Revista Impressão & Cores | Edição 124

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Revista Impressão & Cores - ed. 124

MERCADO

Curtume & Tecnologia A indústria dos curtumes [a palavra que vem de ´curtir a pele´] está no Brasil desde a construção do Porto das Naus, em Gohayó (hoje, São Vicente), pelo bacharel Cosme Fernandes, um judeu castelhano formado em Salamanca e que servira o rei João II como ouvidor na feitoria de São Tomé, na costa guineense. É a partir desse cais, que depois virou sede da Capitania de São Vicente, que portugueses e mamelucos (seus filhos com nativas) começam a utilizar couro na manufatura de peças domésticas e militares. Os portugueses já viviam com o couro processado numa indústria [de curtumes] precariamente instalada em finais do Séc. 15 nas regiões de Guimarães (norte) e Alcanena (sul) sob influência da cultura árabe. Por isso, quando se observa a antiga indústria brasileira de

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curtumes no nordeste e no sudeste pode se verificar que a mesma influência singrou os mares e instalou-se a colônia, entre os Séculos 16 e 18. Do manejo de gado ao corte e trato da pele, o Brasil tornou-se um centro produtor de couro já no início do Século 18, tanto a norte como a sul, e essa atividade estendeu-se a todas as regiões. Hoje, o Brasil é um dos grandes exportadores de couro e os curtumes estão localizados em termos de produção na Bahia (7,2%), em Goiás (15,8%), no Rio Grande do Sul (19,1%) e Paraná (12,1%), segundo indicadores oficiais (2017), pelo que os gaúchos passaram os paulistas que, durante anos e anos foram os ´reis´ dos curtumes. O que domina os curtumes hoje é a modernização de processos desde o manejo do gado ao processamento e corte das peles: tecnologias de aferição na qualidade das peças e no corte (informatizado e com laser) fazem a diferença por exemplo, para as indústrias de mobiliário, decoração, vestuário, calçadista e etc., são vários mundos dentro de um universo que exigem qualidade em toda a linha produtiva. ///

Imagens: Lectra (aferição e corte c/ raio laser), peça de couro customizada pela Ampla Digital (v. matéria nesta edição) e fotos pinçadas da Web s/ restrição autoral.

Máquina p/ Transfer Contínuo

GK O M

É um sistema rápido, prático e silencioso, para transferência de forma contínua, por sublimação, de imagens impressas em papel transfer para tecidos à base de polyester. A máquina possui cilindro térmico (c/ óleo térmico) aquecido por resistências elétricas, para que a temperatura seja homogenia em toda a superfície; em caso de falha de energia na rede, possui no-break para retirar o produto a ser transferido; e a mesa de entrada tem sistema de retirada das peças cortadas usando o papel de proteção.

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www.impressaocores.com.br


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