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Moçambique tem que acelerar a convergência digital
Não seria correcto, Moçambique se afastar da digitalização, “não iriamos sobreviver o erro”.
É este o entendimento prevalecente no Executivo, relativamente a transformação digital necessária.
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É que, não obstante o hiato que separa o nosso País das nações que estão mais avançadas neste domínio, e que já desfrutam da quarta revolução industrial, Moçambique precisa não só acelerar como dar os passos consistentes para aderir a “a era da indústria dos dados e da economia digital”.

“Não temos como virar as costas e nem fazer escolhas, senão assegurar que a inclusão digital de todos os cidadãos seja efectiva! No mínimo, todos os indivíduos devem ter acesso ao telefone e à internet”. Frisou, Mateus Magala, falando na conferência-feira de tecnologias, Moztech, do Grupo SOICO.
Na sua alocução, Mateus Magala, referiu-se aos desafios da cibersegurança em Moçambique, e mencionou os crimes cibernéticos, como uma ameaça e perigo reais e urgentes. É como quando “o titanic” se afunda, não importa em que classe alguém viaja, o destino será provavelmente o mesmo”. Disse
O governante, disse ainda que não obstante as múltiplas vantagens da digitalização, existem riscos a serem considerados. “Se ontem o desafio era com o vírus que corrompia os nossos computadores, o acesso as nossas contas de e-mail, hoje o foco está nos nossos dados, nos serviços financeiros e na tentativa de comprometer a soberania dos Estados”.
Apelou, nesse sentido, a que se olhe para as tecnologias de informação e comunicação duma forma mais crítica, no seu processo de construção e adopção. “Temos que assegurar que estejam desenvolvidos mecanismos eficazes para proporcionam a segurança necessária para que possamos aceder à qualquer plataforma tecnológica sem riscos elevados”.

Do desafios de Moçambique, nesse domínio, o Ministro mencionou, a coordenação entre organizações governamentais, a falta de envol- vimento do sector privado, a falta de profissionais qualificados em matéria de segurança cibernética, normas limitadas de segurança cibernética específicas da indústria, entre outros, que precisam “ser urgentemente abordados”.
“ Ao mesmo tempo, temos que desenvolver uma estratégia mais clara e muito mais sistemática, que não só satisfaça à padrões internacionais actuais, mas também coloque Moçambique no mapa internacional no que diz respeito à gestão do espaço cibernético e da segurança cibernética. Disse Mateus Magala, indicando que os intervenientes centrais nesse processo, são, nomeadamente, o Governo, o Sector Privado e o Público.
Das análises feitas até agora, disse o Ministro, fica claro que todos os intervenientes, especialmente no governo, bem como no sector privado, teriam de se organizar e trabalhar de forma diferente para enfrentar os desafios iminentes da segurança cibernética.
“Esta nova abordagem não teria nada a ver com a reorganização ou a criação de novas unidades, instituições ou departamentos governamentais. A tónica deve ser colocada na criação de arranjos flexíveis e informais que coordenem melhor e deem prioridade às aspirações e ao trabalho de todos os intervenientes, incluindo instituições e departamentos governamentais.
Mais ainda, Mateus Magala, sugeriu que Moçambique poderia desenvolver e estabelecer parcerias com outros países para promover a partilha de informação e a colaboração em questões de segurança cibernética. “Tais questões incluem a partilha de informações sobre ameaças, melhores práticas e trabalho conjunto para responder a ameaças cibernéticas que possam afectar as partes relevantes”. Explicou.