JORNAL NIPPAK ED 24 out 2013

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JORNAL NIPPAK artigo

São Paulo, 24 a 30 de outubro de 2013

doação

Grupo Sompo Japan faz doação para Kodomo-no-Sono

A Relação entre a satisfação do cliente e a geração de lucros arquivo pessoal

A

luci judice yizima

Associação Pró-Excepcionais Kodomo-No-Sono recebeu doação de 300 kg de alimentos não perecíveis, roupas e materiais de higiene pessoal e limpeza do Grupo Sompo Japan Insurance Inc., que está entre as maiores seguradoras do mundo. Esta doação foi possível mediante as ações promovida junto aos colaboradores das subsidiárias Yasuda Seguros e Marítima Seguros. A entrega dos donativos foi feita pessoalmente no dia 18 de outubro pela Nobuku Sakurada, esposa do presidente do Grupo Sompo Japan, Kengo Sakurada. Na ocasião, o Grupo Sompo Japan através de suas subsidiárias brasileiras, Yasuda Seguros e Marítima Seguros, também fez a doação de 50 mil reais para a entidade. Em entrevista exclusiva ao Jornal Nippak, o superintendente de Recursos Humanos da Yasuda Seguros, Celso Ricardo Mendes destaca a importância das ações sociais desenvolvidas juntos aos colaboradores. “A Responsabilidade Social é um dos pilares do Grupo Sompo Japan em sua atuação mundial”, afirma. “A Campanha Agentes Solidários vem para reforçar a importância de engajar nossos colaboradores em fazer parte desse tipo de iniciativa, além de contribuir com o excelente trabalho assistencial desenvolvido pela Kodomo-No-Sono em Itaquera na capital paulista”, ressalta Celso Mendes. Engajamento – Para o Di-

Grupo também doou R$ 50 mil através de suas subsidiárias brasileiras, Yasuda e Marítima Seguros

Entrega dos donativos foi feia por Nobuku Sakurada

retor Administrativo Financeiro da Marítima Seguros, Milton Bellizia Filho considera a Kodomo-No-Sono uma instituição séria, em atividade há mais de 50 anos. “A exemplo da atuação do Grupo Sompo Japan junto às causas sociais no exterior, já

bastante reconhecidas”, diz. “Essa campanha contou com um amplo engajamento por parte dos colaboradores, que se empenharam em contribuir para fazer valer a filosofia da Kodomo-No-Sono, de preconiza que ‘o ser humano vive graças à harmonia entre

todos os homens’”, finaliza Milton. As doações foram destinadas à Kodomo-no-Sono, entidade que cuida de portadores de necessidades especiais em Itaquera, Zona Leste da cidade de São Paulo. A instituição Kodomo-no-Sono foi fundada em 1958 e é reconhecida como a primeira entidade assistencial a abrigar portadores de necessidades especiais na capital paulista. Desde então, mais de mil internos puderam se integrar à comunidade por meio da terapia ocupacional e mental proporcionada por profissionais especializados. A entidade desenvolve programas de atividades que envolvem: cerâmica, horta, fertilizantes, culinária, música terapia e lavanderia. (Luci Júdice Yizima)

FRUTAS DAMATA ATLÂNTICA

2º Seminário discute manejo e cultivo de frutas nativas divulgação

A ABJICA (Associação dos Bolsistas da Jica – São Paulo) e o Instituto Florestal realizam nesta quinta-feira (24), no Auditório do Instituto Florestal, o 2º Seminário “Frutos da Mata Atlântica – O Sabor da Diversidade”. O objetivo é aprofundar nomanejo e cultivo de algumas frutas nativas, seu processamento e comercialização, sem perde de vista a importância dessas espécies na preservação do bioma. O evento é destinado a agentes públicos, pesquisadores, estudantes, comunidades e produtores rurais, além de indústrias alimentícias e consumidores em geral. Durante o evento, haverá degustação de produtos de frutas e exposição de fotos.

Primeiro seminário foi considerado um sucesso

Durante o seminario haverá degustação

Programação 9H: Abertura Das 9H30 às 10H: “Código Florestal” – Representante da CBRN Das 10H às 10H30: Café Das 10H30 às 11H: “Manejo e controle da mosca das

frutas” – Miguel F. de Souza Filho (IB) Das 11 às 12H: “Porque as florestas precisam de aves” – Mauro Galetti (Unesp – Rio Claro) Das 12 às 13H: Almoço Das 13 às 13H30: “Plantio, produção, processamento e

comercialização de cambuci” – Antonio Camilo Jr (Restaurante Senzala) Das 13H30 às 14H: “Plantio, produção, processamento e comercialização de uvaia” – Douglas Bello (empresário de agronegócios) Das 14 às 14H30: Café Das 14H30 às 15H: “Projeto PDRS” – Geraldo Lima Rodrigues Jr. (Aproate) Das 15 às 15H30: “Produção de frutas nativas em sistemas agroflorestais – Gilberto Ohta de Oliveira (Guapiruvu) Das 15 às 16H: Conclu­ sões e encerramento Das 16 às 16H15: Apresentação do livro “As Florestas e a Burocracia”, de Guenji Yamazoe (ABJICA) 2º Seminário Frutas da Mata Atlântica – O sabor da diversidade Quando: Hoje (24), das 9 às 16 horas

Onde: Auditório do Instituto Florestal (acesso pela Rua Luiz Carlos Gentile de Laet, 553) Entrada franca Informações pelo telefone: 11/2231-8555

Foi decidido que Tóquio será a sede dos Jogos Olímpicos em seguida à cidade do Rio de Janeiro. Acredito que, através desse fato, há mais pessoas com um sentimento mútuo de proximidade. Com a realização da Copa do Mundo de Futebol e os Jogos Olímpicos, muitos visitantes, ou “clientes”, deverão ir ao Brasil. Agora é o momento oportuno para se elevar, no Brasil, a capacidade de atendimento nos negócios, ou “setsugu(*)”, no idioma japonês. Na minha primeira coluna publicada entre 4 e 10 de julho, falei sobre as oportunidades de negócios geradas pelo sentimento “omotenashi”, uma atitude característica do Japão de perceber pequenas vontades da outra parte. Desta vez, fiz algumas considerações sobre o quanto podemos combinar o sentimento “omotenashi” com o caráter do povo brasileiro. A imagem que eu tenho dos brasileiros é que todos são alegres e amistosos, com um coração grande e pensamento positivo em relação aos acontecimentos. Meu parceiro de negócios sempre diz que o Brasil é, realmente, um bom lugar, com comidas saborosas e pessoas boas e que, futuramente, gostaria de viver nesse país. Ouvindo todas essas qualidades e pensando na personalidade dos brasileiros, imagino que seja impossível os brasileiros não manterem uma boa comunicação ou não atenderem bem às pessoas. Ao contrário, “setsugu”, deve ser uma especialidade do povo brasileiro. Mas, exatamente por serem “bons” nessa área, talvez os brasileiros não tenham consciência de que as chances de negócios se encontram por aí, sem ser tocadas. Para aproveitar essa qualidade típica nacional, de ser alegre e amistoso, nos negócios, é necessário considerar um ponto extremamente importante. Isto é aceitar o ponto de vista colocando-se na posição do outro, ou seja, de que “a outra parte vai me aceitar”, partindo da posição de que “sou eu quem está fazendo”. Na verdade, os japoneses são um povo que se preocupa extremamente com “a opinião dos outros”. Esse é um ponto fraco, mas em “setsugu”, muitas vezes “a preocupação em relação ao outro” aparece como um ponto positivo. Por exemplo, suponhamos que você vai comprar um produto alimentício. A posição do vendedor é “estou vendendo um produto desejado pelo consumidor”, mas, a posição do comprador é “estou comprando, pagando-lhe com o meu precioso dinheiro”. Um único ato difere dependendo de onde você está vendo o fato. Executar o mesmo ato, vendo do ponto de vista do outro, muda a satisfação do cliente em 180 graus. Segundo uma pesquisa, uma pessoa satisfeita por ter feito compras em uma determinada loja transmite esse fato para, em média, 4 a 5 pessoas, aumentando, assim, o número de fãs dessa loja. Mesmo não se fazendo propaganda, forma-se uma corrente em que os clientes chamam outros clientes. Contudo, dizem que uma pessoa que sente insatisfação fala coisas negativas para uma média de 12 pessoas. Porém, os clientes que se queixam diretamente à empresa ou à loja perfazem somente 4%. Os restantes 96% se distanciam sem dizer nada. E, ainda segundo dados de pesquisa, 94% destes 96% que se distanciam nunca mais voltam a utilizar esse esta-

Rieko Matsuoka

belecimento. Mesmo que o empresário faça investimentos em instalações e gaste dinheiro em publicidade, todos esses empenhos serão em vão. Então, que efeitos positivos ocorrerão com a obtenção da satisfação? Vejamos a história de um guia de turismo de viagens. A empresa em que ele trabalha é uma companhia de recursos humanos que envia guias de turismo para grandes agências de viagens. Vendo os questionários respondidos pelos usuários, havia um guia cujo grau de satisfação dos clientes era de apenas 20% a 30%. É uma porcentagem bastante baixa. Pensando nos dados sobre satisfação e insatisfação referidos anteriormente, o guia é um recurso humano que pode trazer prejuízos à empresa. Desta forma, foi dado um treinamento sobre “setsugu” para o mencionado guia. A atitude tomada pelo guia turístico foi trocada por uma atitude vista a partir da posição do cliente. O guia aprendeu a tomar atitudes colocando-se na posição do cliente, começando pela mudança no modo de falar às pessoas. Por exemplo, não dizer “Falei os itens de observações.”, e sim, “Os clientes entenderam os itens de observação.”. Enfim, ele conseguiu o maior objetivo que é mudar o pensamento de “Ciceroneei a viagem dos clientes.” para “Os clientes apreciaram a viagem.” E, assim, nos questionários respondidos pelos clientes um mês depois, o progresso foi tanto que o grau de satisfação em relação ao guia foi de 80% a 90%! Executando as mesmas ações, mas mudando um pouco o ponto de vista, os métodos de expressão mudam. No início, o mencionado guia perdeu a autoconfiança e não conseguia mais realizar o trabalho com prazer, caindo num círculo vicioso, mas, desta vez, aprendendo o “setsugu”, chegou até mesmo a sentir orgulho de sua função. E, naturalmente, não é necessário dizer que chegaram mais pedidos, gerando mais lucros e contribuindo enormemente à empresa. O caráter do brasileiro, alegre e amistoso, é um ponto fortíssimo em “setsugu”. “Pensar nos fatos colocando-se na posição do cliente” de modo a fazer valer esse ponto forte deverá se tornar a chave da oportunidade de negócios. (*)*”Setsugu” significa capacidade de receber ou tratar bem as pessoas. Expressa, de forma concreta, os sentimentos em relação a outras pessoas em uma ampla faixa que abrange desde a etiqueta até a comunicação. Rieko Matsuoka Representante da R-onward Departamento de Formação e Consultoria K.K. Active Solutions Contato: 1-16-11-1104 Senzoku, Taito, Tokyo 111-0031 inquiry@r-onward.com


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