O Jornalzão, edição 1061

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O JORN ALZÃO - E D . 1.061 - 20/08/2016

CRÔNICA DA SEMANA

COLUNA GOSPEL

Daniel Almada

por Rogério Moscardini

Tímida fúria

A mais fatal das doenças

As palavras me saem como búfalos em tímida fúria. Às vezes, ou sempre, o verbo descabe na intenção, e me conformo na disformidade do escrito. É assim? Foi assim? Sempre será assim? Não sei do caminho a metade, e desconheço o cheiro de sua superfície azulada. O que vale mesmo no contexto talvez sejam, apenas, aqueles momentos antes da escrita nos quais sou inteiramente ausência centrada em mim.

A SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave) foi identificada em 2003, no Vietnã. Antes de ser controlada, a SARS se espalhara pelo mundo matando cerca de 800 pessoas. Houve alto índice de mortalidade porque o vírus não era reconhecido inicialmente. Mas uma vez reconhecido, o vírus foi contido. Há uma doença mais perigosa que toma conta do mundo - o pecado. E também é de difícil controle, pois muitas pessoas não reconhecem sua letalidade. E muitos debatem o que a Bíblia reconhece como pecado. Em Josué 7, lemos a trágica história de Acã. Podemos recuar á vista do tratamento extremo que Deus lhe deu. Contra a ordem de Deus, ele tinha escondido alguns despojos de Jericó em sua tenda. Ele e toda sua família pagaram o erro com suas vidas. Felizmente, Deus não nos trata dessa mesma maneira. Se Ele o fizesse, ninguém sobreviveria. No entanto, não podemos subestimar o perigo mortal do pecado. Foi o que levou Jesus até a cruz por nós. Assim como a SARS, o primeiro passo para lidar com o pecado é reconhece-lo pelo que ele é. Receba com gratidão a dádiva da vida eterna. Então "fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena" as coisas egoístas que desagradam a Deus (Colossenses 3:5). Essa é a maneira de lidar com a mais mortal das nossas doenças. Pecado é uma doença da alma que pode ser curada somente pelo Médico dos médicos.

ARTIGO

Campanha Olímpica Chico Alencar Bem que as Olimpíadas, que vão conviver nesta semana com o início da campanha eleitoral municipal brasileira - para prefeitos e vereadores de 5.570 municípios! -, podiam inspirar nosso(a)s candidato(a)s. A "corrida eleitoral" é de tiro curto: 45 dias. Subirá ao pódio quem conquistar mais votos, mas Sua Excelência o(a) eleitor(a) não anda muito motivado com a disputa: o 'doping' das falcatruas e hipocrisia faz a política ser vista como mera politicagem. As bandeiras partidárias, muitas carregadas por mãos contratadas, são diferentes da Olímpica, embora devessem se inspirar nos anéis de várias cores, símbolo da diversidade. Essa que incomoda autoritários e conservadores de todo tipo. A chama olímpica poderia estimular os que entram no pleito a ter o essencial: valores (não financeiros!), ideais, projetos, propostas. Sem o fogo do 'vir a ser', de uma outra sociedade possível e necessária, a política se corrompe. Seria bonito vigorarem os princípios olímpicos do respeito, da honestidade e da excelência (em fazer Política com 'P' maiúsculo) na disputa que culminará em 2 de outubro, com a eleição de cerca de 64 mil vereadores e prefeitos. E perdurarem nas 92 cidades com mais de 200 mil habitantes onde houver 2º turno para prefeito. Disputa dura, acirrada, com explicitação de divergências não significa baixaria e jogo sujo. Mas isso tem sido a regra, bem distante da contenda com 'fair play'... Os Jogos Paralímpicos transcorrerão em plena campanha. Também seus princípios deviam inspirar os que almejam representar a população dos municípios: coragem (de dizer a verdade), determinação (dos que agem movidos por ideias e causas, e não por interesse mesquinho de poder, prestígio e dinheiro), inspiração (que só a dimensão generosa da cidade que queremos traz) e igualdade - ainda que as condições da disputa eleitoral, pela nova lei, fruto de articulação de Eduardo Cunha com Rodrigo Maia, sejam extremamente desiguais. Sua face mais obscura é tirar dos debates os candidatos que não tenham o apoio de 10 deputados federais. Em campanha, alguns pedem até ajuda aos santos. Mas eles, ao invés de "dar uma forcinha", trazem é alertas muito oportunos aos candidatos (aliás, acredite, a palavra vem de 'cândidos', isto é, alvos, puros!). Muitos ficariam em apuros ouvindo a pregação de São Basílio: "tornaste-te um explorador ao apropriar-se dos bens que recebeste para administrar". Mas há os que ainda se sensibilizam com a denúncia de Santo Agostinho: "removida a Justiça, o que são os reinos senão um bando de ladrões?". Amém!

VERSO E PROSA por Evandro Junior Temporal de Segunda assusta e causa prejuízo Será que o homem lá em cima anda nervoso? Tem gente que não cria juízo Menor é preso com grande quantidade de drogas A juventude perdida No Mundo escuro se joga A Cultura bem aplicada traz grande benefício Que a música que toca a Alma seja o único vício Tem o lado positivo Menos mal assim Vem aí Ramal Cultural Com Coletivo Biquirim Banda Filarmônica disputa o Tetra Campeonato Santa Rosa é berço de Talentos Natos E vem Concurso de Talentos com vaga pro Miss São Paulo Nossas mulheres na passarela buscando um grande salto Ainda falando em Salto tem João Paulo o peão Vai saltar em Touros na Festa do Barretão E eu aqui em casa, pulando tão baixinho Sábado de manhã começou cheio de Espinhos A Esposa já gritou: O Sr do verso Vai consertar o Chuveiro É a décima vez que peço...


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