Brasil - Perspectivas Econômicas da OCDE 2019

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Brasil A economia se recupera gradativamente. A reforma da previdência foi aprovada e as melhores perspectivas de progresso nas reformas estruturais estão aumentando a confiança e apoiando o investimento, sustentado por condições financeiras mais favoráveis. A inflação baixa e as novas modalidades de saque do FGTS sustentarão um consumo mais forte. Presumindo o avanço continuo da agenda de reformas, estima-se que o crescimento ganhe impulso em 2020. O alto nível de desemprego está caindo lentamente e os empregos recém-criados são de baixa qualidade, incluindo muitos empregos informais. A política monetária foi flexibilizada adequadamente, pois a inflação deverá permanecer abaixo da meta em 2020 e 2021. Permanece alguma margem para flexibilização adicional. Garantir a sustentabilidade fiscal e o cumprimento das regras fiscais exigirá ajustes adicionais nos gastos obrigatórios, preservando as transferências sociais efetivas e o investimento público. O aumento da produtividade dependerá da melhoria do clima de negócios por meio de uma reforma tributária, reformas no âmbito das políticas regulatórias e uma redução das barreiras comerciais. A preservação de ativos naturais exigirá maior determinação nos esforços de execução. A expansão ganha força A recuperação ganha força devido à fatores internos. A confiança está melhorando após o progresso na aprovação de reformas econômicas no Congresso, e o investimento recuperou a força após cair por dois trimestres. Consumo privado, e vendas do varejo estão se fortalecendo. A inflação e o núcleo de inflação estão abaixo da meta e as condições financeiras se tornaram mais favoráveis. Esses fatores apoiam o consumo privado, junto com um crescimento moderado dos salários, embora o desemprego ainda precise melhorar de forma visível. A qualidade da composição dos empregos criados tem sido baixa até então, com um número desproporcional de empregos criados no setor informal.

Brasil 1 As perspetivas econômicas estão melhorando

As taxas de juros reais caíram e o investimento subiu

Índice, janeiro de 2016 = 100 110

% do PIB 20

Massa salarial real

% 10 Taxa de juros real ex ante¹ →

Vendas do varejo Indicador da atividade econômica IBC-BR

← Formação bruta de capital fixo

18

8

105 16

6

14

4

12

2

100

95

2016

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0

10

2016

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2018

1. A taxa de juros real ex ante é obtida pela diferença entre a taxa Selic e as expectativas de inflação em 12 meses (IPCA). Fonte: CEIC; Banco Central do Brasil.

OECD ECONOMIC OUTLOOK © OCDE 2019

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