Jornal novo almourol ed dezembro 2015

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Novo

Almourol

DEZEMBRO 15 | N°415 | ANO XXXIV | PREÇO 1,20 EUROS | MENSAL DIRETOR RICARDO ALVES | MÉDIO TEJO

“90 anos de Excelência”

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova da Barquinha festejou 90 anos de existência e o dia foi emotivo, seja pela importância que o seu trabalho significa para as populações, seja pelo futuro que já espreita, do alto da sua história e excelência do serviço prestado até ao presente. Recebeu a Medalha de Honra do Município. p04 p08&09

O mundo encantado de Mona Martins

O que têm em comum a mascote do Benfica, a Águia Vitória, com o Panda que leva as crianças ao rubro, com o Falco, a nova mascote da Polícia de Segurança Pública, ou até a camisola gigante que vestiu a estátua do Marquês de Pombal para os festejos do bi-campeonato de futebol do Benfica em 2015? Todos foram produzidos no simpático atelier de Mona Martins, em Vila Nova da Barquinha.

p16

A crise europeia Luiz Oosterbeek escreve no seu espaço mensal sobre a crise europeia, os refugiados e os erros históricos que, escreve, ameaçam a europa. Longe do mediatismo dos dias, fundamentações históricas permitemnos perceber os caminhos que percorremos.

p21

p14&15

Passagem de ano em Abrantes Mais uma vez a cidade apresenta uma grande noite para comemorar a passagem de ano para 2016. David Antunes e The Midnight Band prometem aquecer uma noite com muitas outras atracções.

Ribas no Novo Almourol

A Resitejo celebra vinte anos de existência em 2016 e o Ribas é a nova “contratação” do Jornal NA para o seu painel de colunistas ilustres. O Ribas vai dar a conhecer todos os meses as suas receitas para uma defesa do ambiente através das boas práticas de reciclagem e não só.


02 CURTAS & GROSSAS VN BARQUINHA

Premonição em terreno socialista No centro histórico de Vila Nova da Barquinha, a demolição do edifício da antiga farmácia deu a conhecer o que pode ser considerada uma premonição. Num concelho que é socialista há largos anos e com uma maioria absoluta nas recentes eleições autárquicas, as inscrições na parede podem ter sido um modo de congratular António Costa pela nomeação a primeiro ministro. A inscrição foi descoberta dias antes da tomada de posse do governo do Partido Socialista… No espaço já decorrem obras para construção de um edifício residencial.

270% O aumento do lucro da Altri, com unidade fabril em Constância. 84.7 milhões nos primeiros nove meses do ano. p15

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NovoAlmourol SARDOAL

Nova loja do Cidadão abre em Fevereiro de 2016 Estão concluídas as obras das instalações da Loja do Cidadão de Sardoal e a mesma deverá entrar em funcionamento no dia 1 de Fevereiro de 2016. As instalações surgem da reabilitação da antiga União Panificadora Sardoalense após a aquisição do edifício pela autarquia. No total, o investimento ascende a 400 mil euros com financiamento de 85% através do quadro de apoio que antecedeu o Portugal 2020. Na Loja do Cidadão estarão disponíveis os serviços da Autoridade Tributária, da Segurança Social e do Gabinete de Inserção Profissional e serviços do Instituto de Emprego e Formação Profissional, para além do Espaço Empreende. Um Balcão Multiserviços, incluído na obra, poderá ser utilizado para outros serviços, como seguradoras, Edp, entre outras O novo espaço será, igualmente casa para o Arquivo Histórico Municipal. A Loja do Cidadão de Sardoal surge no âmbito do Programa Aproxima que, sob a tutela do anterior Governo, foi decidido, em vez de extinguir os serviços de proximidade, concentrá-los num só espaço, promovendo a rentabilização de recursos. Este projecto decorre do Programa Aproxima, medida do governo anterior, que optou por uma concentração de serviços num só espaço em oposição à extinção dos mesmos. Muitos outros concelhos, nomeadamente o de Vila Nova da Barquinha, aderiram ao programa, aguardando-se novidades em breve sobre o decorrer dos trabalhos de implementação dos Espaços do Cidadão.

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Antiga Fábrica de Cerâmica reconvertida Parte dos terrenos da antiga Fábrica de Cerâmica em Moita do Norte, Vila Nova da Barquinha, está em processo de demolição para dar lugar a uma área residencial. Os terrenos que se desenham desde a rua da Fonte até à abandonada fábrica de Telhas vão ser requalificados mas manterão aspectos patrimoniais como os fornos e a chaminé. Esta última é um marco muito presente nos habitantes de Moita do Norte e Vila Nova da Barquinha, sendo ainda hoje casa de cegonhas que ali passam longas temporadas. Segundo o NA apurou, a permanência dos fornos e da chaminé faz parte do objectivo de integrar a zona habitacional dotando-a de maior simbolismo.

↑ rio acima 90 anos ao serviço São muitos anos de um serviço fundamental e muito acarinhado pela população de Vila Nova da Barquinha. A dedicação dos homens e mulheres da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários merece o reconhecimento. p04

↓ rio abaixo

Processo Parque Almourol Não é um exemplo de boa governação, é confuso, mas está em vias de ser encerrado. O processo judicial colocado pela empresa Diver Almourol, em 2013, às autarquias de Constância e de Vila Nova da Barquinha e à Sociedade Parque Almourol, deverá acabar em acordo. p07

Festival Bons Sons premiado Mais uma edição do Festival Bons Sons e mais um reconhecimento nacional. O festival tomarense venceu os Portugal Festival Awards na categoria de Melhor Festival de Média Dimensão. Em 2016 há mais. p20

Mona Martins Quando se investe em conhecimento, em inovação e não se tem receio de apostar com coragem, nascem projectos como o de Mona Martins. Poucos na região saberão que é em Vila Nova da Barquinha que se produzem das mais carismáticas mascotes de Portugal. Não faz mal, quem precisa delas sabe onde as encontrar. p08&09

Portagens? Nim.

Portugal 2020

A cada governo que vem e virá, sustemos a respiração à espera de alívio. Neste caso não haverá. As portagens são para manter mas é bom que vejam as alternativas: buracos em vez de estradas, trânsito infernal em algumas artérias e deterioração da qualidade do ar nas localidades. p15

Nota-se algum desencanto nos nossos políticos quando se lhes são pedidas satisfações para declarações de intenções que ainda não passaram do papel. O problema é que antes, aos nossos representantes políticos já outros lhes haviam prometido coisas. A aplicação do programa Portugal 2020 é tardia e deficiente.


NA PRIMEIRA PESSOA 03

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A felicidade ignorante e quieta não passa de uma justificação estéril para quem não sabe mais.

CV

Telmo Mendes

38 anos, Gestor de Eventos/Escritor Constância

1977

O início de tudo. Ano em que nasci e começo da viagem

1990

Ano em que me ofereceram uma guitarra. Com ela, nasceu a busca de palavras para compor canções. A música foi o farol para a escrita

1991

A primeira viagem sozinho. Encontrei durante a mesma, parte do que seria a minha essência para o resto da vida. Percebi que gostava de lidar com o improviso do desconhecido. Poder tomar conta de mim

2015

Um ano extraordinário. Criação da Página “Pelo Peito Adentro”. Publicação do primeiro livro. Foi o desaguar de tanto caminho e com um retorno extraordinário

...O Futuro

É uma “data” presente em mim e, da qual, tenho sempre saudades. Seduzme o que está para chegar, por escrever e acontecer.

Sempre tive jeito para… ...olhar para lá do que se vê. Três coisas a que nunca resisto Uma boa conversa. Uma nova viagem. Uma folha em branco para vencer. Não podia viver sem... ...música. Escrita e… a inquietação premente de criar. Acredito... ...que a grandeza de espírito, também está na capacidade de amar alguém e dizê-lo. Não acredito... ...em inspiração!... Detesto essa palavra. Acredito em trabalho e observação.

Se aprendemos com os erros porque temos medo de errar? Se tens medo de errar dificilmente vais acertar. Errar é a possibilidade de um recomeço mais inteligente. Não tenho medo de errar. Se pudesse dar um conselho a um recém-nascido qual seria? Aqui podes ser tudo o que tu quiseres! Mas viaja. Viaja muito. O mundo e os seus lugares são a nossa melhor herança. O que é preferível, ser um génio preocupado ou um idiota contente? Prefiro a inquietação ao sossego. A felicidade ignorante e quieta não passa de uma justificação estéril para quem não sabe mais. Uma música como banda sonora da sua vida? Uma música… um pedaço da minha pele. “You Raise me up” – Josh Groban


04 NÓS

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Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários celebrou 90 anos e recebeu Medalha de Honra do Município TEXTO RICARDO ALVES FOTO P. BASSO

A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Vila Nova da Barquinha (ahbvvnb) celebrou o seu 90.º Aniversário no dia 29 de Novembro, um dia que foi o corolário e encerramento de vários dias de actividades, entre as quais um Seminário sobre associativismo, “Associativismo e voluntariado… um Exercício de Cidadania” e que juntou vários autarcas, dirigentes associativos e cidadãos comuns no edifício sede. Juntando-se às comemorações, o município de vnb atribuiu à associação a Medalha de Honra do Município, “pelo reconhecimento do exemplar percurso da sua existência de 90 anos ao serviço da comunidade e da protecção e socorro das populações com uma actuação sempre caracterizada pela abnegação e pela notável solidariedade para com o próximo é atribuída à ahbvvnb a Medalha de Honra do Município”, lê-se em comunicado enviado à redacção. No mesmo comunicado, o município liderado por Fernando Freire (ps), que esteve presente nas actividades organizadas pela associação, destaca “a multiplicidade das acções desenvolvidas pela Associação no século passado como é exemplo o corpo de salvação pública, a banda, a escola de música, o grupo de teatro, o grupo de jazz, os saraus dançantes ou bailes, os espectáculos taurinos, as festas populares, os espectáculos de cinema, o folclore etc. e os objectivos atuais da associação: proteger pessoas e bens, nomeadamente o socorro de feridos, doentes ou náufragos e a extinção de incêndios, a vertente social, cultural e recreativa, através da banda de música e do grupo de teatro, configuram um importante impulso de cidadania e de cultura, marcando de forma expressiva a fronteira entre o carácter perene da solidariedade e do serviço público e a volatilidade dos valores efémeros da afirmação individual e egoísta que parecem triunfar na actual sociedade.”

Fernando Freire e Rui Pichiochi agraciam bombeiros barquinhenses

Plateia do Seminário com Miguel Pombeiro em primeiro plano, seguido de João Machado, presidente da Junta de freguesia de VNB

A Medalha de Honra atribuída à AHBVVNB

Um dia de orgulho Perto de uma centena de pessoas marcaram presença nas cerimónias, momento abrilhantado pela banda de música da corporação, representantes da Câmara Municipal e das mais variadas entidades do concelho. Após o içar das bandeiras, logo pela manhã, seguiu-se visita aos cemitérios e uma missa no salão da associação acabando com uma sessão solene pelas 12h00 em plena rua do edifício sede da associação de bombeiros. Jorge Gama, comandante em substituição da corporação, realçou no seu discurso o sacrifício das famílias dos bombeiros e as ausências a que o trabalho que desenvolvem obriga.

Após os discursos de Miguel Pombeiro, presidente da Mesa da Assembleia Geral, António Augusto Ribeiro, presidente da Direcção e Carlos Gonçalves, que até há pouco tempo era comandante da associação barquinhense e é agora comandante dos bombeiros tomarenses bem como presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Santarém, Fernando Freire, presidente da Câmara Municipal de VNB, afirmou que a associação é “um orgulho para o concelho e um exemplo para Portugal”. O chefe José Lino recebeu o Crachá de Ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses, o segundo maior galardão da ahbvvnb e houve

lugar a condecorações a infantes e cadetes, atribuição de medalhas de assiduidade pelos anos de serviço e reconhecimento a sócios e elementos da banda e direcção com Medalhas de Mérito e Dedicação. Fernando Freire e Rui Pichiochi, presidente da Assembleia Municipal de VNB, entregaram a Medalha de Honra do Município à ahbvvnb que actualmente contabiliza 20 elementos da associação, 1958 sócios, 55 bombeiros e 24 infantes e cadetes. Anunciadas estão as pretensões da ahbvvnb de adquirir uma nova ambulância e criar um campo de formação e treino em Atalaia.―

ahbvvnb

pretende adquirir uma nova ambulância e criar um campo de formação e treino em Atalaia


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Município candidata-se a fundos europeus para minimizar danos dos incêndios

Incêndio de Julho afectou gravemente os concelhos de Tomar, VN Barquinha e Constância

“Financiamento a 100%, visando a minimização do risco de erosão, contaminação/ assoreamento das linhas de água, recuperação de infraestruturas danificadas e diminuição da perda da biodiversidade.”

Relatório de Estabilização de Emergência do Incêndio Florestal da Portela, que se encontra disponível para consulta na página oficial do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, I.P., bem como nos serviços municipais da Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha e Junta de Freguesia

Vila Nova da Barquinha), para se identificarem como tal, serem portadores do comprovativo de titularidade, através do artigo da matriz ou da descrição na Conservatória do registo Predial, e autorizarem a realização das intervenções em causa por parte do Município de Vila Nova da Barquinha.―

TEXTO NA FOTO RICARDO ALVES

O Município de Vila Nova da Barquinha encontra-se a elaborar uma candidatura à operação 8.1.4 “Restabelecimento da floresta afectada por agentes bióticos e abióticos ou por acontecimentos catastróficos” no âmbito da “Estabilização de emergência pós-incêndio”, com financiamento a 100%, visando a minimização do risco de erosão, contaminação/assoreamento das linhas de água, recuperação de infra-estruturas danificadas e diminuição da perda da biodiversidade. A área objecto de candidatura corresponde ao perímetro da área ardida decorrente do incêndio florestal do dia 7 de Julho de 2015 (Portela/Tomar), localizado na freguesia da Praia do Ribatejo, concelho de Vila Nova da Barquinha, encontrando-se identificada no mapa em anexo ao Edital n.º 34/2015, de 16 de Novembro, referente às “Ações de Estabilização de Emergência pós-Incêndio na freguesia da Praia do Ribatejo, Concelho de Vila Nova da Barquinha”. As tipologias de intervenção a apoiar são as identificadas no

da Praia do Ribatejo. Entre as tipologias de intervenção apoiadas encontra-se a consolidação de encostas e taludes, regularização e consolidação da superfície de caminhos, limpeza e desobstrução dos leitos e consolidação das margens de linhas de água, entre outras. Incidindo os investi-

mentos em prédios rústicos do domínio privado, o Município de Vila Nova da Barquinha solicita, aos titulares, ou seus representantes, dos prédios rústicos abrangidos pela operação, a comparência nos serviços municipais da Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha (Praça da República, 2260-411


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REGIÃO

CUR inaugura obras com apoio do Município

José Manuel Trincão Marques preside à Assembleia Intermunicipal

O Clube União de Recreios (CUR) de Moita do Norte, Vila Nova da Barquinha, vai inaugurar, no próximo dia 13 de Dezembro, as obras de valorização de conservação da sua sede

TEXTO & FOTO P. BASSO

Com um custo de cerca de 140 mil euros, a intervenção foi co-financiada em 60% pelo proder, através de uma candidatura à Medida 3.2 – Melhoria da Qualidade de Vida – Ação 3.2.1 – Conservação e Valorização do Património Rural, do Sub Programa 3, “Dinamização das Zonas Rurais”. Além dos fundos comunitários, as obras contaram também com o apoio do Município de Vila Nova da Barquinha e dos sócios do Clube. O cur é uma Associação privada de cultura, desporto e recreio. É uma instituição autónoma e independente, não tem qualquer fim lucrativo individual, a propriedade é social e no seu seio prevalece o voluntariado. Os seus associados, trabalham e contribuem de forma voluntária para assegurar o acesso da população do concelho à cultura, ao desporto, ao recreio e ao lazer, para a promoção da educação, para o apoio social, para

humanizar e duma forma genérica, promover uma melhoria de qualidade de vida e do bem-estar das populações. O Clube de União e Recreios (cur) nasceu em 1 de Dezembro de 1929, com a denominação de Clube União de Desportos e Recreios, resultante da fusão de 2 colectividades existentes, embora haja indícios de que a sua existência seja anterior a essa data. Em 20 de Maio de 1944 são aprovados os Estatutos, com a denominação actual. Na actualidade, o cur continua em plena actividade, com

a realização de espectáculos e outros eventos, caso do Teatro, Ginástica, Corso carnavalesco, Festa da Mulher, Arraiais Populares, Galas do Fado, Natal da Criança e, nos últimos 3 anos, com as Danças de Salão, com resultados brilhantes, pódio nos campeonatos Regionais e na Taça de Portugal de Dança. O cur distinguiu-se, no campo social e cultural, além de outras áreas da actividade humana, pelo que o Município de Vila Nova da Barquinha lhe atribui, em 2012, a Medalha Municipal de Mérito – Grau Prata. ―

VN BARQUINHA

Jardins de Infância recolhem roupa para a Loja Social TEXTO NA Sede do CUR melhorada.

Processo que opõe Diver Almourol ao Parque Almourol a chegar ao fim O processo judicial foi colocado pela empresa Div er Almourol em 2013 contra as autarquias de Constância e de Vila Nova da Barquinha e a Sociedade Parque Almourol com pedido de indemnização de 300 mil euros. O processo foi iniciado pela empresa devido à decisão de posse administrativa efectuada pelas autarquias e a sociedade quando a empresa Diver Almourol detinha a gestão

José Manuel Trincão Marques, presidente da Assembleia Municipal de Torres Novas, foi eleito presidente da mesa da Assembleia Intermunicipal da Comunidade do Médio Tejo (cimt), no dia 3 de Dezembro, durante a reunião ordinária daquele órgão. Na mesma reunião foram aprovados o documento das Opções do Plano e Orçamento para 2016 e a respectiva autorização genérica.

Os restantes elementos eleitos foram Ana Margarida Henriques Neves Vieira, da Assembleia Municipal de Ourém, como vice-presidente, e João Manuel Pimenta Henriques Simões, da Assembleia Municipal de Tomar, como secretário. A sessão contou ainda com a tomada de posse dos deputados municipais Patrícia Isabel Picton Santos, Carlos Alberto Dias, António Manuel Calado Nobre e José Delgado como membros daquele órgão deliberativo.―

O novo presidente da assembleia Intermunicipal, ao centro

CONSTÂNCIA

TEXTO NA

TEXTO NA

dos Centros Náuticos de Constância e Vila Nova da Barquinha. O fim do processo deverá estar para breve, noticiou o site de notícias mediotejo.net, segundo o qual a questão sobre o andamento do mesmo foi levantado por António Mendes (PS) durante a última reunião de Câmara de Constância, à presidente da autarquia, Júlia Amorim (CDU). Em resposta,a autarca afirmou que estaria a chegar ao fim com um acordo favorável para todas

as partes envolvidas. A autarca informou ainda que a última sessão do julgamento ocorreu no dia 19 de Novembro e que “estamos a ponderar chegar a um acordo com a Diver Almourol para o assunto ficar já resolvido e se já não se chegar a acordo haverá uma sentença, a nosso favor ou não, e depois analisaremos. A posse administrativa foi decidida depois de analisada a actividade nos Centros Náuticos, considerada escassa e deficitária por parte da empresa.―

O fruto da campanha de recolha de roupa e calça do de criança, que decorreu nos Jardins de Infância do concelho de Vila Nova da Barquinha, entre os dias 25 e 27 de Novembro, já foi entregue nas Lojas Sociais do concelho. A iniciativa do Agrupamento de

Escolas de Vila Nova da Barquinha intitulada “De Mãos Dadas por uma Causa” conseguiu angariar roupas para o Inverno que se avizinha, para entregar a crianças carenciadas. A acção contou com o apoio do Município de Vila Nova da Barquinha e com a contribuição dos alunos e respectivas famílias. ―


08 HISTÓRIA

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O mundo encantado de Mona Martins O que têm em comum a mascote do Benfica, a Águia Vitória, que acena antes e depois dos jogos no estádio da luz, com o Panda que leva as crianças ao rubro, com o Falco, a nova mascote da Polícia de Segurança Pública, ou até a camisola gigante que vestiu a estátua do Marquês de Pombal para os festejos do bi-campeonato de futebol do Benfica em 2015? Todos foram produzidos no simpático atelier de Mona Martins, em Vila Nova da Barquinha

O panda já pronto para encantar

TEXTO & FOTOS RICARDO ALVES

Mona Martins é a alegria em pessoa. Com o seu sotaque brasileiro, que para os portugueses soa a samba, sorrisos feitos palavras e frases, Mona Martins recebe o NA no seu atelier, em plena Vila Nova da Barquinha. Ali, haveremos de ser surpreendidos, produzem-se algumas das mascotes e símbolos que povoam o imaginário de miúdos e graúdos. No fundo, o trabalho de Mona Martins, que não se esgota nas mascotes e fatos para deleite das crianças, apela à criança que existe em nós. “Tente não tirar fotos ao longe das cabeças das mascotes”, diz-me Mona Martins sorrindo. A explicação é óbvia. Não se fazem reportagens destas para desencantar e desconstruir uma imagem de criança. Os “bonecos” são para serem apresentados unos, como se reais, como vistos na TV. Uma criança não distingue e não tenta saber quem está dentro do fato. “Quem” é o Panda, ou qualquer outra mascote que

As várias figuras do Canal Panda que divertem as crianças

se movimente no ecrã ou em eventos promocionais. Fotografar apenas a cabeça do Panda, desprendida do seu corpo, seria um “choque” e uma “confusão” para as crianças. E é por elas que Mona trabalha incessantemente no seu atelier. No entanto, a viagem até Vila Nova da Barquinha, começou há cerca de 8 anos. Brasileira, de São Paulo, veio para Portugal em 2007 para fazer um mestrado em escultura, em Lisboa, na Faculdade de Belas Artes. Na altura vivia em Cascais mas “já tinha visitado Portugal por três vezes”, diz Mona, que se mostrou e mostra encantada com o país. “O meu grande sonho era morar no Alentejo. É engraçado porque as pessoas querem estar onde há muita gente mas eu não. Eu quero ficar onde não tem gente!”, diz entre sorrisos. “As pessoas não têm esta consciência do tão perfeito que é você acordar e ter mato, e ter pássaros e oliveiras e… tempo. Porque o seu tempo começa a dividir-se ali, dentro daquele processo. Eu pego no carro

e vou a Fátima, vou a Abrantes, estou central. Eu já achava que Lisboa é um quintal…” diz quem nasceu em São Paulo, cidade com mais de 11 milhões de habitantes e que é o centro financeiro e mercantil da América do Sul. Uma paixão crescente Nas comparações somos deparados com outras características do nosso país que poucas ou nenhumas vezes valorizamos, de tão sedimentadas que estão. “Em Portugal, como nos outros países da Europa(…) eu não conseguia compreender porque as ruas são limpas, as pessoas são tranquilas, porque pode sentar na rua para tomar um café, sabe? Você fica a pensar porque você pode passar num farol à noite e nada te acontecer. Porque pode tirar a sua máquina fotográfica e tirar uma foto e não ser assaltado, morto, violentado ou qualquer coisa desse tipo”. Estas e outras razões de encanto fizeram com que Mona Martins se estabelecesse no centro do país, em Vila Nova

da Barquinha. Para trás deixou o atelier “Casa do Trem”, criado quando ainda frequentava o liceu e em parceria com outros colegas. Acabou por deixar o atelier, ainda hoje em funcionamento, porque “financeiramente é complicado justificar IRS no Brasil e aqui”. Uma vez em Portugal, de mente decidida a por cá fazer carreira, Mona enceta numa cruzada por contactos, envio de currículos, a “tactear” o panorama publicitário do país. “Quando eu comecei aqui não tinha muita intenção de trabalhar exactamente com isto. A minha primeira intenção era trabalhar no cinema pois vinha do cinema publicitário de São Paulo, em que gravávamos dois a três comerciais por semana e com diárias altíssimas. Se hoje comparar o que ganho com o que ganhava… sempre ganhei muito menos aqui. Mas esse muito menos se tornou muito mais: qualidade de vida, segurança, tranquilidade, vida! Na sua essência.”, diz-nos sem assombro. Também tacteava o país. Começou a visitar algumas ca-

"Mona Martins tem o sonho de abrir um Atelier e Centro de Artes em Vila Nova da Barquinha para ensinar outros e outras a sua magia" pitais de distrito alentejanas como Évora e Beja, “lindíssimas”, e começou a aperceberse que “os imóveis eram muito baratos”. Na altura queria comprar “um monte e dormir debaixo de uma árvore, punha lá um saco e dormia lá, mas os meus amigos diziam “aqui você não pode fazer isso”. Não pode como?!?”, conta entre gargalhadas. Depois com o tempo foi “ficando por aqui e o meu filho veio também , o João, que terminou aqui o liceu e entrou na universidade. Aí comecei a conhecer o norte do país… às vezes é muito difícil me localizar porque acho que isso aqui tudo é uma cidade. Sair daqui e comprar linha no Porto, meu Deus, são duas horas e vinte de carro!”, exclama Mona Martins perante a proximidade. Um lugar ao sol português A carreira de Mona levou-a a percorrer áreas como o cinema, escultura, figurino (construção de bonecos, mascotes), cenografia. Trabalhou também como “carnavalesca da Esco-


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Os sapatos de Falco que depois serão completados pela farda

Mona Martins posa com um dos dezenas de pares de sapatos no seu atelier

A águia Vitória é outro dos trabalhos da criadora

la de Samba do Grupo Especial de São Paulo, durante dois anos, e antes disso ainda fui escultora em algumas grandes escolas de samba”. Deu aulas na Universidade, num curso de dança e de cénicas. Foi nesse percurso que absorveu as técnicas para aplicar no processo actual, “o figurino, a roupa , o objecto de cena sempre me encantou bastante, foi aí que acabei parando no cinema publicitário, que foi muito interessante, e trabalhei com todas as produtoras de cinema publicitário de São Paulo”. Em Portugal não existe um segmento publicitário de grande dimensão, com as grandes marcas a optarem por dobragens de anúncios internacionais e sem uma adequação e adaptação ao identitário português. O mercado dita as regras e num mercado como o brasileiro, em que a concorrência é enorme, em que há duas centenas de milhões de consumidores, quem não se diferencia perde a quota de mercado. Por cá, Mona percebeu essa ausência, mas também “perce-

bi que havia uma lacuna muito grande na questão publicitária. Podia fazer figurinos publicitários. E fui por aí”. Após pesquisar por quem fizesse esse tipo de trabalho em Portugal chegou a pensar que poderia “trabalhar para essas pessoas, enviar currículos”. Mas o caminho era a solo. “No meio da pesquisa surge a oportunidade, me perguntaram se conseguia fazer “esse” figurino”. Claro que consigo! Então pode fazer. A partir daí cada coisa foi seguindo a outra, e com um site feito caseiramente na internet, uma coisa foi puxando a outra. E aqui tem uma coisa boa, você pega no telefone e fala com o departamento de criação da Nestlé. No Brasil isso não é possível, nunca. É uma dimensão inalcançável. Não é que não tenha trabalho, as pessoas vão-te buscar. Se você tem um trabalho de qualidade e diferenciado, você vai morar numa caverna na Tasmânia mas se o cara quer comprar aquele botão específico, feito com osso do bezerro da única vaca que cria

de seis em seis anos, pode ter a certeza que o cara vai-te encontrar. Esta questão da globalização deixa as pessoas atarantadas e a pensar que já tudo foi feito. Foi nada!!”. Trabalho? Encantar! No atelier, enquanto decorre a entrevista, uma colaboradora de Mona costura cuidadosamente os sapatos de “Falco”, a nova mascote da PSP. Sapatos pretos e grandes, com a cabeça sorridente e tranquila, amiga, de Falco a olhar para nós. A um canto, cuidadosamente embrulhada em plástico, está a cabeça do Panda, junto ao Mickey e à Mini da Disney. Por entre a maquinaria e linhas de todas as cores, sapatos gigantes e coloridos repousam nas estantes. Do atelier de Mona Martins saem as figuras que preenchem o imaginário de muitos milhares de crianças portuguesas. Só para o Canal Panda, que tem sede em Espanha e não tinha fornecedor em Portugal para o seu canal no nosso país, Mona Martins produz o Panda (há seis anos)

"O que me mantém é a possibilidade de encantar. Já assisti a muitos episódios do Panda e outros e estou sempre a medir os fatos. E se estou a passar na rua e vejo uma mascote minha eu caio no chão! Viro uma criança, gosto muito!" o Kinkas, o Micas, o Pintas, o Crocas, o Panças ou o Juba, entre outros. Do seu portefólio extenso, realce para os graúdos benfiquistas. Quem vestiu o Marquês de Pombal na festa do bi-campeonato foi Mona, que nos mostrou as fotos da produção. Uma camisola encarnada gigante a que junta a mascote do clube, a Águia Vitória. O urso polar da Coca-Cola, o Yoco da Nestlé, os animais tresloucados de “Um Bongo” entre muitos outros, saem do seu atelier. “O que me mantém é a possibilidade de encantar. Já assisti a muitos episódios do Panda e outros e estou sempre a medir os fatos. E se estou a passar na rua e vejo uma mascote minha eu caio no chão! Viro uma criança, gosto muito!”, contanos emocionada. Do atelier de Mona saem também muitas mascotes para aluguer, com uma variada e extensa panóplia de opções, como poderá perceber no seu site www.monamartins.com. Quem quiser fazer uma sur-

presa às suas crianças, numa festa de aniversário ou outro evento de celebração pode contactar o atelier e alugar um fato. Para além do seu trabalho mais técnico, Mona Martins mostrou-nos outros trabalhos, mais pessoais, como o que agora lhe ocupa o tempo, feito “com resina de poliéster, com tudo o que já foi usado”. Faz vestidos da mulher portuguesa, miniaturas, “é o meu olhar do feminino e da indumentária portuguesa, gosto muito do visual da mulher portuguesa, fiquei admirada. O objectivo é usar o que já foi usado, reciclar”, conta a criadora que sonha abrir em Vila Nova da Barquinha um Atelier e Centro de Artes, para quem queira aprender as suas artes, tecer sonhos, criar a sua própria roupa, moda. Até lá, se quiser conhecer melhor o trabalho de Mona Martins, directamente de Vila Nova da Barquinha para os corações da criançada, basta ligar a televisão no Canal Panda. Já ligou? Se sim já se encontra no Atelier Mona Martins. ―


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NERSANT

Nova edição Shark Tank vai ter sessão de “Empreendedorismo de análise de Pitchs em Santarém na Escola” em marcha TEXTO NA programa. “Embora os interes- preparação do pitch de todos TEXTO PÉRSIO BASSO

Cerca de 160 alunos do Agrupamento de Escolas de Vila Nova da Barquinha deram início, no dia 13 de Novembro, à edição 2015/2016 do premiado projecto “Empreendedorismo na Escola”. O arranque dos trabalhos do presente ano lectivo teve lugar no Centro de Negócios de Vila Nova da Barquinha, na freguesia de Atalaia, com a visita a diversas empresas daquele espaço empresarial. Mais tarde os jovens empresários foram recebidos no Centro Cultural de Vila Nova da Barquinha pelo Presidente da Câmara, Fernando Freire, ocasião em que Paulo Tavares, Director do Agrupamento de Escolas, aproveitou para salientar a importância da iniciativa. A cerimónia contou com a presença de Eva Furtado, especialista em empreendedorismo da Universidade de Aveiro que proferiu algumas palavras

de incentivo aos alunos participantes. No final da tarde foi entregue o Prémio Municipal de Empreendedorismo em Ambiente Escolar 2014/2015, atribuído, ex aequo, às empresas “Aromas d’Almourol” (19 alunos) e “Innova Team” (9 alunos). Esta iniciativa do Município insere-se no Plano Estratégico de Desenvolvimento Económico “Barquinha 2020”, como forma de incentivar os jovens empresários. O projecto “Empreendedorismo na Escola”, com alunos oriundos de sete turmas (duas do 1.º ciclo, uma do 2.º ciclo, duas do 3.º ciclo e duas do ensino secundário) tem como principal promotor o Agrupamento de Escolas, com a parceria do Município, Nersant - Associação Empresarial da Região de Santarém, Tagusvalley, Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, Instituto Politécnico de Tomar, Universidade de Aveiro e Associações de Pais.―

A produtora do Shark Tank iniciou a uma procu ra nacional com o objectivo de vir a encontrar os melhores empreendedores, inventores, criadores e inovadores. Pelo segundo ano consecutivo, esta busca pelos talentos nacionais ao nível do empreendedorismo realizou-se no distrito de Santarém, através de uma sessão de esclarecimentos dinamizada pela nersant – Associação Empresarial da Região de Santarém. A produção do programa vai voltar a Santarém no dia 21, para assistir aos pitchs dos empreendedores do Ribatejo que se queiram inscrever no programa. Esta revelação foi feita por Paulo Sousa Marques, produtor do programa, que acedeu ao pedido da nersant para a realização de uma sessão de pitchs que facilite o acesso ao

sados tenham de efectuar inscrição no portal do Shark Tank, caso apresentem o seu projecto na sessão em Santarém, ficam dispensados do envio do pitch em vídeo que é solicitado no processo de candidatura”, fez saber o produtor. A sessão ficou desde logo agendada para dia 21 de Dezembro, nas instalações do CIES - Centro de Inovação Empresarial de Santarém, entre as 14h00 e as 20h00. Durante a tarde, a produção do programa vai poder assistir aos pitchs dos empreendedores do Ribatejo que devem ter até três minutos - informando, logo no final da sessão, se algum empreendedor passa à fase seguinte do programa. Tendo a nersant uma equipa técnica especializada na área do empreendedorismo, a nersant informou que estará disponível para apoiar a

os empreendedores que queiram apresentar o seu negócio no dia 21. A produção do Shark Tank facultou, na sessão, as regras básicas para um pitch - curta apresentação de vendas - de 3 minutos, tendo também apresentado alguns fatores críticos de sucesso com base em exemplos de ideias e / ou negócios da primeira edição do programa. Paulo Sousa Marques falou ainda sobre o empreendedorismo em Portugal, tendo destacado o facto de Portugal ter duplicado, entre 2013 e 2013, a taxa de actividade empreendedora (passou de 4.4 para 8.2 por cento). Os interessados em fazer o seu pitch no dia 21 de Dezembro devem efectuar inscrição no portal da nersant em www.nersant.pt, bem como no próprio programa Shark Tank, em www.sharktank.pt.―

Segunda edição de Shark Tank está à procura de empreendedores

ABRANTES

Empresários debateram desafios e oportunidades em Abrantes TEXTO RICARDO ALVES

O jantar realizaou-se no dia 26 de Novembro em Abrantes e foi organizado pela Associação Comercial e Empresarial (ace) dos concelhos de Abrantes, Constância, Sardoal, Mação e Vila de Rei e estiveram presentes cerca de 110 empresários em discussão sob o tema ““Actividade Empresarial em Abrantes: desafios e oportunidades”. Este jantar debate contou com um painel composto por Maria do Céu Albuquerque (Presidente da Câmara Municipal de Abrantes), Lurdes Fernandes (Directora do iefp – Médio

Tejo), Luís Nunes (docente da esta e consultor), Domingos Chambel (Vice-presidente da nersant), Joaquim Serras (Presidente da ace) e Pedro Saraiva (Director executivo da Tagus). Foi o primeiro de um ciclo de debates que visa definir o melhor posicionamento das empresas no mercado e economia regional. Neste debate os temas maiores foram a desertificação e envelhecimento da população como aspectos negativos e as características geográficas e acessibilidades de Abrantes, transversais a outros territórios do Médio Tejo, como aspectos positivos.

Foi o primeiro de um ciclo de debates organizado pela Associação Comercial e empresarial

Um dos aspectos salientados, nomeadamente por Maria do Céu Albuquerque, que é também presidente da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (cimt), foi o da sedimentada ideia de “quintal” que continua a pontificar na região. Ou seja, o facto de cada um dos municípios continuar a pensar para dentro complicando o aparecimento de

novos investimentos e o alcançar de escala fundamentais para afirmar a região no panorama nacional. Outros dos aspectos salientados pela negativa foi o do atraso de dois anos, de resto sentido por todo o país, do Quadro Comunitário do Portugal 2020. As vozes mais experientes no debate, nomeadamente de

Domingos Chambel, salientaram a necessidade de uma boa estruturação e desenvolvimento das ideias de negócio e a sua adequação ao mercado, canalizando energias para esses investimentos ao invés de apostar em ideias que muitas vezes caem à primeira dificuldade. O Jornal Novo Almourol foi convidado a estar presente pela ace. ―


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SOCIEDADE 15

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PAÍS

Governo afasta abolição de portagens na A23 O Executivo de António Costa está disponível para estudar a introdução de descontos nas portagens em algumas regiões, mas não admite pôr fim à cobrança. TEXTO NA

O Governo não está disponível para abolir porta gens em nenhuma antiga Scut, mas admite estudar uma forma de aliviar utilizadores de algumas zonas do país, disse ao Negócios fonte do Executivo. O PCP já entregou no Parlamento vários projectos de resolução, no sentido da abolição da cobrança de taxas de portagem na A23, na Via do Infante (A22), na auto-estrada transmontana e na A24 (que liga Viseu e Chaves). Também o Bloco de Esquerda já apresentou propostas nesse sentido no caso do Algarve. No entanto, quer na proposta eleitoral que o PS apresentou

ou no programa de Governo, a abolição não é referida. Na campanha para as legislativas, António Costa abriu a porta a uma revisão da política de portagens no Interior, assim como em zonas fronteiriças e de afluxo turístico, como é o caso do Algarve. A receita de portagens gerada na Via do Infante ultrapassou, em 2014, os 28 milhões de euros. Já na A23, que inclui a ex-Scut da Beira Interior, foram arrecadados 27 milhões de euros em portagens no ano passado. Não é expectável que haja a curto prazo qualquer decisão do Governo sobre esta matéria, disse ao Negócios a mesma fonte do Executivo. O Governo

pretende estudar uma solução, quer ao nível técnico quer jurídico, e discuti-la com a Infra-estruturas de Portugal antes de tomar uma decisão. A empresa que resultou da fusão entre a Estradas de Portugal e a Refer tem defendido a introdução de reduções selectivas das taxas de portagem. No último Governo socialista, liderado por José Sócrates, que introduziu portagens nas primeiras três Scut, foram aplicadas medidas de discriminação positiva, com base em critérios de rendimento e riqueza das regiões, assim como a existência ou não de estradas alternativas. No entanto, desta vez as soluções poderão ser diferentes. ―

CONSTÂNCIA

ALCANENA

Lucro da Altri, detentora da Caima, aumenta 270% A produtora da pasta de papel, com fábrica em Constância (Caima), regista melhor trimestre de sempre. TEXTO NA

A Altri fechou os primeiros nove meses do ano com lucros de 84,7 milhões de euros, mais 270% do que em igual período do ano anterior, tendo as receitas totais crescido 22% com o acréscimo das toneladas vendidas e à evolução do preço, anunciou a empresa em comunicado enviado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Em termos de produção, a Altri fechou os três primeiros trimestres do ano com 754,3 mil toneladas de pasta de papel (+2%),tendo vendido 703,3 mil toneladas o equivalente a 419,2 milhões de euros para os mercados externos. No terceiro trimestre do ano a papeleira atingiu lucros de 34,4 milhões de euros, um valor que mais do que triplica em relação a igual período do ano anterior. De resto, o período compreendido entre Julho e Setembro foi o melhor de sempre para a empresa quer em termos operacionais, quer em termos financeiros. Também o EBITDA terá atingido um valor recorde no trimestre ao situar-se nos 63,1

milhões de euros, mais 109,8% do que em igual período do ano anterior Até Setembro o EBITDA atingiu os 163,2 milhões de euros, ou seja, mais 98,3% do que o registado em igual período do ano anterior. As receitas totais nos primeiros nove meses do ano atingiram os 494,3 milhões de euros, um crescimento de 22% face ao período homólogo do ano anterior. Um crescimento que a empresa imputa ao número de toneladas de pasta de papel vendidas e à evolução positiva do preço. No terceiro trimestre as receitas ultrapassaram os 181,5 milhões

de euros, mais 27% do que no período homólogo de 2014. Já os custos totais nos primeiros nove meses do ano cresceram 2,1% para 331 milhões de euros, reflectindo o aumento de produção verificado. A empresa realizou investimentos líquidos de 29,5 milhões de euros, ao mesmo tempo que reduziu o endividamento líquido em cerca de 87 milhões de euros face aos primeiros nove meses de 2014 para os 444,9 milhões de euros. A Altri vai pagar um dividendo extraordinário de 0,25 euros por acção, num montante global de 51,282 milhões de euros. ―

Constituída comissão para resolver “Passivo Ambiental” TEXTO RICARDO ALVES

A austra - Associação de Utilizadores do Sistema de Tratamento de Águas Residuais de Alcanena constituiu uma comissão que se encontra a rever o Regulamento de Descarga de Águas Residuais, cuja nova versão se pretende implementar durante o ano de 2016, e que deverá permitir ajustar o pagamento por parte dos utilizadores em função da qualidade e quantidade de efluente descarregado. Com vista à resolução do “passivo ambiental” de Alcanena, foi igualmente efectuada a remodelação da rede de colectores, com a requalificação da etar de Alcanena, e com a reabilitação da célula de

RESITEJO

7.º Peditório Nacional de Pilhas e Baterias a favor do IPO TEXTO NA

Caima, juntamente com Celtejo e Celbi, fazem parte do grupo Altri

lamas não estabilizadas. Por outro lado, com o objectivo de contribuir para a melhoria do desempenho ambiental das empresas e para a actualização das suas competências técnicas, a austra, encomendou ao ctic – Centro Tecnológico das Indústrias do Couro, a elaboração de um Manual de Boas Práticas para o Sector de Curtumes. Este Manual pretende proporcionar ferramentas que possam ajudar a tornar as empresas mais eco eficientes e, simultaneamente, mais competitivas, apresentando exemplos reais de práticas implementadas na indústria. A apresentação pública deste Manual realiza-se no dia 18 de Dezembro, pelas 17h00, na sede da austra, em Alcanena.―

Neste Natal, a Ecopilhas promove novamente o Peditório Nacional de Pilhas e Baterias Usadas a favor do Instituto Português de Oncologia (ipo). Os municípios e as juntas de freguesia da região da resitejo associaram-se a esta campanha em favor da doação de um “Laser CO2 Acupulse”, para tratamentos de Dermatologia em Cirurgia de Ambulatório. Para participar no 7.º Peditório Nacional de Pilhas e Baterias basta

colocar as pilhas usadas de lanternas, relógios,rádios,brinquedos,comandos e as baterias usadas de aparelhos como as máquinas fotográficas, telemóveis, computadores portáteis, ferramentas eléctricas, entre outros, num dos pilhões distribuídos pelo concelho (Serviços Municipais, Juntas de Freguesia ou outro local). “Depois, poderá continuar a entregar as pilhas e baterias nos locais indicados em prol do ambiente e da sua saúde”,apela a Resitejo em comunicado,finalizando que “a sua contribuição é essencial,participe!”.―


16 CULTO

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OS PASSOS DE SÍSIFO

O insustentável peso da ignorância OPINIÃO LUIZ OOSTERBEEK

Nas últimas semanas, o espaço noticioso que antes era ocupado pelos refugiados passou a ser preenchido pelo terrorismo. A perceção de um risco imediato sobrepõe-se facilmente a outras preocupações, solidárias ou não. Mas o que muitas vezes esquecemos é que essa não é necessariamente a perceção de outros. Ainda que o terrorismo seja hoje um risco que preocupa muitos pontos no planeta, quando os outros olham para a Europa veem, sobretudo, um espaço rico que se recusa a ajudar quem mais precisa de acolhimento. A questão da segurança não parece tão relevante, sobretudo para quem, no Médio Oriente, em África ou na Ásia Central, convive quotidianamente com essa dimensão da violência. Não nos deveria surpreender esta diferença de perspetivas, pois também a nossa atenção é dirigida para os problemas que nos afetam mais rapidamente, e não necessariamente pelos que nos irão colocar dificuldades num futuro mais distante. E é fundamental perceber esta diferença, pois sem

ter dela consciência não será possível perceber o mundo em que vivemos mas, sobretudo, o mundo em que continuaremos a viver nas próximas décadas. A definição de uma estratégia adequada face à depressão oficialmente iniciada em 2008 implica a compreensão das nossas lacunas internas mas, também, das dinâmicas externas. O quadro europeu vai continuar a mudar, e as necessidades orçamentais relacionadas com a segurança vão pressionar orçamento já sobrecarregados na vertente dos apoios sociais. Para além do risco, real, de incumprimento de garantias estabelecidas para com as classes médias (o que poderá levar à sua radicalização), o peso tributário sobre quem trabalha vai tornar-se, a prazo, insuportável. Comunidades europeias que desconfiam da própria sombra poderão ser levadas, ou estão em alguns casos já a ser levadas, para o caminho da xenofobia, da violência gratuita, da guerra. Não é um cenário novo, é um cenário triste que ameaça repetir-se, porque sistemas fechados se degradam, e a europa está-se a fechar, depois de já ter envelheci-

“Acolher refugiados, para além da dimensão humanitária, é uma urgência social, económica e cultural, pois reforça a diversidade cultural e o capital humano. Porém, deverá ser acompanhada de uma defesa de todas as tradições culturais (e não apenas de residentes ou apenas de refugiados), sob pena de criar ghettos e de cavar ódios.” do. Retomar caminhos que reduzam o desemprego rapidamente, aumentando a mão-de-obra e as necessidades de crescimento económico, é hoje um caminho complexo que não se fará se não for considerada a dimensão específica dos processos históricos e culturais dos vários povos que se cruzam na europa, e também em Portugal. Acolher refugiados, para além da dimensão humanitária, é uma urgência social, económica e cultural, pois reforça a diversidade cultural e o capital humano. Porém, deverá ser acompanhada de uma defesa de todas as tradições culturais (e não apenas de residentes ou apenas de refugiados), sob pena de criar ghettos e de cavar ódios. É por isso com satisfação que leio o empenho em Portugal no acolhimento de refugiados. E é também com receio que temo uma ingénua subestimação de diferenças culturais

DOM RAMIRO

E, a vida é um momento. OPINIÃO CARLOS VICENTE

Esperar que o meteorito caia, bem pode ser uma solução ao agrado de todos. Não fomos nós ou não foram eles… (uma boa desculpa) de resto o que se adivinha? Um mundo de “guetos”?!! Que está descontrolado está. Haverá força anímica para o recuperar? Haverá interesse nessa recuperação? Estarão os “Policias do Mundo” interessados na Paz (fazendo a guerra?!!) O mundo está descontrolado (e ponto). Paraísos existem cobiçados por uns, destruição e fanatismo existirão alienados por outros… estamos portanto numa grande casa, onde todos ralham sem razão ou com toda a força que a razão impõe (pelas armas). Os deuses devem estar loucos,” já era”… (passado). Já foi slogan de entretimento… Hoje é a desculpa viva de tanta porcaria engravatada, reuniões disto, daquilo e dacolá, pactos e apertos de mão com mensagens entre os dedos, do quanto custa?!! Lembras-te de mim?, faz lá

qualquer coisa por isto… e não te esqueças, leva os média…, sempre os média, (a terceira força) sempre os criadores das verdades necessárias ao momento. E, a vida é um momento. O mundo “Orwelliano” já está vivo, mas não se recomenda. À falta de melhor, até a Júlia (gordinha) que pendurava roupa no cordel… era o desejo sexual para alguém que com um bico de lápis se sentia herói, pois escrevia a história dos acontecimentos reais (contra os acontecimentos que nunca aconteciam…) mediatizados pelo poder do momento. Vamos lá… coragem para dar um passo atrás. Para saborear de novo a mudança das estações… preocuparmo-nos com o vizinho do R/C e temer-mos a arma mais perigosa lá do bairro a bolada do reguila habitual. Contra atacamos, claro com um bom puxão de orelhas e o caso fica por aí. De novo ao “ainda hoje” e por cá. Uma réstia de esperança com esta mudança de paradigma, acertos e concertos à esquerda que da direita já estamos cheios… Liberta-me a alma o ser uma TRINDADE ou um “espirito Santo”

como queiramos, até prender um ponto no espaço (três pontos)… Assim, sempre se pode desempatar… e melhor ainda cuidam de si, entre si. Medo? De quê? Afinal do que ainda não tivemos. Assim, talvez será medo do desconhecido, o que não faz muito sentido nos dias de hoje… pois aprende-se melhor batendo com a cabeça na parede, então talvez haja a motivação e força necessária para um recomeço ou um arremesso de novas motivações. Abaixo os galifões (já o dizia o Zeca) eles comem tudo, eles comem tudo (como na canção) e pior ainda deixam a terra infértil, um legado negado aos vindouros. Tanta estupidez… se já estamos perto do fim… porque não aproveitar-mos em harmonia o todo do todo a que temos direito? Porque, uns têm mais direito que outros? e sempre assim será, e este será o fim a que estamos condenados. Também já o dizia George Orwell. Bom. Vamos lá pensar que é Natal e teimosamente, continuamos a acreditar que desce pela chaminé.―

aprofundadas por meses de ansiedade e abandono. Gostaria de ver, neste campo, uma estratégia articulada com as ciências humanas, que começasse já hoje a prevenir ruturas e violências amanhã. É neste domínio que ganha sentido redobrado o programa que o consórcio europeu de gestão cultural integrada do território, coordenado pelo IPT e com uma sólida parceria regional com a CIMT e o ITM, leva a cabo, e que em 2016 se vai centrar na temática das matrizes sociais territoriais. A comunidade internacional elegeu 2016 como o Ano Internacional do Entendimento Global, e esta questão estará no centro das suas preocupações. No Médio Tejo, as autarquias que queiram aderir poderão começar a estruturar uma rede que, para além de favorecer o conhecimento e a convivência, será também uma rede de paz. Os caminhos de futuro preci-

sam de pessoas que consigam entender que o futuro só se consegue influenciar a médio prazo, e que por isso é fundamental iniciá-lo já. Os dias perdidos são oportunidades perdidas, e infelizmente começam a ser contados, na europa, como vidas perdidas. Ignorar que as ruturas já se iniciaram, que o desemprego é o pior problema global do planeta e de Portugal, ou que não é possível derrotar o terrorismo sem fazer crescer rapidamente a classe média, dentro e fora da Europa… será um erro trágico. Os tempos de hoje são muito acelerados, mas não se evitarão ruturas se não se pensar hoje no médio e no longo prazo. Esclarecer, informar, debater… são urgentes para a próxima definição global do agir. A ignorância é a noite da mente, Mas uma noite sem lua nem estrelas. confúncio―


TURISMO 17

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TURISMO

Carta Nacional do Turismo Militar: Do Conceito À Operação Proposta de Intervenção TEXTO NA

Realizou-se no dia 10 de Dezembro, no auditório Prof. Dr. José Bayolo Pacheco de Amorim, no campus do Instituto Politécnico de Tomar (IPT), a sessão de lançamento do livro Carta Nacional do Turismo Militar: Do Conceito À Operação – Proposta de Intervenção que contou com a presença do senhor Secretário de Estado da Defesa, Dr. Marcos Perestrello, do Presidente do Instituto Politécnico de Tomar, Prof. Doutor Eugénio Pina de Almeida, do Presidente da Direcção do Centro de Investigação, Desenvolvimento e Inovação da Academia Militar, Prof. Doutor António Serralheiro e do Tenente-General Fernando de Campos Serafino, Comandante do Comando da Logística do Exército, que teve a seu cargo a apresentação da Obra. O Livro Carta Nacional do Turismo Militar: Do Conceito À Operação – Proposta de Intervenção resulta de uma organização conjunta entre o Instituto Politécnico de Tomar, a Brigada de Reacção Rápida e a Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha. Esta Obra apresenta os resultados do projecto de investigação entre o IPT e a Universidade de Aveiro fruto do Programa Doutoral em Turismo daquela Universidade subordinado à integração do Turismo Militar na realidade da estratégia turística nacional bem como os resultados obtidos no projecto “Turismo Militar: Activação Turística do Património Militar Nacional existente nas Unidades Militares do Exército”, realizado no Centro de Investigação, Desenvolvimento e Inovação da Academia Militar, de 2014 a 2015.

Um “Projecto Inovador e Pertinente” A propósito deste lançamento, o Professor Doutor Eugénio Pina de Almeida, Presidente do IPT afirmou que “reconhecendo este livro enquanto projecto inovador e pertinente para a região e para o país, é com sentimento de missão cumprida que o IPT abre as suas portas para apresentar a concretização dos resultados de dois anos de investigação.” Durante o seu discurso, o Presidente do IPT referiu-se ainda a esta sessão como um “sinal de

reconhecimento da qualidade do trabalho desenvolvido pelo Instituto Politécnico de Tomar e os seus parceiros.” Também a propósito do lançamento do Livro, o Presidente da Direcção do Centro de Investigação, Desenvolvimento e Inovação da Academia Militar, Professor Doutor António Serralheiro, considera que “ hoje conclui-se um projecto relevante para o CINAMIL, o Turismo Militar que terá uma segunda fase a partir de 2016”. Já o Tenente-General Fer-

nando de Campos Serafino, Comandante do Comando da Logística do Exército, que teve a seu cargo a apresentação deste Livro, referiu que “a Carta Nacional do Turismo Militar que ora se remete ao conhecimento e consideração pública irá constituir-se como um “marco” fundamental no percurso do Turismo Militar, pelo contributo que certamente dará para fomentar o interesse de entidades públicas e privadas e dos cidadãos em geral, no desenvolvimento do conceito de Turismo Militar e da sua

operacionalização, que se deseja traduzida numa combinação responsável e sustentável do nosso património histórico-militar, tanto material como imaterial, e o Turismo.” Acrescentando ainda que “num plano imaterial, o Turismo Militar também favorece o fomento dos valores mais nobres associados à nossa História, valores que sustentam a coesão nacional e a vontade esclarecida de partilha consciente de um projecto comum, enquanto cidadãos portugueses.”―

Castelo de Almourol é um dos monumentos que pode vir a beneficiar a região através de uma nova mentalidade neste segmento turístico


18 DESPORTO

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NATAÇÃO

FUTEBOL

CN Tejo Campeonato Nacional de Clubes da 4a Divisão

UD Atalaiense termina primeira volta a meio da tabela

TEXTO NA

TEXTO RICARDO ALVES

O Clube de Natação do Tejo, de Vila Nova da Barquinha, sagrou-se campeão nacional da 4.ª divisão. A competição realizou-se nos dias 28 e 29 de Novembro, nas piscinas Municipais das Caldas da Rainha e o clube barquinhense sagrou-se campeão nacional daquela divisão em femininos. O Clube de Vila Nova da Barquinha, depois de ter sido primeiro na fase de qualificação, repetiu a façanha e voltou a vencer numa competição

“renhida até ao fim, apesar de já vir a dominar a classificação desde a primeira jornada”, lêse num comunicado enviado às redacções. “Numa prova onde estiveram presentes 308 nadadores em representação de 25 clubes de todos o país”, o CNTejo, orientado pelo técnico Paulo Serra, esteve presente com, Carolina Carpinteiro, Carolina Marques, Mafalda Marques, Inês Duarte e Rute Leonardo. No comunicado, o clube descreve ainda a forma como logrou alcançar o feito

nacional. “De realçar a forma calculista como a equipa se comportou, numa competição muito forte, e onde o espírito de compreensão e amizade prevaleceu.” “Aproveitamos, mais uma vez, para agradecer a todos os que nos têm apoiado e dizerlhes que esta vitória é também deles e que continuaremos a dignificar o nosso concelho.” O Jornal NA endereça ao clube os parabéns e reconhece o esforço de todos e todas as atletas e dirigentes, desejandolhes os maiores sucessos. ―

A União Desportiva Atalaiense (UDA) terminou a primeira volta do Campeonato Distrital (2.ª divisão, série A) na sexta posição entre as nove equipas que a compõe. O último jogo da primeira volta definiu uma visita ao campo da Casa do Povo do Pego, Abrantes, com a equipa da UDA a sair derrotada por 1-0. É precisamente a Casa do Povo do Pego que lidera a classificação da série A com 22 pontos, equipa que conta por sete vitórias e apenas um empate os oito jogos da Primeira volta. Logo a seguir Está

o Ferreira do Zêzere na segunda posição com 18 pontos, e em terceiro a União desportiva de Santarém com 14. A UDA encontra-se na sexta posição com 10 pontos, os mesmos que Caxarias que está em quinto. A UDA conta com três vitórias, um empate e quatro derrotas, e está a 10 pontos do último classificado, o Tramagal Sport União que ainda não logrou pontuar. Na série B a classificação é liderada pelo Grupo Desportivo de Benavente, com 21 pontos, seguido de CF Benfica do Ribatejo e GD Samora Correia, com 17 e 16 pontos respectivamente. ―

CONSTÂNCIA

Pavilhão Municipal acolheu X Gala dos Campeões de patinagem artística TEXTO NA

No dia 5 de Dezembro, decorreu a Gala APR – Época 2015 no Pavilhão Desportivo de Constância, organizado pela Associação de Patinagem do Ribatejo em que o Clube Estrela Verde foi o Clube anfitrião. O evento, com casa praticamente cheia, teve a presença

de todos os Clubes de Patinagem do Ribatejo, 13 Clubes com um total de 215 atletas que demonstraram esquemas de grupo. Este evento é uma festa de final de época, que para além de cada Clube nos alegrar com esquemas de grupo com diversos atletas, são congratulados os campeões distritais nos diversos escalões e categorias da época 2015.

Jovens patinadores do Clube Estrela Verde de Constância

O Clube Estrela Verde participou num esquema de grupo intitulado como “HAPPY” com a presença de 21 atletas como também teve o destaque no esquema de abertura da Gala, que para além destes, teve a participação de mais 14 atletas, os iniciantes nesta modalidade, que pela primeira vez, mostraram as suas habilidades sobre rodas. ―

ABRANTES

Câmara Municipal apoia colectividades com mais de 185 mil euros TEXTO NA

A Câmara de Abrantes aprovou no dia 17 de Novembro as candidaturas apresentadas ao Programa de Apoio às Colectividades do Concelho– Finabrantes 2015/2016 – Medida 2 (Desporto). Para a presente época desportiva, a Câmara vai disponibilizar €185.807 para apoio efectivo a 35 colectividades, em 23 modalidades desportivas diferentes. No que diz respeito a actividades desportivas federadas de carácter regular, será atribuído um total de €175,182,

repartido por 31 clubes/associações, em 18 modalidades diferentes, com uma envolvência de 53 equipas no âmbito dos desportos colectivos (944 atletas) e 371 atletas em desportos individuais. Já no apoio à promoção de actividades desportivas ou recreativas de lazer, meramente lúdicas, são apoiadas 12 colectividades/associações, num montante de €10.624 para apoio à prática de 8 modalidades diferentes, como o futebol (escolinhas), voleibol e hóquei em patins, andebol, ténis de mesa, ginástica, entre outras, envolvendo 490 praticantes. ―


CULTURA 19

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“Ser contra um movimento é ainda fazer parte dele.” Pablo Picasso

LITERATURA

Pelo peito de Telmo Mendes adentro Telmo Mendes, escritor de Constância, estreia-se com o livro “Pelo Peito Adentro”, editado pela Chiado Editora. TEXTO RICARDO ALVES

A sessão de apresentação ocorreu no dia 6 de Dezembro em Lisboa, no Forum Tivoli, no novíssimo Clube Literário da Chiado. A oradora convidada foi a jornalista da SIC Joana Latino, a quem foi apresentado o desafio de ler e avaliar. Joana Latino mostrouse “literalmente apaixonada pelo livro e fez questão de ser a “madrinha”” da primeira obra de Telmo Mendes. Ao NA, o escritor contou que o gosto pela escrita chegou cedo, pela “composição frásica, pela busca de palavras e descortinar de emoções” e que aos13 anos, lhe ofereceram uma guitarra e a sua vida mudou. “Foi uma porta para a criatividade que de outra forma não se teria revelado tão cedo. A música

surge na minha vida como uma ponte para a escrita.” Descrevendo a sua primeira obra como “um compromisso”, “Pelo Peito Adentro” “associa textos em prosa com fotografia. A imagem e a palavra estão presentes em perfeita harmonia num livro cheio de sensações. Não é apenas um livro… é uma viagem para um mundo novo. Um livro que, em cada virar de página, nos leva para um lugar diferente. Não esperem uma escrita empoeirada nem folhas amarelas”, avisa Telmo Mendes. Uma obra pessoal, perguntamos. “Sem dúvida. É uma obra com uma carga muito biográfica. Existe muito da minha pele nos textos e fotografias. É uma obra pessoal mas ao mesmo tempo partilhada. O Carlos Mateus de Lima, génio de todos os créditos fotográficos

do livro foi uma peça crucial nesta obra. No próprio clima do livro. Tive a sorte de ter como coordenadora editorial da Chiado, uma pessoa que acreditou neste novo conceito e me deu total liberdade para a sua elaboração. Por vezes, quando o autor entrega a sua obra a uma Editora, esta quase deixa de lhe pertencer. O design da capa, composição gráfica… no meu caso não! Tive participação e liberdade total em todo o processo.” O livro vai chegar gradualmente às livrarias e pode ser adquirido de forma mais directa através da editora, pelo email telmomendes.pelopeitoadentro@gmail.com, ou na sua página de facebook em www. facebook.com/pelopeitoadentro. ― ­

Telmo Mendes, terceiro a contar da esquerda na apresentação do seu primeiro livro

ABRANTES

Colectiva de Fotografia na QuARTel TEXTO NA

Uma colectiva de fotografia de autores locais está patente ao público na Galeria Municipal de Arte de Abrantes – QuARTel – até 8 de Janeiro de 2016. Acolhe trabalhos dos seguintes autores que, de alguma

forma, estão ligados a Abrantes: Herlander Gomes; João Jerónimo; Juno Doran (nascida Célia Penteado); Luís Gomes; Margarida Bicho; Maria Isabel Clara; Miguel Simão; Nuno Simples; Paulo Jorge Mendes e Sandra Eunice dos Santos. No âmbito desta mostra,

com o nome “Galeria Aberta”, a sala do piso 1 da Galeria está disponível durante esta janela temporal (até 6 de Janeiro) para acolher fotos de todos os que se sintam desafiados à arte da fotografia. Cada participante pode entregar até três fotografias. ―

Roteiro do Tejo: dos territórios, das pessoas e das organizações

49. As coisas da terra e os seus intervenientes Luís Mota Figueira Professor Coordenador do Instituto Politécnico de Tomar Diretor Técnico do Museu Agrícola de Riachos e Casa-Memorial General Humberto Delgado

Num documento da União Europeia, intitulado “Orientações para os Intervenientes Locais sobre o Desenvolvimento Local de Base Comunitária” localizável no endereço http://ec.europa. eu/regional_policy/sources/ docgener/informat/2014/guidance_clld_local_actors_pt.pdf lemos sobre um conceito que fundamenta medidas de política: “Desenvolvimento local de base comunitária é um termo utilizado pela Comissão Europeia para descrever uma abordagem que inverte a tradicional política de desenvolvimento «descendente». No âmbito do DLBC, a população local assume a liderança e forma uma parceria local que concebe e executa uma estratégia de desenvolvimento integrado. A estratégia é concebida de forma a aproveitar os pontos fortes, ou «ativos», sociais, ambientais e económicos da comunidade ao invés de apenas compensar os seus problemas. Para isso, a parceria recebe financiamento a longo prazo - e decide como este é gasto.” Em doutrina, este é claramente um avanço porque destaca o papel dos «ativos» mas, (há sempre um mas) as coisas não são assim tão diretas. Tendo em consideração o extenso e complexo documento que escolhemos referir (que determina orientações para os

“Na mobilização dos intervenientes locais, será que há espaço para que grande parte deste pessoal interno qualificado seja o que com formação superior e profissional não encontra ocupação?”

intervenientes locais num intrincado mas necessário tecido de referências e normativos…) será importante destacar do mesmo o seguinte: “É absolutamente essencial que a parceria tenha pessoal interno suficientemente qualificado para exercer estas funções, ou que as possa exercer externamente. Pode recorrer-se a apoio preparatório para financiar este tipo de reforço da capacidade durante o lançamento dos programas. Se não forem disponibilizados recursos financeiros e humanos para o reforço das capacidades, existe uma forte probabilidade de a estratégia vir a ser monopolizada pelos intervenientes mais fortes e poderosos da comunidade, em detrimento de outras partes interessadas e da comunidade em geral.” Nos textos das muitas Orientações e Comunicações exibidas pelos sítios eletrónicos dedicados à estratégia Europa 2020 há textos semelhantes. Referir que é “…absolutamente essencial que a parceria tenha pessoal interno suficientemente qualificado…” significa valorizar os tais «ativos». Aliás, nesta lógica, é possível obter “…apoio preparatório para financiar este tipo de reforço da capacidade durante o lançamento dos programas.”, o que pode significar oportunidades. Na mobilização dos intervenientes locais, será que há espaço para que grande parte deste pessoal interno qualificado seja o que com formação superior e profissional não encontra ocupação? Parte significativa deste pessoal tem sido formado por instituições que um pouco por todo o país tentam servir os territórios onde têm influência na criação e na transferência de Conhecimento. Neste quadro “Europa 2020”, “Portugal 2020”, e apesar da emigração tendencialmente forçada, ainda existem muitos potenciais intervenientes esperando oportunidades para demonstrarem competências e criarem valor para o desenvolvimento local de base comunitária. Será que os promotores institucionais terão capacidade para os tornarem verdadeiros intervenientes? Riachos, 1 de dezembro de 2015 ―­


20 CULTURA

DEZEMBRO 2015

NovoAlmourol

A BEM DIZER...

TOMAR

Abrantes e a História Local

Bons Sons é o melhor Festival de Média Dimensão TEXTO RICARDO ALVES

António Matias Coelho Historiador. Consultor Cultural amatiascoelho@sapo.pt

Realizaram-se há poucos dias as XIII Jornadas de História Local de Abrantes. Dito assim, a afirmação nada parece ter de especial e até pode o leitor perguntar e então? Ora acontece que há nela duas componentes que tornam o acontecimento relevante: uma é que se trata de jornadas de História Local que é coisa que, infelizmente, se vai vendo cada vez menos por aí. E depois (e sobretudo) porque são as 13.ªs. E não é por 13 ser número de sorte ou de azar: é porque em 13 anos seguidos, sem uma falha sequer, se reuniram em Abrantes historiadores locais e outros interessados para apresentarem resultados da sua investigação e para refletirem sobre o conhecimento no nosso passado, da nossa memória. É obra. É obra e há de continuar a ser. Porque daqui a um ano, não tenho dúvidas, haverá outra vez em Abrantes Jornadas de História Local, as 14.ªs. E assim sucessivamente. Não é pouco, mas não é tudo. No decurso destas jornadas, que se realizaram no dia 4 de dezembro, foi apresentado o n.º 26 da revista Zahara, uma publicação periódica dedicada à História Local de Abrantes e dos concelhos vizinhos. É semestral a revista. Ora 13 anos, a duas edições em cada ano, dá esse número 26. Bate certo, também aqui não há falhas. Manter durante um período de tempo tão considerável estas duas atividades – a organização das Jornadas de História Local de Abrantes e a publicação da revista Zahara –, sem apoios de vulto, vivendo apenas de boas vontades e das colaborações de quem gosta do estudo, do conhecimento e da divulgação do nosso passado coletivo, é um feito que deve ser destacado. E é preciso que se saiba quem o consegue porque quem o consegue tem nome: é o CEHLA – Centro de Estudos de História Local de Abrantes, uma secção da Palha de Abrantes – Associação de Desenvolvimento Cultural. Apesar do esforço de muitos estudiosos, mais ou menos académicos, que vêm dedicando boa parte do seu tempo e da sua energia à investigação e à

produção de conhecimento relativos ao passado das nossas comunidades, a História Local tem sido, e ainda é, considerada uma espécie de história menor. E não é, nada havendo de mais injusto do que essa desconsideração que só fica mal a quem a alimenta. A História Local é antes, isso sim, uma outra perspetiva de análise da realidade histórica, centrada em contextos geográficos e humanos de menor dimensão. E, como alguns mestres mais esclarecidos da História Nacional têm reconhecido, é sobre bons e abundantes estudos de História Local que em boa parte deve assentar a construção da História do país. O que se faz no CEHLA é isso mesmo: bons e abundantes estudos de História Local da região que tem Abrantes como centro e inclui os concelhos de Constância, do Sardoal, de Mação e do Gavião. Faz e divulga – nas Jornadas que já são 13 e na Zahara que conta 26. Este é um trabalho de muita gente, sob a coordenação de José Martinho Gaspar, coordenador do CEHLA e diretor da Zahara. Mas há muitos outros homens e mulheres cujos contributos regulares são essenciais para manter viva em Abrantes e na região a chama da História Local: José Alves Jana, Joaquim Candeias da Silva, Carlos Grácio, Isilda Jana, Teresa Aparício, Rolando Silva, Sara Cura, Ana Paredes Cardoso, António Manuel M. Silva, Mário Jorge de Sousa e tantos mais. Merece Abrantes, graças ao trabalho do CEHLA, que dela se diga bem. Porque, a bem dizer, é uma das poucas cidades do interior do país que trata a História Local com dignidade.― ­

“(…) a História Local tem sido, e ainda é, considerada uma espécie de história menor”

O Festival Bons Sons, organizado pelo Sport Clube Operário de Cem Soldos (scocs), naquela aldeia de Tomar, estava nomeado para as categorias de Melhor Médio Festival (votação do público), Melhor Festival Urbano (público), Melhor Campismo (público), Festival Mais Sustentável (júri), Contribuição para a Divulgação de Música Portuguesa (júri) e Contribuição para o Turismo (júri).Acabou por vencer uma das mais importantes tendo sido votado pelo público como o Melhor de Média Dimensão.

Na Página de facebook do Bons Sons/scocs a organização congratulou-se pelo facto de a escolha ter sido feita pelo público, “tinha que o ser pelo público.Sempre o público do nosso lado. Somos o festival que tem o melhor público dentro e fora de portas.” Na mesma comunicação, o scocs realça o facto de “esta ser uma luta de titãs onde uma associação local esteve a lutar de igual para igual com os grandes festivais, grandes estruturas de produção e com grandes marcas. Esta distinção é um grande testemunho de esperança e um enorme contributo para a concretização da utopia.”

Recorde-se que o Festival Bons Sons passou a ser organizado anualmente em 2015, deixando cair a organização bianual. Em 2015, pela pequena aldeia de Cem Soldos, passaram nomes como Benjamim, Ana Moura, Clã, Carlão,Tó Trips, Camané, Manel Cruz, D’Alva, entre muitos outros. O prémio, um Galo de Barcelos pleno de design, já está nas estantes de prémios da associação. Em 2015, o scocs foi também um dos premiados da primeira Edição dos Prémios Novo Almourol na categoria Associativismo. Em 2016 há mais Bons Sons. ―

Luís Ferreira, presidente do SCOCS segura o troféu, ladeado de colegas da direcção

VN BARQUINHA:

A música ao alcance de todos no CIR-ExTuna O Clube Instrução de Recreios de Moita do Norte,em Vila Nova da Barquinha, oferece uma grande variedade de aulas e formação musicais, para todas as idades. As formações disponibilizadas são Guitarra Eléctrica e Guitarra Clássica– iniciação e nível avançado (com Prof. Jorge Esperança), Bateria - iniciação e nível avançado (com Prof. Zé Maia), Saxofone- alto, tenor e barítono (com Prof. Pedro Borga) e Formação Musical (com Prof. Jorge Esperança e Pedro Borga). Os horários podem ser articulados às necessidades de cada um e possibilidades dos professores e as informações podem ser obtidas através do telefone 918297233 ou através do email cir-extuna@gmail.com. ―


CULTURA 21

DEZEMBRO 2015

FACEBOOK.COM/JORNAL-NOVO-ALMOUROL

Marca d’ Água

ABRANTES

Natal e passagem de ano no Centro Histórico com vasto programa TEXTO NA

O Pai Natal já chegou a Abrantes, no dia 5 de Dezembro, que nesta quadra andará pelo Centro Histórico de Abrantes a convidar as crianças para a “Fábrica do Pai Natal” “instalada” no Jardim da República com jogos, contos de Natal e actividades de expressão plástica. Estas duas iniciativas integram o vasto programa de animação natalícia preparado pela Câmara Municipal em parceria com a Associação Centro Comercial Ar Livre com vista à animação do Centro Histórico, para atrair novos públicos e promover a dinamização do comércio tradicional. Até dia 6 de Janeiro, ruas e praças contam com a tradicional iluminação alusiva à época. Iluminada a partir de dia 1, está a Torre de Telecomunicações transformada num apara-

toso efeito de Natal, dos maiores do país, este ano com recurso a 62 mil lâmpadas LED. Novidade este ano serão os passeios de tuk tuk pelo Centro Histórico (partidas e chegadas na Praça Barão da Batalha), com algumas lojas aderentes a oferecerem ingressos para a viagem. Construções de presépios e enfeites para a árvore de Natal em massa biscuit, um “Cristmas Night Run”, oficina de confecção “Pop Cakes” de Natal, arruada pelas bandas filarmónicas de Mouriscas e de Rio de Moinhos, animação de rua com o grupo “Drama e Beiço”são algumas das actividades dirigidas às famílias e em particular às crianças. Entre 12 e 27 de Dezembro decorre um concurso de fotografia intitulado “O Natal é quando tu quiseres!”, em que as fotografias deverão ilustrar o espírito natalício em todas as freguesias de do concelho de Abrantes. Até 22 de Dezembro, decor-

re uma recolha de cartas dirigidas ao Pai Natal que podem ser entregues durante a semana no Espaço Jovem (Largo Ramiro Guedes) e ao fim de semana na “Fábrica do Pai Natal” ( Jardim da República). Espectáculos musicais em vários equipamentos culturais integram também o programa: concerto “Pequena História da Canção Francesa” com António Victorino de Almeida e Nádia Sousa, no cineteatro S. Pedro, dia 11 de Dezembro, pelas 21h30 e o concerto de Natal do Orfeão de Abrantes, dia 19, pelas 16h00, na Igreja de S. João. O Jardim da República será o palco para a grande festa de passagem de ano, animada por David Antunes & Midnight Band e FF que contará também com animação do Dj PaulS. Uma largada de 2016 balões iluminados assinalará o ano do Centenário da elevação de Abrantes a cidade.―

Muita animação até dia 6 de Janeiro no bonito centro Histórico de Abrantes.

VN BARQUINHA

Natal Sinfónico na Igreja Matriz O Grupo Coral de Tancos e a Orquestra Sinfonietta Almourol, guiados pelo maestro Pedro Correia, voltam a brindar a população com um concerto, desta feita na Igreja Matriz de Vila Nova da Barquinha, no dia 19 de Dezembro, pelas 21h00. A entrada é livre.

O espaço cultural

Alves Jana Consultor

Há cem anos, a relatividade geral mostrou-nos que o espaço em que vivemos não é o espaço euclidiano vazio, uniforme e inerte, onde existem coisas e ocorrem acontecimentos e se movem objectos segundo as leis de Newton. O espaço einsteiniano é curvo, diferenciado e dinâmico, é um campo de forças, que adensa a sua curvatura sob a acção de uma concentração de matéria, por exemplo uma estrela. E, ao curvar-se, leva consigo o que faz parte ou se move nesse espaço. Também podemos pensar a cultura como algo que acontece num espaço vazio e inerte euclidiano. Os objectos, as pessoas e os acontecimentos culturais existem e circulam neste espaço neutro. E, no mesmo espaço, as pessoas consomem, ou não, os produtos nele disponíveis, sujeitas a forças como o interesse, o preço e outras semelhantes. Mas também podemos, de modo mais einsteiniano, pensar a sociedade como um espaço cultural, não homogéneo, mas que se curva, se dobra, se torce junto a certos produtos, pessoas e acontecimentos di-

“(…) é o próprio espaço que é cultural e os objectos, as pessoas e os acontecimentos são parte, são formações do próprio espaço, densificações do seu campo de forças.”

tos culturais. Neste caso, é o próprio espaço que é cultural e os objectos, as pessoas e os acontecimentos são parte, são formações do próprio espaço, densificações do seu campo de forças. Vamos a um exemplo, para facilitar a compreensão. Segundo esta perspectiva, o festival Bons Sons não aconteceu “em” Cem Soldos (perspectiva euclidiana); foi Cem Soldos que aconteceu sob a forma de festival, não de qualquer festival, mas o Bons Sons. “Mania de complicar”, dirão alguns, “isso é só palavreado”. De modo nenhum. Estamos em universos culturais diferentes. Por isso mesmo é que os responsáveis pelo Bons Sons tiveram de explicar e insistir que o festival era feito pela aldeia e não apenas na aldeia. Sinal de que algo de – muito – importante está nessa diferença. Que passa despercebida a quem pensa num modelo cultural euclidiano, que é o mesmo que dizer newtoniano. Outro exemplo. Um cineteatro não é um lugar “onde” se realizam espectáculos, mas um centro de forças que dobra o espaço cultural à sua volta e, desse modo, arrasta consigo ou repele pessoas que se movem culturalmente no espaço da sua influência. Se não dobra, é porque não se passa nada, culturalmente. Tenho pena de não saber explicar isto melhor, mas sei quase nada da física deste nosso tempo. Mas sinto que está aqui um paradigma capaz de frutificar a análise nas mãos de quem souber mais que eu. E também uma nova conceção do que é o trabalho cultural e a programação de uma estrutura ou de um evento pode trazer novidades. Como já fazem os que produzem o Bons Sons.―


22 GASTRONOMIA

DEZEMBRO 2015

NovoAlmourol

CONSTÂNCIA

Camões com Sabor Doces Cabazes… e muito mais TEXTO NA

A loja Camões com Sabor, situada na vila de Constância, junto à Praça Alexandre Herculano, convida os consumidores a visitar as suas instalações e conhecer os cabazes e Doces, feitos exclusivamente com produtos do concelho. A TAGUS, os espaços de promoção de produtos locais e os

seus produtores prepararam algumas sugestões de oferta para enriquecer o seu Natal. A loja terá estes produtos exclusivos à venda até dia 28 de Dezembro. Em Constância e noutras localidades da região há vários pontos de compra de produtos exclusivamente regionais, de qualidade superior, que poderão tornar-se prendas únicas neste Natal, e não só.―

SARDOAL

Prova de Azeites no Cá da Terra TEXTO NA

O espaço “Cá da Terra”, em Sardoal, acolhe no próximo dia 18 de Dezembro, sexta-feira, pelas 19 horas, uma Prova de Azeites. A prova será comentada por Rita Marques, Engenheira Responsável pela Qualidade da SAOV – Sociedade Agrícola Ouro Vegetal SA, de Abrantes, e contará também com uma me-

renda composta por pão caseiro, couves com feijão, petiscos de azeitonas, de enchidos e de bacalhau, fritos de Natal e o tradicional “café das velhas”. A participação está sujeita a inscrição (8 euros) com limitação do número de participantes, sendo que a mesma deve ser feita até 15 de dezembros através do email cadaterra.sardoal@gmail.com ou pelo tlf. 241 851 144.―

MAÇÃO

Vinho Terras da Gama e Município galardoados em concurso internacional TEXTO NA

O produtor de vinhos Sociedade Agrícola Terras da Gama, do Concelho de Mação, ganhou uma medalha de prata no âmbito do XIV Concurso Internacional de Vinhos “La Selezione del Sindaco”, que se realizou no Palácio do Marquês de Pombal, em Oeiras, em Maio deste ano. Também o Município foi agraciado com um diploma, numa iniciativa internacional que promoveu a participação conjunta de produtores e respectivos Municípios. A entrega da medalha de prata e do diploma ao produtor Sociedade Agrícola Terras da Gama, que concorreu com vinho “Terras da Gama – Reserva Tinto 2012”, e do Diplo-

ma ao Município de Mação aconteceu no dia 29 de Outubro no 35º Festival Nacional de Gastronomia, que decorreu em Santarém. Estiveram presentes Vasco Estrela, Presidente da Câmara Municipal de Mação e António Francisco Simões, em representação da Sociedade Agrícola Terras da Gama. “La Selezione del Sindaco” é um prestigiado concurso enológico que, este ano e na sua 14.ª edição, se realizou pela primeira vez fora de Itália, numa organização da AMPV – Associação de Municípios Portugueses do Vinho, em parceria com a associação italiana Cittá del Vino e Rede Europeia das Cidades do Vinho (Recevin). Refira-se que, segundo a AMPV, o Concurso “La Selezione del Sindaco” “colocou

à prova mais de 1100 vinhos de toda a Europa e Brasil, dos quais 400 foram portugueses, tendo as amostras sido avaliadas por um júri internacional composto por 80 provadores, com a ajuda de um software especificamente criado para o efeito. A AMPV destaca “não só a adesão significativa dos municípios e produtores nacionais, como igualmente a qualidade dos vinhos – do total de 301 medalhas atribuídas, 146 premiaram vinhos portugueses”. O concurso conferiu um total de 131 Medalhas de Prata, das quais 51 foram para Portugal; 143 Medalhas de Ouro, tendo Portugal arrecadado 78; e 27 Medalhas Grande Ouro, com Portugal a distinguir-se também aqui, recebendo 17”.―


NADA PARA FAZER 23

DEZEMBRO 2015

FACEBOOK.COM/JORNAL-NOVO-ALMOUROL

Dezembro MÚSICA

TEATRO| DANÇA

SABER

CINEMA

PATRIMÓNIO

ETNOGRAFIA

AR LIVRE

GASTRONOMIA

LITERATURA

EXPOSIÇÃO

Prova de Azeites no Cá da Terra 18 Dez 19h00

Concurso Monumento ao Artesão “Mãos que Criam, Mãos do Mundo” 01 Dez → 31 Dez 15h00

Monumento ao artesão é um Concurso aberto ao público em geral não só para residentes no concelho do Entroncamento mas para qualquer pessoa a nível nacional. SALA DO CENTRO CULTURAL ENTRONCAMENTO -

Cantar Natal 2015 Tomar Natal

02 Dez → 30 Dez

Estacionamento gratuito nos parques cobertos municipais (Praça da República e Pavilhão Municipal) todas as quartas e sábados, de 2 a 30 Dezembro, entre as 12h00 e as 24h00. Utilização gratuita dos transportes urbanos de Tomar nos dias 19, 23 e 24 Dezembro. TOMAR -

“Venda de Natal” da Fundação Garcia na Biblioteca Municipal 03 Dez → 06 Jan 10h00

Correio de Natal 01 Dez → 22 Dez 10h00

Esta atividade consiste na recolha de cartas ao Pai Natal. As cartas colocadas no “Marco do correio” elaborado para o efeito serão respondidas pelo serviço de juventude. ABRANTES -

Exposição Memórias da Minha Escola... 01 Dez → 29 Jan 09h30

Comemoração do Centenário da Escola Primária Mixta de Constância BIBLIOTECA MUNICIPAL ALEXANDRE O’NEILL CONSTÂNCIA -

A Câmara Municipal volta a assinalar o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, através da realização de uma “Venda de Natal”. BIBLIOTECA MUNICIPAL VILA DE REI -

Exposição do concurso “Livros e fotografia”

04 Dez → 04 Jan

18.º Aniversário da Biblioteca Municipal de Tomar BIBLIOTECA MUNICIPAL TOMAR -

Exposição de fotografia e pintura“Pela Costa Fora” 04 Dez → 07 Fev

Fotografia e pintura, aventura marítima de Bruno Gaspar. GALERIA MUNICIPAL OURÉM -

Exposição Coletiva de Pintura “Olhares e Perspetivas no Feminino” 05 Dez → 30 Dez 16h00

Exposição com obras de Carla Figueiredo, Sandra Ribeiro e Susana Caldeira CASA DA CULTURA ALCANENA -

05 Dez → 09 Jan

Concertos natalícios Coro e Música de Câmara da Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco 16 Dez 21h00, CANTO FIRME Orquestra de Sopros e Ensemble de Metais da 17 Dez 21h00 CANTO FIRME The BellsBrass Ensemble 23 Dez 21h00 CANTO FIRME Concerto de Reis 9 Jan 16h00 IGREJA S. JOÃO BAPTISTA TOMAR -

Exposição Coletiva de Pintura “3D” 05 Dez → 31 Dez 17h00

Exposição conjunta das artistas Dina Vitória, Dora Vitória e Dulce Cardoso. CENTRO CULTURAL ELVINO PEREIRA MAÇÃO -

Exposição de Peças Natalícias 05 Dez → 03 Jan 09h00

Comemoração da época natalícia. Sendo o principal objetivo promover e incentivar a produção de peças manufaturadas pelas pessoas do concelho POSTO DE TURISMO CONSTÂNCIA -

O espaço Cá da Terra, acolhe uma Prova de Azeites. CÁ DA TERRA SARDOAL -

Expo Venda de Natal em Mação

08 Dez → 02 Jan 17h00

A Expo Venda de Natal é o espaço ideal para comprar as suas prendas de Natal. GALERIA DO CENTRO CULTURAL ELVINO PEREIRA MAÇÃO -

Labor # 2 Teatro Comunitário Documental 18 Dez → 19 Dez 21h30

Este é um projeto teatral que mostra muita da forma como a sociedade e o trabalho se organizam atualmente, tocando em várias questões ideológicas e fraturantes. TEATRO DO VESTIDO TRAMAGAL -

Oficina criativa Construção de Enfeites de Natal 19 Dez 15h00

A magia do Natal está a chegar... Está na hora de decorar a árvore com os enfeites natalícios! SALA DO CENTRO CULTURAL ENTRONCAMENTO -

Espetáculo de Natal “A Anunciação O Início de uma Era”

Pais e filhos com música 19 Dez 10h30

Espaço musical destinado a crianças. BIBLIOTECA MUNICIPAL OURÉM -

“Natal é Festa” Férias Jovens 21 Dez → 30 Dez 09h00

Férias Jovens, atividades desportivas e culturais para os jovens nos vários espaços desportivos e culturais do município. ABRANTES -

Férias de Natal em Mação 21 Dez → 31 Dez 09h00

Férias de Natal em Mação para crianças entre os 6 e os 14 anos. Uma iniciativa da Câmara de Mação. Inscrições abertas. MAÇÃO -

120 Anos de Cinema

19 Dez

28 Dez → 29 Dez

Um espetáculo de carisma religioso, sentimental e pedagógico, que se enquadra na forma como grande parte de nós vê o Natal, como o dia do nascimento do menino Jesus. IGREJA NOSSA Sª DE FÁTIMA ENTRONCAMENTO -

28 Dez “A Quimera do Ouro” de Charles Chaplin 29 Dez “Pamplinas Maquinista” de Buster Keaton CINETEATRO PARAÍSO TOMAR -

21h30

15h00


24 POR AGORA É TUDO

DEZEMBRO 2015

Novo ­Almourol

Título Jornal Novo Almourol Propriedade CIAAR - Centro de Interpretação de Arqueologia do Alto Ribatejo Diretor Ricardo Alves Chefe de Redação Ricardo Alves Colaboradores Cidália Delgado, Maria de Lurdes Gil Jesuvino, Rafael Ferreira, Patrícia Bica, Núcleo de Comunicação ESTA, Margarida Serôdio Opinião Luiz Oosterbeek, António Luís Roldão, Alves Jana, António Carraço, Teresa Nicolau, João Gil, Luís Mota Figueira, Luís Ferreira, João Geraldes Marques, Joaquim Graça, Bruno Neto, Humberto Felício, Tiago Guedes, Carlos Vicente, Miguel Pombeiro, Rita Inácio, António Matias Coelho Edição Gráfica Pérsio Basso e Paulo Passos Fotografia Ricardo Alves Paginação Ana Mourão Publicidade Novo Almourol Departamento Comercial 249 711 209 - novoalmourol@gmail.com Jornal Mensal do Médio Tejo Registo ERC nº 125154 Impressão FIG - Indústrias Gráficas SA Tel. 239 499 922 Fax. 239 499 981 Tiragem Média Mensal 3500 ex. Depósito Legal 367103/13 Redacção e Administração Centro de Interpretação de Arqueologia do Alto Ribatejo - Largo do Chafariz, 3 - 2260-407 Vila Nova da Barquinha Email ciaar.vnbarquinha@gmail.com / novoalmourol@gmail.com

Editorial

INOVAÇÃO

NERSANT quer desenvolvimento de novos produtos e serviços na região TEXTO NA

A nersant - Associação Empresarial da Região de Santarém, está a apostar numa estratégia promocional da inovação e da valorização da oferta na região, através da dinamização do projecto inovpme. Este projecto irá culminar com o lançamento de uma plataforma de valorização da oferta e inovação partilhada. Para tal, a nersant prevê a realização de um conjunto de acções que visa diversificar a oferta empresarial com o recurso a ferramentas de Desenvolvimento de Novos Pro-

dutos e Desenvolvimento de Novos Serviços em processos de inovação aberta, partindo de um diagnóstico persistente e abrangente das necessidades e da oferta de produtos e serviços da região. A nersant vai iniciar a realização do diagnóstico e proceder à identificação de casos de estudo em matéria de inovação aberta e inovação de produto/serviço na região e a nível nacional/internacional e conceber, de seguida, ferramentas para o desenvolvimento dos mesmos. Na fase seguinte, a associação empresarial tem como objectivo sensibili-

zar o tecido empresarial para as temáticas de Inovação Aberta, Desenvolvimento de Novos Produtos e Desenvolvimento de Novos Serviços, identificar oportunidades de valorização de oferta por via da fusão colaborativa (inovação aberta) entre os produtos, serviços e valências da região em matéria de i&d, design e criatividade, bem como promover a efectiva transferência tecnológica e a criação de novos negócios com base em conhecimento desenvolvido em entidades de ensino e de ciência e tecnologia e no tecido empresarial. Todo este trabalho de campo

junto do tecido empresarial da região tem como objectivo final a criação e lançamento de uma plataforma de valorização da oferta e inovação partilhada (Bolsa de Inovação Tecnológica), onde as empresas apresentem os seus produtos/serviços e as suas áreas de interesse em matéria de inovação. As empresas interessadas em saber mais informações sobre este projecto devem contactar o Departamento de Apoio Técnico, Inovação e Competitividade da nersant através dos contactos datic@ nersant.pt ou 249 839 500.―

Euforia e depressão

Ricardo Alves Diretor

É tempo de Natal e da sempre esperançosa travessia para um novo ano. No recato das nossas casas os problemas reais confundem-se nestas alturas, em que a euforia e vontade de oferecer esbate violentamente com os primeiros. O Governo caiu e outro logo se levantou. A euforia háde, também aqui, dar lugar à depressão. Acontece em tudo, mesmo tudo. Na região nota-se o nervosismo. Há dois anos houve eleições autárquicas, e consequentes sonhos e promessas, e o Portugal 2020 veio para as bocas dos empresários e políticos, aterrando com estrondo nas parangonas dos jornais. Mas hoje, pouco ou nada. A própria Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, conjunto de 13 municípios, foi anunciada como pedra toque no desenvolvimento regional. Escrevemo-lo aqui, nestas páginas, muitas vezes em surdina, que a depressão haveria de chegar. E chegou.

“Escrevemo-lo aqui, nestas páginas, muitas vezes em surdina, que a depressão haveria de chegar. E chegou.” Engane-se o leitor se julgar estas minhas palavras como críticas aos agentes locais, aos representantes autárquicos ou empresários regionais. Não. A vontade existe, a força fez-se, mas há sempre algo maior a travar. A sobrecarga das autarquias é tanta que obriga cada uma a olhar para si, para o seu quintal. E assim não vamos lá. A CIMT pode ser a tal pedra toque mas para isso é preciso asas, é preciso um Pai Natal. Eu não acredito no Pai Natal mas se depois da euforia estamos deprimidos é sinal que o coração ainda bate, e só por isso vou estar atento à chaminé no dia 25 de Dezembro. Boas festas e Feliz 2016 pra todos e todas.


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