franquia vai mostrar como os detetives mais famosos de Miami, Mike Lowrey (Smith) e Marcus Burnett (Lawrence), enfrentam uma reviravolta dramática: agora, eles que são os mais procurados! A caça virou o caçador e com direito a um prêmio pela suas cabeças. Com uma mistura característica de ação eletrizante e comédia escrachada, os dois lutarão lado a lado contra tudo e contra todos até o fim para proteger a reputação do capitão Howard e limpar seus nomes.
cesso, Donaduzzi investe na construção de um futuro mais inclusivo e moderno.
Ele investiu em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PDI) na Prati-Donaduzzi. Além disso, sua paixão pela educação o levou a criar o Biopark, um parque tecnológico e científico em Toledo, Paraná, com o objetivo de transformar a sociedade por meio do conhecimento. O livro, escrito por Rogério Godinho, busca inspirar pessoas a inovar, alcançar objetivos e se reinventar, mostrando o impacto transformador do empreendedorismo e do conhecimento. A obra revela não apenas a saga de um visionário, mas também o impacto transformador de alguém que nunca perdeu a pressa de fazer o futuro acontecer.
Fonte: Personare
Ajustes na rotina, alimentação e exercícios físicos são favorecidos. Reforce o diálogo com pessoas próximas e organize planos para o futuro, revisando valores e prioridades.
virgem
A semana é propícia para divulgar ideias e projetos, estabelecer parcerias e revisar contratos. Cuide da sua saúde física e mental, mantendo atenção à segurança doméstica, virginiano.
sAgitÁrio
Aproveite os momentos de silêncio para o seu autoconhecimento e reflexão mais profunda. Atividades ao ar livre, arte e práticas físicas favorecem bem-estar e clareza mental.
peiXes
Os estudos, cursos e leituras são favorecidos estes dias, pisciano. Organize ideias, negociações e projetos profissionais. Viagens e planejamento futuro estão em pauta.
Divulgação/Four Comunicação
Fundo Social é composto por 2%
das sobras líquidas da cooperativa
Unisc projeta crescimento de 9% no número de alunos em 2026
reitor reeleito, rafael Henn, destaca ampliação de cursos e fortalecimento do modelo semipresencial como motores da expansão. universidade também amplia atuação nas áreas de saúde, meio ambiente e gestão pública
A Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) projeta um crescimento de 9% no número de alunos matriculados para 2026. A estimativa foi apresentada pelo reitor Rafael Frederico Henn, reeleito para mais uma gestão de quatro anos, durante balanço do atual mandato e apresentação das metas da nova administração. Atualmente, a instituição conta com cerca de 8 mil estudantes, sendo 6,2 mil em cursos de graduação. Segundo Henn, a projeção de expansão é considerada ambiciosa, especialmente diante do cenário nacional de queda nas matrículas presenciais. “Em 2025 crescemos 3%. Para o próximo vestibular, nossa previsão é de aumento de 9% no número de alunos, é um crescimento expressivo, considerando que o mercado brasileiro da educação superior ainda está em retração no presencial e expansão apenas no EAD”, observou.
O reitor destaca que a Unisc está preparada para aproveitar o novo
marco regulatório do ensino a distância (EAD) e do formato semipresencial. “Estamos muito bem posicionados, com 12 novos cursos sendo ofertados aqui em Venâncio Aires. Isso deve impulsionar o número de matrículas e reforçar nossa presença regional”, disse. Além da ampliação de cursos e da aposta em novos formatos de ensino, Henn salientou que a universidade seguirá diversificando suas fontes de receita, fortalecendo a prestação de serviços nas áreas de saúde, gestão pública e meio ambiente. “Quando assumimos, cerca de 94% da receita da Unisc vinha da graduação. Hoje, esse percentual está próximo de 80%, o que demonstra o avanço de outras frentes, como a Central Analítica, que inclusive abriu uma unidade em Primavera do Leste, no Mato Grosso”, explicou. O reitor também mencionou parcerias que têm fortalecido o papel da universidade nas comunidades onde atua, como o apoio
técnico a municípios atingidos por enchentes e a criação de centros de diagnóstico e capacitação. “Buscamos novas receitas não para transformar a Unisc em uma empresa, mas para garantir sustentabilidade e seguir investindo em ensino, pesquisa e extensão”, completou.
O processo eleitoral da Unisc foi realizado nesta terça-feira, 11, e contou com chapa única para todos os cargos da administração superior e básica. Henn e a vice-reitora Andréia Rosane de Moura Valim foram reconduzidos com 95,86% de aprovação entre docentes, técnicos, estudantes e representantes da comunidade. A posse da nova gestão ocorrerá em 11 de dezembro.
pessoas
Para os próximos quatro anos, o reitor destaca que o foco será também interno, com atenção especial às pessoas que fazem parte da universidade. Após um ciclo de intensa representação
institucional em esferas estaduais e nacionais, Henn planeja voltar o olhar para dentro da Unisc. “Nos primeiros quatro anos, tive uma atuação muito voltada ao externo, como presidente das universidades comunitárias, estive em Brasília, na Assembleia Legislativa, junto ao Governo do Estado. Agora, quero olhar mais para dentro, fortalecer nossa equipe e nossos talentos”, afirmou. O reitor também destacou a necessidade de planejar a suces-
são institucional, assegurando a continuidade da qualidade acadêmica e da pesquisa. “Há uma preocupação com a sucessão,não apenas do reitor, mas de professores, pesquisadores, gestores e líderes. Muitos docentes dos programas de mestrado e doutorado já estão próximos da aposentadoria, e precisamos planejar essa transição de forma estruturada. Esse será o foco central dos próximos quatro anos”, completou.
FB net lança campanha comemorativa pelos 20 anos e apresenta ações especiais para 2026
empresa anuncia série de iniciativas que reforçam a relação com clientes e a presença no Vale do taquari. evento de apresentação reuniu imprensa regional para divulgação do calendário de atividades dos 20 anos
A FB Net lançou na noite de quarta-feira, 12, sua campanha comemorativa pelos 20 anos de atuação. A empresa, que alcançará a marca em 2026, reuniu a imprensa regional para detalhar as iniciativas que marcarão o ano festivo.
Segundo o CEO Júnior Bohn, a história da empresa é construída sobre credibilidade e eficiência, especialmente evidenciada em momentos críticos, como as recentes enchentes, quando a empresa reforçou esforços para manter o Vale do Taquari conectado. Com sede em Venâncio Aires, a FB Net atende 15 municípios, conta com mais de 100 colaboradores, opera uma frota de 35 veículos, mantém dois data centers redundantes e possui cerca de 800 mil quilômetros de fibra óptica, alcançando aproximadamente 359 mil pessoas.
Para celebrar as duas décadas, a empresa lançou o slogan “FB Net 20 anos: tecnologia que aproxima, a escolha que você merece”, reforçando a conexão humana e a valorização dos clientes. Entre as ações anunciadas está a distribui-
ção da “nota comemorativa de 20 anos”, inspirada em uma cédula de dólar, que dará acesso a promoções, descontos e brincadeiras ao longo do ano.
Bohn explicou que o material terá papel central na interação com o público. “A gente vai usar essa nota nos próximos meses de várias formas, em promoções junto com
mascote da empresa, FB dog, foi apresentado durante o lançamento da campanha
vocês também. Quem tiver ela em mãos vai poder ganhar algum tipo de desconto, brinde ou participar de brincadeiras especiais. A nota é comemorativa, tem elementos criativos, um robô no centro e até a coordenada da nossa sede. A ideia é aproximar ainda mais o cliente da marca e tornar o ano dos 20 anos mais divertido”, afirmou.
A campanha também inclui o lançamento do novo mascote, o robô FB Dog, que acompanhará eventos, palestras e ações do programa Inspira FB, iniciativa que leva conhecimento sobre tecnologia a escolas, instituições e comunidades. Outro destaque são as quatro máquinas de pelúcia instaladas nas unidades de atendimento. Clientes que realizarem pagamentos em dia terão direito a tentativas para tentar capturar um brinquedo personalizado. De forma descontraída, o CEO comentou o funcionamento das gruas. “Desafiamos todos os nossos clientes a pegar o seu ursinho. As máquinas não são viciadas, podem ficar tranquilos. Em determinadas tentativas ela facilita
campanhas promocionais foram apresentadas na última semana
a jogada, então depende da habilidade e da sorte. Meu filho pegou na primeira tentativa — eu não consegui”, brincou. Ao longo do ano comemorativo, a
FB Net também sorteará 10 scooters elétricas entre clientes com assinatura em dia ou novos contratantes dos serviços.
corsan entrega certiFicados a prodUtores rurais que preserVam nascentes no município
A Corsan realiza, nesta quarta-feira, 19, às 15h, a entrega de certificados aos primeiros 30 produtores rurais participantes do programa Nascentes para o Futuro, iniciativa que busca promover a conservação das áreas de nascentes e fortalecer a disponibilidade hídrica na região. O evento será realizado na Câmara de Comércio, Indústria e Serviços (CACIVA), e marca mais uma etapa do projeto desenvolvido em parceria com a Unisc. Estruturado no modelo de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), o programa recompensa e oferece orientação técnica a produtores que adotam práticas de preservação, manejo e recuperação ambiental em áreas sensíveis, como nascentes e cursos d’água . Em Venâncio Aires, 30 propriedades já integram o projeto, e a meta é alcançar 50 produtores até o final do ano.
Bruna Lovato/AI unisc
chapa liderada por Henn e andréia conquistou mais de 95% dos votos
Guilherme Siebeneichler
Guilherme
VENÂNCIO AIRES REGISTRA DISPARADA NAS EXPORTAÇÕES EM OUTUBRO E
CONSOLIDA POSIÇÃO ENTRE OS GIGANTES DO COMÉRCIO EXTERIOR GAÚCHO
Negócios internacionais de Venâncio Aires acumulam alta de 112,5% no mês de outubro com mais de US$ 138,8 milhões em exportações. China segue como principal parceiro comercial do município
TRANSPARÊNCIA NA COP11
É inaceitável que, durante o credenciamento para a COP11 em Genebra, veículos de imprensa brasileiros tenham sido barrados sem justificativa, enquanto outros tiveram acesso liberado. Trata-se de uma medida arbitrária que fere a liberdade de imprensa e o direito da sociedade de ser informada sobre políticas públicas de grande impacto social e sanitário, especialmente em um evento financiado com recursos públicos. Esse tipo de restrição configura censura indireta e compromete a transparência, a pluralidade de vozes e a credibilidade das instituições envolvidas, mostrando que ainda há muito a avançar na defesa do jornalismo e da democracia. O movimento feito pela coordenação da Conferência das Partes coloca luz em um debate fundamental, onde a imprensa não tem acesso, podem estar ocorrendo ilegalidades. Seja qual for a justificativa para deixar de fora jornalistas do Sul, um evento da Organização das Nações Unidas precisa prezar pela transparência e liberdade de imprensa. Vamos seguir acompanhando todos os detalhes da COP11 e lutando por transparência em um evento público.
FUNDO DA SEGURANÇA
A Prefeitura de Venâncio Aires encaminhou à Câmara de Vereadores um projeto de lei, que deverá ser votado ao longo de novembro. A proposta cria o Conselho Municipal de Segurança Pública (COMSEP) e institui o Fundo Municipal de Segurança Pública (FUMSEP), destinados a fortalecer as políticas locais de segurança, ampliar a participação social e garantir recursos específicos para ações de prevenção à violência, modernização das forças de segurança e integração entre os órgãos atuantes no município. O COMSEP é instituído como órgão colegiado, de caráter consultivo, sugestivo e deliberativo, vinculado à Secretaria de Segurança Pública e Defesa Civil. O Conselho será composto por 12 membros titulares e seus suplentes, representando igualmente o Poder Executivo e a sociedade civil organizada. Já o fundo, será criado para integrar o orçamento municipal, suas receitas poderão vir de doações, transferências estaduais e federais, convênios, parcerias e outras fontes legais.
CENSO ANIMAL
A vereadora Alessandra Ludwig (PDT) apresentou na Câmara de Vereadores de Venâncio Aires indicação propondo a criação do Censo Municipal de Animais Domésticos. O objetivo é mapear cães e gatos no município, subsidiando políticas públicas de saúde, castração e bem-estar animal. O levantamento poderá ser realizado durante visitas dos Agentes Comunitários de Saúde, otimizando recursos. A iniciativa busca integrar dados de saúde e proteção animal, fortalecendo a cooperação entre poder público, ONGs e comunidade. A proposta visa tornar Venâncio Aires mais organizado e atento à responsabilidade compartilhada com os animais.
CARROS OFICIAIS
O vereador Eligio Weschenfelder (Muchila) apresentou à Câmara Municipal uma indicação sugerindo que os veículos oficiais do município sejam usados apenas durante o expediente. Ao final do turno, eles deveriam ser devolvidos no pátio ou garagem da Prefeitura, sem possibilidade de uso para deslocamento residencial. A proposta visa garantir eficiência, transparência e economia, reduzir custos com combustível e manutenção, evitar privilégios e prevenir o uso indevido de bens públicos. O vereador destaca que a medida reforça a integridade e a confiança na administração municipal.
Da família dos felídeos Olávo até poderia ser um bom animal de estimação, é gorduchinho, tem pêlos lisos, olhos escuros e cheiro de caramelo. Se não fosse o fato dele ser mais selvagem que seus outros parentes gatos. Olávo nasceu de uma cruza rara entre a astúcia e o tagarelismo. Sim, o Olávo é um gato falante! Suas orelhas são parabólicas e seus olhos binóculos, o Felis Catus do Olá Jornal tem, agora, a oportunidade de expôr suas convicções.
O mês de outubro trouxe resultados expressivos para o comércio exterior de Venâncio Aires. O município registrou US$ 138,8 milhões em exportações, um salto de 112,5% em relação ao mesmo mês do ano passado. O desempenho colocou a Capital do Chimarrão entre os destaques do Estado, reforçando o peso da economia local no cenário internacional. Este é o melhor resultado para o mês desde 2017. Além do forte crescimento nas exportações, o município obteve um superávit comercial de US$ 134,8 milhões no mês, impulsionado principalmente pela venda de tabaco, que continua sendo o carro-chefe da pauta exportadora local. Países como Bélgica, China e Emirados Árabes Unidos concentraram a maior parte das compras do produto venâncio-airense.
ACUMULADO
De janeiro a outubro de 2025, Venâncio Aires somou US$ 862,8 milhões em negócios internacionais,
Olá Tabaco representa mais de 95% das exportações de Venâncio Aires ao longo do ano
Janine Niedermeyer
um avanço de 14,8% na comparação com o mesmo período de 2024.
O resultado mantém o município como o quinto maior exportador do Rio Grande do Sul, consolidando sua relevância histórica no comércio exterior estadual.
A China segue como o principal parceiro comercial ao longo de 2025, com US$ 264 milhões negociados, o que corresponde a 30,6% de todo o movimento internacional da cidade.
Em seguida aparece a Bélgica, que totalizou US$ 135,6 milhões, equivalente a 15,7% do volume acumulado.
IMPACTO DO TARIFAÇO
Enquanto alguns mercados ampliaram suas compras, os negócios com os Estados Unidos sofreram retração significativa após a adoção de novas tarifas pelo governo de Donald Trump. As vendas para o mercado norte-americano caíram 38,4% no acumulado do ano.
Mesmo assim, o país ainda aparece entre os principais destinos, com US$ 58,8 milhões movimentados até outubro, valor que representa 6,8% do total.
A COP DA EXCLUSÃO: ESPECIALISTAS E CONSUMIDORES
DENUNCIAM FALTA DE ACESSO AO EVENTO ANTITABAGISTA
Evento paralelo à COP11 aborda a falta de transparência, diálogo e a redução de danos do tabaco não reconhecida pela OMS
“Definitivamente é a Cop da Exclusão”, afirma a especialista em controle do tabaco, Jeannie Cameron, sobre a 11ª Conferência das Partes (COP11) da Convenção-Quadro da OMS para o Controle do Tabaco (CQCT), que ocorre até o dia 22 em Genebra, Suíça. Por 10 anos até 2011, Jeannie foi responsável por aconselhamento mundial sobre todos os aspectos do tratado e do Protocolo da CQCT, incluindo as principais delegações para as negociações de Genebra. Mas hoje não é mais bem-vinda porque defende a abordagem de redução de danos do tabaco, que, embora prevista no tratado antitabagista, não é colocada em prática. Ela juntamente com outros especialistas globais e consumidores de todo o mundo, sem acesso aos debates, denunciam a exclusão em evento paralelo a COP11 realizado pelo Centro de Defesa do Consumidor da Aliança de Proteção ao Contribuinte. “Todas as outras COPs, a COP30, atualmente, sobre a mudança climática no Brasil todo mundo pode ser ouvido. Até na terça-feira, me convidaram para comentar nesta COP, em um painel, e aqui não temos nenhum envolvimento ou engajamento com esta COP, o que é uma tragédia. E eu vi, tendo sido envolvida por 20 anos, como isso se tornou menos e menos e menos. Então é uma exclusão verdadeira agora” declara Jeannie. Da mesma forma, os consumidores dos novos produtos de nicotina questionam a falta de diálogo e de reconhecimento da abordagem de saúde. “Quero enfatizar que a Suécia tem uma geração livre do fumo, a minha geração. Apenas 2,3% das pessoas entre 16 e 29 anos fumam diariamente. Compare isso com o resto da UE, onde a porcentagem é de cerca de 20%, ou
seja, uma em cada cinco pessoas” afirma a Diretora da Pouchers Conscientes da Suécia, Carissa Düring. Um grupo de defesa do consumidor de sachês de nicotina dedicado a promover um mundo livre de fumo e os direitos dos consumidores a produtos alternativos.
Com cerca de oito anos de experiência gerenciando grupos ativistas e trabalhando com movimentos de base, a supervisora de projetos e das relações com os parceiros da Aliança Mundial de Vapers, Liza Katsiashvili, defende o conhecimento dos consumidores. “Acho que quanto mais ideológicas são essas instituições de saúde, mais elas estão corroendo a confiança com o público. Os consumidores não devem ser tratados como pessoas estúpidas que não podem tomar suas próprias decisões.”
“Em vez de ouvir as pessoas reais que precisam desses produtos, a OMS desvia. Já passou da hora de eles trazerem contribuintes e consumidores para a conversa. É fundamental que o Good COP sirva como um fórum onde as pessoas possam conversar e ter desentendimentos. A COP11 não está sendo aberta e transparente para o público em sua busca pela
ideia rígida fracassada de proibição”, declara declara o presidente do Centro de Defesa do Consumidor da Aliança de Proteção ao Contribuinte, David Williams.
INEFICAZ
Para a especialista no controle do tabaco, Jeannie Cameron, a CQCT não é mais eficaz por estar sendo interpretada de forma errada e atuando de forma excludente. “Eu acho que o FCTC é um bom documento porque contém muitos direitos para consumidores e para a saúde pública, mas eles não são interpretados ou usados pelos governos. Então, não está funcionando porque não está sendo interpretado corretamente pelos governos, no sentido mais amplo. Agora há 20 anos. Se você ler cada palavra desse documento, há definitivamente direitos para a saúde pública, para os consumidores, para todos, para obter os mais altos níveis de saúde humana possível. Mas a interpretação e a clausura de algumas áreas e a decisão do governo de não implementar os elementos de redução de danos do tratado é onde está o problema”, afirma.
ESTUDO APONTA QUE COP DO TABACO ESTÁ FORA DE SEU PROPÓSITO E PRECISA DE REFORMA URGENTE
A Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT), principal tratado da Organização Mundial da Saúde (OMS) para enfrentamento do tabagismo, nasceu no início dos anos 2000 sob a promessa de coordenação global baseada em evidências, transparência e pluralidade científica. Vinte anos depois, porém, especialistas alertam que o tratado teria se transformado em um processo cada vez mais fechado, avesso à dissidência e resistente a inovações de redução de danos (RDT) impulsionadas pelos consumidores. Um artigo assinado pelo pesquisador do Centro Internacional de Direito e Economia, Roger Bate, lançado em Genebra nesta semana em paralelo a COP11, aponta que a CQCT, amplamente celebrada quando adotada em 2003, se afastou de seus princípios fundadores.
“O processo das Conferências das Partes (COPs) tornou-se opaco, com exclusão sistemática de cientistas independentes, jornalistas, grupos de consumidores e pesquisadores de métodos alternativos para administração mais segura de nicotina”, avalia. Esse fechamento, afirma Bate, não apenas prejudica a qualidade da tomada de decisão, mas gera um efeito cascata em outras agendas de saúde global.
PROMESSA E REALIDADE
A crítica sustenta que a CQCT, originalmente concebida para incorporar inovação e rigor científico, passou a marginalizar ferramentas de redução de danos, como vaporizadores, produtos de tabaco aquecido e nicotina oral, apesar de evidências crescentes de que esses produtos são significativamente menos nocivos do que o cigarro convencional e podem ajudar fumantes a abandonar o tabagismo. Em contrapartida, terapias farmacêuticas tradicionais de reposição de nicotina continuariam recebendo apoio institucional, mesmo com resultados menos efetivos no “mundo real”.
Para Bate, a questão não é a ausência de riscos, mas a necessidade de avaliar alternativas pelos resultados, não pela origem técnica ou pela ideologia regulatória. O que deveria ser um esforço global baseado em evidências teria se rigidificado em um modelo de controle centralizado e avesso à revisão científica. A crítica vai além do tabaco. Segundo o artigo, os padrões de sigilo, centralização e resistência à dissidência observados na CQCT foram replicados na resposta da OMS à COVID-19 e agora influenciam as negociações sobre um tratado global de pandemias e as propostas de revisão do Regulamento Sanitário Internacional (RSI).
REFORMA
O artigo defende uma série de medidas para restaurar a transparência e credibilidade ao sistema global de saúde, começando pela própria CQCT. Entre as recomendações estao abrir os procedimentos da COP, com sessões públicas e publicação integral dos documentos; oferecer evidências comparativas de redução de danos, reforçar humildade científica, com atualização de posições sempre que novas evidências surgirem e usar a redução de danos como modelo.
COP11 EM GENEBRA
Com o tema redução de danos em pauta na COP11, especialistas globais e consumidores acompanham o andamento do tema. Sem acesso ao evento, eles realizam debates paralelos para dar voz a quem não tem voz dentro da COP. Os especialistas estão desafiando a abordagem da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a redução de danos mostrando que não há ações neste sentido e o quanto isso é prejudicial para a saúde e compromete a finalidade do tratado. Eles lembram que a posição da OMS é sempre vista como um princípio orientador para os países de baixa renda, no entanto, tem havido uma relutância em introduzir políticas proporcionais ao risco quando se trata de produtos de redução de danos. Como ex-diretor de Políticas e Cooperação em Pesquisa da OMS, o Dr. Tikki Pangestu mostra como a Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT) ficou para trás em relação à ciência moderna, e por que sua estrutura defasada é mais importante do que nunca. “O modelo que o CQCT estabeleceu se espalhou para outras áreas, vemos isso com a COVID e o tratado sobre a pandemia. Cientistas dissidentes foram tratados como ilegítimos, ‘siga a ciência’ foi tratado como um slogan e não como um método”, afirma. Na visão do membro do Centro do Consumidor da Aliança de Proteção ao Contribuinte, Martin Cullip, a obsessão contra a indústria do tabaco está comprometendo os avanços. “A OMS se fechou em si mesma. Do outro lado, tudo o que dizem é ‘indústria do tabaco’; eles não querem admitir que as pessoas usam esses produtos e que isso é bom para a saúde pública.”
CREDIBILIDADE EM XEQUE
A mensagem é de que a CQCT simplesmente não está funcionando e que há uma necessidade vital de reforma. A pesquisa apresentada pelo acadêmico não residente do Centro Internacional de Direito e Economia, Roger Bate, evidencia esta defasagem. Pesquisador de políticas internacionais e domésticas de saúde, com um interesse especial em medicamentos, ele já foi conselheiro do governo sul -africano. Sua pesquisa mostrou que há um contraste com resultados práticos ao redor do mundo. Mesmo diante de resistências institucionais, consumidores continuam adotando produtos de risco reduzido em países que regulam o setor de maneira proporcional. O artigo cita o Reino Unido, onde o aumento do uso de cigarros eletrônicos acompanha queda contínua nas taxas de tabagismo; o Japão, que registrou redução acentuada nas vendas de cigarros após a expansão dos produtos de tabaco aquecido e a Suécia, próxima de se tornar o primeiro país “livre de fumo” da Europa, impulsionada por alternativas como nicotina oral. Esses casos, argumenta Bate, mostram que, quando adultos têm acesso a substitutos menos nocivos, as taxas de tabagismo caem mais rápido, e sem coerção estatal.“As políticas devem ser avaliadas pelas taxas de abandono do tabagismo, e não por se adequarem a uma narrativa conveniente”, avalia. Com isso, sua conclusão é de que o tratado não está cumprindo com sua missão de atender os países, mas sim, a si mesmo. “A OMS não está concorrendo em benefício de seus Estados-membros, mas sim em benefício de seus interesses.”
LATINOS
Em todo o mundo, produtos de nicotina de menor risco ajudaram milhões de pessoas a trocar o tabaco convencional por alternativas mais seguras. A agenda da OMS na COP11 tem o potencial de prejudicar esse progresso. Essa medida afeta negativamente o progresso nos países latinos que possuem grande densidade populacional, como o Brasil, por exemplo, com cerca de 200 milhões de habitantes e 20 milhões de fumantes, e que tem adotado políticas restritivas. A doutora em Biologia Celular e Genética pela Universidade Autônoma de Madri, Carmen Escrig, alertou para uma proibição sistêmica nos países a partir de uma regulamentação rigorosa. Ela também é fundadora, coordenadora e consultora científica de diferentes organizações relacionadas à Redução de Danos ao Fumo, como a Plataforma Médica Espanhola para Redução de Danos ao Tabaco, composta por cerca de 30 médicos, professores e profissionais de saúde, bem como a Associação Espanhola de Usuários de Vaporizadores Pessoais (ANESVAP). “As regulações estão sendo utilizadas como proibição disfarçada”, avalia.
Janine Niedermeyer
Especialistas e consumidores abordam redução de danos e exclusão da COP11
Bate: processo da COP tornouse opaco e precisa de reformas Janine Niedermeyer
