O Jornaleiro - 002

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Campo Limpo Paulista

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Ano I * Edição 2 * Agosto de 2013

O prazer da leitura IMAGEM: O Jornaleiro

Atualmente, a biblioteca da Faccamp conta com um acervo de mais de 35 mil livros

Faccamp 5

Criada em 1998, a biblioteca tem como objetivo facilitar o acesso à informação e oferecer ao usuário atendimento satisfatório, imprescindível para fortalecer o processo de ensino, aprendizagem, pesquisa e extensão.

Região 2

SESC Jundiaí pode ficar pronto no segundo semestre de 2014, dois anos após o previsto inicialmente.

Faccamp 4

Iniciação Científica pode trazer benefícios para a vida acadêmica e também para a vida profissional.

Cotidiano 8

Crônica fala sobre o preconceito racial que atinge, todos os dias, os “heróis” do nosso cotidiano.

EDUCAÇÃO

ENTREVISTA

Confira algumas dicas e orientações para estar preparado para o Exame Nacional do Ensino Médio de 2013. Página 6

O lutador, Antônio Lopomo, o popular Pitico, contou para O Jornaleiro, como foi ganhar o sétimo título nacional de Jiu Jitsu. Página 3

FACCAMP

VARIEDADES

Lojas colaborativas: um jeito novo de investimento rentável que está ganhando o público na nossa região. Saiba mais. Página 7


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Ano I * Edição 2 * Agosto de 2013

região

SESC Jundiaí em 2014

As obras do Serviço Social do Comércio têm previsão de entrega para o segundo semestre do ano que vem

BRUNO GALIEGO, SEGUNDO SEMESTRE - JORNALISMO

J

undiaí está prestes a receber um local que mescla esporte, cultura e entretenimento na medida certa para a população. O Serviço Social do Comércio (SESC) terá suas obras concluídas somente em 2014. Diferente do que se previa inicialmente – que a construção seria entregue no final de 2012 – a conclusão da unidade ganha nova previsão: segundo semestre do próximo ano. As negociações para a abertura de uma unidade do SESC em Jundiaí duraram aproximadamente 10 anos e finalmente tudo está caminhando de forma correta para que o cidadão de Jundiaí e região desfrutarem dessa grande estrutura do sistema “S” na cidade. Em nota dada ao site jundiaí.com.br o coordenador da assessoria técnica e de planejamento do SESC, Sergio José Batistelli, afirma que foram necessários alguns ajustes para complementar a obra. “Uma mudança foi na cobertura do ginásio e outra na capitação de água, então teve de ser feita uma adaptação do projeto”, adianta. A questão ambiental teve foco especial durante as obras, Leandro Ranieri, também membro da assessoria técnica e de planejamentos enfatizou que “o SESC sempre primou pelas questões ambientais”, disse. “Desde o final dos anos 80 nossas unidades já contavam com a acessibilidade universal, antes da Norma Técnica Brasileira padronizar soluções, a economia de água e de energia elétrica, também vem sendo adotada, através de sistema e dispositivos economizadores, do reuso da água de chuva, sistemas

IMAGEM: Sincomercio Jundiaí

NOS EIXOS:

Modernização e meio ambiente são prioridades nas obras do SESC Jundiaí. de supervisão predial, dentre ou- “Procuramos sempre ter os mais tros mais complexos que fazem atuais programas desenvolvidos parte da política de sustentabilidade pelo Regional, assim todas as do SESC SP e que estarão presentes adequações programáticas foram no SESC Jundiaí, sempre acompa- sendo incrementadas no pronhados de ações educativas que es- jeto original de forma que a unitendam estes conceitos inaugurada “O SESC tem tudo dade a comunidade”. seja a mais moderna O local possui uma para se tornar um em termos de provasta área verde e ponto forte na gramação e na tecum visual extremanologia embarcada”, mente agradável. O cultura de Jundiaí” ressalta Leandro. prédio tem 23 mil m², possui Outras novidades foram adiciopiscina, ginásio com tratamento nadas, tais como: pista de skate, acústico, um teatro para 240 pes- quadra de squash e mini campo soas, salas de esporte, ginástica com grama sintética. Vale destacar de múltiplo uso e consultórios que nem todos os SESC’s possuem odontológico, que também é al- essas opções de atividades. Um amternativa no SESC. A moderni- plo estacionamento também está zação, qualidade e tecnologia são previsto, para que os frequentadopontos fortes da obra, do início res possam aproveitar sem se preoaté agora, alterações foram feitas; cupar com questões de segurança.

Aquecimento No segundo Domingo (9) do mês de Junho, o Circuito SESC de artes trouxe para Jundiaí o rapper Rashid, que dividiu palco com a banda Projeto Nave. O show gratuito movimentou boa parte dos jovens de Jundiaí e região. No mesmo dia, as artes cênicas foram representadas pela Cia. da Tribo com a peça “Casos Cascudos” que teve direção de Wanderlei Piras. A arte Circense foi comandada pela Cia. manoAmano (ARG), que foi criada em 2010 por Ana Clara Manera e Martin Umerez. Mesmo sem nem se quer estar pronto, o SESC já está fazendo a cara da população que busca cultura e esse evento serviu de prévia do que está por vir. O que resta agora é aguardar pacientemente até a população ter acesso ao local para aproveitar o máximo possível, pois nossa região está totalmente carente de espaços que nos tirem um pouco da rotina. Opinião de quem sabe das coisas “O SESC tem tudo para se tornar um ponto forte na cultura de Jundiaí, com atrações diversificadas e preços populares. Espero que venha valorizar os artistas da região. O SESC é conhecido não apenas por suas apresentações, mas também pela diversidade de oficinas, cursos, disponibilizando conhecimento com qualidade. Com a tradição que o SESC tem, Jundiaí também virá a se beneficiar com isso. Espero com a maior expectativa que com essa abertura, o Sesc mostre a força que tem pra essa região”. Tai Montana, artista de rua e membro do grupo FANS

EXPEDIENTE:

Órgão Laboratorial do curso de Comunicação Social da Faculdade Campo Limpo Paulista (Faccamp), produzido pelos alunos de Comunicação Social de 2013

Editor Chefe: Prof. Felipe Schadt - MTB 64231 Produção: Equipe do O Jornaleiro

Diretora: Profª. Patrícia Gentil Passos Vice-Diretor: Prof. Nelson Gentil Coordenadora do curso: Profª Leni Pontinha

Agosto de 2013 Tiragem: 1.500 exemplares

Rua Guatemala, 167 - Jardim América - Campo Limpo Paulista-SP - CEP: 13231-230 - www.faccamp.br - www.comuniquetres.com.br - www.facebook.com/ojornaleiro


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Hepta campeão entrevista

Atleta apoiado pela Faccamp já ganhou o campeonato brasileiro de Jiu-jitsu sete vezes ANDERSON CRUZ, QUARTO SEMESTRE - JORNALISMO

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esconhecido por grande parte dos moradores da região, Antônio Lopomo, o popular Pitico, está longe de ser parado na rua como os grandes nomes do esporte no país. Mas embora não exista esse reconhecimento, Pitico, representa muito bem a região, nacionalmente e até internacionalmente. São nada mais, nada menos que sete títulos brasileiros e quatro mundiais. Esta edição de O Jornaleiro traz, com exclusividade, um bate papo com esse grande campeão, que representa tão bem nossa região. O Jornaleiro: Como foi a conquista de cada um dos seus sete títulos brasileiros, algum deles teve sabor especial? Pitico: “Realmente ganhar sempre é bom. Eu lembro de todos os títulos, todos os campeonatos. Comecei ganhando o primeiro na faixa azul, depois ganhei na roxa, não ganhei na marrom e todos os outros foram na faixa preta, mas o primeiro realmente a gente nunca esquece. Foi de uma emoção muito grande e lembro que foi no Rio de Janeiro.” Quais foram suas experiências internacionais? “Eu disputei o pan-americano, que acontece sempre nos EUA, organizado pela CBJJ e é um campeonato muito grande e importante e eu o disputei por duas vezes. Numa delas eu fui muito bem, mas acabei perdendo nas quartas de final e no segundo eu fui campeão. Depois lutei o sul-americano, que também é um campeonato muito grande, ganhei também. Disputei seis mundiais e consegui ganhar quatro, mais um terceiro lugar e um segundo.”

EM EQUIPE:

Pitico em treinamento com alunos Quem é sua referência no jiu-jitsu? “Temos vários bons atletas e hoje eu gosto muito do Leandro Io. Eu tive a oportunidade de treinar com ele desde criança. Desde que ele tinha 12 anos de idade a gente já treinava junto. Ele veio aqui no meu tatame, treinou com todos os meus alunos e hoje ele é o grande nome internacional, na capa de todas as revistas e a referência no jiu-jitsu. Converso muito e ainda treino de vez em quando com ele.” Como fica a família quando você sai para a competição? “Os treinos mudam muito nas vésperas de campeonatos: 45 dias antes de qualquer campeonato a gente entra em outro tipo de treino, é um treinamento mais forte, muito mais desgastante e a família sente isso, a gente chega muito cansado, muito desgastado, machucado em casa. Então quer dizer, todo mundo colaborando com esse sacrifício, todo mundo fica esperançoso e aflito com o momento da gente colocar a prova tudo aquilo que foi preparado nos 45 dias para a luta.”

Pitico e seus alunos posam para foto após treinamento em Campo Limpo

Quando, onde e como você começou a prática do esporte? “Olha, acho que como eu, existem muitos que se inspiraram da mesma maneira, que foi através da Família Gracie com a criação do Vale-Tudo, as primeiras edições do UFC. Quando eu vi aquilo, um magrinho de 78 kg, que era o Royce Gracie, batendo nos grandões musculosos de 120 kg, pensei: ‘O que pode ser isso aí?’ Eu, até então, achava que Kung-fu era o melhor, vendo o Bruce Lee nos filmes. Quando eu vi que na realidade o jiu-jitsu era muito eficiente, ai sim eu fui atrás de querer fazer aquela arte. Queria para mim aquela invencibilidade: fui atrás e comecei a treinar em Jundiaí há 17 anos. Eu me identifiquei demais com a arte marcial e comecei a dar aulas depois de de cinco anos. Também comecei a competir cedo e não parei até hoje, ou seja, o jiujitsu faz parte da minha vida.” Para finalizarmos, qual a importância de um patrocínio como o que a Faccamp lhe proporciona? “Olha, o patrocínio é muito importante. O jiu-jitsu, como a maioria dos esportes, é muito caro. Para você poder competir e ser um atleta de ponta, você tem que ter um investimento pesado. Tem que ter treino, alimentação, preparação física e toda suplementação alimentar. Isso tudo depende de dinheiro, tempo e condições, ou seja, muitas vezes alguns atletas teriam tudo para serem verdadeiros campeões, mas por falta de um patrocínio, por falta de uma condição financeira, isso tudo é barrado. A Faccamp me ajuda muito e gente só consegue conquistar esses campeonatos porque existem essas parcerias, como a que a Faccamp tem comigo

IMAGENS: O Jornaleiro


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Iniciação Científica faccamp

Tal prática traz inúmeros benefícios, não somente para a vida acadêmica, mas também para o lado profissional JHULLY BAPTISTA, SEGUNDO SEMESTRE - JORNALISMO

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uturos “cientistas malucos”. rea e o pró-reitor de pesquisa da É o que a maioria das pes- Unicamp (Universidade Estadual soas pensam quando se fala de Campinas), Daniel Pereira, a em iniciação científica, mas ao Iniciação Científica garante mais contrário do que muitos acham, visão de mundo ao estudante, intal prática (que abrange diver- centiva a participar de eventos e sas áreas do conhecimento) traz congressos sobre sua área de esinúmeros benefícios, não so- tudo, melhora a concentração e mente para a vida acadêmica, mas organização; ou seja, ensina na também para o lado profissional. prática o estudante lidar com imA Iniciação Científica nada mais previstos, estimula o desenvolvié do que um programa que tem mento do espírito crítico e da por objetivo atender alunos, prin- criatividade. Além disso, permite cipalmente dos cursos de gradu- maior troca de informações entre ação, orientados por professores alunos e professores. e pesquisadores exA Faccamp ofeIniciação Científica perientes, colocandorece a seus alunos garante mais os em contato com a oportunidade de grupos de pesquisas e visão de mundo ingressar em ativiincentivando-os a addades de Iniciação ao estudante quirir conhecimento Científica e possui em técnicas e métodos científicos. um regulamento que estabelece a No começo esse programa tinha política de participação dos alunos como meta despertar novos ta- no programa. O interesse tem se lentos para ciência, mas hoje manifestado principalmente nos segundo especialistas como o cursos de Computação, porém há chefe de departamento de pes- alunos de outros cursos também quisa da Univali (Universidade dentro das atividades de pesquisa, do Vale do Itajaí), Rogério Cor- como é o caso da aluna de Licen-

IMAGEM: GABRIELA CAUZZO

ALUNO CIENTISTA:

A Faccamp oferece oportunidades de Iniciação Científica a seus alunos ciatura em Química, Silvia de Assis Marchesini que está na sua segunda experiência no programa (cada uma com um semestre de duração). Ela diz que conheceu a Iniciação Científica através de uma professora do curso que, percebendo interesse de mais alunos, abriu algumas propostas de temas com quatro professores diferentes. Ela achou interessante, pois ganhou mais experiência em análises químicas e está tendo uma base mais sólida para construir seu tra-

Comece o semestre com o pé direito

balho de conclusão de curso, além de melhorar o currículo e adquirir muito conhecimento. Se você, aluno da Faccamp, tiver interesse em ingressar num projeto de Iniciação Cientifica, procure um professor do seu curso que realize atividades de pesquisa e converse com ele a fim de formarem um projeto sobre algum tema de interesse em comum e apresente para a coordenação para aprovação. Até porque, de cientista e louco todo mundo tem um pouco

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om o início de mais um semestre, começa a correria e a experiência de novas matérias e novos conhecimentos. Uma parte do futuro de cada um sendo traçada e chegando cada vez mais próximo ao seu objetivo. Para aqueles que iniciam o curso no segundo semestre do ano, há um pouco de medo, vergonha e insegurança ao entrar em um ambiente com uma turma já formada, como acontece com

dezenas de alunos todos os anos. Como no caso da aluna Bianca Andrade (19), que cursa Engenharia Civil na Faccamp. “Tive que mudar de faculdade por causa do transporte. Já estava cursando Engenharia Civil em outro lugar e no começo foi meio estranho porque além de já estar acostumada com a antiga turma, estava acostumada também com o ensino da outra faculdade", disse Bianca. Ao ser questionada se teve medo

das mudanças, ela disse que não “Com medo não fiquei, só entranhei o início, mas agora estou me adaptando com as pessoas da minha nova sala e ao método de ensino.”, explicou. As férias já se foram, o foco agora é estudar, se manter em algum círculo de amizade, não ter vergonha de questionar em sala de aula, dar o melhor de si e aproveitar todas as oportunidades. Que esse semestre seja produtivo para todos

IMAGEM: Divulgação

BRUNA COSTA, SEXTO SEMESTRE - JORNALISMO


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Ano I * Edição 2 * Agosto de 2013

Ler é um prazer faccamp

A biblioteca da Faccamp, criada desde 1998, está de portas abertas esperando por você PRISCILA RODRIGUES, QUARTO SEMESTRE - JORNALISMO

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abemos que existem pessoas apaixonadas por leitura, uns preferem romances longos, com mais de uma edição para devorálos a cada lançamento, outros gostam apenas de pegar um gibi para leitura rápida já que não há nada pra fazer. Mas além de ler somente por prazer, precisamos saber que a leitura pode nos trazer benefícios talvez nem imaginados pelos que não costumam ler. Segundo o Ministério da Educação (MEC) e outros órgãos ligados à educação, a leitura desenvolve o repertório, pois é uma forma de ter acesso às informações e, com elas, buscar melhorias para você e para o mundo. Ela também amplia o nosso conhecimento geral, pois além de ser envolvente, a leitura expande nossas referências e nossa capacidade de comunicação. E algo muito importante é que a leitura pode mudar a sua vida, pois quem lê desde cedo está muito mais preparado para os estudos, para o trabalho.

IMAGENS: GABRIELA CAUZZO

A biblioteca desempenha um papel fundamental na sociedade como centro disseminador da informação e por esta razão atende não só a comunidade acadêmica, mas a todos os segmentos da sociedade que necessitam da informação para seu desenvolvimento. Agora que sabemos os benefícios da leitura para o desenvolvimento pessoal, é hora de conhecer um pouco sobre a biblioteca da Facul- BOA LEITURA: dade Campo Limpo Paulista que Biblioteca da Faccamp oferece um ótimo espaço para leitura de seus livros possui um acervo extenso e para periódicos especializados, teses, los livros que os professores petodos os públicos. Ela foi criada em 1998, e destina- monografias, revistas semanais, dem em sala de aula”, completou. se ao corpo docente, discente e jornais, CDs e DVDs. A recupe- A biblioteca possui regulamenração da informação tos como, por exemplo, referente administrativo da A biblioteca é facilitada pela in- ao atraso na devolução, onde é Faccamp. Tem como de cobrada uma multa no valor de objetivo facilitar o desempenha um formatização serviços. Con- R$ 1,00 (um real) por dia e por acesso à informação papel fundamental seus sulta feita através de obra, e também quanto a extravio e oferecer ao usuário na sociedade catálogos como au- ou danos ao material que cabe ao atendimento sator, título e assuntos. usuário providenciar a reposição tisfatório imprescindível para fortalecer o pro- Questionada se o acervo da bi- ou indenização à biblioteca. Mas cesso de ensino, aprendizagem, blioteca auxilia os alunos naquilo isso não é desculpa para deixar de que é necessário, Karen de Faria frequentar a biblioteca e ampliar pesquisa e extensão. Atualmente, ela conta com um Simoni (20), funcionária da bi- seu conhecimento certo? Ler é um acervo de 35.000 livros, além de blioteca da faculdade, respondeu hábito que se reflete no domínio positivamente. “Eu acredito que da escrita. Ou seja, quem lê mais sim, temos um acervo com uma escreve melhor e vive melhor quantidade boa de livros, cerca de 31 mil volumes e é raro o aluno sair da biblioteca sem nenhum livro referente ao assunto que ele estava precisando”. E quanto ao interesse dos alunos pelos livros da biblioteca, Karen foi taxativa. “Há certo desinteresse da maior parte dos alunos. Pela quantidade de discentes que temos na faculdade, são poucos os que frequentam a Modernizada, a Biblioteca biblioteca à procura de livros de conta com controle de literatura, por exemplo, a maior A Biblioteca da Faccamp conta com um acervo de cerca de 35 mil livros acesso através das catracas. parte da procura dos alunos é pe-


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Ano I * Edição 2 * Agosto de 2013

Educação

A um passo da faculdade Em 2013, 7,8 milhões de pessoas inscreveram-se para o Exame Nacional do Ensino Médio, o ENEM KARINA BRASIL, SEXTO SEMESTRE - FÍSICA E MATEMÁTICA

P

ara ter sucesso no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), é preciso se preparar. Com base no currículo do ensino médio. o Ministério da Educação (MEC) descreve em seu site a matriz de referência do conteúdo exibido do ENEM. O ponto forte da prova é a competência leitora, com o objetivo de medir a capacidade dos alunos para entender o que estão lendo nas perguntas. Outro ponto exigido é a interdisciplinaridade, o aluno precisa relacionar os conhecimentos de várias matérias. Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), a prova do ENEM possui cinco capacidades básicas definidas pelo MEC: Domínio de linguagens; Compreensão e interpretação de fenômenos; Solução de problemas; Construção de argumentação; Elaboração de propostas.

foi acrescido uma hora 13h as 18h30. Neste ano, as provas serão realizadas no final de semana dos dias 26 e 27 de Outubro das 13hs às 17h30 e das 13hs às 18h30, respectivamente. Os locais e salas de prova serão informados através do cartão de confirmação de inscritos, que será disponibilizado pela internet e entregue pelos correios. Os gabaritos oficiais do ENEM 2013 serão divulgados até o dia 30 de Outubro, enquanto o resultado é esperado para o final de Dezembro.

A PROVA Até 2008, o exame tinha apenas 63 questões, além da redação. A partir de 2009, ele quase triplicou passando a ser composto de uma redação e mais 180 questões objetivas de múltipla escolha, dividida em quatro partes de 45 questões para cada ala do conhecimento. Em linguagens, códigos e suas tecnologias: aborda conhecimento de língua portuguesa, literatura e língua estrangeira moderna (Inglês ou Espanhol); em Ciências humanas e suas tecnologias abordase a geografia, história, filosofia e sociologia; Ciências da natureza e suas tecnologias: aborda biologia, química e física; já a área de conhecimento “Matemática e suas tecnologias”, exige conhecimentos sobre matemática e a relação dessa matéria com problemas cotidianos. Em 2012, a prova foi realizada em 3 e 4 de Novembro. No primeiro dia, Sábado, o horário foi das 13h as 17h30. No segundo dia, domingo, além das 90 questões, houve a redação e por isso, para a realização da prova

NO DIA DA PROVA Horário: Respeitar o horário estabelecido. Nos dois dias, as provas serão realizadas no mesmo local. Os portões de acesso aos locais da prova costumam ser abertos 12h e fechados 13h. O que levar: É obrigatório o uso de caneta esferográfica de tinta preta de material transparente. Durante a prova é proibido usar lápis, lapiseira ou borracha e qualquer equipamento eletrônico. Não esqueça: De levar o cartão de confirmação de inscrição e a carteira de identidade.

INSCRITOS Em 2010 foram aproximadamente 4,6 milhões de inscritos, em 2011 foram aproximadamente 6 milhões e 2012 foram aproximadamente 5,79 milhões de inscritos para realizar a prova do ENEM. Este ano esse número aumentou para 7,8 milhões de inscritos.

PALESTRA No dia 17 de junho, o professor da faculdade de Campo Limpo Paulista Antônio Carlos Camacho, conhecido popularmente por Toninho, fez uma palestra para os alunos da Escola Estadual Maria de Lourdes Silveira de França, abordando a Matemática no ENEM e a importância da prova para uma vaga na Faculdade ou Universidade. A palestra contou com 60 alunos

PALESTRA:

IMAGEM: KARINA BRASIL

Professor Antônio Carlos Camacho palestrando para alunos da rede pública


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Ano I * Edição 2 * Agosto de 2013

variedades

Lojas colaborativas Uma nova geração de investimentos que começa a fazer sucesso na região

CLÁUDIO LEAL, SEGUNDO SEMESTRE - PUBLICIDADE E PROPAGANDA se várias caixas de diversos tamanhos, cada uma representando uma marca diferente. Ou seja, são pequenas lojas existindo juntas em um mesmo espaço. E quanto menor o nicho, menor o valor cobrado pelo aluguel. Nesse cenário de novidades, foi inaugurada uma loja em Jundiaí, no mês de junho. Localizada na Rua do Retiro, comercializa produtos de vestuário masculino, feminino e infantil, eletrônicos, sapatos, roupas íntimas, peças de decoração, louças, aventais, materiais de prata, artesanatos, pet e ecobags. Os preços variam de R$3 a R$800. Vale observar que as coisas vistas em feiras contemporâneas são os produtos que encontramos em lojas assim. Contudo, por não serem itinerantes, as lojas colaborativas possibilitam um período de tempo maior para apreciação. Para promover visitas, a loja de Jundiaí desenvolveu atrativos com agrados juninos em sábados alternados durante os meses de junho e julho. O público se deparou com vitrines que não são comerciais, mas conceituais, e um ambiente decorado pelo artista jundiaiense Rafael Cirino, que utiliza luminárias e cartazes. Renata Meccatti (33), formada em Design de Moda, e Ludmila Durães (26), IMAGEM: Reprodução

Além de um novo conceito, é também uma forma de investimento

DE TUDO:

Lojas colaborativas conseguem atender todo tipo de público em um único lugar

formada em Administração, são as sócias dessa loja. Segundo elas, o espaço é um verdadeiro conjunto de informações: recepção, encontros, entretenimento e ações culturais. São 47 nichos de expositores que possuem contratos de 3 meses, cujo valor de 10% sobre as vendas fica para a confecção de cartões e embalagens, marketing e, principalmente, pagamento de impostos. O lucro obtido fica por conta da locação do espaço.

Para os que se interessarem pelo ramo, não resta dúvida de que as lojas colaborativas possuem, por si próprias, uma perspectiva de expansão muito grande. Ludmila e Renata deixaram a dica. “A identidade da loja colaborativa é marcada pela variedade de estilos. Agradar aos mais variados gostos deve ser a missão de quem entra para esse segmento. Hoje, a probabilidade de sair da loja com a sacola vazia é nula”

Ateliê Casarão

SILVIO ROMÃO “RAMONES”, SEGUNDO SEMESTRE - RÁDIO E TV

C

om o slogan “O Ateliê Casarão não é um espaço alternativo mas, uma alternativa de espaço”, o ator, poeta e palhaço Cláudio de Albuquerque, vem mostrando que o Casarão não é só um espaço artístico independente e sim um forte ponto de cultura na cidade de Jundiaí. Cláudio iniciou suas atividades em Jundiaí no ano de 2002, após chegar de Salvador, Bahia, mudouse para a cidade em 2003. Integrante do até então chamado Núcleo 13 de Artes, encontrou em 2005 juntamente com os grupos Mosaico e Arquétipos, o espaço que seria chamado de Ateliê Casarão. Durante esse ano o espaço era usado apenas para ensaios dos grupos e não tinha intenção de ser aberto ao público, porém tem seu primeiro sarau de dança, organizado pelo grupo Arquétipo, que foi bem aceito pelo público. No ano de 2007, os dois grupos deixam a casa com Cláudio, que a reabre como Laboratório de Artes Núcleo 13. Iniciando uma série de experimentos cênicos aberto para o público, logo surge o Sarau dos Arteiros, que acontece todo último domingo do mês e que hoje está em sua 56º edição. O espaço tem uma grande repercussão desde 2008, quando muitos grupos se instalam, crescem e se formam na Casa. Por motivos de interferência do público, o espaço passa a se chamar Ateliê Casarão.

IMAGEM: Reprodução

N

a sociedade em que vivemos, muitas pessoas foram capazes de, como dizem os especialistas, “pensar fora da caixa”, e conseguiram se destacar. Vários deles, inclusive, tiveram que caminhar não só focados em seus objetivos, mas tendo que criar sua própria base. É o caso de Silvio Santos e Samuel Klein, por exemplo. Assim, surge uma inspiração para que mais pessoas coloquem os pés na estrada, almejando o sucesso profissional. e estabilidade financeira, elementos agradáveis aos olhos da maioria dos cidadãos. Em meio a essas iniciativas, surgem as lojas colaborativas. Além de um novo conceito, é também uma forma de investimento bastante interessante, já que hoje tem se estendido até em franquias, como no caso da Endossa, que está presente em São Paulo, Curitiba e Brasília. A ideia de loja colaborativa tem sido bastante explorada fora do país há cerca de seis anos e, aos poucos, chega ao Brasil. Sua definição é compreendida da seguinte maneira pela loja: o investidor compra o espaço onde a loja será implantada e aluga as divisórias. Em um único espaço físico, encontram-

Cláudio Albuquerque Aulas de dança, teatro, música, desenho, Capoeira, costura, entre outras, são as formam que mantém o Espaço funcionando. Entre suas várias oficinas encontramos a mais procurada delas, a Oficina Arte do Riso: uma oficina de palhaços que tem como intenção a descoberta do “ser ridículo” de cada um, destinados àqueles que pensam em ingressar na arte ou apenas desejam conhecerem melhor. O Ateliê Casarão está aberto ao público com suas aulas e oficias, apresentações e seu Sarau mensal. Ele se encontra na Rua Doutor Almeida, número 265, centro de Jundiaí , SP. para acessar informações atualizadas, visite o blog ateliecasarao.blogspot.com.br


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Ano I * Edição 2 * Agosto de 2013

O último herói cotidiano

TIAGO PINHEIRO, SEGUNDO SEMESTRE - JORNALISMO

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rande é a facilidade que temos de poetizar a vida cotidiana moderna. Não é complicado ser saudosista a ponto de ignorar “a banda que passava cantando coisas de amor”. Hoje as referências são outras, onde “saudosas malocas” não passam de esgoto, lixo, madeira, chuva e papelão. São quarteis generais de heróis suburbanos, enquanto, do outro lado da cidade, alguns heróis se amedrontam com os únicos 10% de homicídios solucionados pela justiça e fogem para que não façam parte dos 90% ainda sem solução, pois da morte ainda não conseguem fugir. Certamente o que se vê pelas ruas são milhares de personagens, heróis corriqueiros, sejam no subúrbio ou na burguesia. Nas ruas todos são classificados, pois o sistema exige o cumprimento de regras que possam nos definir entre perfumados, malcheirosos, loiras burras, sensacionalistas, jogadores de futebol, maloqueiros, hipsters, caipiras, obesos, carecas, políticos, travecos, nerds, Bentinhos, Capitus, bêbados e os 70% de dependentes químicos com problemas desde a sua base de formação. Existem outros, muitos além do que nós, que não te-

mos tempo, podemos contar, apenas compartilhamos ou apenas curtimos. O Joaquim é ele mesmo – aquele que na multidão sempre corre. Passa a catraca, enquanto os olhos dos passageiros estão fechados ou olhando a bela paisagem. Uma paisagem cheia de gente com ônibus cheios de heróis. Heróis que são gente com superpoderes mais valiosos. Foi quando estava sentado que ele percebeu a entrada de uma “madame” bem-vestida, que também pagou os R$ 3,00, mas balançava uma bolsa de couro vermelha. O ônibus chacoalhava em todos os sentidos, mas a mulher mantinha a pose. Joaquim arqueou as sobrancelhas, viu quando ela se acomodou em um espaço entre duas mulheres. E a bolsa vermelha balançava... A presença da mulher era desconfortante: “madames” não pegam ônibus. Mas, Joaquim sempre soube que, muitas são “madames” só pelo fato de terem uma bolsa vermelha original – do mesmo modelo que ele só poderia dar para sua esposa – ela que também era uma “madame” – pagando em suaves prestações.

Os passageiros, como sempre, permaneciam vidrados nas paisagens ou no próprio cochilo, mas os olhos de Joaquim não saiam de cima da mulher. Ninguém viu. Estavam distraídos, mas, o Joaquim viu a mulher puxar a cordinha. Ele viu também outro alguém que a “madame” não viu – alguém “sem rosto”. A mulher pôs os pés nos degraus, enquanto as portas eram abertas pelo motorista. O alguém se levantou e ninguém viu de novo, só Joaquim. Os pés dela tocaram a calçada e a bolsa tocou os dedos daquele alguém que não era Joaquim e que ninguém tinha visto. Joaquim saiu pela porta do ônibus em uma atitude heroica, mas os passageiros olhavam agora para a mulher desesperada. O ônibus apenas continuou o trajeto deixando a mulher esquecida na calçada. A mulher notou Joaquim quando ele voltava com a bolsa em mãos. Joaquim notou que a mulher estava cercada por policiais... Não havia testemunhas porque ninguém tinha visto nada. A mulher tinha uma certeza: alguém roubou sua bolsa. Joaquim tinha outra certeza: o

O último herói lutou com todas suas forças para dizer a verdade

DICAS DO

alguém não era ele, o alguém era outro – como explicar o mal entendido? A mulher havia recuperado sua bolsa com todos os seus pertences. Agradeceu aos policiais e continuou seu trajeto sem olhar para Joaquim, sem olhar para trás... O último herói lutou com todas suas forças para dizer a verdade aos homens da lei, mas ninguém olhava no seu rosto. Era como se tivessem passado uma borracha gigante ou tivessem pressionado backspace para apagar todos os superpoderes de voz e democracia de Joaquim. E foi a capacidade humana de se atribuir julgamentos que manteve algo que não tinha sido apagado. Algo que estava sendo usado para a acusação. A única coisa que permanecia intacta sem ser apagada era a sua cor. E o Joaquim foi parar no jornal e depois na cadeia. Pegou uns três anos. Não comprou a bolsa para a sua esposa e, ainda, deixou de ser herói. E nesse fim de papo, o texto se desfaz, ao ponto que recomeçam novas histórias. Sempre há um “trem das onze” que pegamos na estação vazia, mas é na rua que além de seguir, a vida enche ônibus com gente... Ônibus cheios de heróis

FILME:

Círculo de Fogo conta a história de quando várias criaturas monstruosas, conhecidas como Kaiju, começam a emergir do mar e iniciam uma batalha entre estes seres e os humanos. Para combatê-los, a humanidade desenvolve uma série de robôs gigantescos. Direção de Guilhermo del Toro.

FILIPE DIAS GIOVANE ALMEIDA GUILHERME MIKE LIVRO: Em o Terceiro Tira de Flann

O’Brien, que mistura humor negro e criatividade, um homem comete um assassinato brutal com o objetivo de roubar uma caixa misteriosa que ele acredita conter dinheiro. O livro soa quase como um exercício literário, é um despertar ao fantástico. É onsiderado o livro mais absurdo já escrito em língua inglesa.

SHOW:

Após tocar no Rock in Rio e ter ingressos esgotados, agora é a vez de John Mayer tocar na capital paulistana! A XYZ Live traz o guitarrista no dia 19 de Setembro, na Arena Anhembi com seu show que faz parte da turnê “Born and Raised”, título também do seu recente disco.


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