Manuel Reis | CELEBRAÇÃO

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* 1. ─ Normas básicas e fecundas, para enquadrar e promover a Boa Metodologia do Pensamento: ─ O Pensamento deve nascer da Vida e seu exercício. Por isso, o Diálogo (socrático) é fundador e fundamental, inclusive para aceder à formação da ideia/ /conceito, com as suas duas dimensões: singular e universal. O melhor pensamento (na teia da linguagem) é o de carácter bio-dinâmico. Está escudado para se afastar dos enleios das contradições, oriundas da divisão dualística entre Teoria e Prática. Não esquecer que estas duas constituem o típico produto segregado pela sempiterna Cultura (ideológica) do Poder-Dominação d’abord. Assim, pode concluir-se que uma boa Intuição (ab origine) é bem mais útil e fecunda que toda a cadeia de montanhas de argumentos lógicos, apoiados numa racionalidade abstracta e estereotipada. O que aqui ocorre, é a queda nas engrenagens da religião laica do Objectivo-Objectualismo (que o CEHC sempre tem denunciado). 2. ─ O aristotélico Princípio de Identidade e Não-Contradição, cada Ser Humano o deve acarinhar e assumir como sua gramática pessoal de vida e existência em Sociedade. Nesta óptica, deve saber-se e reconhecer (individualmente e em comum) que o próprio princípio (daquele derivado) de individuação/individualização é justamente no comum e na comunidade que ele se forja e perfila para todos os efeitos. (Karl Marx já deu o justo relevo a este tema/problema) 3. ─ Sócrates e Jesus: são as duas fontes mais autênticas e genuínas da Boa Cultura do Ocidente. É sob o espelho e a pauta dessas duas grandes Figuras (que nos levam a lobrigar os contrastes e as antíteses) que a Civilização/Cultura do Ocidente é forçada a reconhecer a sua traição e bastardia, perante os dois Grandes Mestres. Na tradição legada pela História, as imperantes hipocrisias e maquiavelismos conduziram o Ocidente e as Cristandades em geral a ‘arrumar’ a figura de Jesus como o Cristo/Messias (erradamente…) no campo das Religiões; e a adulterar a própria figura de Sócrates, localizando-a na história da Filosofia, e a tal ponto a amordaçaram que dos dois discípulos, que sucederam a Sócrates, engrinaldaram em arco (ao longo de 2 milénios…) precisamente com Platão, deixando ao abandono Aristóteles e o aristotelismo (que estava muito mais próximo do filão socrático). Foi nessa galáxia que Paulo (na linha de Platão) acabou por atraiçoar Jesus e sua Mensagem, polarizando-se na suposta Função/Missão de Cristo/Messias. (Proh dolor, ca. de 75% do próprio N.T. é paulino…). 4. ─ Na Pós-Modernidade positiva e crítica (que é o tempo histórico em que vivemos, segundo a gramática do CEHC), deve estar sempre presente o imperativo categórico, de ordem cultural/crítica, do chamado pensamento bio-genésico: este 7


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