Espaço
Mulher
Madu Caetano
15 de maio 2012 I Ano 6 I Nº 62 I Pág. 52
Nossa Vida
Madu
Em Poucas Palavras
(Intrigante Caminho... Interior!)
Desvio do destino “Num país distante, havia um rei. Seu reino era grande e próspero, amava sua esposa e era correspondido, tinha um filho ainda pequeno. Apesar de tudo estar bem em sua vida, o rei sentia que precisava de algo mais. Ficou dias pensando e, por fim, decidiu passar a administração do reino para sua esposa e seus conselheiros. Desincumbido de qualquer responsabilidade, partiu rumo a um dos mosteiros localizados na montanha santa. Ele precisava se encontrar, mesmo que, para isso, tivesse que deixar tudo pra trás. O tempo passou e o filho do rei foi crescendo ouvindo sempre a mesma história:- “O rei abandonou tudo, inclusive o filho pequeno e foi servir a Deus”. Um dia, já com 7 anos, o príncipe perguntou à sua mãe: -“Onde está meu pai, porque ele não vem me ver?” E a mãe respondeu com tristeza no olhar: -“Seu pai é um homem bom, meu filho, mas revolveu servir a Deus!” E o menino, inconformado, argumentava:-“Mas ele não pode servir a Deus aqui junto de nós?” Pouco antes de completar 18 anos, o príncipe resolveu procurar pelo pai. Ele queria uma resposta a suas indagações íntimas. Depois de muitos meses de procura, chega exausto a um mosteiro, onde pede abrigo. No dia seguinte, já refeito, ele pergunta aos monges se conheciam seu pai. Ele então é levado à presença do monge superior, que pergunta ao rapaz: - “Meu jovem, o que o traz aqui?” - “Procuro por meu pai, que se retirou para um mosteiro quando eu ainda era muito pequeno. O Senhor sabe onde ele está?”
Olhando nos olhos do príncipe, o monge pensa:- “Sim, é ele, é meu filho!” Porém, o antigo rei, controlando a emoção, diz ao rapaz que seu pai havia estado lá, mas faleceu há um ano. O rapaz muito triste diz ao monge: -“Eu queria ter perguntado a meu pai se valeu a pena”. O monge, percebendo a decepção do rapaz, convida-o a permanecer com ele no mosteiro por mais algum tempo. O príncipe aceita e acaba ficando por lá quase um ano. Certo dia resolve voltar e assumir suas responsabilidades em seu reino. Chegando lá, recebe a triste notícia de que seu reino fora assolado por uma peste que matou várias pessoas, inclusive sua mãe. Desnorteado com a notícia, resolve voltar ao mosteiro onde por certo encontraria os sábios conselhos do velho monge, seu amigo. Com surpresa e satisfação, o príncipe é recebido pelo monge que, a partir de então, passa a cumprir os deveres de pai que, há anos, havia deixado para trás. Eles permaneceram juntos até o príncipe sentir-se seguro e capaz de assumir suas obrigações para com seu reino.” Não se pode fugir do destino, muitas vezes é no desvio dele que reassumimos nossas responsabilidades. O universo sempre nos dá uma segunda chance. Madu Esta história foi contada por um senhor indiano. Ele me disse que seu avô costumava contar esta e outras histórias para ele, para seus irmãos e seus primos. Maio 2012
Dentro de nós, está a realidade que nho e maior será a dificuldade quando foi colocada à nossa disposição para decidirmos tentar dar um novo rumo a nortear, se assim o desejarmos, o caminossa vida. nho que poderemos seguir durante a Entretanto, se tivermos a coragem de vida. Como se fosse uma bússola avanfazer contato com nosso interior, o esforçada a indicar as variações que poderão ço que empreendemos para nos manter surgir durante a caminhada sintonizados com a realidae as possibilidades de maior de verdadeira é compensaou menor crescimento pesdo pelo tempo que ganhasoal, diretamente ligado ao mos de crescimento, como caminho que escolhermos. seres humanos. Podemos A bússola que passa a comparar essa experiência fazer parte de nós não faz à atitude de dois alunos pressão, só presta inforestudando na mesma clasmação, só oferece o menu, se: enquanto um se dedica bastante variado, para exeratentamente a observar toAmy Litter cermos o supremo poder da dos os fatos superficiais que 407 376-4697 escolha. A escolha é inteiraacontecem a sua volta, sem mente pessoal, feita dentro nem perceber a verdadeiro de nossos parâmetros, obedecendo a motivo de sua presença na sala de aula; padrões estabelecidos por nós e seguino outro se mantém focalizado no que do o plano que nós mesmos estabeleceestá sendo ensinado pelo professor. mos para nossa vida. A dedicação ao aprendizado precisa Dentro de nós, continua presente a ser intensa para que nos seja permitido realidade da qual constantemente nos perceber com bastante clareza o que ocorre dentro de nós. O sério interesse afastamos, ao buscar alternativas mais em aprender irá nos forçar a identificar simples e menos desafiantes. Mais simemoções nas quais, normalmente, não ples, menos desafiantes e, com frequênprestamos muita atenção, mas que facia, enganosas. Pior ainda, muitas vezes, zem toda a diferença no autodiagnóstico alternativas que podem destruir um da verdadeira realidade. plano de vida adequado que poderia nos A atenção empreendida na compreconduzir ao crescimento brilhante! ensão de nossa realidade interior comeRealidades alternativas ou soluções ça imediatamente a pagar altos dividenalternativas à verdadeira realidade pesdos. No momento em que conseguimos soal costumam anestesiar nossos sentisintonizar a atenção completa na realidos, envolvendo-nos em uma agradável, dade interior, o poder da comunicação ainda que passageira, sensação de bemcomeça a se desenvolver rapidamente, -estar que quanto mais intensa mais nos dando início a uma perfeita coordeafasta de nossa verdadeira realidade. O nação entre pensamentos e sentido. acesso constante às realidades alternatiA partir daí, a integração começa sem vas que, se por um lado podem parecer percebermos. Passamos a identificar, fascinantes, vão aos poucos nos afastancom certa precisão, o que é realidade e o do da busca pela realidade interior. que é fantasia. A facilidade com que conseguimos E nossos sentidos se ampliam, nossa fugir dos desafios de uma realidade vervida se transforma, e o Mundo se abre dadeira vai, aos poucos e com bastante para nós! rapidez, impelindo-nos mais e mais na busca pelos resultados passageiros, fugidios e vazios. Quanto mais nos Aqui seu produto afastamos da busca pelo crescimento é levado tão a pessoal e do contato com nosso interior, sério quanto a mais difícil se torna a retomada do caminotícia.