Nas pegadas de Anna Francesca Boscardin: catálogo de lugares e documentos

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CENTENÁRIO DE SANTA BERTILLA 1922-2022

EDIÇÃO BRASILEIRA

PATRIMÔNIO MÚTUO BRASIL-ITÁLIA

chamavam-na de ganso

nas

pegadas de

CATÁLOGO DE LUGARES E DOCUMENTOS

“Humilde filha da terra veneta”
Papa Giovanni XXIII

Anna Francesca Boscardin nasceu em Brendola, na Itália, no dia 6 de outubro de 1888, na Via Goia, onde iniciou seu percurso na estrada de chão.

Nessa região, ela passou por uma infância difícil em uma família camponesa e cristã.

Em 1905, tornou-se freira na Congregação das Irmãs Mestras de Santa Doroteia de Vicenza e recebeu o nome de Maria Bertilla.

Bertilla atuou como enfermeira no hospital de Treviso, atendendo aos doentes e sofredores, e foi enviada a Viggiù, no auge da guerra, onde passou um período de intensa atividade e sacrifício silencioso.

Retornou a Vicenza, seguindo para Monte Berico e depois para Treviso.

Morreu em 20 de outubro de 1922, como Santa, antes mesmo de o Papa João XXIII proclamá-la, em 1961.

Em todos os lugares em que passou, Anna Francesca deixou pegadas de bondade, humildade e amor pelo serviço aos outros e devoção a seu Senhor, que sempre a acompanhou.

Essas pegadas continuam a espalhar o sinal de sua passagem como camponesa, freira, enfermeira, enferma e santa.

...chamavam-na de ganso

...nas pegadas de Anna Francesca Boscardin

PROJETO “PERCORSI DI LUCE”

Pesquisa dos elementos ligados ao nome de Santa Bertilla

Editado originalmente por Gianfranco Vianello

PROJETO “SANTA BERTILLA BOSCARDIN, DA ITÁLIA AO BRASIL”

Edição brasileira: patrimônio mútuo Brasil-Itália por Núcleo de Mídia e Conhecimento

Catálogo de lugares e documentos

Curitiba • Edição Brasileira • 2025

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

r n a n d a C h e f f e r ,

D a n i e l l e D a l a v e c h i a C h e d i d S i l v e s t r e . - -

C u r i t i b a , P R : F a r o l d o s R e i s , 2 0 2 5 .

V á r i o s c o l a b o r a d o r e s .

I S B N 9 7 8 - 8 5 - 6 9 1 2 6 - 1 8 - 8

1 . Bo s c a r d i n , B e r t i l l a , S a n t a , 1 9 2 2 - 2 0 2 2

2 . S a n t a s c r i s t ã s - I t á l i a - B i o g r a f i a

I . N ú c l e o d e M í d i a e C o n h e c i m e n t o . I I . S i l v e s t r e ,

F á b i o A n d r é C h e d i d . I I I . C h e f f e r , F e r n a n d a .

I V . S i l v e s t r e , D a n i e l l e D a l a v e c h i a C h e d i d .

Índices para catálogo sistemático:

1 . S a n t a s : I g r e j a C a t ó l i c a : B i o g r a f i a e o b r a 2 8 2 0 9 2

A l i n e G r a z i e l e B e n i t e z - B i b l i o t e c á r i a - C R B - 1 / 3 1 2 9

Edição Brasileira

Projeto: Patrimônio Mútuo – Brasil e Itália

Pronac 205131: Santa Bertilla Boscardin, da Itália ao Brasil

Direitos de publicação em língua portuguesa concedidos à FAROL DOS REIS COM E SERV LTDA (Núcleo de Mídia e Conhecimento). Av. Des Hugo Simas, 1181. Curitiba/PR – Brasil. CEP 80.520-250, que se reserva a propriedade literária desta tradução.

Texto revisado segundo o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.

Coordenação e produção editorial: Núcleo de Mídia e Conhecimento

Editor: Fábio André Chedid Silvestre

Pesquisa: Fernanda Cheffer, Danielle Dalavechia Chedid Silvestre, Paulo Cezar Boscardim Pereira.

Revisão de texto: Valéria Stüber

Fotografias apresentação edição brasileira: Vicye Prado, Fabio André Chedid Silvestre.

Diagramação: Danielle Dalavechia Chedid Silvestre

Impresso no Brasil

Título original italiano: ...sulle tracce di Anna Francesca Boscardin (la chiamavano l’oco).

Catalogo dei luoghi e dei documenti.

Realização: Comissão Central das Irmãs Mestras de Santa Doroteia

Filhas dos Sagrados Corações para o centenário da morte de Santa Bertilla

Projeto “Percorsi di luce” (Percurso de luz): Editado por Gianfranco Vianello

Grupo de Pesquisa: Irmã Gabriella Zanata, Irmã Emma Dal Maso, Irmã Irene De Bortoli, Irmã

Albarosa Bassani, Irmã Annamaria Bordignon, Irmã Francesca Mazzarelli

Projeto gráfico: arquiteto Vito Moro com a colaboração do Prof. Nicola Rossi

2022 ©Todos os direitos reservados

As fotografias e os textos são reproduzidos no Catálogo conforme recebidos, portanto, podem apresentar imperfeições que, no entanto, garantem a autenticidade do documento.

Agradecemos a todos que colaboraram na realização do projeto e àqueles que, de perto ou de longe, aderiram ao convite com pesquisas e depoimentos.

APRESENTAÇÃO EDIÇÃO BRASILEIRA

Uma jornada do patrimônio cultural mútuo entre dois mundos

(Fábio André Chedid Silvestre – Curador da edição brasileira)

O patrimônio cultural mútuo entre nações e povos não é apenas um processo teórico – ele se manifesta na própria vida cotidiana. Tornando-se realidade coincidente, onde memórias afetivas e familiares se entrelaçam por meio de idioma, alimento, folclores e religiosidade, compondo um legado reconhecido por toda a humanidade.

O Estado brasileiro assegura e garante a todos, o cidadão individual ou coletivamente, o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, protegendo as manifestações materiais e imateriais

das culturas populares, principalmente aquelas as de origem indígena, afro-brasileira e de todos os grupos participantes que contribuem para o contínuo processo civilizatório do Brasil. No mundo novo onde chega o imigrante, a reterritorialização física, mental e espiritual oscila entre a ancestralidade arraigada e a inevitável conversão a uma nova nacionalidade, que acolhe, mas também exige.

A partir dessa fusão cultural primeva, a contínua manifestação de fluxos começa a caracterizar a construção de uma identidade que é biunívoca, onde

“Nunca cansado; nunca desanimado. A paciência só vive do trabalho árduo e é companheira inseparável da caridade. A Deus toda a glória, ao próximo toda a alegria e a mim todo o trabalho. Quem persevera e faz o que pode, confiando sempre em Deus, consegue tudo”.

Santa Bertilla Boscardin

passado, presente e futuro realizam o milagre da mutualidade imprevisível, mas observável e desfrutável como realidade reconhecida por todos que nela se encontram ou tomam conhecimento.

É neste contexto patrimonial cultural mútuo, entre a Itália e o Brasil, tendo o mundo como pano de fundo, que a vida de Anna Francesca Boscardin, a Santa Bertilla Boscardin, faz referência ao contínuo movimento dos seres humanos e seus legados, por diversas terras e tempos, enquanto deixam pegadas nos caminhos percebidos pelo corpo e pela alma, orientando o espírito.

O legado cultural é patrimônio compartilhado

Saga

A imigração italiana em massa para o Brasil é uma saga marcada por coragem, resiliência e profundas transformações. Iniciada na segunda metade do século XIX, os agora italianos cruzaram o Atlântico em busca de um futuro melhor, deixando um legado profundo e multifacetado na história e cultura das Américas e, muito profundamente, no Brasil.

Muitas são as histórias de “italianos” que já haviam estado ou influenciado o Brasil da colônia ao império, como bem retrata Sérgio Buarque de Holanda, mas que sendo anteriores ao “Ressurgimento” de 1861, não são ainda plenos de uma italianidade nacional, senão componentes de regiões governativas fundadoras, como é o grandioso Giusepe Garibaldi, herói em dois continentes e três países. Garibalidi também é considerado um dos pais da Unificação Italiana, além de revolucionário no Brasil Império e na incipiente República do Uruguai. Nascido em Nice, no Reino de Savóia, onde se iniciaria a reunificação italiana, e cuja cidade deixou de pertencer à Itália, sendo hoje território francês, um terremoto geopolítico. Nesta saga, Anita Garibaldi, sua parceira e mãe de cinco filhos do casal, tornou-se heroína tanto no Brasil quanto na Itália, fazendo ver a superação do indivíduo quando se entrega aos coletivos culturais.

O contexto de uma partida dolorosa Na segunda metade do século XIX, a Itália enfrentava os desafios da unificação, além de crise econômica e social que contingenciaram milhões para a emigração. Os campos estavam superpovoados e, a falta de empregos e a industrialização tardia tornaram a vida insustentável para muitos. O Brasil, por sua vez, enfrentava a transição do trabalhador escravizado para o trabalhador livre, incentivando a chegada de imigrantes com políticas de colonização. A imigração italiana para o Brasil seguia dois formatos: Espontânea – Famílias ou indivíduos que buscavam oportunidades por conta própria.

Organizada ou subvencionada – O governo e os fazendeiros financiavam passagens e instalações iniciais, direcionando os assentamentos para dois tipos base:

Fazendas de café na Região Sudeste – Trabalhando em condições severas, recebiam por milhar de pés de café cultivados, o que fomentou também um êxodo para o meio urbano, miscigenando as tradições culturais; Colônias na Região Sul – No Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no Paraná formaram-se comunidades agrícolas autossuficientes, preservando grande parte das tradições culturais.

Primeiro encontro de Garibaldi e Anita em um jardim romântico. Litografia por E. Matania, publicado em Garibaldi e i Suoi Tempi, Milão, Itália, 1884

Foi nesse contexto que, em 1874, o navio La Sofia aportou no Espírito Santo, trazendo 386 italianos, pioneiros de um movimento que marcaria a história do país. Majoritariamente provenientes das regiões do Vêneto e Trentino, com ampla vinculação ao trato da terra, tanto como empregados quanto proprietários, a partir de um modelo subvencionado. Os primeiros italianos a emigrar na chamada “grande imigração” (18701920) foram majoritariamente os vênetos, representando cerca de 30% do total. Em seguida, destacaram-se os migrantes oriundos da Campânia, Calábria e Lombardia. Posteriormente, a emigração se expandiu para as regiões do sul da Itália, intensificando o fluxo migratório para o Brasil.

Desafios e conquistas

A vida nos primeiros anos foi marcada por grandes dificuldades. Os contratos de trabalho nas fazendas, muitas vezes, eram abusivos, levando muitas famílias a abandonarem o campo em direção às cidades ou até a outros países. Ainda assim, a resiliência italiana transformou esses obstáculos em oportunidades. No início do século XX, os descendentes dos pioneiros já participavam ativamente do crescimento industrial e comercial do Brasil, com destaque aos setores de alimentos, construção civil e artesanato. As primeiras colônias italianas no Brasil se estabeleceram no Sul e Sudeste. No Rio Grande do Sul, colônias como Bento Gonçalves e Garibaldi prosperaram, impulsionando a viticultura. Em Santa Catarina e no Paraná, os colonos enfrentaram desafios, como a discriminação e exploração em colônias alemãs preexistentes. No Sudeste, São Paulo tornou-se o coração da imigração italiana, vocacionada principalmente ao cultivo do café nas fazendas e ativamente integrados aos ofícios da vida urbana. Os italianos não apenas ajudaram a moldar a economia brasileira, mas também enriqueceram profundamente sua cultura. Na gastronomia, introduziram o vinho, o macarrão e a pizza, que hoje são ícones nacionais. Nas artes e na arquitetura, a influência italiana é visível e marca o caráter nacional brasileiro. No Sul, a herança italiana se manifesta em vinícolas renomadas e comunidades que preservam dialetos, músicas e tradições regionais. Já no Sudeste, bairros inteiros

carregam a alma da Itália, mantendo vivas as raízes por meio de igrejas, festas populares e associações culturais.

Hoje, com mais de 30 milhões de descendentes italianos no Brasil, as duas nações compartilham um patrimônio cultural singular.

A imigração italiana foi muito mais do que um deslocamento de pessoas; foi um encontro entre mundos, uma troca que deixou marcas indeléveis tanto na Itália quanto no Brasil.

Vista panorâmica do porto e da cidade de Gênova, Itália, no século XIX. Litografia disponível no Museu Nacional da Emigração Italiana em Gênova

Imigrantes italianos a bordo de navio rumo à América, início do século XX. Museu da Imigração do Estado de São Paulo.

Um pouco mais no Paraná, a Santa Felicidade

A saga dos imigrantes italianos que chegaram ao Paraná em 1877, insatisfeitos com os moldes dos assentamentos das colônias do litoral (Alexandra, em Paranaguá, e Nova Itália, em Morretes), decidiram subir a Serra do Mar com destino à Curitiba, capital da nova província (naqueles dias com menos de 25 anos de fundação).

Instalados inicialmente na Hospedaria do Ofício de Imigração, nas imediações do centro da cidade, encontraram, acerca de sete quilômetros ao noroeste dali, uma oferta de terras. Quinze famílias se uniram para comprar uma parcela da propriedade fundiária dos irmãos Antônio, Arlindo e Felicidade Borges.

A nova colônia, denominada de Santa Felicidade (diz-se em homenagem à Felicidade Borges), passou a receber ano a ano contingentes de famílias italianas, que foram se espalhando em novos assentamentos ao redor do núcleo inicial. Fundada oficialmente em 1878, a colônia cresceu ao redor de um forte senso de solidariedade e trabalho conjunto. Em poucos anos, o núcleo inicial expandiu-se em uma rede vibrante de assentamentos, símbolo da integração e contribuição italiana à sociedade brasileira.

Assim, 30 anos depois, em 1908, mais de 200 famílias viviam nesse no novo núcleo, transformado em distrito de Curitiba em 1916, ilustrando o

dinamismo dessas comunidades. Naquele período, já havia emigrado mais de um milhão e duzentos mil italianos ao Brasil. No entanto, Anna Francesca Boscardin não veio, ela chegará bem depois, como Santa Bertilla Boscardin. Será então recebida por um coro angelical de Bertillas, boa parte delas Boscardin. Entre elas, uma em especial, Bertilla Boscardim Pereira, lhe terá um carinho e devoção próprios.

Ao celebrar os 150 anos dessa história, reconhecemos não apenas os sacrifícios e as conquistas dos imigrantes, mas também a riqueza de uma herança que une os dois países em laços de cultura, memória e esperança.

Paranaguá em aproximadamente 1910. Um trecho do Largo Glicerio, apanhando a praça Manoel Ricardo, completamente remodelada na administração Dr Munhoz da Rocha. Portos do Paraná (portosdoparana.pr.gov.br)

Vista do terreno da família Boscardin, vendo-se à direita a chamada Casa dos Gerânios, construída em 1891. À esquerda, o moinho, incendiado em 1902. Coleção: Faustino Boscardin. Acervo: Casa da Memória de Curitiba.

O projeto cultural

O mundo inteiro e o aqui

No dia de sua última boda de nascimento, Bertilla Boscardim Pereira, celebrava 83 anos de vida, em outubro de 2022, quando foi surpreendida com uma videochamada, diretamente da Itália. Na cidade vêneta de Brendola, na Casa Museu de Santa Bertilla Boscardin, uma antiga chácara, hoje inserida no urbano contemporâneo.

Alí estavam reunidas, junto de seu filho Paulo Cezar, um grupo de mulheres locais, sobrinhas-netas de Santa Bertilla Boscardin. Eles tinham acabado de se encontrar no átrio e, reconhecerem-se tributários de uma mesma origem e história. Todos reunidos para memorar os cem anos de falecimento da amada Santa, puderam relembrar a visita de Bertilla Boscardim Pereira em 1988, por ocasião do centenário de nascimento, e cantaram parabéns para a brasileira:

“Tanti auguri a te, tanti auguri a te, tanti auguri a Bertilla, tanti auguri a te”.

No bairro de Santa Felicidade, em Curitiba, onde estava a aniversariante, berço da família Boscardim Pereira e sua Casa dos Gerânios, muito da recorrência cultural Vêneta se espraia por uma ampla paisagem urbana de resquícios rurais.

As duas casas natais mencionadas são muito similares em noção, função e padrão. Separadas por um oceano, preservam o espírito humano que se agencia ao redor da habitação, produção e sociabilização como fundamento do patrimônio cultural em suas dimensões materiais e imateriais.

Anna Francesca Boscardin nasceu (1888) aproximadamente 50 anos antes de Bertilla Boscardim Pereira, que viveu 50 anos a mais do que os 33 de idade que aquela ostentava em seu óbito (1922). Assim, 133 anos são contidos entre o nascimento da primeira e o falecimento da segunda e, quase agasalham os 150 anos da

imigração italiana em massa para o Brasil, celebrados em 2024, marco onde estão os eventos de celebração do centenário de morte de Santa Bertilla Boscardin, acompanhados neste projeto, na Itália e no Brasil, em 2022.

Quando Anna Francesca nasceu, em 6 de outubro de 1888, na periferia de Brendola, já se haviam 10 anos da chegada dos imigrantes vênetos em Curitiba, formando a Colônia de Santa Felicidade, onde a família Boscardin era uma das pioneiras e a Casa dos Gerânios acabava de ser construída. Aos 16 anos, Anna (que tinha um apelido jocoso de “ganso”, em razão de seus traços e movimentos físicos)

Casa Natal de Santa Bertilla Boscardin em Brendola, Italia. Foto: Fábio André Chedid SIlverstre, 2022.

ingressou na Congregazione delle Suore Maestre di Santa Dorotea Figlie dei Sacri Cuori (Congregação das Irmãs Mestras de Santa Dorotéia Filhas dos Sagrados Corações), em Vicenza, adotando o nome religioso de Irmã Maria Bertilla. Trabalhou como cozinheira no convento e estudou enfermagem, profissão na qual descobriu sua vocação ao cuidar de doentes no hospital de Treviso, especialmente crianças e vítimas da Primeira Guerra Mundial. Sua bravura e destemor no ofício e na vida em Cristo romperam o preconceito daqueles que lhe menosprezavam. Ao fim deste grande conflito bélico, Santa Felicidade já se convertera em distrito da capital paranaense, mantendo ligação umbilical com a zona central da cidade, notadamente por meio da Avenida Manoel Ribas, onde uma centena de carroças fazia o transporte comercial entre a produção e as demandas comunitárias. Diagnosticada com câncer aos 22 anos, Anna seguiu sua missão mesmo após o tratamento, atendendo também no hospital de Viggiú, na Lombardia. Com o retorno da doença, faleceu em 20 de outubro de 1922, aos 34 anos. Bertilla Boscardim, nascida em 1939, durante algum tempo em sua meninice se questionava o porquê de seu nome, queria Abigail, até que, compreendeu que se tratava de uma homenagem referente à uma mulher da família, que tendo

se tornado freira e enfermeira, era muito conhecida no Vêneto por seu prodigioso amor caridoso. Apesar da breve vida, Santa Maria Bertilla Boscardin deixou um legado heroico de caridade cristã e dedicação aos enfermos. Por isto, foi beatificada pelo Papa Pio XII, em 8 de junho de 1952, e canonizada por João XXIII, em 11 de maio de 1961. Seu dia memorial é 20 de outubro.

Passados cem anos da unificação italiana, as duas Bertillas vão se encontrar em 1962, com a chegada a Santa Felicidade de uma imagem da santa, que está até hoje na Paróquia de São José e Santa Felicidade, compondo o panteão sacro e cerimonial, tendo acolhimento comunitário absoluto.

Santa Bertilla Boscardin com seus passos físicos e espirituais, desenvolvidos na sua “Via dei Carri”, desde a infância entendia que a jornada por um caminho de contínua entrega ao próximo e a Deus conduzia ao florescimento em Cristo. Hoje, seu nome homenageia a rua em Brendola que leva ao Museu e à Casa Natal. Assim também em Curitiba, batiza a via que une a Rua da Cidadania, a Praça São Marcos, com a Avenida Manoel Ribas, na quadra da igreja onde está assentada sua imagem há um quarto de século. Em Brendola, a ainda menina Anna Boscardin vivia entre dois templos que marcaram o início de sua jornada, material e espiritualmente.

frente à Paróquia São José

Chegada da imagem de Santa Bertilla à Santa Felicidade, com a família Boscardim em
e Santa Felicidade, 1962. Acervo: Paulo Cezar Boscardim Pereira

Começando em sua casa natal, seguia esgueirando a colina que levava à Igreja de San Michele Arcangelo, onde hoje há, em cima na fachada, um belo vitral colorido com a imagem de Santa Bertilla Boscardin. Ao descer em direção ao centro da comunidade encontrava-se a estrutura marcante de uma igreja “incompiuta” e que, ainda hoje, é imponente na paisagem defronte à prefeitura.

Em Curitiba, Bertilla Boscardim manteve, ao longo de toda a sua vida – desde a juventude, passando pelo casamento, o batismo dos filhos até seu falecimento – um vínculo contínuo com a devoção à Santa Bertilla Boscardin. Essa relação se expressava de maneira concreta na igreja de Santa Felicidade diante da imagem da Santa.

Sua fé também testemunhou novos desdobramentos: a fundação de uma nova paróquia no Bairro Alto, impulsionada por membros da família Boscardin, e a instalação de um vitral com a imagem da Santa na igreja do bairro Campo Comprido.

Contudo, um outro caminho é percorrido no Brasil difundindo a obra e o exemplo caridoso de Santa Bertilla, por meio da educação. Trata-se da Congregação das Irmãs Mestras de Santa Dorotéia Filhas dos Sagrados Corações, fundada pelo sacerdote Giovanni Antonio Farina, na qual Bertilla se formou e serviu toda a vida. No Brasil, desde a década de 1960 a congregação está sediada em São Luís (MA), e conta com filiais nos estados de Goiás, do Pará e de Minas Gerais.

As irmãs desenvolvem atividades voltadas à educação, saúde e assistência aos mais necessitados, que inspiraram nas comunidades o reconhecimento e devoção pela santa vicentina. Hoje em Vicenza, na sede da congregação, estão guardadas as urnas funerárias de Santa Bertilla e do beatificado Farina, que faleceu sete meses antes do nascimento de Anna Francesca, em 1888.

Curiosamente, esse mesmo ano de 1888, marca, no Brasil, a abolição da escravidão –evento histórico que acelerou a formação de uma nação multicultural de bases imigrantes vindos de todos os continentes, cada qual com sua história e suas contingências, aqui coligados por um novo horizonte nacional, a todos pertencente. Certamente, este relato é sobre identidade individual e coletiva. Neste grande mundo, somos todos em cada um! No centenário de falecimento da Santa faleceu também Bertilla Boscardim Pereira, agora unidas em definitivo pela história.

A busca por convergências centenárias

Uma viagem no espaço-tempo levou este projeto de vivência cultural até os eventos de memoração do centenário de falecimento de Santa Bertilla Boscardin na Itália. Uma jornada pelos caminhos percorridos por esta mulher heróica, no espírito e no território.

Além disto, em Curitiba, as comunidades mobilizadas ao redor da presença de Santa Bertilla Boscardin puderam lhe render homenagem e celebrar com felicidade o amor e a caridade na conduta humana. Um pouco disto se vê a seguir relatado pela equipe do projeto cultural que acompanhou, pesquisou, e registrou os fatos na Itália.

Fábio André Chedid Silvestre: curador do projeto, também produziu registros em foto e video;

Paulo Cezar Boscardim Pereira: pesquisador da história da família Boscardin, da história de Santa Bertilla e da imigração italiana no Brasil, especialmente na Região Sul. Também foi o principal contato para a maioria dos depoimentos, tendo em vista que já havia estado nos locais em 1991 e 2015; Danielle Dalavechia: pesquisadora, relações públicas, entrevistadora, e registros fotográficos, e designer; Vicye Prado: cinegrafista, fotógrafo e tradutor, residente na Itália.

Imagem de Santa Bertilla na Paróquia São José e Santa Felicidade, 1961.

Foto: Fábio André C. Silvestre

Diário de viagem

Uma peregrinação entre fé, memória e missão

Em outubro de 2022, a equipe brasileira realizou uma jornada cultural à Itália como parte do projeto, Santa Bertilla Boscardin: Patrimônio Cultural Mútuo Brasil-Itália.

A missão integrou a programação oficial do centenário de morte de Santa Maria Bertilla Boscardin (1922–2022), cuja vida simples, dedicada ao cuidado dos doentes, à oração e à humildade, continua a inspirar gerações. A viagem fortaleceu os laços culturais entre os dois países, refletindo a herança deixada pelos imigrantes italianos no Brasil e a devoção viva nas comunidades que mantêm sua memória viva no espírito de todas as gentes. Na programação do jubileu, organizada pela Congregação das Irmãs Mestras de Santa Doroteia, destacou-se a peregrinação da urna da santa por locais

marcantes de sua trajetória. A equipe brasileira participou como embaixadora de um elo cultural e afetivo entre as duas nações. A experiência foi um intercâmbio patrimonial, que evidenciou a força simbólica da fé compartilhada e o valor imaterial da devoção a Santa Bertilla em territórios separados pelo oceano, mas unidos pela história. Refazer os passos da santa pela Itália foi, para os peregrinos, uma profunda imersão no “Evangelho dos pequenos”. De Brendola a Treviso, cada lugar visitado revelou a atualidade de sua presença no coração do povo. A jornada testemunhou, nas permanencias culturais, relatos de milagres e renovou esperanças, mostrando que a santidade vivida nos gestos mais simples continua a ecoar.

Assim como Santa Bertilla viveu com amor silencioso e dedicação e caminhou com o coração voltado ao que é eterno, pode-se demonstrar a presença brasileira nas terras europeias, como extensão destas virtudes sagradas. Além disso, no mesmo período, no Brasil, em Curitiba, a memória da presença do intangível cultural, representado por celebrações nas comunidades que acolhem Santa Bertilla Boscardin, foi observado como referência local de uma manifestação mundial. Na Itália, a programação que se seguiu e foi reportada como matéria-prima patrimonial cultural deste projeto observou os seguintes percursos nas terras do Vêneto original, entre os dias 15 a 30 de outubro.

15 de outubro – Vicenza e Brendola: o retorno da Santa à casa natal ▪ Partida da urna da igrejinha da Via S. Domenico, em Vicenza.

Às 15 horas, teve início uma breve, porém significativa cerimônia na capela da Casa Madre da Congregação das Irmãs Doroteias, em Vicenza. Na presença de autoridades eclesiásticas instituídas pelo Vaticano, foi realizada a lacração oficial da urna que guarda os restos mortais de Santa Bertilla Boscardin. Concluído esse rito solene, a urna seguiu em cortejo para a cidade de Brendola, terra natal da santa, acompanhada por representantes da Congregação e demais autoridades religiosas.

Nesse primeiro contato presencial, a equipe cultural brasileira foi recebida pela irmã Luciana Tognoni, responsável por manter a comunicação com o grupo por mais de um ano, repassando informações e articulando os eventos relacionados ao Centenário de falecimento de Santa Bertilla (1922–2022).

Na visita, a equipe cultural reencontrou o senhor Matteo Décimo Boscardin, bioquímico e representante da família, que ainda jovem participou do processo de reconhecimento dos restos mortais da santa, quando de sua beatificação. Foram realizados registros em vídeo com o Sr. Matteo e com a irmã Luciana, colhendo depoimentos que enriqueceram a documentação da viagem.

Na ocasião, os integrantes da equipe também foram apresentados às irmãs superioras da Congregação. Um dos

momentos mais tocantes foi o encontro com a jovem irmã Josiane, natural de São Luís, Maranhão, atualmente em formação religiosa. Seu depoimento foi profundamente comovente, revelando a força da devoção a Santa Bertilla também entre vocações vindas do Brasil.

▪ Chegada à Casa Natal em Brendola e momento de oração com os residentes da Casa de Repouso.

O cortejo, então, prosseguiu rumo a Brendola. No trajeto, houve uma parada simbólica na rotatória da cidade, onde fora recentemente inaugurada uma nova imagem de Santa Bertilla, em homenagem ao centenário de sua morte.

A primeira parada oficial em Brendola ocorreu na Casa Natal da santa — espaço que atualmente abriga um museu, um hospital e uma casa de repouso administrados pela Congregação. Ali, realizou-se uma cerimônia com a presença de autoridades locais, entre elas o prefeito Bruno Beltrami, com quem os membros da equipe cultural puderam interagir e registrar fotografias. Idosos residentes e pacientes do hospital também participaram da homenagem e tiveram a oportunidade de se aproximar da urna e prestar sua veneração à santa.

Essa visita representou um marco histórico: ao que tudo indica, foi a primeira vez que os restos mortais de Santa Bertilla retornaram à casa onde nasceu. Para os integrantes da equipe cultural, a ocasião teve um significado ainda mais profundo, especialmente para aqueles que já haviam visitado o local em 1991 e 2015.

O retorno em um contexto tão especial trouxe à tona lembranças da excursão brasileira de familiares, amigos e devotos, em 1988, por ocasião do centenário de nascimento da santa.

Em uma visita interna à Casa Natal, a equipe cultural teve a grata surpresa ao reencontrar familiares próximos de Santa Bertilla — sobrinhas-netas, e bisnetas e outros descendentes diretos.

O reencontro foi carregado de emoção.

Alguns relataram se lembrar da visita da família Boscardin brasileira em 1988.

Entre 16h30 e 17h30, ocorreu um momento de oração e adoração silenciosa diante da urna da santa. Em seguida, teve continuidade o cortejo pelas ruas de Brendola. A cidade estava em vigília: ao longo do trajeto, moradores seguravam velas acesas e prepararam pequenos altares com imagens da santa. O percurso, marcado por uma atmosfera de fé e devoção, seguiu por uma subida até a Via Santa Bertilla, culminando na chegada à Igreja Paroquial de São Miguel (Chiesa Parrocchiale di San Michele).

▪ Acolhida da urna no interior da Igreja de São Miguel.

A chegada ocorreu por volta das 18 horas, com acolhimento caloroso na Piazza del Popolo. A urna foi conduzida em procissão pelos Alpinos — tradicional associação civil italiana — acompanhados por outras entidades religiosas e comunitárias.

▪ Celebração Eucarística e vigília de oração.

Às 18h30, foi celebrada a Santa Missa, com a participação expressiva da comunidade local e de peregrinos, entre os quais se encontravam muitos descendentes da família Boscardin.

Durante toda a noite, os Alpinos organizaram uma vigília ininterrupta diante da urna, com revezamento de grupos em oração. Entre os familiares presentes estavam Margherita, Anna Maria Guarda, Catia Boeche, Michela Boeche e outros parentes próximos da santa, que gentilmente concederam breves depoimentos à equipe cultural.

Também estiveram presentes as primas brasileiras Rachel Boscardin Athayde Lara e sua filha Cristiane, neta de Maximiliano Boscardin. A família, conhecida por sua intensa devoção e pelas ações sociais desenvolvidas em Curitiba em nome da santa, compartilhou um depoimento audiovisual registrando essa ligação espiritual e genealógica.

16 de outubro – Missa solene e conferência em Brendola

A relíquia permaneceu exposta à veneração dos fiéis na Igreja de São Miguel. Pela manhã, a equipe cultural partiu da cidade de San Bonifácio (Verona), onde realizou algumas gravações em frente à igreja vizinha ao hotel. Às 11h, chegou à Brendola para participar da Missa Solene presidida por Sua Eminência, o Cardeal Pietro Parolin, que reuniu religiosas de diversas partes do mundo. Na cerimônia, foram feitos registros fotográficos com o prefeito Bruno Beltrami e com o próprio Cardeal Parolin, ao lado do altar onde se encontrava a urna da santa em adoração.

A equipe cultural brasileira partilhou o almoço com as irmãs superioras da Casa Madre de Vicenza e da Casa Natal

de Brendola e participou, à tarde, da conferência sobre a vida e o legado da santa, coletando depoimentos que conectavam Brendola a lugares tão distantes, como Curitiba e Fortaleza. Estiveram presentes também irmãs em formação, oriundas de países africanos e latino-americanos. O encontro proporcionou um rico momento de convivência e troca de experiências.

À tarde, foi realizada uma visita guiada à Casa Natal de Santa Bertilla, conduzida pela irmã Ana Maria. O percurso, que durou cerca de uma hora, percorreu os dois andares da casa, com explicações detalhadas sobre os cômodos, a rotina da santa e as relíquias preservadas no local.

17 de outubro – Rumo às origens da família Boscardin Vigardolo, Sandrigo, Thiene... cada parada era uma página de uma história entrelaçada de fé e imigração.

O dia foi dedicado à visita a localidades da região norte de Vicenza, ligadas à origem da família Boscardin e de outras famílias que emigraram para o Brasil.

Em Vigardolo, conheceu-se a igreja paroquial dedicada aos Santos Floriano e Valentino, onde Matteo Boscardin e Maria de Santi (Dal Santo) se casaram em 1858 — Maria, inclusive, nasceu nessa localidade, atualmente uma fração de Monticello Conte Otto.

Em Montechio Precaltino, na igreja de San Vito, foram batizados os irmãos gêmeos Nicola Boscardin e Luigi Boscardin, nascidos em 21 de julho de 1871. Nicola era avô de Bertilla Boscardim (brasileira).

Em Sandrigo, cidade natal de Matteo (1830) e Francesco (1837) Boscardin, irmãos que lideraram a imigração da família ao Brasil, foi visitada a Igreja Paroquial Santa Maria, Santo Felipo e Santo Giacomo, além da praça central. A equipe cultural também percorreu ruas históricas da cidade.

Em seguida, visitou-se a localidade de Lupia (di Sandrigo), onde Elisabetta (Izabel) Menegusso , foi batizada na Igreja de San Stefano Protomartire. Elisabetta emigrou ao Brasil com a família Menegusso e, posteriormente, casou-se com Nicola Boscardin. Na visita ao Duomo di Sandrigo, notou-se, em uma de suas paredes, uma pintura de Santa Bertilla Boscardin.

Em Schiavon, foi visitada a Igreja de Santa Margherita, onde Giuseppe Tulio, pai de Carolina Túlio Boscardin, foi batizado em 1863. Em Thiene, cidade mais movimentada, foram visitados o Duomo di Thiene e, ao lado deste, a Chiesa del Rosario. De acordo com documentos do passaporte da família, os Boscardin são descritos como oriundos de Thiene (Zanè).

18 de outubro – Diálogo entre cultura, arte e fé em Vicenza

O grupo teve um encontro com as Irmãs Doroteias no Instituto Farina, onde foi cordialmente recebido pelo Sr. Gian Franco Vianello — escritor e artista plástico responsável pelo projeto curatorial comemorativo.

Neste encontro, foi possível estabelecer o acordo de cooperação para viabilização da publicação deste livro no Brasil.

Na conversa, discutiram-se aspectos da culturais e artísticos manifestados por meio da devoção à Santa Bertilla. O grupo também conheceu, por meio das irmãs Gabriella Zanata e Luisella Garmin, os projetos missionários, educacionais e sociais realizados pela Congregação das Irmãs Doroteias. Em seguida, a equipe cultural foi até o centro histórico de Vicenza, visitando a Chiesa di Santa Corona, onde há uma capela com obra em homenagem à Santa Bertilla.

O dia foi concluído com uma visita ao Santuário della Madonna di Monte Berico, um dos locais frequentados por Santa Bertilla em sua juventude, quando acompanhava sua mãe em momentos de oração. No local, foram realizadas filmagens e captações com drone

Igreja de San Vito, em Montechio Precaltino.
Duomo di Thiene, em Thiene.
Igreja dos Santos Floriano e Valentino, em Vigardolo
Igreja Duomo dei Santi Maria, Filippo e Giacomo, em Sandrigo.
Santuário della Madonna di Monte Berico.
Igreja de Santa Margherita, em Schiavon.
Igreja de San Giacomo Apostolo, em Lusiana Conco. (ver pág. XVII) XV

19 de outubro – Chiampo: memória e arte sacra

A equipe cultural foi recebida por Ferruccio Zecchin, engenheiro civil formado pela Universidade de Pádua e atual presidente da associação Vicentini nel Mondo. Na entrevista, trataram-se temas como a emigração italiana mundial, com ênfase na vinda de italianos ao Brasil. Além disso, foi visitada a casa onde nasceu e viveu Giovanni Battista Portinari, pai do artista brasileiro Cândido Portinari. A visita incluiu ainda os projetos conduzidos por Ferruccio, como o Parco Botanico della Via Crucis, o Santuário de Lourdes (Gruta de Lourdes) e a Chiesa del Beato Claudio, construída em formato de concha.

Ferruccio explanando sobre Portinari. “Nesta casa viveu Giovanni Battista Portinari, a partir de 1896, que foi pai de Candido Portinari (1903-1962), um dos maiores pintores da América Latina”.

20 de outubro – Último dia em Brendola e chegada a Treviso

Na última visita à Brendola foram realizadas filmagens aéreas com drone no Duomo di Brendola, também conhecido como “L’Incompiuta”, em razão de sua condição inacabada. Em seguida,a equipe visitou a residência de Sra. Margherita Guarda, sobrinha-neta de Santa Bertilla, e seus familiares.

Na Igreja de São Miguel, celebrou-se a cerimônia presidida por Dom Beniamino Pizziol. Ao final da celebração, houve saudações e agradecimentos, com um último momento de adoração. Os Alpinos conduziram a urna até o veículo preparado aos translados. O cortejo seguiu pela Via Santa Bertilla, passando pelas ruas de Brendola, onde a população aguardava com reverência.

A primeira parada foi na Paróquia de Santa Bertilla, em Spinea (Veneza), às 15h, onde foi realizada uma celebração eucarística presidida pelo bispo emérito de Treviso, Dom Gianfranco Agostino Gardin.

Em seguida, a urna foi levada ao centro de Treviso, com visita ao Oasi di Santa Bertilla, onde se encontra o quarto da santa e alguns de seus pertences do período em que servia no antigo hospital universitário. Logo ao lado, no Auditório di Santa Croce, a equipe ouviu e gravou o testemunho do enfermeiro Danilo Risseto, que compartilhou relatos sobre o legado da santa no cuidado aos doentes. Às 21h, celebrou-se uma missa solene na Chiesa di San Leonardo (Santa Rita), com orações conduzidas por diversos movimentos religiosos. Em seguida,o grupo de jovens realizou uma vigília de oração.

Vista aérea de Brendola, a partir da “L’Incompiuta”, ao fundo San Michele
Madre Superiora Maria Teresa Peña na despedida da urna de Brendola
Família Boscardin reunida
Parada na Paróquia de Santa Bertilla, em Spinea (Veneza)

Enfermeiro Danilo Risseto

21 a 24 de outubro – Treviso

A relíquia da santa permaneceu exposta à veneração dos fiéis no Auditorium Santa Croce, em Treviso. Este local, que anteriormente era a capela do hospital onde Santa Bertilla prestava serviço, foi restaurado e adaptado como espaço cultural. Foram realizados registros fotográficos e de video, além de coletar depoimentos, como o do casal Soeli Boscardin Abreu Dallabona e Orlando Dallabona.

A equipe também reencontrou a Sra. Karyne Telli Montemezzo, ítalo-brasileira de Lages (SC), esposa do deputado italiano Dimitri Coin, com quem dialogaram sobre a presença e a vivência de descendentes de brasileiros no Vêneto.

21 de Outubro – Treviso – Saúde, justiça e espiritualidade

A equipe cultural participou da conferência “La Cura del Malato: Questione di Giustizia e di Pace?”, realizada no espaço cultural Ca’ dei Carraresi, no centro de Treviso. O evento contou com a presença da Dra. Mariella Enoc, presidente do Hospital Pediátrico Bambino Gesù, de Roma. A moderação foi conduzida pelo Dr. Enrico Busato, chefe do setor de obstetrícia e ginecologia do Hospital Ca’ Foncello, de Treviso.

22 de Outubro – Treviso – Teatro

A equipe cultural assistiu ao espetáculo “Annetta”, um monólogo interpretado pela atriz Michela Cescon, com texto de

Fiorella Colomberotto. A apresentação aconteceu na Chiesa di San Francesco, em Treviso, e foi realizada à luz de velas, conferindo ao ambiente uma atmosfera profundamente poética e espiritual.

23 de outubro – Vicenza e Lusiana

No domingo, a equipe cultural participou de um almoço organizado nas dependências da Paróquia de Santa Maria Bertilla em Vicenza, a convite do Sr. Gianfranco Vianello. Em seguida, visitou a exposição “Il Mondo di Annetta”, que reunia quadros e materiais relacionados à vida e espiritualidade de Santa Bertilla. À tarde, o grupo partiu em direção à Lusiana, considerada a comuna de origem mais remota da família Boscardin. Situada em região de altitude, essa localidade foi, há mais de dois séculos, o ponto de partida de membros da família em direção ao sul da província de Vicenza, estabelecendo-se posteriormente em cidades como Sandrigo, Brendola e outros pequenos povoados.

Em Lusiana, a equipe cultural visitou o centro histórico e a praça principal, onde há monumentos em homenagem aos soldados locais mortos em batalha. Foram identificados alguns sobrenomes conhecidos e, entre eles, ao menos dois Boscardin. A visita estendeu-se até o Cemitério da Via Cobbaro, no qual encontraram-se túmulos de famílias com sobrenomes semelhantes aos dos emigrantes do Vêneto que vieram morar no Sul do Brasil.

Leito de morte de Santa Bertilla
Cerimônia de recebimento da urna em Treviso

Apresentação do Coro Ad Mundinas na Igreja Sant’Ambrogio di Fiera

25 de outubro – Treviso –Música e despedida

A equipe acompanhou a chegada da urna de Santa Bertilla à Igreja do Hospital Ca’ Foncello, onde foi celebrada uma Eucaristia às 17 horas. Às 20h30, na Igreja de Sant’Ambrogio di Fiera, a noite de “Música e Oração”, com a participação do coro Ad Mundinas, sob a regência do maestro Michele Pozobon. No evento, foi lembrada a importância histórica e espiritual de Santa Bertilla à comunidade de Fiera, especialmente na Primeira Guerra Mundial. Naquela época, a Santa costumava caminhar vários quilômetros entre Treviso e Fiera empurrando uma carroça ou um carrinho de mão, levando alimentos e mantimentos aos mais pobres e doentes. Ao lado da igreja, encontrase uma escola que leva o nome de Santa Bertilla.

26 de outubro – retorno da urna Às 15 horas, foi realizada a bênção da estátua de Santa Bertilla na nova área sanitária do hospital Ca’ Foncelo. Às 17h, a urna chegou à Catedral, com Celebração Eucarística presidida pelo Bispo Dom Michele Tomasi. Às 20h, a urna partiu para San Martino di Lupari (PD).

Às 21h, houve a vigília de oração noturna na Paróquia de S. Martino di Lupari.

27 de outubro –Vicenza

Encerrando a peregrinação do centenário de Santa Maria Bertilla Boscardin, a urna com suas relíquias saiu de S. Martino di Lupari e retornou a Vicenza.

A urna foi recebida calorosamente pelos alunos do Instituto Farina, no jardim da Casa Madre, sede da Congregação das Irmãs Mestras de Santa Doroteia Filhas dos Sagrados Corações. Este momento simbólico marcou o fim de um percurso que, ao longo de quase duas semanas, levou a urna por locais significativos da vida e missão de Santa Bertilla. A acolhida pelas crianças e pelos jovens do Instituto Farina refletiu o espírito de continuidade do legado da santa.

Catedral de Treviso
San Martino di Lupari

29 e 30 de outubro – Genova

Em sua missão na Itália, a equipe cultural brasileira realizou uma visita técnica ao Museu Nacional da Emigração Italiana (MEI), localizado em Gênova. O museu oferece uma narrativa abrangente da diáspora italiana, destacando a influência dos emigrantes na formação de comunidades em países como o Brasil. A visita proporcionou acesso a uma variedade de documentos históricos, fotografias, cartas pessoais e depoimentos audiovisuais, organizados de maneira cronológica e temática. Esses registros foram integrados ao documentário e às publicações resultantes do projeto, enriquecendo a compreensão do legado de Santa Maria Bertilla Boscardin e das conexões culturais entre Brasil e Itália.

Concluindo

Desta jornada cultural, surgiu uma frutífera e gratificante parceria editorial, reconhecendo a mutualidade do esforço

em relevar a grandiosa influência de Santa Bertilla Boscardin, não apenas na Itália e no Brasil, mas também em todas as nações em que sua presença marcante toca os corações, a mente e o espírito daqueles que experimentam a caridade nos gestos de doação e educação .

Como forma de celebração comum entre dois mundos, faz-se aqui a publicação da edição em portugûes da obra comemorativa do centenário de falecimento de Santa Bertilla Boscardin (1922-2022), denominada:

...sulle tracce di Anna Francesca Boscardin (la chiamavano l’oco).

Catalogo dei luoghi e dei documenti.

Em português:

...nas pegadas de Anna Francesca Boscardin (chamavam-na de ganso). Catálogo de lugares e documentos.

Por fim, este projeto cultural é tributário da generosidade e do compartilhamento, traços reconhecidos em Santa Bertilla Boscardin, que emanaram da Comissão

Central das Irmãs Mestras de Santa Doroteia para o centenário da morte de Santa Bertilla e, muito especialmente, ao curador e idealizador da obra original, o Sr. Gianfranco Vianello, a quem empenhamos nossa mais profunda gratidão pela acolhida e cessão do direito de publicação da tradução como parte do projeto cultural. Além da versão impressa desta obra, ambas as edições – em italiano e português –, juntamente ao documentário audiovisual que as complementa, estão disponíveis de forma digital e gratuita. Essa iniciativa honra a oportunidade promovida pela política pública de fomento cultural brasileira, digna de toda a admiração e o agradecimento, unindo agentes culturais e patrocinadores conscientes.

Porto de Genova, 2022

Sumário

Prefácio

Bispo de Vicenza – Monsenhor Beniamino Pizziol .................. 13

Madre Superiora Irmã Maria Teresa Peña ............................... 14

Introdução Um catálago de lugares e documentos (Gianfranco Vianello). 18

Brendola: uma terra santa (Silvia De Peron) ............................ 19

Eles chamavam-na de “ganso” (Francesco Rugiero) 20

Como nasceu o catálago (Vito Moro) ....................................... . 21

Nas pegadas de Anna Francesca Boscardin

PREFÁCIO

Quem poderia imaginar que a humilde Irmã Bertilla chegaria tão longe? Do pequeno vilarejo de Brendola, nas colinas de Berici, seus passos viajaram para lugares importantes em muitos países do mundo: de Vicenza e Vêneto a várias regiões da Itália e Europa; do Oriente Médio à Índia; da África ao Equador, Brasil e Canadá.

Com sua presença discreta e silenciosa, a pequena enfermeira de Brendola caminhou ao lado de centenas de pessoas de diferentes idiomas e culturas, invocada como amiga, irmã e mãe, como “mulher samaritana”, curvando-se sobre angústias e feridas físicas e morais.

Esse catálogo tem o grande mérito de ter seguido, pela primeira vez, os passos de Bertilla, que se tornou próxima daqueles que invocavam sua intercessão para a cura, daqueles que confiavam a ela as ansiedades e os trabalhos da vida.

Santa Bertilla é contada aqui não por escritores, mas por pessoas simples. Os sinais das orações, da devoção popular e de gratidão pelas graças recebidas, expressos nas mais variadas formas: de simples artesanatos a obras de arte mais ou menos importantes e de capitéis ao longo de estradas rurais desconhecidas a igrejas, escolas e hospitais dedicados a ela. Por exemplo, o sino de bronze na pequena capela do aeroporto Tommaso Dal Molin, em Vicenza, em 1986, com seu baixo-relevo representando Santa Bertilla no ato de ajudar os pobres e doentes, causa espanto. Ou ainda ver a imagem de Bertilla viajando em táxis pelas ruas de ltapecuru-Mirim (MA), no Brasil... ela que sempre andou na “estrada de chão”.

Pequenos e grandes sinais que nos fazem perceber como a santidade não faz barulho, mas segue os caminhos do coração, os mais profundos, que percorrem os espaços ilimitados do espírito e gravam-se para sempre na alma.

Santa Bertilla nos deixou há 100 anos, mas é como se ela ainda estivesse entre nós, na vida das pessoas que cruzaram seu caminho e invocaram-na nas ruas do mundo. Com o passar do tempo, sua intenção continua sendo verdadeira: “Vou tornar-me santa e levar muitas almas a Jesus”.

Vicenza, 11 de maio de 2022.

Bispo de Vicenza

Suore Maestre

di S. Dorotea

Figlie dei Sacri Cuori

Madre Superiora Irmã Maria Teresa Peña

Apareceu que nossa “pequena-grande” Santa Bertilla, tendo passado sua vida na humildade silenciosa de seu serviço aos sofredores, fez seu próprio caminho, chegando aos lugares mais improváveis, até mesmo aparecendo em sonhos para as pessoas que não a conheciam, a fim de dar-lhes cura ou ajudálos em momentos de dificuldade. No entanto, não tínhamos sequer uma ideia aproximada do quanto a Irmã Bertilla se tornou conhecida no mundo nos 100 anos desde sua morte.

Até que surgiu Gianfranco Vianello, um artista multifacetado, muito conhecido na região do Vêneto e, particularmente, ligado a Santa desde que a “conheceu”, em 2011, participando ativamente das comemorações do 50º aniversário de sua paróquia “Santa Bertilla”, em Vicenza. Naquela ocasião, Vianello criou uma exposição de pinturas dedicada à Santa Bertilla e teve a coragem de envolver artistas das mais diversas áreas, até mesmo não crentes. Foi um sucesso artístico que está vivo hoje, mas, acima de tudo, foi uma nova experiência que deixou uma marca indelével na alma dos artistas.

Como Gianfranco Vianello é imprevisível, o que ele cria é sempre novo, impensado. E quando tem uma ideia, ele persegue-a até o fim, superando pontualmente todas as dificuldades.

O catálogo nasceu assim.

Essa é uma coleção especial que vai além da catalogação das pequenas ou grandes obras de arte existentes no mundo e dedicadas à Santa Bertilla. É, antes de tudo a narração de uma jornada: de oração daqueles que a invocaram como mediadora junto ao Senhor. É o caminho de tantas súplicas elevadas à Santa em lágrimas, na doença e no sofrimento moral, mas também na alegria de um nascimento ou uma meta alcançada.

É a narrativa de sua presença que se tornou visível para consolar, apoiar, curar e dar a tantos corações a força e a serenidade da fé.

Folhando essas páginas, encontraremos os mais diversos testemunhos: desde a pequena estátua de madeira esculpida por um camponês desconhecido no Togo até o grande afresco de um artista famoso na Igreja dos Mártires Canadenses, em Roma; do humilde Centro de Formação Humana e Religiosa com o nome de Santa Bertilla, na pequena cidade de Curuçá (PA), no Brasil, até o modesto desenho feito a fogo, “pela graça recebida”, na porta de uma pequena casa na humilde vila de pescadores de Poovar, na Índia.

Também encontraremos cartas, notas e testemunhos de agradecimento a Bertilla de várias partes do mundo, por graças e milagres obtidos depois de orar a ela. São confidências comoventes, escritas em diferentes idiomas, revelando o espanto e a gratidão de pessoas simples que sentiram sua presença como mãe e irmã empenhada em curar sua dor física ou moral.

Agradeço a meu querido amigo Gianfranco Vianello por ter concebido, organizado, coletado e editado este catálogo, que permanece como um traço resistente das pegadas deixadas pela Santa no mundo.

“Pegadas de santidade” da pequena grande Bertilla, invocadas e rezadas em segredo; pegadas não mais desconhecidas e gravadas para sempre nos corações daqueles que, por meio dela, tem a presença de Deus em suas vidas.

INTRODUÇÃO

Um catálogo de lugares e documentos

(Gianfranco Vianello – Curador do projeto)

O projeto “Nas pegadas de Anna Francesca Boscardin” foi promovido pela Comissão Central das Irmãs Mestras de Santa Doroteia Filhas dos Sagrados Corações. A Comissão foi criada por ocasião do centenário do nascimento de Santa Maria Bertilla para o céu, com o objetivo de promulgar e coordenar os eventos. No período de outubro de 2021 a março de 2022, o projeto tem como objetivo buscar vestígios ligados ao nome e à santidade de Ir. Bertilla, rastreando as pegadas espalhadas pelas ruas do mundo. O logotipo do centenário apresenta o rosto de Santa Bertilla e a roda da carroça, lembrando a rua percorrida por Annetta, muitas vezes em oração e descalça, que vai do local de nascimento até a igreja de San Michele Arcangelo. La via dei carri é um símbolo de origem rural e é o primeiro “caminho das carroças”, que começa na casa da família Boscardin, na Via Goia, em Brendola, com estábulos e animais do campo. Talvez tenha sido de lá que nasceu a ideia de chamá-la de “ganso”, em razão de certas afinidades de caráter atribuídas ao pássaro.

Assim como a gansa deixa pegadas bem marcadas no chão, o nome de Annetta se espalha, deixando marcas indeléveis de amor e sacrifício, mas também de alegria e santidade.

A equipe de pesquisa usou várias mídia, como panfletos, e-mail, imprensa, contatos diretos e boca a boca. Este catálogo organizado é uma coleção dos sinais procurados e recebidos, um presente para lembrar as várias formas de devoção e adoração referidas a Anna Francesca Boscardin.

Cada página representa a imagem fotografada em um determinado momento de um lugar, um documento, um livro, uma rua, uma igreja, uma pintura, um testemunho vivo: “Santa Bertilla da voz dos outros”. A busca começa em Brendola, na casa onde ela nasceu, e continua em Vicenza, Treviso, espalhando-se pelo Vêneto, depois em Viggiù, Roma, Cosenza, América Latina, África, Índia, perdendo-se entre as redes na web, onde a imagem de Bertilla é comentada em vários idiomas, e circula pelos ares. Ao folhear as páginas do catálogo, encontramos coisas desconhecidas

e redescobertas, mas também fotos históricas, pela alegria de revê-las, em sua forma original: uma revisão de tudo o que, com o entusiasmo da busca e o espanto do achado, veio à tona por amor à Santa Bertilla. O catálogo é um convite para percorrer ao lado de Anna Francesca Boscardin as pegadas de Santa Maria Bertilla.

La via dei carri (O caminho das carroças)

Brendola: uma terra santa

(Drª Silvia De Peron – Assessora de Cultura da Prefeitura de Brendola)

“Una santità… dai solchi di una terra: Brendola” (“Uma santidade... dos sulcos de uma terra: Brendola”).

Obra técnica mista sobre madeira, de Vitorio Buset, 30 cm x 65 cm (2009)

Seriam necessárias várias vidas para escrever uma frase que se igualasse em poder à beleza da paisagem de Brendola. A vista cria emoções, onde as sensações celestiais se encontram com a beleza artística e os sentimentos apaixonados. Brendola é uma descoberta agradável: a encosta coberta de carpas, castanheiras e acácias desce suavemente com seus vinhedos em direção à planície, coberta por extensões de trigo e milho. Basta olhar com cuidado e calma, e em cada canto é possível descobrir o vigor da natureza. O castelo, fortificado desde antes do século X, domina essa maravilhosa paisagem com sua majestade. De particular interesse é a Via dei carri, o caminho que leva da igreja do arcipreste de San Michele ao local de nascimento de S. Bertilla Boscardin. Nunca o nome foi tão apropriado; de fato, por essa estrada passavam as carroças dos fazendeiros que desciam do morro para as planícies para realizar seu trabalho diário. É ao longo dessa rota, com cerca de 2,5 km de extensão, uma metáfora da vida, que amadureceu a vocação de Santa Bertilla para sua escolha religiosa e sua vida de santidade. É nessas idas e vindas diárias de casa para a Igreja e vice-versa que Anna Francesca ponderou sua doação sem reservas.

“Ela não pediu nada. Apenas sorriu, com aquela tristeza suave que havia se tornado uma característica habitual dela”. Hoje, aqueles que percorrem a Via dei carri com devoção sentem que têm o privilégio de pisar no mesmo terreno em que se moviam os pés de uma santa, de uma jovem apaixonada por Deus. A santidade de Bertilla torna este nosso país belo, com uma beleza que, em seu desenvolvimento supremo, leva a alma sensível às lágrimas. Bertilla “foi uma semente que o bom Semeador deixou cair no solo fértil de Brendola” (em Sui campi di tutte le guerre, da professora Arcangela Murzio). Santa Bertilla, sem pouparse, ofereceu cada ação ao próximo, demonstrando uma maternidade estendida que a levou para se sacrificar, oferecendo tudo àquele que “conhece e colore nossos sonhos” (em Improvviso, de Bepi De Marzi).

E Brendola? Brendola germinou essa semente e conta com mais de 40 associações voluntárias que, em diversas áreas, dedicam-se livremente a uma sociedade mais solidária e inclusiva. Os voluntários, que são os muitos filhos de Santa Bertilla, entenderam qual é o segredo de dar sentido à vida: querer fazer o que é possível, sem o fardo de sua própria utilidade e eficiência!

Eles chamavam-na de “ganso”

(Francesco Rugiero – artista)

Em 2008, fui convidado para criar uma obra para a exposição coletiva “Il mondo di Annetta”, em uma jornada artística pelos lugares, pelas palavras e pelas obras de uma santa.

A exposição, depois de ter sido apresentada, em 2009, na paróquia de Santa Bertilla, em Vicenza, foi montada em Brendola, em seguida em Treviso e, em 2011, no 50º ano da canonização, na Casa Madre das Irmãs Maestras de Santa Doroteia, em Vicenza. O que me levou a realizar a operação La Chiamavano l’oco (Eles chamavam-na

“Ganso”) foi entender o que estava acontecendo, a ligação entre a Santa e suas origens. A relação entre as pessoas e suas raízes é um tema recorrente em meus trabalhos e esteve no cerne dessa investigação. Rotulada com o apelido de “gansa”, Santa Bertilla percorreu humildemente a “estrada de chão” da casa onde nasceu até a Igreja de São Miguel; foi ao longo dessa estrada que ela fez sua escolha religiosa. A obra é feita de materiais “pobres”: ferro, juta, gesso e papelão; consiste em um exoesqueleto que representa

“A gansa deixa pegadas claras na estrada reta e bem marcada que leva à santidade”

La chiamavano “l’oco” (Chamavam-na “ganso”)

Francesco Rugiero, Instalação, 100 cm x 120 cm (2009)

uma gansa completamente vazia para deixar espaço para Deus. A gansa percorre o “caminho das carroças”, que é representado por duas ranhuras iluminadas: esse caminho leva à santidade. A gansa em seu andar deixa imagens claras que devem representar um exemplo de vida a ser seguido. Embora o caráter de Santa Bertilla a tenha levado a passar despercebida, sua vida diária deixou um testemunho vívido de fé conhecido pela maioria.

Como nasceu o catálogo

(Vito Moro – arquiteto)

Era para ser um voo — o voo de uma gansa que se transforma em luz, iluminando os caminhos do mundo e levando mensagens de humildade e elevação. O catálogo, rico em imagens e testemunhos de uma ampla variedade de mídias, é apresentado com uma aparência essencial: uma inscrição –eles chamavam-na de “ganso” – e um rastro lento e seguro de pegadas. Ela parece indicar o caminho certo a ser seguido e imitado. O conteúdo

está dividido em capítulos agrupados geograficamente de Brendola a Vicenza, Américas, África e Índia. Eles são destacados com cores diferentes, desde o amarelo de Brendola até o azul da web, para facilitar a consulta. Cada documento tem o local – estado, cidade, às vezes bairro –, e o título no cabeçalho. A qualidade de algumas imagens contrasta com a baixa resolução de outras, enfatizando a necessidade de comunicar e transmitir

uma mensagem, em vez de publicar uma bela fotografia. O volume, com mais de 300 páginas, é para segurar nas mãos e folhear vendo os locais de origem, lendo os testemunhos, refletindo e pensando, no que é o resultado da jornada “Nas pegadas de Anna Francesca Boscardin” no ano do centenário de sua morte. O catálogo é destinado aos devotos da Santa, mas também àqueles que o obtêm por acaso ou curiosidade.

Nas pegadas de Anna Francesca Boscardin

ESTAMOS NO CAMINHO das pegadas de Anna Francesca Boscardin

GRUPO ESCOLA INTERNACIONAL DE FORMAÇÃO CARISMÁTICA

Reunião com Gianfranco Vianello

Vicenza, 21 de janeiro de 2022, às 21h30

Sala de conferência Casa Irmãs Mestras de Santa Doroteia

Nome e local de origem das irmãs que participaram da caminhada

ESCOLA INTERNACIONAL DE FORMAÇÃO CARISMÁTICA DAS IRMÃS MESTRAS DE SANTA DOROTEIA FILHAS DOS SAGRADOS CORAÇÕES

Polônia, Brasil, Colômbia, Costa do Marfim, Índia, Equador, Itália, México, Romênia e Jerusalém.

A Escola oferece a todas as irmãs a possibilidade de acompanhamento formativo de maneira orgânica e sistemática, desenvolvendo conhecimentos antropológicosociais, históricos e de gestão de recursos humanos e estudos bíblico-espirituais orientados para o carisma e o aprofundamento das fontes da Congregação (do Anuário Acadêmico de 2022).

Irmãs andando na Via dei Carri

COMEÇANDO EM CASA

Brendola

Da Via dei Carri às expansões continentais

Testemunho: uma manhã de fevereiro em Brendola

Digressões poéticas espirituais, seis partes, por Giorgio Rigotto, escritor de Altavilla Vicentina, seguindo os passos de Annetta

Estou em Brendola, no espaço aberto em frente à residência na qual nasceu Anna Francesca Boscardin, uma casa rural com um pequeno celeiro e um palheiro, tão parada no tempo quanto quando era campo aberto aqui. Anna carrega no nome o significado de “graça”, de “aquela que ajuda e socorre”.

Em um deslocamento temporal, espero ver a Anna, talvez eu tenha que esperar que ela retorne dos campos ou apareça escondida pelas colinas na estradinha que leva à igreja de San Michele. São esses os momentos de grandeza e serenidade cristã.

Fico no meio do espaço aberto, sob um sol tímido de fevereiro, para saborear e apreciar o sagrado a meu redor. Caminho pela estrada de carroças em uma manhã de fevereiro, no dia de Nossa Senhora de Lourdes. Os olhos veem as coisas do passado, isolando-as do ambiente. Invasões do presente em uma ausência de

ruído que se assemelha a uma canção. E entendo a inutilidade das palavras para explicar o estado de harmonia que esses lugares têm, onde, em passos sagrados, caminha-se junto as lembranças para celebrar a vida.

Aqui, Annetta, quando criança, talvez nem pensasse em um Deus distante, e sim nos

Seus dons, na pureza do seu pobre lar, na beleza das relações humanas nas famílias, no trabalho do campo, nas difíceis tarefas cotidianas.

Deus, porém, estava com ela e observou sua humildade, a simplicidade celestial de um coração que estava germinando no futuro, uma santidade que crescia lentamente entre os torrões e as flores dos campos e falava com o silêncio e o dialeto do coração.

Nada heroico, mas simplesmente cristão, sem nenhum segredo além de viver com Jesus.

(Continua na página 53)

BRENDOLA

Brendola está localizada nos arredores de Vicenza, nas Colinas Berici, em uma posição de frente às montanhas Lessini, entre a planície e as colinas, denominada de “A Porta de Entrada para as Colinas Berici”. Uma área rica em água, situada entre bosques, prados e plantações. O principal rio é o Brendola, que reúne riachos que descem das colinas. Em Brendola, a terra dos Boscardins, Anna Francesca era conhecida por todos, e até hoje seu nome está impresso nas pessoas. Já em 1903, o nome de Santa Bertilla foi testemunha do nascimento da Cooperativa Cassa Rurale e Artigiana Brendola (Banco Rural e Artesanal de Brendola), e um de seus parentes estava entre os 32 membros fundadores. No alto da colina, o nome de Bertilla também pode ser encontrado em uma fazenda cujos vinhedos de uvas Garganega produziram um vinho branco passito rotulado como “Santa Bertilla.

A busca começa aqui.

Outubro, 2021.

Uma terra que fala “Bertilla”

A paisagem da planície de Brendola

No final da avenida, está a casa onde Santa Bertilla nasceu, em que se reencontram os sinais do nascimento para a vida e do nascimento no céu.

Escrito na lápide na parte inferior: Aqui repousou o corpo abençoado da Irmã Bertilla de 23.10.1922 a 23.10.1923 (Treviso)

IRMÃ MARIA BERTILLA DE SANTA DOROTEIA –VICENZA Nº 1888 FALECIDA EM 1922.

BRENDOLA

HISTÓRIA DE UMA CRUZ

Na sexta-feira, 20 de outubro de 1922, Maria Bertilla morreu em Treviso, às 21 horas. Na segunda-feira, dia 23, ela foi transportada para o cemitério para o sepultamento. Naquele ano, com uma comemoração impressionante, foi exumada e levada com a cruz ao cemitério de Vicenza. Mais tarde, encontrou seu lar definitivo na capela da Via S. Domenico, em Vicenza. A cruz foi destinada a Brendola na casa onde nasceu e fixo na parede que dá para o pequeno jardim, dominado por uma oliveira que simboliza a paz e o amor.

A oliveira no jardim da casa de nascimento

Primeiro sepultamento no cemitério de Treviso
A casa Boscardin
Os galhos que, nas mãos de Anneta, tornaram-se uma cruz
Anneta em uma foto de 1919
Desse buraco, papai Angelo viu sua filha em oração
O estábulo

BRENDOLA Pesquisa na casa

“Meu caminho é o caminho das carroças, aquele comum a todos”

A capela (Santa Bertilla à esquerda, em baixo)
Pintura de Danilo Berrini
Pintura de Enrica Cecchetti

Do livro de visitantes

Em 31 de março de 2022, em uma visita ao local de nascimento de Santa Bertilla. Muito obrigada!

“E que foi um milagre”

Testemunho fotográfico publicado no mural de graças recebidas.

De Curitiba, Paraná, Brasil: o pai de uma menina de 12 anos, gravemente afetado pela covid, foi intubado e estava sem esperanças.

Então, a família rezou para Santa Bertilla. Depois de um mês, o pai foi curado, e os médicos afirmaram que esse era um caso único de sobrevivência: um milagre.

BRENDOLA

Busca: 31 março de 2022

Anna Francesca, um momento de eternidade no tempo Una bambina (Uma menina) no local de nascimento.

Autores: Renzo Antonello e Mariarita

Codello, Brendola, 2021.

- Rosto e mãos: gesso pintado

- Estrutura: madeira e arame

- Vestidos: algodão e lã

- Tamancos: madeira e couro

- Presilha para véu: latão

- Tamanho: verdadeiro

- Em suas mãos: o livro de catecismo

Do folheto explicativo da obra

A obra é uma criação de Renzo Antonello e Francesco Bari para o presépio instalado no jardim da Villa Vescova, em Brendola, no centenário da morte de Santa Bertilla Boscardin, nascida Anna Francesca. Em seu contexto original, retratava a donzela sentada na beirada de uma antiga carroça, com a intenção de olhar para uma criança segurada em suas mãos, despertando um contraste comovente entre momento de exaltação da menina e a precariedade da cena. Em razão do interesse de Claudio Brunello e da feliz acolhida da comunidade das Irmãs Mestras de Santa Doroteia das Filhas dos Sagrados Corações de Brendola, a obra agora encontra um novo e definitivo lar na casa onde a Santa nasceu. Em suas mãos, intercalam-se um livro de catecismo, um rosário, um crucifixo ou uma criança recém-

Uma criança ao natural

nascida, um ramo de oliveira, uma espiga de trigo, um ramo de flores, uma fruta ou um cacho de uvas, tudo ao longo da “estrada das carroças, a estrada simples”, pequena o suficiente para caber nas mãos e grande o suficiente para ser amada com amor que é ao mesmo tempo humano e divino. Não importa se o xale escorrega de seus ombros e os tamancos escorregam de seus pés. Seus olhos, inchados de emoção, não desviam-se do objeto simbólico de seu amor. A santidade permanece um mistério sutil e pesado, como o fio dourado do octógono que envolve o véu em sua cabeça reclinada: é uma palavra luminosa que penetra em seu olhar e a incendeia. É um coração de criança, capaz de sentir o outro e o mundo em uníssono com imenso coração de Deus e os Sagrados Corações de Jesus e Maria, aos quais um dia entregou toda sua vida por amor.

O folheto

Entre as paredes da casa

BRENDOLA

Monumento a Santa Bertilla

No final da entrada da garagem, em frente à casa de Annetta: “Santa Bertilla e... menino, menina com flores, mãe com bebê”. Monumento de Felice Canton de Camisano Vicentino, em 1962. O esboço foi enviado para produção na Statuaria di Arte Sacra, em Roma, que fez o pedido do bloco de pedra de Rocca di Neto, na província Crotone, em 1985. Duas cópias em resina do modelo foram solicitadas: uma para Rocca di Neto e outra para a Índia (Arquivo Santa Bertilla Vicenza. Composições antigas).

A partir da casa onde Anna nasceu, na rua Santa Bertilla, Vila Goia, começa La Via dei carri, que sobe a colina até a igreja de San Michele Arcangelo.

A estrada, que costumava ser usada por carroças e agora é pavimentada, exceto pela última seção, que ainda é com pedras, tem 12 painéis expositivos instalados por ocasião do centenário, relembrando 12 momentos da vida da Santa, em um percurso histórico religioso realizado pela Associação Laboratorio de Brendola, pelas Irmãs Mestras de Santa Doroteia Filhas dos Sagrados Corações e Administração Municipal de Brendola. O caminho é ladeado por uma parede de pedra basáltica preta que, às vezes, acompanha o viajante ao longo do caminho. Talvez Annetta tenha se apoiado nessas pedras em suas paradas para descanso.

Início do percurso

Um painel expositivo

La Via dei carri
S. Bertilla em um altar ao longo da via

BRENDOLA

Tra Berici&Lessini é a revista da Cassa Rurale e Artigiana di Brendola (Fundo Rural e Artesanato de Brendola), agora Banca delle Terre Venete (Banco das Terras Venezianas). Em 2009, o banco, sensível às iniciativas em homenagem à Santa, contribuiu para a realização da exposição dedicada à Santa Bertilla “Il mondo di Annetta” (O mundo de Annetta).

Tra Berici & Lessini

Aninhada nas colinas, entre os vinhedos, está uma fazenda que, no 50º aniversário da canonização de Santa Bertilla, enriqueceu a adega com um novo produto adocicado, dedicando o rótulo à Santa.

Terra dos vinhedos

BRENDOLA

Uma história de tantas histórias

Na Prefeitura de Brendola, no topo da vila, em frente a uma estrutura “inacabada” (onde uma imagem de Santa Bertilla aparece no interior, conforme Visonà), é possível encontrar um livro publicado em 2020: Una storia di tante storie (Uma história de muitas histórias), de Giuseppe Visonà, da editora The Factory Srl, Roma.

O livro conta, entre as muitas histórias de Brendola de 1888 a 1922, a vida de Anetta. Giuseppe Visonà, de Montecchio Maggiore, um médico que sempre esteve envolvido com a comunidade, foi o fundador da Associação Laboratório Brendola.

Página 25 do livro de Visonà: ANO 1888: “Em uma manhã como tantas outras, nasceu uma menina”

BRENDOLA

Igreja Arcipreste de San Michele Arcangelo, na colina de Brendola, local em que Anneta foi batizada e onde ia rezar

Igreja de San Michele

Local em que Annetta foi batizada

Escultura em argila de Antonio Capovilla (2009), 30 cm x 35 cm x 54 cm

Registro de batismo de Anna Francesca Boscardin. Uma cópia do original também é mantida na igreja paroquial de Montecchio Maggiore, por desejo da mãe, nascida em Montecchio.

Na igreja de San Michele, há um altar dedicado à Santa Bertilla. Na fachada da igreja, acima da porta principal, há uma rosácea de vidro de Bepi Modolo, executada em 1986, no 25º ano da canonização.

Altar dedicado à S. Bertilla A rosácea de vidro de Bepi Modolo

BRENDOLA San Valentino

Um monumento

Outubro de 2021

Relatório de Menon Danilo. Localidade de San Valentino, a 2 km de Brendola. Monumento a S. Bertilla, de 2010, em pedra branca de Vicenza, posicionado em um antigo lavadouro atrás da fonte na Via Piave 91.

A estátua é obra de Fabrizio Mastrotto.

“Santa Bertilla com flores e anjos”

O caminho da Santa

Busca em florestas e trilhas. Uma peregrinação a cavalo pelo Caminho dos Santos, em 2015. Uma cavalgada em memória dos santos Giovanni Antonio Farina e Bertilla Boscardin. Nesse percurso, 150 cavalos seguiram os passos dos santos.

BRENDOLA

Uma pintura de Mina Anselmi

Pesquisa em março de 2022. A uma curta distância de Brendola fica o vilarejo de Vo’, e na igreja paroquial, há uma pintura sóbria e delicada da artista Mina Anselmi, de Vicenza.

Igreja Paroquial de S. Stefano

Vicenza e arredores

Da Via dei Carri às Expansões Continentais

Annetta nasceu para voar, deixar Brendola e tornar-se uma migrante alada. Quando os patos migratórios cruzam o céu, o pato doméstico, como se fosse atraído pelo grande voo triangular, dá um salto desajeitado. O chamado primordial despertou vestígios ancestrais. E aqui está o pato da fazenda transformado em uma ave migratória.

Aqui, nessa pequena cabeça dura, circulavam imagens humildes de lagoas, de galinheiros, de extensões continentais, o sabor dos ventos no céu e a geografia dos mares. O animal não sabia que seu cérebro era vasto o suficiente para conter tantas maravilhas; mas aqui ele batia as asas, desprezava o trigo e o desejo de ser um migrador – elaborado a partir de O Pequeno Príncipe. (Continua na página 145)

VICENZA

Irmã Maria Bertilla

Se Brendola é o local de nascimento de Anna Francesca Boscardin, Vicenza é a cidade onde ela se tornou freira, com o nome de Maria Bertilla. Vicenza é o lar da Congregação das Irmãs Mestras de Santa Doroteia Filhas dos Sagrados Corações, que se espalhou pelo mundo, tomando como exemplo a irmã que se tornou santa.

Vista de Vicenza a partir do Monte Berico
VICENZA

Via San Domenico

Pesquisando na Casa Madre

A capela na qual repousam os restos mortais de Santa Maria Bertilla foi inaugurada em 1952, ano de sua beatificação. Em 1961, ano da canonização, o teto foi decorado pelo Prof. Angelo Gatto com um majestoso e precioso mosaico. As figuras que decoram a abóbada ilustram as virtudes teológicas, cardeais e os votos religiosos que Bertilla praticou com admirável exemplaridade. Acima da porta de entrada, a Santa é retratada entre os doentes, enquanto na abside ela está em glória entre dois anjos: um carregando o lírio do amor puro; e outro, as violetas da humildade.

A Casa Madre das Irmãs Mestras de Santa Doroteia Filhas dos Sagrados Corações está localizada em Vicenza, na via San Domenico

Interior da Capela Santa Bertilla
Entrada da Capela de Santa Bertilla
La Carità, mosaico de A. Gatto

VICENZA Casa Madre

Sala de leitura
Santa Bertilla em uma capelinha
Biblioteca Santa Bertilla

Primeiro livro Suor Bertilla, de 1923

Irmã Bertilla, das Irmãs Mestras de Santa Doroteia Filhas dos Sagrados Corações Treviso

Tipografia Funzionari Comunali 1923

Casa Madre
Primeiro livro Irmã Bertilla, de 1923
Livros sobre Santa Bertilla

VICENZA Casa Madre

Uma graça recebida

Pesquisando na Casa Madre “Recuperação instantânea e perfeita da osteoperiostite…”

Pesquisando no arquivo

Compaixão: Bertilla abraça um homem que está sofrendo. Esboço em gesso de Giorgio Igne (Milão 1934, Sacile, 2020), datado de 1988

Casa Madre Uma estatueta encontrada

VICENZA Casa Madre

Escultura Mi Faccio Santa io (Torno-me sant)

Pesquisa de arquivo em 17 de março de 2022.

Escultura de pedra de Vicenza por Natalino Sammartin 2000, preservada na Casa Madre, em Vicenza. “Faço de mim uma santa e muitas almas a Jesus”

Pesquisa em 17 de março de 2022, na biblioteca de Santa Bertilla, na Casa Madre. A segunda obra publicada: La serva di Dio AA.VV. Irmã Bertilla Boscardin. Perfume do Paraíso, de 1928. Editora Isola del Liri Soc. Tip. A. Macioce & Pisani. O livro faz parte de uma coleção de cinco livros de graças recebidas.

Casa Madre Irmã Bertilla Boscardin, de 1928

VICENZA Casa Madre

A Serva de Deus, de 1939

Pesquisa de arquivo em 17 de março de 2022.

Livro A Serva de Deus Irmã Bertilla Boscardin: uma enfermeira modelo, de Can. Filippo Talvacchia. Tipografia Commerciale Editora, 1939. Primeira edição de 1935. Tradução árabe da Rainha da Palestina.

Casa Madre Irmã Bertilla Boscardin, de 1941

Pesquisa de 17 março 2022. Livro Irmã Bertilla Boscardin de Sac. Emidio Federici, 1941. Publicado pelas Irmãs Mestras de Santa Doroteia Filhas dos Sagrados Corações

De uma página: época em que... Annetta era chamada de “ganso”

VICENZA Casa Madre

O pastor, a freira e o sargento

Pesquisa de 17 de março de 2022. Livro de Sebastiano Crestani Il Pastore, la Suora e il Sergente. Editora L’Oricanno Vicenza, 2013. Breve perfil biográfico de Pe. Sebastiano, que viu S. Bertilla na Villa S. Antonio e manteve uma vívida memória dela.

Caridade heróica silenciosa

Pesquisa de 17 de março de 2022. Diario spirituale di Santa M.Bertilla (Diário Espiritual de Santa Bertilla), das Irmãs Mestras de Santa Doroteia Filhas dos Sagrados Corações, por Irmão Gabriel de Santa Maria Maddalena. O.C.D., Vicenza. Editora Stocchiero, 1982. 4° reimpressão, 1996.

Casa Madre Diario spirituale di Santa M.Bertilla

Do diário. Segunda-feira 26: Jesus respondeu “Hoje mesmo estarás comigo no paraíso”. Aquarela de Liana Rover, 60 cm x 80 cm (2009)

Pintura executada por Missori, em 1958. Possivelmente, um esboço aos estandartes.

VICENZA

Pesquisa de 17 de março de 2022. Tradução para o inglês do Diário Espiritual de Santa Bertilla, de Irmão Gabriel de Santa Maria Madalena OCD.

Casa Madre

Spiritual Diary of St. M. Bertilla

Casa Madre

O lírio do Berici

Pesquisa de 17 de março de 2022. O Lírio do Berici, livro de Valentino Turetta. Editora Stocchiero Vicenza, 1982. Pela Congregação das Irmãs Mestras de Santa Doroteia Filhas dos Sagrados Corações, Vicenza.

VICENZA Casa Madre

Pesquisa de 18 março de 2022. “La Via dei carri”, sobre Santa Maria Bertilla Boscardin. Texto de Tonino Falaguasta Nyabenda. Desenhos de Alberto Tosi. Editora I.S.G. Grande revista em quadrinhos editada pela Congregação em 1986 para o 25º aniversário de sua canonização. Apresentação da Irmã Cecília Vianelli.

La Via dei carri em quadrinhos

Casa Madre Ecos do centenário do nascimento

Ecos do centenário do nascimento (1888-1988).

Celebrações nas cidades: Treviso, S. Martino di Lupari, Cittadella, Valdagno, Roma e Medellín.

TREVISO

ECHI DEL CENTENARIO

SANTA MARIA BERTILLA A TREVISO 13/17 Outubro 1988

SAN MARTINO DI LUPARI

DA SAN MARTINO DI LUPARI 13/17 Outubro 1988

CITTADELLA

SANTA M. BERTILLA A CITTADELLA

VALDAGNO

SANTA BERTILLA A VALDAGNO È STATA COME UN MATTINO DI PASQUA!

VICENZA

Na colina atrás da casa, o cipreste antes de ser cortado

Pesquisa de 18 de março de 2022. Un amore che dura nel tempo (Um amor que dura no tempo), livro do Instituto Irmãs Mestras de Santa Doroteia Filhas dos Sagrados Corações no centenário de seu nascimento (1888-1988). Reflexões, testemunhos e textos poéticos de Don Giovanni Costantini.

Casa Madre Um amor que dura no tempo

Il cipresso una visione sulla collina. Óleo sobre tela, de Maria Teresa Bollin, 100 cm x 70 cm (2009)

HINO

Original em português (veja o hino em Testemunho Curitiba, 2011).

Música de Italo Todeschini e letra de Gilda M. Boscardin Todeschini.

VICENZA Casa Madre

Da infância ao “tudo é nada

Pesquisa na biblioteca.

Livro de Cecilia Vianelli

Edições 1996-2009

Série Heroes ELLE DI CI

Santa M. Bertilla Boscardin: Dalla fanciullezza al “Tutto è niente”.

(Da infância ao “Tudo é nada).

Tradução de um médico francês que, por iniciativa própria, queria oferecer um exemplo a ser seguido pelos enfermeiros da França

Edição francesa

Livro da Irmã Cecilia Vianelli. Editora Congregação Irmãs Doroteias Vi, 1962. In corsia è passato l’amore (O amor passou na enfermaria). M. Bertilla Boscardin para as enfermeiras.

Casa Madre O amor passou na enfermaria

Irmã Bertilla na enfermaria enquanto auxiliava uma pessoa ferida. Madeira de nogueira, por Umberto Campana, 42 cm x 47 cm x 5 cm (2009)

VICENZA Casa Madre

Pequena chama dos Sagrados Corações

Livro editado pelas Irmãs Mestras de Santa Doroteia Filhas dos Sagrados Corações, 1996. S. M. Bertilla Pequena Chama dos Sagrados Corações. Desenhos de Adele Requirez

Casa Madre

O quarto livro de “Retratos

dos Santos”

Il quarto libro dei

RITRATTI DI SANTI

(O quarto livro de retratos de santos), por Antonio Sicari. Editora Jaca Book.

Um retrato de Santa Bertilla Boscardin.

“Sejamos também santos”, sussurrou Bertilla para sua companheira, “mas do Paraíso, não do altar”.

Maria Bertilla havia recebido esse nome, que era o de uma antiga e nobre abadessa, ao entrar no convento. No entanto, para ela, esse nome solene parecia humilde e deselegante.

VICENZA

Filme em DVD La Via dei Carri: la meravigliosa vita di Santa Bertilla (La Via dei Carri: a maravilhosa vida de Santa Bertilla). Editora Elledici. Produção: Irmãs Doroteia Vicenza, 2007.

Casa Madre

La Via dei Carri: a vida maravilhosa

A Obra “La via dei carri” retrata a vida e os problemas do mundo camponês de Vêneto. Das sombras da pobreza

O DVD conta a vida de Santa Bertilla pelos olhos de uma jovem jornalista. Em 2007, foi traduzido para Português. Dirigido por Giuseppe Rolando. Música de Mario Ghersi.

Mi vado per la via dei carri. Óleo sobre tela, 70 cm x 100 cm, por Teresa Soardi (2009)

Sequência do DVD: “Do estábulo à enfermeira no hospital”.

Lavando pratos
Casa natal
Descascando batatas
Igreja de S. Michele
Enfermeira
La via dei carri

VICENZA Casa Madre

Três livros de Antonio Chiades

Irmã Bertilla

Editora Morcelliana, 1988

O carisma de uma Santa na vida cotidiana

Lasciamo fare al Signore (Deixemos isso para o Senhor)

Editora Velar Elledici, 2010 “Desde um ambiente familiar agitado até o fato de que nenhum outro morreu”.

Tutto è niente (Tudo é nada)

Editora Gribaudi, 2002

Vida de Santa Maria Bertilla

La storia di Annetta (A história de Annetta) – S. Bertilla Boscardin. Livro ilustrado pelo Instituto Irmãs Mestras de Santa Doroteia Filhas dos Sagrados Corações. Texto de M. Lidia De Bortoli. Desenho de M. Giovanna Danieli, 2008.

Casa Madre

A história de Annetta

ilustrada

VICENZA Casa

Madre

Somente por amor: um caminho espiritual

Solo per amore (Só por amor)

Livro de Gino Alberto Faccioli, 2001. O caminho espiritual de Anna Francesca Boscardin

Casa Madre As três idades

Aos 17 anos (1905)
Aos 23 anos (1911)
Aos 31 anos (1919)

VICENZA Casa Madre

Um comentário botânico

Pesquisa de 16 de novembro de 2021. Comentário botânico de Marzia Barcaro, de Vicenza: uma reflexão sobre a flor de Berici. A Flor branca dos Berici, como também é chamada a irmã Bertilla, era provavelmente a pratolina (margarida do prado).

Pesquisa del 17 novembro 2021. Óleo sobre tela, uma cópia brilhante da pintura Santa Bertilla, no saguão de entrada da Casa do Sagrado Coração em Corso Padova. O original do Pe. Mario Zocche está na Casa Madre, na via San Domenico, Vicenza.

Casa Sagrado Coração Uma pintura

Fachada Casa Sagrado Coração

VICENZA Casa Sagrado Coração

Um tondo e um esboço

Pesquisa em 17 de novembro de 2021.

Pintura Irmã Bertilla, de A. Missori, de 1952. O tondo está colocado na igreja, na parede à direita do altar.

Santa Bertilla, esboço de Angelo Gatto. Aula Primeiro Andar

Pesquisa de 20 novembro de 2021. Igreja Paroquial de São Pedro. Retábulo O Bom Pastor, dedicado a São João Antônio Farina e Santa Bertilla.

Bom Pastor, São João Antônio Farina, as crianças, e Santa Bertilla. por Annamaria Trevisan, em 2014.

Retábulo lateral

Igreja S.Pietro O Bom Pastor
Igreja de San Pietro

VICENZA Casa da Doutrina

Uma pintura de Modolo

Casa da Doutrina Cristã Igreja de São Pedro. S. Bertilla Patrona dei catechisti (Santa Bertilla Padroeira dos Catequistas).
Óleo sobre tela, de Bepi Modolo, 1968

Bispo Ernesto Dalla Libera, de Zovencedo, Vicenza (1884-1980). Ele ficou conhecido como “reformador da música sacra”. Seu nome está ligado ao Instituto Música Sacra Diocesana, em Vicenza, com coro polifônico e escolar.

branca dos montes Berici

Flor

VICENZA

Depoimento de 26 de fevereiro de 2022.

Centenário de Santa Bertilla. Reportagem de Bruna Rossato.

SANTA MARIA BERTILLA BOSCARDIN, “uma santa da nossa casa!”

O caminho das carroças, o caminho da humildade e o caminho da santidade, uma vida dedicada ao sacrifício desde a infância, sendo uma simples camponesa e depois freira, trilhou caminhos árduos em busca do Reino de Deus!

Estamos orgulhosos dessa nossa mulher de Vicenza, que alcançou as honras do altar, e morreu aos 34 anos de idade, com um caráter forte, determinado e tenaz, sustentado por grande mansidão, humildade e piedade. Características que poderiam ser contrastantes, mas que em Anna Francesca, nascida Irmã Maria Bertilla Boscardin, moldaram sua vida tão dedicada ao serviço, ao trabalho árduo, à resistência e à paz. Qualidades reconhecidas por todos no ambiente em que ela trabalhou. Nascida em 6 de outubro de 1888, em Brendola, não teve infância fácil por conta de seu pai, que reconheceu sua culpa e a pediu perdão. Com grande determinação, ela entrou para o convento das Irmãs Mestras de Santa Doroteia, em Vicenza, em 8 de outubro de 1905. Em 8 de dezembro de 1907, emitiu votos perpétuos. Enviada ao hospital em Treviso para substituir uma irmã, Anna experimentou a profunda beleza e a verdade de palavras como “obediência”, “pobreza”, “humildade”,

Instituto Girolamo Salvi

Uma santa da nossa casa

“silêncio” e “cuidado”. Ela que sempre havia trabalhado como copeira, acabou tornando-se uma enfermeira muito habilidosa, apreciada e procurada pelos médicos nos casos mais difíceis e delicados. Também era muito querida pelos pacientes e pela equipe. Na ala de crianças com difteria, Anna tinha para eles o cuidado mais atencioso e maternal. Todos admiravam a Irmã Bertilla como uma enfermeira angelical de caridade heroica. Sua presença e suas palavras eram uma bênção, um consolo. Nos momentos difíceis e tristes da guerra entre 1915 e 1918, ela ajoelhava-se no meio da enfermaria para rezar o Rosário até que que o perigo cessasse. Sua regra de vida era: “Meu Jesus, eu lhe peço, por suas

santas chagas, que permitas que eu morra mil vezes, mas nunca me deixes realizar algo apenas para ser visto pelos outros”. Seu amor pela Mãe de Deus tinha toda a ternura, a confiança e a simplicidade encantadora de uma filha para sua mãe. Ela recomendava a todos a devoção a Nossa Senhora, e em seu coração colocava todos os seus pacientes. “Não tenho nada de meu, exceto minha própria vontade... e eu, com a graça de Jesus, estou pronta e decidida, a todo custo, a nunca querer fazer minha própria vontade, e tudo isso por puro amor a Jesus...”; “...a sabedoria que vem do alto primeiro é pura, depois pacífica, suave, flexível, cheia de misericórdia e de bons frutos, imparcial e

sincera...” (Bíblia, Tiago 3:3-18).

A saúde robusta da humilde freira foi enfraquecida por uma doença. A operação a que foi submetida para remover o tumor foi em vão e, três dias depois, em 20 de outubro de 1922, sua bela alma subiu ao céu.

Santa Maria Bertilla Boscardin foi canonizada pelo Papa São João XXIII, em 11 de maio de 1961.

A grandeza dessa nossa Santa está em sua humildade e em se doar a todos até o fim, independentemente de idade, condição social ou doença, esquecendo-se de si mesma, ou melhor, oferecendo-se sempre, com sua forte vontade que a levou, ainda adolescente, ao convento das Irmãs Mestras de Santa Doroteia. Sua figura exemplar e misericordiosa foi certamente a inspiração para as Irmãs e tantos trabalhadores que prestam seus serviços nas residências para idosos Ottavio Trento e Girolamo Salvi. Na celebração eucarística, Santa Maria Bertilla foi proclamada Padroeira dessa residência e, na mesma celebração, foi abençoado um retrato doado pelo artista Andrea Pasini, que, atualmente, está exposto no salão central da residência em memória da cerimônia. Normalmente, os artistas retratam seus temas na tentativa de “embelezálos”, para torná-los mais agradáveis à vista e transmitir sentimentos ideais; essa pintura, por outro lado, é muito naturalista. Santa Bertilla aparece em toda a sua autêntica simplicidade física

e muito modestamente vestida para se parecer com uma “empregada de copa”, que era a tarefa confiada a ela na época. Suas mãos parecem fortes e grossas, como as de uma camponesa ou de um operário de fábrica –mãos desgastadas por seu trabalho incansável!

Sua expressão, no entanto, transmite toda a ternura, a doçura e o amor que ela era capaz de dar. Da mesma maneira, na residência Girolamo Salvi, em 2 de abril de 2008, por ocasião do 162º aniversário da chegada das Irmãs Mestras Doroteia àquela residência, como sinal de gratidão, o Conselho de Administração do mesmo Instituto dedicou uma ala das instalações Salvi à Santa Maria Bertilla, como protetora ideal do próprio Instituto e da equipe que ali trabalha. Essa humilde serva de Deus colocou em prática, em seu tempo, o que o Papa Francisco apelou em sua mensagem no Dia do Doente de 2022: “Mesmo quando não é possível curar, é sempre possível curar, é sempre possível consolar, é sempre possível fazer sentir uma proximidade que mostra interesse pela pessoa antes de sua patologia”.

Residência Santa Bertilla, no bairro Salvi

VICENZA Catedral

Tondo, de Franco Mastrovita

Depoimento de 15 novembro de 2021, por Franco Mastrovita (artista).

Santa Maria Bertilla. Baixo-relevo em bronze, diâmetro 160 cm, na Catedral de Vicenza. Maio de 2001: Concurso para o 40º aniversário da canonização. “A forma geral que envolve a obra representa uma roda de carroça; pretendia relembrar o caminho espiritual da santa, de acordo com uma imagem que ela mesma ofereceu: ‘Eu vou pelo caminho das carroças’, significando o caminho comum, o mais humilde, mas não o mais fácil”.

Do alto à esquerda: ela tornou-se freira; transportava farinha na carroça; lavava pratos no balde; em Viggiù, levava água quente aos feridos no primeiro andar; entre os doentes; com o catecismo.

Franco Mastrovita

Desenho em bronze
Levando a farinha
Entre os doentes
Sobe até o primeiro andar

VICENZA

Terracota de Alfonso Fortuna. L’oca (Gansa), 71 cm.

Do catálogo de uma exposição de 2004, do artista de Vicenza. A gansa, ave que inspira o escultor, caminhando com uma garotinha. Uma justaposição que nos faz pensar em Anna Francesca.

Para Alfonso Fortuna, escultor de Costabissara, Vicenza, foi atribuído o conjunto de esculturas de bronze dedicado à Santa Bertilla no centenário de sua morte. O monumento encomendado pela administração municipal de Brendola será colocado no centro da rotatória na entrada da vila.

A

menina e a gansa

Aquele brilho suave nos olhos

Uma pintura para o 50º aniversário da canonização em 2011.

Quel mite brillare degli occhi. Óleo sobre tela, 100 cm x 100 cm, de Claudio Gaspari. Catálogo da exposição “Il mondo di Annetta” (2009).

VICENZA

Depoimento de 12 de novembro de 2021.

Um sino para a pequena capela no 25º aniversário da canonização, em 12 de abril de 1986, no aeroporto Tommaso Dal Molin, em Vicenza. O sino de Santa Maria Bertilla, com figurações em relevo, tem 101 kg, com seu nome gravado no bronze.

Um sino para o aeroporto

Memória do periódico Nella luce di S. Bertilla (Na luz de S. Bertilla), n. 3, de 1986, e n. 1, de 1987. Na foto, a capela do aeroporto

Aeroporto Dal Molin

Pesquisa de 2 março de 2022

Um esboço em tinta, por G. Zampieri, de 2011.

Um

esboço em tinta

VICENZA

A Santa dos “seculares”

Depoimento de 30 outubro de 2021.

O artista de Vicenza, Max Paggin, recorda que o pároco, Don Lino Smiderle, da Igreja Madonna Della Pace, na área de Stanga, em Vicenza, contou que sua mãe estava prestes a lavar a louça em uma cozinha invocando a “Santa dei seciari*”

Santa dos Seculares: alusão a Santa Bertilla.

*seciaro: pia da cozinha.

O trocadilho se baseia na semelhança sonora entre “seciari” (um termo dialetal que significa pia de cozinha) e “secolari” (seculares, ou seja, pessoas que vivem no mundo, fora da vida religiosa).

A pia da casa natal de Santa Bertilla

Depoimento de 4 janeiro de 2022, por Gabriella Marcheluzzo. Moro na unidade pastoral Porta Ovest, e li no folheto o e-mail de contato para a busca de vestígios. Sou Gabriella Marcheluzzo, professora de Matemática na Escola de Artes Boscardin. Sou devota da Santa, e, há muito tempo, tenho um livro da sua história publicada em 1959 por seu instituto, escrita por Monsenhor Emidio Federici. Eu visitei a casa natal alguns anos atrás. Meu irmão Francesco

Instituto Boscardin

a visitou com sua esposa Laura, em 2009, e recebeu a graça, após 6 anos de casamento sem filhos, de gerar primeira filha, Ilaria, nascida em 26 de fevereiro de 2010. Incluo uma foto de S. Bertilla, uma pintura a óleo na Escola Secundária Estadual Boscardin, de 1960. Em uma sala do Instituto, há também o óleo sobre tela de 70 cm x 120 cm, chamada S.Bertilla em Monte Berico, criada por Concetto di Modica (2009), onde Santa Bertilla aparece atrás do Santuário. Óleo sobre tela, por Concetto Di Modica

VICENZA

Pintura de Evelyn Astegno

Santa Bertilla. Pintura em pastel de Evelyn Astegno, de Creazzo, Vicenza, 2001, encontrada na Casa Madre.

de don Giovanni Costantini

Pesquisa del 20 janeiro 2022. A vida da Santa em 36 páginas, escrita pelo Pe. Giovanni Costantini para o centenário de morte de Santa Bertilla Boscardin, de 2021. Don Giovanni Costantini, nascido em Treviso, é considerado pela imprensa católica como o poeta italiano que transformou teologia em poesia. (L’Avvenire, Studi cattolici)

Cântico

VICENZA

Depoimento em 7 de janeiro de 2022

A serva de Deus, Bertilla Antoniazzi, veio de uma família simples de agricultores, onde a confiança no Senhor sempre foi sua força.

Ela nasceu em 10 de novembro de 1944, em Sant’Agostino, perto de Vicenza. Mamãe e papai deram-lhe o nome de Bertilla para lembrar a Santa e confiá-la a seus cuidados. Ela viveu com uma vivacidade infantil até os 8 anos de idade, quando sua doença começou a se manifestar. Nestes anos todos de sua doença no hospital em Vicenza, ela conheceu as freiras doroteias, que a ajudaram a aprender mais sobre a vida de sua Santa padroeira: encontrou afinidades espirituais nela e tentou imitá-la em seu caminho espiritual. Com a irmã Stella Bergamin, ela era uma como uma irmã gêmea, e havia entre elas uma profunda conexão que as ajudava a viver plenamente o dom da vida. Aqueles que se aproximavam dela eram tocados por sua presença. O pai, Sr. Khaled, ficou maravilhado com a força e a serenidade que ela sempre transmitia. Bertilla morreu no hospital de Vicenza, em 22 de outubro de 1964, perto de completar 20 anos de idade.

Os médicos e as enfermeiras disseram: “Ela se foi ao Paraíso... nunca a ouvimos reclamar”. (testemunho da irmã Pialuigia).

Bertilla Antoniazzi e Santa Bertilla
Bertilla Antoniazzi
Bertilla Boscardin
Abadia de Sant’Agostino

VICENZA

Depoimento de 13 março de 2002. Marifulvia Matteazzi Alberti, de Vicenza, mãe de Ambra, Angelica e Alberto, alunos da escola maternal e primária da Via IV Novembre, apresenta o testemunho de seu avô materno, Giuseppe Coquinati, de Vicenza, conselheiro socialista na Câmara de Vereadores de Vicenza, de 1920, que fez parte da equipe de socorro da Cruz Vermelha italiana na Primeira Guerra Mundial.

No conflito, ele entrou em contato com a irmã Bertilla no Hospital de Treviso. Meu avô Giuseppe dizia: “Sabe, Nina, no hospital, eu tenho uma grande ajuda... Durante a noite, uma jovem freira fica acordada e lava bandagens, gaze, panos e depois os lava e seca no calor de grandes fogueiras acesas no pátio. Ela está sempre pronta, rápida e incansável, trabalhando continuamente com resistência silenciosa. Com imensa

“Infermiera” assiste i soldati feriti (“Enfermeira” auxilia soldados feridos). Óleo sobre tela, 60 cm x 60 cm, de Mirto Testolin (2009)

É um anjo, uma Santa!

dedicação, ela cuida, auxilia, encoraja e traz carinho e sorriso e às crianças feridas e acompanha aquelas que não conseguem chegar a outra vida. Se não fosse por essa doce freira, não sei o que eu faria! Ela é um anjo, uma santa! Santa Maria Bertilla Boscardin!”. Foi isso que o avô Giuseppe disse à avó Nina naquelas poucas horas de descanso tranquilo em família antes de voltar ao desespero do hospital de Treviso.

Certificado de filiação do avô à Cruz Vermelha Italiana de Treviso

VICENZA

Pesquisa em 7 de maio de 2022. Palácio do Bispo, na Piazza Duomo. Pesquisa de Mario Pavan: uma oportunidade para recordar e imaginar. Depois de ser professora por muitos anos, a Irmã Ancilla Giuriato foi encarregada pela recepção no bispado, desde 2003, primeiro com Monsenhor Nosiglia e depois com o Bispo Beniamino Pizziol. Ela faleceu na Villa S. Antonio, aos 94 anos de idade. Apaixonada pelo Senhor desde a infância, Ancilla repetia que era noiva de Cristo, e tinha um sorriso doce e uma palavra gentil para todos. “Ela foi um presente para muitos”, é como o bispo de Vicenza Beniamino Pizziol se lembra dela. Para Mario Pavan, foi fácil criar um diálogo dela com Santa Bertilla. “Ela era para todos a pequena freira dos bispos, muito mais do que sua

fiel recepcionista do palácio na Piazza Duomo. Ancilla sabia tudo sobre eles, suas personalidades, seus hábitos e seus bons e maus momentos. Ela era, em suma, sua verdadeira secretária, embora cada bispo sempre tivesse escolhido “sua” secretária particular em seu ministério na diocese. Chamavase Ancilla, serva, como alguém que se antecipa, acompanha, e apoia em silêncio e no trabalho seus superiores. Silêncio e gentileza eram seu “pão de cada dia” para os visitantes e todos aqueles que vinham para palestras especiais. De vez em quando, no entanto, com um orgulho comedido, querida Irmã Maria Bertilla, ela tocava seu medalhão dos sagrados corações e estava feliz, como se podia ver, por pertencer à mesma ordem que você, desejada e fundada pelo santo de Gambellara, Giovanni Antonio Farina. “Veja”, dizia ela, “Irmã Bertilla, ou

melhor, Santa Maria Bertilla, teria feito, teria agido, teria dito isso...” e ela se iluminava; a freirinha dos bispos. Um dia, porém, ela desapareceu. Souberam de sua doença e seu desaparecimento. E você, Santa Bertilla, atenciosa como é, sem dúvida, falou com São Pedro, o grande patrono também de todos os carregadores desta terra. Imaginei a cena com a porta escancarada e você correndo até ela: “Ah, querida Ancilla, quantas coisas teremos que dizer uma à outra. De fato, você começa. Agora temos todo o tempo, muito mais que antes: a eternidade está a nossa frente. Eu trilhei o caminho, o meu caminho, o caminho das carroças da minha Brendola, depois em uma escolha, simples em dar significado até mesmo às pequenas coisas e... agora é sua vez de contar, você pode fazê-lo aqui. Estamos entre irmãs, não?”.

Seguindo suas pegadas, Maria Bertilla!
Irmã Ancilla Palácio do Bispo

“Ela tocava seu medalhão dos Sagrados Corações...”

Não é só isso

Não é só isso... você é a primeira irmã E lidere com as páginas de seu coração: a sabedoria do verdadeiro Evangelho além de volumes, livros e códices de laudatórios exaltantes.

Verdadeira santa, Maria Bertilla, você sempre esteve entre os lírios de campos e as colinas, sobre a inocência e a beleza da verdadeira sabedoria.

Mario Pavan

O catecismo, o rosário e as flores: a verdadeira sabedoria de Maria Bertilla. Aquarela de Olga Freschi, 35 cm x 45 cm.

VICENZA Paróquia de S.Bertilla

Grandeza e humildade

Pesquisando na paróquia: depoimento de Antonio Chiades, publicado no periodico Il Ponte (A Ponte) N. 22, ano 2009. Sala don Bosco dell’Oratorio da Paróquia de Santa Bertilla (2009), por ocasião da mostra “Il mondo di Annetta” (O mundo de Anneta).

A paróquia de Santa Maria Bertilla foi fundada no bairro de mesmo nome, em 1961, ano de sua canonização. Vista da igreja e da pintura redescoberta “Santa Bertilla”.

Paróquia de S.Bertilla Uma pintura redescoberta

A igreja de Santa Bertilla, em Vicenza

O óleo sobre tela de Concetto Di Modica está preservado na reitoria “Santa Bertilla: O caminho para o céu entre o Santuário e S. Michele”, 70 cm x 120 cm (2009)

VICENZA Paróquia de S.Bertilla

Exposição

Pesquisa de 10 de novembro de 2021, nos arquivos da paróquia de Santa Bertilla, em Vicenza. Exibição da urna no 10º ano de canonização, em 24 de outubro de 1971. Foto publicada na revista paroquial Il Ponte (A ponte).

da Urna

Exposição da Santa na paróquia

Pesquisa de 10 de novmebro de 2021: 40º ano de fundação da Paróquia de S. Bertilla (1964-2004). Reflexões de Vittorino Andreoli, neuropsiquiatra e escritor de Verona, publicadas na edição de 7/2004 de Il Ponte, a revista paroquial.

Algumas reflexões

(por Vittorino Andreoli)

“Graças à convicção de que a loucura é compatível com a santidade... começarei com a Irmã Bertilla, que descaradamente vou definir a Santa como tendo ‘pouco

Paróquia de S.Bertilla Reflexões de Vittorino Andreoli

cérebro’... sua mãe a chama de ‘ganso’, que, na tradição do interior do Vêneto, é considerado o animal mais estúpido... a estupidez é uma função biológica, mas também é inevitavelmente afetada pelo ambiente, e Brendola era uma cidade agrícola pobre... o estranho começa exatamente quando consideramos o que é essa ‘cabeça grande’... Trata-se de estupidez que consegue se tornar sagrada e de um “minimalismo” que, no entanto, atinge as alturas da virtude...

VICENZA Paróquia de S.Bertilla

Hino Tudo é nada

2011: 50 anos da canonização – 50 anos da constituição da paróquia – 50 anos da criação do bairro S. Bertilla. A canção do ano: “Tudo é Nada”. Música de Bepi de Marzi. Texto de Gianfranco Vianello. Todos os anos, no dia da festa em comemoração aos 20 de outubro, o hino é cantado na missa de domingo na paróquia.

Cinema Teatro Primavera
Espetáculo no Cine Teatro Primavera da Paróquia de Santa M. Bertilla Foi preservado o filme da apresentação da cantora de Vicenza Paola Burato e das freiras em sete idiomas

Se non c’è dei bimbi il sorriso tutto è niente/tutto è niente

Se non c’è l’amore verso l’altro tutto è niente/tutto è niente

Se non c’è tra gli uomini la pace tutto è niente/tutto è niente

Se non siamo proprio tutti uguali tutto è niente/tutto è niente

Se il dolore ti dà forza

Se il silenzio ti dà gioia

Se il brillare mite è negli occhi

Se il coraggio è nell’umiltà

Se non c’è l’amore verso l’altro tutto è niente/tutto è niente

Se non siamo proprio tutti uguali tutto è niente/tutto è niente

Andavi per la via dei carri

Tra tracce profonde e dritte

Cercavi perfezione e amore

E la preghiera era ricchezza

Cinquant’anni sono passati

Da quando divenisti santa

Desti nome all’ara e piazza

Ma tutto è niente senza te

Partituras de Bepi de Marzi. Texto de Gianfranco Vianello

VICENZA Paróquia de S.Bertilla

Uma exposição itinerante

Uma exposição itinerante 2009-2011: “Il mondo di Annetta: viaggio d’artista tra luoghi, parole, opere di una Santa” (O mundo de Annetta: a jornada de uma artista por lugares, palavras e obras de uma santa). Produzida pelo Gruppo Arte e Pratica e amigos do Circolo NOI.

Vicenza, 2009
Treviso, 2011
Brendola, 2010
Casa Madre – Vicenza, 2011

Paróquia de S. Bertilla Procissão noturna

Pesquisando em arquivo: 50º ano de canonização. Procissão noturna: Brendola – Monte Berico – Vicenza. Em 7 de maio de 2011, às 22 horas. Vigília no local de nascimento de Santa Bertilla. Partida às 23h. Chegada na paróquia às 7h do dia 8 de maio.

Vigília noturna
Parada em Monte Berico
Primeiro trecho
Chegada com a Urna em Vicenza

VICENZA Paróquia de S.Bertilla

2011: um ano de eventos

50º aniversário do estabelecimento da paróquia e canonização de Santa Maria Bertilla.

Ao entrar na igreja pela porta central, nota-se um baixo-relevo representando quatro cenas da vida de Santa Bertilla, projetado por Laura Stocco, uma artista que também projetou os vitrais da igreja. Os quatro destaques da vida são divididos por uma cruz:

Paróquia de S. Bertilla Baixo-relevo

investidura religiosa, entre as crianças, cuidados com os dentes e morte e canonização. O baixo-relevo foi feito pelo escultor Aldo Peotta. Na parede externa da capela do lado sul do batistério, há um baixo-relevo “Santa Bertilla rezando”, de Aldo Peotta.

Baixo-relevo da porta central

VICENZA Paróquia de S. Bertilla

Estátua

de Bruno Vedovato

O mobiliário artístico do complexo paroquial inclui quatro esculturas de madeira de Bruno Vedovato, uma das quais é dedicada a Santa Maria Bertilla, no altar esquerdo. Elas foram feitas entre 1966 e 1978. Bruno Vedovato era escultor e viveu com seu pai por muitos anos em Paris, onde frequentou a Academia de Belas Artes. Retornando a Vicenza, ele dedicou-se exclusivamente à pintura e à escultura e viveu até 1986. Sua arte não foi contaminada por francesismos, talvez não tenha se esquecido do refinamento além dos Alpes, mas sempre permaneceu ligado à terra de Vicenza e às colinas de Berici.

Depoimento: Vedovato era um artista solitário, humilde, até mesmo retraído, perfeito em seu trabalho. Ele participou de uma única exposição, satisfeito com sua arte, tanto que, como relatam os membros da família, os traços comportamentais típicos de Santa Bertilla também foram mencionados.

Santa Bertilla: estátua de madeira à esquerda do altar, de 1966

Paróquia de S. Bertilla Bertilla para sempre

Em 2011, depois de um ano de eventos para o 50º aniversário da canonização, um grito foi ouvido na paróquia: “Bertilla para sempre”.

A camiseta “bertilla50”

VICENZA Paróquia

de S. Bertilla

Um catálogo, uma vida

“Il mondo di Annetta Boscardin: viaggio d’artista tra luoghi parole opere di una Santa”. (O mundo de Annetta: a jornada de uma artista por lugares, palavras e obras de uma santa). Catálogo da exposição dedicada a Santa Bertilla, 2009.

Monte Berico VICENZA

O Santuário

O Santuário de Monte Berico era um local de oração e refúgio para Annetta. Da casa onde nasceu, ela subia a montanha, às vezes correndo, com sua mãe. Do Monte Berico, ela retornava como enfermeira à vila S. Antonio para um período de descanso. A vila vizinha, S. Giuseppe, abrigava os seminaristas infectados pela

epidemia de gripe espanhola no primeiro andar. Irmã Bertilla estava feliz, pois estava a poucos quilômetros de Brendola e perto da Madona de Monte Berico. Esses lugares agora falam de memórias: as instalações foram restauradas. Pesquisa de 29 de dezembro de 2021.

Santuário da Madona de Monte Bérico. A Madona, para Annetta, era sua segunda mãe

VICENZA Monte Berico

Pesquisa de 29 de dezembro de 2021. Villa S. Giuseppe, onde os seminaristas doentes eram hospitalizados.

A escada em que Irmã Bertilla subia para chegar aos doentes no primeiro andar

Vila San Giuseppe
Entrada da via Cialdini
Entrada das freiras
Foto de 1919, no primeiro andar

VICENZA

Pesquisa de 29 de dezembro de 2021.

Na Villa Santo Antonio, na parte de trás a residência onde a irmã Bertilla estava hospedada.

Monte Berico

Villa Sant’Antonio
Vila Santo Antonio

O que ela pensa sobre isso?

Depoimento de 29 de novembro de 2021 do município de Creazzo, na província de Vicenza. Testemunho de Piero Modolo, filho de Bepi Modolo, pintor e autor de muitas pinturas de Santa Bertilla. “Caro Franco, estou longe por causa do trabalho, mas posso lhe dizer que há lembranças, anedotas e curiosidades sobre o que você pediu. Lembrome com prazer quando, em 1982, junto a papai, o pintor Bepi Modolo, projetamos e executamos os vitrais da Capela do Santíssimo Sacramento na Casa Madre Doroteia, que estava passando por uma restauração total. Lá, eu me aproximei e aprofundei meu conhecimento sobre a vida da Irmã Bertilla e convenci-me de que ela deveria ser ‘apenas Santa’. Outra situação: uma frase de papai: - ‘Dighe a Santa Bertilla che la ghe pensa ea’ (Pergunte a Santa Bertilla o que ela pensa sobre isso). Essa frase foi dirigida a meu irmão Giovanni, o mais novo de nós cinco, que estava muito preocupado com a saúde de sua mãe, internada na UTI após uma queda grave, embora trivial, mas com pouca esperança de sobreviver à cirurgia no cérebro. Resultado: depois de alguns dias, ela teve recuperação completa. No trabalho de papai, vi a figura de Santa Bertilla retratada várias vezes. Aquela que está na rosácea em Brendola, na Igreja Paroquial, tem uma história. Ela foi feita enquanto ele estava no hospital em Treviso, então tivemos que terminar o trabalho. Para isso, levei uma pequena lanterna, pincéis, grisaille e médiuns ao hospital para pintar a efígie. Com sua calma olímpica, ele a executou, uma vez, uma segunda, uma terceira, até conseguir o que queria. O molde do atual trabalho foi para o forno, e teve cinco retoques. Posso contar essas coisas para você, Franco, já que tanto sabe sobre elas. Até mais e obrigado. Piero Modolo”.

Vetrata, de Bepi Modolo

O chapéu de seminarista

Depoimento de 3 de fevereiro de 2022, por Agostino Pilati. Na página 156 do livro sobre Santa Bertilla Por Puro Amor, de Antonio Guidolin, impresso em 2021, é relatado que “ele foi cuidado com carinho pela Irmã Bertilla dia e noite, porque era mais sério do que qualquer outro, o estudante Pilati do primeiro ano do Ensino Médio”. Esse aluno, um seminarista, era irmão de meu avô e seu nome era Leo. É o que está escrito nas anotações da minha árvore genealógica: “Leone (Antonio), nascido em Montecchio Maggiore em 28 de agosto de 1901, morreu em 25 de janeiro de 1919, aos 18 anos, de broncopneumonia. Estudante do segundo curso do Ensino Médio em Monte Berico, na Villa Suore Dorotee, porque o seminário estava ocupado pelos militares”. Infelizmente, as várias mudanças que ocorreram na casa da família, com o consequente descarte de vários objetos, impossibilitou a preservação de fotografias, livros, cadernos e roupas de Leone que seu irmão Agostino, meu avô, guardava com cuidado e devoção. Lembro-me do chapéu de seminarista que era guardado com cuidado. Meu avô costumava nos contar que Leo, em seu delírio devido à febre, uma vez pegou aquele chapéu e jogou-o na irmã Bertilla, que estava por perto. A freira o ajudou com paciência, como, aliás, está escrito no livro de Guidolin, que relata o testemunho de Monsenhor Caliaro. Em resposta, a santa freira sorriu, quase divertindo-se com aquele gesto, que certamente não era, devido à grosseria. A anedota do chapéu que atingiu a Irmã Bertilla permaneceu nas lembranças da família por muito tempo, porque, segundo meu avô me contou, os irmãos e pais do seminarista Leo sempre tiveram a convicção de que a freira era uma santa antes que ela chegasse ao Céu, tornasse-se uma santa, fosse declarada beata e mais tarde canonizada. Espero encontrar, remexendo em alguma gaveta antiga, uma lembrança material de Leo, irmão de meu avô Agostinho, que teve sorte de passar da Terra ao Céu auxiliado por uma freira tão humilde quanto santa que já tinha o Céu em si

A pastora: o anjo das trincheiras

Pesquisa de 15 dezembro de 2021, na Casa do Sagrado Coração, em Vicenza. Em direção aos castelos de Montecchio Maggiore, o município de Sovizzo fica na planície, na província de Vicenza, que também inclui Sovizzo Alto na colina. Testemunho entregue à Ir. Emma dal Maso, em 2 de setembro 2017.

“Pastora que era o anjo das trincheiras”, de Walter de Lorenzi.

“Reverendas Madres, sou professor de História na Scuola Media di Sovizzo.

Há algum tempo, escrevi um breve pensamento sobre Santa Bertilla, cuja figura me impressionou particularmente no curso de meus estudos sobre a Grande Guerra, a tal ponto que a incluí como um tópico em meu programa de exames finais do Ensino Médio. Prof. Walter de Lorenzi”.

Eu preferiria me lembrar não daquela que agora é venerada pela Igreja Católica, “mas daquela garota de rosto aberto [...] no mesmo nível de uma dona de casa”

ZOVENCEDO San Gottardo

Um afresco

Cidade vizinha de S. Gottardo, do município de Zovencedo, província de Vicenza. Na igreja, o afresco de Pietro Dani “Santa Bertilla presso un ammalato” (Santa Bertilla perto de um homem doente).

O affresco

A igreja

ALTAVILLA VICENTINA

Pesquisa em Altavilla.

“Anna Francesca de joelhos rezando no estábulo”. Foi assim que um artista de Altavilla Vicentina, Umberto Celli, viu a cena em sua pintura: Reza. O poeta Giorgio Rigotto, de Altavilla Vicentina, comentou essa cena, olhando para Annetta com sentimento poético.

Um comentário: Reza

“Prega nella piccola stalla davanti alla Croce fatta da lei” (Ela reza no pequeno estábulo em frente à cruz que ela fez). Óleo sobre tela, de Umberto Celli, 60 cm x 80 cm (2009)

ALTAVILLA VICENTINA

GAMBELLARA

Um acidente de carro

Depoimento de 31 março de 2022, por Elisabetta, de Gambellara. Ação de graças à Santa Maria Bertilla. Meu nome é Elisabetta, e moro com meu marido, Matteo, e nossas filhas, Emma e Viola, em Gambellara. Na noite de 19 de setembro de 2021, meu marido sofreu um acidente de carro, foi levado ao hospital com o seguinte diagnóstico: fratura de costela, deslocamento do quadril da perna direita e fratura do acetábulo. Matteo foi transferido na sexta-feira de manhã do hospital de Arzignano ao hospital de Camposampiero, em Pádua, onde seria submetido a uma cirurgia no acetábulo na segunda-feira. Por volta das 02h30, ele foi levado à UTI e intubado em razão a um derrame em ambos os pulmões. Sua vida dependia de um ventilador mecânico. Em casa com nossas filhas, tive que tentar me manter forte, passar toda a força para Matteo e garantir que, por meio de nosso pensamento constante, ela chegasse até ele naquele leito de hospital. Minha filha Emma e eu choramos, com medo. A pequena Viola se encheu de coragem e disse: “Mamãe e Emma, não tenho medo, porque o papai é forte!”. Tudo isso, no entanto, não era suficiente para mim, então tomei coragem e, no domingo de manhã, liguei para a Irmã Emanuela, contei tudo e ela prometeu que me ajudaria. Rapidamente, Irmã Manuela entrou em contato com as Irmãs da casa em Brendola, e elas confiaram Matteo à Santa Bertilla. Eu agradeço a todos aqueles que rezaram por meu marido, mas um agradecimento ainda maior vai para vocês, Santa Bertilla, porque, na segunda-feira à tarde, quando fui ao hospital, encontrei meu marido acordado, ainda intubado, mas alerta e consciente. Lembro-me perfeitamente do momento em que eu estava prestes a entrar no quarto. Ele não conseguia virar a cabeça para mim, mas só de vê-lo acordado e fora de perigo em apenas três dias, quando os médicos haviam me dito que demoraria até dois meses, fez-me chorar como uma criança. A alegria foi demais, tenho certeza absoluta de que a graça que recebi veio de uma irmã que voou para o céu cedo demais, mas que, do alto, sempre se faz ouvir, e está sempre pronta para ajudar qualquer um que recorre a Ela. Como a situação dos pulmões melhorou, os médicos decidiram intervir na quarta-feira. Mais uma vez tenho certeza de que Ela estava lá para proteger Matteo. Tudo correu bem, não houve complicações. Quem precisa de ajuda não deve ter vergonha de pedir a Deus Pai, a Jesus e a todos os nossos santos, que estão lá para nos ajudar. Tenho certeza disso. Em minha família, o milagre aconteceu. Elisabetta, Matteo, Emma e Viola agradecem a Santa Bertilla pelo precioso presente que receberam!

ARZIGNANO Hospital

Uma pintura de Modolo
ARZIGNANO
Hospital Civil de Arzignano
“Santa Bertilla”. Óleo sobre tela, de Bepi Modolo

História de um oratório

Depoimento de 3 novembro de 2021, de Lanzè, no município de Quinto Vicentino, na província de Vicenza. História do oratório em Lanzè, construído em 1961: “La Santa torna al suo posto” (A Santa retorna a seu lugar), com documentação completa.

LANZÈ
“Quero me tornar santa”

Depoimento de 8 abril 2022 do Valle di Castelgomberto, província de Vicenza, por Dina Tamiozzo, professora aposentada de Educação Religiosa Católica em uma escola de Ensino Médio. Os alunos do Ensino Médio se interessaram pela vida da Santa Bertilla, especialmente em dois aspectos da história que, segundo eles, também faziam parte de suas próprias vidas: sentiram que o erro de ortografia e a vida da família estavam relacionados. O erro gramatical “Volio diventare santa” (Quero me tornar santa), escrito sem o “gl”, os atraiu. Era uma situação familiar na escola, comum ao cansaço dos estudos de todos os alunos. Portanto, ver um erro de ortografia de santo os confortou. Nossos filhos passam por dificuldades familiares, às vezes de certa magnitude, portanto, ouvir que o pai de um santo era um pouco “dançarino” incentivou as crianças a desabafar, a confiar... “Você sabe que meu pai... o companheiro de minha mãe...”. Depois de chamar a atenção para esses dois episódios na vida de Boscardin, os alunos fizeram perguntas profundas e significativas, por exemplo: “Como alguém se torna um santo?”; “Onde estão os santos e onde eles vivem?”. Passaram-se minutos e o interesse não diminuía. Eles perguntavam onde está Brendola e onde fica o local de sua urna, se é na cidade ou em outro lugar. O interesse resoluto surgia quando eu dizia que Santa Bertilla, para resolver suas dificuldades escolares, costumava fazer seu próprio cantinho de oração, colocando folhas de papel frescas em frente a um crucifixo improvisado com dois “brotos de videira” em um canto do estábulo, onde ela falava com Jesus com grande confiança. No dia seguinte, sempre havia alguém que se aproximava, ao longo dos corredores, para me dizer que havia procurado seu próprio canto de oração pessoal em algum lugar de sua casa. E assim se repetia todo ano, em outubro. Em um ano, aconteceu algo peculiar. Um aluno de Cornedo contou à turma que seu irmão de 4 anos havia caído em um penhasco cujas paredes estavam cheias de vidro. Como resultado, a criança estava em tratamento intensivo. Então, acalmei-o: “Não se preocupe, vamos rezar para Santa Bertilla. Hoje é seu dia de festa. Você verá que seu irmãozinho voltará para casa em breve”. Dito e feito. Passei a manhã inteira e os dias seguintes contando o fato e rezando com todos os alunos de todas as escolas. para que os médicos pudessem remover o vidro do pequeno corpo que era visível nas radiografias. No dia seguinte, encontrei a mãe chorosa: “Meu filho está correndo o risco de ter o cérebro danificado!”. Então, assegurei-lhe que Santa Bertilla resolveria tudo. Vinte dias depois, na saída da escola, encontrei a mãe com a criança curada em seus braços! Uma cena milagrosa. Depois desse episódio, envolvi-me mais com a Santa. Fui rezar na urna de Santa Bertilla, comprei livros, vídeos e livros didáticos com sua história (aquele com desenhos, eles tinham que ler em casa e depois levar para a biblioteca da escola).

CASTELGOMBERTO

CRESOLE

Depoimento de 18 janeiro de 2022, por Raffaella Trevisan. Minha experiência com S. Bertilla.

“Quando Carla contou-me sobre a pesquisa sobre Santa Bertilla Boscardin, lembrei-me imediatamente de algumas reuniões de catecismo com crianças da 5ª série há alguns anos (eram as crianças nascidas em 1997), enquanto liam um livro de histórias em quadrinhos sobre a vida de Santa Bertilla. As crianças estavam todas interessadas, até mesmo um menino particularmente animado e sensível estava atento. Eu havia preparado uma fotocópia do livro para cada criança, para que elas pudessem guardá-lo. A criança mais sensível pediu para ficar com o livro original, fiquei muito feliz. Obrigado, Sr. Franco, por sua pesquisa e sua valiosa contribuição. A memória da vida de Santa Bertilla permanece comigo”.

CRESOLE
O oratório e a igreja de Cresole

SANDRIGO

Depoimento de 22 de fevereiro.

“Estou enviando algumas fotos de uma pintura de Santa Bertilla na Catedral de Sandrigo (fresco de A. Pegrassi 1956?). Foto de Gianfranco Perdoncin”.

Nota relativa ao quadro

“Em anexo, estão todas as informações sobre o afresco de Santa Bertilla na Catedral de Sandrigo. A obra foi catalogada pela Diocese de Vicenza no portal BeweB do CEI. Autor: Pegrassi Agostino – Bottega Veneta –(1956), afresco de Santa Bertilla.

Um afresco na Catedral

SANDRIGO
A Catedral
Beata Maria Bertilla

Estou curado e indo para casa agora

Imagem de Maróstica, com a praça Scacchi e o castelo ao fundo

Depoimento de 27 de janeiro de 2022, por Irmã Ermelinda Mabilia, Filha dos Sagrados Corações de Maróstica. Essa graça foi recebida por volta de 1955, quando minha mãe estava no hospital em Maróstica. Ao lado dela, estava uma senhora muito doente... dia e noite, ela gritava invocando Santa Bertilla: “Santa Bertilla, cure-me ou deixe-me morrer”. Ela repetia isso continuamente com toda sua força e fé... Em um determinado momento, essa senhora parou de gritar, sorriu e exclamou: “Eu a vejo... eu a vejo... que linda...!”, e fixando o olhar em um ponto, disse três vezes: “Sim, sim, sim”. Minha mãe viu apenas uma luz brilhante. Então, a senhora dormiu até de manhã (estava curada). Os médicos não sabiam explicar: “Estou curada. Foi Santa Bertilla. Vou para casa agora!”. Episódio. Estava voltando da Espanha para visitar minha mãe, em Bassano del Grappa. Eu estava esperando o ônibus, um senhor, correndo em minha direção, chamou-me: “Freira, freira, freira, espere, preciso falar algo com a senhora”. O homem me perguntou: “A senhora é uma freira Doroteia de Vicenza?”. Respondi que sim. Então, me disse: “Sofri um grande acidente. Estava em coma cerebral. Além disso, estava com as pernas quebradas, braços quebrados, corpo quebrado. Ainda em coma, encontrei-me em um túnel luminoso, lindo, e vi uma linda freira sorridente, cheia de luz: estava vestida como a senhora. Então, a freira me disse: ‘Você vai melhorar. Tenha fé’. De manhã, eu estava curado... consciente. Os médicos ficaram surpresos, sem palavras... já que isso não era possível. Eles me disseram: ‘Só pode ser um milagre’, já que, se eu estivesse permanecido vivo, eu estaria vegetando, totalmente inerte. Agora estou aqui, e todo ano vou a Vicenza para agradecer à Santa Bertilla”. Nós nos despedimos um do outro. Duas ou três vezes, eu também o encontrei na urna de Santa Bertilla. Uma crônica. Estava na portaria, prestes a fechar a porta da Capela de Santa Bertilla. Foi então que encontrei uma senhora idosa (mais de 90 anos), que me pediu para ouvi-la. “Com prazer” – respondi a ela. A senhora me disse: “Eu estava ansiosa, sozinha. Tenho uma filha que está longe, mas não me dá atenção. É como se ela não estivesse lá. Eu estava preocupada porque tenho muitas necessidades e doenças. Pensei em fazer uma arrumação e queimar tudo o que não fosse necessário; entre essas coisas, havia também muitas imagens de santos. Bem, havia uma imagem que não queria queimar. Tentei novamente, mas nada aconteceu, permanecendo-a intacta. Era feita de papel puro, como todas as outras. Fiquei surpresa e peguei-a: era como se o fogo não a tivesse tocado. Isso me fez pensar e, curiosa, pesquisei sobre essa Santa: estou eu, agora diante dela... e dentro de mim agora há muita paz e serenidade. Eu não me sinto mais sozinha: foi Santa Bertilla”.

Uma pintura de autor desconhecido e a relíquia

Depoimento de 26 de janeiro de 2022. “Sou Ivano Caron, de Maróstica. Vi no periódico Percorsi di Luce o projeto ‘Sulle tracce di Anna Francesca Boscardin’. Pensei em participar da iniciativa coletando notícias, documentos e fotos que tenho. Na igreja de San Rocco (antiga igreja do hospital onde as Irmãs Doroteias trabalharam por tantos anos), há uma pintura a óleo sobre tela, de 110 cm x 192 cm, feita por um artista desconhecido (atribuída a Luigi Bizzotto, de Rossano, Vêneto, 1903-1969) retratando Santa Bertilla, a quem uma mãe confia seus filhos, tendo ao fundo o hospital e a pequena igreja. Posteriormente, foi transferida para o altar de Nossa Senhora do Rosário, e a obra original, erroneamente atribuída à mão de Alessandro Maganza, foi colocada no altar de Pentecostes. Uma pequena relíquia da Santa é mantida na sacristia”.

MAROSTICA

Documentação adicional de Ivano Caron: “Continuando meu e-mail sobre o assunto, envio uma foto de uma relíquia que foi trazida a minha atenção por um conhecido que frequenta a mesma igreja onde o retábulo de Santa Bertilla é exibido”.

No planalto, uma estátua

Pesquisa de 29 de março de 2022, por Irmã Ines e irmãs da comunidade de Asiago, na província de Vicenza. “A estátua de madeira de Santa Bertilla está localizada na pequena igreja dedicada a São Bento e à Santíssima Virgem Maria Auxiliadora, na localidade de Pennar, no planalto de Asiago, um distrito de lenhadores, criadores e fabricantes de queijo. Ela foi colocada no nicho por Longhini Andrea (já falecido), um devoto de Santa Bertilla, porque ele acreditava ter sido milagrosamente curado por sua intercessão. Andrea foi gravemente ferido em um acidente de trabalho aos 28 anos de idade. Por meio das orações das Irmãs à Santa Bertilla, foi completamente curado. Toda a família é muito devota e grata a Santa Bertilla”.

Igrejinha de São Bento, acima, detalhe do interior. À direita do altar, a estátua de Santa Bertilla

Ela continua a semear seus passos CITTADELLA

Depoimento de 25 janeiro de 2022. BERTILL A DA VIDA A ESPERANÇA

Meu nome é Gianna Rosso, tenho 61 anos e moro em Cittadella (Pádua), na Via Della Pieve. Acabei de receber seu periódico Percorsi di Luce (Caminhos de Luz), nº 1, de janeiro de 2022, dedicado, em particular, à Santa Bertilla Boscardin, no centenário de sua morte. Então, imediatamente, envolvi-me no projeto para procurar vestígios dela. Essa Santa é uma figura familiar para mim há muitos anos. Tenho dois filhos, Paolo e Giulio, que frequentaram a maternal e primária do Instituto Farina, em Cittadella. Desta maneira, por 11 anos, acompanhando-os todos os dias, pude tecer uma bela amizade não só com muitas famílias, mas também com as freiras que encontrava de manhã e à tarde na escola. Em junho de 2001, Giulio concluiu o Ensino Fundamental e passou para o Ensino Médio. Paolo, mais velho, já havia terminado a escola há três anos. Irmã Amelia, que sempre estava lá para nos receber, uma manhã me deu um presente: seu periódico bimestral Na Luz de Santa Bertilla, e assim comecei a recebê-lo pontualmente a cada dois meses. Guardo-o com carinho e, com frequência e alegria, volto para reler os artigos que também falam sobre Bertilla, essa freira enfermeira tão “pequena e humilde” que os Mistérios do Reino dos Céus foram revelados a ela. Conheço sua história, mas nunca o suficiente. Tenho certeza, no entanto, de que sempre tiro dela uma nova esperança. Li que esse termo nunca saiu de sua boca, talvez ela não o conhecesse como termo, mas certamente tinha a essência dele. Se alguém deve ser capaz de captar os sinais, então posso dizer que Santa Bertilla está me acompanhando em minha vida. Em Brendola, nos anos de escola primária de nossos filhos, meu marido e eu fomos várias vezes com grupos de crianças e professores para visitar sua casa natal e levar um pouco de alegria aos idosos e a outras pessoas que vivem na casa de repouso adjacente. Sempre voltei a Brendola para trabalhar. Quando saio da rodovia, primeiro pego a avenida arborizada que me leva ao local onde tudo começou para a Santa, depois vou à área industrial. Dirijo-me ao hospital, em Cittadella, e, na pequena capela, há uma bela pintura com a imagem de Santa Bertilla. No início da manhã, ao começar a reunião com os doentes para levar-lhes a Eucaristia, também volto meu olhar a ela: quem sabe melhor do que a Irmã Bertilla o que nos espera nas enfermarias, e penso em quanto amor ela dedicou a sua vida. Ela conhecia a guerra; nós conhecemos hoje a pandemia. Mais tarde, após o término de meu serviço, saio para pegar minha bicicleta ou carro e sou acompanhada pelo grasnar dos gansos que estão sempre presentes no curso de água que separa a estrada do muro. Nunca antes havia pensado que, para alcançar a santidade, era preciso também ser comparada a um “ganso”. Hoje, Paolo tem 35 anos, e há 10 anos retornou a “sua escola”: não como aluno, mas como professor do Ensino Fundamental, e a amizade com as irmãs também não diminuiu de minha parte. Assim como naquela época, tenho certeza de que não faltarão momentos para Paolo e muitos outros agora para que conheçam e amem essa Santa que faz parte da grande família de San G. A. Farina. De geração em geração, já que Santa M. Bertilla continua a “semear” seus passos, e todos nós podemos segui-los, se quisermos.

MAROLA

Uma imagem

Depoimento da Marola, em Torri di Quartesolo, na província de Vicenza. Um testemunho de entrevista: Ir. Katarzyna Kloc entrevisou a Ir. Luciana Bommaritini*, que queria dar seu testemunho sobre uma imagem de Santa Bertilla.

K: Como você conseguiu essa imagem?

L: Na casa da minha avó.

K: E como ela conseguiu?

L: Minha avó Pasqua estava no hospital em Soave. Na época, havia irmãs Doroteias, e elas lhe deram uma pequena imagem de Santa Bertilla. Nos últimos dias, quando fui visitá-la, ela já estava muito doente, e disse-me: “A você que tem o mesmo nome que eu, dou-lhe essas pequenas imagens: não apenas olhe para elas, mas reze para elas”. Então, respondi-lhe: “Tudo bem”. Olhando para elas, havia aquela de Santa Teresa do Menino Jesus. Disse a mim mesma: “Esta não, porque é como Nossa Senhora, lá em cima. Esta eu entendo (era de Santa Bertilla), porque ela é como nossas freiras. Se o Senhor quiser, vou me tornar uma freira como ela”.

K: Quantos anos você tinha quando foi ao hospital visitar sua avó?

L: Acho que 10 ou 11 anos. No entanto, eu já nasci com vocação, porque, quando tinha três anos, no jardim de infância, disseram-me que eu era muito animada e nunca ficava parada, e a freira da escola, cansada de me segurar, levou-me para a superiora. Então, eu passava um tempo com ela. Lembro de ir às compras com a superiora em San Bonifacio e comprar ovos. Com ela, fazia “pequenos trabalhos manuais”. A superiora gostava tanto de mim e eu me afeiçoei a ela. Quando me diziam em casa: “Pasquina, você vai se tornar uma freira?”, eu respondia: “Sim, freira, mas não superiora”. Acho que o Senhor me deu a vocação quando eu era criança.

* Irmã Luciana Bommaritini (nascida em 22/05/1935, primeira profissão em 24/10/1954 e profissão perpétua em 08/09/1959). Atualmente vive, na comunidade Effeta di Marola, em Torri di Quartesolo (VI).

MAROLA

SCHIO

Uma obra sanguínea

Pesquisa de 20 de novembro de 2021, no arquivo de Santa Bertilla, em Vicenza. Testemunho de Schio, por Gildo Quartiero. Retrato de Santa Bertilla executado com técnica sanguínea no hospital de Schio, após sair vivo de um grave acidente.

SCHIO

Uma escultura redescoberta

Depoimento de 18 março 2022, do escultor Antonio Capovilla, de Schio, que respondeu ao convite do projeto “Nas pegadas de Anna Francesca Boscardin”, enviando uma foto de uma escultura que ele fez em 2009, mas nunca foi exibida.

“No carrinho, você também pode brincar e ser carregado”. Em argila, de Antonio Capovill

Arte pelas ruas de Schio

POJANA MAGGIORE

Pesquisando: Igrejas S. Pietro e S. Paolo, em Cagnan, Pojana Maggiore, na província de Vicenza. Uma bela estátua da Irmã Bertilla na fachada da igreja.

Uma bela estátua
POJANA MAGGIORE

No Vêneto

Da Via dei Carri às expansões continentais

Annetta caminhou com alegria até St. Michael’s, e a abundância das dádivas de Deus roubou seu coração. Em seu peito, ela sentiu que estava se multiplicando como os pães, como os peixes naquele dia do evangelho, com o Sol se pondo sobre o lago. Ela estava se multiplicando para que pudesse sempre doar-se sem medida. Annetta estava se tornando uma nova promessa para o mundo, uma criança apaixonada por tudo, e esse tudo era Deus: céu e terra, estrelas e pedras, silêncio e música. Não havia mediocridade em seu trabalho ou em seu comportamento, ela fazia tudo bem-feito e com facilidade e alegria: uma

mistura do infinito e do cotidiano, porque todas as suas ações estavam contidas no verbo “amar”. Somente assim ela se sentia viva, presente aos outros e ausente para si mesma. Ela amava Jesus e, em Jesus, os outros. Embora estivesse na cozinha, lavanderia ou enfermaria de hospital, ela já estava entrando para a história. Ela, tão frágil e brilhante, amiga de todos, com os olhos e o sorriso em chamas, aliviando as necessidades dos necessitados, consumindo a si mesma, aliviou o sofrimento dos outros enquanto sua verdadeira vida se tornava indestrutível.

(Continua na pagina 191)

Oásis de Treviso

O rio Sile atravessa o centro histórico de

Pesquisa de 21 de janeiro de 2022, em Treviso, onde Ir. Bertilla era enfermeira. Nesta cidade, as pegadas de Bertilla estão espalhadas e profundamente enraizadas. Memórias, sinais e lugares falam a linguagem da freira enfermeira: obediência, humildade e caridade. No hospital, ela foi chamada de Santa ainda em vida. Renzo Rinaldi, de Mogliano, Vêneto, convidado a pesquisar, e seguiu os passos de Irmã Bertilla no Oásis de Treviso.

TREVISO
Treviso
Exterior do Oásis
A igrejinha com o retábulo “S. Bertilla”, do Sr. Frappi
Quarto da Irmã Bertilla
Nicho com relíquia oriunda das mãos de Santa Bertilla

Uma estátua

Pesquisa de 21 janeiro de 2022, em Treviso. Imagem de uma pintura e uma estátua na paróquia de Santa Maria Auxiliadora, também conhecida como “igreja votiva”.

Estátua de S. Bertilla (autoria de um tirolês não identificado)

O quadro
Paróquia de Santa Maria Auxiliadora

TREVISO Hospital Ca’ Foncello

Uma obra de Giuseppe

Lucchetta

Pesquisa em 22 janeiro de 2022, por Renzo Rinaldi, nos lugares da Santa em Treviso.

Foto Rinaldi Renzo.

Entrada do hospital

“Irmã Bertilla”, óleo sobre tela, de Giuseppe Lucchetta, 1963

Pesquisa. Irmã Bertilla amava Fiera, um subúrbio de Treviso. Ela caminhava a pé ao longo do Sile, depois de longas horas de serviço no hospital de Treviso, para encontrar os “pequeninos”, os pobres e os sofredores. No histórico do jardim de infância, está escrito que, em 1919, as Irmãs de Santa Doroteia chegaram a Fiera para iniciar uma jornada naquela terra desolada. Nos anos do pós-guerra, uma freira, Maria Bertilla, que trabalhava como enfermeira no Hospital St. Leonards, esforçava-se para levar comida ao jardim de infância. No entanto, das cozinhas das freiras também saíam refeições às famílias carentes de Fiera. Em 1966, a paróquia de S. Ambrogio quis oferecer instalações mais confortáveis, e um novo jardim de infância foi construído. Em memória da freira, deram-lhe o nome de “Santa Maria Bertilla”.

Pré-escola e creche integradas

Jardim de infância

Paróquia S. Ambrogio di Fiera
“Un riflesso di santità lungo il Sile” (Um reflexo de santidade ao longo do Sile), óleo sobre tela, de Antonio Carta, 50 cm x 70 cm
Retábulo de Gino Borsato, 1962. Oléo sobre tela, “In volo verso il Paradiso” (Em voo para o Paraíso)
Igreja S. Andrea, em Riva

O pão da caridade

Pesquisa de 29 de novembro de 2021, feita por Irmã Emma Dal Maso Pala: O Pão da Caridade e os Santos da Igreja de Treviso, entre os séculos XIX e XX, na Catedral de São Pedro Apóstolo.

Autor Safet Zec (2019), pintor de gravuras, nascido na Bósnia-Herzegovina.

S. Bertilla é representada oferecendo um abraço a uma criança doente.

Catedral San Pietro Apostolo
A pintura na Catedral

TREVISO

Depoimento de 17 fevereiro de 2022. Meu nome é Chiara Vecchietto, de Volpago del Montello, e faço parte da equipe central, como você, e pertenço à Fraternidade Secular. Mencionei-lhe que havia encontrado este artigo na casa de meus pais, em um armário esquecido, que anexo aqui, na esperança de lhe ajudar. Posso também deixar o original, se precisar, para que possa ser mantido em arquivo. “De 30 de abril a 3 de maio de 1972, a urna com o corpo de Santa Maria Bertilla ficou em Santa Maria del Rovere, um subúrbio de Treviso” (La Vita del Popolo, Treviso, 20 abril 1972).

Paróquia Santuário a S. Maria del Rovere

FAGARÈ DELLA BATTAGLIA

Memorial militar na divisão Fagarè da Batalha de S. Biagio de Callalta, em Treviso

Pesquisa de 26 novembro de 2021, em Trevigiano.

S. PIO X – Beato Longhin – Santa Bertilla Do periódico “Gli Amici del Beato A. G. Longhin”, n. 2, 2021 (Os Amigos do Beato A. G. Longhin).

FAGARÈ D. BATTAGLIA
Três Santos de Treviso
Igreja paroquial de Fagarè Pintura de Vincenzo Vanin na igreja

CANIZZANO

Madonna e menino Pio X, Ir. Bertilla, S. Antônio e uma freira. O retábulo

Pesquisa de 24 de novembro de 2021, por irmã Paolina Sgarbossa, que envia uma foto do altar da igreja em Canizzano, um subúrbio de Treviso.

Igreja de Canizzano

VÊNETO

Uma igreja para Santa Bertilla

Pesquisa em arquivo sobre S. Bertilla, em Vicenza. No Instituto Gris de Mogliano, Vêneto, na província de Treviso, uma igreja dedicada a Ir. Bertilla.

Instituto Gris, em Mogliano Vêneto
Irmã Bertilla entre os doentes. Obra de Giuseppe Gatto

QUINTO DI TREVISO

Depoimento de 17 janeiro de 2022, de Michele Ervas, de Quinto di Treviso. “Na esperança de lhe ajudar, envio-lhe a documentação que reuni e foi publicada no boletim há alguns anos (2008/2009). Cordiais saudações. Michele Ervas, Quinto di Treviso”.

1. Pesquisa realizada em 2008 sobre o funeral da Irmã Bertilla, em Treviso.

2. Considerações sobre o diário espiritual.

Pesquisas de Michele Ervas

Devoção que se tornou pesquisa

Considerações sobre o diário espiritual

QUINTO D. TREVISO

Gazzettino di Venezia, terça-feira, 24 de outubro de 1922. O funeral de uma freira. Há poucos dias, faleceu a Irmã Bertilla, nascida Angela Boscardini, 34 anos, de Brendola, em Pádua, freira e enfermeira em nosso hospital civil. O funeral, que aconteceu ontem de manhã, foi uma solene demonstração de afeto e gratidão pela falecida. Foram colocadas coroas de flores sobre o caixão, enviadas pelo diretor do hospital, Prof. Rubinato, pelo Conselho Hospitalar, pelo Conselho Médico, pela equipe de serviço, pelos necrófagos e pelos parentes da falecida. Participaram do cortejo fúnebre todas as Irmãs do hospital, o Conselho Médico, cav. Brunelli, o secretário geral avv. Civitach, Monsenhor Gallina provincial-geral, o pároco de Fiera, dois padres carmelitas, representantes dos orfanatos e do Jardim de Infância S. Maria Maggiore, meninas do Instituto Turazza e inúmeras pessoas. Na igreja do hospital, após o funeral, o Padre Filippi e o Prof. Rubinato homenagearam a finada em nome da equipe médica. Nas grades do Terraglio, antes do cortejo se dispersar, o enfermeiro Emilio De Luca falou brevemente em nome da equipe de serviço. Já a partir desse primeiro testemunho, deduzo que a despedida final de Bertilla, apesar de ser uma freira simples e humilde, foi de uma solenidade digna de uma pessoa muito importante (Michele Ervas).

VEDELAGO

VEDELAGO

Objetos encontrados: “Eu amo”

Pesquisa de 22 fevereiro de 2022, por Elena Fornasiero, da Vedelago, província de Treviso.

Bertilla, Serva de Deus e Venerável. Objetos encontrados na casa da tia Antonietta Sernagiotto, por Annalia Magnifico (em Vicenza).

Agora estão comigo em Vedelago. Elena Fornasiero

Livro “Io amo” (Eu amo). Sac. Fausto Rossi

S.A. Ed. Giovanni Galla Vicenza

Folheto de oração – Relíquia com as vestes da Serva de Deus

Pesquisa de 22 de fevereiro de 2022

. A BEATIFICAÇÃO

Ingressos de acesso à Praça de São Pedro. Materiais de peregrinação. Publicação biográfica da nova Beata, 1952.

Fotos originais da audiência papal e da saudação do menino Roberto Setti. Recortes de jornais da época. Assentos reservados para a comemoração. Santinho e medalha comemorativa.

Objetos encontrados: “A beatificação”

VEDELAGO

Pesquisa de 22 de fevereiro de 2022. A Canonização Livros – breve biografia – calendário Programa de celebração paroquial de San Pietro, em Vicenza.

Objetos encontrados: “Canonização”

ZENSON DI PIAVE

Três Santos Trevigiani

Pesquisa em Trevigiano. Três santos de Treviso, na igreja de Zenson di Piave, Treviso. Uma pintura da restauradora Moira Zamuner: “São Pio X, Santa Bertilla e Beato Longhin”. Do periódico Gli Amici del Beato A.G. Longhin, n. 2, de 2020.

ZENSON D.P.
Igreja de Zenson

A avó assistida pela Irmã Bertilla

Depoimento de 27 janeiro de 2022. Sou Isidoro Perin, de Arcade, Treviso. Tentei pesquisar na internet notícias sobre o milagre em Asiago, mas não consegui encontrar nada. Eu queria dar minha contribuição a seu projeto, contando a história que me foi próxima graças a tia Irmã Luigina Rotari. Naquela época, para celebrar Ir. Luigina, tive a sorte de ser ajudado por Ir. Anna Chiara. Em nossa sociedade moderna, o que significa uma tia freira? Certamente, a segurança de uma oração que o protege da manhã, uma figura de autoridade para mostrar a nossos filhos como exemplo ou um espelho para podemos ver, muitas vezes, nossa incapacidade de sermos verdadeiramente cristãos. Lembramo--nos pouco da tia, escrevemos pouco para a tia freira que está distante, mais moralmente do que fisicamente. A tia freira não pede nada, ela não precisa de nada, já tem suas certezas, não entende nossas inseguranças, construídas, em sua maior parte, com base em necessidades supérfluas, nos medos gerados por nosso egoísmo e na desconfiança da fé. A tia Irmã celebra 60 anos de profissão religiosa. No dia 17 de outubro de 2004, em Villorba, cidade onde nasceu há 83 anos, nos reunimos em torno da nossa tia Irmã Luigina (Rotari) para aprender diretamente do seu sorriso o segredo da felicidade de quem viveu, como tantas outras irmãs, a vocação religiosa para o serviço ao Senhor e ao próximo. A irmã Luigina

experimentou, por meio da oração um contato íntimo com o mistério da santidade. Foi ela que, juntamente ao marido da mulher doente e as irmãs, rezou à então Beata Maria Bertilla para que intercedesse junto a Deus, a fim de obter a cura de uma mulher moribunda. O milagre aconteceu, sendo escolhido como testemunho para a canonização da Santa. A tia encontrou a reprodução do fato, encomendada para a ocasião ao pintor Missori.

O evento foi possível graças à colaboração da Diretora da revista Nella Luce di S. Maria Bertilla (Na Luz de S. Maria Bertilla), Irmã Anna Chiara, que nos recebeu na Casa Madre, em Vicenza, onde o rascunho original é mantido. Naquela ocasião, visitamos o túmulo de Santa M. Bertilla e percebemos o misticismo e a simplicidade da oração. A fé é um sentimento que se manifesta em um pensamento, ou recitado suavemente, sentindo-se ainda mais envolvente quando entramos na capela de adoração perpétua ao Santíssimo Sacramento. Aqui está a diferença entre a verdadeira fé, que envolve colocar Deus em primeiro lugar, e, depois, a fé aos santos, que certamente devem ser venerados, mas não adorados. Até mesmo o túmulo do Beato Antônio Farina sofre com o mesmo clima, e está na ala da Capela do Santíssimo Sacramento, embora esteja localizada na igreja maior.

Praça central e Duomo di Arcade

Poucos peregrinos, a maioria moradores locais e frequentadores comprometidos com a oração assídua, indispensável para aqueles que buscam o caminho da salvação. E pensar que outros santos sofrem com multidões ainda mais perigosas, com peregrinações oferecidas como pacotes turísticos, onde, às vezes, tornam-se mais importantes as estrelas do hotel do que as que cercam a cabeça da Madona Imaculada! Voltando à festa da tia Irmã Luigina. Na Santa Missa, que contou com a presença da Madre Superiora do Instituto Asiago, Irmã Angela Teresa, juntamente a três irmãs, cocelebrada pelos párocos de Villorba, Don Emilio Vidotto e Don Giorgio Marangon, a Irmã Luigina renovou publicamente seus votos, causando uma comoção genuína na comunidade. A presença de 120 casais comemorando seu aniversário de casamento tornou a cerimônia ainda mais impressionante. Quando o pároco leu a carta escrita à mão pelo bispo de Treviso, Andrea Bruno Mazzocato, e a bênção do papa, a comunidade explodiu em aplausos. O dia continuou com um banquete. Uma maneira mais informal de passar tempo com a tia e suas irmãs, mas também uma oportunidade de conhecer os filhos dos primos crescendo, falando sobre nós mesmos, redescobrindo-nos como irmãos no Senhor.

Ela nos repreendeu maternalmente: acha que demos muito trabalho! Sabíamos que era um grande presente tê-la como tia. A reprodução do desenho original está na sacristia da capela do Instituto em Vicenza, então doado ao hospital em Asiago. Na ocasião, gostaria de perguntar se seria possível saber a data do evento, e sua exata doença (a tia relatou que havia ingerido por engano alvejante), mas era difícil fazer com que ela contasse histórias sobre sua vida: ela era tão reservada que temia parecer arrogante. Eu gostaria de participar de seu “Projeto Percurso de Luz” porque Santa Maria Bertilla está presente em nossa casa desde a infância. Minha avó materna foi operada em Treviso e cuidada exatamente por Santa Bertilla.

CALDIERO

Um afresco em luneta

Depoimento de 24 janeiro de 2022: “Anexei uma carta e uma foto do trabalho de Lidia Bertilla Mattiello Vallicella sobre a representação de Santa Bertilla na pintura da igreja paroquial de Caldiero.

“O cenário é enriquecido por imagens singulares de uma humanidade sofredora, a quem a Santa dedicou sua vida, servindo, cuidando e amando. Essas figuras se entrelaçam com uma espiral de anjos que, como um vórtice, convergem para um ponto de luz.” Lidia Bertilla Mattiello Vallicella Caldiero, janeiro de 2022.

CALDIERO
A pintura em luneta

QUADRO SANTA BERTILLA BOSCARDIN

NELLA CHIESA PARROCCHIALE DI CALDIERO

“DEI SANTI PIETRO E MATTIA”

Opera di Lidia Bertilla Mattiello Vallicella

Durante i lavori di sistemazione e riadattamento del corridoio di sinistra della chiesa, eseguiti nel 1997, Parroco Don Guido Romagnoli, curati dal Geometra Giorgio Vallicella, si è pensato di dedicare quello spazio a Santa Bertilla Boscardin delle “Suore Maestre di Santa Dorotea figlie dei Sacri Cuori”.

Ciò, per espressa volontà del parroco e della comunità e per ricordare e ringraziare la congregazione della preziosa e fattiva presenza a Caldiero delle “Dorotee” che hanno gestito la scuola materna e l’istituto Farina (scuole elementari) fino dal 1987.

Mi è stato chiesto di pensare ad un opera da collocare nella lunetta (risultante dai lavori di pulizia e ripristino) sopra al portoncino d’ingresso interno al corridoio con la rappresentazione della figura emblematica della santa.

Dopo una devota visita alla tomba di “suor Bertilla”, situata nella casa madre a Vicenza, per studiare e fissare le sembianze del suo volto, ho iniziato la composizione dell’opera realizzando un pannello, con tecnica dell’affresco Romano, con Santa Bretella posta a mezzo busto con abiti monacali di foggia attuale per significare che anche le sue consorelle operano, ancor oggi, seguendo il suo modello ed esempio.

La Santa si mostra con la mano destra sul cuore e la sinistra protesa verso l’alto a significare la dedizione a Dio e l’amore verso il prossimo sofferente.

Contornano la figura dei fiori umili quanto bellissimi:

LA ROSA CANINA

Che esprime la sofferenza, il dolore fisico e la spinosità della vita.

LE VIOLE

A indicare il pudore, la timidezza, la profondità di sentimenti e la spiritualità.

I GIGLI

Immagine di purezza, castità, bontà e dedizione.

CALDIERO

Depoimento de 21 janeiro de 2022, de Maria Bertilla Molinaroli

“Meu nome é Maria Bertilla Molinaroli e moro em Caldiero. Sou a última de 8 irmãos, incluindo 2 padres, agora em céu; sou a única menina. Quando nasci, meus pais queriam me chamar de Maria Bertilla, em gratidão à Irmã Bertilla, cuja a beatificação já estava em andamento. Em nossa casa, minha mãe me disse que a devoção à Irmã Bertilla havia começado imediatamente, também porque uma irmã de meu pai, a tia Angélica, havia se tornado uma freira doroteana com nome de Irmã Camillina. Essa tia faleceu em 7 de maio de 1951. No entanto, havia um episódio do qual minha mãe se lembrava com frequência. Em 1936, após o nascimento de meu irmão Giangiacomo, o quarto filho, mamãe

ficou muito doente de pleurisia.

Bertilla

Toda a família e aqueles que sabiam da doença de nossa mãe começaram a rezar para a Irmã Maria Bertilla. Certa noite, conta mamãe, enquanto dormia e rezava, a Irmã Bertilla apareceu aos pés de sua cama e lhe disse: “Tenha certeza de que você ficará boa e terá uma menina”. Mamãe foi curada, e nossa família recebeu com alegria o nascimento de Michelangelo e Antonio. Antes do meu nascimento, há outro fato em nossa família em que experimentamos a presença de Santa Bertilla. Na Segunda Guerra Mundial, metade de nossa casa foi ocupada por comandos alemães, o que não foi fácil. E logo no final da guerra, em 1945, papai adoeceu com anemia perniciosa: naqueles dias, era difícil de diagnosticar e tratar.

Meu nome é Maria
As termas de Caldiero
CALDIERO

O jovem médico que o examinou lhe deu três dias de vida, e como cura, ele sugeriu comer fígado cru, beber uma taça de um bom vinho e tomar vitamina B12.

A súplica à Irmã Bertilla foi priorizada junto a outras invocações e fez com que papai se recuperasse lentamente e vivesse até 1973. Em 1947, em nossa família, a promessa de Santa Bertilla se tornou realidade: em 22 de fevereiro, nasci e fui batizada com o nome de Maria Bertilla. Também gostaria de acrescentar que meu pai frequentou a “Farina”,

e sua professora tinha sido a Sr. Ubaldina Capovilla; todos nós, irmãos, também fomos alunos da “Farina”, assim como alguns de nossos netos, e atualmente temos dois bisnetos.

A devoção à Santa Bertilla foi e continua sendo o lar de todos nós. Levo seu nome, sinto-me privilegiada e continuo a pedir sua ajuda todos os dias, para que ela me guie com seu exemplo de doação aos outros e apoie-me em minhas fragilidades físicas que acompanham meus dias”.

Maria Bertilla Molinaroli

COLOGNOLA AI COLLI

Depoimento de 31 março de 2022, de Irmã Liviana da Brendola, de Colognola ai Colli, na província de Verona. Duas obras paroquiais dedicadas a Santa Bertilla: uma ala do lar de idosos e uma capela.

Sou Irmã Liviana, escrevo para comunicar que, na minha cidade, Colognola ai Colli, existem duas

Uma casa de repouso

obras paroquiais dedicadas à Santa Maria Bertilla.

Em 1910, o pároco Dom Alessandro Marangoni iniciou a creche pedindo a nossa Congregação freiras tanto para a educação dos filhos quanto para o trabalho escolar: bordados e

As colinas de Colognola, na província de Verona muito mais para meninas.

COLOGNOLA

Em 2010, por ocasião do aniversário do primeiro centenário da escola e da reestruturação regulamentar, a creche foi dedicada a nossa irmã Santa Maria Bertilla. Em 1926, iniciou-se uma nova obra de cuidado dos idosos, e o pároco voltou a solicitar à Congregação freiras enfermeiras.

Em 2018, na reforma e adequação da casa de repouso, foi dedicada uma ala à Santa Bertilla e uma nova capela. Estas duas obras são um ato de agradecimento a todas aquelas religiosas que se seguiram ao longo dos anos, pela dedicação de vida dada pelo bem de tantas crianças, jovens e

idosos. Ainda hoje, são muitos os que recordam sua presença com gratidão e nostalgia. Espero que seja útil para o centenário de S. M. Bertilla.

Irmã Liviana.

VENEZIA

Até hoje o ganso deixa suas pegadas

Depoimento de 3 de novembro de 2021, por Elena Santinon. Uma missionária envia uma comunicação que apareceu na edição 33 de Gente Veneta, semanário diocesano da Igreja de Veneza. Santa Bertilla era uma “figura de quem ela se sentia mais próxima”.

IGREJA DO VÊNETO

Um afresco de Bepi Modolo

Pesquisa em biblioteca: A foto de um afresco em uma Igreja do Vêneto não identificada (talvez em Olmo).

Santa Bertilla, afresco de Bepi Modolo Tondo, diâmetro 100 cm, 1952

Agora sabemos quem tu és SPINEA

Depoimento de 17 de janeiro de 2022. “Madre Superiora, bom-dia, sou Giulietta, estou lhe enviando os dados da Paróquia de S. Bertilla di Spinea que recuperei. A Igreja de S. Bertilla foi construída por ordem de Mons. Barbazza, pelo Eng. Fassina e Vio di Mirano e erguida em Setembro de 1965. Seu primeiro pároco entrou solenemente em 19/09/1965 e foi dedicada a S. Bertilla. No interior da igreja, existe uma estátua de S. Bertilla. Vou anexar algumas fotos.”

SPINEA
Paróquia S. M. Bertilla em Spinea, Venezia

Em 2008, o Grupo MU.S.A. e os Jovens da Paróquia de Santa Bertilla de Orgnano Spinea criaram um musical sobre a vida de Santa Bertilla: “Tu Chi Sei” (Quem És Tu). Textos e direção de Don Gabriele Fregonese e Luca Canova. Música de Alberto Canova e Luca Canova.

Depoimento de Leonilde

Depoimento de 29 março de 2022. “Faço parte da Fraternidade Secular de Noale. Fiz uma busca rápida por uma escultura de Santa Bertilla presente em uma pequena igreja aqui em Noale e, de acordo com a Irmã Anna Teresa Ferrari, nossa superiora, estou lhe enviando as informações que encontrei e algumas fotos. Esperando que o que encontrei possa ser de seu interesse. Agradeço sua atenção. Gallo Leonilde” SANTA BERTILLA EM NOALE.

A Congregação das Irmãs Mestras de Santa Doroteia Filhas dos Sagrados Corações sempre teve um vínculo de colaboração e amizade mútua com a paróquia e a comunidade civil de Noale. Desde 1864, por mais de 150 anos, as freiras doroteanas têm prestado seu precioso serviço primeiro no hospital P. F. Calvi, destacando-se por sua competência e capacidade organizacional, e depois na creche S. Giuseppe, onde ainda estão ativamente presentes. No hospital, havia, e ainda há, uma pequena igreja cuidada em sua época com grande paixão e atenção pelas freiras, e no último período de permanência em Noale, encerrado em junho de 1987, em particular pela Irmã Eugenia Favaron. A pequena igreja, chamada Battuti, é composta por um único salão, com uma pequena sacristia. No entanto, nem todos sabem que, em seu interior há um altar com uma composição de três estátuas de madeira, obra do escultor Victor Moroder, de Ortisei.

São três esculturas que representam Santa Bertilla no ato de confortar uma menina sofredora, auxiliada por sua mãe. Santa Bertilla segura um cálice na mão direita, e com a esquerda, acaricia, com um gesto afetuoso e maternal, o rosto da doente. O grupo escultórico está colocado no primeiro altar à direita, próximo à entrada da pequena igreja. Não há muitas informações sobre esta obra, que provavelmente foi encomendada pela Administração do Hospital por ocasião da beatificação de Santa Bertilla, ocorrida em 8 de junho de 1952, por Pio XII. O “Foglietto Paróquiale”, de setembro de 1953, relata o programa das celebrações previstas para a beatificação da Irmã Bertilla, e a linguagem utilizada é interessante, muito diferente da nossa, mas que nos faz compreender a grande estima pelas Irmãs do Hospital.

“Cidadãos,

As Reverendas Irmãs Doroteias, com a exaltação da bem-aventurada Irmã Bertilla, recordam seus longos anos de assistência em nosso hospital. Médicos, enfermeiros e pacientes de ontem e de hoje se unem em solidariedade espontânea na mais profunda gratidão à Comemoração. No entanto, é justo que todos os cidadãos de Noale, unidos ao Clero, com a nobreza do sentimento cívico e cristão que o caracteriza, participem, conscientes e dignamente, da celebração

A Torre de Noale, na província de Venezia
Em 31 de outubro de 1961. A urna de S. Bertilla retornando de Treviso para Vicenza para no Hospital de Noale

daqueles silenciosos e desinteressados mensageiros da caridade; e viver em torno do hospital, símbolo e documento das mais puras tradições da cidade, uma hora de intensa espiritualidade renovadora. O programa cuidadosamente preparado definirá o clima, e o dia 13 de setembro será uma celebração verdadeira e satisfatória para todos.”

Noale também vivenciou outro momento emocionante e muito importante em sua vida religiosa. Em maio de 1961, Santa Bertilla foi canonizada pelo Papa João XXIII.

Posteriormente, a urna com os restos mortais de Santa Bertilla foi levada para Treviso, onde permaneceu até 31 de outubro de 1961. No caminho de volta para Vicenza, a urna parou no Hospital de Noale, onde muitas das irmãs da Santa realizam seu serviço precioso e insubstituível.

Na Igrejinha de Battuti, perto do Hospital em Noale, existe um altar com esculturas de madeira, representando Santa Bertilla confortando uma menina sofredora assistida por sua mãe. O conjunto de madeira é obra de Victor Moroder de Ortisei (1952).

Santinho calendário, 1951.

O altar e um detalhe da escultura em madeira

Poesia: Obrigada, Bertilla!

Depoimento de 10 fevereiro de 2022, de Noale, Venezia.

“Meu marido e eu pudemos aprender mais sobre a vida de Santa Bertilla lendo alguns livros que nossa tia, a freira, nos deu. Ficamos particularmente tocados pela obra Tutto è niente (Tudo é nada), de Antonio Chiades, que nos inspirou a escrever os poemas que temos o prazer de enviá-lo. Unidos a vocês em oração, compartilhamos a alegria de celebrar este centenário tão importante para sua congregação. Nossos mais calorosos cumprimentos.

Adalisa Vecchiato e Andrea Minichillo, via Dei Boschi, Noale”.

GRATIDÃO, BERTILLA!

( A. Vecchiato)

Era uma criança doente e deprimida, a doença me impediu de respirar, o médico veio atrás de mim, mas, assustado, ele não quis operar.

“Ele tenta, senhor”, você disse. Com estas palavras, ele tomou coragem e, enquanto você segurava minha mão, senti um raio quente em meu corpo.

Obrigada, Irmã Bertilla, você me devolveu minha vida, e, como uma mãe, sentiu uma alegria infinita.

Era um oficial ferido e cansado, você me trouxe um ovo frito.

Eu o joguei no seu vestido branco, mas tu, confiante, estavas perto de mim.

Então, você preparou um caldo quente para mim!

Você entendeu meu grande sofrimento e quem sabe o que você pensou de mim quando eu aceitei sua assistência atenciosa!

Obrigada, Irmã Bertilla,

Eu aprendi com você que oferecer ajuda e conforto para aqueles que cederam ao desespero é abrir espaço na alma para Cristo Ressuscitado.

Era enfermeira no hospital, quando não sei como nem por que, de repente, fiquei com uma doença grave, o que me trouxe grande confusão.

Você ficou na minha cama.

Você falou comigo com grande doçura, sempre me mostrando seu carinho e sua força, mesmo quando você orava.

Obrigada, Irmã Bertilla, suas palavras e sua oração deixaram minha alma mais leve. Agora estou com você no céu, Louvaremos ao Senhor para sempre.

Enquanto você, com seu sorriso humilde, acenderá a paz em cada coração. (Testemunhos retirados do texto Tutto è niente [Tudo é nada], de A. Chiades. Noale, janeiro, 2022.)

LODE A SANTA BERTILLA

Louvada sejas, Santa Bertilla

Envolta em misericórdia

Em caridade e amor.

Você que espalhou pérolas de esperança

Para aqueles que te invocaram

Abençoe nossa família

E aceite nossa súplica

Renovando em cada um de nós

Toda a alegria da vida cristã

Em todas as circunstâncias que iremos vivenciar

Sua carícia nos confortará

A tua palavra nos exortará

Viver a fé com alegria

Amém

(Andrea Minichillo, Noale, janeiro 2022)

AQUI ESTOU EU

(dedicado à Irmã Bertilla)

Ao longo da via de carroças que leva à aldeia, Amadureci minha vocação de serviço modesto, sem pretensões, para experimentar alegria em todas as ocasiões.

“Ecce venio”, “aqui estou, Senhor” como “uma mulher miserável” vestida de caridade.

Eu te confio minha vida e minha devoção, entregando-me aos outros com humildade. Eu estarei entre os doentes todos os dias para dar conforto com oração, mesmo para aqueles soldados feridos, para aqueles que acreditam e para aqueles que esperam.

Eu estarei ao lado de cada criança frágil. Rezarei por aqueles que voaram ao céu, assim sempre sentirei Jesus perto de mim, que ilumina minha alma e meu rosto.

(Andrea Minichillo, Noale, janeiro 2022)

venio”, acrílico e

“Ecce
cola sobre tela (80 cm x 120 cm), de Luisa Panozzo, 2009

Retorno a Treviso NOALE

Depoimento recebido em 31 de maio de 2022 Leonilde Gallo, da Irmandade Secular das Filhas dos Sagrados Corações de Noale, envia a seguinte documentação: 1. O retorno de Santa Bertilla a Treviso; 2. O Decreto; 3. Um poema.

1. O retorno de Santa Bertilla a Treviso após 38 anos de sua morte

Descrição da peregrinação. Do Boletim da Diocese de Treviso, ano L, novembro 1961, nº 121. Recepção triunfal em Treviso dos santos restos mortais de Santa Bertilla (23-31 de outubro de 1961), páginas 535-537. Na terça-feira, 23 de outubro de 1923, os restos mortais de Irmã Maria Bertilla Boscardin, das Irmãs Mestras dos Sagrados Corações de Vicenza, foram exumados do Cemitério Central de Treviso e silenciosamente transportados para Vicenza, a fim de serem depositados na capela mortuária do Instituto Farina. As poucas pessoas presentes na exumação e no sepultamento tinham um presságio em seus corações de que aquele cadáver era o grão de trigo que logo brotaria para a glorificação dos santos. A Diocese de Treviso, que a viu ser levada despercebida, quando deveria tê-la sempre consigo, manteve Irmã Bertilla nos corações e nas orações de seus fiéis, que acompanharam momento a momento a ascensão da humilde

Irmã à beatificação e à canonização, nas quais estiveram presentes dois milagres obtidos por sua intercessão. Trinta e oito anos depois, no dia 25 de outubro, aqueles restos sagrados, graças à delicadeza de S. Excia. Monsenhor Carlo Zinato, Bispo de Vicenza, e dos Superiores do Instituto, retornaram, no triunfo dos Santos, por alguns dias, à cidade e à diocese para receber as homenagens e as orações dos sacerdotes e dos fiéis. No itinerário de Vicenza a Treviso, bem como nos vários eventos na Catedral, foi observado escrupulosamente o que havia sido estabelecido anteriormente, a fim de preservar a devoção com ordem. Tudo foi regulado pelo Monsenhor Vigário Geral da Diocese, que acompanhou o Santo Caixão por toda parte até seu retorno a Vicenza. O primeiro hino foi cantado pelos pacientes internados no Hospital Sanatório de Galliera Veneta. Em Castelfranco Veneto, a Urna Sagrada foi passada do carro fechado para a base móvel, de modo que pudesse ser vista integralmente.

Assim começou a viagem triunfal pelas paróquias de Salvarosa, Salvatronda e Vedelago e paróquias vizinhas, Fossalunga com Cavasagra, Istrana, Padernello, Paese até a magnífica recepção na Piazza Duomo. Sua Excelência, o Bispo, com o Cabido da Catedral e as Autoridades, rodeados por uma imensa multidão de fiéis, acolheram a urna de ouro que, tendo entrado na Catedral, foi colocada sobre o Altar de Nossa Senhora em sua permanência em Treviso, ou seja, até o dia 29 à noite, como sinal das orações de dezenas e dezenas de milhares de devotos da cidade e dos vários vicariatos da Diocese. Por vários dias, ocorreram as celebrações das diversas funções pontifícias: dia 26, Dia dos Sacerdotes, com missa pontifical e discurso de S. Exa. Mons. Ettore Cunial, vice-gerente de Roma; dia 27, Dia das Religiosas, com missa prelatícia e discurso de S. Exa. Mons. Carlo Zinato, Bispo de Vicenza; dia 28, Dia dos Médicos, Enfermeiros e Profissionais, com missa prelatícia e discurso de S.

Exa. E. Giuseppe Carraro, Bispo de Verona; dia 29, Dia do Encerramento, com Missa Prelatícia, S. Exa. Mons. Maccari, Assistente Geral da Ação Católica, com Missa Pontifical e Discurso, S. Exa. Giovanni Urbani, Patriarca de Veneza. Os religiosos, na sexta-feira, e os médicos e enfermeiros, no sábado, receberam a leitura do Decreto, que reproduzimos a seguir, pelo qual S. Excia. o Arcebispo Bispo nomeou Santa Bertilla Padroeira de todas as atividades hospitalares da cidade e da Diocese de Treviso. Presentes nas funções acima mencionadas, especialmente no primeiro e no último dia, estavam as autoridades provinciais, municipais e militares de Treviso, bem como a Madre Superiora com alguns membros do Conselho Geral do Instituto Farina. A Schola Cantorum da Catedral, sob a direção de Dom Giovanni D’Alessi, acompanhou as funções com apresentações polifônicas: “Missa Sexti Toni” para 5 vozes de Giov. Croce, os motetos: “Veni Sponsa Christi” para 4 vozes de Gabrielli, “Sancti et justi” de C. Merulo, “Cantabant Sancti” de Giov. Matteo Asola. Na Academia do Dia do Sacerdote, foram executados: “Benedicam Dominum” para 4 vozes por Giov. Croce, “In Deo speravi” para 6 vozes por Claudio Merulo e “Dum Praeliaretur Michael Arcangelus” para 5 vozes por Giov. Matteo Asola. Na noite do dia 29, às 21 horas, em cerimônia privada, os restos sagrados foram levados à nova sede do Hospital Civil em Ca’ Foncello e expostos à veneração dos doentes e funcionários na pequena igreja, de onde partiram, às 13 horas do dia seguinte, para a antiga sede de São Leonardo, que era o ginásio onde Santa Bertilla alcançou o heroísmo da santidade; aqui também foram colocados naquela Igreja que testemunhou suas explosões de amor e completa dedicação a Deus por meio do amor e devoção ao próximo. Às 16 horas, depois de uma breve parada no Hospital de Mestre, Santa Bertilla entra em Spinea quase como para tomar posse oficialmente da primeira Igreja

O retorno a Vicenza foi marcado para o dia 31 à noite: às 9 horas da manhã, o Santo Caixão deixou Spinea em forma privada para se dirigir a S. Martino di Lupari. No caminho, passando por Mirano e S. Maria di Sala. O pequeno cortejo de carros parou primeiro no Hospital de Noale, onde a Santa foi exposta por um breve período às orações dos doentes e da população reunida, e depois no Asilo de Massanzago, uma paróquia que recorda um dos milagres aprovados para a canonização. Em S. Martino di Lupari, que chegou às 11 horas, depois de um discurso de devoção do prefeito, a urna sagrada foi colocada aos pés do altar-mor da igreja paroquial para ser, até as 19 horas, o centro de atração da piedade para os fiéis dos vilarejos da Castellana e das paróquias vizinhas, inclusive as de fora da diocese. Às 18 horas, S. Excia. Monsenhor Bispo, vindo de Treviso, levou à Santa as saudações e as orações da Diocese, que, naqueles dias, havia passado compacta diante de seus restos sagrados, porque confiava na continuidade de sua proteção. paroquial dedicada a ela na Diocese.

2. Nomeação de S. Bertilla Patrona de todas as atividades hospitalares da cidade e da Diocese de Treviso

DECRETO

SANTA MARIA BERTILLA BOSCARDIN

PATRONA DOS DOENTES, DAS ENFERMEIRAS E DOS MÉDICOS DA DIOCESI DE TREVISO

Decreto 127/61

Agradecemos à Divina Providência, que docemente organiza cada acontecimento, se nestes dias quase todos os fiéis da Diocese de Treviso voltaram seu olhar – mais luminoso porque estão impregnado de fé e esperança – para SANTA MARIA BERTILLA; e se têm uma visão mais divinamente resplandecente das joias angélicas, colocadas muito mais maravilhosamente em Sua vida do que em Sua palavra; se – acima de tudo – perceberam o convite persuasivo de se reunirem em torno DELA para que todos sejam impulsionados a alcançar a Santidade. Os caminhos do Senhor são diferentes dos dos homens. Nem sempre os “argumentos persuasivos da sabedoria humana” (1 Cor. 2:4) liberam aquela força capaz de mover os corações a crer e a pôr em prática a própria salvação; Esta força concentra-se, pelo contrário, “onde se manifesta o Espírito e seu poder”(ibidem), manifestação, portanto, cheia de mistério, que se

manifesta na sinceridade genuína, na simplicidade e — em particular — na caridade, virtudes estas que se manifestam na caridade, divinamente rico, de eficácia em persuadir mentes e conduzi-las a Deus. No entanto, a caridade singular de S. BERTILLA se manifestou ainda mais brilhantemente no Hospital Civil de nossa Cidade. Foi justamente nela que Irmã Bertilla derramou – com maternal doçura – todo seu amor pelos doentes, mostrando-se não menos preocupada com sua saúde física do que com a espiritual. Foi justamente ali – entre os enfermeiros, estimados e amados como irmãos e irmãs – que ela se mostrou gentil e prestativa, fazendo todo o possível para ser a primeira no trabalho e a última na consideração. Ela tinha grande respeito e reverência pelos Médici: e essa atitude dela era fruto de uma convicção sincera e íntima. Foi em nosso hospital que Irmã Bertilla foi acometida por uma doença terrível e, posteriormente, passou por uma cirurgia. Ela suportou a imensa dor com uma coragem inabalável. E ela deu seu último suspiro – finalmente –plácida e serena, oferecendo ao Divino Esposo – com a alma trêmula e o amor transbordante, em um gesto de suprema piedade – o lírio de Sua alma.

3. Uma poesia: Obrigada, Irmã! de Paolo Bertoncello

S. MARTINO DI LUPARI Igreja de Lovari

Pesquisa de 15 fevereiro de 2022, nos arquivos de Santa Bertilla, Vicenza. Igreja de Lovari San Martino di Lupari, Padova. Em 1961, o Oratório foi dedicado à Santa Bertilla.

S. MARTINO D.LUPARI
O interior da igreja e a igreja
Oléo sobre tela, de A. Gatto

Depoimento de 19 janeiro de 2022, de minha avó Ceolin Luciana. Laura Bello da Marcon, Venezia. Meu nome é Ceolin Luciana. Nasci em 24 de maio de 1936. Começo minha história aos quatro anos de idade. Eu tinha um amigo vizinho que se chamava Dante. Um dia, sua mãe e sua avó haviam fervido uma panela de água para lavar as roupas e, depois de tirá-la do fogo, colocaram-na no chão do pátio enquanto eu brincava com meu amigo. Em um piscar de olhos, ele me deu um empurrão e eu caí na panela com água fervente. Fui imediatamente levada ao hospital porque meu estado era muito grave. Depois de muitos dias de tentativa de tratamento, eles declararam que não havia chance de me salvar. Cobriram-me com um lençol branco, minha mãe estava desesperada.

Eles me cobriram com um lençol

Ela foi ajudada por uma freira que, tentando acalmá-la, perguntou se ela era crente, respondendo prontamente que sim, acompanhando-a até a igreja em frente à imagem da Irmã Bertilla. Naquele momento, meu pai chegou e foi até minha cama, levantou meu lençol e ofereceu suco de tangerina para mim, e eu abri minha boca. Em seguida, ele foi até os médicos, gritando: “Ela está viva”. Então, os médicos começaram a se ocupar com o tratamento. Enquanto isso, minha mãe chegou com a freira e, com alegria, dei sinais de vida. Mais tarde, recebi alta com todas as cicatrizes nas costas. Por dois anos, vesti-me como Irmã Bertilla. Depois de um ano, minha mãe teve um filho e chamou-o de Bertillo. Guardei a touca que ainda tenho aos setenta e cinco anos. Luciana Ceolin

MARCON
Igreja de S. Giorgio a Marcon, Venezia

Continuação do Depoimento e foto de Ceolin Luciana, de 22 de janeiro de 2022.

Aqui eu completo a pesquisa do depoimento da Sra. Ceolin Luciana, enviada por sua sobrinha Laura Bello. O gorro está guardado na “Casa Natal” de Brendola.

PORDENONE SEQUALS

Depoimento de 28 de março de 2022, de Tarcisia Guarda, em Faion di Solimbergo, Sequals Pordenone. Um relato da vida, dos fatos e das memórias de Ir. Anna Francesca Boscardin. “Sou Tarcisia Guarda, devota de Santa Bertilla por toda a minha vida e ligada a ela pelo parentesco que nos une. Tenho 74 anos e moro em Friuli há 41 anos, mas, antes de me casar, morava no Lido di Venezia com meus pais. Meu pai se chamava Tarcisio e foi ferido durante a Segunda Guerra Mundial. Como resultado, sua perna direita foi amputada. Desde então, ele sempre foi devoto da Beata Bertilla; acima da cama de casal, de fato, havia uma foto da Santa. Em 1952, quando a Irmã Bertilla foi beatificada, meu pai e minha mãe foram a Roma para assistir à cerimônia de beatificação como parentes. Depois, em 11 de maio de 1961, quando ela foi proclamada

Santa pelo Papa João XXIII, meus pais estavam presentes, embora tivessem que voltar mais cedo por causa da doença de meu pai (o Papa João XXIII me confirmou quando era Patriarca de Veneza). Meu pai faleceu em 1968, com apenas 45 anos de idade. Ele teve anos de doença, e sempre íamos à igrejinha onde está a urna de Santa Bertilla em Vicenza. Então, íamos à sala de visitas e havia uma freira pequena e gentil para fazer uma oferta. Na antiga casinha de Anna Francesca, agora também um museu dedicado à Santa, fui muitas vezes quando criança,

porque Agnese Boscardin (sobrinha da Santa, ou seja, filha de seu irmão) casou-se com Gino Guarda, o mais novo dos irmãos de meu avô Guarda Giuseppe (21/11/1883 a 10/08/1966), meu avô paterno. Eu costumava ir com frequência à casinha de Santa Bertilla e, quando menina, passava o verão na casa dos meus tios em Vo di Brendola, e ia de bicicleta para a casa dos meus tios Agnese e Gino, porque com suas filhas Rina (falecida), Margherita, Gabriella e Annetta, costumávamos fazer companhia uns aos outros. Foram bons momentos, todos mais jovens. A esposa de meu avô Giuseppe Guarda, irmão de Gino, chamava-se Pasqua Pillon (13/06/1888 a 27/11/1969), também de Brendola, e costumava me contar que eles foram para a escola com Santa Bertilla e que fizeram a Primeira Comunhão no mesmo dia (anexo uma cópia do cartão da Santa Comunhão de minha avó). Pessoalmente, sempre invoquei Santa Bertilla em minhas orações. Tudo o que peço em oração sempre a invoco primeiro, assim como meu pai. Em sua doença, sempre agradecíamos a Santa Bertilla por ter morrido em sua cama... porque tínhamos muito medo de que algo acontecesse com o carro e a motocicleta. Apesar de ele ser motorista habilidoso, poderia sofrer um acidente e causar dor a nós e a outras famílias. Essa é uma das graças que ele recebeu. Tive câncer de mama há 15 anos, fiz o tratamento

PORDENONE
Vista aérea de Sequals

necessário e, no momento, parecia que tudo estava acabado... Há 5 anos, tive outro câncer de mama, e agora estou aqui com meu tratamento, sempre confiante e rezando para a Santa. Todos os dias, o Sol nasce e agradeço ao bom Deus e à Nossa Senhora, à minha maneira, por me acompanharem e sempre pedi proteção por meio da oração para as famílias das minhas filhas (problemas nunca faltam em uma família!). Nos últimos anos, tive alguns infortúnios e, juntando a Covid, eles não me permitiram mudar, mas tenho em meu coração a vontade de vir a Brendola, parar alguns dias para visitar primeiro Santa Bertilla e todos os meus parentes ‘Guarda’, que tenho em meu coração com boas lembranças! No verão, espero conseguir ir. Minha família é formada por meu marido Pietro Faion, duas filhas: Lucia, casada com Enrico, que tem dois meninos, Lorenzo, 14 anos, e Filippo, 11 anos; e Silvia, casada com Stefano, que tem uma menina de 7 anos, Sofia, e um menino de 3 anos, Simone. Tenho orgulho de minha família. Todos são bons. Estou feliz que, para o 100º aniversário de Santa Bertilla, vocês fizeram lindos programas em sua memória! Bravo a todos vocês... Com oração e vocação, saúdo Irmã Gabriella e, para qualquer informação ou qualquer outra coisa, estou à disposição, na medida do possível.

Família Guarda de doze irmãos. Tio Gino, o primeiro à esquerda, marido de Agnese Boscardin, sobrinha da Santa, filha de seu irmão.
A Santa na carteira Retrato da Santa Retrato no quarto do pai
Atestado de beatificação
Retrato no quarto

MASSANZAGO

Igreja de Massanzago, provincia de Padova

Depoimento de 25 de fevereiro de 2022, de Leopoldo Pavan, de Massanzago, Padova.

No ano do centenário da morte de Santa Bertilla Boscardin, tomei conhecimento de dois eventos milagrosos que ocorreram entre as décadas de 1950 e 1960 por intercessão da Santa. Relato aqui, resumidamente, os dois testemunhos contados por um dos dois protagonistas:

1. Bertilla, residente em Briana, um vilarejo no município de Noale, Veneza. A mãe Effa Puggse Poggese ficou grávida pela quinta vez, mas uma massa suspeita comprometeu imediatamente sua gravidez. Os médicos recomendaram imediatamente que o feto fosse interrompido para não colocar em risco a vida da mãe. No entanto, o marido, com sua forte fé e caráter, quase forçou os médicos a salvar um e outro, certo de que tudo ficaria bem. Effa foi várias vezes à pequena capela do hospital em Noale, onde havia uma imagem da Irmã Bertilla, prometendo uma novena contínua e, se nascesse uma menina – ela tinha quatro meninos – ela a chamaria de Bertilla. Os meses de gravidez transcorreram sem nenhum problema específico e, no final, eis Bertilla, viva e saudável.

Eis Bertilla, viva e saudável

Effa, então, teve de enfrentar várias dificuldades com a cirurgia no estômago, o que não impediu a possibilidade de outra maternidade, que veio igualmente bem.

2. Angelica, aos 7 ou 8 anos de idade, foi acometida por fortes febres, que nada fizeram para baixar sua temperatura. O próprio médico, um tanto perplexo, não sabia o que fazer. Assim, sua mãe decidiu fazer um voto a Santa Bertilla, prometendo uma novena não de nove dias, mas de nove meses, e vestiria a criança com uma túnica de freira. Ela fez a túnica e a vestiu na menina; quase imediatamente, a febre desapareceu e nunca mais voltou. Entretanto, a túnica tinha de ser lavada periodicamente e, quando era retirada, a febre voltava imediatamente. Depois que os nove meses da novena se passaram e a túnica foi finalmente removida, a febre nunca mais voltou a aparecer pelo resto da vida de Angélica.

MASSANZAGO

VIAJANDO PELA ITÁLIA

Da Via dei Carri às Expansões Continentais

Agora, um povo inteiro percorre seus caminhos como em uma ampla gama de bem- aventuranças. Você não precisa atingir um ideal, basta dar um passo de cada vez com paciência, força e convicção de que TUDO É NADA. Gosto de pensar que Annetta tinha pensamentos que ela não conseguia expressar, mas um dia contou à professora das Irmãs Mestras de Santa Doroteia Filhas dos Sagrados Corações, em Vicenza, onde havia sido aceita:

“Não posso fazer nada. Sou uma pobre coitada, uma gansa. Ensineme. Eu quero ser uma santa.”

Eu a vejo andando na Rota da Carroça e perguntando: “onde está você, Deus?”. Ela não tinha nada além de sua vida, e sua vida era sua estrela. Então, ela seguiu seu céu, e isso foi o melhor para ela. Anna apostou no caminho daquela estrela e estava sempre inesperadamente

“Un momento di riposo sul campo” (Um momento de descanso no campo), escultura em terracota, de Angelo Forte, 15 cm x 15 cm x 20 cm (2009),

acesa. Certamente em seu coração navegava, como em todos os corações, o encanto da poesia, e em sua mente ela guardava a sabedoria. Annetta era apaixonada pelo coração e, a sua maneira, era curiosa sobre a mente. Isso a fez viver em um canto do céu sereno. Ela entendeu vagamente que o paraíso, bem aberto na Terra, não está escondido. Nós é que somos os ciganos insensíveis da Terra, contempladores perdidos desse paraíso. O céu é nosso vizinho. Quando Annetta saiu de manhã bem cedo para a Rota da Carroça , com o céu ainda cheio de estrelas e planetas, ela só queria viver seu tempo sem contar os dias. Eu gostaria de ter subido a colina com ela no ar puro e rarefeito. Hoje ela está aqui nos caminhos da minha mente e eu me esforço para recompor as distâncias divididas do coração.

(Continua na página 219)

Reflexões de Fabio Dal Lago

1.

Viagem a Viggiù seguindo as pegadas de Santa Maria Bertilla

No final de 1917, após a Batalha de Caporetto, o hospital em Treviso, onde Irmã Bertilla estava dando o melhor de si para cuidar dos doentes, foi forçado a se mudar para outro lugar. Ir. Bertilla foi destinada a Viggiù (fig. 1), uma pequena cidade na província de Varese, perto da fronteira com a Suíça, para cuidar de soldados que sofriam de tuberculose, que foram deslocados para lá e hospitalizados em uma grande instalação.

Depoimento de 15 novembro 2021, por Fabio dal Lago.

(Ir. Bertilla foi destinada ao Hospital Militar Prealp, em Viggiù, uma cidade na província de Varese. Foi um período difícil, de guerra, entre pacientes feridos e dores físicas devido à doença que a atormentava).

“Além do gentil convite que me foi feito pela irmã Maria José Gonzalo, anexo um documento com uma breve descrição dos memoriais da Santa presentes na aldeia, juntamente a algumas de minhas pequenas reflexões.”

Fig. 2a e 2b. Rua Santa Maria Bertilla Boscardin

Ela ficaria lá por cerca de um ano: um período de dificuldades para a Santa, marcado por um sofrimento crescente, tanto físico quanto espiritual, gerado principalmente pela precariedade logística da situação e o declínio progressivo de sua condição física em razão do aparecimento de um novo tumor.

A tudo isso, somou-se o grande sofrimento causado pela incompreensão e pelo comportamento da superiora local, irmã Teresina, que tinha um caráter particularmente

rígido e estava convencida de que a irmã Bertilla agradava demais os doentes, atendendo as vontades e estabelecendo com eles um vínculo excessivamente familiar. No entanto, apesar de todas as dificuldades que encontrou, Irmã Bertilla, movida por sua profunda caridade e generosidade, nunca deixou de fazer o máximo que podia por todos os doentes e necessitados que Deus havia confiado a ela, oferecendo todo seu ser como sacrifício para dar-lhes um pouco de paz e alívio.

Fig.
A cidade de Viggiù

Assim, quando aquele ano dramático passou e, após o fim da guerra, a Irmã Bertilla retornou a Treviso para continuar sua vida de santidade. No entanto, sua partida física de Viggiù não se traduziu para aqueles que ali viviam como o fechamento de um parêntese insignificante em suas vidas, mas se transformou em um vivo desejo de não esquecer o grande testemunho de amor deixado pela memória dos gestos simples e cheios de caridade que Ir. Bertilla nunca se cansou de oferecer a todos os sofredores. De fato, entre os pacientes do hospital, ela continuou a memória daquela freira incansável que procurou de todas as formas ajudá-los. O tempo passou até os dias da beatificação e canonização de Irmã Bertilla. Até mesmo em Viggiù houve celebração, porque todos perceberam que uma Santa havia, de fato, passado entre nós para espalhar a graça e o amor de Deus. Com o tempo, decidiu-se, portanto, valorizar a presença de Santa Bertilla colocando alguns de seus memoriais em lugares simbólicos da cidade. Começamos com uma obra de bronze representando o rosto de Santa Bertilla, colocada na entrada do Instituto Madonna Della Croce, em Viggiù (fig. 4), uma casa de repouso para idosos, pessoas dependentes e pacientes com Alzheimer. Não havia lugar melhor para manter viva a memória da “nossa” Santa.

De fato, é importante lembrar que qualquer pessoa que esteja prestes a entrar neste lugar onde as pessoas precisarem de ajuda, seja um profissional de saúde ou até mesmo um simples visitante, fechem os olhos por um momento com a imagem de Santa Bertilla, e nos sentimos impregnados por seu extraordinário exemplo de santidade, fundado na caridade e na doação total de si para os outros. A seguir, chegamos à igreja paroquial de Viggiù, nomeada em homenagem a Santo Estêvão. Nesse antigo local de oração (foi aqui, em 1413, que o Sacro Imperador Romano Sigismundo emitiu o famoso decreto para a convocação do Concílio de Constança), podemos encontrar a imagem de Santa Bertilla impressa em um vitral que ilumina a igreja (fig. 5). Isso nos faz lembrar que Santa Bertilla trouxe a luz do Cristo ressuscitado para a escuridão, transformando-o em uma oportunidade de redenção. Também na igreja paroquial de St. Stephen, um belo oratório (fig. 6) foi dedicado à Santa (fig. 7) e a oração pedindo sua intercessão (fig. 8).

Somos especialmente convidados a ler essa oração após a comunhão, quando estamos mais unidos a Cristo, mais perto do céu, de modo que, como aconteceu com Santa Bertilla, nossa vida, com sua ajuda, também possa ser transformada em um sacrifício eterno a Deus:

“A Deus toda a Glória; para o próximo, toda alegria; para mim, o sacrifício”. Além da igreja paroquial de Santo Stefano, há muitas outras igrejas em Viggiù. A mais antiga delas é a pequena igreja de San Martino.

Todos os anos, o Grupo Alpino de Viggiù -Clivio organiza a celebração de uma Santa Missa nesse local em memória de todos os soldados alpinos falecidos. Nessa ocasião, são relembrados momentos particularmente importantes e significativos da história alpina, que um pintor, o Sr. Eugenio Ricci, retratando em várias pinturas, afixou no interior da igreja. Em 2019, o Grupo Alpino decidiu dedicar a celebração à memória de Santa Maria Bertilla, para nunca esquecer todo o bem que ela concedeu no vilarejo de Viggiù em favor dos feridos de guerra e os mais fracos. A Santa Missa foi celebrada em 14 de novembro pelo Pe. Giorgio Spada, capelão do Grupo Alpino e da Polícia Estadual de Varese e Como, que, na homilia, fez uma pausa para refletir sobre todas as virtudes que a Santa tinha. No final da celebração, a obra que Sr. Ricci fez para a ocasião foi revelada e abençoada (fig. 9). Na pintura, Santa Bertilla é retratada no centro, cercada pela luz da santidade. Nos dois cantos superiores, Santa Bertilla é retratada enquanto oferece cuidado aos doentes e necessitados.

VIGGIÙ

O canto inferior esquerdo retrata a igreja de Brendola, enquanto no canto inferior direito mostra a atual igreja paroquial de Viggiù. A parte inferior da pintura também traz a seguinte inscrição: “Um anjo ao lado do leito das crianças e dos soldados – Missão de Santa Maria Bertilla Boscardin (1888-1922)”. Continuando nossa jornada nos rastros deixados por Santa Bertilla em Viggiù, finalmente chegamos a uma rua que recebeu seu nome (fig. 2a e 2b). Essa é a estrada que leva ao antigo Hotel Prealpi (fig. 3), o prédio que, na Primeira Guerra Mundial, foi convertido em um hospital militar onde Santa Bertilla foi enviada para cuidar dos doentes. Hoje, esse mesmo edifício ainda está lá, deixado ao abandono, enquanto a rua, antes isolada, agora se encontra cercada por casas em um bairro densamente povoado. Quem sabe quantas vezes a Santa deve ter percorrido aquele caminho, o único que levava ao vilarejo onde se podia encontrar alguns suprimentos, talvez em silêncio, em pensamentos profundos e orações para que Deus lhe concedesse paciência e força necessárias para superar as difíceis provações que estava enfrentando. Poderia ser outra Via dei Carri, mais dura e difícil porque levava ao sofrimento humano; mas necessária, porque somente por meio da tribulação e da

entrega total era possível experimentar os mesmos sentimentos de Cristo e, assim, a verdadeira santidade. Portanto, o nome dessa rua em homenagem à Santa Bertilla pode assumir dois importantes significados: primeiro, incentiva àqueles que leem seu nome e não a conhecem a se perguntar quem ela era e por que deram o nome dela àquela rua. Isso pode dar origem ao desejo de mergulhar na extraordinária figura de Santa Bertilla, a fim de redescobrir todas as virtudes que a caracterizaram, que podemos aprender a praticar para que nossa vida também possa ser transfigurada em uma existência pura e santa aos olhos de Deus e de nossos irmãos e irmãs.

À luz dessa reflexão, podemos então chegar ao outro valor expresso ao ver essa rua com o nome de Santa Bertilla: viver uma vida santa é difícil, é verdade, mas de modo algum impossível, porque os santos não são pessoas cheias de força. Eles vivem em um mundo paralelo (um pouco como os deuses do Olimpo imaginados), mas são pessoas como nós, homens e mulheres que percorrem os mesmos caminhos tendo Jesus Cristo como o único modelo a ser seguido. Ele é a luz que ilumina os passos do caminho dos santos.

Olhando pela janela e vendo o caminho percorrido por Santa Bertilla

logo a nossa porta, pode-se perguntar espontaneamente: “Puxa, ela passou por aqui assim como eu que ando nesta estrada todos os dias; talvez ela também tenha tantas preocupações quanto eu tenho; então talvez ela esteja perto de mim e possa me ajudar, ser um exemplo e um conforto para mim, para que eu também possa viver serenamente a vida que Deus preparou para mim”. Os santos estão mais próximos de nós do que imaginamos. Talvez, ainda hoje, haja alguns que estejam caminhando pelas nossas ruas ou estão em nossas casas. Cabe a nós encontrar e seguir seus rastros, como fizemos nesta viagem a Viggiù em direção à Santa Bertilla, de modo que, por meio de seu exemplo, também possamos viver uma vida santa em nome de Jesus, deixando traços indeléveis de bem em nossa peregrinação terrena. Essas atitudes poderá nos conduzir com alegria à eterna felicidade do céu: “Nunca se canse; nunca desanime. A paciência, disse nosso Senhor à Santa Catarina, vive apenas do trabalho e é a companheira inseparável da caridade. A Deus toda a glória; às minhas irmãs, toda a alegria; e a mim, todo o trabalho. Aquele que persevera e faz o que pode, sempre confiando em Deus, tem sucesso em tudo”. (Pensamento de Santa Bertilla escrito em seu diário). Viggiù, novembro de 2021.

Fabio Dal Lago

Fig. 3. O local onde Santa Bertilla cuidava dos doentes
Aldo Ragusa “Ricordando Viggiù” (Relembrando Viggìu)
óleo sobre tela, 60 cm x 80 cm, 2009
Fig. 5. Vitral da Igreja paroquial de S. Stefano
Fig. 4. Entrada do Instituto Madonna della Croce e relevo de S. Bertilla em bronze

VIGGIÙ

Fig. 6. Oratório
Fig. 7 e 8. Biografia e oração
Fig. 9. Igrejinha de San Martino: a pintura de Ricci e soldados alpinos em frente à imagem de Santa Bertilla

Testemunho de Vicenza

Depoimento de 31 março de 2022, por Mirella de Martini, de Vicenza: 1) Hospital militar em Viggiù; 2) Versão da oração em esperanto. Sou professora aposentada e moro no bairro de Santa Bertilla, em Vicenza. Alguns dias atrás, encontrei a edição de dezembro de 2021 da revista PortaOvest, onde, na pág. 26, há o anúncio do “Centenário de Santa Bertilla: nas pegadas de Anna Francesca Boscardin”, e pensei em fazer minha contribuição.

quanto de seu interior, e da igreja certamente frequentada pela Santa enfermeira. Em um cartão-postal do edifício, posterior à Grande Guerra, ainda é visível no telhado o símbolo da Cruz Vermelha Italiana.

1. Hospital militare di Viggiù. Na página web Famiglia Cristiana, de 20 de outubro de 2021 (seção “Iniciativas de vida civil”), li que, após a derrota em Caporetto, os pacientes do hospital de Treviso foram transferidos para Viggiù, na província de Varese, e com eles também Santa Bertilla, que ficou lá por cerca de um ano. Agora, como às vezes procuro cartões-postais antigos de lugares e edifícios que uso para reconstruir eventos históricos, descobri que, em Viggiù, o então Hotel Prealpi foi transformado em hospital militar na Primeira Guerra Mundial, do qual encontrei algumas imagens de cartões-postais na internet. É provável que vocês já tenham fotos desse edifício, mas, caso ainda não tenham, indico as duas seguintes fontes da web, que contêm imagens, com suas respectivas fontes, tanto do exterior do edifício

Do seu blog: Sou Michela, sempre fui apaixonada pela história de lugares abandonados, e por esse motivo surgiu a ideia de criar este blog sobre o Hotel Prealpi Viggiù. O Hotel Prealpi é um local de Viggiù que acompanhou toda a história da região de Varese. Nascido como hotel, transformou-se em hospital e, posteriormente, em instituto e colégio. Atualmente, encontra-se em estado de abandono e degradação. Esse local atravessou toda a história da região de Varese. Em 1912, o hotel foi inaugurado. Ao ser aberto ao público, após apenas dois anos, o edifício deixou de ser um hotel. De fato, em 1915, com o início da guerra, o exército tomou prédio e transformou-o em um hospital militar. A localização do hotel era muito favorável para a construção de um local para cuidar de soldados feridos, pois ficava muito perto linha de trincheiras de Cadorna, que passava pela área. Nos anos de guerra, a estrutura foi ampliada com a adição de duas alas laterais. No hospital militar, trabalhava como enfermeira Maria Bertilla Boscardin, uma conhecida freira dedicada a cuidar de soldados

Le balconate all’ultimo piano
A igreja

em guerra. Por essa vocação e por ter salvado muitas vidas, apesar de sua pouca idade, ela foi proclamada Santa em 1961. Hoje, o prédio está em estado de abandono. Muitas de suas partes não são seguras, por isso é difícil acessá-lo. O edifício é composto por três andares. Os dois primeiros andares, onde localizam-se os dormitórios e as salas de estar, estão mais degradados; e o terceiro andar, mais bem preservado. No último andar, há uma série de varandas com vistas de Viggiù de tirar o fôlego. As sacadas ainda apresentam elementos Art Nouveau em ferro forjado.

Em seu interior, há também uma pequena capela, agora sem suas decorações, mas ainda com elementos e placas de mármore.

2. Tradução em esperanto da “Oração a Santa Maria Bertilla Boscardin” Se lhe for útil, anexo também (em formato PDF, a fim de garantir que no Word os caracteres que não italianos não mudem) a tradução em esperanto, feita por mim e cuja publicação autorizo.

https://www.santodelgiorno.it/santa-maria-bertilla-boscardin/santino/ /copiato 14.09.2021/ Santino Santa Maria Bertilla Boscardin

Oração em esperanto

PREGHIERA

A SANTA MARIA BERTILLA BOSCARDIN

O umilissima Santa Maria Bertilla, casto fiore cresciuto tra le ombre del Calvario, che esalasti il profumo delle tue virtù al cospetto di Dio solo, a conforto dei sofferenti, noi t'invochiamo.

Deh, ottienici dal Signore la tua umiltà e carità per cui tanto Gli piacesti e quella fiamma di amore purissimo che tutta ti consumò.

Insegnaci a cogliere frutti di pace dalla perfetta dedizione ai nostri doveri, a meritare, per tua intercessione, la grazia di cui abbiamo bisogno e il premio eterno nel Cielo.

PREĜO AL SANKTA MARIA BERTILLA BOSCARDIN

Ho humilega Sankta Maria Bertilla, ĉasta floro kreskinta inter la kalvariaj ombroj, kiu eligis la aromon de viaj virtoj antaŭ Dio sole, por konsoli la suferantojn, vin ni alvokas.

Pro tio, akirigu nin de la Sinjoro vian humilecon kaj karitaton, pro kiuj al Li vi tiom plaĉis, kaj tiun puregan amflamon, kiu tute vin forkonsumis

Instruu al ni rikolti pacajn fruktojn de la senmanka sindediĉo al niaj devoj, meriti, pro propetado de vi, la gracon de ni bezonatan kaj la eternan premion en la Ĉielo.

(esperantigis: Mirella De Martini, Vicenza, 14.09.2021)

BRESCIA

Depoimento de 19 de janeiro de 2022, por irmã Valeria de Coccaglio, de Brescia. De um “homem velho agora, mas ainda uma criança” que da Pompeia invoca Santa Bertilla. Don G. Battista Piccinotti, Don Titta.

agora… e ainda criança Coccaglio

Velho
Don Titta

O centenário na escola infantil

Testemunho de 24 novembro de 2021. Volania, distrito de Comacchio, Ferrara. Escola Infantil Santa Maria Bertilla. As crianças anunciam com alegria o Centenário 1922-2022

VOLANIA
Comacchio
A igreja de San Carlo Borromeo

MODENA

Pesquisa de 25 fevereiro de 2022. O Svegliarino de Modena denota quão antiga e difundida é a devoção a nossa Santa.

“Já em 1936, Irmã Bertilla foi nomeada por meio do Svegliarino, um jornal de Modena, proposto às moças e mães cristãs, como um exemplo de santidade autêntica que pode ser imitado na vida cotidiana”.

O jornal Svegliarino

MODENA

Da Índia Trastevere ROMA

Depoimento de 31 janeiro de 2022. Uma família da Índia que mora no bairro de Trastevere, em Roma, enviou um testemunho pela graça recebida. O texto com fotos pode ser encontrado no capítulo “Terras distantes”.

Ponte S. Angelo e bairro Trastevere
ROMA

Um altar para Santa Bertilla Nomentano

QUARTIERE NOMENTANO

Igreja dos Mártires Canadenses. Bairro Nomentano em Roma

Depoimento de 19 janeiro de 2022. Igreja de Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento e dos Mártires Canadenses. Solicitação de uma obra a ser colocada no altar da cripta em homenagem à Santa Bertilla. A execução foi confiada a Bepi Modolo, um dos três artistas.

Altar na cripta da Igreja dos Mártires Canadenses. Por ocasião de sua canonização, em 1961, foi erguido um altar sobre o qual o pintor Bepi Modolo retratou

Santa Bertilla como “Protetora dos pobres e sofredores” em um afresco.

A protetora dos pobres e sofredores

Detalhes

ROMA Em Tre Fontane

Depoimento de 15 janeiro de 2022. Santa M. Bertilla Boscardin também foi à Tre Fontane, nos arredores de Roma. O santuário da Virgem da Revelação nasceu com a primeira aparição, em 12 de abril de 1947.

O altar da Revelação

Todas as gerações

Santa Bertilla também chegou aqui
Santuário Virgem da Revelação
Gruta Tre Fontane, Roma

A Pregação dos Grandes: “Medite sobre eles e proponha”. S. Bertilla, também no quadro S. Caterina, S. Teresa, S. Chiara.

S. Bertilla Boscardin: “Querida Senhora, peço-lhe que eu sofra sempre com alegria”.

Depoimento de relíquias Mendicino COSENZA

Depoimento de 21 janeiro 2022, por Paola Germani.

“Encontrei evidências de que as relíquias de Santa Bertilla estão no altar da igreja paroquial Cristho Salvatore, de Mendicino. Anexo fotos do documento de certificação e do altar onde as relíquias de São Giovanni Antonio Farina também estão presentes.”

Vista de Mendicino
Igreja Christo Salvatore de Mendicino
O altar
Interior da igreja

A relíquia de Santa Bertilla na paróquia de Mendicino foi solicitada por Dom Gino Gulizia, vice-pároco por 10 anos na paróquia Cristo Salvador.

Dom Gino conheceu as freiras em Strongoli, na Calábria, onde nasceu e cresceu, frequentando o jardim de infância das Irmãs e a Paróquia de S. Pietro e S. Paolo, com uma tia, Irmã Doroteia (Irmã Franca Gulizia).

Pe. Gino queria essas relíquias na igreja paroquial porque era muito devoto de Santa Bertilla e apaixonado por S. Giovanni Antonio Farina e seu carisma; por alguns anos, ele foi um guia espiritual para o grupo local da Rede da Fraternità Secolare. Assim, os dois santos de hoje dão testemunho ao amor heroico na Diocese de Cosenza-Bisignano.

Certificado de autenticidade das relíquias

COSENZA

Depoimento de 23 novembro 2021, por Paola Sciarrotta Mosaico “Santa Bertilla tra i bambini”, Igreja San Giovanni in Fiore.

“Caríssima, o mosaico foi feito em 1992 pelo padre Remo Rapone, graças às freiras da paróquia de Santa Lucia, em San Giovanni em Fiore (CS). Primeiro, elas pensaram em fazer um vitral e, no final, preferiram o mosaico. Embora as freiras não estejam mais em St John’s, a paróquia continua a venerar a Santa”.

COSENZA
Igreja San Giovanni, em Fiore

CROTONE

Uma operação não realizada

Depoimento de 15 março de 2022, de Strongoli Crotone.

CROTONE

Depoimento de 31 de janeiro de 2022, por irmã Franca Novello. História de Santa Maria Bertilla em Rocca di Neto, na província de Crotone.

A Escola de Educação Infantil “Santa Maria Bertilla” de Rocca di Neto é uma escola católica administrada desde 1981 pela Congregação religiosa das Irmãs Mestras de Santa Doroteia, Filhas dos Sagrados Corações, com sede em Vicenza, Via S. Dominic, 23. A instituição tem seus próprios objetivos educacionais: fundamentado pela concepção cristã da vida e da da realidade, seguindo orientações pedagógicas de seu fundador, São Giovanni Antonio Farina.

Rocca di Neto

A referida escola garante um espaço de formação e educação com respeito à pessoa e à liberdade de consciência, de religião, de expressão e de pensamento. A administração pública de Rocca di Neto solicitou à Congregação que construísse um local para acolher as crianças e educá-las de maneira cristã. As obras de construção começaram em 1978, concluindo em 1981. O prédio, que na época estava localizado em uma área pouco povoada, hoje está, na verdade, localizado no coração da área urbana recém-construída. Como resultado, o círculo social em torno da escola consiste, principalmente, de famílias jovens com filhos adequado à idade da própria escola.

A estruturação da área urbana da paróquia, com o nome de “Santa Maria Bertilla”, e a construção do

edifício reservado ao culto com as obras pastorais relacionadas, fizeram desse espaço um local de apoio para todas as famílias, tanto social quanto religiosa. A nova instalação, aberta à educação das crianças, foi recebida com grande entusiasmo, acolhendo a comunidade de Santa Maria Bertilla, inicialmente com 120 crianças, divididas em quatro turnos. A escola conquistou a simpatia dos moradores e realiza sua proposta educacional em um contexto colaborativo, que inclui a participação não apenas de professores e funcionários auxiliares, mas também de pais, instituições, párocos e muitas pessoas envolvidas no trabalho social. A escola é destinada a todas as crianças de 3 a 6 anos de idade, e é uma resposta a seu direito à educação e ao cuidado, de acordo com os princípios do pluralismo cultural e institucional presentes na Constituição da República, na Convenção sobre os Direitos da Criança e do Adolescente e em documentos da União Europeia. Seu objetivo é promover nas crianças o desenvolvimento, a identidade, a autonomia, a competência e a iniciação

Santa Maria Bertilla
ROCCA DI NETO
Escola de Educação Infantil S. M. Bertilla
Escultura em gesso com S. Bertilla e duas crianças

à cidadania, conforme declarado nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil de 2012. No jardim em frente à escola, há uma escultura de gesso representando Santa Maria Bertilla com duas crianças. Na ocasião da abertura do centenário da morte de Santa Maria Bertilla, a família de uma menina que frequentava a escola doou um banner representando a Santa (figura 3), que foi colocado na entrada da escola.

A Igreja de Santa Maria Bertilla, em Rocca di Neto O amplo coração de Santa Maria Bertilla se estendeu até Rocca di Neto, uma pequena cidade na província de Crotone. Em 1976, as Irmãs Mestras das Filhas de Santa Doroteia dos Sagrados Corações, baseando-se na ação do então pároco Don Francesco

Frandina, decidiram projetar seu trabalho beneficente, educacional e pedagógico em Rocca di Neto. Com o passar dos anos, a vila construída sobre a fortaleza de mesmo nome se expande horizontalmente no vale. Novas casas e infraestrutura urbana acomodam muitas famílias jovens. Com a expansão demográfica, a construção, pelas irmãs, de uma escola maternal para dar apoio às famílias foi comemorada. Em 1990, o crescimento da área abaixo da fortaleza exigiu um novo espaço para a comunhão espiritual. Inicialmente, muitas famílias frequentavam a Santa Missa celebrada por Don Claudio Pirillo, em um salão da escola infantil disponibilizado pelas irmãs.

Posteriormente, a nova comunidade alugou primeiro um armazém no nível da rua no edifício Benincasa e depois no edifício Nicoletta, para as celebrações eucarísticas. Na primavera do mesmo ano, a Irmã Emma, superiora das Irmãs Bertillianas, atendeu à demanda de muitos fiéis por um ponto de encontro para as celebrações eucarísticas. Então, Irmã Emma pergunta ao arcebispo de Crotone e S. Severina, Monsenhor Giuseppe Agostino, se existe a possibilidade de erguer uma nova igreja e construir uma nova paróquia. Em 1995, o arcebispo Augustine discutiu a viabilidade do projeto com o Presidente da Conferência dos Bispos.

Igreja de Santa Maria Bertilla
Banner de S. Bertilla na entrada da escola
Vitral representando a Santa Bertilla

Um pequeno oratório Calvello POTENZA

Testemunho de 22 março de 2022, por Irmã Franca, de Calvello, na província de Potenza Basilicata. Oratório de S. M. Bertilla de Calvello. O oratório foi construído entre 1970 e 1975, a pedido do pároco Don Luigi Bonis e do município, em devoção e proteção ao povo calvelês. O pároco tinha uma devoção especial pela Santa, cuja, por uma intercessão, ele havia obtido graças especiais.

Em sua época, o oratório estava localizado no final da cidade, onde ainda não havia moradias.

As pessoas do vilarejo paravam em frente à imagem em suas caminhadas para fazer orações suplicantes.

O oratório está localizado entre a Rua Roma e a Rua Santa Maria Bertilla, bem no meio do caminho. A partir daqui, com o tempo, desenvolveu-se a parte nova dacidade, composta por famílias jovens. S. Bertilla abençoe e proteja todas famílias de Calvello e os jovens confiados a Santa Bertilla pelo então pároco. Don Luigi sempre fazia a novena solene, a Celebração Eucarística e a procissão com tochas. A presidente da Ação Católica, Amalia Lospinoso, devota de S. M. Bertilla, mandou decorar todo o percurso com bandeiras coloridas, além de confeccionar um estandarte com a imagem de Santa Bertilla, colocando sob sua

proteção a Ação Católica da cidade. Com a mudança de pároco, a novena foi substituída por um tríduo solene na igreja paroquial. No dia da festa, a solene celebração eucarística é seguida por procissão e concluída com uma oração e uma bênção.

Estandarte

CALVELLO

Em 9 abril de 2022

De: Laisa Puthenpurackal A primeira foto de Santa Bertilla em Calvello, 1967.
Oratório de S. M. Bertilla no centro da cidade

TERRAS DISTANTES

Da Via dei Carri às Expansões Continentais

Annetta subiu a colina de São Miguel para ver e amar as pessoas e as coisas e encontrar o Pai em Sua casa. No entanto, primeiro, ela aprendeu a enxergar-se, a entender a si mesma, até mesmo a compaixão. Ela orava em lugares normalmente desertos porque havia uma sensação de sair do mundo e ouvir as vocações celestiais. Assim, os caminhos tornaram-se lugares para caminhar, e não para ver o que que acontece ao redor, mas para perceber o que acontece em em uma dimensão mais profunda. Ela havia escolhido por si mesma o seu caminho, que, para ela, apesar dos

conflitos e das humilhações, era o mais belo. Portanto, ela tinha a certeza de que estava fazendo o suficiente na vida. Com humildade, utilizou sua força e inteligência da melhor forma possível. No final da estrada de carroças, antes de entrar na Igreja de São Miguel, no alto da colina, talvez tenha se voltado para o vale para ver coisas que se pareciam com ela: a natureza em constante crescimento e os homens arando, semeando e esperando o amadurecimento dos grãos. Assim, ela entendeu que a vida é um cliclo contínuo, onde todo fim marca um começo. (Continua na página 301)

Depoimento de 12 abril de 2022, por Ir. Silvia Arboleda, de Azuqueca de Henares, na Espanha, na comunidade autônoma de Castela-Mancha, Colegio Giovanni Antonio Farina.

Um esboço: O Magnificat de Tudo é Nada, de María Ibeas Sánchez. María era aluna do Colégio Giovanni Antonio Farina, em 2003, e cursava a terceira série. Na aula de religião, foi solicitado à turma que realizassem uma atividade com referência a Santa Bertilla, na qual lhes foi pedido que lessem o diário da Santa, comparando-o ao Evangelho das Bem-Aventuranças de Mateus. Ao final dessa leitura, eles se expressaram por meio de um desenho, um poema ou uma música sobre o que haviam entendido a respeito da Santa. María fez esse desenho representando Bertilla, cujo rosto aparece grande e com olhar humilde, doce e jovem. Ao fundo, Jesus está recebendo muitas pessoas que vêm até Ele, abençoando-as. Entre elas, estão as crianças, os doentes, as freiras e dois pequenos pastores com duas ovelhas, representando a vida humilde, simples e comum. Em um quadro à esquerda, há um resumo das bem-aventuranças que Santa Bertilla incorporou em sua vida: “Bem-aventurados os puros de coração: eles verão Deus. Bem-aventurados os pacificadores: Deus os receberá como seus filhos. Bem-aventurados os perseguidos por cumprirem a Azuqueca de Henares a vontade de Deus: Deus lhe dará seu Reino”.

Um esboço e uma relíquia Azuqueca de Henares

AZUQUECA DE HENARES

Uma relíquia. Santa Bertilla Brasil – Espanha.

Igreja de Santa Bertilla, Curitiba, Brasil (1975).

Capela de Santa Bertilla, Espanha (1985).

Descrição da pesquisa: Nós, Irmãs Doroteias de Azuqueca de Henares, conhecemos a Sra. Cristiane, de origem brasileira, que vive em Madri, na Espanha, há 38 anos. A família de sua mãe é Boscardin. Desde muito cedo, ela conheceu Santa Bertilla porque sua avó costumava lhe contar sobre ela. Cristiane conta que a chegada da imagem de Santa Bertilla, em 1975, em Curitiba, Brasil, foi levada por seu bisavô, que era pai de sua avó e primo de Bertilla. Com sua chegada, como ainda não havia capela em homenagem à Santa em Curitiba, enquanto esperavam a construção, colocaram temporariamente a imagem de Bertilla em uma igreja próxima. Quando a construção foi concluída, a capela era pequena, bonita e aconchegante, mas, com as reformas posteriores, tornou-se uma igreja muito grande, na qual ela mesma foi confirmada (Crisma) e seus filhos foram batizados. Seus avós compraram um terreno perto da capela e construíram um jardim de infância dedicado à Santa Bertilla, para mães que trabalhavam e não tinham onde deixar seus filhos.

Completamente independente da paróquia, o jardim de infância era

administrado por sua família. O espaço funcionou até, aproximadamente, o ano 2000, quando a família teve de fechá-lo porque, apesar de muitas doações, como não recebiam nenhuma ajuda financeira do governo, não conseguiam pagar os professores. Quando Cristiane se mudou para Madri, graças a um intercâmbio cultural, foi para a residência universitária da Universidade Complutense, inaugurada em 1962. Trata-se de um órgão independente, mas vinculado ao Ministério das Relações Exteriores do Brasil, um pedacinho do Brasil, como Cristiane o apelidou, onde são realizadas exposições, conferências, apresentações de livros e onde ela conheceu seu atual marido. Após alguns anos, conseguiram permissão para construir ali uma capela, que dedicaram à Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil. Após a conclusão da construção da capela, Cristiane começou a procurar as Irmãs Doroteias na Espanha e conheceu a Irmã Maria Teresa Pena, que lhe doou uma relíquia de Santa Bertilla. Decidiu-se, então, incrustá-la no futuro altar, junto com às relíquias de São Tomás de Villanueva, Santa Edith Stein e São Vicente Romano. No dia da inauguração, uma pintura de Santa Bertilla, doada por Ir. Gladys Monà, foi colocada em um canto da capela. Todo dia 20 de outubro, a Santa Missa é celebrada com grande

solenidade na capela de Bertilla, onde Cristiane oferece objetos religiosos, incluindo mil rosários feitos à mão por sua mãe, no Brasil, tentando espalhar a devoção que ela sente, não apenas como parte de sua família, mas, acima de tudo, como “sua Santa”.

A coisa mais linda Oteleni ROMÊNIA

Depoimento de 17 fevereiro de 2022: um presente de Deus e de Santa Bertilla Tive uma criança muito desejada após muita oração à Santa Bertilla. Casei-me há seis anos e desejava muito ter um filho, mas era impossível. Depois de tratamentos e desânimos, em maio, recebi a notícia de que estava grávida e, em 22 de dezembro de 2021, esse

bebê lindo e saudável nasceu. Ser mãe é a coisa mais linda do mundo, e assim realizei meu sonho. Sou grata ao Senhor e à Santa Bertilla pelo dom de ser mãe. Petronella Petrisor

ROMANIA
Casa S. Bertilla Oteleni – região de Iasi Moldova do Norte, 2021, na Romênia

ROMÊNIA

Casa S. Bertilla: é onde vive a comunidade religiosa da Congregação das Irmãs Mestras de Santa Doroteia de Vicenza, Filhas dos Sagrados Corações. Em 2007, a casa foi dedicada à Santa Bertilla, inaugurada e abençoada pelo Bispo Pietro Gherghel, da Diocese de Iasi.

Aqui são realizadas atividades catequéticas, formativas e recreativas para crianças, adolescentes e jovens, e um oratório funciona aos sábados. Até junho de 2021, hávia também o jardim de infância municipal. A partir de setembro daquele ano, a escola mudou de local, pois o município construiu suas próprias instalações.

Há também um serviço domiciliar para idosos e doentes. Neste pedaço de terra da Romênia, queremos viver e transmitir o carisma da caridade que nos foi transmitido por nosso Pai e Fundador, além de imitar e tornar conhecida nossa irmã Santa Bertilla.

ROMÊNIA

Uma carta: “Eu sou Annetta”

Carta para jovens escrita por Santa Bertilla, pelas mãos de um grupo de paroquianos da Romênia. “Eu sou Annetta Boscardin”

ROMÊNIA

Depoimento de 24 novembro de 2021, por Irmã Emilia Rossi. Dois episódios de Oteleni: O quadro e os gansos e O engenheiro e a maternidade.

O quadro e os gansos

A pintura que eles carregavam em seu carro quando foram para Oteleni

O engenheiro e a maternidade

Bertilla, protetora dos cristãos

Lorena é uma garota ortodoxa de 16 anos, que foi aceita em nossa Casa para Estudantes do Ensino Médio em Roman, na Romênia. No primeiro ano do Técnico em Turismo, tendo descoberto nela um belo dom artístico, pedimos que preparasse uma pintura em homenagem ao centenário do nascimento de Santa Maria Bertilla para o céu. Ela aceitou de bom grado, já que queria homenagear nossa Santa, movida por sua forte espiritualidade e o serviço aos doentes. Lorena ficou impressionada com a vida e a santidade de Santa Bertilla, apresentada a todos os alunos em preparação ao centenário na paróquia de Jesus, o Bom Pastor, em Roman.

Ao pintar esse quadro, seus sentimentos eram de grande admiração por nossa Santa e gratidão por ter tido essa “nobre” oportunidade de representá-la, a fim de capturar os aspectos mais belos e marcantes de sua vida. O título da obra é Bertilla, protetora dos cristãos, e a retrata especialmente quanto ao grande amor, à bondade e à dedicação que ela serviu aos doentes, oferecendo todo seu tempo e dedicando-se por amor a Deus e aos irmãos.

Igreja de Jesus, o Bom Pastor, em Roman

31 de maio de 2022, da Cidade de Roman, Romênia

Um quadro de Lorena.

Autoria do quadro: Lorena Cautisanu, ortodoxa

Idade: 16 anos

Escola de Ensino médio Ortodoxa Melchisedec, em Roman, Romênia Turma de Turismo

Ano: 2021-2022.

UCRÂNIA

Testemunho de 4 de maio de 2022, de Javoriv, uma cidade ucraniana a 50 km de Lviv, onde as irmãs Doroteias, apesar do perigo, decidiram não deixar o país. “Sou a irmã Malgosia, da Ucrânia. Enviei as obras referentes à Santa Bertilla. Peço desculpas pela demora, mas não pude fazê-lo antes.

Agradecemos a toda a comunidade por suas orações pela paz na Ucrânia e por nós. O Senhor o abençoe. Infelizmente, a Ucrânia está sempre enfrentando Golias. Acreditamos que com a bênção do Senhor virá a verdadeira paz”. Envio, no que diz respeito ao projeto “Percurso de Luz: Nas pegadas de Anna Francesca Boscardin”, as imagens do ícone que representa Santo G. A. Farina e Santa Maria Bertilla. O quadro foi criado em 2008, pelo pintor católico grego Siergiej Grafinski, que vive em Javoriv, na Ucrânia. Ele escreveu a explicação dessa obra. Coloquei-a como anexo. De acordo com essa explicação, a ideia para esse quadro veio da Irmã Annalisa.

Irmã Annalisa lhe entregou um livro traduzido para o ucraniano para que ele pudesse ler. Após a leitura, ele perguntou à Irmã se ele teria liberdade para interpretar o conteúdo por meio de um desenho. No entanto, ele decidiu primeiro fazer um esboço a lápis para garantir que a ilustração refletisse a realidade. O pintor sugeriu representar o fundador com Santa Bertilla, tal como ela é conhecida atualmente, e a ideia foi aceita. No final, Irmã Annalisa sugeriu que os Sagrados Corações fossem inseridos no canto direito da pintura, simbolizando o carisma inspirado nessa devoção. A obra foi, posteriormente, abençoada pelo bispo de Lviv.

70 dias de guerra

A foto mostra nosso Movimento Eucarístico em Javoriv rezando por sua intercessão pela paz no ano do centenário da morte de Santa Bertilla. Em frente ao ícone, há relíquias de São G. A. Farina e Santa M. Bertilla e santinhos com orações.

Após

Descrição do quadro de ícones greco-católica Nos ícones, são desenhadas as figuras de Jesus, Maria, os santos da Igreja, suas vidas e as cenas do Evangelho e algumas parábolas. Nos ícones, nada é por acaso: cada cor, tema e gesto tem seu significado. Na pintura, na parte superior, está a figura de Giovanni Antonio Farina cercado por crianças. O santo acreditava que não há nada mais importante do que as crianças, especialmente as pobres e abandonadas. Esse sentimento que recebeu de Deus, do céu, é o Espírito Santo, que é representado na pintura como uma pomba, e três raio, dos quais emergem os símbolos da Trindade. Na mão, Giovanni Antonio Farina segura o primeiro lar de crianças (hoje a Casa Mãe, em Vicenza) e com a mão direita abençoa as crianças a seu redor e, ao mesmo tempo, abençoa todas as pessoas que param em frente ao quadro. O gesto de bênção em cada ícone traz um monograma oculto: a bênção de Jesus. A cor púrpura do bispo simboliza a dignidade real de Deus encarnado em Jesus Cristo. Acima, no canto direito, o desenho de dois corações de Jesus e Maria, simbolizando o amor heroico das irmãs pelas pessoas. As crianças, quase criadas por Giovanni Antonio Farina, estão entusiasmadas com esse amor santo que emana. As meninas que estão à direita e à esquerda, com seus gestos, nos convidam a olhar para essa imagem. As crianças que abraçam Giovanni

Antonio colocam o dedo em seu coração como um sinal de que também querem se tornar como ele. As crianças que cruzaram os braços sobre o peito são aquelas que estão se preparando para a primeira comunhão, pois é a primeira vez que veem e ouvem Jesus. A criança que aponta o dedo para a pomba nos lembra do céu, e os pequeninos com as mãos abertas querem abraçar o mundo inteiro. Giovanni Antonio Farina está sobre a Terra com as crianças – é um símbolo de que seu projeto se espalhou por todo o mundo. Quando olhamos para essas crianças, elas parecem nos dar uma sensação de leveza, um estado de de ausência de peso e voo. Na parte inferior do ícone, está a figura de S. Bertilla ao lado do leito de uma pessoa doente. Ela santificou sua vida nessa missão nada fácil, servindo aos doentes mais graves. Ela segura uma cruz nas mãos, junto ao lírio e às violetas, símbolos de pureza e humildade. A Santa, ainda criança, costumava rezar diante da imagem de Nossa Senhora, representada ao lado dela em um fundo vermelho, que simbolizava o cuidado da Mãe de Deus. O vermelho é a energia divina e a fonte da vida. A cor preta das roupas de Santa Bertilla e da janela atrás dela é um símbolo do sofrimento e dos pecados do mundo inteiro e um lembrete da morte que traz o pecado: “Memento mori”, isto é, memória da morte. O fundo dourado do ícone é a imitação da presença da Luz Divina.

É importante lembrar que todo ícone é uma afirmação da encarnação e da manifestação de Jesus Cristo.

JORDÂNIA

Depoimento de 05 abril de 2022 e recebidos em 17 de maio.

Zarqa, a cidade azul

Igreja de Zarqa na Jordânia. As Irmãs Doroteias estão presentes em Zarqa desde 1965. Santa Bertilla é muito conhecida e amada. No dia de sua festa, não há aulas na escola, e a paróquia celebra com alegria. Os cristãos rezam à Santa Bertilla pedindo ajuda nas doenças. Muitas meninas recebem o nome Bertilla para serem protegidas por ela, sabendo que a Santa amava as crianças. Na igreja paroquial dos Santos Apóstolos, há um quadro de Santa Bertilla, um mosaico feito pelo padre Francesco Radaelli, em 2013.

Igreja dos Santos Apóstolos
Mosaico de S. Bertilla à esquerda
Interior da igreja
Mosaico de Santa Bertilla

Panorama de Madaba no planalto do deserto da Transjordânia

Hanina é um distrito de Madaba a pouco mais de 50 km de Zarqa

Na igreja paroquial de Hanina, no distrito de Madaba, há uma pintura de Santa Bertilla. O padre Naaoum Karadsheh mandou construir uma igreja dedicada ao Espírito Santo em Hanina, perto do Monte Nebo, e colocou uma pintura de Santa Bertilla com a relíquia em uma capela. A pintura tem a inscrição em árabe da data de nascimento e morte da Santa (1888- 1922), que pertencia à Congregação das Irmãs Mestras de Santa Doroteia.

da igreja e altar-mor

Monte Nebo, a apenas alguns quilômetros de Madaba. No topo, a escultura cruciforme com cobras entrelaçadas do artista italiano Giovanni Fantoni, que simboliza o cajado de Moisés expulsando as cobras do deserto

A igreja paroquial de Hanina
Interior

Togoville

A Santa africana

Pesquisa. Em Brendola, chegou do Togo uma estátua de Santa Maria Bertilla, feita com madeiras nobres – afromosia e ébano – por um artesão togolês de Togoville. A estátua foi enviada como testemunho dos laços de amizade e do acordo de geminação entre Brendola e a cidade africana de Togoville. No dia 23 de setembro de 1990, a estátua foi abençoada pelo Bispo de Vicenza, Monsenhor Pietro Nonis, na igreja Arciprestal de Brendola. Atualmente, a estátua está na Casa Madre, em Vicenza.

COSTA DO MARFIM

Santa Bertilla negra
Pesquisa de 2 de março de 2022, em arquivos da Casa Madre em Vicenza.
Pintura de J. Coco sobre tecido: “Santa Bertilla Negra”, proveniente da Costa do Marfim.

Uma comunidade viva

Depoimento de 16 janeiro de 2022.

A comunidade das Irmãs, em Guadalajara (capital do estado de Jalisco), foi fundada em 17 de outubro de 1999, para que houvesse uma sede na cidade e que as Irmãs pudessem obter os documentos necessários para permanecer no México, já que eram todas estrangeiras. Mais tarde, viu-se a necessidade de abrir uma escola para crianças de 3 a 5 anos de idade, que surgiu em 2001, com o nome de María Bertilla. Em 2022, a instituição contava com 62 crianças, 3 professores e 3 irmãs.

Paraná – Curitiba

Depoimento de 2010

Depoimento de 14 abril de 2010, por Nicolau Boscardin, de Curitiba. Nesta cidade vive integrantes da família Boscardin que, como muitas outras, emigrou da Itália. Nicolau Boscardin é a pessoa com quem entramos em contato em 2011, por ocasião do 50º aniversário da canonização. Nicolau retornou a Brendola e Vicenza para visitar os lugares em Santa Bertilla passou. Suas palavras na carta a seguir testemunham sua fé e devoção pela Santa.

Igreja de Santa Bertilla em Curitiba, em 1962

Depoimento de 19 abril de 2022. Curitiba, Paraná, Brasil.

O Sr. Massimiliano Boscardin trouxe essa estátua de madeira da Itália e, por algum tempo, ela esteve em sua paróquia do bairro italiano Santa Felicidade. Em 1975, foi construída a Capela de Santa Bertilla no Bairro Alto, com a ajuda das famílias Boscardin, que, no ano seguinte, foi consagrada pelo bispo Dom Pedro Falalto e estabelecida a Paróquia Santa Bertilla Boscardin, com o pároco chinês Chen Hoei Len. Em 6 de outubro de 1975, um grupo de senhoras se reuniu na casa de Diahir Bello Marques (parente dos Boscardin) com objetivo de fundar uma associação para cuidar das crianças cujas mães precisavam trabalhar. A comunidade local era muito pobre e não havia lugar para deixar as crianças. Naquela reunião, com o voto dos presentes, foi aprovada a criação de uma Associação chamada “Assistência Social S. Bertilla Boscardin”. Posteriormente, foram elaborados os estatutos da associação. A Sra. Darvina Boscardin Athayde, filha de Maximiliano, assumiu, diante de todos, a tarefa de buscar ajuda material e financeira de vários lugares, enquanto as crianças se reuniam no salão paroquial. No entanto, havia a necessidade urgente de um espaço maior. Ao lado da igreja, em maio de 1976, um jardim de infância para 90 crianças de 0 a 6 anos foi aberto pela família

Uma estátua de madeira

A estátua de madeira

Boscardin, cujas mães podiam trabalhar e levar o sustento para casa. A pequena escola também recebeu um Prêmio Internacional da Câmara de Comércio Brasil-Espanha. Hoje, após 36 anos de serviço, a estrutura e o terreno foram doados pela família Boscardin à paróquia.

Paróquia de Santa Bertilla, à direita a estátua de Santa Bertilla.

BRASIL

Depoimento de 25 dezembro 2021. Olá, Franco Vianello. Sou Paulo Cezar Boscardin Pereira, organizador da comemoração do Centenário de Santa Bertilla Boscardin, em Curitiba, no estado do Paraná. Estive em contato com meu meu primo Nicolau Boscardin, mas sempre recebo informações das Irmãs Doroteias do Instituto Farina.

Depoimento de 31 março de 2022. O livro Bertilla Boscardin: a Santa da família. Genealogia da família Boscardin conta a história da família que chegou ao estado do Paraná, no Brasil. Em Curitiba, há muitos descendentes da família Boscardin. Paulo Cezar Boscardin Pereira

Paraná – Curitiba

Depoimento de 2021

Paróquia São José e Santa Felicidade, no bairro Santa Felicidade fundado por imigrantes italianos em 1878, em Curitiba, Paraná.

Nosso fôlder de celebração do 99º aniversário da morte de Santa Bertilla Boscardin, para a missa de 20 de outubro de 2021, com a foto da família com a imagem da Santa na frente da Paróquia São José e Santa Felicidade, em 1961. Paulo Cezar Boscardin Pereira

Brasão e placa comemorativa na Igreja em Santa Felicidade

Depoimento de 9 abril de 2022. Itapecuru-Mirim, Maranhão, Brasil.

Na cidade de Itapecuru-Mirim, no Estado do Maranhão, há um ponto de táxi chamado Santa Maria Bertilla Boscardin, e os carros levam um adesivo com a inscrição “Santa Maria Bertilla”. Isso é muito curioso, pois nossa Santa, que percorreu a “Rota das Carroças”, agora está “dirigindo” pelas ruas da cidade.

Vista área do Rio Itapecuru
Um táxi em Itapecuru-Mirim
Detalhe do adesivo

Depoimento de 23 fevereiro de 2022.

Convento Santa Maria Bertilla, na periferia da cidade de Barreirinhas, Maranhão, Brasil. Construído em 2021 por iniciativa da Diocese de Brejo, no Maranhão, o local abriga uma imagem e uma relíquia da Santa, despertando a devoção dos fiéis.

Vista aérea

Testemunho de 27 janeiro de 2022.

1. Vargem Grande, Maranhão, Brasil, por Iveth Amorim.

O Ambulatório Santa Bertilla foi construído há 50 anos, com auxílio da Congregação para a Educação e a Cultura do Brasil, para ajudar a servir as pessoas em vulnerabilidade social daquele território. Na fachada, há uma reprodução de uma pintura de Bepi Modolo, uma estátua em seu interior e muita devoção.

Lençóis maranhenses
Pequena estátua na Igreja, em Leite

2. Testemunho de 11 de fevereiro de 2022. Igreja Matriz de Santa Bertilla, no povoado de Leite, em Itapecuru-Mirim, Maranhão, Brasil. A igreja foi construída em 1999 pelo desejo em comum do padre e da comunidade. Em 1º de dezembro de 2002, o bispo da diocese, Dom Reinaldo Punder, fez a consagração da igreja. A igreja tem uma imagem oficial da Santa e uma pequena estátua doada pela Congregação das Irmãs Doroteias.

Imagem oficial na Igreja, em Leite
A igreja no povoado de Leite

BRASIL

3. Depoimento em 27 janeiro de 2022.

Escola Santa Bertilla na cidade de Urbano Santos, Maranhão, Brasil. Tudo começou em 1981, em um grupo de catequese, com Xavier, um padre francês em missão no Brasil. Em 1984, o Padre Henrique propôs a Anita, que era catequista, fundar uma escola. As irmãs Doroteias não estão mais presentes na região.

PARÁ – TACIATEUA

Depoimento em 27 janeiro de 2022.

Capela de Santa Bertilla, em Taciateua, Pará, Brasil. A capela construída na década de 1990 por desejo da Sra. Salete Jaques. Atualmente, a igreja está sendo restaurada. Em seu interior, há uma estátua da Santa. A congregação ajuda em certas épocas do ano com as celebrações.

Pará – Igarapé-Açu BRASIL

Um quadro e uma relíquia

Depoimento de 8 fevereiro de 2022.

Periferia da cidade de Igarapé-Açu, Pará, Brasil. A Capela Santa Bertilla foi construída na década de 1980, em comunhão com a paróquia e a comunidade, em um perído em que as irmãs ainda estavam presentes na região. O local abriga uma pintura e uma relíquia da Santa, doadas pela congregação, fortalecendo a devoção dos fiéis.

BRASIL

Depoimento de 31 março de 2022, por Mario Augusto. Belém, Pará, Brasil.

Bom dia, segue, conforme o combinado, o depoimento da Professora Maria do Socorro Fiel de Farias sobre Santa Maria Bertilla. Meu nome é Maria do Socorro Fiel de Farias, tenho 79 anos, resido em Belém do Pará, participo da Comunidade Santa Izabel da Hungria,

minha Mãe era católica, rezávamos o terço todos os dias. Nossa casa era no município de Cametá. Em 1962, fui acometida com a febre maligna e fui desenganada pelo médico. Essa febre era a malária maligna que deixou sequelas em meu fígado (constatado em exames). Em 1992, trabalhava como professora em uma Escola Pública e tinha duas turmas. Uma das turmas era problemática, pois era formada por alunos de famílias desestruturadas, eram indisciplinados, brigavam na rua e passavam fome. Depois de conversar com as Irmãs Bertilla e Antonieta (comunidade Santa Izabel) e com a Diretora e Equipe de Coordenação da Escola, realizamos reunião com os pais dos alunos e ficou decidido em comum acordo que os alunos participariam da catequese três vezes na semana. Encerrava as aulas na Escola 15 minutos antes e levava os alunos à Comunidade da Santa Izabel para aulas de catequese com catequista e hoje Diácono Théo. No começo foi difícil, mas depois encaixou e todos os alunos, dois anos depois, fizeram a 1ª comunhão e depois Crisma. Essas crianças transformaram a própria família, com muita reza, perseverança e intercessão de Jesus e Santa Bertilla. Em 1984, passei mal com problemas no intestino, fui ao médico e fiz vários exames, tive de passar por uma cirurgia de hemorroida. Alguns dias após a cirurgia, meu filho Jorge trouxe uma medalha de Santa Bertilla que a Irmã Urbanina mandou para eu rezar. A partir

– Belém

Comunidade de Santa Bertilla

desse dia, começou minha devoção por esta grande Santa. Eu participava do Coral da Irmã Bertilla, e no período da Páscoa foi solicitado para nosso grupo que fizéssemos um coquetel para os componentes do coral. Conversei com a Irmã e sugeri que fosse feita uma coleta entre os componentes e o que faltasse eu completaria. Como eram muitas garrafas de suco e uma torta bem grande, faltou o açúcar. As Irmãs Bertilla e Antonieta ficaram preocupadas, pois não dispunham para ajudar com o açucar. Somente eu e as referidas Irmãs sabíamos do assunto. Neste momento, chegou um carro particular no portão com doação de alguns sacos de açúcar para a Igreja. As Irmãs ficaram muito emocionadas, mas esse episódio ninguém soube, pois não contamos para ninguém. Em 1996, tive um sério problema na visão (trombose e isquemia) no lado esquerdo, onde perdi totalmente a visão. Passei por um tratamento de injeção no olho e aplicação de laser, cujo a dor durante o procedimento era insuportável. Neste período, aconteceu um caso impressionante em uma das vezes que realizei o procedimento: a dor não cessava e a medicação não estava fazendo efeito. Inesperadamente, bateram na porta de casa. Era visita da Irmã Pasquina, e quando a avistei a dor passou. Fiquei muito impressionada, mas não disse nada a ninguém. A devoção e a confiança em Santa Bertilla aumentaram e comecei a distribuir as orações.

Pará
Vista da cidade de Belém

No dia 26/11/1991, dia do sepultamento de Dom Alberto Ramos, senti uma dor de dente muito forte e segui da Catedral direto para consultório dentário. Foi realizada uma radiografia do dente e o diagnóstico constatou dente incluso e precisava realizar cirurgia, pois o dente estava atravessado no maxilar. No dia da cirurgia, foram dois especialistas, cito Dr. Wagner e Dra. Rita Montenegro. A cirurgia foi demorada e complicada, pois foi preciso cerrar o osso do maxilar, mas pela graças e intercessão de Santa Bertilla correu tudo bem. Na Comunidade de Santa Izabel da Hungria, fui uma das fundadoras da Legião de Maria e participava do Grupo de Canto. Anos depois, foi constatada uma hernia episgátrica e precisava realizar cirurgia. Nesse processo pré-cirurgico, cai na rua e fraturei o antebraço constatado em radiografia, mas não foi preciso fazer essa cirurgia, pois nem os médicos conseguiram explicar e ficaram impressionados com a cicatrização. Sendo assim, precisei realizar apenas a cirurgia de hérnia e consegui participar no dia da Vigília Pascal cantando. Continuei divulgando minha devoção por Jesus, Santa Bertilla e aos Santos cantando as missas. Um ano depois, realizei a mamografia e deu positivo para câncer de mama. Foi realizada a cirurgia e fiquei cinco dias na UTI e precisei de transfusão de sangue. Hoje consigo fazer um bom apostolado da Santa Bertilla, divulgando entre todos os médicos que me assistem.

Em 2014, sofri uma queda de rede e precisei ir para emergência do Hospital Saúde da Mulher. Realizei vários exames e constavam apenas alguns hematomas na região da costa. Passando um mês desta queda, apareceram alguns problemas de psicomotricidade (não conseguia escrever, fazer ligação telefônica etc.). Marquei consulta com o Dr. César Neves. Foi realizada com urgência uma ressonância do crânio que constatou um coágulo. Neste mesmo dia do exame, fui internada direto para realizar o processo cirúrgico. Fiquei nove dias internada na U.T.I e quando saí fiquei um mês sem andar, fazendo fisioterapia em casa. Recuperei-me e não fiquei com nenhuma sequela, graças a Deus e à Santa Bertilla. Em 2017, meu esposo, ficou doente, e eu fiquei andando com dificuldade (esporão de calcanha). Na fisioterapia, propagava Santa Bertilla para os enfermeiros e médicos. Devido esses acontecimentos neste ano, não fiz a mamografia. Todo ano fazia exame de mamografia e à médica dizia que sentia algo na mama direita, mas realizava os exames e nada constava. Em 2018, senti um caroço na mama e voltei com a Dra. Silvana. Ela examinou e mandou fazer biópsia, que testou positivo para câncer. No dia 27/04/2018, fui operada, passei mal, a pressão baixou, as plaquetas baixaram muito e a glicose subiu. Passei por 16 quimioterapias, 25 radioterapias, duas transfusões de sangue e 22 vacinas para imunidade.

Esse processo foi terrível e doloroso, e a reação deste tratamento apareceu em forma de afta na boca e língua. Fazia as medicações e não cicatrizava, passava as noites sem dormir, já não conseguia me alimentar nem beber água. Não conseguia rezar e oferecia o sofrimento, e as dores pela intercessão de Santa Bertilla. No final de 2021, após resultados de exames de rotina, tive o diagnóstico de cálculo na vesícula. Os médicos ficaram preocupados, pois tenho muitos problemas de saúde. No dia 08/03/2022, foi realizada minha décima segunda cirurgia. Neste dia, as enfermeiras não conseguiam encontrar minhas veias para me sedar, pois estavam todas rompidas. Neste momento, chegou no Centro cirúrgico a Dra. Lena (anestesista), que convocou toda a equipe e, por meio da oração do Pai Nosso e Ave Maria, pediu sabedoria para aquele momento, e com a proteção de Jesus, Nossa Senhora, Santa Bertilla e Nossa Senhora Aparecida, conseguiu localizar uma veia e o procedimento cirúrgico teve êxito. Ressalto e agradeço o total apoio das médicas Dra. Paula, Dra. Bianca Lastra, toda equipe do hospital, Irmãs Dorotéias, familiares, amigas do tempo da Escola em que trabalhava, amigas da comunidade e principalmente a Deus, todos os Santos e minha Santa de Devoção Santa Bertilla.

BRASIL

Pará – Benevides

Depoimento de 23 fevereiro de 2022.

Escola Santa Maria Bertilla, na cidade de Benevides, Pará. Foi construída em 1993 por iniciativa da Congregação em resposta ao pedido do Pároco Pe. José van Nahmen. É uma Escola de Ensino Fundamental, que oferece educação humano-cristã a 310 alunos.

Uma escola

Um centro de formação religiosa

Depoimento de fevereiro de 2022.

Centro de formação humana e religiosa “Santa Maria Bertilla” na periferia de Curuçá, Pará, Brasil. Construída em 2009 por iniciativa das irmãs, com apoio da Congregação, o centro foi criado para a formação de mulheres, oferecendo cursos de corte e costura e outras habilidades. O local abriga uma imagem oficial da Santa e uma pequena estátua doada pela Congregação. Aos poucos, devoção tem crescido entre os fiéis.

BRASIL

Espírito Santo

Depoimento de 28 fevereiro de 2022.

Uma jovem brasileira, Lúcia Almeida, que me é conhecida e é muito devota de Santa Bertilla, envioume fotos da capela e da estátua da Santa no distrito de Guaraná, em Aracruz, no estado do Espírito Santo. É surpreendente ver como Santa Bertilla chega a lugares tão distantes.

Uma

estátua de Santa Bertilla
A capela
Origem da Capela Santa Bertilla
Interior da capela
Estátua de Santa Bertilla

Caracas VENEZUELA

Vinha uma enfermeira muito bonita

Pesquisa nos arquivos de S. Bertilla, em Vicenza. Capela para S. M. Bertilla, na cidade universitária de Caracas, na Venezuela. Testemunho de Isabelina Zabala de Mendoza, também de Caracas.

Testemunho de minha mãe, por Isabelina Zabala de Mendoza Em 1978, quando minha filha Marisela Mendoza adoeceu, teve convulsões e precisou ser hospitalizada por um mês e meio no Hospital Clínico Universitário de Caracas. Eu estava muito desolada porque os médicos me disseram que ela estava morrendo, já que era muito pequena para suportar as altas febre que tinha, e não sabiam por que também apresentava convulsões; a menina tinha apenas um ano de nascida. Eu estava muito desesperada, pois não havia um diagnóstico claro. Abandonei tudo e deixando minha outra filha com meus pais, a fim de ficar ao lado de minha bebê para ajudá-la a lutar. Todas as noites, depois do horário de visita, quando estavam apenas minha avó e eu, aparecia uma enfermeira muito bonita, com um uniforme impecável e diferente dos demais. Com extrema doçura e delicadeza, ela permanecia a meu lado e convidava-me a orar. Dizia-me: “Vamos orar. Ela vai sair disso bem”. Em meio a meu desespero, eu me entregava a sua companhia sem nem ao menos perguntar quem era ela… Em meio a minha angústia,

procurei minha família para que a encontrasse e nos ajudasse a rezar. No entanto, em razão da gravidade do estado da menina, não havia tempo para para isso. Pouco a pouco, minha filha foi se recuperando e, um mês e meio depois, pude levá-la para casa com vida. Hoje, aos 45 anos, ela vive em Caracas, onde é fotografa.

Há alguns dias, ao mostrar uma foto da capela do hospital, a Capela de Santa Bertilla, tive uma grande surpresa: reconheci naquela imagem a enfermeira que nunca me deixou sozinha, que esteve a meu lado para me consolar e orar comigo nos momentos mais difíceis.

Depoimento de 12 dezembro de 2021. A escuta do testemunho da Irmã Antonietta Narvaez, uma freira doroteana de nacionalidade equatoriana, já falecida, foi realizada por Ir. Irene De Bortoli.

Irmã Irene relata: “Em 1992, viajei ao Equador como conselheira geral para uma visita a nossa província religiosa.

Naquela época, Irmã Antonietta Narvaez, uma freira doroteana de nacionalidade equatoriana, já falecida, desempenhava a função de Superiora na comunidade da vila de Cotundo, localizada no leste equatoriano. Quando cheguei à comunidade, realizei, entre outras coisas, uma reunião sobre Santa Bertilla com as irmãs que estavam presentes. Ao final, a irmã Antonietta compartilhou comigo algo que havia acontecido com ela não muito tempo antes. Ela era natural da serra, uma região montanhosa dos Andes, onde sua família morava a 2.700 metros de altitude. Sua mãe estava gravemente doente, e ela, preocupada, a recomendou à intercessão à Santa Bertilla. Uma tarde, sua família lhe enviou um telegrama informando que sua mãe havia piorado e que sua vida estava em risco. Caso ela quisesse vê-la viva, teria que partir imediatamente. No entanto, isso era impossível: a montanha que precisava ser escalada estava coberta por uma densa floresta, e, àquela altura, a noite se aproximava, impossibilitando qualquer veículo de fazer a subida no escuro.

Quero ver minha mãe

Desesperada por não chegar a tempo de se despedir de sua mãe, Antonietta recorreu a Santa Bertilla com um grito angustiado, dizendo-lhe: “Te peço, Santa Bertilla, ajuda-me! Faz alguma coisa, pois quero ver minha mãe viva!”. Na manhã seguinte, partiu no primeiro transporte. Ao chegar em casa, os irmãos lhe disseram que a mãe havia se recuperado um pouco e ainda estava viva. Ela entrou no quarto onde estava a doente e a cumprimentou, mas a mãe não demonstrou surpresa alguma com sua presença. Então, perguntou como havia passado a noite, e a mãe respondeu: “Por que me perguntas, se estiveste comigo a noite toda, ali no pé da cama?”. Irmã Antonietta não conseguiu conter as lágrimas; havia compreendido que Santa Bertilla não apenas manteve sua mãe viva, mas também a assistiu durante a noite.

A mãe viveu ainda por alguns dias e, então, faleceu serenamente, confortada pela presença da filha religiosa.

Vicenza, 12 de dezembro de 2021. Irmã Irene De Bortoli

Depoimento de 21 janeiro de 2022, por Maria José, F. S. C. Envio o testemunho de um irmão da Irmã Clara Freire sobre a intercessão de Santa Bertilla no nascimento de sua segunda filha.

Soy Patricio Freire Molina crecí en el Cantón Mocha provincia de Tungurahua-Ecuador. Provengo de una familia muy creyente y temerosa de Dios que tenían abundantes experiencias de fe, las mismas que fueron contadas en todas las etapas de mi vida…….recuerdo que mi madre solía cantar una canción cuyo inicio es “Señor yo creo pero aumenta mi fe” esta frase e repetía siempre y ante los peligros o momentos difíciles combatíamos con la oración además debo reconocer que mis hermanitas religiosas Doroteas:

SOR CLARA FREIRE Y SOR AIDA FREIRE vigilaban esa creencia en el ser supremo en todas las formas razón por la cual la confianza en Dios siempre existe y existirá.....pasa que con mi esposa Rocío Alarcón tuvimos dificultades para el desarrollo de nuestro segundo hijo por tres ocasiones se neutralizaba en el útero luego de la semana once no servían de nada los análisis tampoco los estudios y controles y con eso quedaba de lado toda esperanza…..de pronto sin imaginarnos había una nueva ilusión la misma que fue desaprobada por los médicos ante el peligro de ser seriamente afectada la salud de

Cantón Mocha

Então, nasceu uma linda

menina

la madre y fue cuando decidimos confiar solo en Dios y en Santa Bertilla Boscardin… era una medalla y reliquia la que estaba pegada en la barriga durante todo el embarazo y luego nació la hermosa niña la misma que fue sometida a todos los exámenes los cuales confirmaron que se trata de una niña muy sana y es la que me llena todos mis espacios es responsable inteligente, muy pilas y alegre como su abuelita Judith, ahora tiene 8 años cumplidos

MICAELA CAROLINA FREIRE

ALARCON estudia en la UNIDAD

EDUCATIVA RODRIGUEZ ALBORNOZ esta en tercero de Educación Básica en las Hermana Doroteas.

Cantón Mocha, província de Tungurahua

TRADUÇÃO

Sou Patricio Freire Molina e cresci no Cantón Mocha, província de Tungurahua, Equador. Venho de uma família muito crente e devota a Deus, que viveu muitas experiências de fé, as quais me foram contadas em todas as etapas da minha vida. Lembro-me que minha mãe costumava cantar uma música cujo início era: “Senhor, eu creio, mas aumenta a minha fé”. Esta frase se repetia sempre, e, diante dos perigos ou momentos difíceis, combatíamos com oração. Também devo reconhecer que minhas irmãs religiosas Doroteias, Irmã Clara Freire e Irmã Aída Freire, sempre cultivaram essa fé no ser supremo de todas as formas, razão pela qual a confiança em Deus sempre esteve presente e continuará a existir em nossas vidas.

Certa vez, com minha esposa, Rocío Alarcón, enfrentamos dificuldades para ter nosso segundo filho. Em três ocasiões, o feto permaneceu no útero, e as semanas que se seguiram não trouxeram resultados positivos nos exames nem nos acompanhamentos médicos, fazendo com que toda a esperança parecesse perdida. Logo depois, uma nova esperança surgiu, mas foi rapidamente desenganada pelos médicos, pois havia o risco sério de afetar a saúde da mãe. Foi quando decidimos confiar

somente em Deus e em Santa Bertilla Boscardin. Durante toda a gestação, uma medalha e uma relíquia de Santa Bertilla foram colocadas sobre a barriga da minha esposa. Quando nasceu, a linda menina foi submetida a todos os exames, que confirmaram que ela era extremamente saudável. Hoje, ela é a alegria de nossas vidas, responsável, inteligente e muito alegre, assim como sua avó Judith. Agora, com 8 anos completos, Micaela Carolina Freire Alarcón estuda na Unidade Educativa Rodríguez Albornoz, das Irmãs Doroteias, e está no 3° ano do Ensino Fundamental.

Casa de Oração em Pichincha

Casa de Oração

Giovanni Faria e Santa Bertilla Pichincha, Quito, Equador

A Casa de Oração Santa Bertilla está localizada na paróquia Checa (Camino al Santuario del Quinche), na Carrera Troncal de la Sierra, E35, N° S6-161, em frente à rua Río Guayas, na província de Pichincha. Ela foi fundada em 5 de maio de 2015. É um lugar ideal para retiros e encontros espirituais, e está à disposição da comunidade. Se quiser saber mais sobre esse lugar, entre em contato conosco. Ana Francisca Boscardin nasceu em Brendola (Vicenza, na Itália), em 6 de outubro de 1888, em uma família de origem humilde e camponesa. Foi educada por sua mãe, mulher imponente na prática da paciência e no amor profundo a Jesus Crucificado e à Mãe Celestial. Em 8 de abril de 1905, a Congregação de Irmãs Mestras de Santa Doroteia dos Sagrados Corações acolheu Ana Francisca. Em seus poucos anos de vida religiosa, sob o nome de Maria Bertila, ela atingiu o maior ideal da caridade cristã: “A Deus toda a glória, ao próximo toda a alegria, a mim todo o sacrifício”. Essas palavras resumem a entrega de amor a Deus e a cada irmão necessitado. Enfermeira religiosa, prestou seu serviço no hospital estatal de Treviso e, durante a Primeira Guerra Mundial, foi transferida para o hospital em Viggiú (Varese), devido aos frequentes bombardeios na província de Vêneto.

Faleceu em 20 de outubro de 1922, o dia em que começou a viver plenamente para Deus, sem sombras ou véus, e as virtudes que ela guardava em segredo se manifestaram com grande brilho aos olhos da cidade de Treviso. O médico com quem trabalhou, embora ateu, exclamou: “Morreu uma Santa!”. Em 8 de junho de 1952, Irmã Maria Bertilla foi proclamada beata pelo Papa Pio XII. Em 9 de junho de 1959, a Sagrada Congregação de Ritos aprovou os milagres para a canonização, o que foi realizado pelo Santo Papa João XXIII, em 11 de maio de 1961. Seu corpo repousa em uma capela dedicada a Ela na Casa Madre, em Vicenza, Itália, berço da Congregação.

Pichincha
Casa de Oração

EQUADOR

Testemunho de um milagre de Santa Bertilla no Equador. No dia 17 de fevereiro de 2021, descobri que ia ser mãe pela terceira vez e fiquei muito surpresa, pois, na época, estava um pouco assustada com a pandemia que assolou o mundo. No entanto, pedi a Deus que me iluminasse nessa gravidez e cuidasse dessa nova vida que estava chegando. Tudo estava indo bem com os exames quando, de repente, em uma segunda-feira, 19 de julho, fui com meu marido fazer um check-up do nosso bebê. O médico fez um ecocardiograma e nos informou que nosso lindo bebê tinha um cordão umbilical com nó duplo, o que nos deixou muito assustados. Ele orientou-me a ficar em repouso para evitar complicações, o que nos deixou ainda mais tristes.

Do consultório, à tarde, ligamos para nossa querida tia Irmã Agnese Marin, que sempre acompanhou atentamente minha gravidez. Contamos a ela o que estava acontecendo, e ela nos tranquilizou, dizendo que Santa Bertilla cuidaria do nosso bebê. Rezamos muito a Deus e, com a cruz de Santa Bertilla. No check-up do mês seguinte, o médico nos deu a boa notícia de que o cordão umbilical estava solto e que não havia mais risco para o bebê. Foi uma grande alegria, e, a partir daquele momento, passei a agradecer imensamente a nossa querida Santa Bertilla, que me permitiu manter meu bebê. Hoje, ele já está com 4

meses de idade, meu querido Diego Martin. Sou eternamente grata a Deus e à Santa Bertilla pelo maior presente que recebi: meus filhos Darley Alejandra e Diego Martin. Graças à devoção de minha família a Santa Bertilla, essas pequenas bênçãos preencheram nossos corações com amor e alegria.

Elena Sandoval Medina

Um parque e 4 depoimentos de 14 março de 2022

O Parque Ecológico Santa Maria Bertilla, em Quito, Equador, é um espaço criativo e recreativo, um verdadeiro oásis cultural e de fé. Nele, grupos de meninas da Unidade Educacional Santa Doroteia realizam suas reuniões de pesquisa, sob o céu azul de Quito e sob o calor do Sol, cujos raios perpendiculares não apenas as protegem, mas também fortalecem suas defesas imunológicas. O parque abriga plantas de várias espécies nativas do clima temperado da Zona Subtropical.

É também um local de descanso espiritual, onde meninas, professores e pais conhecem melhor nossa irmã, Santa Bertilla, cuja estátua fica no centro do parque, convidando a seguir seus conselhos em meio ao silêncio, fortalecer o espírito com seu exemplo de humildade e inspirar a paz e a serenidade. Nesse oásis, as irmãs das comunidades de Quito também se encontram em várias ocasiões para aproveitar o ar livre e o canto dos pássaros e fortalecer o espírito de fraternidade. A partir de 2017, o parque passou a ser um ponto seguro em caso de emergências, como

Um parque e quatro testemunhos

terremotos ou outras ameaças naturais da região andina. Cada classe escolar tem seu espaço designado, e, ao soar o alarme, todos se dirigem ao local com a orientação dos professores. Assim, o parque tornou-se não apenas um lugar de segurança, mas também um ponto de encontro saudável para todos.

Irmã Aguedita Quezada

Testemunho nº 1

NOME: família Merino Calero

LOCAL: Tena – Equador

DATA: fevereiro de 2022

IDIOMA: Espanhol

Somos la familia Merino Calero, vivimos en Ecuador en la ciudad de Tena, tenemos una hija de un año tres meses; y esta, es nuestra historia: En el año 2018 estaba embarazada de un niño de sexo masculino, llenos de ilusión esperábamos su llegada, pero por causas ajenas a mi control lamentablemente lo perdí a los 8 meses de gestación; un hecho que como padres nos ha marcado de por vida; hemos logrado sobrellevarlo entregando de corazón a Dios padre celestial nuestro amado hijo, para que lo reciba en su morada y lo tenga en su santa gloria hasta el día en que nos llame a acompañarlo. En un viaje que realicè a la ciudad de Ambato por temas de estudio, visitè a mi cuñada Sor Noralma Merino, quien en ese momento se encontraba en el Postulantado del Hogar de Ancianos Sagrado Corazón de Jesús, junto a Sor Cristina y las postulantes,

quienes ya tenían conocimiento de lo que nos sucedió; esperando la voluntad Dios de permitirnos volver a ser padres, en aquella visita Sor Cristina me obsequio una estampa de Santa Bertilla y me contò su heroica y bondadosa historia; movidos por nuestra Fe Católica, empezamos a encomendar su intercesiòn, pidiendo por nuestro tan anhelado milagro. Tiempo después nuevamente quedè embarazada, como es de imaginar muchos sentimientos nos invadieron, unos de miedo y otros de alegría; miedo por nuestro antecedente, pero era más la alegría de imaginar tener en nuestros brazos a nuestro hijo o hija; mientras transcurrían los meses todo iba marchando de la mejor manera, cada control que realizaba era lleno de incertidumbre por no saber que podría pasar en el futuro, ello nos llenaba de angustia; al sexto mes recibì la noticia que era una niña, ello nos emocionó de tal manera que nuestras oraciones se tornaron de total agradecimiento a Sor Bertilla por permitirnos vivir tan bello milagro. Estaba confirmado que mi parto seria mediante cesárea, así que era sòlo cuestión de esperar que llegara tan anhelado momento. Al octavo mes mis controles empezaron a ser cada 15 días, con la finalidad de evitar se vuelva a repetir la historia anterior, el miedo nos invadía a mi personalmente y a mi esposo, siempre estábamos a la expectativa de què podría pasar, todas las noches antes de acostarnos rezábamos la oración a Santa Bertilla,

pidiendo nos permita el milagro de llegar a conocer a nuestra hija, poder tenerla en brazos, verla crecer sana, feliz y llena de amor a nuestro lado. Semanas más tarde, me internaron el Hospital de la ciudad por presentarse problemas de frecuencia cardiaca en la niña, los médicos tuvieron que actuar lo más deprisa posible para poder estabilizarla y evitar una cesárea de emergencia; realizaron controles de monitoreo. Nuestras oraciones nunca se detuvieron, nuestra Fe nos mantenía de pie, siempre pensando en que la gracia de Dios nos protegía, hasta que llegò el bello instante de escuchar el llanto de mi bebè. Ella nació con complicaciones para respirar por lo que pasò en termo cuna por 8 días, pero con fortaleza pudo superarlo. Hoy en día mi niña Abby, asi es su nombre, goza de buena salud, es muy inteligente, le encanta desordenar la casa, tiene un año y tres meses y le gusta dar abrazos de oso.

TRADUÇÃO

Somos a família Merino Calero, moramos na cidade de Tena e temos uma filha de um ano e três meses. Esta é nossa história: em 2018, esperávamos um menino e aguardávamos ansiosamente por sua chegada. No entanto, por causas além do nosso controle, infelizmente o perdemos aos 8 meses de gestação. Foi um momento que marcou nossas vidas profundamente. Conseguimos superar essa dor entregando de coração ao Deus Pai Celestial nosso amado filho, pedindo que o guardasse em sua santa glória até o dia em que o reencontrássemos. Em uma viagem à cidade de Ambato, por motivos de estudo, aproveitamos para visitar minha cunhada, Irmã Noralma Merino, que estava no Postulantado do Hogar de Ancianos Sagrado Corazón de Jesús. Nesse momento, Irmã Cristina e as postulantes já sabiam da nossa situação. Nessa visita, Irmã Cristina deu-me uma imagem de Santa Bertilla e contou-se sua história heroica e bondosa. Movidos pela nossa fé católica, começamos a pedir a intercessão de Santa Bertilla, clamando pelo nosso tão desejado milagre. Pouco tempo depois, descobri que estava grávida novamente. Sentimentos de medo e alegria invadiram nosso coração. Medo pelas experiências passadas, mas também a alegria de imaginar ter

em nossos braços nosso filho ou nossa filha. Ao longo dos meses, tudo ocorreu bem, mas sempre com a incerteza do que poderia acontecer. No sexto mês, recebemos a notícia de que seria uma menina, o que nos emocionou profundamente. Nossa oração passou a ser de total agradecimento à Santa Bertilla, por nos permitir viver esse belo milagre. Foi confirmado que eu teria que fazer uma cesárea, e esperávamos com ansiedade aquele momento. No oitavo mês, minhas consultas começaram a ser mais frequência, a cada 15 dias, para evitar que a história se repetisse. O medo tomou conta de nós, mas sempre mantivemos a fé. Todas as noites, antes de dormir, rezávamos a oração à Santa Bertilla, pedindo-lhe que nos permitisse conhecer nossa filha, tê-la nos braços e vê-la crescer saudável, feliz e cheia de amor. Semanas depois, fui internada no hospital devido a problemas com a frequência cardíaca da bebê. Os médicos precisaram agir rapidamente para estabilizá-la e evitar uma cesárea de emergência. Nesse tempo, nossas orações nunca cessaram, e nossa fé nos sustentava, pois acreditávamos que a graça de Deus estava nos protegendo. Então, chegou o momento mágico de ouvir o choro do nosso bebê. Ela nasceu com dificuldades respiratórias, e passou 8 dias em uma incubadora, mas, com muita força, conseguiu superar tudo.

Hoje, nossa filha Abby, que tem um ano e três meses, está saudável, é muito inteligente, adora bagunçar a casa e gosta de dar abraços apertados. Somos imensamente gratos a Deus e à Santa Bertilla por nos conceder esse milagre.

Testemunho nº 2

NOME: DIEGO VINICIO JARA ARTEAGA

LOCAL: Quito – Equador

DATA: fevereiro de 2022

TESTIMONIO DE LA FE EN DIOS Y LA DEVOCIÓN EN SANTA MARÍA

BERTILLA DE DIEGO VINICIO JARA ARTEAGA, PAPÁ DE CONSTANTÍN

Soy devoto de Santa María Bertilla desde mis 14 años, siempre he pedido por toda la familia, por mí y a Sta. María Bertilla la he tenido en mis pensamientos, estuve en Vicenza Italia cuando tuve 19 años justo fui a la Capilla de Sta. Bertilla, luego cuando fui a vivir en Alemania, tenía planificado ir nuevamente. La historia es que Esthela mi esposa, estuvo

embarazada, todo estaba yendo muy bien, pero en la semana 30 ella sintió que el bebé no se movía, fuimos al hospital y dijeron los médicos que habìa un problema muy complicado, lo que pasaba era que se le había formado una especie de nudo en el intestino del niño, por lo cual el bebé tenía que salir inmediatamente porque se le tenía que hacer una operación ya que su intestino prácticamente explotó, el niño ya no estaba recibiendo ningún tipo de nutriente. En el hospital estuvimos ni una semana porque parecìa que el problema se estaba resolviendo poco a poco; pero después nos dijeron que se le tenía que practicar una cesaría a Esthela para que pueda salir el bebé que al momento tenía 30 semanas, nació el 18 de junio de 2019 y cuando nació ni siquiera le permitieron llorar porque tenían todo preparado para la operaciòn. La mamá no le vio, pero a mí me dijeron si lo quiero ver y les dije que sí, al verlo me pareció ver un pajarito sin plumas, tenía su abdomen muy hinchado. Me hicieron entender que lo vea al menos y si fuera el caso despedirme.. No se sabía cuál serìa el resultado de la operación. La operación de cesaría inició a las 08 y 25 de la mañana e inmediatamente la del bebé que terminó a las 17 horas, fue prácticamente todo el día, estuvieron allí los médicos especialistas pediatras de dos hospitales, pero no recibíamos noticias del niño, obviamente yo rezaba por los dos, bueno no entendíamos bien qué mismo era lo que pasó, porque fue

algo inexplicable; a la tarde-noche llegó una enfermera y nos dijo que el director del hospital quería hablar con nosotros. Nos dijo que el intestino de Constantin, nuestro hijo, se había necrotizado por lo que tuvieron que cortarle 18cmt y había que ver cómo evolucionaba, además es muy pequeño, no se sabía cómo iba a quedar. Cuando fuimos a la sala de cuidados intensivos a verle era una algo muy pequeño, estaba vivo pero lleno de tubos. El problema fue que el intestino al hacerse nudo se empezó a hinchar y comenzò a afectar a otros órganos, la hinchazón le comprimiò los riñones, de hecho, el niño perdió uno de sus riñones. Era difícil verlo, tenía que vivir en la termo cuna, la comida era todo mediante jeringas, con todo luego de poco tiempo el niño empezó a hacer popó y fue el milagro, los doctores se asombraron mucho y se pasaban las fotos, nunca pensaron que iba a salir tan bien la operación, con todo yo le encomendé a Sta. Bertilla. Ahora es un niño feliz como ustedes lo pueden ver en las fotos, él seguirá siendo un milagro. Espero que este testimonio sea una muestra de lo que es la fe en Dios y la devoción a Sta. María Bertilla.

Estoy agradecido.

TRADUÇÃO

TESTEMUNHO DE FÉ EM DEUS E DEVOÇÃO À SANTA MARIA BERTILLA, POR DIEGO VINICIO JARA ARTEAGA, PAI DE CONSTANTÍN.

Sou devoto de Santa Maria Bertilla desde meus 14 anos, e sempre pedi por minha família, por mim e pela intercessão de Santa Bertilla para que ela estivesse em meus pensamentos. Estava em Vicenza, Itália, aos 19 anos, quando fui à Capela de Santa Bertilla. Depois de ter morado na Alemanha, planejava voltar para lá.

A história que venho contar é a seguinte: minha esposa, Esthela, estava grávida e tudo corria bem. No entanto, na 30ª semana, ela percebeu que o bebê não estava se movendo. Fomos ao hospital, e os médicos diagnosticaram um problema grave: a formação de um nódulo no intestino do bebê, pois havia praticamente estourado e ele não estava recebendo nutrientes. Ficamos no hospital por uma semana, com a esperança de que a situação melhorasse. No entanto, os médicos disseram que seria necessária uma cesárea para a retirada do bebê. No dia 18 de junho de 2019, o bebê nasceu. No entanto, logo após o nascimento, não permitiram que ele chorasse, pois já estavam preparados para a operação. Esthela não pôde vê-lo, mas me perguntaram se eu queria, e disse que sim. Quando olhei

para ele, parecia um passarinho sem penas, com o abdômen muito inchado. Fui orientado a entender que ele estava vivo, mas, dada a gravidade da situação, deveria me despedir caso fosse necessário. Não sabíamos o que aconteceria após a operação. A cesárea começou às 8h25 da manhã, seguida pela cirurgia do bebê, que só terminou às 17h. Foi um dia inteiro de cirurgia, com pediatras especialistas de dois hospitais envolvidos. Nesse tempo, não recebíamos notícias, o que nos deixava ainda mais angustiados. Quando finalmente fomos informados, a enfermeira nos contou que o intestino de Constantín estava necrosado e que seria necessário cortar 18 cm. A enfermeira nos alertou que, devido ao tamanho dele, não podiam prever o resultado. Quando fomos à UTI para vê-lo, ele estava muito pequeno, cheio de tubos e com o intestino exposto, o que começava a afetar outros órgãos. O inchaço estava comprimindo seus rins e ele perdeu um deles. Foi difícil ver nosso filho nessa situação, e ele precisava de alimentação por meio de seringas. No entanto, após algum tempo, ele começou a urinar, o que foi considerado um milagre. Os médicos ficaram surpresos e tiraram fotos, pois nunca imaginaram que a operação fosse ter sucesso. Recomendo com fé a intercessão de Santa Bertilla, pois hoje Constantín é uma criança feliz, como podem ver

nas fotos. O que aconteceu foi, sem dúvida, um milagre, e este testemunho é a prova de como a fé em Deus e a devoção a Santa Bertilla podem mudar uma situação tão difícil.

Muito obrigado.

Diego Vinicio Jara Arteaga

Testemunho nº 3

NOME: Jenny Condo

LOCAL: Paute – Equador

DATA: fevereiro de 2022

O MILAGRE DE SANTA MARIA BERTILLA

Minha vida é uma bela criação de Deus, e minha história começa em 1997, quando Luis Eduardo e eu decidimos nos casar, seguindo os planos de Deus para nós. Por muitos anos, consultamos vários médicos, sempre com esperança de termos filhos, mas a resposta era sempre negativa, o que nos trouxe muita amargura e lágrimas. Em 2003, depois de ver inúmeros anúncios nos jornais, encontrei um médico com quem comecei um tratamento de fertilidade. O método envolvia o uso de hormônios em altos níveis, e, para minha surpresa, o resultado foi uma hiperestimulação ovariana com sintomas alarmantes, como inchaço visível a olho nu, o que causou grande medo em minha família. Apesar de continuar com a medicação, o tratamento não teve sucesso. O médico sugeriu que procurássemos outro especialista, em Cuenca, que propôs um tratamento com plasma sanguíneo para fechar as células e reduzir gradualmente o inchaço e a dor. O tratamento parecia estar ajudando, mas os sintomas não desapareciam completamente.

Meu marido procurou a ajuda de um ginecologista, que recomendou uma operação. Aceitamos a ideia, e meu único desejo naquele momento era que a dor passasse. Em questão de minutos, estava pronta para a cirurgia. Minhas últimas palavras antes da anestesia foram uma oração a Deus: “Senhor, entrego-me em suas mãos, que seja feita a sua vontade, mas não a minha”. Quando acordei, fiquei espantada ao perceber que não havia feridas. O médico chamou meu marido e explicou que, na operação, ele percebeu que aquele não era o caminho correto a ser seguido. Se tivesse prosseguido com a operação, as consequências poderiam ser graves, levando à esterilidade ou até

à perda da minha vida. Felizmente, o médico interrompeu a cirurgia e optou pelo tratamento com plasma sanguíneo, o que resultou em uma recuperação rápida. A partir desse momento, entendemos que “Deus havia preparado algo grandioso para nós”. Em 2006, decidimos tentar mais uma vez engravidar, entregando tudo a Deus. Para nossa felicidade, o tratamento foi bem-sucedido, o teste de gravidez deu positivo e, assim, começou a doce espera de um bebê. Após oito semanas de gravidez, tive um sangramento, mas, para alívio nosso, o bebê estava bem, e pude ouvir seus batimentos cardíacos. O médico recomendou repouso, o que fiz com muito cuidado. As semanas se passaram e, finalmente, meu bebê

nasceu saudável e sem problemas. Após quatro anos, o médico me disse que estava grávida novamente, e dessa vez de gêmeos. Deus nos enviou duas bênçãos que, infelizmente, viveram apenas 24 semanas. A dor da perda de nossas filhas foi imensa. Oreíamos a Deus para que nos fortalecesse na fé. Essa dor, embora muito profunda, uniu ainda mais meu marido e eu, e nossa relação com Deus se fortaleceu. Por providência divina, conhecemos as Irmãs Doroteias de Paute, e uma delas, a Irmã Jazmina Escobar, nos ajudou a superar a dor da perda e nos aconselhou a rezar para Santa Bertilla. Meu filho sempre pedia a Deus por uma irmã ou irmão, e, motivada pela fé dele, comecei a rezar por três anos pedindo à Santa Bertilla que, por sua intercessão, nos concedesse outro filho. Decidimos entregar tudo a Deus, e, 10 semanas depois, o médico nos informou, por meio de ultrassom, que eram três meninas. Após 31 semanas de gestação, nossas filhas nasceram. Duas ficaram 32 dias na neonatologia, e uma ficou 50 dias. Nesse período, nossa oração se tornou ainda mais forte e confiante. Hoje podemos dizer com grande alegria que temos três princesas em nossa família: Maria Bertilla, Maria Paola e Maria Grazia. Somos verdadeiramente abençoados por Deus, com nossos quatro filhos na Terra e dois anjos no céu.

Eles são nossos seis milagres. Somos profundamente gratos a nossa irmã Bertilla, que nos sustentou com fé, paciência e confiança. Agora, somos eternamente gratos a Deus, à Santa Bertilla e à Congregação.

Jenny Condo

Quito EQUADOR

Testemunho nº 4

LOCAL: Quito – Equador

DATA: fevereiro de 2022

NOME: Neiser Medina y Fernanda Lara

Familia bendecida por SANTA MARÍA BERTILLA

Iniciamos nuestra familia siendo esposo y esposa, Neiser Medina y Fernanda Lara, deseabamos con todo el poder de nuestro amor tener un hijo, yo tenia polipos uterinos que me impedian quedar embarazada, intentamos tener un hijo cerca de dos años, sin esperanza alguna. Somos amigos muy cercanos de Ernesto Endara y Susy Marín miembros de la Pastoral Familiar Santa Dorotea, quienes al saber de nuestro pesar y tristeza, nos dieron a conocer a Santa Bertilla, su vida, su profesión, sus milagros, finalmente nos obsequiaron una imagen, la cual llevamos a nuestro hogar, con mucha fé , el 10 de diciembre del 2016, colocamos su imagen en un altar con rosas, increiblemente las rosas estaban frescas a pesar de transcurrir

màs de un mes de haberlas puesto. El 26 de julio del 2017, recibimos con alegría infinita, la grata noticia; Santa Bertilla, realizó el milagro mas hermoso en nuestras vidas, estaba embarazada, inesperada e increiblemente, a pesar de que el médico me estaba preparando para una segunda cirugia de retiro de polipo uterino. El 24 de febrero del 2018, nació Neiser Rafael, la bendición más grande de nuestras vidas.Y el 10 de julio del 2021, nació Josué Ricardo, nuestro segundo hijo, también un milagro de Santa Bertilla, quien me acompaño durante mi embarazo, ya que tuve problemas en mi columna por el peso en mi pequeña barriga. Agradecemos infinitamente a Dios, a Santa Bertilla por el milagro, por la vida de Rafa y Josué, porque cumplió nuestro anhelo y cuida siempre de nosotros. Neiser, Fernanda, Rafael y Josué

TRADUÇÃO

Uma família abençoada por SANTA MARIA BERTILLA

Somos Neiser Medina e Fernanda Lara, unidos pelo amor e pelo desejo profundo de formar uma família. No entanto, durante dois anos, enfrentamos dificuldades para conceber, pois eu tinha pólipos uterinos que impediam a gravidez, e a esperança parecia distante. Foi, então, que nossos amigos Ernesto Endara e Susy Marín, membros da

Pastoral Familiar da Escola Santa Doroteia de Quito, conhecendo nossa dor e tristeza, apresentaram-nos a Santa Maria Bertilla. Compartilharam sua história, sua missão e seus milagres, e nos presentearam com uma imagem dela, que levamos para nosso lar com muita fé. No dia 10 de dezembro de 2016, colocamos a imagem de Santa Bertilla em um altar decorado com rosas. Para nossa surpresa, as flores permaneceram frescas por mais de um mês, um sinal que fortaleceu ainda mais nossa devoção. Em 26 de julho de 2017, recebemos a notícia mais maravilhosa e inesperada de nossas vidas: eu estava grávida! O milagre aconteceu justamente quando eu me preparava para uma segunda cirurgia de remoção dos pólipos uterinos. Santa Bertilla intercedeu por nós junto a Deus e nos concedeu essa imensa bênção.

Contemplação de amor

Depoimento de 31 março de 2022, por Enmy Verneiulle

Envio um desenho de S. Bertilla.

DATA: 25/03/2022

LOCAL: Duran-Equador

NOME: Contemplação de amor

DESCRIÇÃO: é uma inspiração que reflete a missão que Santa Bertilla realizou, como a concretização do sonho de São Giovanni Farina para cada Irmã Doroteia: jamais desviar o olhar de Jesus e, com amor e dedicação, ir ao encontro dos “pequeninos”.

Cantón Durán, na província de Guayas, no Equador. Vista do rio Duràn
São Giovanni Antonio Farina
Santa Maria Bertilla

A menina será chamada Bertilla

Testemunho de 31 março de 2022

Veduta aerea Canton Paute, Equador

COLOMBIA

Três testemunhos de 12 janeiro de 2022, por Irmã Marta Gòmez.

1. TESTEMUNHO DE CONVERSÃO

17 de novembro de 2021

Diomer Avendaño

Santa Fe de Antioquia – Colombia

Mi vida espiritual se la debo a Santa Bertilla, era un católico de bautismo, pero mi vida no estaba direccionada a Dios, me ocupaba de tantas otras cosas. Empecé mi camino de conversión, gracias a una invitación que le hicieron a mi esposa, a hacer parte del Movimiento Eucarístico, en la casa de las hermanas Doroteas, ella que siempre ha sido una mujer de Dios, aceptó y frecuentaba los encuentros semanalmente, un día ella me invitó y, acepté. Allí no sólo se oraba y se adoraba a Jesús Eucaristía, sino que también, se meditaba la Palabra, se compartía sobre la espiritualidad de las Doroteas, sobre san Giovanni Farina y sobre Santa Bertilla, la virgen María, vida que desde ese primer momento me llamó la atención. Allí le di otro sentido a mi vida y puedo asegurar que Santa Bertilla se encargó de acercarme al Señor, como dice en su diario “me hago santa y conduzco a Jesús muchas almas” hoy gracias a ella yo hago parte de estas almas que ella ha conquistado para Dios. Desde entonces siempre participé a estos encuentros, su vida siempre resonaba en mi interior, ella algo me decía y cada vez gustaba más

Santa Fe de Antioquia

Santa Bertilla me levou a Jesus

su santidad. En la actualidad participo de la Eucaristía diaria, del sacramento de la confesión frecuente, en Bertilla aprendí el valor de la confesión, rezo el santo Rosario cada día, y me empeño en ser un buen cristiano, hijo, esposo y padre. Doy gracias a Dios por haber tenido esta oportunidad de conocer esta grande Santa y a ella le pido me ayuda a perseverar en la fe y en el amor a Dios, a mi familia y a todas las personas que pueda ayudar. Una de las frases de Bertilla que más me han llamado la atención es precisamente: “a Dios toda la gloria, a mis hermanas toda la alegría y a mí todo el sacrificio”, me llama la atención como esta mujer es capaz de negarse por completo a ella, haciendo todo más fácil para el prójimo, dejando la gloria a Dios; todo lo hacía por amor a Jesús. También la actitud de Bertilla con aquel soldado violento, me enseña el amor que debo tener al prójimo y, con mis actitudes debo buscar de acercar las personas a Dios, ella me ayudó a acercarme a Dios y a dejar todo lo que no me dejaba unir a Jesús, a Santa Bertilla la llevo como mi Santa, a ella encomiendo mi vida y la de mi familia, porque a ella le debo mi conversión y es la que me ha ayudado a avanzar en este camino hacia Jesús. Me empeño en hacerla conocerla, porque es un ejemplo que nos ayuda a ser mejor personas, Santa Bertilla ha hecho de mí una persona de bien. Diomer Diomer

Santa Fe

TRADUÇÃO

Santa Bertilla me levou a Jesus. Devo minha vida espiritual a Santa Bertilla. Fui batizado como católico, mas minha vida não estava voltada a Deus, pois estava ocupado com muitas outras coisas. Minha jornada de conversão começou quando minha esposa me convidou a participar do Movimento Eucarístico na casa das Irmãs Doroteias. Ela sempre foi uma mulher de Deus, e, incentivado por ela, passei a frequentar as reuniões semanais. No grupo, não apenas orávamos e adorávamos Jesus Eucarístico, mas também meditávamos na Palavra de Deus, rezávamos para a Virgem Maria e compartilhávamos a espiritualidade das Irmãs Doroteias, fundada por São João Farina. Desde o primeiro momento, a vida de Santa Bertilla chamou minha atenção. Ao conhecer sua história, passei a enxergar minha vida de uma nova maneira, e posso afirmar que foi por meio dela que me aproximei do Senhor. Como ela escreveu em seu diário: “Eu tornei-me uma santa e trouxe muitas almas para Jesus”, sinto que ela também me trouxe para mais perto Dele. Desde então, nunca mais deixei de participar das reuniões, pois sua vida ressoava em mim. Hoje, participo da Eucaristia diariamente e busco o sacramento da confissão com frequência, pois Santa Bertilla me ensinou o valor da penitência. Rezo o rosário todos os dias e esforço-me para ser um bom cristão, filho, marido e pai.

Agradeço a Deus por ter tido a oportunidade de conhecer essa grande santa e peço sua intercessão para perseverar na fé e no amor a Deus, à minha família e a todos aqueles que eu puder ajudar. Uma das frases de Bertilla que mais me impressiona é: “A Deus toda a glória; a meus irmãos, toda a alegria; e a mim, todo o sacrifício”. Sua capacidade de renunciar a si mesma para servir aos outros me inspira profundamente. A atitude que ela teve diante de um soldado violento também me ensina sobre o verdadeiro amor ao próximo, pois, com minhas ações, também devo buscar aproximar as pessoas de Deus.

Santa Bertilla ajudou-me a abandonar tudo o que me afastava de Jesus. Tomo-a como meu exemplo e minha santa de devoção, confiando a ela minha vida e a de minha família. Devo minha conversão a ela e sou grato por ter encontrado esse caminho de fé. Esforço-me para torná-la conhecida, pois seu exemplo nos ensina a sermos pessoas melhores. Santa Bertilla fez de mim uma nova pessoa. Diomer

COLÔMBIA

2. TESTEMUNHO DE CONVERSÃO

19 de novembro de 2021

Claudia Cristina Mejía Rodríguez

Santa Fe de Antioquia – Colombia

Soy Claudia Cristina, vivo en Santa Fe de Antioquia; tuve la oportunidad de conocer las hermanas Margarita y Marta, en el colegio donde las religiosas daban clase a mis dos hijos; un día la hermana Marta me invita a participar del movimiento eucarístico, al cual acepté y, juntamente con mis hijos, participábamos semanalmente. Mientras mi esposo no tenía tiempo para la familia y menos para Dios porque su trabajo era para él su prioridad, era un hombre esclavo del trabajo, su único interés era producir dinero, de su madre había heredado la fe pero se había convertido en un católico de bautismo light, que sólo iba a misa los domingos, pero de ahí nada más, no tuvimos ni un esposo, ni un padre presente, era un hombre proveedor de dinero, esto genera muchos altibajos en nuestra relación, mis empiezan a crecer con muchos vacíos por la falta de su papá, además él se movía en un mundo de negocios de ambición, soberbia, poder, donde cada vez era más egoísta, su deseo era tener más y más. En el movimiento Eucarístico empezamos a orar por él, juntamente con las hermanas, cuando conocí a Santa Bertilla y a San Giovanni Antonio Farina se lo encomendé a ellos, siempre les pedía intercedieran por mi hogar,

y después de orar mucho sobre todo a Santa Bertilla, un día me dice que quiere acompañarme a este encuentro de oración; allí Dios toca su corazón por medio de la vida de Santa Bertilla, vive en ese momento una fuerte experiencia de fe, la hace su santa de devoción y da inicio a un camino espiritual muy hermoso, que hasta ahora hemos sabido mantener por gracia de Dios. Hoy es un gran difusor de la vida de Bertilla, yo conociendo la persona que era mi esposo, no he podido dimensionar la obra que Dios ha realizado en Diomer, Dios hace todo nuevo, es increíble ver la grandeza, la misericordia y la bondad del Señor, mi esposo hoy es un milagro, dejó su trabajo que era del todo lícito y se volvió un hombre de hogar, es un hombre comprometido con la labor pastoral de la Iglesia, es un milagro que siempre le agradezco a Dios, a Santa Bertilla y, a la comunidad de las hermanas Doroteas que El Señor puso en nuestro camino y que tanto Bien trajeron a mi hogar. Dios les pague y acompañe siempre. Cristina

TRADUÇÃO

Sou Claudia Cristina, esposa de Diomer, e moro em Santa Fé de Antioquia. Tive a oportunidade de conhecer as irmãs Margarita e Marta na escola onde elas ensinaram meus dois filhos. Um dia, a irmã Marta convidou-me para participar do Movimento Eucarístico, que aceitei com alegria. Junto a meus filhos, começamos a participar semanalmente das reuniões de oração. Naquela época, meu marido não tinha tempo para a família e, muito menos, para Deus. Seu trabalho era sua única prioridade; ele tornou-se um escravo do trabalho, buscando apenas ganhar dinheiro. Apesar de ter herdado a fé de sua mãe, sua prática religiosa era mínima – ele havia sido batizado, mas sua vivência católica se resumia a assistir à missa aos domingos, sem nenhum compromisso mais profundo com Deus. Isso trouxe muitos desafios a nosso relacionamento.

Meus filhos cresceram sentindo a ausência do pai, e ele, imerso no mundo dos negócios, tornou-se cada vez mais ambicioso, orgulhoso e sedento por poder. Seu desejo era sempre ter mais, sem perceber o que realmente estava perdendo. No Movimento Eucarístico, começamos a orar por ele. Junto as irmãs, entreguei sua vida a Deus e confiei minha família à intercessão de Santa Bertilla e de São João

Antônio Farina. Todos os dias, pedia a eles que intercedessem por nós. Depois de muito tempo de oração, um dia, para minha surpresa, meu marido disse que queria me acompanhar a uma reunião de oração. Naquele encontro, Deus tocou seu coração por meio da história de Santa Bertilla. Ele teve uma forte experiência de fé e, a partir desse momento, sua vida começou a mudar. Santa Bertilla tornou-se sua santa de devoção, e ele iniciou uma belíssima caminhada espiritual, que, pela graça de Deus, seguimos até hoje. Hoje, meu marido é um grande divulgador da vida de Santa Bertilla. Conhecendo o homem que ele foi no passado, mal consigo dimensionar a grandiosa obra que Deus realizou em sua vida. Deus renova! É maravilhoso testemunhar

Sua misericórdia e bondade. Esse é um milagre pelo qual sou eternamente grata a vocês! Cristina

COLÔMBIA

3. TESTEMUNHO DE CONVERSÃO

3 de novembro de 2021

Carmen Elena Londoño Pimienta

Santa Fe de Antioquia – Colômbia

Conocí las hermanas Doroteas porque ellas participaban y animaban la Eucaristía en mi urbanización “Family”, allí tuve la oportunidad de conocer la hermana Marta Gómez y la comunidad, siempre me sentí escuchada, fue a la primera que le compartí sobre el diagnóstico médico que había recibido y enseguida me invitó a encomendarme a sus Santos. Visité su casa y me indicó la capilla donde tenían expuestas las reliquias de San Giovanni Farina y Santa Bertilla, allí oré a ellos, las hermanas fueron mi apoyo. Pocos días antes de que me habían diagnosticado un cáncer de tercer grado, mi madre se enferma, es hospitalizada y, el 27 de abril 2017 fallece: Tenía que pasar por dos dolores el fallecimiento

de mi madre y mi enfermedad. En un examen posterior me detectan cáncer de cuarto grado en el seno, un tumor de 6 cms, y el hígado con cuatro puntos de infección y en la columna. Me someto a las quimioterapias y posteriormente a radioterapias, después de cada terapia iba a la casa de las hermanas Doroteas, a la cual la hermana Marta me había abierto las puertas, no sólo de su casa sino, también de su corazón; siempre me invitaba al oratorio donde estaban las reliquias de San Giovanni Farina y Santa Bertilla, allí postrada ante ellas pedía por mi salud, oraba el santo rosario y al final me bendecía con las reliquias. Le puse toda mi fe, pensando y diciendo a la Santa “tú has tenido lo mismo” que me aqueja, ayúdame. Para el 2018 después de pasar desalientos por la baja de defensas, dolores, quimios, radioterapias, de llorar y de orar mucho a Santa Bertilla y S. Giovanni Farina, pero un día, estaba allí orando ante las reliquias pidiendo mi sanación y comencé a sentir un gran calor que me recorrió toda la columna, en ese momento experimenté que Dios me estaba sanando. En el mes de março me hice unos exámenes que me mandó el oncólogo Mauricio Luján, una gammagrafía ósea y una tomografía, cuando los analizó me dijo “no hay cáncer en columna”, fue confirmado también por el oncólogo Juan David Figueroa. Mi felicidad era inmensa y también bajó los

puntos de infección del hígado. En la actualidad continuo el tratamiento y estoy segura que nuestros santos intercesores continuarán su tarea, ellos han venido desde Italia para hacer maravillas en nuestras vidas y, para acompañarnos en todo momento, sé que es un proceso, pero para Dios “nada hay imposible”.

Doy gracias a Dios por mi “sanación de columna” pues los médicos me habían diagnosticado que muy pronto estaría postrada; actualmente tengo dolores, porque las quimios y las radioterapias me han afectado los nervios secundarios y los huesos del cuerpo, pero mi columna está bien sin cáncer. Continúo encomendándome a su intercesión y pido también oración a las hermanas. Soy una difusora de la devoción a Santa Bertilla, en particular a los enfermos, doy testimonio de que si bien esto no puede considerarse del todo un milagro porque aún continuo con la enfermedad en algunas partes del cuerpo pero tendentes a disminuir, según los análisis médicos, lo que si estoy segura que por su intercesión estoy obteniendo la gracia de una recuperación y sanación. Muchas gracias a ustedes hermanas y a todos los que oran por mí y por los enfermos, especialmente de cáncer, pues somos muchos los que padecemos esta enfermedad y, pocos los que aún continuamos viviendo, para dar testimonio de lo que Dios hace en nuestra vida. Gratitud. Carmen Elena

TRADUÇÃO

Conheci as Irmãs Doroteias porque elas participavam e animavam a Eucaristia na minha conformação “Família”. Foi ali que tive a oportunidade de conhecer a Irmã Marta Gómez e a comunidade. Desde o primeiro momento, senti-me acolhida e ouvida. Irmã Marta foi a primeira pessoa com quem compartilhei o diagnóstico médico que havia recebido, e, sem hesitar, ela convidou-me a confiar a seus Santos. Visitei sua casa e, com carinho, ela me mostrou a capela onde estavam expostas as relíquias de São João

Antônio Farina e Santa Bertilla. Ali, prostrada diante delas, comecei minha jornada de oração. Poucos dias após receber o diagnóstico de câncer de grau 3, minha mãe adoeceu, foi hospitalizada e, infelizmente, faleceu no dia 27 de abril de 2017. Tive que enfrentar duas dores imensas ao mesmo tempo: a perda de minha mãe e a descoberta da minha doença.

As Irmãs Doroteias foram meu grande apoio. Em um exame posterior, fui diagnosticada com câncer de grau 4 , um tumor de 6 cm na mama e quatro pontos de infecção no fígado. Depois de cada sessão de quimioterapia e radioterapia, eu buscava refúgio na casa das irmãs. Irmã Marta abriu não apenas as portas de sua casa, mas também de seu coração, sempre me acolhendo e conduzindo-me ao oratório onde estavam as relíquias.

Lá, eu rezava fervorosamente pela minha cura, recitava o Santo Rosário e, ao final, recebia sua bênção com as relíquias dos santos. Coloquei toda a minha fé em Santa Bertilla, pois sabia que ela havia passado por uma doença semelhante. Em meio a tantas dores, fraqueza e momentos de desânimo, continuei rezando e confiando. Até que, um dia, enquanto orava diante das relíquias, pedi a Deus minha cura e, de repente, senti um calor intenso percorrer minhas costas. Naquele instante, tive a certeza de que Deus estava me tocando. Em março de 2018, realizei novos exames solicitados pelo oncologista Mauricio Luján, incluindo uma cintilografia óssea e uma tomografia. Quando ele analisou os resultados, olhou para mim e disse: “Não há mais câncer na sua coluna”. A confirmação veio também do oncologista Juan David Figueroa. Minha felicidade foi imensa! Além disso, os pontos de infecção no meu fígado começaram a diminuir. Sei que é um processo e que minha jornada ainda não terminou, mas tenho a certeza de que nossos santos intercessores continuarão me acompanhando. Eles vieram da Itália para realizar maravilhas em nossas vidas. Para Deus, “nada é impossível”. Agradeço especialmente pela cura da minha coluna, pois os médicos haviam diagnosticado que eu ficaria incapacitada, mas, graças a Deus, isso não aconteceu.

Apesar dos efeitos colaterais das terapias, que afetaram meus nervos e ossos, minha coluna está bem, sem câncer. Sigo confiando na intercessão de Santa Bertilla e pedindo as orações das irmãs. Hoje, sou uma propagadora da devoção a Santa Bertilla, especialmente entre os enfermos. Ainda que minha cura completa não tenha sido confirmada, pois a doença ainda está presente em algumas partes do meu corpo, os exames mostram que ela está regredindo. Tenho certeza de que, por sua intercessão, estou recebendo a graça da recuperação. Muito obrigada a todos que oram por mim e por tantos que enfrentam o câncer. Somos muitos os que sofrem com essa doença, mas também somos testemunhas vivas das maravilhas que Deus realiza. Carmen Elena

COLÔMBIA

Cartagena

Minha pérola mais preciosa

CASA O BOM SAMARITANO

Santa Fé de Antioquia – Colômbia 10 de Dezembro de 2022

“Eu não conseguia conceber, assim diziam

família não era completamente feliz. Mas Deus, que é um Pai bondoso, ouviu nossa oração aflita e tudo aconteceu de maneira muito inesperada. Um dia, depois de participar da Eucaristia, ao sair da igreja, encontrei as Irmãs Doroteias que estavam cumprimentando minha família. Rapidamente, fiz amizade com elas e acabei compartilhando minha situação e a graça que sempre pedia em minhas orações. Elas imediatamente me falaram sobre Santa Bertilla e entregaram-me uma oração. Com muita fé, comecei a rezá-la todos os dias junto a meu marido, Felipe, e, poucos meses depois, engravidei. Hoje, nossa família é cheia de amor, unida e completamente feliz pelo maravilhoso presente que é nossa filha, Andrea Carolina, prestes a completar um ano de vida. Agora, espero meu segundo filho, graças à intercessão de Santa Bertilla e para a glória de Deus, a quem continuo rezando em agradecimento. A Ele confio minha casa, meus filhos, meu marido e minha vida. Santa Bertilla, intercede por nós!” Toda glória a Deus!

Esta imagem de Santa Bertilla foi elaborada pela Província do Equador e, em 2018, a Superiora Provincial, Irmã Elvira Villacís, como sinal de unidade e fraternidade, doou essa obra à Província da Colômbia no final do encontro interprovincial da América Latina e México. Atualmente, a imagem encontra-se na Comunidade do Bom Samaritano, em Santa Fé, pois a atividade pastoral e social realizada ali tem Santa Bertilla como modelo. Ela sempre demonstrou um zelo especial pelos mais necessitados e dedicou-se a levá-los a Jesus.

DECRETO Nº 021

PARÓQUIA SANTA MARIA BERTILLA

PEDRO RUBIANO SAENZ

ARCEBISPO DE BOGOTÁ E PRIMAZ DA COLÔMBIA

CONSIDERANDO

que os fiéis do Bairro Bosa Nova, graças à ação pastoral arquidiocesana, formaram uma comunidade cristã com o propósito de estabelecer uma paróquia no bairro...

DECRETA:

Fica erigida o segregado da paróquia de San Juan Nepomuceno, no Arciprestado nº 33, no Vicariato Episcopal da Santíssima Trindade, uma paróquia sob o título de Santa Maria Bertilla N° 276.

Bogotá, 14 de julho de 1995.

+Pedro Rubiano Saenz

Arcebispo de Bogotá

COLÔMBIA

VOCÊ SABE COMO DESCASCAR BATATAS, por Cristian Marín, Seminarista de Jericó Colômbia (20 de outubro de 2022)

O que um santo do século XX pode dizer a uma vocação sacerdotal do século XXI? Pode ele ajudar no discernimento e na formação? Certamente! Mantendo as devidas proporções, Santa Maria Bertilla torna-se um verdadeiro ponto de referência a ser seguido. É importante nos lembrarmos que a pergunta que marcou seu chamado foi simples e inesperada: “Você sabe descascar batatas?”. Diferentemente de outros santos que foram iluminados por grandes palavras ou ações, sua vocação foi moldada pela lógica do cotidiano. Se era fiel no pouco, seria fiel no muito. Se soubesse servir na cozinha, teria grandeza na enfermaria. Curiosamente, a Filha chegou aos altares antes do Pai. Poucas congregações têm a graça de ver esse sonho se realizar. Enquanto um parte para a eternidade, outro nasce para a missão. Enquanto um contempla a face de Deus, o outro O busca ardentemente.

Enquanto um se dedica à governança e liderança, o outro se consagra ao serviço e à caridade. Essa complementaridade amplia a visão e enriquece os horizontes da Igreja. Muitas vezes, a tradição conservadora dita que o Fundador deve ser canonizado antes de seus discípulos, como se a plenitude das virtudes residisse apenas na cabeça, e não também nos membros do corpo. No entanto, São Giovanni Antônio Farina,

do grande Pio XII quando a beatificou nem nas palavras do inesquecível João XXIII quando a canonizou? Definitivamente, o Reino pertence aos pequenos, aos humildes e aos simples. Jesus Cristo estava certo ao fazer essa afirmação. Dessa reflexão, podemos concluir que uma freira de hospital e de uma granja pode dizer mais do que um sacerdote em um púlpito ou um bispo em sua cátedra.

certamente se alegra ao ver suas filhas brilharem e levarem sua missão adiante. Cem anos após a morte, a “Páscoa” de Santa Bertilla, ainda nos perguntamos: É possível que uma simples freira esteja à frente de tantos sacerdotes, bispos e cardeais? Como pode uma jovem camponesa italiana tornar-se o lírio dos montes Berici? Figuras como Andrea Giacinto, Pio X e o próprio Giovanni Farina não estavam nos lábios

Cristian

Abertura do Centenário de Santa Bertilla, 20 de outubro de 2021 Betânia – Antioquia – Colômbia

Com grande alegria, o Jardim de Infância Paroquial de Santa Bertilla, em parceria com a Paróquia de São Rafael Arcanjo, celebrou a abertura do centenário junto à comunidade das Irmãs Doroteias. Esse pequeno grupo de crianças, carinhosamente batizado com o nome de Santa Bertilla, reflete o amor e o cuidado especial que ela sempre dedicou aos mais vulneráveis –as crianças pobres e doentes –, acolhendo-as com ternura e compaixão.

Essa imagem pode ser encontrada em Medellín na escola Santa Bertilla Boscardin, fundada em 1978, cuja memória honra a instituição e universaliza uma pedagogia presença e testemunho, vivendo de maneira “extraordinária no ordinário”, de modo que é o modelo para todos aqueles que fazem parte da comunidade educacional. A Santa continua sua missão... Atualmente, a escola tem 885 alunos, 58 professores e 10 funcionários de serviços gerais.

Na própria escola, essa imagem imponente pode ser encontrada no pátio principal da instituição, onde os alunos frequentemente se reúnem para momentos informativos, comemorativos e de oração.

HINO

Esse hino foi composto por: Ir. Gema Martínez V. E a adaptação musical por: Juan B. Ospina

Jubilosos unamos nuestras voces y al Colegio cantemos con amor celebrando las gestas de su historia, la nobleza exaltando de su fin.

Jubilosos unamos nuestras voces Y al Colegio cantemos con amor Celebrando las gestas de su historia, la nobleza exaltando de su fin.

Una santa entrañable es su patrona, es su nombre BERTILLA BOSCARDIN, flor Itálica que hermana en el espíritu y ennoblece esta niñez y juventud.

Suavidad y firmeza, excelso lema que al maestro cual norma ha de orientar y al alumno forjarlo en noble lucha más por ser y por saber, que, por tener.

Son sus aulas fructíferos talleres do la ciencia y la fe humanizarán el trabajo con la técnica y el arte, el progreso con la ciencia y el vivir Juventud de Colombia la esperanza Juventud de la Iglesia fiel pregona, Adelante que nuestro es el mañana Adelante generosa juventud.

Escola de S. Bertilla

COLÔMBIA

Depoimento de 18 fevereiro de 2022

Medellín, Colômbia, por irmã

Marta Edilia Gomez

HOJE EU POSSO VER, EU SOU UM MILAGRE DE SANTA BERTILLA

Quero contar a vocês uma das muitas coisas que Deus fez em minha vida. Voltarei a 1985, ano em que comecei a lecionar no Colégio “Santa Bertilla Boscardin”, na cidade de Medellín, administrado pelas Irmãs Doroteias, Filhas dos Sagrados Corações. A escola era tão jovem quanto eu! Em 30 de novembro de 1989, quando estávamos nos preparando para primeira celebração bertilliana, senti-me um pouco mal; à noite, senti um clarão na cabeça e tive de ir para a cama. Em 1º de dezembro, meus olhos apresentaram problemas, o que na época era chamado de “olhos chineses”. Fui ao oftalmologista, que me disse que eu tinha uma infecção, conjuntivite, e que minhas defesas estavam baixas...

Eu não tinha um diagnóstico claro e, por isso, vendaram meus olhos para deixá-los descansar. Que surpresa! No dia 8 de dezembro, tirei a venda para tomar banho e não conseguia ver nada; me senti muito mal, gritava como uma louca, meu marido me consolou dizendo que era um problema temporário e que não me preocupasse. Eles me levaram direto ao oftalmologista, fizeram um exame urgente e a opinião dele foi: “Essa senhora nunca mais verá”. Dos meus olhos escorreram líquido... e começou uma longa provação. A irmã Gemma Martinez me apoiou, e começamos uma corrente de oração pedindo a Santa Bertilla sua intercessão. Eu tinha apenas 25 anos de idade e três filhos, sendo que o mais novo tinha apenas 4 anos de idade. Então, entrei em uma grande depressão e chorava constantemente. Minha mãe, uma mulher de grande fé, me disse: “Filha, Santa Bertilla, como você pode ver nesta pequena imagem, tem olhos muito bonitos. Eu disse a ela para emprestar esses olhos a minha filha. Ela vai curar você”. Sempre oramos ao Senhor pelos milagres de Buga e Bertilla. Os exames começaram e a primeira cirurgia foi marcada para o dia 24 de dezembro, que consistiu na limpeza das córneas e na remoção dos olhos. então eles planejaram um transplante de córnea. Cheguei à clínica Leon XIII na sala de cirurgia; o anestesista me examinou, ligou para o oftalmologista e, com grande espanto, ele me disse:

“Senhora, o que você fez consigo mesma? Seus olhos estão limpos”. Embora eu não pudesse ver, em um salto caí da mesa. A enfermeira me disse para me acalmar e eu não fiz a cirurgia. No histórico médico que ainda tenho, está escrito: ‘Causas inexplicáveis fazem com que a cirurgia seja adiada’. As irmãs continuaram a orar e minha mãe, com aquela fé cega, fui para a Buga em 31 de dezembro; naquele mesmo dia, fiz um check-up médico e comecei a procurar um doador de córnea para planejar a próxima cirurgia. No entanto, durante o check-up, o médico me disse que meus olhos estavam ficando mais claros porque estavam cobertos por uma mancha branca que bloqueava totalmente minha capacidade de enxergar. Durante o mês de janeiro, a irmã Gema Martinez, em particular, continuou a orar e a me enviar mensagens de incentivo, dizendo que a escola estava esperando por mim. Fevereiro chegou e ela disse que me ajudaria com o inglês, que era a minha matéria. Nós duas nos preparamos e ninguém notou que eu não conseguia enxergar, e assim as aulas começaram. No final de março, o médico disse não saber o que tinha acontecido, mas meus olhos foram curados e eu pude voltar a trabalhar. Minha mãe voltou à Buga para agradecer e, na escola, continuamos a agradecer a Bertilla por sua intercessão para minha cura. Nos anos seguintes, passei por sete cirurgias nos olhos,

com a intercessão de minha Betilla, as orações e o apoio incondicional de toda a equipe das irmãs, me fez continuar a ver as maravilhas de Deus. Hoje, 32 anos depois, estou me aposentando da escola que me viu crescer profissionalmente, que foi meu lar, onde meus filhos estudaram, onde simplesmente deixei parte da minha história. Aproveito esta oportunidade para agradecer a Deus, em primeiro lugar, a Bertilla, ao Dr. Carlos Saldarriaga, que continua fazendo meus check-ups até hoje e que sempre me diz: “Você é um milagre”. A todas as Irmãs Doroteias que passaram ao longo desses 32 anos, incluindo Irmã Yolanda Coro, Irmã Andreina, Irmã Gema, Irmã Lucchina, Irmã Victorina, Irmã Nelly, Irmã María Ángela, Irmã Clara, Irmã Fabiola e todas as Irmãs que se tornaram minha família. A todas elas, OBRIGADA e que Deus as retribua. GLORIA MARIN

Testemunho de 5 fevereiro de 2022. Uma ligação surpresa do Canadá. Era a senhora Scolaro Bertilla Favaretto, nascida em Loreggia, de 96 anos, que vive no Canadá desde 1955. Com uma voz vibrante e cheia de alegria, ela expressava o desejo de se comunicar com as irmãs. Ela é uma leitora assídua do boletim “Caminhos de Luz” e encontrou nele o folheto “Nas pegadas de Bertilla”, que anunciava o centenário da morte de Santa Bertilla e o projeto de coleta de testemunhos.

Ela contou que sentiu uma força interior que a impulsionava a fazer algo, pois não podia guardar para si sozinha a grande alegria que experimentava. Na verdade, ela é filha de uma pessoa que recebeu um milagre e explicou que o testemunho desse acontecimento está registrado no livro Suor Bertilla Boscardin – Profumi di Paradiso (1928), incentivando-me a lê-lo.

Fui, então, ao arquivo do Instituto Farina e encontrei. E agora o compartilho para que possamos continuar a nos alegrar.

Uma alegre ligação telefônica

Scolaro Bertilla

Depoimento de 25 janeiro de 2022, por Sunidsh Bertilla, da Índia Eu sou Bella Pushparaj, de Chinnu Bhavan, Poovar T.v.m, Kerala, Índia. Eu não tinha uma casa, desejava muito tê-la, mas não tinha dinheiro. Sou membro de uma piedosa sociedade chamada Snehasena, e assim tive a felicidade de conhecer Santa Bertilla Boscardin. Com muita fé, comecei a rezar e iniciei a novena de Santa Bertilla. No dia da festa de Santa Bertilla, em 20 de outubro, demos início à construção, colocando a primeira pedra. Quando chegamos à metade da obra, ficamos sem dinheiro. Eu não sabia o que fazer e estava muito preocupada. Então, minha filha me disse: “Mamãe, vamos rezar juntas a novena de Santa Bertilla.” Assim, começamos a novena todos juntos e, no dia seguinte, uma senhora chegou trazendo o dinheiro, mais até do que precisávamos. Como forma de agradecimento, mandamos esculpir na porta de entrada da casa a imagem de Santa Bertilla. Depois disso, com um grande desejo no coração e com fé, rezei à Santa para que meu filho encontrasse um trabalho no exterior e pelo casamento de minha filha. Santa Bertilla atendeu a tudo o que eu desejei e pedi. Com muita confiança, agradeço a Deus Pai por todas as graças que Ele derrama sobre minha família por intercessão de Santa Maria Bertilla. Obrigada, Santa Bertilla, proteja-nos onde quer que estejamos.

Chegou uma senhora

ÍNDIA

Testemunho de 5 de fevereiro de 2022 da Pulluvila, cidade vizinha de Poovar

Muita gratidão à Santa Bertilla

1. Meu nome é Dona Shibu. Tenho três filhas e um filho. A segunda filha é Sara Bertilla, que foi milagrosamente salva por Santa Bertilla. Quando eu estava esperando o terceiro bebê, fui fazer um check-up

Quando viu o resultado do exame, o médico me disse: “Não vamos mantêlo, vamos abortá-lo porque a cabeça do bebê é muito grande e está crescendo; dentro da cabeça, há perda de fluido, então o intelecto não funcionará, e ele tem um buraco (furo) na base da coluna, por isso as pernas não se moverão mais. Além disso, ele não será capaz de urinar normalmente, e assim a criança ficará paralisada para sempre”. Senti uma grande dor em meu coração e, quando voltei para casa e contei tudo para minha mãe e, em desespero, ela correu para as freiras na igreja do convento. Ela chorou alto, uma freira a ouviu e imediatamente sugeriu que pedisse a proteção de Santa Bertilla. Minha mãe rezou e prometeu dar à criança o nome de Santa Bertilla. Então, começamos para rezar recitando a novena e pedindo sua intercessão.

Graças a Deus, quando a bebê nasceu, sua cabeça era normal, ela movia as pernas normalmente e era inteligente. Apenas teve uma pequena dificuldade relacionada à urina.

No resto, tudo estava normal. Agora, Bertilla está no primeiro ano do Ensino Fundamental e é uma ótima aluna. Por essa graça que recebemos do Senhor, seremos sempre gratos e devotos à Santa Bertilla.

Toda glória e honra a Deus, o Pai. Dona Shibu Chittuparabil

Poovar Pulluvila
Nasceu a menina
O mar de Poovar

2. Meu nome é Jestin Mary. Meu marido costumava trabalhar na estação ferroviária. Em 2015, outro senhor assumiu o escritório. Ele disse a meu marido que, nos anos de 2016-2017, haverá muitos empregos a serem oferecidos aos jovens, mas teriam que pagar uma cota de “3 lakh” (3 milhões) antecipadamente para poder entrar no emprego. Essa taxa seria devolvida após dois anos. Assim, com a mediação do meu marido, o dinheiro necessário foi cobrado dos jovens. Esse reembolso nunca aconteceu, eles não tinham trabalho e nem dinheiro. Percebemos que se tratava de fraude e roubo. Os pais dos jovens se rebelaram contra o diretor e meu marido. O culpado foi preso e levado para a prisão. Meu marido foi chamado pela polícia. Eu tinha muito medo de que ele fosse preso. Naquele dia, fui na novena de Santa Bertilla, na paróquia de Poovar. Rezei para a Santa com muita fé e confiança. De fato, meu marido foi inocentado da acusação de roubo. Então, ele voltou ao seu trabalho normalmente. Por essa graça recebida de S. Bertilla, seremos sempre gratos e dedicados. Nós, com toda a família, sempre participamos da novena e das orações noturnas que são feitas na paróquia em homenagem à Santa Bertilla. Obrigado novamente a nossa amada Santa Bertilla. Na fé, Jestin Mary Eraimanthura veedu Pulluvila

ÍNDIA

Testemunho de 5 de fevereiro de 2022. Sou o irmão da irmã Mini, Sheens Thazathucheruvil, ela é freira Doroteia, que mora na Índia. O nome de minha esposa é Bindu e temos duas filhas, Anna Maria e Angel Maria. Há 8 anos, moro em Roma, em Trastevere, com toda a minha família. Em abril de 2017, durante sexto mês de gravidez, minha esposa sentiu fortes dores abdominais e foi internada no hospital S. Camillo, em Roma. Após exames, o médico a aconselhou a fazer uma cesariana, caso contrário o bebê correria risco de vida. Ela foi submetida imediatamente à operação. O bebê pesava apenas 900 g e respirava mal porque seus pulmões não estavam suficientemente desenvolvidos. Eles imediatamente colocaram a criança na incubadora e ela ficou lá por três meses. Nesse meio tempo, começamos uma novena para Santa Maria Bertilla sugerida por minha irmã Ir. Mini, e as irmãs também se juntaram à nossa oração para interceder pela cura de nossa filha. criança. Depois de alguns dias, uma membrana também apareceu nos olhos da criança, com o risco de ela perder a visão. Continuamos a orar à Santa Bertilla com mais intensidade e fé. Depois de uma semana, a criança foi curada. O próprio médico declarou que isso era um milagre. Após 78 dias, nossa filha recebeu alta do hospital, pesando 2,100 kg e em boa

saúde. Hoje, Angel Maria tem 4 anos de idade e está crescendo bem. Por isso, agradecemos ao Senhor que, por intercessão Santa Maria Bertilla, nos concedeu essa graça. Agradecemos também a todas as irmãs que rezaram. Como gratidão, prometemos levar Angel Maria para ver a urna de Santa Bertilla, em Vicenza. Com gratidão, Sheens Thazhathucheruvi

A menina perderá a visão

Vista de Kottayam

1. Quero dizer mil vezes obrigada à Santa Bertilla por toda a ajuda que recebi. Eu era extremamente pobre e agora ajudo os outros, trabalhando em um grupo social que auxilia pessoas em vulnerabilidade social. Eu tinha dois miomas no útero, que pesavam 6,3 kg. Os médicos me disseram que poderia ser um tumor.

Fiquei com muito medo e procurei as freiras. Contei a elas tudo o que os médicos haviam me dito. Vendo meu medo e minha tristeza, as freiras me disseram: “Não tenha medo, reze para Santa Bertilla. Tudo ficará bem e você não terá nada de ruim. Nós também rezaremos com e por você”. Clamei por Santa Bertilla com muita fé e com todas as minhas forças. No dia da cirurgia, quando fui levada à sala de operação, senti que Santa Bertilla já estava lá, esperando para me ajudar. Removeram meu útero e os miomas, e os exames patológicos mostraram que tudo estava bem. Foi um verdadeiro milagre para mim. Por essa graça recebida por meio de Santa Bertilla, não sei como agradecer a Deus. Meu desejo é que todos possam experimentar a santidade da nossa Santa.

Santa Maria Bertilla, rogai por nós. Suni Nadathurapurayidam

Quatro depoimentos de 16 de março de 2022, Kalapurackal(H.) Muvattupuzha Kerala.

1. Depoimento. Como um anjo. Veio como um anjo em nossa família, realizou o milagre e depois partiu. Já passaram-se 27 anos, mas com as mãos postas e o coração cheio de gratidão, oramos à Santa Bertilla e lhe oferecemos um ramo de flores como agradecimento.Nós, Sherly e Thomas, somos os filhos mais velhos da família. Após nosso casamento, todos esperavam ansiosamente um bebê, com grande alegria e entusiasmo. No sétimo mês de gravidez, Tony nasceu prematuro. A mãe do pequeno recebeu alta e voltou para casa, enquanto o bebê, devido à sua condição delicada, foi colocado na incubadora. Ele permaneceu lá por 15 dias. O médico, vendo que o estado do bebê piorava dia após dia, avisou aos pais. A família correu para o hospital. Os avós ficaram do lado de fora do quarto do bebê, chorando e rezando. Aqueles que ficaram em casa começaram a recitar a novena de Santa Bertilla todos os dias. Desde que a Irmã Suni entrou para a congregação, nunca deixamos de orar à Santa Bertilla. Desta vez, a avó pegou a imagem de Santa Bertilla e rezou com fé e lágrimas nos olhos. O médico disse: “Fizemos tudo o que podíamos dentro dos limites da medicina”. Ao redor do bebê estavam presentes três médicos, duas enfermeiras, o chefe da

enfermagem, os pais, os avós e outros parentes esperando o último suspiro da criança. De repente, vimos entrar correndo uma freira vestida de branco, que pegou o bebê em suas mãos e bateu em seus pezinhos. Imediatamente, o bebê chorou e começou a respirar. A freira, assim como entrou, saiu apressadamente. Todos a viram, mas ninguém perguntou quem ela era. As enfermeiras pensaram que fosse uma de nossas parentes. A mãe (avó) procurou pela freira no hospital e até perguntou ao chefe da enfermagem, mas ninguém sabia quem era aquela freira.

A Irmã Suni, quando ainda era noviça, sempre rezava diante da foto de Santa Bertilla. Na mesma noite do ocorrido, ela teve um sonho no qual via Santa Bertilla curando um bebê à beira da morte. Quando acordou, soube que aquilo realmente havia acontecido no hospital. Hoje, Tony, o filho mais velho, milagrosamente salvo por Santa Bertilla, concluiu seus estudos e está trabalhando. Seu irmão Rony também já trabalha. Agradecemos ao bom Deus por todas as graças recebidas por intermédio de Santa Bertilla e oramos por todos aqueles que nos sustentaram com suas orações. Obrigado mais uma vez, Santa Bertilla.

Com afeto e gratidão, Sherly, Thomas, Tony, Rony, Thomas Kalapurackal (H.), Muvattupuzha

2. Depoimento

Em 13 de junho de 2009, nós nos casamos; depois de alguns meses, eu estava grávida e fomos ao hospital para fazer um check-up e o médico nos disse que seriam gêmeos. No sexto mês após uma doença, fui internada no hospital e dei à luz aos gêmeos. Como eles eram prematuros, o Senhor os levou. Tive sérias complicações com minha saúde e estive à beira da morte. Por meio das orações de todos, o Senhor restaurou minha saúde, mas eu estava com muita dor pela perda de minhas filhas gêmeas. Nesses momentos de tristeza, sentia a presença de Deus a meu lado. Um ano depois, fiquei grávida novamente. Então, dei essa linda notícia à minha irmã, Irmã Jansila Mary, e ela me entregou uma pequena imagem com a novena de Santa Bertilla. Comecei imediatamente a rezar a novena, continuando até o nascimento do bebê. As irmãs também rezaram por mim. Por graça recebida de Santa Bertilla, sem nenhum problema, dei à luz um menino, que se chama “Saffron”. Agora ele tem 9 anos. Pela intercessão de Santa Bertilla, Deus nos concedeu um filho saudável. Por isso, minha família e eu recorremos sempre à nossa Santa em momentos de dificuldade. Ela é um sustento para nossa vida diária. Mais uma vez, mil vezes obrigada a Santa Bertilla, nossa protetora. Dyna Ajilal Bindunivas, Varkala, T.V

3. Depoimento.

Louvado seja o Senhor!

Meu nome é Alen e minha esposa é Agnitta. Ambos somos médicos. Agnitta estava grávida de seis meses quando, em um exame médico, foi constatado que a circulação sanguínea da nossa bebê era muito lenta, fazendo com que seus batimentos cardíacos diminuíssem constantemente. Para salvar a bebê, no dia 21 de abril de 2021, os médicos decidiram antecipar o parto. Ela nasceu pesando apenas 590 gramas e foi imediatamente colocada na incubadora. Durante três meses, nossa pequena permaneceu sob cuidados intensivos e, após dois meses e meio, começou a respirar sozinha. Quando parecia que tudo estava melhorando, aconteceu o inesperado: de repente, nossa bebê não conseguia mais respirar sozinha e precisou ser colocada novamente na incubadora. Sua condição piorava e, diante da gravidade do quadro, ela recebeu o batismo ainda no hospital. Foi nesse momento que a Irmã Suni, da comunidade de Archana, nos entregou uma imagem de Santa Bertilla junto a novena, assegurando que as irmãs estariam rezando por nós. Juntos, começamos a rezar fervorosamente e colocamos a imagem da Santa na incubadora, pedindo sua intercessão pela cura da nossa filha. Também compramos uma vela para acendê-la durante a abertura do centenário de Santa Bertilla.

Com a bênção dos Sagrados Corações e a intercessão de Santa Bertilla, superamos todas as dificuldades. No dia 17 de dezembro de 2021, nossa bebê finalmente recebeu alta do hospital. Hoje, ela pesa 5 kg e está com saúde. Agradecemos a todas as irmãs que rezaram por nós, especialmente pela nossa pequena, e pedimos que continuem intercedendo por ela. Adoro-Te, Jesus, e Te agradeço! Muito obrigado, Santa Bertilla! Alen Thomas, Laly Thomas Maveli, Keezhmad, Aluva

4. Depoimento, de uma vila a 3 km de Aluva, Kerala. Ó Deus, eu Te louvo e Te adoro para sempre! Nikhil Sebastian é nosso filho de três anos. Certo dia, ele teve uma dor de cabeça muito forte, foi internado no hospital de Aluva, mas sua condição não melhorava – pelo contrário, piorava cada vez mais. Ele parou de urinar, e os médicos nos aconselharam a transferi-lo para outro hospital. Assim, levamos Nikhil para o hospital Lissy, em Ernakulam. Lá, foram realizados todos os exames possíveis, mas os médicos não conseguiram identificar a doença do nosso filho. Após quatro dias, as irmãs da comunidade Archana vieram visitá-lo. Nikhil não conseguia comer nada devido aos constantes vômitos. As irmãs deram-lhe um biscoito, mas ele logo o vomitou. Então, a Madre Superiora nos disse: “Não tenham medo, vamos rezar a Santa Bertilla e ela nos ajudará”. No dia seguinte, Nikhil conseguiu beber um copo de leite e sua febre desapareceu. Ele voltou a urinar normalmente e, dois dias depois, recebeu alta e voltamos para casa. Desde então, ele nunca mais teve nenhum problema de saúde. Acreditamos firmemente na intercessão de Santa Bertilla e seremos sempre gratos por essa graça.

Mais uma vez, obrigado, Santa Bertilla! Pedimos que continue nos ajudando sempre que precisarmos. Com devoção, Alphonsa Sebastian Keezhmad, Aluva

Depoimento de 23 março de 2022 de Sunidsh.

Convento S.H., Panpoli, Tamil Nadu, 2014
Convento S. Maria Bertilla, Archana
Chinnu Bhavan, Poovar Kerala, 2022
Comunidade S. Bertilla, Aluva, Querala, 2018
S. Bertilla, Igreja de São Bartolomeu, Poovar

ÍNDIA

Depoimento de 31 de março de 2022 de Sunidsh (Sr. Suni Kizhakkedath). Jovens com o nome “Bertilla”.

1 de abril de 2022: Arte e devoção. Foto em que se pode ver a devoção à Santa Bertilla e também a arte expressa na decoração colorida.

Quantas Bertillas…

ÍNDIA KERALA

Depoimento de 1 abril 2022. Envio de foto por Sunidsh. Santa Bertilla celebrada em diversas comunidades.

Por Suni Mathew, Paróquia de Poovar, festa de Santa Bertilla
Por Suni Mathew, Paróquia de Poovar, festa de Santa Bertilla
Por Mathew, festa de Aluva, Archana
Por Mathew Thirubala Sakyam. Crianças com Santa Bertilla
De Mathew, Festa de Santa Bertilla em Ap. Kuchipudi

PESQUISANDO NA WEB

Da Via dei Carri às Expansões Continentais

Ela, com seu ritmo singular, seguia pelos mesmos caminhos, continuaria a arar, semear e aguardar pacientemente pelo fruto. Se agirmos assim, seremos como um campo de trigo maduro. De tempos em tempos, também deveríamos nos pôr a caminho, pois sempre haverá uma cidade a alcançar, uma casa acolhedora e corações para amar. Dessa forma, viveremos com serenidade, e o peso da vida não nos esmagará, pois, no fundo, é apenas a saudade de Deus. Como Annetta em São Michele, entraremos em uma igreja para rezar e refletir sobre a misericórdia e o imenso amor de Deus por nós. Pois seguir a lei é uma coisa, mas ser como Ele é outra. E é exatamente isso que nos é pedido: transformar cada dia em um domingo contínuo. Um oratório, uma capelinha

Medellín, capital do departamento de Antioquia na Colômbia. Mais de 2 milhões e 500 mil habitantes.

Nesta cidade, foi fundada uma escola dedicada à Santa Bertilla.

Em Medellín, uma escola

Biografias: Omnia Vincit Amor!

A Civiltà Cattolica, Ano 76, 1925. No capítulo ‘Biografias’, é mencionado o livro de 1923, talvez o primeiro livro a falar sobre Santa Bertilla. “Omnia Vicit Amor” (em latim, “O amor vence tudo”).

Irmã Bertilla das Irmãs Mestras de Santa Doroteia, Filhas dos Sagrados
Corações de Vicenza (Omnia vincit amor) Ed. Vicenza, G. Galla, 1923
Arquivo Santa Bertilla de Vicenza
Santinhos dedicados à Santa Bertilla
Um ícone de Vicenza
Ícone. Obra de Alessandra Renzi Carlassare (1998)
Pintura de A. Missori
Santa Maria Boscardin. Óleo sobre tela de A. Missori, 205 cm x 300 cm, 1952 (Arquivo Santa Bertilla)
Santa Maria Bertilla, de E. Urbani
Livro ‘Santa Maria Bertilla Boscardin’. Uma freira para o pós-Concilio, de E. Urbani, Ed. Peretti, 1984. Pintura de Bepi Modolo na capa.
Livro: A Beata M. Bertilla de Caliaro
A Beata M. Bertilla Boscardin. Livro de D. L. Caliaro, 1952 (Arquivo Santa Bertilla).

Um Hino ‘ilustrado’ do outro lado do oceano.

Em Pádua, Santa Bertilla, de Carmelo Puzzolo

Igreja São Gregório (Magno), Altar-mor, Diocese de Pádua. Santa Maria Bertilla com o atributo do Crucifixo. Óleo sobre tela, 180 cm x 105 cm, pintura de Puzzolo Carmelo (artista do contexto emiliano), 1988. A obra está registrada no inventário dos bens históricos e artísticos da Diocese de Pádua.

Uma Bertilla santa do século VII

Santa Bertilla, abadessa de Chelles. Monja do século VII que viveu no monastério de Chelles, na França. Ela faleceu em 5 de outubro de 692. Festa comemorada em 5 de novembro.

Uma estátua de Sammartin

Uma estátua de Santa Bertilla do escultor vicentino de Montecchio Maggiore, Natalino Sammartin, 200 cm x 80 cm, de 1985, em pedra de Vicenza. Está registrado que a obra consta no inventário dos bens históricos e artísticos da Diocese de Vicenza.

Três artes gráficas

Santa Maria Bertilla
Santa Maria Bertilla
Escola Santa Bertilla

Here I am, Lord – Santa Maria Bertilla, 20 de outubro de 2018. “Para fazer a tua vontade, aconteça o que acontecer.

S. Maria Bertilla - The Catholic Network
História de Anita Boscardin

Uma vida: Santa Bertilla das ‘Hermanas Dorotee’. Para fazer conhecer Santa Bertilla ‘desconhecida’.

Santa Bertilla das “Hermanas Dorotee”
Quatro páginas da vida
Santa Maria Bertilla, uma pintura
Imagem encontrada também como Beata

Jacareí/São Paulo – Brasil por ocasião da festa de 20 de outubro.

Jacareí (SP),

– festa em 20 de outubro

É uma humilde camponesa – 18881922. Uma simples camponesa pôde demonstrar, com suas atitudes diárias, que mesmo sem êxtases, sem milagres, sem grandes feitos, o ser humano traz em si a santidade e a marca de Deus em sua vida. Se vivermos com pureza e fé, a graça

divina vai manifestar-se em cada detalhe da nossa vida. A prova disso foi a beatificação de irmã Maria Bertilla pelo papa Pio XII, em 1952, quando ele disse: “É uma humilde camponesa”. Maria nasceu em 6 de outubro de 1888, na cidade de Vicenza, na Itália, e recebeu o nome de Ana Francisca

no batismo. Os pais eram simples camponeses e sua infância transcorreu entre o estudo e os trabalhos do campo, rotina natural dos filhos e das filhas de agricultores dessa época. FILME: Caminho de chão Batido – Vida de Santa Maria Bertilla Boscardin.

Brasil
Um santinho e um vitral em honra de Santa Bertilla

LISTA DE LUGARES E DOCUMENTOS

Começando na casa natal

Brendola

Estou em Brendola, 29

Uma terra que fala “Bertilla”, 30

A casa natal, 31

Pesquisa na casa, 34

Do livro de visitantes, 35

Uma criança ao natural, 36

Graças recebidas, 37

Monumento a Santa Bertilla, 38

La Vie dei carri, 39

Tra Berici & Lessini, 40

Terra dos vinhedos, 41

Uma história de tantas histórias, 42

Local em que Annetta foi batizada, 44

Em São Valentino, um monumento, 46

O caminho da Santa, 47

Uma pintura de Mina Anselmi, 48

Vicenza e arredores

Annetta nasceu para voar, 53

Irmã Maria Bertilla, 54

Pesquisando na Casa Madre, 55

Em arquivo, 56

Primeiro livro “Irmã Bertilla”, de 1923, 57

Uma graça recebida, 58

Uma estatueta encontrada, 59

Escultura “Mi faccio santa io”, 60

Irmã Bertilla Boscardin de 1928, 61

A Serva de Deus de 1939, 62

Irmã Bertilla Boscardin de 1941, 63

O pastor, a freira e o sargento, 64

Diário espiritual de S. M. Bertilla, 65

Spiritual Diary of St. M. Bertilla, 66

O lírio dos Berici, 67

La Vie dei carri em quadrinhos, 68

Ecos do centenário do nascimento, 69

Um amor que dura no tempo, 70

Da infância ao “Tudo é nada”, 72

O amor passou na enfermaria, 73

Pequena chama dos Sagrados Corações, 74

O quarto livro de Retratos de Santos, 75

La Vie dei carri: A vida maravilhosa, 76

Três livros de Antonio Chiades, 78

A história de Annetta ilustrada, 79

Somente por amor: um caminho espiritual, 80

As três idades, 81

Um comentário botânico, 82

Casa Sagrado coração – Uma pintura, 83

Um Tondo e um esboço, 84

O Bom Pastor, 85

Uma pintura de Modolo, 86

Flor branca dos montes Berici, 87

Uma Santa de nossa casa, 88

Tondo de Franco Mastrovita, 90

A menina e a gansa`, 92

Aquele brilho suave nos olhos, 93

Um sino para o aeroporto, 94

Um esboço em tinta, 95

A Santa dos seculares, 96

Instituto Boscardin, 97

Pintura de Evelyn Astegno, 98

Cântico de don Giovanni Costantini, 99

Bertilla Antoniazzi e Santa Bertilla, 100

É um anjo, uma Santa!, 101

Seguindo suas pegadas, Maria Bertilla!, 102

Grandeza e humildade, 104

Uma pintura redescoberta, 105

Exposição da urna, 106

Reflexões de Vittorino Andreoli, 107

Hino “Tudo é nada”, 108

Uma exposição itinerante, 110

Procissão noturna, 111

2011: Um ano de eventos, 112

Baixo-relevo, 113

Estátua de Bruno Vedovato, 114

Bertilla para sempre, 115

Um catálogo, uma vida, 116

Monte Berico – O Santuário, 117

Villa San Giuseppe, 118

Villa Sant’Antonio, 119

Creazzo – O que ela pensa sobre isso?, 120

Montecchio Maggiore – O chapéu de seminarista, 121

Sovizzo – A pastora, o anjo das trincheiras, 122

Zovencedo – San Gottardo – Um afresco, 124

Altavilla Vicentina – Um comentário: Reza, 125

Gambellara – Um acidente de carro, 126

Arzignano – Uma pintura de Modolo, 127

Lanzè – História de um oratóriol, 128

Valle di Castelgomberto – “Quero me tornar santa”, 130

Cresole – Uma catequista, 131

Sandrigo – Um afresco na catedral, 132

Marostica – “Fui curada, vou para casa agora”, 133

Marostica – Uma pintura de autor desconhecido e a relíquia, 134

Asiago – No Planalto, uma estátua, 136

Cittadella – Ela continua a semear seus passos, 137

Marola – Uma imagem, 138

Schio – Uma obra sanguínea, 139

Schio – Uma escultura redescoberta, 140

Pojana Maggiore – Uma bela estátua, 141

No Vêneto

Annetta caminhou, 145

Treviso – Oásis de Treviso, 146

Treviso – Uma estátua, 147

Treviso – Ca’ Foncello – Uma obra de G. Lucchetta, 148

Treviso – Fiera – Jardim de infância, 149

Treviso – Em voo para o paraíso, 150

Treviso – O pão da caridade, 151

Treviso – Um artigo de jornal, 152

Fagarè della Battaglia – Três Santos de Treviso, 153

Canizzano – Um altar, 154

Mogliano Veneto – Uma igreja para Santa Bertilla, 155

Quinto di Treviso – Pesquisas de Michele Ervas, 156

Vedelago – Objetos encontrados: “Eu amo”, 158

Vedelago – Objetos encontrados: “A Beatificação”, 159

Vedelago – Objetos encontrados: “A Canonização”, 160

Zenson di Piave – Três Santos Trevigiani, 161

Arcade – A avó assistida pela Irmã Bertilla, 162

Caldiero – Um afresco em luneta, 164

Caldiero – Meu nome é Maria Bertilla, 166

Colognola ai Colli – Uma casa de repouso, 168

Veneza – Até hoje o ganso deixa suas pegadas, 170

Igreja do Veneto – Um afresco de Bepi Modolo, 171

Spinea – Agora sabemos quem tu és, 172

Noale – Depoimento de Leonilde, 174

Noale – Poesia: Obrigada, Bertilla!, 176

Noale – Retorno a Treviso, 178

São Martino di Lupari – Igreja de Lovari, 181

Marcon – Eles me cobriram com um lençol, 182

Pordenone – Sequals – Uma família devota, 184

Massanzago – Eis Bertilla, viva e saudável, 186

Viajando pela Itália

Agora, um povo inteiro, 191

Viggiù – Reflexões de Fabio Dal Lago, 192

Viggiù – Testemunhos de Vicenza, 198

Coccaglio – Velho agora... e ainda criança, 200

Ferrara – Volania – O centenário na escola infantil, 201

Modena – O jornal “Svegliarino”, 202

Roma – Trastevere – Da Índia, 203

Roma – Nomentano – Um altar para Santa Bertilla, 204

Roma – Tre Fontane – Santa Bertilla também chegou, 206

Cosenza – Mendicino – Depoimento de relíquias, 208

Cosenza – Um mosaico, 21

Crotone, Strongoli – Uma operação não realizada, 211

Crotone, Rocca di Neto – Santa Maria Bertilla, 212

Potenza, Calvello – Um pequeno oratório, 214

Terras Distantes

Annetta subiu a colina, 219

Espanha – Um esboço e uma relíquia, 220

Romênia, Oteleni – A coisa mais bela, 222

Romênia – Uma carta: “Eu sou Annetta”, 225

Romênia, Oteleni – Dois episódios, 226

Romênia, Roman – Bertilla, protetora dos cristãos, 228

Ucrânia – Após 70 dias de guerra, 230

Jordânia – Zarqa, 232

Jordânia – Hanina, 233

Togo – Togoville – A Santa africana, 234

Costa do Marfim – Santa Bertilla negra, 236

México, Guadalajara – Uma comunidade viva, 237

Brasil

Paraná – Curitiba – Depoimento de 2010, 238

Paraná – Curitiba – Uma estátua de madeira, 239

Paraná – Curitiba – Depoimento de 2021, 240

Maranhão – Testemunhos, 244

Maranhão – Itapecuru – Um ponto de táxi, 251

Maranhão – Barreirinhas – Um convento, 248

Pará – Igarapé – Um quadro e uma relíquia, 249

Pará – Belém – Comunidade de Santa Bertilla, 242

Pará – Benevides – Uma escola primária, 247

Pará – Curucá – Um centro de formação religiosa, 250

Espírito Santo – Uma estátua de Santa Bertilla, 252

Outros países das Américas

Venezuela – Vinha uma enfermeira muito bonita, 254

Equador, Cotundo – Quero ver minha mãe viva, 255

Equador, Mocha – Então nasceu uma linda menina, 256

Equador, Quito – Casa de Oração em Pichincha, 258

Equador – O maior presente, 260

Equador, Quito – Um parque e quatro testemunhos, 261

Equador, Durán – Contemplação de amor, 269

Equador, Paute – A menina será chamada Bertilla, 270

Colômbia, Santa Fé – Santa Bertilla me levou a Jesus, 272

Colômbia, Cartagena – Minha pérola mais preciosa, 278

Colômbia, Medellín – Hoje eu posso ver, 281

Canadá – Uma alegre ligação telefônica, 284

Índia

Kerala – Chegou uma senhora, 285

Poovar – Nasceu a menina, 286

Kottayam – A menina perderá a visão, 288

Kerala – Como um anjo, 290

Kerala – Devoção, 294

Kerala – Quantas Bertillas..., 295

Kerala – Fotos e testemunhos, 296

Pesquisando na Web

Ela, com seu ritmo singular, 301

Em Medellín, uma escola, 302

Biografias: Omnia Vincit Amor!, 303

Santinhos, 304

Um ícone de Vicenza, 305

Pintura de A. Missori, 306

Santa M. Bertilla, de E. Urbani, 307

Livro “A Beata Maria Bertilla”, de Caliaro, 308

Um hino ilustrado, 309

Em Pádua, Santa Bertilla, de Carmelo Puzzolo, 310

Uma Bertilla santa do século VII, 311

Uma estátua de Sammartin, 312

Três artes gráficas, 313

Santa Maria Bertilla na The Catholic Network, 314

História de Anita Boscardin, 315

Santa Bertilla das “Hermanas Dorotee”, 316

Santa Maria Bertilla – Uma pintura, 317

Jacareí (SP), Brasil – Festa de 20 de outubro, 318

Antonio Guidolin

Per puro amore (Por puro amor)

Ed. Leggimi outubro 2021

Santa Bertilla Boscardin

Pensieri (Pensamentos)

Ed. Leggimi outubro 2021

Outubro de 2021 – Dois livros para o Centenário

Accendete la candela … xè ora (Acenda a vela... está na hora).

Palavras dirigidas às irmãs antes de morrer. Óleo sobre painel de Arcangelo Persano 59 cm x 68 cm (2009)

Essa luz está brilhando há cem anos

Quantos outros lugares se espalharam pelo mundo nesses cem anos, e quantas vozes gostariam de contar ao mundo sobre seu amor por Santa Bertilla.

“Humilde filha da terra veneta”
Papa Giovanni XXIII

Lei de Incentivo à Cultura

Lei Rouanet

A presenta

P at rocíni o

CENTENÁRIO DE SANTA BERTILLA 1922-2022

EDIÇÃO BRASILEIRA – PATRIMÔNIO MÚTUO BRASIL-ITÁLIA

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