SubMódulo 6.1 - Plataformas: Finalidades e Funcionalidades

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Formação Pedagógica Inicial de Formadores

Módulo 6. PLATAFORMAS COLABORATIVAS DE APRENDIZAGEM

eBook Capítulo I – “Plataformas: Finalidades e Funcionalidades” www.nova-etapa.pt


Formação Pedagógica de Formadores Plataformas Colaborativas de Aprendizagem

FICHA TÉCNICA Título Plataformas Colaborativas de Aprendizagem – Plataformas: Finalidades e Funcionalidades

Autoria Alda Leonor Rocha Susana Martins

Coordenação Técnica Nova Etapa – Consultores em Gestão e Recursos Humanos

Coordenação Pedagógica António Mão de Ferro

Direção Editorial Nova Etapa – Consultores em Gestão e Recursos Humanos

Nova Etapa Rua da Tóbis Portuguesa n.º 8 – 1º Andar, Escritórios 4 e 5 – 1750-292 Lisboa Telefone: 21 754 11 80 – Fax: 21 754 11 89

e-mail: info@nova-etapa.pt www.novaetapaworld.com

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Índice

Competências a Adquirir

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Introdução

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Desenvolvimento de Conteúdos

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Conceitos e princípios da Aprendizagem a Distância

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Os Ambientes de Gestão da Aprendizagem online - LMS

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Ferramentas da Web

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Síntese conclusiva

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Competências a Adquirir do Capitulo No final deste capítulo de formação, deverá ficar apto a: 

Reconhecer as mudanças evolutivas do ensino a distância;

Distinguir os conceitos de eLearning e bLearning;

Identificar as características e as vantagens do elearning;

Identificar o funcionamento das plataformas de suporte da formação a distância;

Aplicar técnicas de pesquisa e de organização de conteúdos na web.

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Introdução As exigências impostas pelo fenómeno da globalização levam as organizações a apostar cada vez mais na qualificação dos seus colaboradores. Neste contexto, é imperativo que se desenvolvam formas de organização da formação que, por um lado, deem respostas à necessidade de aprender a um ritmo cada vez mais acelerado, permitam o acesso de todos independentemente do tempo e do espaço onde estejam, e ainda garanta a qualidade e a eficiência das aprendizagens. O e-Learning, enquanto modalidade da formação a distância, têm vindo a ganhar terreno face à formação presencial. Esta nova abordagem à formação abre múltiplas possibilidades, não só pelo recurso a meios mais apelativos para a transmissão de conteúdos, mas também pelo seu impacto no desenvolvimento da autonomia pessoal e da criatividade do formando. Os profissionais de educação e formação confrontam-se assim com a necessidade de se adaptarem a metodologias formativas cada vez mais complexas

e

às

necessárias

alterações

nos

processos

de

aprendizagem, geradas pelo impacto das novas tecnologias.

Neste ebook iremos apresentar os principais conceitos e princípios da formação em e-learning, certos que este tema não se esgota neste manual, mas sim, constitui um ponto de partida para novas aprendizagens neste domínio.

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Conceitos e princípios da Aprendizagem a Distância 1. A

evolução

do

Ensino

a

Distância

do

ensino

de

correspondência à Web 2.0 Antes de iniciarmos a explicitação dos conceitos e princípios fundamentais acerca do eLearning, importa enquadrá-lo enquanto modalidade do Ensino a Distância (EAD). Em termos de conceito, o EAD pode ser definido como aquele em que aprendente e formador/tutor não se encontram no mesmo espaço, estabelecendo-se a comunicação e a interação através de formas de comunicação distintas das tradicionais, ou seja, sem recurso a comunicação face a face. O Ensino a Distância tem uma longa história, surgindo por correspondência (Correspondence Colleges), realizados no Reino Unido. Atualmente, fala-se numa verdadeira “revolução” na forma de dinamizar o ensino e a formação, provocada pela WEB 2.0, pelo potencial de comunicação e interação relacionado com a utilização das redes sociais e dos meios de comunicação diversificados (teleconferência, chat, fóruns de discussão, correio eletrónico, blogues, espaços wiki e plataformas de ambientes virtuais). Hoje assiste-se à entrada na era das comunidades virtuais de aprendizagem, com a proliferação de escolas virtuais, universidades virtuais, institutos, grupos de aprendizagem informal, com cursos e conteúdos acessíveis pela World Wide Web (WWW), com a possibilidade de aulas colaborativas e interações síncronas e assíncronas, utilizando vários tipos de metodologias e de 6


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tecnologias, que promovem o ensino e a aprendizagem através da Internet.

2. Conceito de e-Learning e de b-Learning e-learning (electronic learning) - Hoje em dia aplica-se esta expressão a toda a forma de ensino ou formação realizada com recurso a plataformas colaborativas que utilizam a internet ou uma intranet como veículo de comunicação entre formandos e formadores. b-Learning (Blended Learning) corresponde uma modalidade mista, isto é, conjugando uma componente presencial com uma em e-learning. Pode ser estruturado com recurso a atividades síncronas (em tempo real), ou assíncronas (em tempo desfasado), da mesma forma que o elearning, ou seja, em situações onde formando e formador trabalham juntos num horário pré-definido, ou não, com cada um a cumprir suas tarefas, em horários flexíveis. De uma forma geral, podemos afirmar que a diferença entre a formação tradicional e a formação em eLearning assenta essencialmente nos suportes físicos de apoio ao formando e, consequentemente, na forma como se transmitem os conteúdos para facilitar a sua apreensão e assimilação. No e-Learning, independentemente da existência de tutores dinamizadores da formação, é a plataforma colaborativa (Learning Management System), o interface físico entre o formando e a entidade formadora. Para além disso, aqui o sujeito é o elemento central do processo de aprendizagem, e é a partir do seu próprio ritmo e das suas necessidades de aprendizagem que se constrói o percurso de autoformação. Nesta 7


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perspetiva, o formador/tutor assume-se como um parceiro e elemento catalisador do desenvolvimento da aprendizagem. Os Ambientes de Gestão da Aprendizagem online - LMS Na formação em e-learning, a interação entre os vários intervenientes da formação (formando, formador, coordenador, entidade formadora), é suportada em sistemas de gestão da aprendizagem (Learning Management System). Estes LMS são plataformas web através das quais é possível fazer a gestão do processo de aprendizagem, nas suas vertentes técnica, administrativa/gestão e pedagógica/educacional, com recurso às ferramentas básicas de comunicação, como o correio eletrónico (e-mail), locais de discussões (Fóruns), ou locais de discussão online (chat e víedoconferência), que suportam a interação. Estas plataformas permitem também criar, armazenar e gerir os conteúdos (manuais, exercícios, filmes, ebooks etc.) e as atividades (lição, fórum, workshops, inquérito. Trabalho, teste etc.) Lista de atividade e recursos

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Imagem de Fórum

Exemplo de uma sessão síncrona

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Dependendo das suas características, uma plataforma de eLearning pode integrar os seguintes elementos: 

LMS (Learning Management System): também conhecido por ambiente virtual de aprendizagem (Virtual Learning Environment), é responsável pela gestão de navegação dos formandos e regista os dados relativos ao seu progresso na aprendizagem. Imagem de entrada da Gestão da disciplina – acessos dos utilizadores aos conteúdos da disciplina

LCMS (Learning Content Management System): posiciona-se ao nível do desenvolvimento, armazenamento e distribuição de conteúdos personalizados de eLearning.

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Funcionalidades das LMS Atualmente, existe um leque bastante alargado de plataformas colaborativas que recorrem a tecnologia e serviços Web, a nível nacional e internacional, quer desenvolvidos e comercializados por empresas, quer com base em software open source, ou seja, sem custos de utilização. Alguns exemplos são: 

Formare; Moodle; First Class; Web Ct; AulaNet; Blackboard.

Geralmente a estrutura de uma plataforma engloba, no mínimo, um servidor, onde ficará residente a plataforma e os conteúdos dos cursos, bem como as bases de dados de gestão e registo de atividade. Posteriormente, os utilizadores virtuais acedem à plataforma e aos conteúdos dos cursos, necessitando apenas de um computador com acesso à Internet e de um browser, como o Google Chrome, Mozilla Firefox, Microsoft Internet Explorer, Microsoft Edge, Safari.

De uma forma geral, para assegurar a eficácia do trabalho à distância, uma plataforma de formação deve ser: 

Apelativa;

Friendly (de fácil navegação);

Adaptada a dispositivos móveis e tablets; 11


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Promotora de uma interação intuitiva com todos os intervenientes.

A criação de um ambiente Web para a formação à distância deve visar criar uma envolvente semelhante a um “centro de formação virtual”, que possibilite a utilização de ferramentas idênticas às disponibilizadas pela formação presencial. Neste sentido, destacam-se de seguida algumas funcionalidades que podem ser integradas numa plataforma de eLearning: Acesso Apresentação

Inclusão de fotografia digitalizada e texto de apresentação pessoal.

Oferta formativa

Consulta do catálogo formativo.

Placard informativo com avisos

Consulta de novos avisos.

Gestão das inscrições

Possibilidade de efetuar inscrições para novos cursos.

Informação genérica Lista de participantes

Pesquisa de informação

Bloco de notas

Nomes, contactos e indicação de quem está online e offline no momento. Pesquisa de texto nas várias áreas da plataforma. Introdução livre de apontamentos que o utilizador considerar úteis.

Glossário

Pesquisa por tema ou por palavra.

Calendarização

Visualização do cronograma da ação.

Mapa do site

Navegação visual, pelas várias áreas da plataforma.

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Comunicação Permitem Avisos

notificar

os

participantes

acerca da disponibilização de novos conteúdos, datas limite de entrega de exercícios, etc.

Chat

Sala de comunicação virtual.

Envio de e-mail

Para participantes e tutor do curso.

Fóruns

Para discussão de assuntos e trabalhos específicos. Podem ser inseridos textos de apoio ou

Biblioteca

hiperligações

para

informação

de

interesse. Recursos Pedagógicos Manuais pedagógicos

Vídeos/Tutoriais

Jogos Pedagógicos

Exercícios Pedagógicos

E-books

Podcasts

Ao organizar a informação numa plataforma

tecnológica

deve

procurar criar-se um ambiente de aprendizagem o mais intuitivo possível, de forma a garantir a usabilidade dos conteúdos.

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Ferramentas de comunicação O sistema técnico de um LMS refere-se especificamente às ferramentas de comunicação disponíveis, como os chats, os fóruns, o email, etc. Vejamos cada uma delas com mais detalhe:

Correio eletrónico (email)  O correio eletrónico permite estabelecer uma

comunicação assíncrona entre todos os participantes e também entre o tutor e cada um dos formandos, possibilitando associar vários tipos de ficheiros;  O

e-mail é fácil de utilizar, rápido e

económico.

Fóruns  Com a criação de fóruns já é possível

falarmos no conceito de “grupo virtual”;  Os fóruns são estruturados e geridos

pelo tutor e permitem criar tópicos de cariz técnico ou pedagógico, a partir dos quais os formandos podem consultar as respostas dadas pelos colegas e pelo tutor, o que facilita a oportunidade de colaboração durante o curso;  Ao longo do curso, é possível acrescentar diferentes tópicos de

discussão e apagar outros que entretanto se desatualizam.

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Características do Fórum na Moodle 3.4

Outros serviços de comunicação assíncrona são, por exemplo, a transferência de ficheiros (ftp) ou as páginas Web com vídeo ou áudio gravado.

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Chats  Ao contrário da comunicação por e-mail, os chats

síncronos permitem uma interação com respostas imediatas entre formandos e tutor.

No

entanto,

podem

apresentar

algumas

desvantagens,

nomeadamente1(2):  As diferentes velocidades com que cada participante utiliza o teclado

do seu computador podem retardar o ritmo e a fluência da conversa;  Pode haver uma sobreposição de opiniões, tornando a discussão

difícil de acompanhar;  As intervenções tendem a ser demasiado curtas, devido à pressão

para se responder em tempo útil;  Há muito pouco tempo para se refletir sobre a forma e o conteúdo

das intervenções.

Audio e Videoconferências  A difusão de áudio e/ou vídeo em tempo

real,

1

bem

como

o

sistema

de

Fonte: Duggleby, J (2002), Como ser um tutor online, Monitor, Lisboa 16


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Videoconferência, permitem também a comunicação síncrona e interativa;  Neste serviço, todos os utilizadores possuem uma câmara de vídeo e

um microfone, o que possibilita obter informação a partir da voz e da linguagem gestual de cada pessoa;  O potencial da transmissão simultânea de áudio e vídeo é elevado,

uma vez que poderá permitir, por exemplo, que os tutores façam demonstrações num tópico de cariz prático;  Contudo, a qualidade deste serviço está relacionada com:

- as limitações ainda existentes em termos de velocidade de banda larga, que pode ser muito variável. - as restrições de acesso, no caso das empresas, a sites e aplicações de videoconferência. A seleção dos recursos tecnológicos a utilizar deve sempre ter em conta a largura de banda disponível, de forma a garantir o acesso universal por todos os participantes.

Ferramentas da Web: Técnicas de Pesquisa e de Organização de Conteúdos

A produção de conteúdos para o eLearning Com a utilização de plataforma colaborativas suportadas na Web, surgiu a necessidade de produzir conteúdos com caraterísticas e funcionalidades distintas das utilizadas na formação tradicional em sala. Surge assim a necessidade de selecionar e produzir

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conteúdos

especificamente

para

o

e-Learning,

habitualmente

designados por e-conteúdos ou de conteúdos eletrónicos educativos. Quando falamos de e-conteúdos, estamos a falar de conteúdos de conhecimento que serão o ponto de partida para a aprendizagem dos formandos, que serão acompanhados pelo formador, mas a distância, sem que ocorra interação permanente, no mesmo espaço e no mesmo tempo. Assim, estes conteúdos têm necessariamente que ser desenvolvidos num determinado formato e com uma determinada linguagem. A linguagem mais utilizada é a verbal, coexistindo com documentos noutras linguagens (visual, áudio, scripto e em todas as suas combinações possíveis). Os exemplos mais comuns são os manuais, ebook, as apresentações eletrónicas (do género Powerpoint), os vídeos e todo o género de imagens ou representações gráficas. Estes conteúdos constituem-se como documentos didáticos com características próprias que é suposto serem promotores e facilitadores da aprendizagem, devendo por isso obedecer a um conjunto de regras pedagógicas específicas, de acordo com a área do saber e os seus destinatários.

Com vista a regular a produção de conteúdos didáticos para as plataformas colaborativas, foi desenvolvida uma norma internacional, designada por Sharable Content Object Reference Model, Advanced Distributed Learning – SCORM.

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O SCORM nasceu fruto da tentativa de criar um conjunto de especificações que servissem como norma para o desenvolvimento, empacotamento e distribuição de conteúdos formativos, a partir dos diferentes padrões existentes.

Normas SCORM: Para quê? 1. Reutilização: permite que os conteúdos sejam utilizados em diferentes contextos de aprendizagem; 2. Interoperabilidade: permite que os conteúdos sejam utilizados numa grande variedade de hardware, sistemas operativos e browsers; 3. Durabilidade: Suportar as mudanças e evolução tecnológica sem custos com a realização de alterações significativas; 4. Acessibilidade: permite o acesso remoto aos conteúdos à medida que são necessários.

Aplicações e conteúdos multimédia A possibilidade de aplicar tecnologias multimédia no eLearning através da manipulação de texto, imagem, animações 2D e 3D, áudio e vídeo constitui uma das vertentes mais interessantes desta modalidade de formação, uma vez que:  Contribui

para despertar a curiosidade e o interesse do

participante, facilitando assim a assimilação do conhecimento;  Permite uma maior inovação e criatividade na conceção dos meios

pedagógicos e na dinamização da própria formação;  Se a aplicação multimédia permitir que o utilizador intervenha nas

atividades, esta contribui para aumentar a interatividade;

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 Ao assentar numa estrutura de hiperligações, permite que o

utilizador selecione o percurso a seguir e controle, desta forma, a sequência e o ritmo da sua aprendizagem.

Assim, existem vantagens significativas em apoiar o processo de autoaprendizagem em eLearning em suportes como os CD-ROM ou DVD multimédia, que permitem um acesso rápido, económico e em qualquer lugar, ou em aplicações multimédia colocadas na Web, utilizando a linguagem Flash, por exemplo.

Texto

O texto simples, devidamente formatado, pode ser apresentado em páginas HTML, em documentos em formato PDF ou até com recurso aos ebooks.

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Imagem A apresentação de texto complementado com imagens revela-se útil para evitar tornar a apresentação de informação demasiado densa, facilitando a leitura e estimulando a atenção do formando. Animação a duas e três dimensões O recurso a animações 2D e 3D permite simular situações reais e gerar interação com objetos tridimensionais. Desta forma, aumenta-se o realismo da situação e o grau de envolvimento do utilizador. Exemplos da utilização de animações 3D: 

Simulação do espaço físico do centro de formação ou de outro ambiente de aprendizagem;

Utilização de um assistente eletrónico que representa o tutor e que conduz um exercício prático com recurso também a texto ou voz;

Demonstração da composição de determinado objeto e/ou da forma como é montado;

Demonstração dos passos necessários à realização de determinada tarefa, com recurso a um modelo. 21


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Exemplo de utilização de animação 3D para demonstrar as posições adequadas para realização de exame num paciente.

Fonte: SciELO - Scientific Electronic Library Online

Áudio A utilização de áudio em eLearning pode ser útil quando se quer recorrer, por exemplo, a música de fundo, a voz associada a um assistente eletrónico, ou a sons que servem como complemento à informação visual.

Este tipo de aplicações pode ser bastante útil, por exemplo, numa formação em línguas, sendo fundamental garantir que todos os formandos possuem placas de som e colunas ou auscultadores.

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Vídeo O recurso a vídeo, seja este documental ou com atores, implica geralmente a captura de imagens, à qual se segue a fase de pós-produção e, finalmente,

a

digitalização

para um formato standard (MPEG,

Quick

Time,

Windows Media, etc.).

Os objetos vídeo têm uma vasta aplicabilidade e podem ser utilizados para atingir diversos objetivos, nomeadamente: 

Exemplificar um determinado conceito;

Demonstrar um processo físico;

Apresentar

situações

em

que

se

pretendem

demonstrar

comportamentos e atitudes de pessoas, etc. Existe um alargado leque de aplicações multimédia à disposição dos produtores de cursos em eLearning. Contudo, é importante ter presente que o conteúdo final deve conter um equilíbrio entre os vários formatos: texto, imagens, áudio e vídeo.

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Ferramentas de autor As ferramentas de autor são recursos para que o utilizador comum, mesmo sem conhecimentos de programação, possa desenvolver com rapidez, e onde quer que esteja, um determinado conteúdo.

Atualmente, o conceito de learning objects, ou objetos de aprendizagem, prevê o uso cada vez mais frequente de conteúdos a serem geridos pelo tutor num curso a distância. Ou seja, com este tipo de ferramenta, o próprio

formador

ou

autor

do

conteúdo

pode,

sem

recorrer

necessariamente ao apoio de uma equipa de produção, desenvolver o seu próprio curso, a sua própria metodologia de ensino pelo eLearning. À partida, podemos pensar que isso

não

é

para

qualquer

formador, uma vez que vai ter que ter um domínio tecnológico, ou entender Contudo,

de

programação.

podemos

dizer

que

qualquer formador pode conceber o seu curso com recurso a esta ferramenta. Claro que, dependendo do grau de sofisticação do curso, pode precisar de ter domínio sobre 24


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aplicações de tratamento e pós-produção de imagem, áudio, ou mesmo vídeo, se quiser editar seu próprio material. Vantagens das ferramentas de autor para o desenvolvimento de soluções de eLearning As especificidades e funcionalidades de uma ferramenta de autor deixam ao formador a liberdade para fazer a gestão de uma metodologia, ou até para criar a sua própria metodologia de eLearning Instructional Design. Essa é a principal funcionalidade do sistema: permitir que o formador faça a gestão e disponibilize os seus conteúdos de formação; crie e desenvolva a sua metodologia de ensino a distância.

O tempo para a produção, a disseminação da cultura de eLearning na instituição, o custo de produção, são outras razões pelas quais se justifica a utilização desta ferramenta. No entanto, a grande vantagem é a liberdade de se criarem e gerirem conteúdos do ponto de vista do formador, de forma que o novo paradigma educacional resida na produção do conteúdo e nos participantes.

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Gestão das Ferramentas de autor Cabe a cada formador/autor e a cada instituição

utilizar

da

forma

mais

responsável esse tipo de recurso. As ferramentas facilitam a vida da instituição de várias formas: podem reduzir custos de equipa de produção, gerir um grande número de participantes e garantir o retorno do investimento. É preciso lembrar, mais uma vez, que o propósito continua a ser o ensino/aprendizagem. O formador, enquanto gestor de conteúdos, torna-se cada vez mais frequente. A tecnologia é um mero recurso, uma mera ferramenta, um mero instrumento de trabalho. Desta forma, o formador pode unir todos os recursos num só lugar, da forma que julgar mais conveniente, mais interessante, mais motivadora e que leve o participante a desenvolver e construir a sua aprendizagem.

Como exemplo de tecnologia, podemos referir: HotPotatoes Uma criação

notável e

ferramenta publicação

de de

questionários. Simples e fácil de utilizar. O endereço da ligação é: http://hotpot.uvic.ca/

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ViewletBuilder A mais utilizada ferramenta de criação de tutoriais para aprendizagem de utilização de ferramentas de software. Integra e exporta PowerPoint para Flash. Permite desenvolver facilmente apresentações web, tutoriais e testes. O endereço da ligação é: http://www.qarbon-pt.com Audacity Ferramenta de edição de áudio de código aberto que permite captar, reproduzir e editar sons. Uma ótima solução para a gravação e publicação de Podcast via RSS feed. O endereço da ligação é: http://www.audacity.com ReadyGo Web Course Builder Ferramenta de autoria de cursos para elearning que alia a simplicidade e eficiência na conceção à eficácia na aprendizagem. Permite a criação, construção e publicação de cursos de elearning por qualquer autor sem conhecimentos especializados de tecnologias. O endereço da ligação é: http://www.readygo-br.com PoweredTemplates Um sítio profissional contendo um número

elevado

e

variado

de

modelos (templates) para utilização na

criação

de

apresentações

PowerPoint notáveis e impressivas. O endereço da ligação é: http://www.poweredtemplates.com/pid/414/index.html

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Lectora Uma ferramenta de autoria, simples e atraente, que aproveita o modelo de apresentações tipo "PowerPoint" para a construção e disponibilização de tutoriais. O endereço da ligação é: http://www.lectora.com/

Fresh Flash Catalog Um software de publicação eletrónica que permite de uma forma rápida e fácil criar ebooks, apresentações, catálogos e folhetos interativos. O endereço da ligação é: http:/www.freshcatalog.com/

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Síntese Conclusiva

Ao longo deste ebook vimos o modo com o ensino a distância têm evoluído, ou seja, de como a evolução e a revolução nas novas tecnologias levou a que se passasse da formação por correspondência para a formação com componente em elearning. Desta nova modalidade de formação derivam os conceitos de formação eLearning e blearning:  eLearning - electronic learning, - toda a forma de ensino ou formação realizada com recurso a plataformas colaborativas que utilizam a internet ou uma intranet como veículo de comunicação entre formandos e formadores.  bLearning (Blended Learning) corresponde uma modalidade mista, isto é, conjugando uma componente presencial com uma em e-learning. Abordámos ainda os ambientes de gestão da aprendizagem online, os LMS

(Learning

Management

System),

bem

como

as

suas

funcionalidades e ferramentas que podem ser utilizadas para dinamizar a formação online.

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Formação Pedagógica de Formadores Plataformas Colaborativas de Aprendizagem

Concluída a leitura deste tema, disponibilizamos-lhe como já é habitual, a síntese com os principais conceitos a reter. Relembramos que poderá aprofundar estes conteúdos no manual “Plataformas Colaborativas de Aprendizagem” que também lhe é disponibilizado na plataforma.

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