IMPERDIVEL - 99

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Sociedade

SAAJ de Marracuene é apetrechada

IMPERDÍVEL REVISTA

Onde Mora a Chama da Esperança

Periodicidade Semanal Director Editorial: Gervásio de Jesus Ano IlI Edição nº 99 Sabádo,13 de Junho de 2020 Av. Karl Marx nº 1975 – RC Contactos +258 84 57 45 041; +258 84 55 27 437 Email revistaidolo@idolo.co.mz www.idolo.co.mz

BANDA KAKANA REANIMA INTERNAUTAS

Sociedade

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BCI oferece equipamento de protecção aos profissionais de saúde

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Sociedade

UNICEF alerta necessidade de atentar para crianças


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Sabádo,13 de Junho de 2020

COMUNICADO

COMUNICADO COVID-19: Fraudes através do telefone celular aumentam no país O INCM, Autoridade Reguladora das Comunicações, informa a todos os consumidores e utilizadores dos serviços públicos e privados das comunicações que, no país, tem crescido, nos últimos momentos, e de forma exponencial, o número de casos de burlas com recurso ao telefone celular. Crimes de vária ordem, como a extorsão de valores com promessas de emprego, através de contas bancárias, bem como de contas de moeda electrónica (MPesa, mKesh e e-Mola), incluindo as da Internet, têm sido recorrentes. Esquemas de burla, com a ajuda dos quais certas pessoas se fazem passar por gestores de contas bancárias e de portadores de encomendas acrescem-se às situações acima relatadas. Assim, o INCM alerta a estas situações, entre outras, principalmente quando se recebe chamadas ou mensagens de pessoas estranhas, e apela a todos os consumidores e utilizadores de serviços de comunicações para que estejam atentos e colaborem na denúncia dessas burlas e de outros crimes praticados via telefone celular, visando o seu desmantelamento, bem como o reforço da segurança do cidadão. INCM Gabinete de Comunicação e Imagem

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(+258) 21 227 100 +258 823283850 (+258) 842923603 Fax: (+258) 21 016 211 info@incm.gov.mz gsi@incm.gov.mz gcimagem@incm.gov.mz

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Já a venda nas bancas

FICHA TÉCNICA

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MAPUTO - MOÇAMBIQUE

Director Editor Gervásio de Jesus gervasiodejesus@yahoo.com.br Redacção Gervásio de Jesus, Filomena de Jesus e Dalton Sitoe Colaboradores Samuel Sambo e João Chicote Paginação Cláudio Nhacutone

Web master Paulino Maineque Marketing Hélia Panguiwa e Nestor Arcanjo Endereço Av. Karl Marx nº 1975 – R/C Contactos +258 87 552 7444; +258 84 574 504 1; +258 84 55 27 437 Email: idolorevista@gmail.com revistaidolo@idolo.co.mz www.idolo.co.mz

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Poesia

Diva de Costume Local 2 No átrio fogão do hábito faz Em 3 pedras lareira à lenha ardendo Relíquia de cozinha perfaz Pura “karakata” amassando “Epiya” de barro mitos desfaz Gostosa sua prole cuidando! Do coração sua beleza trilha A ela cozinha típica fortalece Sabe-se o quanto a diva brilha Linda nata não desfalece Formosa mãe, tudo, filha Costume local sempre enaltece!

(Rose Moreira, Maputo, 28/04/2020)

Beleza e Pureza no Olhar! Edificantes, Com beleza no olhar encontrá-las-eis Desafiantes, Seus olhares seguir-vos-ão Foco-sonhantes, Em sua paz bussolar-vos-eis Sapientes, Olhos do mal afastar-vos-ão Eficientes, Em seus olhares guiar-vos-eis Confiantes, A bom porto levar-vos-ão!

(Rose Moreira, Maputo, 19/05/2020)


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Poesia

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Na Beleza da Paisagem! Abraço lindo quanto elas Pureza da natureza eleva Oh quanta beleza! Decalque de traços delas À lagoa imagem lírica leva Oh quanta paisagem! Cor, sorriso e alegria nelas Fim ao que fazer se não deva Oh quanta beleza! Saúde e imunidade das belas Mulher-natureza tudo salva Oh quanta beleza da paisagem!

(Rose Moreira, Maputo, 20/05/2020)

Eid Mubarak, Mulher Mubarak! Com sacrifício, adoração e oração Mãe Mubarak, abstinente firme Longos dias e noites em contenção Ramadan todo a confirme Eid Mubarak de coração Mulher Mubarak se afirme Beleza eleita em perfeita decoração Humildade à humanidade reafirme Perdão e oferendas sem ostentação Aos que precisam em terra-firme Mulher Mubarak tem a consolação Onde sua dignidade se reconfirme!

(Rose Moreira, Maputo, 24/05/2020)


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BIOGRAFIA

Biografia de Glória Muianga

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Glória Américo Fungate Muianga nasceu na cidade de Maputo, a 1 de Fevereiro de 1951. Aos seis anos de idade tornou-se órfã de mãe, numa altura em que a sua irmã mais nova, entre cinco, tinha alguns dias de vida. O seu pai, que era electricista de uma unidade sanitária, teve de educar as cinco meninas, menores de idade. Para tal, contou com ajuda de algumas freiras da enfermaria na qual trabalhava e familiares que cuidaram da mais nova. As mais velhas foram inscritas num colégio destinado a pessoas desfavorecidas. Naquele colégio, o tratamento não era dos melhores, o que fez com que sua avó as retirasse. O seu pai conseguiu, mais tarde, vagas na Casa de Educação da Munhuana. A instituição só admitia crianças com uma certa idade. Isso obrigou as meninas a esperarem pela irmã mais nova adquirir alguns “anintos”. E depois foram todas para o centro. Foi naquela Casa, que albergava crianças de todas as raças e estratos sociais, onde Glória Muianga teve a sua instrução. Na Munhuana, aprendeu algumas tarefas domésticas e actividades como teatro, canto e a tocar alguns instrumentos musicais. “Passámos mal, isoladas e longe da família. Mas isso ajudou-me. Hoje sou a pessoa que sou e sei fazer um pouco de tudo. Quase todas as minhas ex-colegas do colégio são pessoas com uma postura batalhadora e abertas a aprender, graças à educação que recebemos”. Glória trabalhou como administrativa, foi aspirante na função pública e, mais tarde, foi funcionária numa biblioteca na Universidade de Lourenço Marques (actual Universidade Eduardo Mondlane). Com o golpe de Estado em Portugal, a 25 de Abril de 1974, tornou-se possível mudar de emprego e Glória por acaso foi parar na Rádio Moçambique (RM), muito longe de pensar que tinha jeito para ser locutora. Na RM, por causa dos turnos, viu-se obrigada a interromper os seus estudos e começou a dedicar-se apenas ao trabalho, numa época em que se vivia a euforia da Independência e uma nova experiência. “Deixámos os estudos e dedicámo-nos à revolução e à própria rádio”. Vinte anos depois, voltou para a escola por via do Instituto Comercial, onde se formou em Contabilidade. Mas não chegou a abraçar aquele ramo. Recebeu alguns convites, mas preferiu ficar na rádio por ser a profissão que melhor sabe fazer. A primeira vez Chegou à RM como administrativa, numa altura em que se exigia muito dos jovens, uma vez que grande parte dos profissionais havia deixado o país e era necessário preencher as vagas existentes. Nos primeiros dias mandaram-lhe escrever um texto sobre a Independência de Moçambique. Escreveu tudo que sabia. Disseram-lhe para ir ao estúdio ler o que havia escrito. Apesar de, na altura, não achar a sua voz adequada, meteu-se no estúdio e fez a prova. Quando saiu da cabina sentiu uma boa sensação do teste e decidiu que queria ser locutora para o resto da vida. Passados alguns dias, saíram os resultados e ela tinha sido apro-

vada para estagiar. O tempo de aprendizagem era muito longo, porque tinha de se seguir os passos dos mais velhos nos primeiros seis meses, só depois é que se faziam as gravações no estúdio. Glória passava praticamente os dias na rádio, não tinha horas para entrar e muito menos para sair. Mas pouco importava, ela tinha sede de aprender. Depois, destacou-se com o programa radiofónico “Uma Data na História”, que contava história sobre os países e acontecimentos no mundo. Os assuntos pouco diziam respeito à Moçambique, porque o país acabava de se tornar independente e a informação era escassa. Apesar das dificuldades, trabalhavam com as informações de que dispunham e, paulatinamente, foram fazendo um acervo com informação e música sobre a realidade moçambicana. Nas datas mais importantes do país, a RM tinha de estar na vanguarda. E, consequentemente, ela também. Era sempre a “vítima”: “Glória vai para ali e acolá”. Foi, também, destacada para apresentar sessões de gala quando havia visita presidencial. Foi uma actividade que teve de aprender praticando, e com ajuda de ministros, porque não havia escolas para ensinar a apresentar, e o Presidente Samora Machel era muito exigente. Mãe de dois filhos (agora casados), um dos quais o ex-futebolista internacional e da Selecção Nacional, Mano-Mano. A locutora tem uma carreira que se confunde com os anos da Independência de Moçambique e é conhecida como a mulher de voz bela e melodiosa. A sua voz é das mais reconhecidas no país. Quem vive em Moçambique convive com ela todos os dias, afinal de contas quem durante uma chamada telefónica nunca ouviu frases como: “neste momento, não é possível estabelecer a ligação que deseja”; ou “o seu crédito é insuficiente para realizar a chamada. Por favor, recarregue o seu cartão”


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OPINIÃO

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Reabertura Precoce das Instituições de Ensino:

Relaxamento do Estado de Emergência ou Propagação da Covid-19! Por: Roseiro Mário Moreira Comunicador de ciência, formado em Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e Relações Internacionais e Diplomacia, é também docente e escritor. As razões que levaram o Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, a usar das suas nobres competências de mais alto magistrado da nação moçambicana decretando o primeiro Estado de Emergência que vigora no país desde o dia 1 de Abril de 2020, conhecido por dia da mentira, não são e nunca compuseram mentira alguma. Essas razões, mais do que prevalecem, vão hoje aumentando de forma galopante e apavorante conforme elucidam os números lançados oficialmente todos os dias pelo Ministério da Saúde. Entretanto, de várias incertezas o país se vai trajando à mistura com incumprimentos e violações do Estado de Emergência, facto notório nas atitudes quer de cidadãos quer de instituições públicas e privadas. Em muitos aspectos da implementação do Estado de Emergência, a desobediência individual e institucional prossegue afrontosa ao comando presidencial! Nessa senda de desobediências afigura-se-nos que haja recados anónimos e não anónimos arrojando argumentos em prol de algum relaxamento das medidas do Estado de Emergência, incluindo a reabertura das instituições de ensino para que o sector de educação volte a cumprir o seu papel de formar o “homem novo e empreendedor”. Sim! O seu papel de formar e não deformar com alternativas pretensamente paliativas de ensino não presencial (entre elas o uso de plataformas digitais e audiovisuais) os quadros de que o país tanto necessita para continuar a alavancar o seu futuro em bases robustas de conhecimento. Melindrado pelo alegado relaxamento das medidas que se esperam em Julho próximo para o sector da educação, como vai sendo comentado aqui e acolá, e observando que as projecções de propagação do coronavírus caminham já para mais contaminações comunitárias partilho neste escrito algumas sensibilidades sobre o assunto que podem ser um microcosmos dos receios da sociedade quanto a uma precoce reabertura total ou parcial das instituições de ensino. Através do que ousei denominar por “entrevista livre” com uma única pergunta: "o que acha da reabertura total ou parcial das instituições de ensino no país face ao aumento de casos positivos de Covid-19?" obtive um coro de negação ao reatamento precoce das aulas na modalidade presencial, porquanto as escolas, os institutos e as universidades não dispõem de condições de espaço, equipamento e higiene para suportar confortavelmente as medidas de prevenção. Ademais, apontam os entrevistados, não bastará reabrir por exemplo as escolas primárias e secundárias para as classes com exames ou as universidades para os estudantes do último ano

ou em fase de preparação das suas dissertações de fim de curso. É preciso equacionar ainda as condições de acesso a esses estabelecimentos desde o domicílio dos alunos, estudantes e professores, incluindo os comummente abarrotados transportes públicos. Agradecendo a todos os que interagiram comigo sobre esta questão corroborando com esse “Não” à reabertura precoce das instituições de ensino, enquanto não for debelada a ameaça de infecções em massa pelo “novo coronavírus”, protejo a sua identidade tratando-os na generalidade sem evocação dos seus nomes. Entrementes, essa posição alargada de boa parte da sociedade reitera tal-qualmente o facto de a modalidade de ensino virtual estar a mostrar-se impraticável para as condições gerais de Moçambique visto como um todo e não o Moçambique dos perímetros urbanos onde moram e parece que se circunscrevem as suas elites, os cérebros das assessorias presidenciais e ministeriais e os inquilinos nacionais e provinciais do topo da pirâmide de gestão da coisa pública. De acordo com uma professora de filosofia na Escola Secundária da Ponta-Gea, na Cidade da Beira, a segunda maior urbe moçambicana, é neste momento de pouca valia senão mesmo veementemente condenável qualquer pensamento que exista sobre o retorno às aulas presenciais a julgar pelo já galopante ascender dos casos positivos de infecção pelo coronavírus. Esse inimigo invisível que aliás tomou Nampula como o primeiro reduto de contaminação comunitária. De desabafo em desabafo e copiosamente entristecida por saber perfeitamente de que instituições de ensino se trata a fonte sentenciou: "Estar-nos-emos a matar a nós mesmos, se é que assim se pode dizer! Essa pode ser uma ida sem volta!" A filósofa ao serviço da educação pública em Sofala é secundada por um quadro superior de Produção Escolar na Direcção de Educação da Cidade de Maputo que ajuntou: "Muito preocupante! Não estamos preparados para resolver problemas de contaminação comunitária", acepção reforçada por quadros seniores de diferentes instituições incluindo Ministérios que alertam: “Ainda não estão criadas as condições de saneamento e higiene nas escolas”. Um vídeo posto a circular nas redes sociais e que me foi enviado em resposta à minha única pergunta da entrevista livre mostra um cenário desejável de uma sala de aulas em tempo de prevenção da Covid-19. Numa aula a decorrer na sala, para além de todos os alunos estarem bem protegidos com as máscaras faciais, as suas carteiras estão dispostas a 1.50 m de distância uma das outras e cada uma comporta a sua “Viseira” em forma de caixa sobreposta a três lados da mesa, como um acessório especifica-

mente acrescido ao mobiliário escolar em face da Covid-19. Escusado é referir que cá entre nós estejamos bem longe de sonhar com esse “luxo” uma vez que, segundo nos recorda outra funcionária de educação, desta feita numa instituição religiosa “em Moçambique há alunos partilhando ou sem carteiras e até os que estudam em baixo de árvores” O debate é aceso e acesa deve ser a análise deste assunto de reabertura total ou parcial de instituições de ensino enquanto a propagação do novo coronavírus não for vencida e o Estado de Emergência levantado. Não será compreensível, observa outro entrevistado, a reabertura de escolas que por natureza são palcos de aglomeração necessária de pessoas enquanto se mantem limitado o acesso a Igrejas e Mesquitas igualmente locais de aglomeração de pessoas, apenas com a diferença de umas serem estudantes e professores e outras serem crentes e clérigos. Para uns até seria melhor começar-se pelo relaxamento quanto ao acesso aos locais de culto das instituições religiosas pois: “Precisamos de nos aproximar a Deus neste momento de muita incerteza! Busquemos a Deus para nos ajudar a sair da situação actual em que o mundo se encontra”. No mesmo diapasão lamentam-se outras vozes sentenciando com aguçada indignação que: “Não podemos ir à Igreja e às cerimónias fúnebres de familiares mas podemos estar juntos na escola? De que distanciamento social se estará a falar? Cairá o apelo do Fica em casa? Na escola ou universidade vem sempre aquela tentação de conversar, encostar, tocar um ao outro! E o professor vai falar de máscara durante os 45 minutos? A reabertura, com os casos a subirem, será negativa! Não imagino o seu impacto, e todo esforço do governo e dos cidadãos até aqui terá sido em vão!” Os entrevistados livres sublinham a existência de muitos factores a desfavor da retomada precoce das aulas presenciais. As instituições não estão preparadas para o que a Covid-19 impõe ao sector da educação. O número de alunos ou estudantes por sala e as dimensões destas dificultam o cumprimento do distanciamento recomendado, como afirmou uma mãe de uma menina da 5.ª classe em Maputo cuja turma é de 50 alunos. Reconhecendo que “a pandemia bateu na porta e entrou” esta mãe fecha com um veemente Não à reabertura precoce das escolas e desculpabilizando quem quer que seja alerta: “Não é de hoje pra amanhã que o Estado vai aumentar o número de salas! Temos é que estar firmes seguindo todas as orientações do governo para o combate desse vírus e evitarmos uma dor maior”! Em devido tempo serão abertas as escolas sem o perigo de que representem algum risco


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SOCIEDADE

BIOFUND acciona plano de emergência O Conselho de Administração da BIOFUND aprovou na sua última sessão um plano de emergência no valor de cerca de três milhões de dólares para ajudar a mitigar os impactos económicos da COVID-19 no sector da conservação. Este apoio destina-se a ajudar a manter nos seus postos de trabalho 950 dos cerca de 1600 fiscais do sistema nacional das áreas de conservação, de modo a garantir a preservação da biodiversidade do país numa fase em que os impactos económicos da pandemia da COVID-19 atingem seriamente o sector da conservação. Em Moçambique, os sectores mais afectados, com as medidas extremas que houve que adoptar para conter o alastramento das infecções com o novo Coronavírus são os do turismo, da restauração e a indústria hoteleira. De acordo com dados recentes, mais de 22 000 pessoas que trabalham para

entidades de recreação e turismo em Moçambique perderam os seus empregos. No entanto, a redução de pessoal efectivo na linha da frente, não pode ser opção para o Sistema Nacional das Áreas de Conservação, onde a salvaguarda dos bens naturais em protecção tem de ser permanente. Sem o corpo de fiscais, o abate de espécies faunísticas ameaçadas e o corte ilegal de madeiras preciosas pode voltar a subir a níveis ainda mais altos do que os que conhecemos num passado recente. No sector público é improvável que se verifique esse desguarnecimento das Áreas de Conservação,

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uma vez que a maioria dos fiscais, guardas e agentes que aí prestam serviço são funcionários do Estado ou trabalham com contratos que não podem ser sumariamente rescindidos independentemente da situação de crise. O mesmo já não se pode dizer do sector privado onde a não entrada de nenhumas receitas pode determinar despedimentos de pessoal excedentário ou suspensão temporária dos respectivos contratos. Actualmente, o sector privado gere 67% da área de protecção formal no país, representando aproximadamente 14 milhões de Hectares. Mais da metade dos fiscais do país são empregados pelo sector privado. Paradoxalmente, este sector não é geralmente contemplado nas medidas de mitigação dos impactos económicos do COVID-19 pois as entidades responsáveis pela sua gestão, sendo de fins lucrativos não constituem prioridade na distribuição de fundos de emergência, não obstante

a importância significativa das áreas que elas administram, para as metas nacionais da conservação da biodiversidade. O plano de emergência que a BIOFUND acaba de adoptar comporta duas fases: uma fase inicial, de aplicação imediata, onde há disponibilização de um fundo de apoio não reembolsável a operadores de conservação privados, para cobrir o pagamento de três a seis meses de salário aos fiscais; e uma segunda fase com a concessão de apoios reembolsáveis e não reembolsáveis para o pagamento de salários e outras formas de apoio às áreas de conservação. O valor total deste Fundo de Emergência poderá atingir os 3 milhões de dólares nos próximos 6 a 18 meses. A BIOFUND que com os apoios que canaliza para as áreas protegidas sob gestão do Estado já beneficiava cerca de 5 milhões de hectares do território nacional, vai passar a apoiar cerca de 19 milhões de hectares.

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SOCIEDADE

COVID-19

BCI oferece equipamento de protecção aos profissionais de saúde O BCI efectuou, na sede do Ministério da Saúde (MISAU), a entrega oficial de um lote de equipamento médico diverso de protecção, no âmbito do combate à pandemia do novo Coronavírus. O material, a ser usado pelos profissionais da saúde, faz parte de um conjunto mais alargado de kits a serem doados pelo Banco, em todo o país, num investimento avaliado em 4 milhões de meticais. Em reacção ao gesto, o ministro da Saúde, Armindo Tiago, que recebeu a oferta, agradeceu e referiu que o mesmo

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chegou em momento oportuno e poderão contribuir para minorar os efeitos da doença entre os profissionais de saúde e a comunidade médica uma vez que o número de casos positivos tende a aumentar. Trata-se de um conjunto de material constituído por unidades de equipamento médico

de protecção, que inclui fatos, botas, toucas, aventais, batas e sacos de uso hospitalar, elementos identificados pelo Ministério da Saúde como importantes para o momento actual. O administrador do BCI, Pedro Reis, assegurou que através da vasta rede de agências do BCI e em resposta aos diver-

sos pedidos que o banco recebeu, as unidades hospitalares e centros de saúde em todo o país, ao nível provincial e distrital, irão igualmente receber kits de artigos diversos de protecção e de higiene. “Pretendemos com este gesto contribuir para a melhoria das condições de protecção e segurança de trabalho dos profissionais de saúde do País, e ao mesmo tempo agradecer e homenagear o seu profissionalismo, dedicação e espírito de sacrifício”, enalteceu Reis. Uma nota daquele banco afirma que esta foi a primeira fase de apoio que o BCI vai continuar a prover, e que vai abranger todas as províncias do país, até aos postos administrativos. O apoio vai incluir outros meios de protecção como máscaras reutilizáveis, utensílios diversos e produtos de higienização.


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SOCIEDADE

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Politécnica encontra soluções para pagamento de propinas Os efeitos da suspensão das aulas presenciais, em vigor no período de Estado de emergência, não deixaram de se fazer sentir no universo do grupo IPS, Lda. (Instituto Politécnico Superior), do qual fazem parte a Universidade Politécnica, o IMEP e as Escolas Secundárias da Politécnica, presentes em várias províncias do País. Contudo, os pais, encarregados de educação, os estudantes e os órgãos dirigentes do grupo IPS, após duas intensas semanas de concertação, encontraram alguns consensos de modo a permitir a continuidade das aulas online e a realização, a posteriori, de aulas presenciais, sem custos adicionais para os estudantes, após o fim do Estado de emergência. Entre os consensos encontrados destacam-se a redução da propina na Escola Secundária das Acácias em 15%; pagamentos faseados estabelecidos caso a caso, daqueles que estão com dificuldades de fazê-lo, bem como o prolongamento do prazo até 31 de Julho para a sua liquidação; a suspensão das multas e a manutenção da qualidade no ensino-aprendizagem, nas três instituições de ensino superior, técnico e secundário. Foi ainda estabelecido que o semestre lectivo será prolongado até ao mês de Agosto próximo, também sem quaisquer custos adicionais para os estudantes, pais e encarregados de educação das três instituições. Ao nível académico, os estudantes apontaram, como pontos críticos, o facto de estarem a ter

dificuldades na assimilação das matérias no novo modelo de ensino-aprendizagem não presencial; haver disciplinas práticas ou laboratoriais que deverão ser ministradas, necessariamente, em regime presencial; a existência de cadeiras que não foram abertas nas salas virtuais e, por esta razão, estarem os estudantes a ser prejudicados e, ainda, pelo facto de alguns docentes não estarem devidamente preparados para o novo modelo de ensino virtual, denotando dificuldades no domínio no uso das plataformas tecnológicas de ensino online. Em consequência destas e outras constatações, o grupo IPS fez envolver equipas de trabalho de áreas científicas que realizaram diagnósticos minuciosos em cada uma das disciplinas dos cursos, dialogando com os diversos chefes de turma, por via de plataformas online, para correcção das situações anómalas encontradas. Deste modo, concluiu-se haver disciplinas que estão a decorrer satisfatoriamente, através do novo sistema online e que

deverão continuar neste processo de leccionação, até ao fim do Estado de emergência, também sem custos adicionais. Verificou-se, igualmente, haver disciplinas que, embora decorram satisfatoriamente, têm uma componente prática ou laboratorial que não pode ser realizada no sistema não presencial, devendo, por isso, merecer uma extensão do calendário lectivo, para serem concluídas de forma presencial e sem custos adicionais para os estudantes, após a reabertura oficial das instituições para o ensino presencial. Constatou-se haver ainda algumas disciplinas com desempenho insatisfatório, devendo, por isso, ser interrompidas e reiniciadas, após o fim do Estado de emergência e consequente reabertura oficial das aulas presenciais, também sem custos adicionais para os estudantes. No que respeita às disciplinas que não foram iniciadas, serão leccionadas após a reabertura oficial das instituições para o ensino presencial. Quanto às avaliações, concluiu-se que as realizadas no

regime não presencial serão válidas, admitindo-se, no entanto, a necessidade de poder haver avaliações presenciais, por razões técnicas ou aspectos específicos das disciplinas, sendo o peso de 40% para as avaliações online e 60% para as presenciais. No caso dos estudantes que não participaram nas avaliações já realizadas, os docentes deverão organizar uma segunda época de avaliação. Refira-se que, de um universo de perto de 7.000 estudantes da Universidade Politécnica, do IMEP e das Escolas Secundárias da Politécnica, uma parte considerável tem vindo a apresentar dificuldades de honrar com os seus compromissos financeiros como consequência resultante do Estado de emergência, estando estes casos a ser tratados individualmente para sua acomodação. No entanto, alguns pais e encarregados de educação, sobretudo, no ensino secundário, têm vindo a insistir na redução em 50% da propina, sem apresentar critérios objectivos. “Este facto colide com o consensualizado, o que provoca uma grande instabilidade no universo de mais de 1.000 trabalhadores que estão a prestar serviços ao grupo, entre docentes, técnicos e pessoal de apoio", segundo referiu Lourenço do Rosário, PCA do grupo IPS. Rosário acrescentou "que, com mais de 1.000 trabalhadores, o grupo IPS depende do pagamento das propinas escolares para a sua estabilidade financeira, garante o pagamento integral dos salários e a sobrevivência directa e indirecta de cerca de 5.000 pessoas entre os colaboradores e os seus agregados, para além de outros compromissos financeiros assumidos pela instituição, nomeadamente a banca e fornecedores de serviços e consumíveis", disse a finalizar.


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SOCIEDADE

COVID-19 em Moçambique

UNICEF alerta necessidade de atentar para crianças O UNICEF lançou uma série de notas de políticas para destacar o impacto da COVID-19 sobre as crianças em Moçambique. A primeira nota, acompanhada por uma ficha de dados, discute as principais áreas de preocupação com o bem-estar das crianças a curto, médio e longo prazo, caso não sejam tomadas as medidas certas.

SAAJ de Marracuene é apetrechada No âmbito da implementação do Projecto VIVA +, o Governo de Marracuene, recebeu do ADPP em parceria com o Fundo Global e a FDC, material para apetrechamento dos Serviços Amigos para Adolescentes e Mulheres Jovens (SAAJ), do Centro de Saúde local.

A “A pandemia da COVID-19 afectará também as mesmas crianças e famílias que mal recuperaram e que continuam a sofrer de grandes choques recentes, como ciclones, secas, inundações e conflitos, que afectam gravemente as suas vidas”, alertou Katarina Johansson, Representante interina do UNICEF Moçambique. Segundo o UNICEF, para as dez milhões de crianças de Moçambique que já vivem nalgum tipo de pobreza, a COVID-19 significa uma pobreza mais extrema e prolongada e a negação dos seus direitos fundamentais.

cerimónia foi testemunhada por membros do Executo daquele distrito, parceiros, e Henriques Matola, em representação da Direcção Provincial de Saúde de Maputo. O apetrechamento tem como objectivo proporcionar condições condignas de modo a atrair aquele grupo a aderir os serviços de saúde para adolescentes e mulheres jovens da faixa etária de 10 a 19 anos, assim como todos os beneficiários do mesmo. Igualmente, o Projecto VIVA+ espera mensalmente atingir adolescentes e jovens, através da promoção de saúde sexual e reprodutiva para retenção da rapariga na escola.

Na ocasião, o Administrador do distrito, Shafee Sidat, agradeceu o enorme gesto dos parceiros de implementação, que apoiaram o distrito e os que apoiam no rápido desenvolvimento deste. E apelou aos profissionais e gestores da saúde, para o bom uso e conservação do material, de modo a servir mais utentes ao longo dos próximos anos. No âmbito da parceria com a Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade (FDC) – Região Sul, está irá reabilitar e equipar parte do edifício do centro de saúde de Marracuene onde vai funcionar como SAAJ, para atendimento aos adolescentes e jovens dos 10 aos 24 anos de idade.


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ECONOMIA

PME’s beneficiam de capacitação As Pequenas e Médias Empresas (PMEʼs) moçambicanas vão beneficiar de uma formação em matérias de saúde e segurança no ambiente de trabalho, promovida pela Incubadora de Negócios do Standard Bank, em parceria com a Shell.

A

formação será ministrada, num ambiente on-line, pela EnergyWorks, uma empresa moçambicana especializada em Sistemas Internacionais de Gestão de Saúde e Segurança no Trabalho, sendo elegíveis a participar proprietários ou

gestores de PMEʼs, que são incentivadas a aprimorar o seu conhecimento e compreensão dos tipos de riscos ocupacionais de trabalho que podem ocorrer no seu dia-a-dia. A formação vai permitir às PMEʼs gerir, apropriadamente, os riscos inerentes ao trabalho, implementando as políticas e procedimentos correctos. Para o efeito, foi concebido um programa educacional de saúde e segurança no trabalho para

PMEʼs que desejam prestar serviços ou fornecer produtos a grandes corporações multinacionais que actuam em diversas áreas, tais como petróleo e gás, infra-estruturas, transporte e logística, confecção de alimentos, mineração, entre outras. Importa realçar que este curso irá incluir um módulo de preparação das empresas a trabalharem de forma segura na nova realidade da pande-

mia COVID-19. Após a conclusão do curso, um "coaching" adicional será oferecido a cinco PMEʼs seleccionadas que demonstrarem melhor desempenho e interesse na efectiva implementação do curso, nas suas realidades particulares. Entretanto, devido à pandemia do Coronavírus, este ano o curso será ministrado de forma virtual, por via das plataformas Microsoft Teams e Moodle.

Maximizar colecta de receitas é desafio de Taurai Tsama O Ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane conferiu posse à Taurai Inácio Tsama como Director Geral das Alfândegas, em substituição de Aly Mallá.

N

a ocasião, Maleiane desafiou ao recém-nomeado a redobrar esforço, e com responsabilidade e ética dinamizar acções

conducentes à maximização da colecta de receitas para os cofres de Estado, visto que, desde o ano 2015, o País so-

brevive da arrecadação de imposto para o financiamento do Orçamento do Estado. Igualmente, Maleiane

apontou o rigor nas acções, o cumprimento exemplar dos procedimentos e trabalho em equipa como vectores chaves para o alcance dos objectivos almejados. Até a data da sua nomeação, Taurai Tsama ocupava o cargo de Director Adjunto da Unidade de Fiscalização Tributária, na Autoridade Tributária de Moçambique. De referir que testemunharam o acto, a Presidente da AT, Amélia Muendane, a Vice-Ministra da Economia e Finanças, Carla Louveira, entre outros quadros seniores da AT.


ECONOMIA

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Judite Massengele entrega cheques em Niassa A Governadora de Niassa, Judite Massengele, na sua visita de trabalho no âmbito da Covid-19, fez a entrega oficial de cheques a dois cidadãos financiados pela GAPI em parceria com o ICM.

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udite Massengele apelou aos mutuários a responsabilidade, afirmando que “isto não é uma oferta, mas sim uma oportuni-

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dade que os cidadãos precisam para o desenvolvimento pessoal e local”. Os beneficiários com-

prometeram-se a ser verdadeiros empreendedores de modo a criar um mecanismo eficiente de reembolso

sustentável, abstendo-se de novos casamentos e/ou poligamias motivados deste financiamento.


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POLÍTICA

Margarida Talapa trabalha em Nampula A membro da Comissão Política e Chefe da Brigada Central de Assistência à Nampula, Margarida Talapa, trabalhou por três dias naquela província com o objectivo de divulgar as medidas de contenção da COVID-19 anunciadas pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, para evitar a propagação desta pandemia.

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argarida Talapa enalteceu o trabalho que está sendo desenvolvido pelas autoridades locais através do Governo ao nível da província, na disseminação das mensagens de prevenção do mal invisível para

evitar a sua propagação. Num outro desenvolvimento, a dirigente defendeu a necessidade da coesão e união de todos os braços da FRELIMO a nível de Nampula para tornar realidade a adaptação das mensagens, pois no entender da Chefe

da Brigada Central alguns cumprem e os outros não querem cumprir com as medidas de prevenção sobretudo distanciamento social de um metro e meio entre pessoas. A membro da Comissão Política da FRELIMO manteve encontros com os militantes, simpatizantes e órgãos sociais do Partido a fim de divulgar as medidas de prevenção da pandemia, nos distritos de Nampula, Monapo e Nacala-à-Velha. Durante a sua estadia em Nampula, reuniu, também, com líderes comunitários e religiosos, régulos, influentes para discutir sobre as medidas de prevenção do novo Coronavírus.

Chapo apela ao correcto manuseio do lixo O Governador de Inhambane, Daniel Chapo, apelou a sociedade a um correcto manuseio do lixo com vista a preservar a biodiversidade marinha. A exortação foi feita na praia do Tofo no âmbito das comemorações do dia mundial dos oceanos, que este ano assinalou-se sob o lema “Inovação para sustentabilidade do Oceano: mar limpo, ecossistema protegido”. De acordo com o governante, as pressões humanas, incluído exploração excessiva, pesca ilegal, não declarada e não regulamentada, bem como práticas aquáticas insustentáveis como poluição marinha, os sacos plásticos e garrafas jogadas nas praias, destruição de

habitats, mudanças climáticas e acidificação estão afectando os oceanos e mares do mundo. Para simbolizar a passagem da data, o dirigente procedeu ao lançamento uma coroa de flores no mar, fez a colagem de autocolantes em transportes semi-colectivos com vista a

consciencializar a comunidade na preservação do meio. Num outro desenvolvimento, o chefe do executivo de Inhambane garantiu que a pro-

víncia vai continuar a fazer o plantio de mangais para evitar a erosão marinha que assola alguns distritos costeiros desta província


POLÍTICA

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“Queremos maior envolvimento da sociedade na conservação dos ecossistemas marinhos” - declara Augusta Maíta O Governo quer maior envolvimento da sociedade na preservação e conservação dos ecossistemas marinhos.

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egundo a ministra do Mar, Águas Interiores e Pescas, Augusta Maíta, o envolvimento dos moçambicanos passa por uso racional dos recursos marinhos que abundam na costa e ao abandono de práticas que concorrem para a degradação dos ecossistemas. A governante falava esta em Maputo por ocasião do

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Dia Mundial dos Oceanos. “Temos constatado que tanto na pesca artesanal como na pesca industrial, infelizmente temo-nos confrontado com situações de pesa ilegal e outras práticas nocivas à saúde dos habita-

ts marinhos, o que indiscutivelmente contraria os esforços que empreendemos com vista ao desenvolvimento integral e sustentável da actividade pesqueira, o que resulta em perdas económicas calculadas em

mais de 600 milhões de dólares anuais”, disse. O Dia Mundial dos Oceanos celebra-se sob o lema “Inovação para sustentabilidade dos oceanos, mar limpo, ecossistema protegido”.


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POLÍTICA

Governadora de Manica quer maior fiscalização A governadora de Manica, Francisca Tomás, desafia a equipa multissectorial, que fiscaliza a implementação das medidas plasmadas no Estado de emergência, a intensificar o trabalho, face ao diagnóstico no fim-de-semana, de mais dois casos da COVID-19 naquela província.

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alando na sessão do Comité operativo de emergência para a saúde, a dirigente disse que a província ainda tem uma janela de esperança, para evitar a transmissão comunitária do novo coronavírus

Combate a COVID-19

Vilanculo apela profissionais fronteiriços para apertar o cerco O Secretário do Estado de Niassa, Dinis Vilanculo, instou os profissionais fronteiriços de Chissimbir, no distrito de Ngaúma e de Mandimba, a intensificarem a observação das medidas de prevenção da COVID-19.

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quele apelo foi manifestado durante sua visita de trabalho aqueles pontos da província em alusão no âmbito de monitoria do cumprimento das medidas emanadas pelo decreto presidencial. Vilanculo reconheceu o

papel dos profissionais fronteiriços, destacando os funcionários dos sectores de migração, autoridade tributária e a polícia de regimento da

fronteira de Chissimbir, ao saber que estão a trabalhar afincadamente no cumprimento das medidas de prevenção e o combate a propa-

gação do COVID- 19. “É necessário intensificar a observância de medidas de prevenção e o combate a propagação da pandemia, sobretudo na entrada dos estrangeiros no nosso solo pátrio”, sublinhou Vilanculo. O dirigente alertou aqueles profissionais pelo facto de a vizinha República de Malawi encontrar-se no processo de campanha eleitoral e pode haver comportamentos que concorrem para o alastramento da COVID-19. Durante a sessão do Governo dos Distritos alargado, o governante solicitou aos líderes religiosos e comunitários para apoiarem na sensibilização das comunidades, povoados e bairros, passando casa em casa fazendo chegar os detalhes de prevenção da pandemia para evitar a sua propagação


CULTURA

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Banda Kakana reanima internautas A Banda Kakana aqueceu, sexta-feira última (12 de Junho), as temperaturas baixas que se fizeram sentir na cidade de Maputo, através de um caloroso espectáculo transmitido online, no âmbito do projecto #FicaEmCasa", promovido pelo Standard Bank, em parceria com a Universidade Eduardo Mondlane (UEM) e a Televisão de Moçambique (TVM).

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ratou-se de um espectáculo exibido em tempo real, através das plataformas digitais, nomeadamente o Facebook e o Instagram do Standard Bank, rádio universitária da UEM e a TVM, organizado nos mínimos detalhes, cor, som e luz de qualidade. No Facebook, a banda, que conta com a voz da cantora Yolanda Chicane, alcançou cerca de 9 mil pessoas durante uma hora, 2.500 visualizações, sendo cerca de 2.000 em tempo real, 95 comentários, 20 partilhas de retransmissão e 315 likes. No Instagram registaram-se 78 visualizações em tempo real. A Banda Kakana, que aproveitou a ocasião para apresentar dois novos temas dedicados ao actual contexto da pandemia do novo coronavírus, nomeadamente "Fica em Casa" e "Corona", esmerou-se ao interpretar igualmente várias composições de sucesso como "Xiluva", "Serenata", "Nikarate", entre outros, tendo sido aclamada pela audiência nas redes sociais. “Foi um momento muito especial, porque teve o poder de unir as pessoas, onde quer que

elas estivessem, neste período de isolamento social”, disse a cantora Yolanda Chicane, momentos após o espectáculo. A artista, que durante o show transmitiu mensagens sobre as medidas de prevenção contra a COVID-19, disse ter sido uma boa experiência, com o calor virtual do público: “na verdade, eu sentia que muitas pessoas estavam a assistir ao espectáculo em vários pontos do País”, frisou. Em relação às novas composições sobre a COVID-19, Yolanda Chicane explicou que o propósito é transmitir uma mensagem de esperança, uma vez que a marrabenta é um ritmo alegre.

“A COVID-19 é uma realidade, daí que não devemos relaxar no cumprimento das medidas de combate e prevenção", destacou. O director da Escola de Co-

municação e Artes (ECA) da UEM, João Miguel, explicou que o envolvimento da universidade neste projecto enquadra-se na política da maior universidade pública do País que, além dos pilares fundamentais, como o ensino, a investigação e a extensão, contempla também a vertente cultural, como uma dimensão importante. É neste âmbito, segundo aclarou, que a UEM tem estado a desencadear estas acções para demonstrar o comprometimento que assumiu na promoção dos valores culturais, principalmente neste momento difícil marcado pela COVID-19. “A UEM assume, desta maneira, um papel importante no desenvolvimento cultural do País, proporcionando, não apenas momentos de diversão, através das plataformas tecnológicas, mas também difundindo mensagens sobre a prevenção do novo Coronavírus, alertando à sociedade para a lavagem das mãos, o uso de máscaras, assim como a necessidade da observância do distanciamento social”, concluiu


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CULINÁRIA

Lourdes Meque Rajani

Bifes com cogumelos e batata a padeiro à moda da Milou Ingredientes: PARA OS BIFES: 6 a 8 bifes tenros e finos de tamanho médio 1 colher de massa de pimentão 1 colher de massa de alho Sumo de 1 limão Polpa de tomate q.b. Um punhado de coentros picados Louro em pó q.b. 2 latas de cogumelos laminados 1 cebola grande 1 folha de louro Azeite q.b. BATATA A PADEIRO: Batatas descascadas e cortadas em rodelas q.b. Ervas aromáticas para polvilhar a gosto Pão ralado q.b. Pimenta e sal q.b. Um fio de azeite.

Preparação:

Começa-se por temperar os bifes com todos os ingredientes seleccionados. Deixa-se a marinar durante 1 ou 2

horas, no entanto, se for de um dia para o outro, o sabor será ainda melhor. No dia seguinte, refoga-se no azeite a cebola, com uma folha de louro e deixa-se ficar translúcida. Juntam-se os bifes ao refogado, mistura-se e deixa-se a água da carne sair para cozê-la. Adiciona-se a polpa de tomate na quantidade que queira, misture e deixe cozer. Se for necessário, acrescente mais água (normalmente é sempre necessário, pois, só com a água da carne, poderá não ser suficiente) e deixe cozer. Quando chegar a vez de apurar o molho (fica grosso), juntam-se os cogumelos, mistura-se e deixa-se apurar mais um pouco. Quase a sair do lume, junta-se um punhado de coentros (abuse um pouco se gostar), envolva e tape a panela. Desligue o lume. Convém que f i q u e apurado tal como está na foto. ENQUANTO COZINHA A CARNE, VÁ TRATANDO DA BATATA: Descasque e corte as batatas em

Pudim de ovos MILOU Ingredientes:

6 ovos 1 lata de leite condensado Uma medida de leite fresco (da lata do leite condensado) Raspa muito fina de limão CALDA: 2 chávenas de açúcar

Preparação

Antes de mais, coloque uma panela com água ao lume para ferver e cozer o pudim em banho-maria. Ou se preferir, poderá fazer o banho-maria no forno. Depois, começa-se por fazer a calda numa forma de pudim em que vai levar a cozer o mesmo. Há quem junte água ao açúcar. Mas essa não tem sido a minha opção. Com o lume muito brando, o açúcar vai

derretendo e a medida que vai mexendo, ganha uma cor bonita tal como está na foto. Depois da calda já feita e a forma completamente forrada com a mesma, num recipiente, bata todos os ingredientes selecionados para o pudim durante 10 minutos. Ficará espumoso. Vira-se para a forma aonde preparou o caramelo, tape com uma tampa que não deixe entrar água (fundamental!) e leve a cozer em banho-maria durante cerca de 45 minutos. Findo esse tempo, com muito cuidado, abra a forma e pique com um palito fino para ver se está cozido. Retire do lume, deixe arrefecer um pouco e desenforme

rodelas. Tempere com um pouquinho de massa de alho, sal e pimenta. Coloque num refractário, polvilhe com pão ralado e ervas aromáticas (pode ser basílico ou orégãos - eu usei basílico), regue com azeite (e não óleo), e leve ao forno. Quando estiver como vê na foto, já está. Acompanha os bifes


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